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Perícia Forense - Documentoscopia Aula 05 - Instrumentos escreventes INTRODUÇÃO Nesta aula, teremos a oportunidade de falar sobre os diferentes tipos de instrumentos escreventes, suas características e os diversos tipos de traçados produzidos por eles. Boa aula! OBJETIVOS Reconhecer os principais grupos de instrumentos escreventes; Distinguir os diferentes tipos de canetas; Identificar os tipos de traços produzidos pelos principais instrumentos escreventes. Distinguir os diferentes tipos de sombreado. INSTRUMENTOS ESCREVENTES É praticamente impossível e inútil discriminar todas as espécies de instrumentos ou objetos utilizados para escrever. Os principais grupos são: GRUPOS DE INSTRUMENTOS ESCREVENTES Penas Dispositivos cujas pontas são mais ou menos afiladas, quase sempre divididas ao meio. Recebem este nome porque, no passado, eram utilizadas penas de aves para escrever, principalmente patos ou gansos. Os traços têm dois sulcos, correspondentes aos bicos da pena. Tais sulcos duplos recebem o nome de sulcagem. 01 - METÁLICA Comum ou Caneta-tinteiro 02 - COMUM Penas metálicas Atualmente, quase todas as penas são metálicas. Dividem-se em dois tipos principais: • Penas comuns; e • Penas de caneta-tinteiro, ou simplesmente, caneta-tinteiro. Penas comuns Penas comuns ou de aço (ainda que constituídas de outras ligas metálicas) são aquelas adaptáveis às canetas. Variam conforme tamanho, formato, tipos de bicos e marcas dos fabricantes. Podem receber os nomes do fabricante e também ser classificadas numericamente de acordo com a maleabilidade e largura dos bicos: 0, 1, 2, 3 etc. Na documentoscopia, as penas comuns são classificadas conforme a categoria abaixo: • Largura dos bicos; • Maleabilidade; • Resistência à pressão. PENAS DE CANETA-TINTEIRO Comum ou de aço 03 - DE PATO E DE CANA Comum ou Caneta-tinteiro São constituídas de ligas metálicas diversas, sendo as confeccionadas com ouro que apresentam melhor qualidade. Atualmente, os bicos são protegidos com irídio (um tipo de metal muito duro). Os traços produzidos oferecem características especiais que servem para distingui-los das penas comuns. Os traços aparecem em linhas relativamente grossas, de bordos pouco nítidos. Alguns modelos quase não apresentam sulcagem (glossário), enquanto os refluxos de tinta são frequentes. Assim como nas metálicas comuns, as penas de caneta-tinteiro também produzem traçados com dois sulcos (sulcagem). A característica do traçado também varia conforme o modelo da pena, apresentando frequente refluxo de tinta. TINTA DA CANETA-TINTEIRO Caneta- tinteiro de cartucho: vistas superior e lateral, respectivamente. Fonte: acervo particular, 2017. Caneta- tinteiro de cartucho: vista superior (repare no chanfrado da pena). As penas das canetas metálicas (comum e tinteiro) apresentam pontas duplas. Fonte: acervo particular, 2017. Caneta-tinteiro de cartucho: vistas inferior e lateral, respectivamente. Fonte: acervo particular, 2017. Aspecto da escrita produzida pela tinta da caneta-tinteiro. Fonte: acervo particular, 2017. Cabe ressaltar que, em um exame pericial, o interesse recai sobre a qualidade dos traços produzidos pelas penas, e não sobre a espécie de pena que produziu o traçado. As penas comuns produzem traçados com sulcagem cujas características variam conforme o modelo da pena. PENAS DE PATO E DE CANA O estudo do traçado das penas de pato oferece interesse à documentoscopia quando se examina documentos portadores de datas antigas. Os traços produzidos com as penas de pato apresentam características semelhantes às das penas comuns, entretanto, com sulcagens mais amplas e sem arranhaduras no papel. A pena de cana ainda é usada por alguns povos, principalmente na Índia. São preparadas com o auxílio de pequenos bambus, adequadamente cortados. A escrita apresenta traçado relativamente espesso, quase sem sulcagem. Penas metálicas: vistas superior e lateral, respectivamente.Fonte: acervo particular, 2017. Penas mosquito: Observe a epresença da ponta dupla. Fonte: acervo particular, 2017. LÁPIS Instrumentos, em regra, constituídos de uma mina, geralmente grafite, envolvida em madeira (tais como pinus, gmelina, cedro, álamo) ou outros invólucros e até sem estes (lápis integral). A mina pode ser constituída de misturas diversas, dando-lhe cor ou outras características. Entre os tipos de lápis, podemos elencar: • Lápis comum (ou grafite); • Lápis copiativo (feito de modo a permitir a confecção de cópias); e • Lápis de cor. GRUPOS DE INSTRUMENTOS ESCREVENTES Lápis Instrumentos, em regra, constituídos de uma mina, geralmente grafite, envolvida em madeira (tais como pinus, gmelina, cedro, álamo) ou outros invólucros e até sem estes (lápis integral). 01 - DE COR 02 - COMUM (ou grafite) 03 - COPIATIVO (permite a confecção de cópias) Nas escritas a lápis não existem sulcagens, mas somente um sulco, denominado foulage (glossário), deixado pela pressão. Quando examinado ao microscópio, o traço a lápis comum (de grafite) mostra sucessivas ondas de pigmentação orientadas na direção do traço. Tais ondas não são observáveis nos lápis copiativos. Os lápis de cor apresentam características idênticas às do lápis comum. Caneta-tinteiro: aspecto da escrita produzida pela tinta da caneta-tinteiro. Fonte: acervo particular, 2017 GRUPOS DE INSTRUMENTOS ESCREVENTES - OUTROS TIPOS Esferográficas Hidrográficas Giz Carvão Estilos (glossário) São instrumentos gráficos de uma ponta só (diferentemente das penas metálicas, possuem pontas duplas). Compreendem: • Rústicos (pontas impregnadas de tinta); • Penas estilográficas ou penas de escrivão (um tipo de caneta-tinteiro); • Penas japonesas; • Esferográficas; • Hidrográficas; (glossário) • Roller-ball; (glossário) • Pincéis atômicos. Os traçados dos estilos não produzem sulcagem (sulcos duplos próprios das canetas-tinteiro) e apresentam largura uniforme. Esferográficas (glossário) (ball-pen) Instrumentos gráficos constituídos de pequena esfera na extremidade de um tubo, dentro do qual existe massa colorida pastosa, à base de solvente, resina e corantes. Apresentam alta consistência (viscosidade) e secagem rápida. Seu traçado resulta do movimento de rotação dessa pequena esfera que se impregna da massa colorida do depósito e não apresenta sulcagem. Assim, quando ocorrem as paradas durante a escrita, não há descarga de tinta, como acontece com as penas metálicas. As esferográficas suportam grande pressão, o que torna possível seu uso para produção de cópias com papel carbono; apresenta baixo custo e fácil manuseio, razão pela qual a sua utilização generalizou-se. Registram, com frequência, linhas brancas (pontos em que não houve descarga da massa) e esquírolas (glossário). Esquírolas: ocorre na mudança de direção do traçado. Observe a presença de pontos brancos (ou com menor volume de tinta) após a formação da esquírola. Fonte: acervo particular, 2017; A esquírola é um defeito muito comum nos grafismos produzidos com as esferográficas, originados, principalmente, por punhos rápidos. Consiste em trechos com excesso de tinta, nas laterais do traçado ou sobre ele, formando pontos empastados. Tais “pontos” são causados por dois fatores: a reversão do sentido de giro da esfera e a alteração brusca na velocidade, forçando a massa a ser expelida com mais força. Assim, as esquírolas estão localizadas após a alteração no sentido do traçado, sendo acompanhadas de pontos brancos, sem tinta, em razão da liberação excessiva de tinta ocorrida anteriormente. Outra característica da esferográfica é a presença de estrias (glossário) ou rajados longitudinais acompanhando a direção dos traçados curvilíneos. Também é comum ocorrer, nas esferográficas, o acúmulo de tinta ou até mesmo, de tinta ressecada, na ponta do instrumento, ocasionando depósito excessivo de tinta no papel, produzindo manchas e borraduras. Roller-ball, Floating-ball ou Rollin pen (canetas de cartucho) São uma simbiose da esferográfica com a hidrográfica oucom a caneta-tinteiro, uma vez que apresentam estrutura física de “bolígrafos” e carga líquida. Consequentemente, apresentam traçados com características híbridas. A presença de esquírola é rara, mas, ocasionalmente, em vez delas, ocorre o surgimento de “engordamentos” devido à descarga maior de tinta. Hidrográficas São fabricadas com ponta de Nylon, através da qual se infiltra a tinta colorida do reservatório interno da caneta. Frequentemente, a ponta não resiste ao uso após algum tempo e acaba por produzir traços demasiadamente largos ou chanfrados, destituídos de sulcos ou depressões. Um tipo especial de hidrográficas são os pincéis atômicos. Eles apresentam pontas de Nylon chanfradas em cortes retilíneos e retangulares. As hidrográficas, atualmente, são muito utilizadas para desenhos, pinturas, para grafar em cartazes, lousas metálicas, quadros de aviso, paredes ou portas. Uma grande desvantagem é a facilidade de se proceder a lavagem, não sendo tais lavagens visíveis, dificultando detectar a operação. São também muito utilizadas em escritas anônimas (anonimografias). Giz e carvão O giz é comumente usado nas escolas, nas demonstrações sobre lousas. Já o carvão também serve para a produção de escrita em paredes e suportes rugosos. Apresentam traços com características análogas aos do lápis comum. Marcadores e Marcadores de Quadro Branco Apresentam pavio ou ponta de fibra ou feltro. A tinta é à base de solvente e corantes pigmentos. Gel Sua carga é à base de água, corantes, solventes, lubrificantes e outros aditivos. Apresenta tinta mais viscosa (comparando com hidrográficas e líquidas) e escrita suave. INDIVIDUALIZAÇÃO DO GRAFISMO E OS INSTRUMENTOS ESCREVENTES A utilização de instrumentos escreventes diferentes pelo mesmo escritor não implica na perda da individualidade gráfica. Entretanto, diferentes instrumentos escreventes apresentam aspectos distintos em seus traços que podem trazer algumas modificações nos característicos gráficos do escritor. Inclusive, a preferência por determinado tipo de instrumentos escritor é também um elemento da personalidade gráfica. EXAME DA MASSA CORANTE DAS CANETAS ESFEROGRÁFICAS Em relação às canetas esferográficas, atualmente, não existem processos eficientes para diferenciar as diversas tintas de mesma cor e tonalidade entre si, nem mesmo estimar a data de produção de determinada escrita feita com essas tintas. Entretanto, é possível fazer alguma diferenciação por meio da utilização, nos exames, dos raios ultravioletas, com base na diferença da fluorescência entre as tintas. ASPECTOS DO TRAÇO À TINTA, QUANDO EXAMINADO AO MICROSCÓPIO No exame visual, frequentemente, o traço à tinta apresenta seus bordos uniformes. Já no exame ao microscópio, os bordos se mostram irregulares, com reentrâncias e saliências, arredondadas ou em ângulos. Essas expansões irregulares, conhecidas por “dentilhados (glossário)” ou “serrilhados (glossário)”, são decorrentes da difusão irregular da tinta, devido à constituição heterogênea do papel, de sua capacidade de absorção, bem como da quantidade de tinta aplicada sobre o papel. Como o papel-suporte é constituído de numerosas fibras esparsas, o que o torna heterogêneo, sua capacidade de absorção não é homogêneo, justificando a anormalidade das expansões. A formação do dentilhado sofre, ainda, a influência da velocidade do traço, da consistência da tinta e as condições do instrumento escrevente. SOMBREADOS GRÁFICOS Os traços não se apresentam com a mesma espessura em toda sua extensão. Ora serão delgados, recebendo o nome de “finos” ou “déliés”; ora os traços serão espessos, sendo denominados de “cheios” ou “pleins”. Os cheios podem resultar da pressão ou da largura da pena. Os sombreados gráficos são marcas deixadas no papel pelo próprio instrumento escritor, durante seu deslizamento sobre o papel, ou pela tinta depositada por ele sobre o papel. As causas dos sombreados são distintas e há cinco tipos de sombreados, são eles: Sulcagens São próprias das penas de dois bicos, sendo produzidas somente por estas. Ocorrem em razão da abertura dos bicos ou farpas das penas, que, quando pressionadas durante a escrita, despejam tinta no interior dos sulcos produzidos no papel suporte. Se as penas estiverem sem tinta, as farpas apenas marcarão o papel. Embora os estilos (como as esferográficas, lápis e outros instrumentos de pontas únicas) deixem sulcos no papel durante a produção da escrita, tais sulcos ou marcas não recebem o nome de sulcagem em razão de serem produzidos por instrumentos escreventes de ponta única. A localização das sulcagens pode ocorrer nos traços descendentes, no interior dos arcos inferiores, nos traços laterais, na base das letras etc., dependendo da orientação da pena. Sua intensidade será forte, média ou fraca e dependerá da pressão exercida sobre a pena. Já a duração das sulcagens está relacionada com sua extensão e será curta, média ou longa. Também contribuem para a formação das sulcagens a consistência da tinta e a velocidade do escritor. vezes, apresentam-se parcialmente, de forma descontínua, ou ainda, poderão se apresentar de forma acentuada, devido ao acúmulo de tinta. Pseudossulcagens Ocorrem em razão da largura da pena (e não de sua abertura, como na sulcagem). Ambas podem estar presentes no mesmo traçado. Rebarbas São franjas espessas e onduladas presentes na borda inferior dos traços em razão da baixa posição da pena. Não devem ser confundidas com rasura e borrões. Pseudorebarbas São sombreados produzidos por impurezas, tais como fibras de papel, aderidas ao bicos das penas. Em algumas ocasiões, apresentam-se com menos intensidade que as rebarbas. Outras vezes, apresentam-se parcialmente, de forma descontínua, ou ainda, poderão se apresentar de forma acentuada, devido ao acúmulo de tinta. Meniscos São fenômenos análogos ao da capilaridade, referem-se a sombreados que aparecem nos ângulos agudos ou curvas muito fechadas, geralmente, apresentando formato de meia-lua. Contribuem para sua formação a consistência da tinta, a velocidade do escritor e a posição baixa da pena. Os meniscos se revestem de especial importância pelo fato de não ser possível produzi-los voluntariamente. Assim, o falsário, ao tentar reproduzir um menisco, lançará mão de retoques. Tais retoques são observáveis com a utilização de microscópio ou de uma lupa de boa qualidade. REFLUXOS DA TINTA Ocorrem quando a tinta escorre no próprio traço, em regra, na extremidade. Consequentemente, essa parte do traçado apresenta sombreado mais forte do que as outras partes. Os refluxos de tinta podem dar ideia de retoques executados para prolongar ou dar ênfase aos traços, requerendo, portanto, mais atenção e cuidado a fim de distingui-los. Os retoques apresentam marcas de repassagem da pena sobre o traçado, podendo, inclusive, apresentar interrupções, o que não ocorre com o refluxo. Cabe acrescentar que os refluxos ocorrem apenas com penas de caneta-tinteiro. Muito raramente ocorrerá com pena comum. Retoques Ocorrem quando a pena volta outra vez ao papel, sobre o traço já executado, quer repassando-o, quer completando-o. Borrões e Borraduras Os borrões podem ter origem na queda da tinta sobre o suporte gráfico, do jato de tinta oriunda da pena, em razão de alguma movimentação brusca, bem como do contato ou do atrito da tinta com outro papel ou material. As borraduras aparecem quando se escreve em papel impróprio ou umedecido, ou quando líquidos dissolventes são lançados sobre o traço à tinta. EXERCÍCIOS Questão 1: Quais são os dispositivos com pontas metálicas, cujos traços apresentam dois sulcos? Gizes Estilos Esferográficas Hidrográficas Penas Justificativa Questão 2: Como se denomina o sulco produzido por instrumentos escreventes de ponta única em razão da pressão exercida pelo escritor: Sulcagem Foulage Esquírola Vinco N.D.A Justificativa Questão 3: Consistem em trechos com excesso de tinta, produzidos pelas esferográficas, em razão da reversão do sentido de giro ou daalteração brusca na velocidade da esfera presente na ponta deste tipo de instrumento escritor: Sulcagens Borraduras Engordamentos Esquírolas Borrões N.D.A Justificativa Questão 4: Qual é o instrumento gráfico constituído de pequena esfera na extremidade de um tubo que, entretanto, sua carga (tinta), em vez de pastosa, apresenta-se líquida? Esferográfica Hidrográfica Roller-ball ou rollin-pen Ball-pen N.D.A. Justificativa Questão 5: O que são produzidos(as) por impurezas, tais como fibras de papel, aderidos(a)s aos bicos das penas: Pseudorrebarbas Rebarbas Borrões Borraduras Meniscos Justificativa ATIVIDADE Com o uso de canetas esferográfica, hidrográfica e tinteiro, confeccione os traçados abaixo: • Linhas retilíneas e paralelas; • Espirais à esquerda e à direita; • Laçadas superiores e inferiores com ângulos agudos em alta velocidade. Agora, com o uso de uma boa lupa, observe as diferenças entre os traçados produzidos com a esferográfica, hidrográfica e tinteiro. Resposta Correta Glossário SULCAGEM Cavidade ou sulcos duplos produzidos no papel por instrumentos escreventes de duas pontas, tais como as penas. FOULAGE Sulco produzido por instrumentos escreventes de ponta única em razão da pressão exercida pelo escritor: ESTILOS São instrumentos gráficos de uma só ponta (diferentemente das penas metálicas, que possuem pontas duplas). HIDROGRÁFICA Caneta ou estilo fabricado com ponta de Nylon, através da qual se infiltra tinta colorida oriunda do reservatório interno da caneta. ROLLER-BALL Canetas ou estilo que apresentam a estrutura física das esferográficas, mas com carga de tinta líquida em vez de massa pastosa. ESFEROGRÁFICA Caneta ou estilo constituído por uma pequena esfera na extremidade de um tubo, em cujo interior se encontra massa pastosa colorida (tinta). ESQUÍROLA Trata-se de sobra de massa, nas laterais ou sobre o próprio traçado. ESTRIAS Linhas longitudinais presentes nos traçados curvilíneos produzidos pelas canetas esferográficas. DENTILHADO Difusão irregular da tinta no papel. SERRILHADO Vide Dedilhado. CAPILARIDADE [Física] Fenômeno de atração e repulsão que se verifica no contato dos líquidos com um sólido e que o faz subir ou descer em um tubo capilar, acima ou abaixo, da su-perfície do líquido em que está mergulhado. A causa desses fenômenos.
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