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Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA Aula 8: Justiça da Infância e da Juventude Apresentação Estudaremos as disposições gerais sobre os aspectos das ações que tramitam perante a Vara da Infância e da Juventude bem como os procedimentos e recursos relativos a essas ações. Trataremos, também, nesta aula, das responsabilidades do Ministério Público, dos Advogados e da Defensoria Pública, e da tutela coletiva de direitos. Objetivos Analisar os aspectos relativos à Justiça da Infância e da Juventude;; Analisar os aspectos gerais das ações judiciais em torno da criança e do adolescente. Aspectos gerais da Justiça da Infância e da Juventude Diferentemente do que ocorria na época do Código de Menores, em que a “Justiça do Menor” era voltada quase com exclusividade para a aplicação de medidas pela violação de direitos, atualmente, vemos um papel diferenciado concedido à Justiça da Infância e Juventude. Esta, embasada na doutrina da proteção integral, atua mais no campo dos direitos coletivos da criança e do adolescente por meio de ações que visam a corrigir, muitas vezes, a falha do poder público no que diz respeito à estruturação do próprio Estado para preservar os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes. O compromisso em tornar efetivo o princípio da proteção integral da criança não é assumido apenas pelos poderes Executivo e Legislativo, mas também pelo Poder Judiciário, os quais, ao lado da sociedade organizada e de outros órgãos governamentais e não governamentais, integram o Sistema de Garantias/Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente. O desembargador Ruy Portanova, em decisão recursal, manifestou-se explicando que: "A responsabilidade pela concretização dos direitos da criança e do adolescente, consagrados na Constituição da República e no Estatuto da Criança e do Adolescente é, não só do Ministério Público, do Conselho Tutelar, da Escola, da Família e Sociedade, como também, do Poder Judiciário. - Recurso de apelação nº 70024601403" Para tanto, foram criadas varas especializadas para atendimento de situações que envolvam a criança e o adolescente, conforme prevê o art. 145 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a saber: "Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e exclusivas da infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infraestrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em plantões." - - Brasil (1990) Juiz da Infância e da Juventude O ECA prevê que o Juiz da Infância e Juventude atuante na Vara Especializada ou o Juiz de Direito atuante, por exemplo, nas Varas Cíveis e nas Varas de Família desenvolverá as atividades em consonância com a lei de organização judiciária do estado em que se encontra. Por Chris Bain (Fonte: Shutterstock). Em princípio, o Juiz da Infância e Juventude é competente para apreciar todas as ações, sejam elas individuais ou coletivas, que tenham por objeto de discussão a defesa de interesses infantojuvenis. Porém, o art. 147 do ECA estabelece que a ação deverá ser proposta no domicílio dos pais ou do responsável pela criança ou pelo adolescente, ou, em não havendo pais ou responsável legal, deverá ser promovida a ação no lugar em que a criança ou o adolescente esteja e, em tendo ocorrido ato infracional, será competente o juiz do lugar da ação ou a omissão. Questões que envolvem a competência para o julgamento. Clique no botão acima. Observe que a competência foi �xada de acordo com o critério da territorialidade, porém, muito embora seja caracterizada por se tratar de competência relativa, podendo, por exemplo, ser prorrogada, para essas ações especí�cas, em razão de se tratar da defesa de interesses de crianças e de adolescentes, a competência será percebida como absoluta, ou seja, não poderá ocorrer nem prorrogação e nem derrogação. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a competência territorial como absoluta para os casos que envolvam crianças e adolescentes, tendo emitido a Súmula 383 com o seguinte texto: “A competência para processar e julgar ações conexas de interesse de menor é, em princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda” (STJ, 2013, on-line). Da mesma forma se manifestou em recursos interpostos como descrito a seguir: É importante ressaltar que, no que se refere à execução das medidas impostas, esta poderá ser delegada à autoridade competente do foro da residência dos pais ou do responsável, ou então do local da entidade que irá abrigar a criança ou o adolescente. O ECA descreve duas situações em termos de competência material. Conforme o art. 148, ações como as que se seguem serão de competência exclusiva do Juiz da Vara da Infância e da Juventude: "CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. PROTEÇÃO DO INTERESSE DO MENOR. ART. 147, I, DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. COMPETÊNCIA ABSOLUTA. IMPOSSIBILIDADE DE PRORROGAÇÃO. 1. A Segunda Seção entende que a regra de competência insculpida no art. 147, I, do ECA, que visa a proteger o interesse da criança, é absoluta, ou seja, deve ser declarada de ofício, não sendo admissível sua prorrogação. 2. Em discussões como a que ora se trava, prepondera o interesse do menor hipossu�ciente, devendo prevalecer o foro do alimentando e de sua representante legal como o competente tanto para a ação de alimentos como para aquelas que lhe sucedam ou que lhe sejam conexas. 3. Con�ito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito de Arneiroz, o suscitante. (STJ. 2ª Seção. CC nº 102849/ CE. Rel. Min. Fernando Gonçalves. J. em 27/05/2009)" Saiba mais Segundo o art. 147 do ECA: “Em caso de infração cometida através da transmissão simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a sentença e�cácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo Estado.” (BRASIL, 1990) No parágrafo único do mesmo artigo abordam-se as hipóteses que serão de competência do Juiz da Vara da Infância e da Juventude, apenas se existir e for comprovado que a criança ou o adolescente está em situação de risco: "Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para: I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis; II - conceder a remissão como forma de suspensão ou extinção do processo; III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes; IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209; V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis; VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de proteção a criança ou adolescentes; VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis." - BRASIL, 1990 "Artigo 148. [...] Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98, é também competente a Justiça da Infância e da Juventude para o �m de: a) conhecer de pedidos de guarda e tutela; b) conhecer de ações de destituição do poder familiar, perda ou modi�cação da tutela ou guarda; c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento; d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao exercício do poder familiar; e) conceder a emancipação nos termos da lei civil, quando faltarem os pais; f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação, ou de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou adolescente; g) conhecer de ações de alimentos; h) determinar o cancelamento, a reti�cação e o suprimento dos registros de nascimento e óbito." - BRASIL, 1990 Além dacompetência para as ações judiciais, a Justiça da Infância e Juventude também será competente para medidas de natureza normativa, a exemplo do rol taxativo previsto no art. 149 do ECA, quando poderá disciplinar determinadas situações por meio de portarias, tais como a entrada e a permanência de criança e de adolescente desacompanhado dos pais ou responsável legal em estádio, ginásio e campo desportivo, bailes ou promoções dançantes, boates ou congêneres, casas que explorem comercialmente diversões eletrônicas bem como a entrada em estúdios cinematográ�cos, de teatro, rádio e televisão ou televisão, bem como a autorização por meio de alvará para participação de crianças e adolescentes em espetáculos públicos e respectivos ensaios, programas de televisão, concursos de beleza e des�les de moda, ainda que acompanhados dos pais ou do representante legal. Observe que a restrição poderá abranger também dias e horários bem como faixa etária para a apresentação ou espetáculo, por exemplo, cuja violação importa em infração administrativa. Tanto a expedição de portaria ou do alvará dependem de procedimento judicial com as formalidades exigidas em lei, podendo ser instaurado de ofício pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude, por provocação do Ministério Público, do Conselho Tutelar ou de outro sujeito interessado, sendo sempre obrigatória a intervenção do Ministério Público como �scal da lei sob pena de nulidade. "APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. Infração administrativa às normas do Estatuto da Criança e do Adolescente. Acesso de adolescente a estabelecimento que explora comercialmente diversões eletrônicas. Ausência de autorização expressa dos pais. Ofensa à Portaria nº 13/2007 do Juízo ‘a quo’. Con�gurada. Incidência do artigo 258 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJPR. 11ª C. Cív. Ap. Cív. nº 560.820-0, de Terra Roxa. Rel. Des. Augusto Lopes Côrtes. J. em 13/05/2009)" Saiba mais Uma vez não cumprida a portaria referente ao controle de crianças e adolescentes em locais de diversão, tanto o proprietário do estabelecimento como os pais ou o responsável legal pela criança ou pelo adolescente, desde que tenham se mostrado negligentes no exercício dos deveres de educação e vigilância dos �lhos ou pupilos, são responsabilizados pela prática da infração. Serviços auxiliares De acordo com os arts. 150 e 151 do ECA, o Poder Judiciário deverá, na elaboração da proposta orçamentária, prever recursos para a manutenção de equipe interpro�ssional, destinada a assessorar a Justiça da Infância e Juventude com a função de fornecer laudos e pareceres que auxiliem na solução do con�ito envolvendo a criança ou o adolescente. Por Viktoria Kurpas (Fonte: Shutterstock). A equipe terá também a função de prevenção, orientação e encaminhamento aos demais órgãos que integrem a rede em prol da defesa dos direitos da criança e do adolescente. Corroborando a noção de que a responsabilidade pela proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes não é inerente a um só órgão, mas a todos, em 2006 foi publicada a Recomendação nº 02, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), segundo a qual os Tribunais de Justiça devem implantar uma equipe interpro�ssional em todas as comarcas do estado, de modo a atender o previsto nos arts. 150 e 151 do ECA, em face da complexidade que envolve a violação dos direitos infantojuvenis. De acordo com Digiácomo e Digiácomo (2010, p. 292), o ideal, sem dúvida, é que cada Juízo da Infância e da Juventude tenha à sua disposição, para intervenção imediata, uma equipe interpro�ssional (ou interdisciplinar) composta, no mínimo, de um pedagogo, um psicólogo e um assistente social, que devem analisar os casos de forma conjunta e, também de forma conjunta, apresentar ao Juízo suas conclusões, em que sejam apontadas as alternativas existentes para efetiva solução do problema, com a respectiva justi�cativa, sob o ponto de vista técnico. Daí porque o Estatuto prevê, de maneira expressa, que o Poder Judiciário tem o dever de colocar à disposição dos Juizados da Infância e da Juventude a aludida equipe interpro�ssional, para o que deverá alocar recursos orçamentários. Como referido anteriormente, a função da equipe interpro�ssional é contribuir com o conhecimento técnico para a efetiva solução do problema vivenciado pela criança ou pelo adolescente, não tendo, no entanto, efeito vinculativo perante o juiz. Este não é, portanto, obrigado a acatar a orientação ou a sugestão fornecida pela equipe, desde que o faça de forma fundamentada. Ministério Público Contrariamente do que ocorreu com a criação da Justiça da Infância e Juventude e da criação de Varas Especializadas, o ECA não determina a criação de um órgão do Ministério Público exclusivamente para o setor, relegando a questão à Lei Orgânica. Em 1993, foi publicada a Lei nº 8.625 (Lei Orgânica do Ministério Público), a qual dispõe de normas gerais para estrutura e organização do Ministério Público dos estados e, meses depois, foi publicada a Lei Complementar nº 73, a qual prevê a organização do Ministério Público da União. Além da Lei Orgânica do Ministério Público, o art. 129 da Constituição Federal (CF) descreve quais são as funções institucionais do órgão. O art. 201 do ECA aborda inúmeras funções a serem exercidas pelo Ministério Público, salientando que não se trata de um rol que exclua outras funções. Desse modo, poderão ser exercidas outras funções desde que compatíveis com a �nalidade do órgão. Leitura Leia sobre as funções do Ministério Público. Da mesma forma que ocorre com os Juízes, é necessário que a Promotoria também esteja atuando em parceria com as equipes interpro�ssionais para que o princípio da proteção integral seja atendido satisfatoriamente. Saiba mais O sistema Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA) foi desenvolvido com o objetivo de criar um sistema on-line contendo dados das entidades de acolhimento e de crianças/adolescentes acolhidos. O CNCA visa a integrar, via web, as informações de todos os órgãos e entidades de proteção envolvidos com a medida protetiva de acolhimento, tais como os Juízos de Direito da Infância e Juventude, as Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, os Conselhos Tutelares e as instituições de acolhimento, entre outros, na busca pela garantia do direito de crianças e de adolescentes de serem criados no seio de uma família. Do advogado e do defensor público javascript:void(0); O advogado é percebido pela CF como fundamental para a efetividade do direito de acesso à justiça. Da mesma forma o percebe o ECA que, no art. 206, estabelece que qualquer pessoa com legítimo interesse poderá intervir no procedimento, desde que o faça por intermédio de um advogado. "Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo interesse na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que trata esta Lei, através de advogado, o qual será intimado para todos os atos, pessoalmente ou por publicação o�cial, respeitado o segredo de justiça. Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária integral e gratuita àqueles que dela necessitarem." - Brasil (1990) Tal relevância também é enfatizada no art. 207, o qual determina que o adolescente acusado de ato infracional deverá ter o acompanhamento de um defensor, que poderá ser nomeado pelo juiz sob pena de nulidade do procedimento. Isso por analogia à Súmula 523 do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a qual: “No processo penal, a falta de um defensor constitui nulidade absoluta, mas a sua de�ciência só o anulará se houver prova do prejuízo para o réu”. A Lei nº 12.594, que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), no art. 4º, VIII, assegura ao adolescente que tenha cometido ato infracional a defesa técnica garantida pelo Estado, papel desenvolvido pelos Defensores Públicos. Diante da ausência do defensor, é importante salientar que nenhum ato processual será adiado, a celeridade que a peculiaridade do con�itoexige permite que o julgador nomeie um defensor substituto, mesmo que apenas para aquele ato especí�co. Atividade 1. Analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa correta: I. A autoridade judiciária somente poderá atuar quando provocada pelo Ministério Público. II. A autoridade judiciária, quando se tratar de pedidos de guarda e tutela, poderá atuar, desde que a criança ou o adolescente esteja em situação de risco. III. O Juiz da Infância e Juventude é competente para apreciar todas as ações individuais ou coletivas cujo objeto de discussão seja a defesa de interesses infantojuvenis. IV. Compete à autoridade judiciária a publicação de portaria que regulamente a participação apenas das crianças em shows e espetáculos. a) As assertivas I e IV estão corretas.. b) As assertivas II e IV estão corretas. c) As assertivas I e III estão corretas. d) As assertivas II e III estão corretas. e) As assertivas I e II estão corretas. 2. Leia a seguinte assertiva: “A equipe terá também a função de prevenção, orientação e encaminhamento aos demais órgãos que integrem a rede em prol da defesa dos direitos da criança e do adolescente”. A que ou a quem ela se refere? a) Ao Defensor Público e à defesa técnica, que deve ser realizada em prol do adolescente infrator. b) Ao Juiz, que atua nas Varas Especializadas da Infância e da Juventude. c) Ao Ministério Público, quando atua como autor da ações coletivas em prol da defesa dos interesses coletivos da criança e do adolescente. d) Aos serviços auxiliares, tais como psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, que formam uma equipe interprofissional na defesa dos direitos da criança e do adolescente. e) Não se refere a nenhum sujeito que participe de alguma forma da defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. 3. Considerando o princípio da proteção integral, de�niu-se a criação de Varas Especializadas que melhor pudessem responder ao con�ito envolvendo os direitos das crianças e dos adolescentes. A respeito da criação dessas Varas, o que o ECA estabelece? a) Compete exclusivamente à União criar as Varas Especializadas em face da matéria que será discutida. b) Compete aos estados e aos municípios a criação das Varas Especializadas em direitos das crianças e dos adolescentes. c) Compete apenas aos municípios a criação das Varas Especializadas em Infância e Juventude. d) Compete aos estados e ao Distrito Federal a criação de Varas Especializadas e exclusivas da Infância e Juventude. e) Compete ao Distrito Federal, apenas, a criação de Varas Especializadas. 4. Acerca da presença de crianças e adolescentes em espaços de diversão, o que podemos a�rmar? a) Tanto a criança como o adolescente poderão frequentar espaços destinados à diversão, independentemente da modalidade, se de jogos de azar ou teatro. b) As crianças e adolescente somente poderão participar de concursos de moda, de beleza e programas de televisão uma vez concedido o alvará por autoridade judicial mesmo que desacompanhadas dos pais ou do responsável. c) A autoridade judicial possui competência para a publicação de portarias que regulamentem a participação de crianças e adolescentes em festivais, cinemas e boates, bem como estabelecer faixa etária. d) As crianças não poderão participar de espaços de diversão ainda que estejam regulamentadas pela autoridade judicial. e) A participação das crianças e dos adolescentes em certames de beleza dependerá de autorização do Ministério Público. 5. São atribuições do Ministério Público, de acordo com o ECA e a doutrina da proteção integral: a) Conceder a permissão para a realização de espetáculo com crianças; b) Publicar portarias que regulamentem a participação de crianças e de adolescentes em espaços de diversão; c) Promover e acompanhar os procedimentos relativos às infrações atribuídas a adolescentes; d) Atuar apenas como fiscal da lei ainda que se tratem de ações de natureza coletiva; e) Autorizar, mediante alvará, a participação de crianças em certames de beleza. Notas Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Referências BARROSO, D.; ARAÚJO JÚNIOR, M. A. de (Coord). Vade Mecum: Legislação selecionada para OAB e Concursos. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013. BRASIL. Lei n. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional; e altera as Leis ns. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); 7.560, de 19 de dezembro de 1986, 7.998, de 11 de janeiro de 1990, 5.537, de 21 de novembro de 1968, 8.315, de 23 de dezembro de 1991, 8.706, de 14 de setembro de 1993, os Decretos-Leis ns. 4.048, de 22 de janeiro de 1942, 8.621, de 10 de janeiro de 1946, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12594.htm. Acesso em: 04 set. 2019. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2008. BRASIL. Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de 1993. 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