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2ª Aula- GEOPOLÍTICA

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UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA
ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS
GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E
 INTEGRAÇÃO 
 
 Campus Cidade Universitária. 
 Profª Me. Ivete Rolim
 2ª Aula – 1º Bimestre - 
2- Geopolítica e Políticas Territoriais:
Para superar os constrangimentos de um território ainda não integrado, formado por regiões de economias mais ligadas ao exterior que aos outros subespaços nacionais, o regime militar (1964-1985), empregou sua geopolítica de integração nacional.
A manobra de integração consistiu em apropriar política e economicamente a hinterland a partir do Brasil atlântico. 
A conseqüente integração econômica do território, com a difusão dos capitais e das pessoas, foi fortemente condicionada pela organização política da malha municipal. No auge da centralização do poder no Brasil, a região Centro-Oeste foi autorizada a criar novos municípios, produzindo dessa forma condições políticas locais para a apropriação econômica do espaço. 
Assim, a constituição do espaço econômico, na região e período aqui considerados, foi uma conseqüência ou complemento do espaço da política.
2.1- Da Geografia Política para a Geopolítica.
As polêmicas em torno da Geografia Política e Geopolítica sempre permearam o campo de estudo destes dois ramos do saber científico, pois a apropriação dessas por parte dos Estados e de alguns teóricos, interessados em justificar suas pretensões, acabou por contribuir para a distorção de ambas com o transcorrer do tempo. 
Outro aspecto vinculado a estes ramos do saber científico consiste no fato de que há uma confusão em relação à distinção do campo de estudo e temas enfocados por cada uma destes, bem como, o temor de se corromper a Geografia acadêmica através da difusão destes estudos
O município como espaço político
No Brasil, desde a Constituição de 1946, o município é um ente da federação ao lado dos estados, do Distrito Federal e da União, sendo, portanto, pessoa jurídica de direito público, com autonomia e competência legislativa própria. 
As atribuições constitucionais dos municípios, herança de seu papel na integração do território brasileiro, e da vida de relações que impulsiona sua autonomia, fazem-no um espaço político e, portanto, um espaço de poder significativo na federação brasileira.
O poder político não se exerce fora do espaço, e nem pode prescindir das fronteiras que, dividindo o espaço, delimitam os territórios onde ancora-se todo poder político-institucional.
Geopolítica no Brasil : principais temas abordados no Brasil sobre geopolítica, são:
· Pré-Sal
· Reforma agrária
· Recursos agrícolas
· Demografia
· Petróleo e a Petrobrás
· Proteção das fronteiras
· Questões de infraestrutura
· Mercosul e Unasul
· Industrialização
· Crescimento urbano
· Questões políticas internas
· Questão indígena
2.2- Política Externa e os interesses nacionais:
 Instrumentos da política Estatal e da Geopolítica.
Como acontece com outras políticas públicas, a política exterior brasileira tem experimentado uma série de transformações nos últimos anos que combina mudanças iniciadas há longo tempo com inovações mais recentes. 
 Neste caso, constata-se uma combinação de conteúdos substantivos e dimensões institucionais já experimentados no passado com metas e articulações inter-burocráticas e políticas inovadoras. 
Além de refletir uma progressiva ampliação de interesses e ambições no cenário mundial projetados desde Brasília, este processo tem sido beneficiado pelos ventos globais e regionais que sopram a favor. 
Esta combinação vem propiciando o desenho de políticas assertivas, que somam posturas individuais brasileiras com posições coordenadas com outros países em desenvolvimento em temas de comércio, reforma financeira, mudança climática, cooperação internacional, paz e segurança.
Nosso país, o Brasil se beneficiou das transformações na economia política global e da difusão de poder na direção dos países emergentes. Mas para se entender a ampliação da agenda externa brasileira nos últimos oito anos, é necessário levar em conta as características da política externa do país neste período.
 Ao contrário do passado recente, quando a política externa era acessória à estabilidade macroeconômica tinha função de garantir a credibilidade internacional, na atualidade, a política exterior, pró-ativa e pragmática, é um dos pés da estratégia de governo calcada em mais três pilares:
a) Manutenção da estabilidade econômica;
b) Retomada do papel do Estado na coordenação de uma agenda neo-desenvolvimentista; e
c) Inclusão social e formação de um expressivo mercado de massas. 
Por ter alargado a agenda de temas e atores (burocráticos e sociais), a política externa passou a ter uma base societal com a qual não contava anteriormente.
Instrumentos da Política Estatal
1- A evolução do sistema internacional na sua fase contemporânea, a partir do final da Primeira Guerra: 
O fato é que o atual cenário político mundial, como todos admitem, ostenta a marca da transição, na qual essas forças muitas vezes antagônicas podem atuar ao mesmo tempo e em um mesmo lugar e são capazes de provocar impactos de diversas intensidades e escalas.
Diante desse quadro de incertezas e em circunstâncias similares, o melhor caminho a escolher é o de evitar a armadilha das dicotomias e conceber o sistema internacional atual enquanto uma configuração extremamente complexa, mutante e hierarquizada. Significa vislumbrá-lo em sua natureza multidimensional (para utilizar uma expressão de Raffestin), no qual se encontram integrados às suas instituições e normas legais e consuetudinárias de convivência, duas centenas de estados que operam atualmente em um contexto de globalização econômica acelerada. 
2- O filósofo alemão E. Kant, com o seu conceito de Paz Perpétua é considerado o “Pai-Fundador”; 
Assim expressa, de um lado, as tendências de contração desse sistema como um todo (os movimentos centrípetos), processo que tem sido associado à construção de uma governança mundial que teria adquirido notável relevância com o fim da bipolaridade e para a qual, mais que os efeitos do clássico equilíbrio de poder entre as potências ou os estados em geral, a conquista da paz duradoura seria o resultado do funcionamento adequado e contínuo de um conjunto virtuoso de fatores políticos e institucionais. 
Trata-se de concepção que indica a predominância de um quadro geral cujos contornos sugerem a vigência do cenário traçado pelas antigas e novas teorias chamadas genericamente de construtivistas. 
3- Dentre os inúmeros estudos sobre a história da integração européia, de quase sessenta anos; 
Do ponto de vista político (ou geopolítico), entretanto, o mais interessante desses processos que se desenvolvem no Continente na atualidade, é aquele representado pelo conjunto de iniciativas e articulações envolvendo a América do Sul e que estão promovendo-a rapidamente para a posição de uma região geopolítica, isto é, uma entidade política transnacional dotada de unidade mínima e arcabouço institucional baseados em princípios e macro-objetivos comuns nas relações internacionais. 
Considerando as características básicas da sua formatação inicial e do seu desenvolvimento atual, esse modelo de arranjo regional constitui o único projeto, nessa escala, que procura reproduzir em seus aspectos gerais a experiência européia, na qual a ambição maior dos seus estados-membros sempre foi a de conjugar o máximo de integração econômica a uma macro-concertação político-institucional de natureza transnacional. 
 
4-  A idéia de tomar a América do Sul como uma região em construção aparece em um pequeno grupo de autores; 
Deste lado do Atlântico, e malgrado as oscilações nos fluxos de bens e capitais e as difíceis negociações envolvendo diversos contenciosos no comércio intra-Bloco, acentua-se o processo de consolidação do Mercosul nesses 13 anos (na prática) de seu funcionamento, e, por conseqüência, do seu papel de pólo aglutinador das relações econômicasde vizinhança na região como um todo. 
O recente ingresso da Venezuela e, ao que tudo indica, num futuro próximo, da Bolívia e do Equador, são eventos que confirmam a vitalidade dessa articulação regional. 
Geopolítica no Mundo: Principais temas da geopolítica mundial envolvem diversos conflitos entre países do mundo:
· Segunda Guerra Mundial
· Guerra Fria
· Descolonização da África e da Ásia
· Guerra da Coreia
· Guerra do Vietnã
· Guerra do Golfo
· Guerra do Afeganistão
· Guerra do Iraque
· Queda do Muro de Berlim
· Fim da URSS
· Conflitos no Oriente Médio
· Imperialismo
· Globalização
· Blocos Econômicos
2-3- Política Externa:
Qual é a importância da geopolítica para o entendimento dos conflitos mundiais?
O entendimento da geopolítica é fundamental para entender os conflitos mundiais porque ela é a área da geografia que explica qual é a política de relações internacionais e relações diplomática entre países, além de mostrar como eles se posicionam em relação às esferas econômicas e sociais.
 
 Conflitos na América do Sul 
2- A evolução do pensamento em Geopolítica 
Apontamentos pós-Guerra.
3.1 – Guerra Fria e Bipolaridade.
O que foi a Guerra Fria e qual foi o papel dos Estados Unidos?
A Guerra Fria, que teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991) é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, disputando a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
3.2 – A Geopolítica na França na década de 1970;
O que é o mundo contemporâneo?
Contemporâneo é um adjetivo que faz referência ao que é do mesmo tempo, que viveu na mesma época. Contemporâneo designa quem ou o que partilha ou partilhou o mesmo tempo, o mesmo período. Contemporâneo faz referência também à época presente, o tempo atual e ao indivíduo do nosso tempo.
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Referências – BÁSICA - CHESNAIS, F. A mundialização do capital. São Paulo: Ed. Xamã, 1996.- OLIVEIRA, H. A.; LESSA, A. C. (org.) Política Internacional Contemporânea: mundo em transformação. São Paulo, Saraiva, 2006. - VESENTINI, J. W. Novas geopolíticas: as representações do século XXI. São Paulo: Editora Contexto, 2011.
COMPLEMENTAR- BANDEIRA, L. A. M. A segunda Guerra Fria. Geopolítica e dimensão estratégica dos Estados Unidos. Das rebeliões na Eurásia à África do Norte e ao Oriente Médio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. - CARVALHO, Leonardo Arquimino de. Geopolítica & Relações Internacionais. Curitiba: Juruá, 2002. - MORAES, Marcos Antonio; FRANCO, Paulo Sérgio Silva. Geopolítica: apocalipse do século XX. Campinas: Átomo. 2000.- SCALZARETTO, Reinaldo. Geografia geral: nova geopolítica. São Paulo: Scipione, 1997.- COSTA, Wanderley Messias da. Geografia Política e Geopolítica: Discurso sobre o Território e o Poder. São Paulo: HUCITEC/EDUSP, 1992.
VIRTUAL- MACHADO, José Luiz. Blocos econômicos no panorama mundial: análise geográfica e econômica. Curitiba: Ibpex, 2011. - SANTOS JUNIOR, Washington Ramos dos.- Geografia I: epistemologia, política e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2016. - _____, Washington Ramos dos. Geografia II: geografia econômica. São Paulo: Saraiva, 2016. -SILVA, Renata Adriana Garbosa. Geografia política e geopolítica. Curitiba: InterSaberes, 2018. - TEIXEIRA JÚNIOR, Augusto W. M. Geopolítica: do pensamento clássico aos conflitos contemporâneos. Curitiba: InterSaberes, 2017. 
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Para Refletir: “Há muitas razões para duvidar e uma só para crer!” Carlos Drummond de Andrade.
Geopolítica, Regionalização e Integração - 2ª Aula – 1º Bimestre. - Profª Me. Ivete Rolim	Página 4

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