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Aap4 -Teoria da Literatura

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Aap4 - Teoria da Literatura 2020
Corrigido pelo AVA
1) Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O conto é, do ângulo dramático, unívoco, univalente. Num parêntese, cabe dizer que sentido têm, aqui, as palavras ‘drama’, ‘dramático’ e seus cognatos. Devem ser entendidos como conflito, ação conflituosa, etc. O drama nasce quando se dá o choque de duas ou mais personagens, ou de uma personagem com suas ambições e desejos contraditórios. Se tudo estivesse em plena paz e ordem entre as personagens, não haveria conflito, portanto, nem história. E mesmo que se viesse a escrever um conto acerca do tema do bem-estar e da tranqüilidade de espírito, é certo que não teria interesse algum. A bem-aventurança medíocre produzida pela satisfação dos apetites primários não importa à Literatura, pois mesmo fora da Arte as pessoas ‘felizes, são monótonas e desatraentes. Só a dor, o sofrimento, a angústia, a inquietude criadora, etc., faz que as criaturas se imponham e suscitem interesse nos outros. A Literatura opera exatamente no plano em que o homem vive a vida como luta, tomada a consciência da morte e da precariedade do destino humano. Tal homem não se acomoda, não se torna feliz; muito pelo contrário. E quanto mais indaga, mais se inquieta, e por isso vive integralmente num permanente círculo vicioso. Aí entre a literatura”.
(Fonte: MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.124).
 
Considere tudo o que foi dito sobre o conto e atente-se parar as afirmações:
I. Drama, para Massaud Moisés, tem a mesma definição que a peripécia aristotélica.
II. O conto é plurivalente e multívoco em sua ação, em sua dramaticidade, em seu desenrolar da história.
III. É sempre da necessidade de solução de uma situação que surge a ação, isso constitui um drama ou peripécia.
IV. A palavra drama assume, no texto acima, a definição de ação transcorrida em função de um catalisador que impulsiona o enredo.
V. Os sentimentos ruins não servem de impulso para a literatura, eles só a atrasam enquanto forma de arte.
Considere as afirmações, o excerto lido e escolha abaixo a alternativa que contém os itens considerados corretos:
Alternativas:
· a) I, III e V.
· b) I, II e III.
· c) I, IV e V.
· d) I, III e IV.  Alternativa assinalada
· e) II, III e V.
2) Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O fato é que a crônica, é um gênero literário que, a despeito de ter sido considerado, durante muito tempo, como um gênero menor, tem merecido hoje a devida atenção por parte da crítica. Como afirma Antônio Cândido, não há que esperar uma ‘literatura feita de grandes cronistas’, assim como tampouco se ‘pensaria em atribuir um prêmio Nobel a um cronista’. Entretanto, o crítico reconhece que, na crônica, ‘tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos (...)’. E tudo porque ‘a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas (...)’, não necessitando, para tal, de nenhum ‘cenário excelso’, já que a perspectiva do cronista ‘não é a dos que escrevem do alto da montanha, mas do simples rés do chão’. Nos termos de Cândido, mesmo sendo um gênero sem grandes adjetivações, livre de vôos grandiloquentes, a crônica ‘pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas’. Assim, é de opinião que a crônica pode dizer coisas sérias sobre inúmeros aspectos da vida. Por exemplo, na apresentação de uma simples conversa fiada. Não é à toa que o crítico, no exato momento em que fala que a crônica perece mesmo um ‘gênero menor’, sai-se com essa: Graças a Deus – seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica perto de nós’”.
(Fonte: ARANHA, Gervácio Batista. Retratos urbanos no Brasil: a crônica como fonte histórica. ANPUH - XXV Simpósio nacional e história. 2009. Disponível em:< http://anais.anpuh.org/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.0472.pdf>. Acesso em: 27 de jan. 2017, p.2).
 
O autor argumenta sobre o a crônica. Tendo isso em mente considere as afirmações:
(   ) A crônica torna grande e singular o evento corriqueiro e batido, esse é seu papel literário.
(   ) A crônica foi considerada, por muito tempo, um gênero literário menor, mas isso já se modificou.
(   ) O cenário é um ingrediente fundamental para o desenvolvimento da crônica, locais mais belos são preferíveis.
(   ) A preocupação do cronista é retratar as coisas miúdas e corriqueiras presentas na vida cotidiana.
(   ) A crônica não pode falar sobre qualquer assunto, somente os assuntos políticos devem ser abordados por ela.
Considere as afirmações, o texto lido e escolha a alternativa que apresenta a ordem correta, sendo V para Verdadeiro e F para Falso:
Alternativas:
· a) V-V-F-V-F Alternativa assinalada
· b) V-F-F-V-F
· c) F-V-F-V-F
· d) V-F-V-F-V 
· e) V-V-F-F-V
3) Leia o trecho do texto a seguir:
 
“O conto, portanto, abstrai tudo quanto, no tempo, encerre importância menor, para se preocupar apenas com o centro nevrálgico da questão. Isso explica que ao conto repugne a ‘duração’ bergsoniana ou a complicada inserção de planos temporais, feita com o auxílio da memória associadora de fatos passados, ou de outro expediente análogo. O conto caracteriza-se por ser ‘objetivo’, atual: vai diretamente ao ponto, sem deter-se em pormenores secundários. Essa ‘objetividade’ observável ainda noutros aspectos adiante examinados, salta aos olhos com as três unidades: de ação, lugar e tempo. Às unidades de ação, lugar e tempo deve-se acrescentar a de tom. Entende-se por isso que todas as partes da narrativa devem obedecer a uma estruturação harmoniosa, com o mesmo e único objetivo. Este, por sua vez, corresponde à preocupação de todo contista no sentido de provocar no espírito do leitor numa só impressão, seja de pavor, piedade, ódio, simpatia, acordo, ternura, indiferença, etc., seja o contrário delas. Compreende-se melhor que no conto tudo deve convergir para essa impressão singular, quando nos lembramos de que ele opera com a ação e não com caracteres. Os últimos estão fora de interesse geral da narrativa curta, muito embora as personagens estejam longe de ser confundidas com bonecos de mola nas mãos do ficcionista. Mas é que este, tendo em vista a unidade da impressão, jamais pode permanecer longo tempo em sua análise. Seu fito não consiste em criar seres vivos à nossa imagem e semelhança, como pretende o romance, mas situações conflituosas em que todos nós, indistintamente, podemos espelhar-nos. Daí vem que todo o esforço criador se concentra na formulação dum drama em torno dum sentimento único e forte a ponto de desencadear uma impressão correspondente no espírito do leitor”.
 
(Fonte: MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.126, grifos do autor).
 
Considere tudo o que foi dito sobre o conto e atente-se parar as afirmações:
I. A descrição é fundamental ao contista, uma vez que ela ajuda a compor a unidade almejada.
II. É comum ao conto que seus elementos convirjam para um só ponto, para um ponto uno.
III. O conto, como a crônica, se preocupa com sua extensão limítrofe, isso altera sua composição estrutural.
IV. O conto, assim como o drama, preocupa-se com a manutenção da unidade em sua estrutura.
V. O conto prima pela unidade, mas visa uma multiplicidade de impressões no ato da leitura.
Considere as afirmações, o excerto lido e escolha abaixo a alternativa que contém os itens considerados corretos:
Alternativas:
· a) II, III e V.
· b) II, III e IV. Alternativa assinalada
· c) I, II e III.
 
· d) I, II e V.
· e) III, IV e V.
4) Leia o trecho do texto a seguir:
 
“Ao longo da Idade Média, sucedem-se novelas de cavalaria, dentre as quais o Amadis de Gaula, o Merlim e José de Arimatéia. Portugal torna-se o território ideal para a acomodação e o desenvolvimento do espírito cavalheiresco, de tal forma que este, agonizante da França, vai permanecer vivo na Península até o início do século XVII. Dois ciclos, o dos Amadises e odos Palmeirins, ampliam-se e desenvolvem-se no decurso do século XVI, chegando até ao seguinte. Entretanto, algumas transformações começam a dar-se no seio da novela de cavalaria medieval. Elementos eróticos, sentimentais, não-bélicos, insinuam-se aos poucos por entre as malhas estreitas das costumeiras e enredadas peripécias de audácia e bravura guerreira. É o Amadis o primeiro protagonista de novela onde já se evidenciam alguns traços do homem renascentista e moderno, a debater-se entre conflitos de vária [sic] ordem sentimental e ética, seja por influência clássica trazida pelos ventos humanistas do século XV, ou por influência de Boccaccio, seja por evolução natural de alguns componentes espirituais da matéria cavalheiresca, o certo é que o gosto pelas narrativas sentimentais e bucólicas ganha imediato e largo prestígio na Renascença. A própria novel de cavalaria, não podendo resistir ao sinal dos tempos, aceita francamente determinadas inovações de sentimentalidade e erotismo. Um sopro lírico invade o mundo da cavalaria. Assim, novelas como Cárcere de Amor e Tratado de Arnalte e Lucinda, de Diego de San Pedro, O Servo Livre do Amor, de Juan Rodríguez del Padrón, História dos Amores de Peregrino e Ginebra, de Hernando Díaz, Selva de Aventuras, de Jerônimo de Contreras, enquadram-se desde logo entre as narrativas sentimentais profusamente difundidas e aceitas no tempo” (MOISÉS, 1973, p.155, grifos do autor).
 
MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. São Paulo: Melhoramentos, 1973.
 
O autor argumenta sobre a novela. Tendo isso em mente, considere as afirmações:
(   ) O relevo guerreiro da novela se transformou, gradualmente, em descrição dos problemas cotidianos.
(   ) Por influência da corte medieval, os temas da novela se modificaram lentamente, abandonando as guerras e aventuras.
(   ) Portugal e França nunca fizeram parte do ciclo cavaleiresco, este se reduziu ao território do Reino Unido.
(   ) A Renascença ainda conservava, como fundamento, a narrativa estritamente guerreira e virtuosa.
(   ) A novela de cavalaria passou por transformações e aceitou as temáticas sentimentais e eróticas.
Considere as afirmações, o texto lido e escolha a alternativa que apresenta a ordem correta, sendo V para Verdadeiro e F para Falso:
Alternativas:
· a) F-V-F-V-F
· b) F-F-V-V-F
· c) F-V-F-F-V
· d) V-F-F-F-V  Alternativa assinalada
· e)V-V-F-F-V

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