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Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Prof. Dr. Tonilson Rosendo Temperabilidade TRATAMENTOS TÉRMICOS E SUPERFICIAIS Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Conceitos Temperabilidade Máxima dureza só possível com 100% de martensita; 100% de martensita só é possível se pudermos eliminar as transformações dependentes da difusão (perlita e bainita); Isso só é possível com um resfriamento muito rápido; Por essa razão, a distribuição de dureza em uma peça depende de 3 fatores: • Tamanho da peça (gradiente térmico); • Material (posição das curvas de transformação) • Velocidade de resfriamento (meio, condutiv. térmica e geometria) Peça / Material Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) SAE 1045 vs SAE 6140 - Máxima dureza no aço 1045 somente na superfície, nas barras de 0,5” e 1” (no interior a dureza cai muito). - da barra = dureza da superfície. Núcleo sempre menor que superfície. - O aço SAE 6140 desenvolve maiores valores de dureza para todos os . Também há queda de dureza no núcleo. Experimento que demonstra a temperabilidade Temperabilidade Têmpera em água SAE 1045 SAE 6140 Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Têmpera em óleo - O óleo é um meio bem menos severo que a água. - No aço 1045, nem na barra de 0,5” formou-se 100% de martensita na superfície. - O aço SAE 6140 mostra uma maior capacidade de formar martensita. Conclusão O aço SAE 6140 tem uma maior temperabilidade em relação ao aço SAE 1045. Temperabilidade SAE 1045 SAE 6140 Experimento que demonstra a temperabilidade SAE 1045 vs SAE 6140 Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Ms Tempo Temperatura Efeito dos elementos de liga (aço ao carbono) (aço ligado) Conseqüências disso: • A martensita pode ser obtida com menor velocidade de resfriamento; • Menos distorção; • Peças maiores podem ser tratadas térmicamente. Efeito do material Temperabilidade Os elementos de liga atrasam as reações de formação da perlita e bainita. Ou seja: aumentam o tempo para a decomposição da austenita. Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) O gradiente de temperatura numa peça depende de 2 fatores: • Habilidade do calor se difundir do interior para a superfície da peça; • Habilidade do meio de resfriamento de remover calor da superfície da peça. Efeito do tamanho da peça na vel. de resfriamento Temperabilidade Vel. com que a superfície esfria Vel. com que o núcleo esfria Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Invólucro de vapor Borbulhamento Convecção Estágio A Estágio B Estágio C O que deseja-se para um meio de resfriamento? Apenas duas “coisas”: • Alta velocidade de resfriamento em A e B • Baixa velocidade em C Meio de refriamento Temperabilidade Minimiza trincas de resfriamento Garante chegar na T desejada sem transformações prévias Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) • Barra de 1” de diâmetro por 4” de comprimento; • Aquecida até completa austenitização; • Resfriamento controlado em um dispositivo por meio de um jato de água contra uma de suas extremidades; • Taxas de resfriamento desde aquelas associadas com água até ar; • Após o resfriamento, faz-se a medida da dureza em HRC a cada 1/16” ao longo do comprimento, a partir da ponta temperada; • Com as curvas Jominy, pode-se comparar a temperabilidade entre aços diferentes. Grande vantagem caracteriza a temperabilidade de um aço a partir de um único corpo de prova ao invés de uma série de barras redondas. Características do ensaio: Ensaio Jominy Temperabilidade • Como é feito? Um corpo de prova padrão é resfriado a partir de uma das extremidades por um jato d’água. Avalia o efeito da velocidade de resfriamento no perfil de dureza de uma peça temperada. Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Este resfriamento na extremidade faz com que o CP experimente uma faixa ampla de taxas de resfriamento. Desde aquelas associadas com resfriamento em água até ao ar. Temperabilidade Ensaio Jominy Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Dispositivo utilizado no ensaio Jominy. Dispositivo de ensaio (bancada) Jominy 30 25 Corpo de Prova Jominy Temperabilidade 25 100 Ensaio Jominy CP 102 Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Avaliação de dureza ao longo das faces, retificadas, a cada 1/16” da ponta. Gráfico: Dureza x distância da ponta temperada Curva Jominy • Direção ao centro = vel. de resfriamento = menos martensita Temperabilidade • Superfície da barra vel. máxima de resfriamento Forma 100% de martensita, logo, obtém-se máxima dureza (~60HRc). Ensaio Jominy Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Aços em comparação: Taxa de resfriamento São aços com a mesma quantidade de carbono, mas com diferentes quantidades de elementos de liga. 4340 – 1,85Ni;0,8Cr;0,25Mo 4140 – 1Cr;0,2Mo 8640 – 0,55Ni;0,5Cr;0,2Mo 5140 – 0,85Cr 4340 = temperabilidade Martensita mesmo para baixas taxas de resfriamento Mesma %C mesma dureza da martensita (57HRc) 1040 = 30HRc (~7mm) VS 4340 = 50HRc (~50mm) Temperabilidade Ensaio Jominy Tratamentos térmicos e superficiais (39-191) Variações inevitáveis de composição e tamanho de grão Resultado dispersão na temperabilidade Faixas ou bandas de dureza Temperabilidade Banda de temperabilidade
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