Buscar

apostila módulo 5 constitucional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, NOÇÕES 
PRELIMINARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barbacena/MG 
2 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
 
Índice 
 
1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................... 3 
1.1 Soberania .......................................................................................................... 8 
1.2 Cidadania ......................................................................................................... 10 
1.3 Dignidade da Pessoa Humana ........................................................................ 10 
1.4 Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa ............................................ 13 
1.5 Pluralismo Político ........................................................................................... 15 
1.6 Poderes da República...................................................................................... 16 
1.6.1 Poder Legislativo ....................................................................................... 17 
1.6.1.1 Atribuições do Congresso Nacional relacionadas às funções do Poder 
Legislativo federal ........................................................................................... 18 
1.6.1.2 Atribuições das Casas do Congresso Nacional (Câmara dos 
Deputados e Senado Federal), quando atuam separadamente ..................... 21 
1.6.1.3 Atribuições do Congresso Nacional relacionadas ao funcionamento 
das sessões conjuntas e das comissões mistas ............................................ 23 
1.6.2 Poder Executivo ........................................................................................ 29 
1.6.3 Poder Judiciário......................................................................................... 33 
1.6.3.1 Supremo Tribunal Federal .................................................................. 34 
1.6.3.2 Superior Tribunal de Justiça ............................................................... 35 
1.6.3.3 Justiça Federal ................................................................................... 37 
1.6.3.4 Justiça do Trabalho ............................................................................ 39 
1.6.3.5 Justiça Eleitoral ................................................................................... 40 
1.6.3.6 Justiça Militar ...................................................................................... 41 
1.6.3.7 Justiças Estaduais .............................................................................. 41 
1.7 Objetivos Fundamentais da República ............................................................ 42 
1.8 O Estado em suas Relações Internacionais .................................................... 43 
1.8.1 Independência Nacional ............................................................................ 44 
1.8.2 Prevalência dos Direitos Humanos ........................................................... 45 
1.8.3 Autodeterminação dos Povos ................................................................... 46 
1.8.4 Não Intervenção ........................................................................................ 46 
1.8.5 Igualdade entre os Estados ....................................................................... 46 
1.8.6 Defesa da Paz ........................................................................................... 47 
1.8.7 Solução Pacífica dos Conflitos .................................................................. 47 
1.8.8 Repúdio ao Terrorismo .............................................................................. 47 
1.8.9 Cooperação entre os Povos para o Progresso da Humanidade ............... 48 
1.8.10 Concessão de Asilo Político .................................................................... 48 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
A Constituição Federal apresenta em seus artigos 1º ao 4º, sobre o Título I, 
o que convencionou chamar: “DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS”. Quando se fala 
em princípios fundamentais, objetivamente, podemos estabelecer que eles 
designam as principais características do Estado Brasileiro (nesse sentido, 
juridicamente, o Estado Brasileiro é a República Federativa do Brasil). 
Princípios fundamentais são os alicerces, os pilares estruturantes da 
Constituição Federal de 1988, encontrando-se nesta temática, os fundamentos e os 
objetivos da Constituição e os princípios que regem o Brasil em suas relações 
internacionais. 
Princípios fundamentais são as normas jurídicas informadoras do 
ordenamento constitucional brasileiro. Sobre essas diretrizes básicas foi elaborada a 
Constituição brasileira. Contêm os mais importantes valores que influenciaram a 
elaboração da Constituição da República Federativa do Brasil. Os princípios são 
dotados de normatividade, ou seja, possuem efeito vinculante, constituem normas 
jurídicas efetivas. Existe uma tendência moderna no direito constitucional 
denominada pós-positivismo, em que há valorização jurídica e política dos princípios 
constitucionais (PINHO, 2012, p. 85). 
Princípios fundamentais são diretrizes imprescindíveis à configuração do 
Estado, determinam-lhe o modo e a forma de ser. Refletem os valores e obrigados 
pelo ordenamento jurídico, espalhando a ideologia do constituinte, os postulados 
básicos e os fins da sociedade. São qualificados de fundamentais, porquanto, 
constituem o alicerce, a base, o suporte, a pedra de toque do suntuoso edifício 
constitucional. Possuem força expansiva, agregando, em torno de si, direitos 
inalienáveis1, básicos, e imprescindíveis, como a dignidade da pessoa humana, a 
cidadania, o pluralismo políticos, etc. (BULOS, 2015). 
 
1
 Direitos Inalienáveis - Do latim inalienabĭlis, inalienável é aquilo que não se pode alienar (ou seja, cujo 
domínio não pode ser passado ou transmitido a alguém). Portanto, à luz da lei, o que é inalienável não pode ser 
vendido nem cedido. Os direitos inalienáveis são todos os direitos fundamentais que não podem ser 
legitimamente negados a uma pessoa. Nenhum governo nem autoridade tem competência para negar este tipo de 
direitos, uma vez que fazem parte da essência da pessoa. Os direitos humanos são direitos inalienáveis. Esses 
4 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
Sobre os Princípios Fundamentais CUNHA JÚNIOR (2012, p. 535) 
acrescenta que apesar de expressarem decisões políticas fundamentais que 
estabelecem as bases políticas do Estado, esses princípios são verdadeiras normas 
jurídicas operantes e vinculantes, que todos os órgãos encarregados de criar e 
aplicar o Direito devem ter em conta e por referência, seja em atividades de 
interpretação, seja em atividades de positivação do direito infraconstitucional (leis e 
demais atos normativos). Podemos assegurar que toda atividade de criação, 
interpretação e aplicação do Direito tem nos princípios fundamentais do título I o seu 
ponto de partida. 
Os princípios constitucionais possuem três funções extremamente 
relevantes na ordem jurídica: a) fundamentadora; b) interpretativa; e c) supletiva. 
Pela função fundamentadora, estabelecem as diretrizes de todo um sistema de 
normas constitucionais. Possuem eficácia derrogatória e diretiva. Coma função 
interpretativa, permitem o alcance da verdadeira finalidade da lei no momento de 
sua aplicação. Pela função supletiva, realizam a tradicional tarefa de integração do 
ordenamento jurídico. Esta última função é a prevista no art. 4º da Lei de Introdução 
ao Código Civil: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”. (PINHO, 2011, p. 85). 
O artigo 1º da Constituição Federal de 1988 estabelece: 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
 
direitos, por outro lado, são irrenunciáveis. Por mais que queira (ainda que seja por vontade própria), ninguém se 
pode desprender dos direitos inalienáveis, nem perdê-los. Por exemplo: não existe escravidão voluntária. Uma 
pessoa não pode renunciar à sua liberdade e submeter-se de forma voluntária às ordens de terceiros. Os direitos 
inalienáveis são inerentes ao indivíduo pelo simples fato da sua condição humana. Não existe ordem jurídica 
possível nem castigo que possa privar um ser humano deste tipo de direitos, tendo em conta que são 
independentes de qualquer tipo de fator particular. Costuma-se dizer que os direitos humanos são irrenunciáveis, 
irrevogáveis e intransferíveis. Para além de usufruírem da protecção de diversas legislações internacionais, os 
direitos humanos são considerados como uma base ética e moral para preservar a dignidade das pessoas. A 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a qual foi adoptada pelas Nações Unidas em 1948, 
compila os direitos inalienáveis dos seres humanos. A união desta declaração e os pactos internacionais 
celebrados entre os países recebe o nome de Carta Internacional dos Direitos Humanos. 
 
5 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
 
O caput2 do artigo primeiro estabelece, inicialmente, o nome do Estado 
brasileiro, ou seja, República Federativa do Brasil, tratando-se, nesse sentido, a 
forma usual – Brasil, de mero apelido. 
República designa a forma de governo, ou seja, a titularidade e o exercício 
do poder político no Brasil, sendo que esta titularidade pertence – conforme previsto 
no parágrafo único do mesmo artigo primeiro – ao povo. Ou seja, o poder, no 
singular, como elemento do Estado, é do povo. A República (do latim res publica, 
"coisa pública"), é o Estado do povo. 
Sobre a República leciona PINHO (2011, p. 89/90): 
 
República, do latim res publica (coisa pública), é a forma de governo que se 
caracteriza pela eleição periódica dos membros do Poder Executivo e 
Legislativo e um regime de responsabilidade das pessoas que ocupam 
cargos públicos. Apresenta três características básicas: a eletividade, a 
periodicidade dos membros do Poder Legislativo e Executivo e a 
responsabilidade das pessoas que ocupam cargos públicos. Prevalece no 
Brasil desde 1889, com a edição do Decreto n. 1, de 15 de novembro de 
1889. Como consequência do regime republicano são previstas no texto 
constitucional eleições periódicas para a escolha de representantes da 
vontade popular para a ocupação de cargos nos Poderes Executivo e 
Legislativo, a possibilidade de impeachment do Presidente da República e a 
necessidade das pessoas que ocupam cargos públicos de prestarem contas 
de seus atos. Uma das hipóteses de intervenção federal é assegurar a 
observância da forma republicana de governo nos Estados-Membros (art. 
34, VII, a). 
 
Quando a Constituição afirma que o povo exerce o seu poder por meio de 
representantes eleitos, ela explícita a Democracia representativa; contudo, quando, 
indica que o povo exerce o seu poder diretamente, ela exprime a Democracia direta. 
Da conjugação da Democracia representativa e Democracia direta temos um modelo 
misto de Democracia semidireta, que nada mais é senão uma Democracia 
representativa com alguns institutos ou mecanismos de participação direta do povo 
 
2
 Caput - parte superior; cabeça, capítulo, enunciado de artigo de lei ou regulamento. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim
https://pt.wikipedia.org/wiki/Res_publica
6 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
na formação da vontade política nacional. Da democracia semidireta se desenvolve 
a chamada Democracia participativa (CUNHA, 2011). 
Federativa designa a forma de Estado, ou seja, a organização política 
administrativa deste Estado. A federação pressupõe a descentralização político 
administrativa do Estado. A descentralização realizada dentro do Estado em 
pessoas jurídicas: União, estados, Distrito Federal e municípios. Estas pessoas 
jurídicas, dotadas, cada uma delas de autonomia, representam um determinado 
interesse: A União representa interesses de ordem nacional; os estados, interesses 
de ordem regional; o Distrito Federal, interesse de ordem distrital, e por fim, os 
municípios com interesse local. 
O Princípio Federativo define a forma de Estado. Federação é a própria 
forma de Estado, que se constitui a partir de uma união indissolúvel de organizações 
políticas autônomas, instituída por uma Constituição rígida (a Constituição Federal), 
com o fim de criar um novo Estado (o Estado Federal). A esse propósito, as 
coletividades reunidas (Estados Federados), sem perderem suas personalidades 
jurídicas, despedem-se de algumas tantas prerrogativas, em beneficio do todo 
(Estado Federal). A mais relevante delas é a soberania. Federação, 
etimologicamente, vem de foedus, Joederis, significando aliança, pacto, união, uma 
vez que é da aliança entre Estados que ela nasce. O Estado Federal- resultado 
dessa aliança - é soberano para o Direito Internacional, ao passo que os Estados 
federados ou membros são autônomos para o Direito Interno (CUNHA, 2012, p. 
269). 
Não se confunde, também, Forma de Estado (Federação) e Forma de 
Governo (República) com Regime de Governo (Democrático) e Sistema de Governo 
(Presidencialista). 
Regime de Governo nada mais é do que o exercício do poder de forma 
representativa ou não, participativa. No Regime de Governo Democrático há a 
participação efetiva do povo na vida do Estado. É o Regime adotado pelo Brasil. 
Já o Sistema de Governo Presidencialista, pode ser conceituado como a 
concentração na representatividade das chefias, ou seja, o chefe se Estado e o 
chefe de governo é um único indivíduo, uma única pessoas, representando interna e 
7 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
externamente o Estado ou o País. É, também, o adotado pelo Brasil. Em oposição a 
este sistema existe o sistema parlamentarista3. 
Na nossa Constituição Federal temos um princípio básico: a 
indissolubilidade do pacto federativo, que é a impossibilidade de algum estado, 
município, do Distrito Federal, ou de algum território se desvincular do país 
tornando-se soberano. 
O direito de secessão 4 no Brasil é vedado pela Constituição Federal. O art. 
1ºda CF/88 prevê que a República Federativa do Brasil é formada pela união 
indissolúvel dos estados/municípios/distrito federal. Em outras palavras, seria 
inconstitucional qualquer tentativa de secessão no Brasil, podendo eventual 
tentativa, inclusive, ensejar a intervenção do governo federal (art. 34 da CF/88). 
 
Constituição Federal de 1988 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto 
para: 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos, salvo motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
 
3
 Sistema Parlamentarista - é um tipo de regime político ou governo caracterizado por possuir um gabinete de 
ministros, que formam o parlamento. Todos os projetos, leis e demais decisões do governo estão submetidos a 
votação desse parlamento, em um sistema parlamentarista. Em uma República Parlamentarista, o presidente da 
república é o responsável pela nação, enquanto que o controle do governo fica a cargo do primeiro-ministro, 
como é o caso de Portugal, por exemplo. Já em uma Monarquia Parlamentarista, como é o caso do Reino Unido, 
ao contrário do absolutismo, em que o rei tem total poder de decisão sobre as leis do país, os ministros são os 
responsáveis por controlar o governo. O primeiro-ministro, também chamado de chanceler, exerce a chefia do 
Poder Executivo. A escolha do parlamento, no entanto, é feito a partir de um voto de confiança. 
 
4
 Secessão - (derivado do termo latino secessio) é o ato de se retirar de uma organização, união, ou 
especialmente de uma entidade política. Ato de separar-se. Termo geralmente usado para definir a separação de 
um Estado ou Território em relação ao país do qual fazia parte. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91972/constituicao-federal-de-1988#art-34
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Entidade_pol%C3%ADtica&action=edit&redlink=1
8 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 14, de 
1996) 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de 
saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
 
Voltando ao artigo 1º da CF/88, observe-se que no fim do caput do artigo 
faz-se menção ao Estado Democrático de Direito que pode ser divido em Estado 
Democrático que define-se com a participação efetiva do povo na vida do Estado e 
Estado de Direito que significa que aquele que exerce o poder, em nome do povo, 
representando o povo, também, como todos, se submete à regras. As regras são 
impostas por que está no poder, mas o poder também está limitado pelas próprias 
regras que são estabelecidas, até porque, pode-se dizer que a vontade criação de 
uma regra não nasce da representação do povo, mas do próprio povo. Estado de 
Direito é o Estado das Leis (da responsabilidade), todos aqueles que estão no poder 
devem respeito às leis. 
Vimos que o caput, do art. 1º combinado com seu parágrafo único 
apresentam os fundamentos da República, vamos tratar agora dos alicerces, dos 
pilares do Estado Brasileiro. 
Nesse sentido, podemos dizer que o Estado Brasileiro se funda: 
a) Na soberania; 
b) Na cidadania; 
c) Na dignidade da pessoa humana; 
d) Nos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
e) No pluralismo político. 
 
 
1.1 Soberania 
 
Soberania significa que o Estado é soberano, ou seja, estabelece as suas 
próprias normas, não reconhecendo, interna ou externamente nenhum poder 
9 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
superior ao seu. Não se permitindo nenhum tipo de inerência no Estado Brasileiro, já 
que quem estabelece as normas que vigerão no Estado é o próprio Estado. 
Sobre a soberania NOVELINO (2012, p. 378) leciona: 
 
A soberania estatal, enquanto atributo earacterizador do Estado, e um 
reflexo da Paz de Westfalia (1648), responsavel pela afirmacao da 
coexistencia de Estados independentes. Em seus primordios, o conceito de 
soberania – para o qual nao houvera equivalente na Idade Media - 
designava precipuamente o poder supremo atribuido ao principe no ambito 
interno, e nao a independência de um Estado em relacao aos demais.2 
Posteriormente, a soberania passou a ser definida como um poder pojitico 
supremo e independente. Supremo, por nao estar limitado por nenhum 
outro na ordem interna; independente, por nao ter de acatar, na ordem 
internacional, regras que nao sejam voluntariamente aceitas e por- estar em 
igualdade com os poderes supremos dos outros povos. Portanto, este 
conceito pode ser utilizado em dois ambitos distintos. A soberania 
extemacom referencia a representacao dos Estados, uns para com os 
outros, na ordem internacional; a soberania interna relacionada a 
supremacia estatal perante seus cidadaos na ordem interna. 
 
 
O Princípio da soberania rebela a qualidade máxima do Poder. Trata-se de 
um conceito que inadmite gradações. É impróprio falar em semissoberania. O 
Estado é soberano ou não é. Nos termos da Carta de 1988, a soberania apresenta 
dupla feição. Uma externa e outra interna. Do ponto de vista externo, impede que a 
República Federativa do Brasil fique à mercê de quaisquer injunções internacionais 
ou estrangeiras, cerceadoras ou subjulgadoras do Direito interno do País. Liga-se, 
pois, ao princípio da independência nacional (CF, art. 3º, I), Daí o pórtico da 
soberania ser chamado também de princípio do governo independente. Mas do 
ângulo interno, o vetor em estudo confere ao Estado Brasileiro autoridade máxima- 
summa potestas – dentro do seu território, não se submetendo a qualquer outro 
poder. Nessa seara, pessoas físicas ou jurídicas, agrupamentos públicos ou 
privados, todos, sem exceção, devem-lhe obediência. A soberania interna, por assim 
dizer, engloba as capacidades de auto-organização (poder do Estado de editar suas 
próprias normas, a começar pela Carta Magna), autogerenciamento financeiro 
(poder do Estado de gerir negócios próprios no âmbito das relações, econômicas – 
CF, art. 170, I) e autogoverno (poder de se autoadministrar). (BULOS, 2015, p. 256). 
 
 
10 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
 1.2 Cidadania 
 
O termo “cidadania” foi empregado em sentido amplo, abrangendo não só a 
titularidade de direitos políticos, mas também civis. Alcança tanto o exercíciodo 
direito de votar e ser votado como o efetivo exercício dos diversos direitos previstos 
na Constituição, tais como educação, saúde e trabalho. Cidadania, no conceito 
expresso por Hannah Arendt, o direito a ter direitos (PINHO, 2011). 
A cidadania como fundamento do Estado não se reduz ao conceito de 
nacional no gozo de direitos políticos (a chamada cidadania política prevista no art. 
14). É muito mais do que isso, pois visa qualificar todas as pessoas como titulares 
de direitos frente ao Estado, reconhecendo o indivíduo como parte integrante e 
indissociável da sociedade (Cunha, 2011, p. 559). 
Ao alçar a cidadania a fundamento de nosso Estado, o constituinte está 
utilizando essa expressão em sentido abrangente, e não apenas técnico-jurídico. 
Não se satisfaz a cidadania aqui enunciada com a simples atribuição formal de 
direitos políticos ativos e passivos aos brasileiros que atendam aos requisitos legais. 
É necessário que o Poder Público atue, concretamente, a fim de incentivar e 
oferecer condições propícias à efetiva participação política dos indivíduos na 
condução dos negócios do Estado, fazendo valer seus direitos, controlando os atos 
dos órgãos públicos, cobrando de seus representantes o cumprimento de 
compromissos assumidos em campanha eleitoral, enfim, assegurando e oferecendo 
condições materiais para a integração irrestrita do indivíduo na sociedade política 
organizada (PAULO E ALEXANDRINO, 2013). 
 
 
1.3 Dignidade da Pessoa Humana 
 
Estabelecer o conceito da dignidade da pessoa humana representa tarefa 
muito complexa, já que sua abrangência percorre diversos universos jurídicos, 
englobando inúmeras significações e concepções. 
11 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
Constitui-se com atributo humano já que é uma condição elaborada pelo 
homem, neste sentido leciona PLÁCIDO E SILVA (1967, p. 526): 
 
(...) dignidade é a palavra derivada do latim dignitas (virtude, honra, 
consideração), em regra se entende a qualidade moral, que, possuída por 
uma pessoa serve de base ao próprio respeito em que é tida: compreende-
se também como o próprio procedimento da pessoa pelo qual se faz 
merecedor do conceito público; em sentido jurídico, também se estende 
como a dignidade a distinção ou a honraria conferida a uma pessoa, 
consistente em cargo ou título de alta graduação; no Direito Canônico, 
indica-se o benefício ou prerrogativa de um cargo eclesiástico. 
 
Esta constitui a base moral que apresenta o direcionamento a ser seguido 
pelas pessoas já que suas ações serão verificadas por esta medida. É inerente à 
natureza social que todo ser humano busque o respeito e o reconhecimento por 
partes dos seus semelhantes. 
Temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva 
de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por 
parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de 
direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e 
qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as 
condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e 
promover sua participação ativa co-responsável nos destinos da própria existência e 
da vida em comunhão dos demais seres humanos (INGO WOLFGANG SARLET, 
2001, p. 60). 
A dignidade é um valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se 
manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria 
vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, 
constituindo-se em um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve 
assegurar, de modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações 
ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária 
estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos (MORAES, 2002, 
p. 128). 
 
O valor da dignidade da pessoa humana - resultante do traço distintivo do 
ser humano, dotado de razão e consciência, embora tenha suas raízes no 
12 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
pensamento clássico, vincula-se à tradição bimilenar do pensamento 
cristão, ao enfatizar cada Homem relacionado com um Deus que também é 
pessoa. Dessa verdade teológica, que identifica o homem à imagem e 
semelhança do Criador, derivam sua eminente dignidade e grandeza, bem 
como seu lugar na história e na sociedade. Por isso, a dignidade da pessoa 
humana não é, no âmbito do Direito, só o ser humano é o centro de 
imputação jurídica, valor supremo da ordem jurídica. (JOSÉ AFONSO DA 
SILVA, 1998, p. 89), 
 
A conceituação e a proteção à dignidade da pessoa humana pelo Direito é 
fruto da evolução do pensamento humano, entretanto, pode-se dizer que este 
instituto já existia em consonância à existência humana. Seu avanço dentro do 
Direito Constitucional é resultado da afirmação dos direitos fundamentais como o 
cerne da proteção da dignidade da pessoa e da concepção de que é a Constituição 
o meio hábil para positivar estas as regras que assegurem estas pretensões. 
Sobre este Fundamento Constitucional FLÁVIA PIOVESAN (2000, p. 54) 
leciona: 
A dignidade da pessoa humana, (...) está erigida como princípio matriz da 
Constituição, imprimindo-lhe unidade de sentido, condicionando a 
interpretação das suas normas e revelando-se, ao lado dos Direitos e 
Garantias Fundamentais, como cânone constitucional que incorpora “as 
exigências de justiça e dos valores éticos, conferindo suporte axiológico a 
todo o sistema jurídico brasileiro. 
 
Diz ainda a autora que (2004, p. 92): 
 
É no valor da dignidade da pessoa humana que a ordem jurídica encontra 
seu próprio sentido, sendo seu ponto de partida e seu ponto de chegada, na 
tarefa de interpretação normativa. Consagra-se, assim, dignidade da pessoa 
humana como verdadeiro super princípio a orientar o Direito Internacional e 
o Interno. 
 
Seguem juntos no tempo, o reconhecimento da Constituição como norma 
suprema do ordenamento jurídico e a percepção de que os valores mais caros da 
existência humana merecem estar resguardados em documento jurídico com força 
vinculativa máxima, ilesa às maiorias ocasionais formadas no calor de momentos 
adversos ao respeito devido ao homem (MENDES, 2008, p. 231). 
Neste sentido de eleger a dignidade da pessoa humana a princípio 
fundamental já se manifestou o STF: 
 
13 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
(...) o postulado da dignidade da pessoa humana, que representa - 
considerada a centralidade desse princípio essencial (CF, art. 1º, III) - 
significativo vetor interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e 
inspira todo o ordenamento constitucional vigente em nosso País e que 
traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta, entre 
nós, a ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema de direito 
constitucional positivo (...). (HC 95464, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, 
Segunda Turma, julgado em 03/02/2009, DJe-048 DIVULG 12-03-2009 
PUBLIC 13-03-2009 EMENT VOL-02352-03 PP-00466) 
 
Por fim, conforme leciona SARMENTO (2006, p. 140), com a 
interpenetração dos Direitos Público e Privado e a constitucionalização do Direito 
Civil, o princípio da dignidade da pessoa humana deve ser aplicado não apenas às 
relações do indivíduo com a sociedade e o Poder Público, mas também às relações 
interindividuais de cunho civil e comercial, e é aí que surge a ideia de relativização 
da dignidade dapessoa humana, pois, em se tratando de indivíduos em situação de 
igualdade, a dignidade de um indivíduo encontra-se em contraposição à igual 
dignidade do outro. 
Assim, respeitar a dignidade da pessoa humana traz quatro importantes 
consequências: a) igualdade de direitos entre todos os homens, uma vez integrarem 
a sociedade como pessoas e não como cidadãos; b) garantia da independência e 
autonomia do ser humano, de forma a obstar toda coação externa ao 
desenvolvimento de sua personalidade, bem como toda atuação que implique na 
sua degradação e desrespeito à sua condição de pessoa, tal como se verifica nas 
hipóteses de risco de vida; c) não admissibilidade da negativa dos meios 
fundamentais para o desenvolvimento de alguém como pessoa ou imposição de 
condições sub-humanas de vida. Adverte, com carradas de acerto, que a tutela 
constitucional se volta em detrimento de violações não somente levadas a cabo pelo 
Estado, mas também pelos particulares. (NOBRE JÙNIOR, 2000, p. 4). 
 
 
1.4 Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa 
 
 
14 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
É objetivo do princípio fundamental que reconhece os valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa, assegurar a todo cidadão a valorização de seu trabalho, 
seja na esfera da realização individual quanto na formação dos valores sociais por 
meio da formatação de uma sociedade mais livre, justa, e solidária. 
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são também fundamentos 
da ordem econômica que visam assegurar a importância do trabalho humano, como 
valor social, e a liberdade de iniciativa econômica, como valor de produção e 
desenvolvimento (CUNHA, 2011, p. 561). 
No mesmo sentido JOSÉ AFONSO DA SILVA (1998, p. 760), leciona: 
 
(...) num contexto de uma Constituição preocupada com a realização da 
justiça social (o fim condiciona os meios), não pode significar mais do que 
‘liberdade de desenvolvimento da empresa no quadro estabelecido pelo 
poder público, e, portanto, possibilidade de gozar das facilidades e 
necessidade de submeter-se às limitações postas pelo mesmo’. É legítima, 
enquanto exercida no interesse da justiça social. Será ilegítima, quando 
exercida com objetivo de puro lucro e realização pessoal do empresário. 
 
O artigo 170 da Constituição Federal elenca o escopo dos valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa, apresentando-os como fundamentos da ordem 
econômica do país: 
 
Constituição Federal de 1988 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e 
na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme 
os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
I - soberania nacional; 
II - propriedade privada; 
III - função social da propriedade; 
IV - livre concorrência; 
V - defesa do consumidor; 
VI - defesa do meio ambiente; 
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado 
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos 
de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003) 
VII - redução das desigualdades regionais e sociais; 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91972/constituicao-federal-de-1988#art-170
15 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
VIII - busca do pleno emprego; 
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional 
de pequeno porte. 
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas 
sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995) 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer 
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos 
públicos, salvo nos casos previstos em lei. 
 
No mesmo sentido, é a literatura textual do artigo 193 da CF/88: 
 
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como 
objetivo o bem-estar e a justiça sociais. 
 
De fato, o trabalho é que confere ao homem uma das suas qualificações mais 
marcantes. É muito freqüente mesmo identificar certas pessoas pelo trabalho que 
exercitem. Pelo trabalho o homem realiza a sua própria existência. Transforma o 
mundo, impregna-o da sua imagem (BASTOS, 2001, p.473). 
 
1.5 Pluralismo Político 
 
O pluralismo político significa a livre formação de correntes políticas no País, 
permitindo a representação das diversas camadas da opinião pública em diferentes 
segmentos. Esse dispositivo constitucional veda a adoção de leis infraconstitucionais 
que estabeleçam um regime de partido único ou um sistema de bipartidarismo 
forçado ou que impeçam uma corrente política de se manifestar no País (PINHO, 
2011. p. 92). 
O pluralismo está indissociavelmente ligado à diversidade e a alteridade, 
Não há pluralismo sem respeito às diferenças, ao caráter do que e outro, ao 
antônimo da identidade. Em um belo texto sobre o “Principio da alteridade”, 
Wellington Nery assevera a importância do pluralismo nas sociedades, as quais 
devem ser múltiplas como a vida o é. E lembra: “o diferente e necessário, 
imprescindível, essencial. Respeitar o outro e querer respeito consigo. Somos todos 
16 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
uns em função do outro. Não nos cabe o preconceito, a intolerância, a estupidez, a 
barbarie” (NOVELINO, 2012). 
Significa dizer que nós conjugamos uma diversidade de ideologias. Não 
adotamos uma única, imposta para o exercício do poder político, o que garante a 
existência de uma série de partidos, cada qual com suas ideias, opostas ou não, 
mas livres. 
 
1.6 Poderes da República 
 
 
Em seu art. 2º a Constituição Federal aborda o tema da separação dos 
Poderes: 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 
 
O sistema de separação de poderes é a divisão funcional do poder político 
do Estado, com a atribuição de cada função governamental básica a um órgão 
independente e especializado. Três são as funções governamentais básicas: 
legislativa, executiva e judiciária. 
Sobre as bases teóricas da tripartição dos poderes PEDRO LENZA, (2012, 
p. 481), leciona: 
 
As primeiras bases teóricas para a “tripartição de Poderes” foram lançadas 
na Antiguidade grega por Aristóteles, em sua obra Política, em que o 
pensador vislumbrava a existência de três funções distintas exercidas pelo 
poder soberano, quais sejam, a função de editar normas gerais a serem 
observadas por todos, a de aplicar as referidas normas ao caso concreto 
(administrando) e a função de julgamento, dirimindo os conflitos oriundos da 
execução das normas gerais nos casos concretos. Acontece que 
Aristóteles, em decorrência do momento histórico de sua teorização, 
descrevia a concentração do exercício de tais funções na figura de uma 
única pessoa, o soberano, que detinha um poder “incontrastável de mando”, 
uma vez que era ele quem editava o ato geral, aplicava -o ao caso concreto 
e, unilateralmente, também resolvia os litígios eventualmente decorrentes 
da aplicação da lei. A célebre frase de Luís XIV reflete tal descrição: “L’État 
c’est moi”, ou seja, “o Estado sou eu”, o soberano. Dessa forma, Aristóteles 
contribuiu no sentido de identificar o exercício de três funções estatais 
distintas, apesar de exercidas por um único órgão. 
 
17 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novomundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
 
1.6.1 Poder Legislativo 
 
Legislar significa ordenar ou preceituar por lei, fazer leis. Além dessa função, 
compete também ao poder legislativo fiscalizar o Poder Executivo e julgá-lo se 
necessário, além de julgar também os seus próprios membros. O Poder 
Legislativo deve ser composto pelos legisladores, ou seja, os homens que elaboram 
as leis que regulam o Estado e que devem ser obedecidas pelos cidadãos e pelas 
organizações públicas ou empresas. Em países presidencialistas ou em monarquias, 
o Poder Legislativo é composto pelo congresso, o parlamento e as assembléias ou 
câmaras, já em regimes ditatoriais, o próprio ditador exerce esse poder ou nomeia 
uma câmara legislativa para isso. 
O Poder Legislativo, segundo o art. 44 da Constituição Federal de 1988, é 
exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal. 
 
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se 
compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. 
 
 
A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, eleitos 
pelo sistema proporcional em cada estado, em cada território e no Distrito Federal. 
São 513 Deputados Federais, com mandato de quatro anos. O número de 
Deputados é proporcional à população do estado ou do Distrito Federal, com o limite 
mínimo de oito e máximo de setenta Deputados para cada um deles. 
Para o Senado Federal, cada estado e o Distrito Federal elegem três 
Senadores, com mandato de oito anos, renovados de quatro em quatro anos, 
alternadamente, por um e dois terços. A composição do Senado Federal é de 81 
Senadores. 
Ao tratar das competências do Congresso Nacional, podemos reuni-las em 
três conjuntos: 1º) o das atribuições relacionadas às funções do Poder Legislativo 
http://www.infoescola.com/direito/poder-executivo/
http://www.camara.leg.br/
http://www.senado.leg.br/
18 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
federal; 2º) o das atribuições das Casas do Congresso Nacional (Câmara dos 
Deputados e Senado Federal), quando atuam separadamente; e 3º) o das 
atribuições relacionadas ao funcionamento de comissões mistas e de sessões 
conjuntas, nas quais atuam juntos os Deputados Federais e os Senadores (embora 
votem separadamente). 
 
 
1.6.1.1 Atribuições do Congresso Nacional relacionadas às funções 
do Poder Legislativo federal 
 
 
Além da função de representação, compete ao Congresso Nacional exercer 
atribuições legislativas e de fiscalização e controle. 
Quanto à função legislativa, cabe ao Congresso Nacional legislar sobre as 
matérias de competência da União, mediante elaboração de emendas 
constitucionais5, de leis complementares6 e ordinárias7, e de outros atos normativos 
com força de lei. 
 
5
 Emendas Constitucionais - é uma modificação da Constituição de um Estado, resultando em mudanças 
pontuais do texto constitucional, as quais são restritas a determinadas matérias, não podendo, apenas, ter como 
objeto a abolição das chamadas cláusulas pétreas. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) é matéria sujeita 
a tramitação especial na Câmara dos Deputados e deve ser apresentada pelo Presidente da República, 
pelo Senado Federal, por um terço, no mínimo, do total de parlamentares ou por mais da metade das assembleias 
legislativas das unidades da Federação. Seu trâmite tem início quando ela é despachada pelo Presidente do 
Legislativo para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania que tem o prazo de cinco sessões legislativas 
para a devolução da proposta à Mesa da Câmara com o respectivo parecer sobre a admissibilidade da mesma. 
A Constituição brasileira de 1988 previu, no seu art. 59, I, a possibilidade de emendas a ela. Esse poder é dado 
ao Congresso Nacional e é chamado pela doutrina jurídica de poder constituinte derivado reformador. 
Apesar de conceder tal poder, a Constituição limita-o, na medida em que o § 4º do art. 60 dispõe que não serão 
sequer objeto de deliberação emendas que tentem abolir: a forma federativa de Estado; o voto 
direto, secreto, universal e periódico; a separação dos poderes e os direitos e garantias individuais. Essas são as 
chamadas cláusulas pétreas, assim chamadas por não poderem ser suprimidas da Constituição. 
 
6
 Lei Complementar – é um tipo de lei cuja finalidade é regulamentar norma prevista na Constituição Federal. 
Assim, só é preciso elaborar uma lei complementar quando a Constituição prevê que esse tipo de lei é necessária 
para regulamentar uma certa matéria. Diferem das Leis Ordinárias por exigirem o voto da maioria dos 
parlamentares que compõe a Câmara dos Deputados e o Senado Federal para serem aprovadas. Devem ser 
adotadas para regulamentar assuntos específicos, quando expressamente determinado na Constituição da 
República. O projeto de lei complementar só pode ser aprovado caso conquiste a maioria absoluta dos votos das 
duas Casas do Congresso (41 senadores e 257 deputados). A votação no Senado é feita em turno único, mas na 
Câmara realiza-se em dois turnos. Podem propor tal espécie de lei o presidente da república, deputados, 
senadores, comissões da Câmara, do Senado e do Congresso, bem como o Supremo Tribunal Federal (STF), 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%A1usulas_p%C3%A9treas
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mara_dos_Deputados
https://pt.wikipedia.org/wiki/Senado_Federal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Legislativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Legislativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Federa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1988
https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Federa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufr%C3%A1gio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufr%C3%A1gio_direto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Voto_secreto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufr%C3%A1gio_universal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_separa%C3%A7%C3%A3o_dos_poderes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_e_Garantias_Fundamentais_na_Constitui%C3%A7%C3%A3o_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%A1usula_p%C3%A9trea
http://www.infoescola.com/direito/tipos-de-leis/
19 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
O art. 48 da Constituição lista diversos assuntos que podem ser objeto de 
leis, que dependem da aprovação do Congresso Nacional e da sanção do 
Presidente da República. 
 
Artigo 48 da Constituição Federal de 1988 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da 
República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor 
sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: 
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; 
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações 
de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; 
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; 
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento; 
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio 
da União; 
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios 
ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas; 
VII - transferência temporária da sededo Governo Federal; 
VIII - concessão de anistia; 
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da 
Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal; 
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da 
Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do 
Ministério Público do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) 
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções 
públicas; 
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções 
públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
XI - criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da 
administração pública; 
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
XII - telecomunicações e radiodifusão; 
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas 
operações; 
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária 
federal. 
 
tribunais superiores, procurador-geral da república e, finalmente, por cidadãos comuns. Uma vez constituídas, as 
leis complementares só podem ser alteradas e revogadas por outra lei complementar. 
 
7
 Leis Ordinárias - São as leis típicas, ou as mais comuns, aprovadas pela maioria dos parlamentares da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal presentes durante a votação. A relação da competência para propor leis 
ordinárias (art.61, da Subseção III, CF/88) cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do 
Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos 
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na 
Constituição Federal. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634840/artigo-48-da-constituicao-federal-de-1988
20 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, por lei 
de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, observado 
o que dispõem os arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I . (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
Por sua vez, o art. 49 da Constituição Federal traz a relação das 
competências exclusivas do Congresso Nacional, que são veiculadas por decreto 
legislativo, para o qual não é exigida a sanção presidencial. 
 
Artigo 49 da Constituição Federal de 1988 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que 
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir 
que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do 
País, quando a ausência exceder a quinze dias; 
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, 
ou suspender qualquer uma dessas medidas; 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
VII - fixar idêntica remuneração para os Deputados Federais e os Senadores, em 
cada legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, 
III, e 153, § 2º, I. 
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o 
que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
VIII - fixar para cada exercício financeiro a remuneração do Presidente e do Vice-
Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os 
arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos 
Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, 
III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar 
os relatórios sobre a execução dos planos de governo; 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do 
Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; 
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição 
normativa dos outros Poderes; 
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio 
e televisão; 
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; 
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; 
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos 
hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634802/artigo-49-da-constituicao-federal-de-1988
21 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área 
superior a dois mil e quinhentos hectares. 
 
 
Sobre a função fiscalizadora, o art. 70 da Constituição estabelece a 
competência do Congresso Nacional para a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração 
direta e indireta. Para que possa exercer essa função, o Congresso Nacional é 
auxiliado pelo Tribunal de Contas da União. 
 
Artigo 70 da Constituição Federal de 1988 
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial 
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será 
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de 
controle interno de cada Poder. 
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e 
valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma 
obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) 
 
O Congresso Nacional e suas Casas dispõem, ainda, de outros mecanismos 
de fiscalização e controle, entre os quais podemos mencionar: a possibilidade de 
convocação de Ministro de Estado ou de titulares de órgãos diretamente vinculados 
à Presidência da República para prestar informações sobre assunto previamente 
determinado; o encaminhamento de pedidos de informações a essas autoridades 
pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; a instalação de 
comissões parlamentares de inquérito pelas Casas, em conjunto ou separadamente, 
para apuração de fato determinado e por prazocerto. 
 
 
1.6.1.2 Atribuições das Casas do Congresso Nacional (Câmara dos 
Deputados e Senado Federal), quando atuam separadamente 
 
Na maioria dos casos, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal 
funcionam de forma articulada para o exercício das funções do Congresso Nacional. 
http://www.tcu.leg.br/
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631436/artigo-70-da-constituicao-federal-de-1988
22 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
Um exemplo é o processo de elaboração das leis complementares e ordinárias, em 
que uma Casa funciona como iniciadora e a outra como revisora. 
Há situações, porém, em que as Casas funcionam separadamente. A 
Constituição estabelece, para tanto, as competências privativas da Câmara dos 
Deputados (art. 51) e do Senado Federal (art. 52). Se do exercício dessas 
atribuições resultar um ato normativo, será uma Resolução da respectiva Casa. 
 
Artigo 51 da Constituição Federal de 1988 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo 
contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de 
Estado; 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não 
apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a 
abertura da sessão legislativa; 
III - elaborar seu regimento interno; 
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, 
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus 
serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, 
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus 
serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, 
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
 
Artigo 52 da Constituição Federal de 1988 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos 
crimes de responsabilidade e os Ministros de Estado nos crimes da mesma 
natureza conexos com aqueles ; 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos 
crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da 
mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o 
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade; 
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros 
do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério 
Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos 
crimes de responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha 
de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição ; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da 
República; 
c) Governador de Território; 
d) Presidente e diretores do banco central; 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634578/artigo-51-da-constituicao-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634428/artigo-52-da-constituicao-federal-de-1988
23 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão 
secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter 
permanente; 
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o 
montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito 
externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder 
Público federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da 
União em operações de crédito externo e interno; 
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida 
mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de 
ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; 
XII - elaborar seu regimento interno; 
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, 
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus 
serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, 
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus 
serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, 
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário 
Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das 
administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos 
Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como 
Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que 
somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à 
perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função 
pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
 
 
1.6.1.3 Atribuições do Congresso Nacional relacionadas ao 
funcionamento das sessões conjuntas e das comissões mistas 
 
A organização bicameral do Congresso Nacional possibilita, ainda, o 
funcionamento de sessões conjuntas e de comissões mistas, nas quais atuam juntos 
24 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
os Deputados Federais e os Senadores, embora seus votos sejam colhidos 
separadamente. 
O § 3º do art. 57 da Constituição prevê a realização de sessões conjuntas 
para: inaugurar a sessão legislativa; elaborar o regimento comum e regular a criação 
de serviços comuns às duas Casas; receber o compromisso do Presidente e do 
Vice-Presidente da República; conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
 
Artigo 57 da Constituição Federal de 1988 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, 
de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) 
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o 
primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou 
feriados. 
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto 
de leide diretrizes orçamentárias. 
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos 
Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: 
I - inaugurar a sessão legislativa; 
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às 
duas Casas; 
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da 
República; 
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 
1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus 
membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, 
vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente 
subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) 
§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do 
Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, 
pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no 
Senado Federal. 
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) 
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de 
defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a 
decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do 
Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; 
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos 
membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público 
relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria 
absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) 
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente 
deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese 
do 
§ 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão 
da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633776/artigo-57-da-constituicao-federal-de-1988
25 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
Por sua vez, o art. 166 da Constituição dispõe que os projetos de lei relativos 
ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos 
adicionais devem ser apreciados pelas Casas do Congresso Nacional em sessão 
conjunta, conforme disposto no Regimento Comum. O § 1º desse artigo prevê, 
ainda, a existência de uma comissão mista permanente para, entre outras 
atribuições, examinar e emitir parecer sobre esses projetos. 
 
Artigo 166 da Constituição Federal de 1988 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e 
Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre 
as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o 
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação 
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de 
acordo com o art. 58. 
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas 
emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas 
Casas do Congresso Nacional. 
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de 
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e 
Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão 
ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso 
Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo 
enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja 
alteração é proposta. 
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do 
orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao 
Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 
165, § 9º. 
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não 
contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo 
legislativo. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10662925/artigo-166-da-constituicao-federal-de-1988
26 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do 
projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes 
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou 
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas 
no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente 
líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a 
metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de 
saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de 
saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do 
cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para 
pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações 
a que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% 
(um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada 
no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da 
programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não 
serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem 
técnica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da 
programação prevista no §11 deste artigo, for destinada a Estados, ao 
Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente 
federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente 
líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que 
trata o caput do art. 169. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 
2015) 
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa 
que integre a programação, na forma do § 11 deste artigo, serão adotadas 
as seguintes medidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o 
Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério 
Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as 
justificativas do impedimento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, 
de 2015) 
II -até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder 
Legislativo indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação 
cujo impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
86, de 2015) 
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no 
inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei sobre o 
remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo 
previsto no inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o 
remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos termos 
previstos na lei orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, 
de 2015) 
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações 
orçamentárias previstas no § 11 não serão de execução obrigatória nos 
casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do § 
14. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento 
da execução financeira prevista no § 11 deste artigo, até o limite de 0,6% 
27 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
(seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício 
anterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá 
resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei 
de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no § 11 deste artigo poderá 
ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o 
conjunto das despesas discricionárias. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 86, de 2015) 
§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter 
obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas 
apresentadas, independentemente da autoria. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 86, de 2015) 
 
As medidas provisórias8 iniciam sua tramitação em uma comissão mista, 
encarregada de emitir parecer sobre a matéria. Posteriormente, elas são apreciadas, 
em sessão separada, pelo Plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional 
(art. 62, § 9º, da Constituição Federal). 
 
Artigo 62 da Constituição Federal de 1988 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las 
de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito 
eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 
8
 Medidas Provisórias - é um ato unipessoal do Presidente da República, com força imediata de lei, sem a 
participação do Poder Legislativo, que somente será chamado a discuti-la e aprová-la em momento posterior. O 
pressuposto da MP, de acordo com o artigo 62 da Constituição Federal éurgência e relevância, 
cumulativamente. A medida provisória, assim, embora tenha força imediata de lei, não é verdadeiramente uma 
lei, no sentido técnico estrito deste termo, visto que não existiu processo legislativo prévio à sua formação. O 
processo legislativo é posterior. Ao contrário do que o nome possa sugerir, a medida provisória tem esse nome 
não porque seja uma lei com um "prazo de validade", tem o nome de provisória porque já entra para o 
ordenamento jurídico mesmo antes de ser aprovada pelo poder Legislativo. A medida provisória é a sucedânea 
do decreto-lei do período do governo militar no Brasil. A Constituição de 1988 manteve esse poderoso 
instrumento legislativo nas mãos do presidente como forma de possibilitar agilidade nas decisões políticas 
Somente em casos de relevância e urgência é que o chefe do Poder Executivo poderá, de acordo com a 
Constituição de 1988, adotar medidas provisórias, devendo submetê-las, posteriormente, ao Congresso Nacional. 
Caso a medida provisória não seja apreciada em até 45 dias após a sua publicação, entrará em regime de 
urgência, subsequentemente em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ou seja, passará a trancar a pauta 
nas duas Casas. As medidas provisórias vigorarão por 60 dias, prorrogáveis por mais 60. As medidas provisórias 
que não forem convertidas em lei neste prazo perderão sua eficácia, porém serão conservadas as relações 
jurídicas constituídas e decorrentes dos atos praticados durante a sua vigência. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631793/artigo-62-da-constituicao-federal-de-1988
https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Legislativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei
https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_legislativo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Executivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_Nacional_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia
28 
 
 
 
Instituto NÚCLEO- conecte-se a um novo mundo - Tel.: (32) 3331-3600/ (32) 3333-3457 
Rua Olinto Magalhães- nº 123- Centro 
 secretaria@nucleoeadbrasil.com.br 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a 
garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos 
adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º ; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou 
qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, 
de 2001) 
III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
32, de 2001) 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e 
pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, 
exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos 
no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o 
último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 32, de 2001) 
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão 
eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 
sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, 
devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as 
relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 32, de 2001) 
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida 
provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso 
Nacional.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o 
mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o 
atendimento de seus pressupostos constitucionais. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias 
contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, 
subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, 
ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais 
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32,

Outros materiais