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Peça profissional tributária

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4° ANO 2020 - PEÇA PROFISSIONAL – TRIBUTÁRIA 1
· Em virtude da grave crise financeira que se abateu sobre o Estado Beta, a Assembleia Legislativa estadual buscou novas formas de arrecadação tributária, como medida de incremento das receitas públicas. Assim, o Legislativo estadual aprovou a lei ordinária estadual nº 12.345/18, que foi sancionada pelo Governador do Estado e publicada em 20 de dezembro de 2018. A referida lei, em seu Art. 1º, previa, como contribuintes de ICMS, as empresas de transporte urbano coletivo de passageiros, em razão da prestação de serviços de transporte intramunicipal. Em seu Art. 2º, determinava a cobrança do tributo a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte à sua publicação. As empresas de transporte urbano coletivo de passageiros que atuam no Estado Beta, irresignadas com a nova cobrança tributária, que entendem contrária ao ordenamento jurídico, buscaram o escritório regional (localizado na capital do Estado Beta) da Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (ANETU), legalmente constituída e em funcionamento desde 2010, à qual estão filiadas. As empresas noticiaram à ANETU que não estão apurando e recolhendo o ICMS instituído pela lei estadual nº 12.345/18 e que não pretendem fazê-lo. Noticiaram, ainda, que possuem justo receio da iminente prática de atos de cobrança desse imposto pelo Delegado da Receita do Estado Beta, autoridade competente para tanto, e da consequente impossibilidade de obtenção de certidão de regularidade fiscal, razões pelas quais desejam a defesa dos direitos da categoria, com efeitos imediatos, para que não sejam obrigadas a recolher qualquer valor a título da referida exação, desde a vigência e eficácia prevista no Art. 2º da lei estadual em questão. 
QUESTÃO: Como advogado(a) constituído(a) pela ANETU – considerando que não se deseja correr o risco de eventual condenação em honorários de sucumbência, bem como ser desnecessária qualquer dilação probatória –, elabore a medida judicial cabível para atender aos interesses dos seus associados, ciente da pertinência às finalidades estatutárias e da inexistência de autorização especial para a atuação da Associação nessa demanda.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE _
Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos¸ entidade civil, legalmente constituído em (data), estabelecidos à rua X, na cidade X, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, com fundamento no artigo 5º, LXX, LXIX da CF/88 e Art. 21, parágrafo único, da Lei nº 12.016/09, impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO C/C PEDIDO LIMINAR
Visando proteger direito líquido e certo de seus associados, indicando como coator o Delegado da Receita do Estado Beta, com sede a rua..., nº..., Bairro..., na cidade X, e na qualidade de interessado o Estado Beta, pessoa jurídica de direito público, com endereço X, pelos motivos que passará a expor
Dos Fatos
O requerido se abateu me virtude de grave crise financeira, assim a Assembleia Legislativa aprovou a lei ordinária estadual nº 12.345/18, publicada em 20/12/2018, para a arrecadação de ICMS das empresas de transporte urbano coletivo de passageiros, responsáveis pelo transporte intramunicipal.
A lei em questão positivava em seu artigo 2º que a cobrança do tributo em questão se dará a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte à sua publicação.
As empresas de transporte urbano coletivo de passageiros, indignada com nítido vício formal na lei ordinária estadual em questão, procuraram o sindicato ao qual estão vinculadas desde 2010.
Os associados não estão recolhendo o tributo, visto que ocorre sério vício em tal, correndo risco de sofrer futuras cobranças da autoridade coatora e consequentemente a irregularidade fiscal, o que causaria diversos prejuízos ao impetrante.
Visando a proteção de seus direitos o impetrante não vê alternativa à flagrante inconstitucionalidade, senão impetrar o presente mandado de segurança.
Do Direto
A Constituição Federal veda que os Estados cobrem os impostos sob os contribuintes e fatos geradores que não estejam definidos em lei complementar, nos termos do Art. 146, inciso III, e 155, § 2º, inciso XII, a da CF/88.
A cobrança de ICMS das empresas de transporte urbano coletivo de passageiros não foi regularizada por nenhuma lei até o presente momento, assim é evidente que houve vício formal na lei ordinária estadual que impossibilita a regularidade fiscal dos associados da impetrante.
Tal violação afronta o princípio da anterioridade tributária nonagesimal, tendo em vista que a lei busca produzir efeitos antes de decorridos 90 dias de sua publicação em 20/12/2018.
Pelos motivos fáticos e fundamentos acima aduzidos, temos a concreta violação de direito líquido e certo do impetrante, motivo pelo qual requer a pronta intervenção do Poder Judiciário para coibi-lo.
 DA MEDIDA LIMINAR INAUDITA
A Constituição Federal, bem como a Lei 1.533/51 garantem a todos a proteção ao direito líquido e certo quando lesados ou na iminência de lesão por ato de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Dessa forma, ficam demonstrados os fundamentos jurídicos, ou seja, fumus boni iuris, pela evidente inconstitucionalidade da lei ordinária estadual.
Presente também o periculum in mora, visto que a cobrança do tributo impede a regularização fiscal das empresas associadas gerando dano irreparável ou de difícil reparação ao impetrante.
Assim, a petição do mandado de Segurança deve ser recebida nos termos do inciso II, do artigo 7º da Lei 1.533/51.
IV - Dos pedidos
Diante do exposto, requer:
1) concessão da liminar para, de imediato, suspender-se os atos da Autoridade Coatora, garantindo a obtenção de certidão de regularidade fiscal dos associados da impetrante;
2) notificação da autoridade coatora e do representante judicial do Estado Beta para prestar as informações, no prazo de 72 horas.
3) a concessão da presente, para o fim de reconhecer a ilegalidade da lei ordinária estadual e impedir as cobranças pela Autoridade Coatora, restabelecendo as garantias constitucionais e infraconstitucionais dos associados.
Dá-se à causa o valor de R$ xxxxx para todos os efeitos legais.
Nestes Termos, pede deferimento
Local, data
Advogada
OAB

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