Trabalho Arquitetura Orientada a Serviços PRONTO

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CENTRO UNIVERSIDADE ESTÁCIO DA BAHIA 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SOFTWARE 
 
 
JONATHAS CERQUEIRA BRITO 
 
 
 
 
 
TRABALHO DA DISCIPLINA ARQUITETURA ORIENTADA A SERVIÇOS – 
SOA E WEBSERVICES 
 
 
 
 
Tutoria: Prof. Denis Gonçalves Cople 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR 
2020 
 
 
 
TRABALHO DA DISCIPLINA: Arquitetura Orientada a Serviços – 
SOA e webservices 
 
 
Objetivo do trabalho 
 
 
Você deve escrever um texto, de 3 a 4 páginas, relativas ao assunto, abaixo 
destacado. 
Contextualize seu trabalho com uma introdução, desenvolva o raciocínio 
(desenvolvimento) e faça a sua conclusão pessoal. 
Apresente ao final todas as referências usadas (ao menos um livro deve ser 
consultado, mesmo que digital) e ao longo de seu texto apresente onde usou cada 
referência. 
Assunto base do trabalho: 
IMPORTÂNCIA DA INTEROPERABILIDADE E DO SOA FRENTE AO BIG DATA 
E AMBIENTE MÓVEIS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
A necessidade de integração entre plataformas heterogêneas sempre foi 
uma necessidade nas áreas tecnológicas, e essa integração serve para facilitar 
o acesso à informação e, consequentemente, para melhorar a comunicação, 
cooperação e coordenação dentro da empresa, de forma que ela se comporte 
como um “todo” integrado (VERNADAT, 1996). 
Um exemplo de integração ocorre no nosso governo através do Ministério 
da Saúde, diante de uma pandemia a dificuldade para acesso aos dados 
relacionados a hospitais e postos de saúde, cada sistema possuía seu próprio 
cadastro de hospitais e postos de saúde. Isso se torna um problema porque não 
é possível cruzar dados os dados dos hospitais, e, portanto, não se conseguia 
listar as atividades de cada instituição. A solução foi a criação de um cadastro 
central, o Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde, que integra todas 
as bases de hospitais e postos de saúde e que acabou por substituir todos os 
demais cadastros. Hoje o Ministério da Saúde possui um mapa claro das 
instituições em saúde no Brasil e, quando uma instituição atualiza um telefone 
por exemplo, esse dado já é automaticamente atualizado em todos os cadastros. 
O exemplo acima tratado, é uma forma clara do funcionamento da 
interoperabilidade, que se ampliando se tornará um SOA entre os hospitais e 
sistemas e gerando um volume imenso de informações que precisam ser 
tratadas através de tecnologias Big Data. 
Nesse trabalho iremos tratar a Importância de Interoperabilidade e do 
SOA frente ao Big Data e ambientes móveis. 
 
 
O que são Interoperabilidade, SOA e Big Data? 
 
Com a expansão da utilização de sistemas computacionais em meados 
da década de 90, percebeu-se uma maior necessidade de integração entre os 
sistemas heterogêneos disponíveis na época, muitos com características 
semelhantes, mas, sem interfaces comuns, existia um grande retrabalho na 
construção de novos produtos e bases de dados. 
Os sistemas passaram a não ser mais monolíticos e sim organizados 
como sistemas distribuídos, essa transformação auxiliou na comunicação online 
entre componentes, que muitas vezes estão instalados em sistemas 
operacionais diferentes, sendo ela de forma rápida e eficaz sem perda de 
qualidade, fornecendo dados para que esses aplicativos utilizem. 
Em sistemas monolíticos onde um executável era responsável por toda a 
estrutura de camadas do sistema para que existisse comunicação, era 
necessário que fosse realizada importação e exportação de arquivos, gerando 
diversos tipos de arquivos diferentes para que os sistemas pudessem ler os 
arquivos, isso tornava o serviço árduo e extenso. Hoje os sistemas necessitam 
dispor de uma característica que é de suma importância para que não exista 
esse tipo de dificuldade, a interoperabilidade. 
ERL (2009) afirma que interoperabilidade se trata simplesmente de 
compartilhamento de dados, programas de software trocarão mais informações 
facilmente quanto mais eles forem interoperáveis. 
Portanto, podemos afirmar então que interoperabilidade pode ser definida 
como característica que se refere à capacidade de diversos sistemas e 
organizações de trabalharem em conjunto (interoperar) de modo a garantir que 
pessoas, organizações e sistemas computacionais interajam para trocar 
informações de maneira eficaz e eficiente. 
Esse ambiente em que as informações são trocadas de forma contínua e 
entre qualquer dispositivo e diferentes sistemas gera alguns benefícios como: 
• Redução de custos; 
• Aumento da segurança de dados da organização 
• Análise e definição das estratégias referentes ao negócio; 
• Aumento da velocidade do acesso de informação para tomadas de 
decisões 
• Aumento na produtividade. 
Com o avanço no conceito de interoperabilidade e sistemas se tornando 
serviços disponíveis para serem acessados (web services), e muitos clientes 
utilizavam a tecnologia cliente-servidor e com diversas alternativas de integração 
com insucessos, foi proposto pelos pesquisadores Roy Schulte e Yefim Natis do 
Gartner Group um conceito chamado SOA (Service Oriented Architecture) 
Arquitetura Orientada a Serviços, definido pelo Gartner Group como uma 
abordagem arquitetural corporativa quer permite a criação de serviços de 
negócio interoperáveis que podem ser facilmente reutilizados e compartilhados 
entre aplicações e empresas. 
A iProcess (2012) define “SOA é uma filosofia de TI que visa facilitar a 
integração entre sistemas, orientado a criação e a disponibilização de soluções 
modulares e fracamente acopladas baseadas no conceito de serviços”. 
A partir dessas definições podemos definir que: 
1. SOA não é uma tecnologia 
2. SOA não é uma metodologia 
O SOA define alguns princípios que o caracterizam como uma arquitetura 
orientada a serviços, segue alguns: 
• Serviços são reutilizáveis 
• Serviços compartilham um contrato formal; 
• Serviços possuem baixo acoplamento; 
• Serviços abstraem a lógica 
• Serviços são capazes de se compor; 
• Serviços são autônomos; 
• Serviços evitam alocação de recursos por longos períodos; 
• Serviços devem possuir a capacidade de serem descobertos. 
Para respondermos ao questionamento referente a importância da 
interoperabilidade e do SOA frente ao Big Data e ambientes móveis, precisamos 
ainda introduzir uma outra técnica que se chama Big Data. 
Big Data é um conjunto de técnicas capazes de analisar grandes volumes 
de dados estruturados ou não que hoje em dia normalmente são gerados em 
segundos. 
Segundo o IDC, 90% de todos os dados digitais atuais não são 
estruturados, isso significa que maior parte das informações geradas 
diariamente não tem relação entre si e nem uma estrutura definida. 
Dispositivos móveis como, smartphones, tablets, Smart TVs dentre 
outros, normalmente vinculados a uma rede sem fio com dispositivos com wi-fi 
integrados, forma uma grande fonte de disseminação das informações hoje 
disponibilizadas. 
Sendo assim ferramentas comuns, não tem capacidade de analisar esses 
dados não estruturados, portanto as ferramentas de Big Data não somente 
devem absorver esse volume gigante de dados variados, como também os 
estruturar em uma grande velocidade. 
Os principais aspectos do Big Data são: Volume, Velocidade, Veracidade, 
Valor, Variedade. São também chamados de 5 Vs do Big Data, os Vs de volume, 
variedade e velocidade tem respeito à grande quantidade de dados não 
estruturados que são analisados pelas soluções Big Data com uma grande 
velocidade. Quanto a Veracidade tem relação a fontes e qualidade desses 
dados, eles precisam ser confiáveis para gerar informação confiável. E por último 
e não menos importante tem o aspecto Valor, que é relacionado aos benefícios 
que as soluções de Big Data irão trazer para a empresa. 
Um outro aspecto do Big Data é a segurança da Informação, que 
ocasionará em uma maior proteção dos dados críticos como também acontece 
com as estratégias de negócio. A análise dedados terá um papel fundamental 
na segurança, especialmente detecção precoce de fraudes e roubos de 
informação. 
Hoje tecnologias em Big Data são utilizadas por bancos, governo, saúde, 
varejo e na educação, gerando facilmente valor e benefícios para as empresas 
que o implementam. 
 
 
Conclusão 
 
Hoje nós temos um maior número de pessoas tendo acesso a internet, e 
isso implica em um número significativo de diferentes equipamentos conectados 
gerando informação, isso não seria possível sem a Interoperabilidade, que 
permite que diferentes hardwares possam realizar troca de informação entre si. 
A interoperabilidade tem sido uma metodologia utilizada em diversas áreas 
sociais, tanto pública como privada, em qualquer camada social, sendo 
implementada por usuários de internet ou empresas, porque tornam os 
processos ágeis e seguros. E o conceito de uma arquitetura baseada em 
serviços (SOA) é hoje o que é aplicado para dispositivos móveis, com 
tecnologias distintas, os dispositivos móveis necessitam que as regras de 
negócio permitam se comunicar com diversas tecnologias. 
Diante dessa realidade, podemos avaliar que a interoperabilidade, SOA e 
Big Data irão caminhar juntos com aumento da utilização das tecnologias 
móveis, porque com a maior gama de dispositivos que possuem uma arquitetura 
baseada em serviços, será de suma importância a interoperabilidade entre 
sistemas, e quanto maior número de pessoas conectadas, maior também a 
quantidade de dados que são gerados e nesse volume, a analise desses dados 
só será possível através de tecnologias Big Data. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
VERNADAT, F. B. Enterprise modelling and integration: principles and 
aplications. London: Champman & Hall, 1996. 
OLIVEIRA, M; NAVARRO, R. Interoperabilidade em SOA desafios e padrões. 
Colune, 2012. Disponível em: <http://www.univale.com.br/unisite/mundo-
j/artigos/37Interoperabilidade.pdf>.Acesso em: 20/04/2020 
ERL, T. SOA Princípios de design de serviços. São Paulo: Pearson Education 
Brasil, 2009 
CISTERNA, M. Big Data e a proteção da informação de negócios. Canaltech, 
2015. Disponível em: <http://www.canaltech.com.br/big-data/big-data-e-a-
protecao-da-informacao-de-negocios-47697/>. Acesso em: 22/04/2020 
Guia de Interoperabilidade: Manual do Gestor. Governo Digital, 2012. 
Disponível em: <www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-
dados/Guia_de_Interoperabilidade_Manual_do_Gestor_2012.pdf/view>. 
Acesso em: 22/04/2020 
CORDEIRO, E. B. Arquitetura Orientada a Serviços. iProcess, 2012. 
Disponível em: <http://blog.iprocess.com.br/2012/10/soa-arquitetura-orientada-
a-servicos/>. Acesso em: 22/04/2020 
Mello, A. P. P; Mesquita, H; Vieira, C. E. Introdução à Interoperabilidade. Enap, 
2015. Disponível em: 
<http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2399/1/Módulo_1_EPING.pdf>. 
Acesso em: 22/04/2020