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Curso: Direito.
	Disciplina: Organização Política e Espacial do Estado.
MEDIDA DE EFICIÊNCIA DA 1ª UNIDADE
1) Como se dá a distribuição constitucional e legal das competências federativas em tema de meio ambiente? 
R: A competência no que tange ao meio ambiente é complexa. Dispõe o Art. 23, II, VI, VII as competências comuns a todos os entes federativos de proteger o meio ambiente, combater a poluição em todas as formas e preservar as florestas, a fauna e a flora. Quanto a esfera de legislar em tema de meio ambiente, o Art. 24, VI,VII,VIII versa que todos os entes, excluindo os municípios, poderão elaborar normas no que tange as florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, como responsabilidade por dano ao meio ambiente. O Ar. 24 nos parágrafos disciplina também que a União estabelecer normas de interesse nacional, cabendo aos Estados a competência residual, podendo, na inexistência de lei federal, os Estados poderão legislar. Assim sendo, é competência comum a todos os entes federativos a matéria de meio ambiente, no entanto, de acordo com o princípio da predominância de interesses, a União irá legislar sobre normas gerais e caso não haja norma, os Estados terão competência de elaborar leis em matéria de meio ambiente.
2) Recentemente, o Congresso Nacional convocou plebiscito popular para deliberação sobre desmembramento do Estado do Pará, para eventual criação dos Estados de Tapajós e Carajás. Qual foi o resultado do plebiscito? Quem participou do plebiscito? Quais são as normas constitucionais que tratam do assunto? Qual é a Lei Federal que trata da matéria? 
R: A população votou pela não criação do Estado de Tapajós (66,08% dos votos contrários a criação) e também foi contra a criação do Estado de Carajás (66,60% dos votos contrários). Participou do plebiscito a população que seria diretamente afetada com a criação dos novos estados, ou seja, a população do Estado do Pará. As normas que tratam da criação de novos estados são o Art. 18 § 3º que dispõe que para se criar um novo Estado precisa-se que se faça um plebiscito com as populações diretamente interessadas e a aprovação de lei complementar pelo congresso tratando da matéria, o plebiscito deve ser autorizado pelo congresso como dispõe o Art. 49, XV e as Assembleias Legislativas poderá manifestar a vontade de se criar um novo estado como dispõe o Art. 48, VI. A Lei Federal que trata da matéria é a Lei Complementar nº 20 de 1974.
3) O que é o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM)? Qual é a importância do FPE e do FPM para a autonomia financeira de estados e municípios? 
R.: São modalidades de repasse dos recursos aos Estados, Distrito Federal e Municípios seguindo critérios estabelecidos pela Constituição Federal em seu Art. 159. Esses fundos são de fundamental importância para aqueles estados e principalmente municípios que possuem uma baixa arrecadação de impostos e que por si só não conseguiriam prestar serviços essenciais a sua população de maneira eficiente, dessa forma os fundos de participação visam a redução da disparidade socioeconômica dos entes federativos.
4) Quais são os critérios de rateio dos recursos do FPE entre os Estados e o Distrito Federal? 
R: De acordo com a Constituição Federal, Art. 159, I, alínea a, dispõe que 21,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do IPI (Impostos sobre produtos industrializados) sejam repassados ao Fundo de Participação dos Estados e Distrito Federal. Os repasses são calculados pelo Tribunal de Contas da União que leva em consideração o critério populacional e a renda per capita dos Estados e do Distrito Federal, o Banco do Brasil quem deposita os percentuais de crédito do FPE aos Estados e DF.
5) Quais são os critérios de rateio dos recursos do FPM entre os municípios? 
R: De acordo com a Constituição Federal, Art. 159, I, alínea b, dispõe que 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do IPI devem ser repassados ao Fundo de Participação dos Municípios. A distribuição será feita de acordo com a população de cada município, onde são delimitadas faixas populacionais e cada município recebe um coeficiente individual. O IBGE anualmente passa ao Tribunal de Contas da União a estatística de população de cada município, a partir daí o TCU define o coeficiente de cada município e publica no Diário Oficial da União. De acordo com a Lei Complementar 62/89, este valor é repassado nos dias 10,20 e 30 de cada mês.
6) No início do ano de 2013, o STF julgou uma ação direta de inconstitucionalidade proposta contra lei do estado do Rio de Janeiro e, nesse julgamento, fixou importantes parâmetros sobre as regiões metropolitanas como figuras integrantes da Organização do Estado. Quais são, resumidamente, esses parâmetros? 
R: As regiões metropolitanas, como dito na Ação Direta de Inconstitucionalidade, são instituídas pelos Estados a fim de melhor administrar as funções públicas comuns aos municípios membros, que muitas das vezes são tão populosos que fica difícil distinguir quando se sai de um município e se entra em outro. Muitas das vezes, algumas políticas públicas, a exemplo do saneamento básico, precisam ser executadas com a participação de mais de um município, pois pode ocorrer de este não ter disponibilidade econômica para desempenhar tal função sozinho.  Logo, cria-se as regiões metropolitanas para que o Estado e Municípios que são englobados por essa região resolvam seus problemas de interesse comum e, assim, beneficie a população dessas localidades.
7) De quem é a competência para apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União?
R: Esta competência é dada à Polícia Federal no Art. 144, Parágrafo 1º, inciso I.  
8) De quem é a competência para prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho?
 R: Esta competência é dada à Polícia Federal no Art. 144, Parágrafo 1º, inciso II.
9) De quem é a competência para exercer as funções de polícia judiciária e a  apuração de infrações penais? 
R: Esta competência é das polícias civis. Conforme expressa o Art. 144, parágrafo 4º.
10) De quem é a competência para realizar o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública? 
R: Esta competência é das polícias militares. Conforme expressa o Art. 144, parágrafo 5º.
11) Os municípios exercem alguma competência em tema de segurança pública?
R: Sim, os municípios, conforme disposto no Art. 144, parágrafo 8º, poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações. Os municípios também podem desenvolver ações de combate a violência, como a instalação de iluminação nas vias públicas e câmeras de segurança.