Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Epidemiologia: Conceitos Básicos www.romulopassos.com.br Prof. Natale Souza www.romulopassos.com.br Ciência que estuda o PROCESSO SAÚDE–DOENÇA em coletividade humana, ANALISANDO a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, PROPONDO MEDIDAS ESPECÍFICAS DE prevenção, controle e erradicação de doenças e FORNECENDO INDICADORES QUE SIRVAM DE SUPORTE ao planejamento, à administração e à avaliação das ações de saúde (ROUQUAYROL, 2013). O que é epidemiologia? - 2 www.romulopassos.com.br Epidemiologia descritiva é o estudo da distribuição da frequência das doenças e dos agravos à saúde coletiva, em função de variáveis ligadas ao tempo, ao espaço e ao indivíduo, possibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico, com vistas à promoção da saúde. (ROUQUAYROL, 2000 apud CORBELLINI, 2014) O que é epidemiologia descritiva? www.romulopassos.com.br Os estudos analíticos visam, na maioria das vezes, estabelecer inferências a respeito de associações entre duas ou mais variáveis, especialmente associações de exposição e efeito, portanto associações causais. O que é epidemiologia analítica? - 3 www.romulopassos.com.br 1. (INSTITUTO AOCP/CASAN) A disciplina que corresponde ao estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde é a) toxicologia b) biologia. c) epidemiologia. d) antropologia. e) bioestatística. www.romulopassos.com.br 2. (FUNDEP (Gestão de Concursos)/HRTN – MG) Sobre a epidemiologia, assinale a alternativa INCORRETA. a) É uma ciência fundamental para a saúde pública. b) É essencial no processo de identificação e mapeamento de doenças emergentes. c) É uma disciplina relativamente nova e não utiliza métodos quantitativos para estudar a ocorrência de doenças nas populações humanas. d) É frequentemente utilizada para descrever o estado de saúde de grupos populacional - 4 Conceitos Básicos www.romulopassos.com.br Prof. Natale Souza www.romulopassos.com.br Qualquer doença especialmente localizada, temporalmente ilimitada, habitualmente presente entre os membros de uma população e cujo nível de incidência se situe sistematicamente nos limites de uma faixa endêmica que foi previamente convencionada para uma população e época determinada (ROUQUAYROL, 1999). Endemia - 5 www.romulopassos.com.br Ocorrência de doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo (Latu sensu). Em sentido restrito, pode ser considerada uma alteração, espacial e cronológica delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação progressiva crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença , ultrapassando e reiterando valores acima do limiar epidêmico preestabelecido (conceito operativo) (ROUQUAYROL, 1999). Epidemia www.romulopassos.com.br Nome dado a ocorrência epidêmica caracterizada por larga distribuição espacial, atingindo várias nações (ROUQUAYROL, 1999). Pandemia - 6 www.romulopassos.com.br 3. (FEPESE/Prefeitura de Florianópolis – SC) Assinale a alternativa que se refere corretamente ao conceito de Endemias em epidemiologia. a) É a ocorrência em uma determinada comunidade ou região de casos novos de uma doença, claramente excessiva em relação ao esperado. b) É a ocorrência de uma doença que habitualmente acomete populações em espaços característicos e determinados, no decorrer de um longo período e que mantém uma incidência relativamente constante, com variações cíclicas e sazonais. c) É a ocorrência em uma determinada comunidade e em um determinado período de tempo de uma doença com uma elevação inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência. www.romulopassos.com.br 3. (FEPESE/Prefeitura de Florianópolis – SC) d) É o surgimento de doenças em escala global, atingindo diversos continentes no mesmo período de tempo ultrapassando valores do limiar epidêmico preestabelecido para aquela circunstância e doença. e) É a ocorrência de uma determinada doença em casos isolados em ambientes restritos como escolas, creches, etc. não se expandindo para a comunidade - 7 www.romulopassos.com.br 4. (FUNCAB/SESAP-RN) Quando, no Estado, temos um aumento do número de casos novos de uma doença que ocorre de forma brusca, temporária e acima do esperado, estamos diante de uma: a) epidemia. b) progressão. c) pandemia. d) Endemia e) erradicação. www.romulopassos.com.br 5. (CONSULPLAN/HOB) “Algumas doenças que ocorrem simultaneamente em vários continentes adquirem uma denominação do ponto de vista epidemiológico, geralmente necessitando de ações de intervenções dos sistemas de saúde e de medidas de vigilâncias.” A denominação para essas situações, cujas doenças se expandem por vários continentes, é a) surto. b) endemia. c) epidemia. d) pandemia. - 8 www.romulopassos.com.br Epidemia de proporções reduzidas, atingindo uma pequena comunidade humana. Muitos restringem o termo para o caso de instituições fechadas, enquanto outros usam como sinônimo de epidemia ( SCHMID, 1956). Surto Epidêmico www.romulopassos.com.br A probabilidade de ocorrência de um resultado desfavorável, um dano ou um fenômeno indesejado. Desse modo, estima-se o risco ou a probabilidade de que uma doença exista por meio dos coeficientes de incidência e prevalência. Considera-se “fator de risco” de um dono toda característica ou circunstância que acompanha um aumento de probabilidade de ocorrência do fato indesejado, sem que o dito fator tenha que intervir necessariamente em sua causalidade (CLAP-OPAS/OMS, 1988). Risco - 9 www.romulopassos.com.br Termo que em epidemiologia traduz a ideia de intensidade com que acontece a morbidade em uma população (KERR-PONTES & ROUQUAYROL, 1999). Incidência www.romulopassos.com.br Casuística de mortalidade que se destaca por seus valores maiores que zero sobre os eventos de saúde ou não doença. É termo descritivo da força com que subsistem as doenças nas coletividades (KERR-PONTES & ROUQUAYROL, 1999). Prevalência - 10 www.romulopassos.com.br 6. (UEG/AGSEP) A taxa que expressa a frequência de casos novos de uma determinada doença ou problema de saúde, durante um período definido, numa população sob o risco de desenvolver a doença, chama-se a) coeficiente. b) epidemia. c) incidência. d) prevalência. www.romulopassos.com.br - 11 Epidemiologia: Conceitos Básicos www.romulopassos.com.br Prof. Natale Souza www.romulopassos.com.br Nome que equivale ao de epidemia, porém aplicado a população animal ( FORATTINI, 1992). Epizootia - 12 www.romulopassos.com.br Seres vivos que veiculam o agente desde o reservatório até o hospedeiro potencial (ROUQUAYROL, VERAS & FAÇANHA, 1999). Vetores Vetores que além de funcionar como veiculador do agente infeccioso, desempenha também a função de abrigo biológico, no qual o agente cumpre parte necessária de seu ciclo vital (ROUQUAYROL, VERAS & FAÇANHA, 1999). Vetores biológicos www.romulopassos.com.br Pessoa ou animal vivo, inclusive aves e artrópodes, que ofereça, em condições naturais, subsistência ao alojamento a um agente infeccioso. Alguns protozoários e helmintos passam fases sucessivas em hospedeiros alternados de diferentes espécies. O hospedeiro em que o parasito atinge a maturidade ou passa sua fase sexuada denomina-se hospedeiro primário ou definitivo, e aquele em que o parasito se encontra em forma larvária ou assexuada, hospedeiro secundário ou intermediário. O hospedeiro que serve de veiculação é um portador no qual o micro-organismo permanece vivo, mas não se desenvolve (OPAS, 1997). Hospedeiro - 13 www.romulopassos.com.br Na doenças transmissíveis, é o intervalo de tempo que decorre entre a exposição inicial a um agente infeccioso e o aparecimento de sinais ou sintomas da doença respectiva (OPAS, 1997). É extremamente variável de uma doença para outra, indo desdealgumas horas, como ocorre na cólera, até meses ou anos, a exemplo da hanseníase e da AIDS (ROUQUAYROL, VERAS & FAÇANHA, 1999). Período de Incubação www.romulopassos.com.br Lapso de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos sinais ou sintomas com os quais o diagnóstico pode ser estabelecido (CDC, 1988) Período Prodrômico - 14 www.romulopassos.com.br Período compreendido entre a exposição e a manifestação da doença. É usado com relação às doenças não infecciosas e equivale ao período de incubação das doenças infecciosas (PEREIRA, 2005). Período de Latência www.romulopassos.com.br É a pessoa cuja história clínica, sintomas e possível exposição a uma fonte de infecção sugerem que o mesmo possa estar ou vir a desenvolver alguma doença infecciosa. O caso suspeito varia de acordo com cada doença ou agravo. CASO SUSPEITO: - 15 www.romulopassos.com.br Pessoa de quem foi isolado e identificado o agente etiológico ou de quem foram obtidas outras evidências laboratoriais da presença do agente etiológico, como por exemplo, a conversão sorológica em amostras de sangue coletadas na fase aguda e convalescente (CDC, 1988). A confirmação do caso está sempre condicionada à observação dos critérios estabelecidos pela definição de caso, que, por sua vez, está relacionada com o objetivo do programa de controle da doença e/ ou do sistema de vigilância (BRASIL,2002). Nos programas de eliminação ou erradicação de doenças, geralmente adotam-se definições de caso confirmado altamente especificas (LUNA, ARAÚJO & CAVALCANTI, 2012). Caso Confirmado www.romulopassos.com.br Caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência. Caso autóctone Primeiro entre vários casos de natureza similar e epidemiologicamente relacionados. O caso índice é muitas vezes identificado como fonte de contaminação ou infecção. Caso índice: - 16 www.romulopassos.com.br Caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico. O emprego dessa expressão dá a ideia de que é possível situar, com certeza, a origem da infecção numa zona conhecida. Caso importado: www.romulopassos.com.br Caso de uma determinada doença que pode ser atribuído a uma transfusão de sangue ou a outra forma de inoculação parenteral, porém não à transmissão natural. A inoculação pode ser acidental ou deliberada e, neste caso, pode ter objetivos terapêuticos ou de pesquisa. Caso induzido Na terminologia comum, esse nome é dado aos casos sintomáticos diretos, quando se pode provar que os mesmos constituem o primeiro elo da transmissão local após um caso importado conhecido. Caso introduzido - 17 www.romulopassos.com.br Pessoa com síndrome clínica compatível com a doença, porém sem confirmação laboratorial do agente etiológico. A classificação como caso presuntivo está condicionada à definição de caso. Caso presuntivo Caso novo de uma doença transmissível, surgido a partir do contato com um caso-índice. Caso secundário www.romulopassos.com.br Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, podendo ser imediata ou semanal (BRASIL, 2016). Notificação Compulsória - 18 www.romulopassos.com.br Notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível (BRASIL, 2016). Notificação Imediata www.romulopassos.com.br Comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória (BRASIL, 2016) Notificação Negativa - 19 www.romulopassos.com.br Característica de um agente infeccioso que determina a extensão ou magnitude com a qual se manifesta uma doença em uma população ou a capacidade de um agente infeccioso de produzir doença em um hospedeiro suscetível ( OPAS, 1992, 1997). Patogenicidade www.romulopassos.com.br Capacidade que tem certos micro-organismos de penetrar e se desenvolver ou se multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção (ROUQUAYROL, VERAS & FAÇANHA, 1999). Infectividade - 20 www.romulopassos.com.br Entende-se como o maior ou menor poder que tem uma doença em provocar a morte das pessoas. Obtém-se a letalidade calculando-se a relação entre o número de óbitos resultantes de determinada causa e o número de pessoas que foram realmente acometidas pela doença, com o resultado expresso em percentual. A letalidade da escabiose é nula e a da raiva é de 100%, havendo uma extensa gama de porções intermediárias entre esses extremos ( KERR-PONTES & ROUQUAYROL, 1999). Letalidade www.romulopassos.com.br Variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquiriram doenças em dado intervalo de tempo. Denota-se morbidade como o comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta extremos ( KERR-PONTES & ROUQUAYROL, 1999). Morbidade - 21 www.romulopassos.com.br 7. (CESPE/SUFRAMA) Com referência a noções de epidemiologia, julgue o item que se segue. A morbidade é um termo genérico utilizado para designar o conjunto de casos de uma afecção ou a soma de agravos à saúde que atingem a um grupo de indivíduos, sendo um dos mais importantes indicadores de saúde. www.romulopassos.com.br Quando aplicado a doenças transmissíveis e algumas não transmissíveis, significa operações ou programas desenvolvidos com o objetivo de reduzir sua incidência e/ou prevalência ou eliminá-las (WALDMAN & GOTLIEB, 1992). Controle - 22 www.romulopassos.com.br Cessão de todas as transmissões da infecção pela extinção artificial da espécie do agente em questão, de modo a possibilitar a suspensão de qualquer medida de prevenção ou controle. A erradicação regional ou eliminação consiste na cessação da transmissão de determinada infecção em ampla região geográfica ou jurisdição política (LAST. 1988). Erradicação www.romulopassos.com.br É a redução a zero da incidência de uma doença/agravo, porém com manutenção indefinidamente no tempo, das medidas de controle. Eliminação - 23 1 – C 2 – C 3 – B 4 – A 5 – D 6 – C 7 – CERTO GABARITO www.romulopassos.com.br - 24 Principais indicadores demográficos e de saúde www.romulopassos.com.br Prof. Natale Souza www.romulopassos.com.br De acordo com a RIPSA (2008), os indicadores são classificados em seis subconjuntos temáticos: demográficos, socioeconômicos, mortalidade, morbidade e fatores de risco, recursos e cobertura. - 25 Indicadores mais utilizados na Saúde Indicadores de Morbidade www.romulopassos.com.br www.romulopassos.com.br Analisa o comportamento das doenças e agravos à saúde em uma população exposta; Morbidade sempre será referente à uma população predefinida; Indicadores de Morbidade Coeficientes de Morbidade = Nº de casos de uma doença População 10n - 26 www.romulopassos.com.br Representa o número de casos presentes (novos + antigos) em uma determinada comunidade num período de tempo especificado. A prevalência é afetada por casos que imigram (entram) na comunidade e por casos que saem (emigram), por curas e por óbitos. Coeficiente de prevalência da doença www.romulopassos.com.br Dois tipos de coeficientes de prevalência podem ser utilizados: o coeficiente de prevalência instantânea ou pontual ou momentânea (em um tempo especificado) e o coeficiente de prevalência por período ou lápsica (abrange um período maior de tempo, por exemplo um ano) Coeficiente de prevalência da doença - 27 www.romulopassos.com.br Coeficiente de prevalência da doença O Coeficiente de Prevalência = Nº de casos conhecidos de uma dada doença População 10n www.romulopassos.com.brCoeficiente de incidência da doença O Coeficiente de incidência = Nº de casos novos de uma doença incidente em uma população durante um intervalo de tempo Nº de pessoas suscetíveis à doença e expostas ao risco da doença durante o referido intervalo de tempo 10n representa o risco de ocorrência (casos novos) de uma doença na população. - 28 www.romulopassos.com.br Coeficiente de letalidade: Representa a proporção de óbitos entre os casos da doença, sendo um indicativo da gravidade da doença ou agravo na população. A Letalidade representa o risco que as pessoas com a doença têm de morrer por essa mesma doença. casos da doença “X” na mesma área e tempo Coeficiente de letalidade x 100 Mortes devido à doença “X” em determinada comunidade e tempo www.romulopassos.com.br 1. (IBFC/SES-PR) Dentre os indicadores de saúde utilizados para avaliar as condições de saúde populacional, os indicadores que são utilizados para avaliar as taxas de ocorrência e o comportamento das doenças e seus agravos a uma população exposta, denominam-se: a) Indicadores de mortalidade. b) Indicadores de morbidade. c) Indicadores de transcendência. d) Indicadores de severidade. - 29 www.romulopassos.com.br 2. (BIO-RIO/Fundação Saúde) Com o envelhecimento populacional, houve o aumento do número de casos de câncer e consequentemente aumentou a frequência de utilização dos serviços de saúde. A epidemiologia utiliza indicadores para medir casos novos de câncer; estamos falando de: a) prevenção primária. b) incidência. c) prevalência. d) letalidade. e) morbidade. www.romulopassos.com.br 3. (FUNCERN/IF-RN) Em relação às medidas utilizadas como indicadores de saúde, é correto afirmar: a) o coeficiente de morbidade expressa o número de indivíduos da população que adoeceram durante um período de tempo especificado. b) a incidência é a proporção de indivíduos de uma população que apresentam determinada característica associada a uma doença em um intervalo de tempo. c) a prevalência quantifica o número de casos novos de determinada doença em uma população sob risco durante um intervalo de tempo. d) o coeficiente de letalidade expressa a razão entre o número de indivíduos que morreram em consequência de uma doença em relação à população total. - 30 www.romulopassos.com.br 4. (CESPE/TCE-PA) As informações em saúde devem contribuir de maneira eficiente para a orientação e o planejamento do processo de regionalização em saúde. No que concerne a esse assunto, julgue o item subsequente. As taxas de prevalência e incidência são os indicadores de morbidade mais utilizados no planejamento e na avaliação das medidas de prevenção e controle de doenças e agravos. www.romulopassos.com.br 5. (IBAM/Prefeitura de Leopoldina – MG) Quando o enfermeiro do Programa de Saúde da Família (PSF) calcula o número de casos conhecidos de tuberculose de uma população definida, num intervalo de um ano, está utilizando o seguinte coeficiente: a) mortalidade b) morbidade c) incidência d) prevalência - 31 www.romulopassos.com.br 6. (Iniciativa Global/CIAS-MG) A razão entre o número de casos novos de uma doença, em um espaço de tempo determinado, e a população exposta ao risco de adquirir a referida doença, denomina-se coeficiente de: a) Letalidade. b) Incidência. c) Prevalência. d) Morbidade. www.romulopassos.com.br 7. (IBADE/Prefeitura de Rio Branco – AC) Marque a alternativa que corresponde a um indicador de morbidade. a) Taxa de fecundidade b) Índice de envelhecimento c) Taxa de incidência de dengue d) Esperança de vida ao nascer e) Taxa de mortalidade infantil - 32 www.romulopassos.com.br Indicadores mais utilizados na Saúde www.romulopassos.com.br Indicadores Demográficos e de Mortalidade - 33 www.romulopassos.com.br Coeficiente geral de mortalidade (CGM): representa o risco de óbito na comunidade. É expresso por uma razão, e pode ser calculado, como todos os demais coeficientes, também através de regra de três simples Número de óbitos em determinada comunidade e ano População estimada para 01 de julho do mesmo ano CGM = x 1.000 www.romulopassos.com.br Coeficiente de mortalidade infantil (CMI): é uma estimativa do risco que as crianças nascidas vivas têm de morrer antes de completar um ano de idade. É considerado um indicador sensível das condições de vida e saúde de uma comunidade. Pode ser calculado por regra de três. Óbitos de menores de 1 ano em determinada comunidade e ano Nascidos vivos na mesma comunidade e ano CMI= x 1.000 - 34 Conceitos importantes sobre Mortalidade Infantil www.romulopassos.com.br www.romulopassos.com.br Nascido vivo: Óbito fetal: Óbito infantil: é a expulsão ou extração completa do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez, de um produto de concepção que, depois da separação, respire ou apresente qualquer outro sinal de vida é a morte do produto de concepção, antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez. é a criança que, nascida viva, morreu em qualquer momento antes de completar um ano de idade - 35 www.romulopassos.com.br O coeficiente de mortalidade infantil pode ainda ser dividido em: Coeficiente de mortalidade neonatal (óbitos de 0 a 27 dias inclusive) em relação ao total de nascidos vivos (por 1000); Coeficiente de mortalidade pós-neonatal ou infantil tardia (óbitos de 28 dias a 364 dias inclusive) em relação ao total de nascidos vivos (por 1000). www.romulopassos.com.br O coeficiente de mortalidade infantil pode ainda ser dividido em: coeficiente de mortalidade neonatal precoce (0 a 6 dias inclusive) e coeficiente de mortalidade neonatal tardia (7 a 27 dias). - 36 www.romulopassos.com.br Coeficiente de mortalidade perinatal: segundo a Classificação Internacional de Doenças em vigor (a CID-10), o período perinatal vai da 22ª semana de gestação até a primeira semana de vida da criança. Óbitos fetais a partir da 22ª semana de gestação + óbitos de menores de 7 dias de vida Nascidos vivos + nascidos mortos na mesma comunidade e ano CMP = x 1.000 www.romulopassos.com.br Coeficiente de mortalidade materna: representa o risco de óbitos por causas ligadas à gestação, ao parto ou ao puerpério Óbitos devidos a causas ligadas a gestação, parto e puerpério Nascidos vivos na mesma comunidade e ano CMM = x 100.000 - 37 www.romulopassos.com.br Coeficiente de mortalidade por doenças transmissíveis: é uma estimativa do risco da população morrer por doenças infecciosas e parasitárias. Óbitos devido a doenças infecciosas e parasitárias (DIP) População estimada para o meio do ano na mesma área CMDT = x 100.000 www.romulopassos.com.br 8. (IBFC/EBSERH) Considerando os indicadores básicos de saúde no Brasil, a taxa de mortalidade neonatal precoce é calculada pelo: a) Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado b) Número de óbitos de 0 a 28 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado - 38 www.romulopassos.com.br 8. (IBFC/EBSERH) c) Número de óbitos de 0 a 1 dia de vida completo, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado d) Número de óbitos de 1 a 40 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado e) Número de óbitos de 0 a 6 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado www.romulopassos.com.br 9. (VUNESP/TJ-PA) Considerando alguns dos indicadores de saúde comumente utilizados no Brasil é correto afirmar que a) a razão de mortalidade proporcional é um bom indicador de saúde, porém difícil de ser calculado. b) as curvas de mortalidade proporcional são calculadas pela comparaçãodos coeficientes de mortalidade de diferentes países ou regiões. c) a esperança de vida é um indicador da duração máxima de vida. - 39 www.romulopassos.com.br 9. (VUNESP/TJ-PA) d) a mortalidade infantil é terminologia utilizada para designar todos os óbitos de crianças menores de 1 ano ocorridos em determinada área e período de tempo. e) o coeficiente de mortalidade geral é um indicador bom para ser utilizado em comparações da saúde em nível internacional. Coeficientes de Natalidade www.romulopassos.com.br - 40 www.romulopassos.com.br Os principais coeficientes que medem a natalidade (nascimentos) de uma população são o coeficiente de natalidade e o de fecundidade. Número de nascidos vivos, por mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu período reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. www.romulopassos.com.br Coeficiente de natalidade Coeficiente de fecundidade Nascidos vivos em determinada área e período População da mesma área, no mesmo período = = Nascidos vivos em determinada área e período mulheres de 15 a 49 anos da mesma área, no mesmo período x 1.000 x 1.000 - 41 www.romulopassos.com.br 10. (CESPE/SESA-ES/2013) Em relação aos indicadores de saúde, é correto afirmar que a) taxas elevadas de mortalidade em determinada população independem das condições socioeconômicas dessa população. b) o cálculo do coeficiente de mortalidade materna é fundamentado no conceito de morte materna, que é a morte da mulher durante a gestação ou dentro de seis meses após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. www.romulopassos.com.br 10. (CESPE/SESA-ES/2013) c) a taxa de mortalidade infantil é calculada pelo número de óbitos de menores de seis meses de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. d) a taxa bruta de natalidade é calculada pelo número de nascidos vivos, por mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Em geral, taxas elevadas estão associadas a condições socioeconômicas precárias e a aspectos culturais da população. e) o coeficiente de prevalência representa o risco de ocorrência de novos casos de determinada doença na população. - 42 Proporções mais utilizadas na área de saúde www.romulopassos.com.br www.romulopassos.com.br As proporções não estimam o risco do evento em uma dada população, porém são mais fáceis de serem calculadas, pois não necessitam de denominadores, como o número de habitantes, para o seu cálculo. - 43 www.romulopassos.com.br Mortalidade proporcional por idade: é um indicador muito útil e fácil de se calcular. Com base no total de óbitos, fazemos uma regra de três, calculando qual a proporção de óbitos na faixa etária desejada. Mortalidade infantil proporcional (proporção de óbitos de menores de 1 ano em relação ao total de óbitos) Mortalidade proporcional de 50 anos ou mais, também conhecida como Indicador de Swaroop e Uemura ou Razão de Mortalidade Proporcional (proporção de óbitos de pessoas que morreram com 50 anos ou mais de idade em relação ao total de óbitos). www.romulopassos.com.br Mortalidade proporcional por causas de morte: é a proporção que determinada causa (ou agrupamento de causas) tem no conjunto de todos os óbitos. - 44 www.romulopassos.com.br 11. (IDECAN/Prefeitura de Miraí – MG) Com dados de população geral, pode-se calcular uma série de indicadores de saúde. Entre os itens a seguir, assinale a alternativa correta aplicando esse dado. a) Mortalidade geral e infantil. b) Prevalência e mortalidade geral. c) Mortalidade geral e infantil tardia. d) Mortalidade neonatal e incidência. www.romulopassos.com.br 12. (CONSULPLAN) “A fim de efetuar um levantamento sobre mortalidade geral no município é necessário calcular alguns indicadores.” Para a montagem dos coeficientes de mortalidade geral e de causas específicas, o número de óbitos é dividido por: a) População adulta. b) Total de habitantes. c) Menores de 1 ano de idade. d) População masculina adulta. - 45 www.romulopassos.com.br REDE Interagencial de Informação para a Saúde Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informação para a Saúde - Ripsa. – 2. ed. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. 349 p.: il. ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013 Rede Interagencial de Informações para Saúde. Demografia e saúde : contribuição para análise de situação e tendências / Rede Interagencial de Informações para Saúde. – Brasília : Organização Pan-Americana da Saúde, 2009. 144 p. : il. – (Série G. Estatística e Informação em Saúde) (Série Informe de Situação e Tendências) Referências Bibliográficas 1 – B 2 – B 3 – A 4 – CERTO 5 – D 6 – B 7 – C 8 – E 9 – D 10 – D 11 – B 12 – B GABARITO - 46 www.romulopassos.com.br Indicadores de saúde www.romulopassos.com.br Prof. Natale Souza - 47 Definição de Indicadores www.romulopassos.com.br www.romulopassos.com.br De acordo com a OMS, indicadores são parâmetros utilizados com o objetivo de Avaliar, sob o ponto de vista sanitário, a higidez de agregados humanos; fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades; e consideradas à mesma época ou da mesma coletividade em diversos períodos de tempo. - 48 www.romulopassos.com.br Instrumento de mensuração para o gerenciamento, avaliação e planejamento das ações em saúde, possibilitando mudanças efetivas nos processos e nos resultados, através do estabelecimento de metas e ações prioritárias que garantam a melhoria contínua e gradativa de uma situação ou agravo, (ANVISA). www.romulopassos.com.br 1. (Quadrix/CRM – PI) "São parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista sanitário, a higidez de agregados humanos, bem como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades consideradas à mesma época ou da mesma coletividade em diversos períodos de tempo”. O excerto acima se refere a: a) indicadores de saúde. b) analisadores temporais. c) estimativas sociais. d) parâmetros do SUS. e) analisadores de doenças. - 49 www.romulopassos.com.br 2. (ESAF/MPOG/Analista Técnico de Políticas Sociais – Saúde) Dada a complexidade do conceito de saúde, a tarefa de mensurá-lo é também complexa, o que torna de suma importância a existência de indicadores confiáveis. Sobre os indicadores em saúde é correto afirmar: a) os indicadores de saúde constituem ferramenta fundamental para a gestão e avaliação da situação de saúde, em todos os níveis. b) são um recurso para a obtenção de informações sobre situações de saúde nas quais não é possível a quantificação. c) a confiabilidade de um indicador em saúde é decorrente de sua não vinculação ao problema, evento ou tema a ser observado ou medido. www.romulopassos.com.br 2. (ESAF/MPOG/Analista Técnico de Políticas Sociais – Saúde) d) os indicadores de processo são aqueles nos quais os gestores buscam saber os benefícios reais que uma dada ação de saúde provocou na população. e) a representatividade ou cobertura de um indicador em saúde refere-se à sua adequação para medir ou representar, sinteticamente, o fenômeno estudado. - 50 Considerações sobre Indicadores www.romulopassos.com.br www.romulopassos.com.br A utilização de indicadores de saúde permite o estabelecimento de padrões, bem como o acompanhamento de sua evolução ao longo dos anos; Indicadores podem e devem ser utilizados comoferramentas para auxiliar o gerenciamento da qualidade; Indicadores devem evidenciar padrões relacionados à estrutura, processo e resultado desejáveis de um sistema; e Para cada realidade, é preciso examinar os indicadores mais apropriados para atender às necessidades daquele serviço. - 51 Qualidade de um indicador www.romulopassos.com.br www.romulopassos.com.br Das propriedades dos componentes utilizados em sua formulação: Frequência de casos; Tamanho da população em risco; E da precisão dos sistemas de informação empregados Registro; Coleta; Transmissão dos dados. A qualidade de um indicador depende: - 52 www.romulopassos.com.br Outros atributos de um indicador são: Mensurabilidade (basear-se em dados disponíveis ou fáceis de conseguir); Relevância (responder a prioridades de saúde); Custo-efetividade (os resultados justificam o investimento de tempo e recursos). Direto do concurso www.romulopassos.com.br - 53 www.romulopassos.com.br 3. (VUNESP/MPE-SP) Um dos atributos que definem o grau de excelência dos indicadores de saúde é a validade que a) reflete a capacidade do indicador para reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares. b) é a qualidade essencial do indicador utilizada para justificar o investimento de tempo e recursos. c) é um componente exclusivo dos indicadores qualitativos. d) corresponde à capacidade do indicador para medir o que se pretende. e) é o atributo que define o uso exclusivo do indicador para a comparação temporal de dados. www.romulopassos.com.br 4. (Elaborada pelo autor/2018) Sobre os indicadores de saúde, julgue os itens: São medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. - 54 www.romulopassos.com.br 5. (Elaborada pelo autor/2018) Sobre os indicadores de saúde, julgue os itens: A qualidade de um indicador depende das propriedades, dos componentes utilizados em sua formulação (frequência de casos, tamanho da população em risco) e da precisão dos sistemas de informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados). www.romulopassos.com.br 6. (INSTITUTO AOCP/IBC) Em termos gerais, os indicadores são medidas- síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de Saúde. Sobre os indicadores de saúde, assinale a alternativa INCORRETA. a) qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes utilizados em sua formulação (frequência de casos, tamanho da população em risco) e da precisão dos sistemas de informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados). b) O grau de excelência de um indicador deve ser definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares). - 55 www.romulopassos.com.br 6. (INSTITUTO AOCP/IBC) c) Em geral, a validade de um indicador é determinada por sua sensibilidade (capacidade de detectar somente o fenômeno analisado) e especificidade (capacidade de detectar o fenômeno analisado). d) A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer e) A disponibilidade de um conjunto básico de indicadores tende a facilitar o monitoramento de objetivos e metas em saúde, estimular o fortalecimento da capacidade analítica das equipes e promover o desenvolvimento de sistemas de informação intercomunicados. 1 – A 2 – A 3 – D 4 – CERTO 5 – CERTO 6 – C GABARITO - 56 www.romulopassos.com.br -
Compartilhar