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1. HISTÓRIA COMO CIÊNCIA
Para compreender a história como ciência, devemos em primeiro lugar buscar compreender o conceito de ciência como tal. Ciência, é o conhecimento de determinados factos, com objecto definido e um método próprio, ou seja, é um conjunto de conhecimentos adquiridos e organizados metodicamente.
O desenvolvimento da ciência da história no século XIX ocorreu sobretudo na França e Alemanha, em um contexto de eferverscência filosófica e científica. O século XIX muitas ciências foram sistematizadas, recebendo um tio de configuração (procedimentos metodológicos, formas de investigação, etc) que as tornaria respeitáveis. Dessa forma o que chamamos de história como ciência desenvolveu-se propriamente no século XIX, na Alemanha.
O conceito de história é multidimensional, sendo que só pode ser vista segundo a perspectiva de alguns autores.
Segundo March Bloch (1886-1944), a história é uma ciência dos homens no tempo e no espaço. Para este autor a história estuda o homem em uma sociedade o que tem levado alguns pensadores a conferirem algum direito a história, pois a história estuda somente as sociedades humanas.
Para Lucien Febvre, a história é a ciência dos homens, ele considera a história como ciência da mudança perpétua das sociedades humanas.
A história como ciência é o estudo do ser humano e suas accções no tempo e no espaço bem como a análise dos seus processos e eventos ocorridos no passado.
A história, assim como qualquer outra ciência, possue um objecto de estudo, o ser humano e suas acções no tempo e no espaço. Possue um método de estudo, ou seja , o método histórico. 
1.1. O Método Histórico
Tal como outras ciências, quando estudamos história no sentido de ela ser uma ciência vemos que ela apresenta um método de estudo, para melhor compreender o seu objecto de estudo. Para a história ser considerada ciência, precisa elaborar métodos universalmente aceites por qualquer historiador. 
Assim o método histórico, também conhecido como método crítico ou crítica histórica, compreende um conjunto de técnicas, método e procedimento usados pelos historiadores para gerir as fontes da história, com o objectivo de investigar o passado da humanidade. 
O Método Histórico, pode ser compreendido como resultado de duas operações a saber: a análise e a síntese.
A Análise
A análise também conhecida como análise histórica é a fase de investigação histórica que abrange a recolha, ordenação e avaliação dos documentos históricos. A análise histórica compreende por sua vez quatro operações distintas a saber: A heurística, a crítica externa ou crítica de autenticidade, a crítica interna ou crítica de credibilidade e a hermenêutica.
1.1.1. A Heurística
É a operação pela qual se procede a recolha de fontes de informação necessárias à análise histórica. A análise histórica pressupõe sobretudo um sujeito e um objecto. Ao escolher o objecto de sua análise, já o sujeito deve ter acerca do mesmo, um conhecimento de nível correspondente ao anteriormente atingido pela investigação, ou seja, o investigador deve partir daquilo que já é sabido para aquilo que se desconhece.
1.1.2. A Crítica Externa
A crítica externa ou de proveniência, procura responder questões tais como: quem redigiu o documento? Quando? Onde? Como foi redigido? E finalmente, que vias percorreu até chegar às nossas mãos.
1.1.3. Crítica de retistuição 
Consiste na reconstituição do documento à sua forma original, mediante a eliminação das alterações nelas introduzidas pelos copistas.
1.1.4. Crítica Interna
A crítica interna ou de credibilidade, dirige-se ao conteúdo do texto. O historiador faz a triagem entre o verdadeiro e o que não pode ser considerado como tal. A crítica interna analisa o conteúdo do trabalho do autor e compreende as cinco operações:
· Crítica interna de interpretação literária do texto, tem a finalidade de averiguar o exacto sentido do pensamento do autor, isto é, não só aquilo que efectivamente diz, mas aquilo que pretenda dizer.
· Crítica da competência, se preocupa em averiguar o grau de conhecimento que o autor tem do acontecimento ou do assunto tratado, do princípio ao fim.
· A crítica da intencionalidade ou de sinceridade, preocupa-se em averiguar o grau de isenção do autor, isto é, em que medida ele se terá deixado influenciar pelo interesse próprio, ou de outrem pela simatia ou antipatia, que lhe merecem as pessoas, as instituições, a classe, ao partido, a religião, ou as ideias acerca das quais testemunha.
· A crítica de exactidão ou rigor, preocupa-se em averiguar o grau de exactidão ou rigor da testemunha, isto é, em que medida é que o relato corresponde ao que se passou.
· A crítica comparativa, que se preocupa em avaliar o grau de credibilidade dum testemunho mediante a comparação da informação por ele fornecida com as informações fornecidas por outros testemunhos.
1.1.5. Hermenêutica
É a operação pela qual procede-se à interpretação dos documentos em termos de saber-se em que medida é que a informação fornecida por estes responde as questões inicialmente colocadas. 
A Síntese
A síntese também conhecida como síntese histórica, visa a reconstituição do passado histórico através de um texto, livro, artigo de revista, etc. A síntese histórica é sempre relativa porque o historiador tenta explicar, construir uma visao do passado dos homens, estabelecendo uma cadeia corrente no tempo e no espaço, do presente ao passado, através de indícios, dos restos do seu passado que permanecerao até ao presente e só quando eles forem captados pelo espírito do historiador. 
Assim, uma boa síntese deve te em conta o seguinte: clareza, exactidão, o respeito pelas fontes, a indicação precisa das mesmas.
2. AS CORRENTES DA HISTÓRIA
Quando falamos das correntes da história, devemos tomar em conta que a partir do século XIX, surgiram idealizadores que procurar estudar e compreender a história cada um de sua maneira específica. Cada corrente histórica (ou seja, pensadores, historiadores, filósofos da história que se juntavam entre si), procuravam explicar os acontecimentos históricos, sua razão de ser a partir de teorias previamente formuladas e que influenciavam o seu ponto de vista. Dentre as teorias existentes podemos destacar:
2.1. A Corrente Empirista
Defendida por empiristas tais como Thomas Hobbes, John Lock, Barkerley, e Hume, dava primazia a experiência, defendendo que nada chega ao intelecto, ou seja, aos nossos pensamentos sem que tenhamos antes sentido pelos nossos órgãos dos sentidos, ou sem que tenhamos antes experimentado. Defendiam que os homens nascem como tábuas rasas, sem conhecimento algum que por sua vez será preenchido ao longo do tempo através de experiências da vida.
2.2. Corrente Racionalista
Para os racionalistas o conhecimento resulta de uma interacção entre o sujeito e o objecto, sendo que a razão não pode ser sempre influenciada pela experiência, o que significa dizer que os indivíduos podem conhecer algo mesmo sem ter exerimentado, bastando para isso passarem pelo exercício de raciocínio.
2.3. Corrente Idealista
Para esta corrente, o sujeito é uma fonte de conhecimnto, sob forma de conhecimentos inatos ou ideias inatas. Segundo Platão, ao nascer uma criaça já tras consigo uma certa bagagem de conhecimentos, sendo que elas ainda não foram manisfestas, permanecendo em estado de potência.
3. AS FONTES DA HISTÓRIA
As fontes da história são todos vestígios ou materiais que permitem ao historiador reconstruir o passado da humanidade.
3.1. Tipos de Fontes História
· Fontes orais, são as que resultam da transmissão oral dos acontecimentos, ou seja, naração dos acontecimentos pelas testemunhas.
· Fontes escritas, surgem com a existência da escrita, onde os acontecimentos são registrados em documentos escritos.
· Fontes Arqueológicas, são o conjunto de restos materiais ou objectos que foram utilizados em determinada época da história.
4. A HISTORIOGRAFIA
A historiografia, é um termo composto a partir dos termos história - que provém de uma palavra grega que significa pesquisa, e grafia – que provém de uma palavra
grega que significa escrita. Assim temos a historiografia como sendo “escrita de uma pesquisa”, de uma forma mais suncita, escrita da história.
A historiografia ou escrita da história, permeia toda a história das civilizações do Médio Oriente, como as que se desenvolveram na Mesopotâmia, quanto as do Extremo Oriente, como a chinesa e a hindu, que tiveram escribas que se dedicavam a escrita não só rituais religiosos, a contabilidade económica das antigas cidades, mas tambéem as memórias das tradições que fundaram aquelas civilizações.
Na antiguidade a história esteve entrelançada com mitos ou com a narrativa mitológica, e só com os gregos tais como Heródoto e Tucídedes a história veio a ganhar pela primeira vez uma organização mais sistemática.
O surgimento da Escrita como Factor Factor Importante Nos Registro de dados Antigos
O aparecimento da escrita pemitiu aos sacerdotes das antigas culturas fixarem por escrito o passado religioso, até aí conservado e transmitido por via oral. Igualmente começaram a ser registradas as memórias dos antigos guerreiros e heróis. Neste processo foram produzidas as primeiras formas de literatura histórica que se conhecem, as cosmogonias e mitografias, as primeiras formas de literatura histórica que se conhecem.
Cosmogonias – são os registros das primeiras tentativas, pré-científicas, de explicação que inclui tanto elementos naturais assim como sobrenaturais frequentemente associados.
Mitografias – é considerada como a narração de factos com recurso a seres sobrenaturais ou ciência dos mitos ou lendas. A pimeira forma de explicação dos fenómenos nas sociedades antigas é o mito.
Mito - é uma história que envolve personagens sobrenatuais, os deuses, e é transmitida de forma oral e está ligada à superstição. É uma história sagrada, que retrata um passado tão remoto que ninguém sabe quando se deu.
4.1. Historiografia do Século XIX
A historiografia do ‘seculo XIX, é diferenciada por quatro correntes da história:
Historiografia do Romantismo ou Corrente Romântica
O romantismo foi um movimento literário que se desenvolveu na primeira metade do século XIX, reagindo com os valores do classicismo, colocando os valores da burguesia acima dos outros estratos da população, valorizando sentimentos, paixão e tradição.
As suas características são:
· Liberdade política e criadora, defendendo a sensibilidade e a imaginação como expoentes da liberdade individual;
· Nacionalismo e patriotismo, que acreditava no regresso às tradições medievais de cada povo ou nação ;
· Gosto por sociedades diferentes, pelo exotismo e pelo excepcionalismo.
Historiografia Judaica
A historiografia judaica Antiga, Alimenta-se de uma obra considerada de extrema importância, a bíblia, que constitui por si só uma literatura praticamente completa, pela variedade de géneros nela contidos. Poesia, história, direito, etc. 
Características da Historiografia Judaica
O que caracteriza a historiografia judaica é a sua incapacidade, em aceder a uma concepção universalista do homem. Tudo se passa para o judeu, como se a história da nação judaica fosse o contexto da história universal.
Historiografia da Antiguidade Oriental
A historiografia oriental é uma historiografia cosmogónica e mítica, cujo objecto de estudo são os factos políticos e militares das grandes personalidades, deuses e suas obras. Fazia-se uma abordagem mítica e teocrática da evolução da humanidade. O objectivo da história era os deuses e os homens importantes a quem se atribuía maior responsabilidade pela evolução da sociedade.
A historiografia oriental antiga contribuiu para o conhecimento da história do oriente antigo, namedida em que foi neste processo importante de materiais sobre a história daquela região.
5. AS GRANDES CIVILIZAÇÕES DA HISTÓRIA
As grandes civilizacões que surgiram no período conhecido como antiguidade, foram as grandes precursoras das culturas e património que conhecemos hoje. Estas civilizações surgiram, de um modo geral, por causa das tribos nômadas que se estabeleceram em um determinado local onde teriam condições de desenvolver a agricultura. Assim, sugiram as primeiras aldeias organizadas e as primeiras cidades, dando início às grandes civilizações.
Estas civilizações surgiram por volta do quarto milénio a.C com a característica principal de terem se desenvolvido às margens de rios importantes, como o rio Tigre, Eufrates, Nilo, o Indo, Huang He, ou rio Amarelo. Entre as civilizações antigas podemos destacar:
· EGIPTO ANTIGO
O Egipto Antigo foi uma civilização que se desenvolveu no nordeste da África, na região do Egipto moderno. O desenvolvimento desta civilização está directamente ligado à existência do rio Nilo, que garantia terras férteis e possibilitava o aprimoramento humano naquela região. Considera-se que a história do Egipto iniciou-se quando aconteceu a unificação dos Nomos, pequenas comunidades que existiam ao redor do Nilo.
Foi em 3500 a.C que os Nomos formaram os reinos chamados Baixo Egipto, e Alto Egipto, e em 3200 a.C, Esses reinos foram unificados por Menés, o pimeiro Faraó da história do Egipto. O Egipto tinha uma sociendade estratificada (Dividida de grupos sociais), e monarquia Teocrática (ou seja, tinha o faraó que era considerado Deus e ele era o único Governante do Egipto).
Actividade.....
Pesquisar sobre Os reinos da China Antiga, Grécia Antiga, Babilónia, Sumérios.
EXERCÍCIOS DE CONSOLIDAÇÃO:
Responder as seguintes questões dos exames:
· 3 e 4 do exame de 2009
· De 1 a 7 do exame de 2010
· De 1 a 4 do exame de 2017
· De 1 a 10 do exame de 2019
Factores a Tomar em conta ao resolver os exercícios:
1. Existirão exercícios repetidos entre os exames, então não se preocupe, resolva normalmente indicando apenas a resposta correcta.
2. Existirão perguntas cujas respostas não se encontram nesta ficha, isto significa que pretende-se levar o estudante a ter espírito investigativo pelo que deve procurar até encontrar as respostas pelos meios que julgar mais convenientes.
Elaborado por Eugénio Carlos Matlava----------------------------------------------------------202009141se

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