Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DEONTOLOGIA JURÍDICA ROTEIRO DE ESTUDO – N1 PROFª LARISSA JUNQUEIRA REIS BAREATO Ética no Direito: A questão ética fundamental: o fenômeno humano e a liberdade. SEGUNDO AURÉLIO FERREIRA (2010, P. 383), A ÉTICA É “O ESTUDO DOS JUÍZOS DE APRECIAÇÃO REFERENTES À CONDUTA HUMANA, DO PONTO DE VISTA DO BEM E DO MAL”. OU, AINDA, SEGUNDO O MESMO AUTOR, UM “CONJUNTO DE NORMAS E PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A BOA CONDUTA DO SER HUMANO”. CONCEITOS CLÁSSICOS DE ÉTICA ■ ÉTICA SOFISTA: Os "sofistas" (consiste, em uma visão relativa de mundo. -> termo dado às técnicas ensinadas por um grupo altamente respeitado de professores retóricos na Grécia antiga. Representam ponto de vista antagônico, pois eles afirmam que só vale o que é "útil", é tudo sobre a "habilidade" para defender um argumento, independentemente do conteúdo argumentativo. ■ Pregam o relativismo radical sobre conceitos como "valor" e "verdade" que são fundamentais para Sócrates, sendo o homem a medida de todas às coisas. ■ ÉTICA PLATÔNICA: A ética, segundo Platão (filósofo e matemático da Grécia antiga, Atenas, 348/347 a.C) -> ordem ou justa proporção que consiste em equilibrar elementos diversos que desemboquem no mesmo fim. ■ Ex: a justa medida entre o prazer e a inteligência, é por meio deste equilíbrio que as ações humanas atingem o bem. ■ O bem na concepção platônica, não são as coisas materiais, mas tudo aquilo que permita o engrandecimento da alma, por isso, ele ensina que o homem deve desprezar os prazeres, as riquezas e as honras em vista da pratica das virtudes. ■ ÉTICA ARISTOTÉLICA: A ética aristotélica ( Aristóteles, filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, 384 a.C. — Atenas, 322 a.C.) consiste no Imperativo Hipotético, onde visa um fim, que é a felicidade. ■ ** ÉTICA A NICÔMACO (livro no AVA): “Ora, é de supor que, sendo a justiça de duas espécies, uma não escrita e a outra legal, haja também uma espécie moral e outra legal de amizade baseada na utilidade. E assim, as queixas surgem principalmente quando os homens não dissolvem a relação dentro do espírito do mesmo tipo de amizade em que a contraíram.” ■ ÉTICA ESTOICISTA: Por suas concepções éticas, deve-se "viver conforme a natureza": sendo a natureza essencialmente o logos. Essa máxima é prescrição para se viver de acordo com a razão. Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz, pois o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos externos, mas usa destes objetos através de uma sabedoria pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas. ■ ÉTICA EPICURISTA: Epicurismo (escola de filosofia helenística fundada em Atenas por Zenão de Cítio no início do século III a.C). A finalidade de sua ética consiste em propiciar a felicidade aos homens, de modo que essa possa libertá-los das mazelas que os atormentam, quer advenham de circunstâncias políticas e sociais, quer sejam causadas por motivos religiosos. ■ ÉTICA HEGELIANA - divide a ética em subjetiva ou pessoal e objetiva ou social. A primeira é uma consciência de dever; A segunda, formada por costumes, leis e normas de uma sociedade. ■ O Estado reúne esses dois aspectos em uma "totalidade ética". ÉTICA NA ATUALIDADE ■ A ética, em seus moldes atuais, mesmo que com princípios universais, tem se tornado, e tende a se tornar cada vez mais, “subjetiva” e “relativa” não dando para descrever uma ética em sua moral prática absoluta. Partindo de três perguntas básicas, podemos perceber a subjetividade implicada na ética-moral. O que posso fazer? O que devo fazer? O que quero fazer? Existe o que eu posso, mas não devo, o que eu devo mas não quero, e o que eu quero mas não posso. Eis aí a problemática! ■ Ética KANTIANA: Para Kant, ética é a obrigação de agir segundo regras universais, comuns a todos os seres humanos por serem derivadas da razão: “No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem preço pode ser substituída por algo equivalente; Por outro lado, a coisa que se acha acima de todo preço, e por isso não admite qualquer equivalência, compreende uma dignidade” (KANT, p. 58. 2004) MORAL E ÉTICA • MORAL é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade. Etimologicamente, o termo moral tem origem no latim morales, cujo significado é “relativo aos costumes”. (KANT) A NOÇÃO DE DIREITOS HUMANOS E ÉTICA. ÉTICA E DIREITOS HUMANOS ■ No dia 18 de junho de 1948, surge um novo campo de atuação no Direito, com a promulgação da Declaração de Direitos Humanos da ONU, direitos estes, inspirados no lema da revolução francesa de 1732: liberdade, igualdade e fraternidade e também no princípio da solidariedade (WEIMAR, 1919) Direito de terceira geração, Bobbio DIREITOS COLETIVOS. ■ A Declaração não é apenas uma norma com sanções impositivas a ser seguida mas, principalmente, um padrão de condutas éticas que devem ser buscadas em comum pela comunidade internacional A efetivação do Direito, hodiernamente, deixou de ser um problema de apenas normatização, tanto que os direitos fundamentais, não são tão fundamentais assim, necessitando sempre haver uma antinomia (BOBBIO, 2004). ASSIM: “Todos nascem iguais e livres” isso está no artigo 1º da declaração citada acima, porém, a Constituição Brasileira de 1988 em seu artigo 5º inciso II preceitua “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” AS RELAÇÕES ENTRE ÉTICA E DIREITO. O Direito, como forma cultural sagrada, era [na Antiguidade clássica] o exercício de uma atividade ética, como prudência, na virtude moral do equilíbrio e da ponderação, nos atos de julgar” (FERRAZ JR, 2011) ** Já para Kant, o motivo próprio de cumprimento de um dever jurídico é a possibilidade de coação. A ética na pós-modernidade enveredou por um caminho no qual o direito e a política tornaram-se as únicas instâncias legítimas para resolução de problemas e na busca do sentido da vida humana. A sociedade pós-moderna versa por uma visão filosófica da ética, que tenta, através desta filosofia, dar uma análise libertadora, isto é, antidogmática à ética. Pergunto: A ÉTICA, NÃO ESTÁ NO DIREITO?** DA CLASSIFICAÇÃO CLASSICA DA ÉTICA 1. ÉTICA EMPÍRICA: é aquela que pretende derivar seus princípios da MERA OBSERVAÇÃO DOS FATOS. A tese é perigosa pois, numa sociedade em que a DESMORALIZAÇÃO parece REGRA, a conclusão seria CONSAGRAR A FALTA DE MORALIDADE. O empirismo deságua no RELATIVISMO (como se vê na mídia) 2. A ÉTICA DOS BENS: O BEM é a força ordenadora da ÉTICA e momento culminante da vida espiritual. (MIGUEL REALE) 3. ÉTICA FORMAL: Só reveste VALOR ÉTICO a conduta autônoma, fruto da vontade do agente; 4. A ÉTICA DOS VALORES ou VALORATIVA: Para a FILOSOFIA VALORATIVA, o valor moral não se baseia na ideia de DEVER, mas, no INVERSO ÉTICA E SUSTENTABILIDADE JURÍDICA SOCIEDADE DE RISCO – Ulrich Beck SOCIEDADE DE RISCO: Os riscos transnacionais decorrentes do agir moderno da sociedade, as crises ambientais, sociais e econômicas, somente serão possíveis de ser enfrentadas, se as sociedades democráticas, ou em vias de democratização, conseguirem alcançar possibilidades de cidadania transnacional que permitam o agir democrático, solidário e sustentável, e que não fiquem presas às amarras da territorialidade estatal. SUSTENTABILIDADE imperativo ético! A empatia é a compreensão da causa e do efeito com a sociedade, com o mundo ou com os sistemas naturais. É muito mais do que uma pessoa entrar em sintonia com o drama de outra pessoa SUSTENTABILIDADE ÉTICA. DEONTOLOGIA JURÍDICA: A ÉTICA PROFISSIONAL NAS DIVERSAS ÁREAS DO DIREITO. A ética é aplicada a diversas profissões e, usualmente disciplinada pelos códigos de ética, que visam direcionar e avaliar toda e qualquer conduta dos profissionais,não deixando de considerar a moral de cada área e de cada profissional da mesma. Nos ramos do Direito, a ética pode se relacionar com a CF/88. A exemplo do advogado (procuradores), os juízes também sujeitam-se a ética, tal como os membros do Ministério Público e integrantes das polícias judiciárias, cada qual seguindo códigos adequados às suas atividades. A Deontologia Jurídica é sinônimo de Ética Profissional, uma vez que esse instituto jurídico tem como objeto o estudo do comportamento ético das profissões do Direito para que haja uma adequação no exercício desses profissionais. É delimitada por princípios comuns à todas as profissões. Destaca-se: PRINCÍPOS GERAIS DA DEONTOLOGIA JURÍDICA: 1 - PRINCÍPIO DA DIGNIDADE E DO DECORO PROFISSIONAL A dignidade constitui um valor inerente à pessoa humana que deve ser protegido e respeitado. A projeção desse valor no exercício da profissão é o que proporciona o decoro à corporação profissional. Portanto, fere a dignidade e o decoro profissional a prática de crime como, por exemplo, o estelionato, falsidade, a receptação e outros; 2 - Princípio da incompatibilidade A carreira jurídica é daquelas raramente acumuláveis com outras, exceção feita ao magistério. A dignidade da missão forense inadmite, portanto, seja ela exercida como plus a qualquer outra. Isso porque, uma segunda atividade poderia provocar interferência na esfera profissional jurídica, propiciaria captação de clientela, estabeleceria vínculos de subordinação lesivos ao princípio da independência. 3 - PRINCÍPIO DA CORREÇÃO PROFISSIONAL Todas as profissões jurídicas observam um complexo de comportamentos deontológicos próprios. A atuação no campo jurídico não pode se desvincular de certos rituais, inspirados na origem da realização do justo. Se caracteriza de muitas formas, nem todas elas de igual intensidade deontológica. O profissional correto é aquele que atua com transparência no relacionamento com todos os protagonistas da cena jurídica ou da prestação jurisdicional. 4 - PRINCÍPIO DO COLEGUISMO Os membros de um grupo estão ligados entre si por um vínculo orgânico que lhes obriga a ter determinados comportamentos homogêneos, com o objetivo de salvaguardar o bem comum setorial. Tais comportamentos se caracterizam pelos conceitos de fidelidade, lealdade, camaradagem, confiança recíproca e solidariedade, que podem considerar-se confluentes no conceito genérico de “coleguismo”. Falta de coleguismo é disputar cargos ou clientes, de maneira pouco leal, comentar erro do colega (por exemplo). A ÉTICA PROFISSIONAL NA ATIVIDADE DO MAGISTRADO. CÓDIGO DE ÉTICA NA MAGISTRATURA Art. 1º O exercício da magistratura exige conduta compatível com os preceitos deste Código e do Estatuto da Magistratura, norteando-se pelos princípios da independência, da imparcialidade, do conhecimento e capacitação, da cortesia, da transparência, do segredo profissional, da prudência, da diligência, da integridade profissional e pessoal, da dignidade, da honra e do decoro. A conduta do Magistrado para com os demais integrantes do judiciário, também é foi abarcada pelo código de ética, sob o título “da cortesia”. Art. 22. O magistrado tem o dever de cortesia para com os colegas, os membros do Ministério Público, os advogados, os servidores, as partes, as testemunhas e todos quantos se relacionem com a administração da Justiça. Parágrafo único. Impõe-se ao magistrado a utilização de linguagem escorreita, polida, respeitosa e compreensível. QUESTÕES ÉTICAS INERENTES ÀS CARREIRAS JURÍDICAS CASO DO AUXÍLIO MORADIA ESTUDO DE CASOS – ÉTICA NA MAGISTRATURA (...) condenar o acusado FLÁVIO ROBERTO DE SOUZA, nos autos qualificado, à pena de 26 (vinte e seis) anos de reclusão e multa de 60 (sessenta) dias-multa, ao valor de 2 (dois) salários mínimos vigentes ao tempo do fato, cada, devidamente corrigidos até o efetivo pagamento, dando-o, pois, como incurso nas sanções do artigo 312, caput, do Código Penal, por 1 (uma) vez, e nas penas do artigo 1.º da Lei 9.613/98, por 3 (três) vezes, em concurso material, conforme artigo 69, caput, do Código Penal, EM FACE DE MAGIST. 2015.02.01.900278-5 Nº CNJ : 0900278-56.2015.4.02.0000 RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL MARCUS ABRAHAM EMENTA PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. DECLARAÇÕES DE MAGISTRADO À IMPRENSA. VIOLAÇÃO DA IMPARCIALIDADE. USO INDEVIDO DE INFORMAÇÕES ACERCA DE PROCESSO PENDENTE DE JULGAMENTO. OFENSAS À IMAGEM DA MAGISTRATURA NACIONAL. DESCUMPRIMENTO DE DETERMINAÇÕES DA CORREGEDORIA NACIONAL E REGIONAL. GRAVIDADE DAS CONDUTAS. PENA ADEQUADA. DISPONIBILIDADE COM VENCIMENTOS PROPORCIONAIS AO TEMPO DE SERVIÇO. ART. 42, IV DA LOMAN. ART. 3º, IV E ART. 6º DA RESOLUÇÃO CNJ Nº 135/2011. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11305508/artigo-42-lc-n-35-de-14-de-marco-de-1979 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11305402/inciso-iv-do-artigo-42-lc-n-35-de-14-de-marco-de-1979 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103992/lei-org%C3%A2nica-da-magistratura-nacional-lei-complementar-35-79 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028010/resolucao-135-2011 Sobrestamento O ministro Humberto Martins determinou a reunião de procedimentos com o mesmo objeto formulados pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, por deputados federais e senadores do Partido dos Trabalhadores (PT), aos autos do pedido de providências a fim de evitar a repetição de atos processuais e, consequentemente, causando demora indevida na tramitação, “...visando a evitar a repetição de atos processuais, causando demora indevida na tramitação e desperdício de recursos humanos e materiais, devem os presentes feitos serem sobrestados e apensados ao PP para julgamento conjunto”, decidiu o corregedor. Alegações Para a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, o juiz Sérgio Moro, ao iniciar tratativas de exercer outro cargo público ainda durante o exercício do cargo de magistrado teria violado: a proibição constitucional aos magistrados de dedicarem- se à atividade político-partidária (artigo 95 da CF); o dever de manter conduta irrepreensível na vida pública e particular (Loman, artigo 35); a proibição da manifestar opinião sobre processo pendente de julgamento (Loman, artigo 96) e a vedação de participação em qualquer atividade político-eleitoral (Código de Ética da Magistratura, artigo 7º). Os procedimentos tramitam em segredo de justiça. www.cuj.jus.br PEDIDO DE EXONERAÇÃO DE SÉGIO MORO PROMOVE QUESTIONAMENTOS QUANTO A ÉTICA DO EX-MAGISTRADO Na visão dos advogados Lenio Streck e Pedro Serrano, a iniciativa de Moro configura infração ética. "Parece óbvio — embora o óbvio se esconda e esteja no anonimato no Brasil — que, se o juiz, sem sair do cargo, aceita convite para ser ministro de Estado e, sem sair do cargo, entra em férias para organizar o ministério, ele estará infringindo o Estatuto da Magistratura, o Código de Ética dos juízes e a Constituição da República" A ÉTICA PROFISSIONAL NO MINISTÉRIO PÚBLICO “Obrigado a intervir, o Ministério Público estuda o fato e fiscaliza a aplicação do direito. Expõe os seus argumentos com sobriedade de firmeza, com precisão e energia, mas sem paixão nem violência. Tem em vista a moralidade e a justiça. Responde aos argumentos dos diversos interessados, sem jamais sacrificar a verdade. Poupa a reputação alheia. Abandona os gracejos e os doestos, economiza a adjetivação. Encara o episódio como um fato jurídico e não como questão pessoal contra os demais interessados.” (ROBERTO LYRA, 1989) Vinculado às características da atividade Ministerial, está o Código de Ética e de Conduta do Ministério Público da União e da Escola Superior do Ministério Público da União. Deste conteúdo, afim de analisar um caso prático, damos destaque ao artigo 5º que enumera as vedações impostas ao cargo. Art. 5º Aos servidores do MPU e da ESMPU é vedado: I. ser conivente com erro ou infração a este Código ou ao Código de Ética de sua categoriaprofissional; II. divulgar estudos, pareceres e pesquisas, ainda não tornados públicos, sem prévia autorização; III. fazer uso, divulgar ou facilitar a divulgação de informações sigilosas ou estratégicas, de que tenha tomado conhecimento em razão das atividades exercidas no cargo ou função, mesmo após ter deixado o cargo; IV. apresentar como de sua autoria ideias, projetos ou trabalhos de outrem; V. adotar postura hostil, ofensiva, praticar qualquer tipo de assédio, desqualificar os demais profissionais ou ainda utilizar palavras ou gestos que atinjam a autoestima, a imagem ou o profissionalismo de alguém; VI. atribuir aos servidores ou colaboradores a execução de atividades de natureza particular ou abusivas que possam gerar comprometimento de ordem física, mental ou emocional; VII. utilizar bens do patrimônio institucional para atendimento de atividades de interesse particular; VIII. apresentar-se no serviço embriagado ou sob efeito de substâncias psicoativas, bem como fazer uso ou portar qualquer tipo de substância entorpecente; IX. manifestar-se em nome da Instituição quando não autorizado pela autoridade competente, nos termos da política interna de comunicação social. ESTUDO DE CASO NO MINISTÉRIO PÚBLICO Mandado de segurança coletivo contesta benefício estendido a promotores e procuradores: O advogado Carlos Klomfahs alega que as resoluções do CNJ e do CNMP são ‘eivadas de inconstitucionalidade formal, pela não submissão ao decidido interinstitucionalmente entre STF, Câmara dos Deputados e Presidência da República, e material, pela violação ao princípio da proporcionalidade, razoabilidade, boa-fé, soberania popular e ao Estado Democrático de Direito’. . RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR N.º 1.00762/2018-98 Requerente: Conselho Nacional do Ministério Público Requerido: Membro do MPF/PR – Deltan Martinazzo Dallagnol DECISÃO RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR. MANIFESTAÇÃO OFENSIVA AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E A ALGUNS DE SEUS MINISTROS EM ENTREVISTA RADIOFÔNICA POR MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. AFIRMAÇÃO DE ATUAÇÃO LENIENTE DO STF EM RELAÇÃO À PRÁTICA DE CORRUPÇÃO. USO ABUSIVO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO PELO MEMBRO RECLAMADO. VIOLAÇÃO DOS DEVERES DE GUARDAR DECORO PESSOAL E DE URBANIDADE. INDÍCIOS SUFICIENTES DA EXISTÊNCIA DE FALTA INFRACIONAL E RESPECTIVA AUTORIA. INSTAURAÇÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. (...) Indicar, atendendo à exposição circunstanciada dos fatos imputados, a incursão do Excelentíssimo Procurador da República DELTAN MARTINAZZO DALLAGNOL em violação aos deveres funcionais dispostos no art. 236, VIII e X, da LC n. 75/19939 , ensejando, por consequência, a aplicação da sanção disciplinar de censura, consoante art. 240, II daquela Lei Complementar10, salientando-se, ainda, como inobservada a Recomendação n. 01/2016 da Corregedoria Nacional do Ministério Público Quinta, 17 de Janeiro de 2019 - 14:40 Um grupo de juízes, intitulado “Magistratura Independente”, pediu ao governo federal o fim do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), criado em 2005, através da Emenda Constitucional 45. O órgão ajuda no planejamento estratégico do Judiciário, a regular o funcionamento dos tribunais e a coibir excessos. O pedido do grupo foi entregue ao secretário de Governo, general Santos Cruz. O CNJ só pode ser extinto através de outra emenda constitucional, que pode ser alvo de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF). Grupo pede ao governo federal extinção do CNJ por afetar independência de juízes https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/60059-grupo-pede-ao-governo-federal-extincao-do-cnj-por-afetar-independencia-de-juizes.html Os juízes afirmam que “anseiam por um Poder Judiciário aperfeiçoado e eficiente” e guardam “profunda preocupação com a crise institucional que está a assolar a Nação nos últimos anos”. Para eles, o CNJ é um órgão que não deveria existir. “Isso porque há corregedorias e outros dispositivos legais de controle e fiscalização do Judiciário, como a OAB, o Ministério Público, e os Conselhos Superiores de Justiça”, diz trecho do documento. “A grande maioria de decisões do CNJ é de arquivamento sumário e tem um gasto anual de muitos milhões. Além disso, suas decisões de correição afetam a independência da magistratura”, dizem os juízes. O grupo ainda criticou a chamada “PEC da Bengala” por estagnar a carreira no Judiciário e “ampliar a permanência de magistrados nas cortes”. Também criticaram o quinto constitucional, que garante vagas para membros do Ministério Público e advocacia. Outra crítica foi ao Projeto de Lei 8.347/2017 – ABUSO DE DIREITO, que protege escritórios de advocacia de investigações, por provocar “insegurança jurídica”, e poderia ser utilizada para a “prática de crimes”, por dar “imunidade” a advogados e escritórios de advocacia. FONTE: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/60059-grupo-pede-ao-governo-federal-extincao-do-cnj-por-afetar- independencia-de-juizes.html
Compartilhar