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Divisão e Vírus

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BIOLOGIA 
 
 
A-05 
 Divisão Celular e Vírus 
 
 
NÚCLEO 
 
Cromatina x Cromossomo 
 
Como já visto na apostila anterior, a cromatina é o estado em que 
encontramos o DNA quando a célula não está se dividindo, ou seja, na 
fase de intérfase. Nesse estado, o DNA se encontra 
desespiralizado/descondensado associado a determinadas proteínas, 
chamadas de histonas. Cada filamento de cromatina representa uma 
molécula de DNA. 
 
OBS.: Devemos lembrar que existem regiões inativas da cromatina e 
mais condensadas chamadas de heterocromatina, e regiões ativas do 
DNA e menos condensadas chamadas de eucromatina! A relação de 
heterocromatina e eucromatina está ligada à expressão gênica 
diferenciada entre células diferentes do mesmo organismo e que contém 
a mesma informação genética. 
 
O cromossomo é a molécula de DNA no seu estado de máxima 
condensação e só pode ser visualizado durante uma divisão celular. O 
DNA sob a forma de cromossomos se encontra inativo e a sua formação 
durante a divisão celular minimiza os erros de separação de DNA. 
 
OBS.: O DNA possui caráter ácido (ác. nucléico). À medida que se 
espiraliza se enrola ao redor das histonas, que possuem caráter básico! 
Se pensarmos da mesma forma, utilizam-se corantes ácidos para corar 
organelas ou moléculas básicas e vice-versa! 
 
Cromossomo 
 
Quando a célula vai se dividir, o núcleo e os cromossomos passam 
por grandes modificações. Os preparativos para a divisão celular têm 
início com a condensação dos cromossomos, que começam a se enrolar 
sobre si mesmos, tornando-se progressivamente mais curtos e grossos, 
até assumirem o aspecto de bastões compactos. 
 
 
 
Fig. 1 – Diferença entre cromossomo simples e duplicado. 
 
Os cromossomos podem se encontrar de forma simples ou 
duplicados: 
- Simples: possuem apenas uma única cromátide (uma molécula de 
DNA). São encontrados durante a fase G1 da intérfase; 
- Duplicados: apresentam duas cromátides (duas moléculas de DNA). 
São encontrados durante a fase S e G2 da intérfase e durante a divisão 
celular. Os cromossomos duplicados são formados após uma replicação 
do DNA, logo antes da célula se dividir; 
 
Centrômero e cromátides 
 
Na célula que está em processo de divisão, cada cromossomo 
condensado aparece com duas cromátides unidas em um determinado 
ponto, o centrômero. Essas cromátides são idênticas entre si e são 
denominadas cromátides-irmãs, pois uma serviu de molde para a 
formação da outra durante a fase de replicação do DNA. Durante o 
processo de divisão celular, entretanto, as cromátides-irmãs se separam: 
cada cromátide migra para uma das células-filhas que se formam. 
O centrômero é um complexo proteico que une as cromátides e as 
ancora ao fuso acromático durante a divisão celular. Ele fica localizado 
em uma região heterocromática e constitui a constrição primária, 
enquanto todas as outras que porventura existam são chamadas 
constrições secundárias. 
 
 
 
Fig. 2 – Cromossomo, centrômero e constrição secundária. 
 
OBS.: Durante a condensação cromossômica, as regiões eucromáticas 
se enrolam mais frouxamente do que as heterocromáticas, que estão 
condensadas mesmo durante a interfase. No cromossomo condensado, 
as heterocromatinas, devido a esse alto grau de empacotamento, 
aparecem como regiões “estranguladas” do bastão cromossômico, 
chamadas constrições. 
 
A relação de tamanho entre os braços cromossômicos, determinada 
pela posição do centrômero, permite classificar os cromossomos em 
quatro tipos: 
 
- Metacêntrico: possuem o centrômero no meio, formando dois braços 
de mesmo tamanho; 
- Submetacêntricos: possuem o centrômero um pouco deslocado da 
região mediana, formando dois braços de tamanhos desiguais; 
- Acrocêntricos: possuem o centrômero bem próximo a uma das 
extremidades, formando um braço grande e outro muito pequeno; 
- Telocêntricos: possuem o centrômero em uma das extremidades, 
tendo apenas um braço. 
 
 
Fig. 3 – Classificação dos cromossomos em relação à posição do 
centrômero. 
 
Cariótipo 
 
O cariótipo é o conjunto de cromossomos ou a constante 
cromossômica diplóide (2n) das células somáticas de um indivíduo. E 
pode ser apresentado de duas formas: por meio de imagens reais de 
cromossomos (cariograma) ou através de cromossomos desenhados ou 
esquematizados (idiograma). Ambas as representações fornecem as 
informações necessárias para estabelecer as relações entre as espécies, 
além de permitir a observação do sexo ou de alguma anomalia 
cromossômica apresentada por algum indivíduo no momento em que já 
conhecemos a constituição cromossômica diploide de tal indivíduo. 
Para que haja uma melhor visualização e determinação do cariótipo, 
se faz necessária a interrupção do processo de divisão da célula no 
momento da metáfase com colchicina (substância que interfere na 
http://www.infoescola.com/biologia/cromossomos/
http://www.infoescola.com/biologia/metafase/
 
 
formação das fibras do fuso), pois é nesta fase da divisão que os 
cromossomos encontram-se na sua máxima condensação, facilitando 
sua observação. Os cromossomos serão identificados pelo seu tamanho, 
posição de seus centrômeros e padrão de bandeamento, para então 
serem organizados em pares de homólogos em ordem decrescente de 
tamanho. 
Nos humanos, as células somáticas são diploides, apresentam 46 
cromossomos (2n=46), agrupados em 23 pares, sendo que 22 desses 
pares são autossômicos (determina as características gerais) e 1 par 
alossômico sexual, diferindo macho (XY) de fêmea (XX). Temos para um 
cariótipo normal da espécie humana, as seguintes representações 
possíveis: 
 
 Cariótipo de um homem → 22 AA + XY ou 46, XY 
 Cariótipo de uma mulher → 22 AA + XX ou 46, XX 
 
Existem diversas anomalias cromossômicas. Seguem os exemplos 
mais comuns: 
 
- Síndrome de Turner: uma mulher com esta síndrome apresenta 
apenas um cromossomo sexual, sendo 45, X; 
- Síndrome de Klinefelter: homem apresenta 47 cromossomos (XXY); 
pode haver também casos com 48 cromossomos (XXXY) e até 49 
(XXXXY); 
- Síndrome de Down ou trissomia do 21: 47, XX (ou XY), +21 é um 
indivíduo que possui um cromossomo a mais no par 21; 
- Síndrome de Cri du chat: um indivíduo com 46 cromossomos (XX), 
5p- (há a perda de uma parte do cromossomo 5); 
- Supermacho: 47, XYY; 
- Superfêmea: 47, XXX; 
- Síndrome de Edwards ou trissomia do 18: 47, XX (ou XY), +18; 
- Síndrome de Patau ou trissomia do 13: 47, XX (ou XY), + 13. 
 
 
Leitura Específica 01 
 
Centrômeros e cinetocóro 
 
O cinetocóro é uma estrutura proteica formada por diversas 
proteínas motoras, situado na superfície externa do centrômero de cada 
cromátide. É a estrutura responsável por ancorar os cromossomos aos 
microtúbulos do fuso acromático durante o processo de divisão celular. 
Quando ocorre a divisão do material genético, deve ocorrer a divisão do 
cinetocóro e a despolimerização dos microtúbulos (retirada de tubulina), 
ocasionando a tração do cromossomo ao pólo da célula em formação. 
 
 
Cromossomos e genes 
 
O gene é uma sequência de nucleotídeos do DNA que pode ser 
transcrita em uma versão de RNA e consequentemente traduzida em 
uma proteína. É um trecho do DNA e consequentemente de um 
cromossomo que contém uma informação e que será expressada em 
uma característica. 
 
OBS.: Genoma é o conjunto de genes de uma espécie, que contém as 
informações para a produção de todas as proteínas e características de 
um ser vivo. 
 
Haploidia x Diploidia 
 
Uma célula ou um organismo é classificada como haplóide ou 
diplóide de acordo com a quantidade de tipos de cromossomos que 
possui. Cada tipo de cromossomo possui determinados genes que 
codificam determinadas características. Isso significa que tipos diferentes 
de cromossomos codificam características diferentes. 
 
- Haplóide (n: 1 cromossomo de cada tipo): quando encontramos 
somente um exemplar de cada tipo de cromossomo, onde n é igual ao 
número de tipos de cromossomos; 
- Diplóide (2n: 2 cromossomos de cada tipo): quando encontramos 
doisexemplares de cada tipo de cromossomo, ou seja, pares de 
cromossomos. Como esses cromossomos possuem genes que 
determinam as mesmas características, são chamados de cromossomos 
homólogos; 
 
 
Fig. 4 – Haploidia x diploidia 
 
OBS.: Uma célula pode ser haplóide e possuir cromossomos simples ou 
duplicados. O mesmo pode acontecer com uma célula diplóide, pois o 
número de cromossomos é determinado pelo número de 
centrômeros!!! Tanto cromossomos simples quanto os duplicados 
possuem apenas um centrômero! O que varia é a quantidade de 
cromátides e, portanto, de moléculas de DNA. O cromossomo simples 
possui apenas uma cromátide e consequentemente uma molécula de 
DNA, enquanto o cromossomo duplicado apresenta duas cromátides e 
consequentemente duas moléculas de DNA. 
 
CICLO CELULAR 
 
A célula passa por um ciclo de vida dividido em basicamente dois 
períodos: a intérfase e a divisão celular. A interfase é o período que 
precede qualquer divisão celular, sendo de intensa atividade metabólica. 
A intérfase é subdividida em 3 fases: 
 G1: vida normal da célula, com intensa síntese proteica, 
expressão gênica e crescimento celular; 
 S: síntese de DNA (replicação) e duplicação de centríolos; 
 G2: síntese de proteínas e enzimas destinadas à divisão 
celular. 
 
Fig. 5 – Ciclo celular. M = mitose ou meiose. G1, S e G2 fazem parte da interfase. 
 
Há dois tipos de divisão celular: mitose e meiose. 
 
OBS.: Algumas células nunca se dividem e ficam estacionadas no G1 da 
intérfase. Como elas nunca atingem outras fases, diz-se que essas 
células se encontram sempre em G0. Como exemplo temos as células 
neuronais e as musculares (só se dividem durante o desenvolvimento 
embrionário). 
 
 
Leitura Específica 02 
 
O Controle do Ciclo Celular e a Origem do Câncer 
 
Nas células que se dividem ativamente, a interfase é seguida da 
mitose, culminando na citocinese (divisão do citoplasma). Sabe-se que a 
passagem de uma fase para outra é controlada por fatores de 
regulação – de modo geral protéicos – que atuam nos chamados pontos 
de checagem do ciclo celular. Dentre essas proteínas, se destacam 
as ciclinas, que controlam a passagem da fase G1 para a fase S e da 
G2 para a mitose. Se em algumas dessas fases houver alguma 
http://www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-turner/
http://www.infoescola.com/doencas-geneticas/sindrome-de-klinefelter/
http://www.infoescola.com/doencas/sindrome-de-down/
 
 
anomalia, por exemplo, algum dano no DNA, o ciclo é interrompido até 
que o defeito seja reparado e o ciclo celular possa continuar. Caso 
contrário, a célula é conduzida à apoptose (morte celular programada). 
Outro ponto de checagem é o da mitose, promovendo a distribuição 
correta dos cromossomos pelas células-filhas. Perceba que o ciclo 
celular é perfeitamente regulado, está sob controle de diversos genes e o 
resultado é a produção e diferenciação das células componentes dos 
diferentes tecidos do organismo. Os pontos de checagem correspondem, 
assim, a mecanismos que impedem a formação de células anômalas. 
A origem das células cancerosas está associada a anomalias na 
regulação do ciclo celular e à perda de controle da mitose. Alterações do 
funcionamento de genes controladores do ciclo celular, em decorrência 
de mutações, são relacionados ao surgimento de um câncer. Duas 
classes de genes, os proto-onco-genes e os genes supressores de 
tumor são os mais diretamente relacionados à regulação do ciclo 
celular. Os proto-oncogenes são responsáveis pela produção de 
proteínas que atuam na estimulação do ciclo celular, enquanto os genes 
supressores de tumor são responsáveis pela produção de proteínas que 
atuam inibindo o ciclo celular. 
Dizendo de outro modo, os proto-oncogenes, quando ativos, 
estimulam a ocorrência de divisão celular e os genes supressores de 
tumor, quando ativos, inibem a ocorrência de divisão celular. O equilíbrio 
na atuação desses dois grupos de genes resulta no perfeito 
funcionamento do ciclo celular. Mutações nos proto-oncogenes podem 
os transformar em oncogenes (genes causadores de câncer). As que 
afetam os genes supressores de tumor perturbam o sistema inibidor e o 
ciclo celular fica desregulado, promovendo a ocorrência desordenada de 
divisões celulares e o surgimento de células cancerosas, que possuem 
as seguintes características: 
 
- São indiferenciadas: não contribuindo para a formação natural dos 
tecidos, 
- Seus núcleos são volumosos: e com um número anormal de 
cromossomos; 
- Empilham-se sobre a outras: em várias camadas, originando um 
aglomerado de células que forma um tumor; 
- Dividem-se incontroladamente: as mutações nos genes citados acima 
provocam a desregulação do ciclo celular. 
 
Se ficar restrito ao local de origem e for encapsulado, diz-se que o 
tumor é benigno, podendo ser removido. Nos tumores malignos, ocorre a 
metástase, ou seja, as células cancerosas abandonam o local de origem, 
espalham-se por via sanguínea ou linfática, e invadem outros órgãos. 
Esse processo é acompanhado por uma angiogênese, que é a formação 
de inúmeros vasos sanguíneos responsáveis pela nutrição das células 
cancerosas. 
 
 
Leitura Específica 03 
 
Telômeros e a Origem do Câncer 
 
Outra ocorrência envolvendo alterações do ciclo celular é relativa 
aos telômeros, que são segmentos de moléculas de DNA com 
repetições de bases que atuam como “capas protetoras” da extremidade 
dos cromossomos, protegendo-os de quaisquer danos (e.g. a 
degradação do telômero por ação de DNAases), garantindo-se assim a 
integridade do material genético que eles comportam. Em células 
humanas normais, a cada ciclo celular os telômeros são 
progressivamente encurtados, as extremidades dos cromossomos ficam 
cada vez mais curtas, até atingir um limite mínimo de tamanho 
incompatível com a vida da célula, paralisando-se as divisões celulares e 
sinalizando o fim da vida da célula. 
A cada divisão celular o tamanho do telômero diminui, pois as 
enzimas responsáveis pelo processo de duplicação do DNA não são 
capazes de finalizar a replicação dos terminais dos cromossomos. À 
medida que a célula vai se dividindo e consequentemente, a replicação 
vai ocorrendo, o último fragmento de Okazaki não é replicado, levando a 
um encurtamento progressivo do telômero. Quando este atingir um 
tamanho mínimo necessário para a formação da alça, diz-se que o 
telômero atingiu o ponto crítico, a partir do qual é impossível prosseguir 
com a replicação. Este tamanho crítico dos telômeros pode levar à 
danificação do DNA dos cromossomos e conduz à entrada da célula em 
senescência, estágio no qual esta consegue prosseguir com o seu 
metabolismo, apesar de não ser capaz de voltar a se dividir. 
 
 
 
Fig. 6 – Alça telomérica. 
 
Esta incapacidade faz a célula permanecer em um ponto entre a fase 
G1 e S do ciclo celular, até eventualmente acabar por sofrer apoptose. 
Por terem um genoma menor e totalmente instável, estas células entram 
em um estado irreversível de incapacidade de proliferação conhecido 
como senescência replicativa ou envelhecimento celular. 
Essa função dos telômeros ficou mais clara com a clonagem da 
ovelha Dolly, nascida em 1996, a partir de células de glândula mamária 
de ovelha adulta (células somáticas). Dolly nasceu com telômeros 
menores que os de animais concebidos de forma natural e, aos seis 
anos, já apresentava artrite e doença pulmonar progressiva, 
enfermidades incomuns para sua idade cronológica. Já todas as 
síndromes de envelhecimento acelerado estudadas apresentam 
alterações na biologia dos telômeros, havendo, por exemplo, uma 
diminuição acelerada do comprimento telomérico. 
Em células cancerosas esse limite é transposto graças a atividade 
de uma enzima, a telomerase, que atua na reposição constante dos 
telômeros, mantendo-os sempre com o tamanho original, permitindo 
assim, que as células se dividam continuamente e se tornem 
praticamente “imortais”. A imortalização celular pode assim ser o 
resultado da mutação de um gene na viade repressão da telomerase, 
permitindo a expressão da telomerase nestas células. Em outras 
palavras, o gene da telomerase é inativo em células somáticas, mas em 
células cancerígenas ele se torna ativo e a telomerase é produzida, 
permitindo a continua replicação da célula anormal. 
Futuramente, espera-se utilizar a detecção da telomerase ativa como 
método de diagnóstico de câncer e ainda como pré-diagnóstico. Devido 
à ligação entre proliferação celular e telomerase ativa, a inativação desta 
enzima poderá ser um potencial tratamento para o câncer. Para isso 
foram criadas moléculas inibidoras desta enzima. Com seu uso, após um 
determinado número de duplicações, as células cancerígenas atingirão a 
senescência e a morte. 
 
 
Fig. 7 – Regulação do comprimento do telômero em células normais e 
cancerígenas. 
 
 
 
 
 
Ação da telomerase 
 
A telomerase é uma enzima ribonucleoprotêica, mais concretamente 
uma transcriptase reversa, pertencente à classe das DNA polimerases, 
que tem por principal função estabilizar o comprimento dos telômeros por 
adição de repetições teloméricas nas extremidades dos cromossomos, 
de modo a compensar a erosão contínua destes, a cada divisão celular. 
Ela é ativa em células-tronco (especialmente as embrionárias) e em 
células germinativas, não sendo detectada em células somáticas 
normais, excetuando algumas células proliferativas de tecidos 
renováveis (células germinativas hematopoiéticas, linfócitos ativados, 
células basais da epiderme e algumas células do intestino), embora em 
baixa concentração. 
A sua ação sobre os cromossomos ocorre através de um mecanismo 
bastante simples. Já vimos que, a cada replicação da cadeia de DNA, os 
telômeros vão se encurtando na extremidade 5’ de uma das novas 
cadeias de DNA formadas. A telomerase reconhece uma zona rica em 
Guaninas, presente na extremidade de uma sequência telomérica de 
uma cadeia de DNA, e procede ao seu alongamento, no sentido de 5’ 
para 3’. Graças à molécula de RNA complementar à repetição 
telomérica, a telomerase determina um alongamento da extremidade 3’ 
da cadeia de DNA cromossômico proveniente da cadeia mãe, por adição 
de uma unidade de repetição telomérica a esta mesma extremidade. 
Este aumento cria o espaço necessário à adição de um primer de RNA 
convencional, o que permite que a cadeia complementar possa continuar 
a ser sintetizada. 
 
 
 
Fig. 8 – Ação da telomerase. 
 
 
DIVISÃO CELULAR 
 
Na mitose, a divisão de uma célula-mãe gera duas células-filhas 
geneticamente idênticas e com o mesmo número cromossômico. Uma 
célula n produz duas células n, uma célula 2n produz duas células 2n e 
assim por diante. Trata-se de uma divisão equacional. Típica de células 
somáticas (soma = corpo), ocorre para renovação celular, regeneração 
tecidual e crescimento de organismos. Para organismos unicelulares, é 
utilizada como forma de reprodução, sendo esta, assexuada ou ainda 
para a formação de gametas em vegetais. Células da pele, do intestino e 
da medula óssea apresentam alta taxa mitótica. 
Já na meiose, a divisão de uma célula-mãe 2n gera 4 células-filhas 
n, geneticamente diferentes. Neste caso, como uma célula 2n produz 
quatro células n, a divisão é chamada reducional. A meiose consiste em 
duas etapas: a meiose I e a meiose II. Um fato que reforça o caráter 
reducional da meiose é que, embora compreenda duas etapas 
sucessivas de divisão celular, os cromossomos só se duplicam uma vez, 
durante a fase S da intérfase. Típica de células germinativas, 
diretamente ligada à reprodução, ocorre para formação de gametas ou 
esporos. 
 
 
 
Fig. 9 – Meiose (figura da esquerda) e mitose (figura da direita). 
 
Mitose 
 
A mitose é um processo contínuo de divisão celular, mas, por 
motivos didáticos a dividimos em fases: prófase, metáfase, anáfase e 
telófase. Alguns autores costumam citar uma quinta fase – 
a prometáfase – intermediária entre a prófase e a metáfase. No final da 
mitose, ocorre a separação do citoplasma, chamada de citocinese. 
 
Prófase – Fase de início (pro = antes) 
 
- Início da condensação do DNA: o DNA se espiraliza e se condensa 
para formar os cromossomos. Nessa fase, os cromossomos já estão 
duplicados; 
- Regressão do núcleo: O nucléolo começa a desaparecer e a carioteca 
a se desintegrar, o núcleo absorve água e aumenta de volume; 
- Formação do fuso acromático: Organiza-se em torno do núcleo um 
conjunto de fibras (formadas por microtúbulos) originadas a partir 
dos centrossomos (local onde se encontram os centríolos), constituindo 
o fuso mitótico; 
 
OBS.: Embora os centríolos participem da divisão, não é deles que se 
originam as fibras do fuso. Na mitose em célula animal, as fibras que se 
situam ao redor de cada par de centríolos opostas ao fuso constituem o 
áster (do grego, aster = estrela). Na célula vegetal, como não existem 
centríolos, não há a formação do áster (mitose anastral), mas ainda 
ocorre a formação do fuso mitótico a partir da tubulina citoplasmática. 
 
Prometáfase 
 
- Desaparecimento da carioteca; 
- Ligação dos cromossomos ao fuso: No final da prófase, curtas fibras do 
fuso, provenientes do centrossomos, unem-se aos centrômeros. Cada 
uma das cromátides-irmãs fica ligada a uma fibra de um dos pólos da 
célula. Em outras palavras, cada cromossomo fica ligado a duas fibras 
de polos opostos. 
 
Metáfase – Fase do meio (meta = no meio) 
 
- Os cromossomos atingem o máximo em espiralação e encurtam. 
Ocorre o alinhamento dos cromossomos na região equatorial da 
célula, formando a placa metafásica 
- No finalzinho da metáfase e início da anáfase ocorre a duplicação dos 
centrômeros. 
 
OBS.: A placa metáfasica nas células vegetais não é centralizada na 
região equatorial da célula devido à ausência de centríolos. Isso explica 
a maior incidência de erros durante a divisão celular e separação de 
material genético nas células vegetais. 
 
Anáfase – Fase do deslocamento (ana indica 
movimento ao contrário) 
 
- As fibras do fuso começam a encurtar. Em consequência, ocorre a 
separação de cromátides-irmãs e cada uma é puxada para um pólo 
oposto da célula. 
 
OBS.: Como cada cromátide passa a ser um novo cromossomo, pode-se 
considerar que a célula fica temporariamente tetraplóide (4n). 
 
 
 
 
 
Telófase – Fase do Fim (telos = fim) 
 
É o retorno às condições de intérfase: 
- Os cromossomos iniciam o processo de desespiralização. 
- Os nucléolos reaparecem nos novos núcleos celulares. 
- A carioteca se reorganiza em cada núcleo filho. 
- Citocinese: divisão do citoplasma e organelas. 
 
 
 
Fig. 10 – Gráfico de ciclo celular com mitose. 
 
 
 
Fig. 11 – Mitose. I e II – Prófase; III – Prometáfase; IV – Metáfase; V e VI 
– Anáfase; VII e VIII – Telófase. 
 
 
Leitura Complementar 01 
 
Citocinese em células vegetais 
 
Na célula animal a citocinese ocorre de fora para dentro, isto é, como 
se a célula fosse estrangulada e partida em duas (citocinese centrípeta). 
Na célula vegetal, a citocinese é centrífuga (foge do centro), devido à 
formação da lamela média e da parede celular. 
No início da telófase forma-se o fragmoplasto, um conjunto de 
microtúbulos protéicos semelhantes aos do fuso de divisão. Os 
microtúbulos do fragmoplasto funcionam como andaimes que orientam a 
deposição de uma placa celular mediana semelhante a um disco, 
originada de vesículas fundidas do sistema golgiense. Progressivamente, 
a placa celular cresce em direção à periferia e, ao mesmo tempo, no 
interior da vesícula, ocorre a deposição de algumas substâncias, entre 
elas, pectina e hemicelulose, ambos polissacarídeos. De cada lado da 
placa celular, as membranas fundidas contribuem para a formação, 
nessa região, das membranas plasmáticas das duas novas células e que 
acabam se conectando com a membrana plasmática da célula-mãe. Em 
continuação à formação dessa lamela média, cada célula-filha deposita 
uma parede celulósica. 
 
 
 
Fig. 12 – Citocinese em células vegetais. 
 
Meiose 
 
Podemos estudar a meiose em duas etapas(meiose I e meiose II), 
separadas por um curto intervalo, chamado intercinese. Em cada etapa, 
encontramos as fases estudadas na mitose, ou seja, prófase, metáfase, 
anáfase e telófase. 
 
Meiose I 
 
Prófase I 
 
É a etapa mais marcante da meiose I. Nela ocorre o pareamento dos 
cromossomos homólogos e pode acontecer um fenômeno conhecido 
como crossing-over, que é a troca de genes entre dois cromossomos, 
mais especificamente, entre as duas cromátides não-irmãs (homólogas). 
Como a prófase I é longa, há uma sequência de eventos que, para efeito 
de estudo, pode ser dividida nas seguintes etapas: 
 
 Leptóteno: Inicia-se a espiralação cromossômica. É a fase 
de (leptós = fino), em que os filamentos cromossômicos são finos, pouco 
visíveis e já constituídos cada um por duas cromátides. 
 Zigóteno (zygós = par): Ocorre o pareamento dos cromossomos 
homólogos; é um pareamento ponto por ponto conhecido como sinapse 
(o prefixo sin provém do grego e significa união); 
 Paquíteno (pakhús = espesso): visualização da tétrade 
(cromossomos homólogos duplicados e pareados). É nessa fase que 
ocorre a troca de pedaços entre as cromátides homólogas, 
caracterizando o crossing-over. 
 Diplóteno: A região de contato entre as cromátides homólogas que 
evidencia a ocorrência de crossin-over é chamada de quiasma (qui 
corresponde à letra “x” em grego) e é visualizada apenas nesta fase. 
 Diacinese (dia = através; kinesis = movimento): é a última fase da 
prófase I, onde a espiralação dos cromossomos aumenta. 
 
Enquanto acontecem esses eventos, os centríolos, que vieram 
duplicados da intérfase, migram para os pólos opostos e organizam o 
fuso de divisão; os nucléolos desaparecem; a carioteca se desfaz após o 
término da prófase I, prenunciando a ocorrência da metáfase I. 
 
Metáfase I - Ocorre o pareamento de cromossomos homólogos na 
região equatorial, formando a placa metafásica. Nesta fase, cada 
cromossomo está ligado a uma fibra do fuso diferente, de polos 
diferentes. 
 
Anáfase I - O encurtamento das fibras do fuso causa a separação dos 
cromossomos homólogos (não há separação das cromátides-irmãs). 
Estes são conduzidos para polos opostos da célula e normalmente 
permanecem na forma condensada, já que ainda irá ocorrer a meiose II. 
Às vezes, nem mesmo a carioteca se reconstitui. 
 
 
 
Telófase I - Ao final desta fase ocorre a citocinese, separando as duas 
células-filhas, já haplóides, mas com cromossomos duplicados (lembrem 
que ocorreu separação de cromossomos na metáfase I, portanto ao final 
da meiose I, o número de cromossomos das células já se reduz à 
metade!). Segue-se um curto intervalo - a intercinese, que procede a 
prófase II. 
 
Meiose II 
 
A meiose II acaba sendo muito parecida com a mitose e assim como 
esta, ela também é equacional. 
 
Prófase II – cada uma das duas células-filhas tem apenas um lote de 
cromossomos duplicados. Nesta fase os centríolos duplicam novamente 
e as células em que houve formação da carioteca, esta começa a se 
desintegrar. 
 
Metáfase II - como na mitose, os cromossomos prendem-se pelo 
centrômero às fibras do fuso, que partem de ambos os pólos. Ocorre o 
alinhamento dos cromossomos na placa metafásica. 
 
Anáfase II – Ocorre duplicação dos centrômeros e a separação de 
cromátides-irmãs. 
 
Telófase II e citocinese – com o término da telófase II reorganizam-se 
os núcleos. A citocinese separa as quatro células-filhas haplóides, isto é, 
sem cromossomos homólogos e com a metade do número de 
cromossomos em relação à célula que iniciou a meiose. 
 
 
 
 
Fig. 13 – Esquema geral da meiose. 
 
 
 
Fig. 14 – Gráfico de ciclo celular com meiose. A = G1; B = S; C = G2; D = 
Meiose I; E = Meiose II. 
 
 
 
 
Importância da meiose 
 
- Redução do número cromossômico da célula: é importante fator 
para a conservação do lote cromossômico (ploidia) das espécies, pois na 
meiose formam-se gametas com a metade do lote cromossômico. 
Quando da fecundação, ou seja, do encontro de dois gametas, o número 
de cromossomos da espécie se restabelece. 
 
- Recombinação gênica: durante a meiose, os cromossomos 
homólogos se pareiam e as cromátides homólogas trocam partes entre 
si, trocando assim, genes. As trocas provocam o surgimento de novas 
sequências de genes ao longo dos cromossomos. Esse processo é 
conhecido como permutação gênica ou crossing-over e ocorre na 
prófase da meiose I, mais especificamente no paquíteno. Além do 
crossing-over, durante a meiose ocorre a separação aleatória dos 
cromossomos durante a anáfase, ou também chamada de segregação 
independente. Imaginando-se que uma célula com dois pares de 
cromossomos homólogos (A e a, B e b), se divida por meiose (figura 
15), as quatro células resultantes ao final da divisão poderão ter a 
seguinte constituição cromossômica: (a e b), (a e B), (A e b) e (A e B). A 
ocorrência desses dois fenômenos permite a formação de 4 células 
completamente diferentes entre si, promovendo a variabilidade genética. 
A variabilidade genética existente entre os organismos das diferentes 
 
 
espécies é muito importante para a ocorrência da evolução biológica. 
Sobre essa variabilidade é que atua a seleção natural, favorecendo a 
sobrevivência de indivíduos dotados de características genéticas 
adaptadas ao meio. Quanto maior a variabilidade gerada na meiose, por 
meio de recombinação gênica, maior é a probabilidade de existir um ou 
mais indivíduos que sejam adaptados ao ambiente em que vivem ou a 
um ambiente em mudança. 
 
 
Fig. 15 – Meiose com crossing-over. 
 
Mitose x Meiose 
 
As diferenças básicas entre mitose e meiose residem na organização 
dos cromossomos na placa metafásica e na separação dos mesmos. 
Vide a tabela e figura abaixo. 
 
Fases/Tipo 
de divisão Mitose Meiose I Meiose II 
Metáfase 
Alinhamento 
dos 
cromossomos 
(célula 2n) – 
placa 
metafásica 
simples 
Pareamento dos 
cromossomos 
homólogos 
(célula 2n) – 
placa metafásica 
dupla 
Alinhamento dos 
cromossomos 
(célula n) – placa 
metafásica 
simples 
Anáfase 
Separação de 
cromátides-
irmãs 
Separação de 
cromossomos 
homólogos 
Separação de 
cromátides-irmãs 
 
 
Fig. 16 – Comparação entre meiose e mitose. 
 
VÍRUS 
 
Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 
µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o 
material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, 
RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). A palavra vírus vem do 
latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. Atualmente é utilizada 
para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, 
qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O 
termo vírus de computador nasceu por analogia. A 
palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula 
viral que estiver fora da célula hospedeira. 
 
Características 
 
Os vírus possuem algumas características que dificultam sua 
inclusão no mundo dos seres vivos: 
 
- São parasitas obrigatórios intracelulares: isso significa que eles 
somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da 
maquinaria de autoreprodução celular; 
- São acelulares: não são formados por células; 
- Não possuem metabolismo próprio: os vírus somente são 
infecciosos quando parasitam uma célula, pois a falta de hialoplasma e 
ribossomos impede a síntese proteica e a multiplicação do material 
genético viral. Eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou 
realizar qualquer atividade biossintética. Fora da célula não sobrevivem 
muito tempo. 
 
Entretanto, possuem algumas outras características que os incluem 
no mundo dos seres vivos: 
 
- Possuem material genético: este contém todas as informações 
necessárias para infectar uma célula e se reproduzir dentro dela; 
- São parte de linhagens contínuas: são originados de seres 
semelhantes e geram outros seres semelhantes; 
- Reproduzem-se: apesar de precisarem da maquinaria celular; 
- Evoluem em resposta ao ambiente: através de variabilidade genética 
(víruspossuem alta taxa de mutação genética) e seleção natural; 
 
 
 
OBS.: O termo vírus geralmente refere-se às partículas que 
infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto 
o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que 
infectam procariontes (domínios Bacteria e Archaea / Reino Monera). 
 
Estrutura dos vírus 
 
De maneira geral, os vírus carregam uma pequena quantidade de 
ácido nucléico, sempre envolto por uma cápsula protéica denominada 
capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para 
cada tipo de vírus. O capsídeo somado ao ácido nucleico que ele 
envolve é denominado nucleocapsídeo. 
 
 
 
Fig. 17 – Estrutura de um bacteriófago e seu nucleocapsídeo. 
 
Alguns vírus são formados apenas pelo núcleocapsídeo, outros no 
entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. 
Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados. 
 
 
Fig. 18 – Estrutura de um vírus envelopado (HIV). 
 
O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios 
derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em 
moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, 
imersas nas camadas de lipídios. 
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de 
célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de 
vírus infecta é bastante restrito, pois tais proteínas devem se ligar à 
determinados receptores de membrana das células. Por isso, os vírus 
são altamente específicos e atacam somente as células que 
apresentarem o receptor complementar. 
 Alguns vírus possuem enzimas. Por exemplo o HIV tem a 
enzima transcriptase reversa que faz com que o processo de transcrição 
reversa seja realizado (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse 
processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado 
retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam 
esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de 
transcrição e só depois a tradução. 
Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que 
parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é 
preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à 
parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na 
célula por englobamento - por uma endocitose mediada por receptor, ou 
ainda ocorre a fusão do envelope viral com a membrana plasmática das 
células infectadas. 
 
Tipos de vírus 
 
Os vírus são classificados em sete grupos arbitrários, segundo a 
classificação de Baltimore: 
 
I. DNA dupla fita (por exemplo, Adenovirus; Herpesvirus; Poxvirus) 
II. DNA de fita simples (Parvovirus) 
III. RNA dupla fita (Reovirus; Birnavirus) 
IV. RNA fita simples de senso positivo (Picornavirus; Togavirus, 
Flavivírus) 
V. RNA fita simples de senso negativo (Orthomixovirus, 
Rhabdovirus) 
VI. RNA fita simples de senso positivo com ciclo intermediário de 
replicação de DNA (Retrovírus) 
 
 
Fig. 19 – Classificação de Baltimore em relação aos vírus. 
 
Estágios da infecção viral 
 
A – Adsorção 
B – Penetração 
C – Desnudamento 
D – Replicação do genoma viral 
E – Expressão dos genes virais: transcrição de RNAm e tradução 
F – Síntese de componentes virais 
G – Montagem e maturação de vírus completos 
H – Liberação 
 
A – Adsorção 
 
O vírus se adere à superfície de uma célula hospedeira viva 
mediante interação de suas proteínas de ligação (sítio de ligação) com 
receptores celulares específicos. Danos causados a estes sítios de 
ligação (ex: por desinfetantes ou calor), ou o bloqueio por anticorpos 
específicos (anticorpos neutralizantes) podem impedir a infectividade de 
um vírus. 
A especificidade da interação define e limita o tipo de célula 
hospedeira que pode ser infectada. 
 
 
Fig. 20 – Adsorção viral. 
 
B – Penetração 
 
 A penetração ocorre quase que instantaneamente após a adsorção e 
depende de energia, só ocorrendo, portanto, em células vivas. 
A penetração ocorre de maneira diferente em vírus envelopado e 
não-envelopado: 
 
- Vírus não-envelopados: ocorre invaginação da membrana celular em 
torno da partícula viral, com endocitose do vírus em vacúolos 
intracelulares – endocitose mediada!! 
 
vírus 
 
 
 
 
Fig. 21 – Penetração de vírus não envelopado. 
 
- Vírus envelopado: Ocorre a fusão do envelope viral com a membrana 
plasmática e a entrada do nucleocapsídeo viral no citoplasma da célula 
hospedeira; requer a presença de uma proteína de fusão viral no 
envelope do vírion. Ex: herpesvirus, HIV. 
 
 
Fig. 21 – Penetração de vírus envelopado. 
 
C – Desnudamento 
 
O capsídeo que foi internalizado é desintegrado espontaneamente 
ou digerido pela ação das enzimas lisossomais celulares, liberando o 
material genético viral no citoplasma. 
Para os vírus que se replicam no citoplasma, o genoma é 
simplesmente liberado na célula e para os que se replicam no núcleo, o 
genoma, frequentemente associado com nucleoproteínas, é transportado 
através da membrana nuclear. A parte proteica é removida nos poros 
nucleares e o genoma viral penetra no núcleo. 
 
D – Replicação do genoma viral 
 
 Há vírus que se replicam no citoplasma, como por exemplo, o vírus 
da poliomielite, e os que se replicam no núcleo, como o da herpes. A 
estratégia de replicação do genoma viral depende do tipo de material 
genético do vírion infectante. 
 
E – Expressão dos genes virais 
 
O vírus subverte o metabolismo da célula que passa a trabalhar 
muito mais em função de produzir componentes virais do que elementos 
normais da célula. O ácido nucléico viral é transcrito e traduzido pelos 
ribossomos da célula hospedeira nas diversas proteínas virais (enzimas 
e proteínas estruturais), além de ser replicado para posterior 
empacotamento no interior dos capsídios. 
 
F – Síntese dos componentes virais 
 
A biossíntese dos componentes virais sempre ocorre no citoplasma 
da célula e segue os seguintes passos: 
 
- Síntese de enzimas para a replicação do genoma viral; 
- Síntese das proteínas dos capsômeros. 
 
G – Montagem e maturação 
 
Logo após a tradução ocorre a montagem das subunidades protéicas 
(e dos componentes da membrana no caso dos vírus envelopados) e 
empacotamento do ácido nucléico viral, com formação de novas 
partículas virais completas em um determinado sítio da célula. 
 
 
H – Liberação 
No final da montagem ou na maturação, partículas virais completas 
são liberadas por lise da célula ou por exocitose (brotamento). 
Para vírus líticos (a maioria dos vírus não envelopados) a liberação 
ocorre por simples lise da célula, e, na grande maioria dos casos, 
ocasionando a morte desta. 
Os vírus envelopados carregam consigo uma porção da membrana 
plasmática da célula hospedeira que envolve o vírus quando este 
emerge da célula pelo processo do brotamento. Este processo pode ou 
não ser letal para a célula. Em outras situações, como por exemplo, no 
caso do vírus da herpes simples, que é montado no núcleo da célula 
hospedeira, o envelope viral origina-se do envoltório nuclear e não da 
membrana plasmática. 
 
Replicação viral – Principais estratégias 
 
Para se replicar, o vírus deve produzir novos ácidos nucléicos e 
novas proteínas virais (do capsídeo e envelope, quando houver), o que 
pode acontecer de diversos modos, dependendo do tipo de material 
genético que o vírus possuir. Nesta apostila, abordaremos os quatro 
principais tipos virais. 
 
1. Vírus de DNA de cadeia dupla com replicação nuclear 
 
Liberam seu genoma no núcleo da célula e a maquinaria celular 
realiza a transcrição. Para replicar o seu DNA viral, utilizam a DNA 
polimerase e outras proteínas e enzimas adicionais da célula hospedeira. 
Ex: bacteriófago; 
 
Bacteriófagos – Reprodução 
 
Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam 
somente organismos procariotos. São formados apenas 
pelo nucleocapsídeo, não existindo formas envelopadas. Os mais 
estudados são os que infectam a bactéria intestinalEscherichia coli, 
conhecida como fagos T. Estes são constituídos por uma cápsula 
protéica bastante complexa, que apresenta uma região denominada 
cabeça, com formato poligonal, envolvendo uma molécula de DNA, e 
uma região denominada cauda, com formato cilíndrico, contendo, em 
sua extremidade livre, fibras protéicas. 
 
Etapas da replicação 
 
1. O fago se adere à superfície da célula bacteriana através das 
fibras protéicas da cauda; 
2. O DNA é injetado para dentro da célula enquanto o capsídeo e 
todas as outras estruturas virais ficam de fora. O fago então pode seguir 
um dos dois tipos de ciclos reprodutivos: 
 
- Ciclo lítico: as funções normais da célula infectada são interrompidas 
na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo 
tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que 
comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as 
moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ao final 
da infecção, são liberadas lisozimas que degradam a parede celular e 
causam a lise celular, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos 
bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se 
reproduz desta maneira, em um organismo multicelular aparecem 
imediatamente. 
 
- Ciclo lisogênico: o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, 
onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA 
viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a 
célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo 
celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da 
célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, 
sofre duplicação e em seguida é dividido equitativamente entre as 
células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a 
transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células 
estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se 
reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem 
demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a 
ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes. 
 
Sob determinadas condições, naturais e artificiais (tais como 
dessecação, radiações ultravioleta, raios X ou certos agentes químicos), 
um vírus lisogênico pode transformar-se em não-lisogênico e iniciar o 
ciclo lítico. 
 
OBS.: O ciclo lítico e lisogênico também ocorrem em vírus que infectam 
células eucariontes! Inclusive, alguns vírus se replicam dentro da célula 
hospedeira e não causam a morte da mesma, já que as partículas virais 
nesse caso saem da célula por exocitose, (e.g. vírus da gripe). 
 
 
 
 
 
Fig. 23 – Ciclo lítico de um bacteriófago. 
 
2. Vírus de RNA de cadeia simples positiva ou RNA(+) 
 
Servem diretamente como RNAm. A fita senso positivo é utilizada 
para o empacotamento viral, para tradução de proteínas virais e para 
moldes de replicação. Entretanto, para realizarem a replicação do 
material genético, precisam de uma replicase. Esta enzima é produzida 
durante a infecção da célula pela tradução direta dos genes virais. Tem 
como função formar uma fita de RNA(-) a partir da fita de RNA (+), que 
servirá de molde para a formação de mais fitas RNA (+). Ex: picornavirus 
(Poliomielite), togavirus (rubéola), flavivirus (dengue). 
 
 
Fig. 22 – Replicação de vírus RNA senso positivo. 
 
3. Vírus de RNA de cadeia simples negativa ou RNA(-) 
 
Transportam replicases prontas (RNAs polimerases dependentes de 
RNA) codificadas pelo seu genoma para a replicação de seu RNA e para 
produzir seus RNAm, uma vez que células não infectadas não possuem 
tais enzimas e seus genomas não servem como RNAm. Para sua 
replicação, a fita de RNA senso negativa serve de molde para a 
produção de uma RNA senso positivo. Esta por sua vez, servirá de 
molde para a formação de novos RNA’s de senso negativo. Ex: 
Rhabdovirus (Vírus da estomatite vesicular; vírus rábico), família 
Paramixovirus (parainfluenza, caxumba, sarampo, vírus respiratório 
sincicial); 
 
 
Fig. 22 – Replicação de vírus RNA senso negativo. 
 
4. Vírus de RNA fita simples de senso positivo com ciclo 
intermediário de replicação de DNA (Retrovírus) 
 
Os retrovírus compõem um grupo especial de vírus no que concerne 
ao modo de replicação de seu genoma. Seu material genético, apesar de 
ser um RNA, não é um RNAm, mas um molde para a síntese de uma 
molécula de DNA de cadeia dupla em um processo denominado 
transcrição reversa. O vírus da AIDS é um retrovírus, sendo o único vírus 
diplóide, contendo duas moléculas de RNA idênticas entre si. Esse 
processo é mediado pela enzima transcriptase reversa, uma DNA 
polimerase RNA-dependente que transcreve sequências de RNA em 
DNA. Essa enzima é parte integrante desses retrovírus. A molécula de 
DNA de cadeia dupla resultante é integrada ao genoma do hospedeiro e, 
nesta forma, é denominada “provírus”. A incorporação do provírus no 
genoma da célula hospedeira, fenômeno denominado virogenia, pode 
acarretar a transformação tumoral das células infectadas, resultando no 
desenvolvimento de um câncer. Após a integração do provírus no 
genoma da célula infectada, enzimas celulares transcrevem o DNA do 
provírus em RNA genômico para ser incorporado nos novos capsídios e 
em RNAm para a tradução das proteínas estruturais do capsídio e da 
transcriptase reversa. Ex: vírus do HIV. 
 
Retrovírus – Reprodução 
 
O vírus do HIV, um retrovírus, possui além de capsídeo proteico, 
envelope lipoproteico, duas moléculas de RNA idênticas, e enzimas 
como a integrase, proteases e a transcriptase reversa. 
 
Etapas da replicação 
 
1. Utilizam glicoproteínas do envelope para se ligarem, 
principalmente, aos receptores CD4 de células epiteliais e sanguíneas 
(linfócito T); 
2. Por serem envelopados, seu envelope se funde à membrana da 
célula hospedeira, permitindo a entrada de todo o capsídeo; 
3. No interior da célula, o capsídeo se desintegra e as moléculas 
de RNA servem de molde para a transcriptase reversa produzir uma 
molécula de DNA; 
4. A primeira fita de DNA formada serve de molde para a formação 
de uma hemi-molécula complementar de DNA (a transcriptase reversa 
atua, também, como polimerase de DNA, produzindo uma segunda 
cadeia de DNA complementar à primeira cadeia única), formando um 
DNA de fita dupla; 
5. O DNA de fita dupla penetra no núcleo e se insere no DNA da 
célula hospedeira através da atuação da enzima integrase. A partir 
desse ponto, o DNA viral passa a ser transcrito em RNA viral e traduzido 
em longas cadeias de polipeptídeos virais. 
6. Essa cadeia de polipeptídeos virais é clivada pelas proteases 
em partículas virais, que formam novos vírus. Estes, por fim, saem da 
célula por exocitose. 
 
O combate ao vírus do HIV é na verdade realizado por um coquetel 
de vários medicamentos que inibem a replicação viral em algumas 
etapas, como na atuação da transcriptase reversa ou das proteases 
virais (veja figura 24). 
 
 
 
Fig. 24 – infecção e reprodução do HIV (retrovírus). 
 
 
 
Viroses 
 
No homem, inúmeras doenças são causadas por vírus e 
praticamente todos os tecidos e órgãos humanos são afetados por 
alguma infecção viral. Para algumas doenças virais existe vacina, para 
outras existem medicamentos que dificultam a penetração do vírus na 
célula hospedeira ou ainda sua replicação no interior da célula infectada. 
Para outras viroses ainda não há tratamento direto ou prevenção, e 
nesses casos, recomenda-se o uso de drogas que combatem apenas os 
sintomas causados por elas. 
 
OBS.: Muitas pessoas se automedicam de maneira errada quando estão 
com viroses e tomam antibióticos. Os antibióticos são drogas potentes 
apenas contra bactérias e são inúteis no combate aos vírus. Às vezes, 
os próprios médicos receitam antibióticos enquanto aguardam os 
resultados dos exames, pois algumas doenças ou sintomas se encaixam 
tanto em quadros causados por bactérias ou vírus. Essas e outras são 
causas da resistência crescente aos antibióticospelas bactérias. 
 
EXERCÍCIOS 
 
QUESTÃO 1 
(Enem) No ciclo celular atuam moléculas reguladoras. Dentre elas, a 
proteína p53 é ativada em resposta a mutações no DNA, evitando a 
progressão do ciclo até que os danos sejam reparados, ou induzindo a 
célula à autodestruição. 
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da biologia celular. Porto Alegre: Artmed, 2011 
(adaptado). 
A ausência dessa proteína poderá favorecer a 
 
a) redução da síntese de DNA, acelerando o ciclo celular. 
b) saída imediata do ciclo celular, antecipando a proteção do DNA. 
c) ativação de outras proteínas reguladoras, induzindo a apoptose. 
d) manutenção da estabilidade genética, favorecendo a longevidade. 
e) proliferação celular exagerada, resultando na formação de um tumor. 
 
QUESTÃO 2 
(Enem) Um importante princípio da biologia, relacionado à transmissão 
de caracteres e à embriogênese humana, foi quebrado com a descoberta 
do microquimerismo fetal. Microquimerismo é o nome dado ao fenômeno 
biológico referente a uma pequena população de células ou DNA 
presente em um indivíduo, mas derivada de um organismo 
geneticamente distinto. Investigando-se a presença do cromossomo Y, 
foi revelado que diversos tecidos de mulheres continham células 
masculinas. A análise do histórico médico revelou uma correlação 
extremamente curiosa: apenas as mulheres que antes tiveram filhos 
homens apresentaram microquimerismo masculino. Essa correlação 
levou à interpretação de que existe uma troca natural entre células do 
feto e maternas durante a gravidez. 
MUOTRI, A. Você não é só você: carregamos células maternas na maioria de 
nossos órgãos. Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 4 dez. 2012 
(adaptado). 
 
O princípio contestado com essa descoberta, relacionado ao 
desenvolvimento do corpo humano, é o de que 
a) o fenótipo das nossas células pode mudar por influência do meio 
ambiente. 
b) a dominância genética determina a expressão de alguns genes. 
c) as mutações genéticas introduzem variabilidade no genoma. 
d) mitocôndrias e o seu DNA provêm do gameta materno. 
e) as nossas células corporais provêm de um único zigoto. 
 
QUESTÃO 3 
(Uerj) Os microtúbulos, produzidos pelos centríolos, costumam ser 
comparados a trilhos, já que é por meio deles que o material genético se 
desloca durante a divisão celular. A imagem abaixo ilustra essas 
estruturas. 
 
 
 
Durante o processo de divisão mitótica, os microtúbulos são 
responsáveis pelo processo de: 
 
a) espiralização do DNA 
b) recombinação dos alelos 
c) duplicação das cromátides 
d) organização dos cromossomos 
 
QUESTÃO 4 
(G1 - ifce) O ônibus chega, Júlia embarca. Ela senta do lado da janela e 
vê o coletivo deslizando em sua faixa preferencial enquanto os carros 
ficam retidos pelo engarrafamento tão comum naquele horário. Na rádio, 
Nando Reis canta “Espatódea” (que ele compôs para sua filha Zoé). Júlia 
sorri. Ela acha fofinho o relacionamento do cantor com os filhos. Além de 
“Espatódea”, ele compôs uma música para o seu filho Sebastião 
(“O mundo é bão Sebastião”). 
 
Além das músicas, Nando Reis compartilha com os filhos algumas 
informações genéticas. Sabendo disso, é correto afirmar que 
 
a) as mitocôndrias de Sebastião são da mesma linhagem genética das 
mitocôndrias do cantor. Já as mitocôndrias de Zoé são da mesma 
linhagem genética das mitocôndrias da mãe. 
b) se o músico possuir um alelo recessivo para um gene que se encontra 
em seu cromossomo X, obrigatoriamente seu filho Sebastião possui 
aquele alelo recessivo. 
c) as mitocôndrias de Zoé e Sebastião são da mesma linhagem genética 
das mitocôndrias do cantor. 
d) as mitocôndrias de Zoé são da mesma linhagem genética das 
mitocôndrias do cantor. Já as mitocôndrias do Sebastião são da 
mesma linhagem genética das mitocôndrias da mãe. 
e) se o músico possuir um alelo recessivo para um gene que se encontra 
em seu cromossomo X, obrigatoriamente sua filha Zoé possui aquele 
alelo recessivo. 
 
QUESTÃO 5 
(Upf) Nos eucariotos, a célula somática, durante o seu ciclo de vida, 
passa por dois importantes momentos, o da interfase (I) e o da divisão 
(M). Ao final da divisão, são geradas duas novas células, que iniciam um 
novo ciclo de vida, conforme mostra a figura. 
 
 
 
Sobre o ciclo de vida de uma célula 2n 12, analise as seguintes 
afirmações: 
 
I. Na fase G1, essa célula apresenta 12 moléculas de DNA, cada 
molécula referente a um cromossomo simples. 
II. Na fase S, a célula duplica a quantidade de DNA nuclear por um 
processo chamado de replicação semiconservativa. 
III. Na fase G2, essa célula deverá conter 24 moléculas de DNA para, 
durante a mitose, compactá-las em 12 cromossomos duplicados. 
 
Está correto o que se afirma em 
a) II e III, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 6 
(G1 - ifpe) Considere os processos de divisão celular classificados como 
mitose e meiose para avaliar as afirmativas abaixo. 
 
I. A meiose ocorre no processo de formação dos gametas, o que 
contribui para a redução do número de cromossomos nas células-
filhas. 
II. A mitose ocorre durante o crescimento dos seres vivos, multiplicando 
o número de células e originando células idênticas. 
III. Podemos observar, durante o processo de mitose, duas etapas 
denominadas, respectivamente, prófase I e prófase II, onde ocorrerá 
a duplicação dos centríolos. 
IV. Na anáfase I, podemos observar a separação das cromátides irmãs. 
V. Na metáfase II, ocorre o pareamento dos homólogos na região 
equatorial da célula, seguido da cariocinese. 
 
Estão CORRETAS apenas as proposições 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) IV e V. 
d) III e V. 
e) I e IV. 
 
QUESTÃO 7 
(Ufrgs) Pessoas que apresentam Síndrome de Down são em geral 
trissômicas para o cromossomo 21. Esse problema ocorre 
predominantemente devido à não disjunção do par cromossômico na 
 
a) anáfase I da meiose. 
b) prófase II da meiose. 
c) metáfase da mitose. 
d) telófase I da meiose. 
e) metáfase II da meiose. 
 
QUESTÃO 8 
(Uece) Em relação à divisão celular, escreva V ou F conforme seja 
verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir: 
 
( ) A síntese do DNA é semiconservativa, pois cada dupla hélice tem 
uma cadeia antiga e uma cadeia nova. 
( ) A duplicação do DNA ocorre durante a fase S da interfase. 
( ) O período 1G é o intervalo entre o término da duplicação do DNA 
e a próxima mitose. 
( ) O período 2G é o intervalo de tempo que ocorre desde o fim da 
mitose até o início da duplicação do DNA. 
 
Está correta, de cima para baixo, a seguinte 
sequência: 
a) V, V, F, F. 
b) V, F, V, F. 
c) F, V, F, V. 
d) F, F, V, V. 
 
QUESTÃO 9 
(Ufpr) Sobre a divisão celular, é correto afirmar: 
 
a) Ao final da mitose ocorre redução da ploidia da célula por meio da 
separação das cromátides-irmãs. 
 
b) Os gametas haploides são originados por meio da separação dos 
cromossomos homólogos que ocorre na meiose I. 
 
c) A segregação dos cromossomos homólogos ocorre durante a mitose I, 
originando gametas haploides. 
 
d) A meiose origina gametas haploides por meio da separação das 
cromátides-irmãs. 
 
e) O crossing over ocorre durante a mitose, podendo produzir gametas 
recombinantes. 
 
QUESTÃO 10 
(Ufpr) Células eucarióticas que estão se dividindo ativamente passam 
por uma série de estágios, conhecidos conjuntamente como ciclo celular, 
e a quantidade de DNA contido nessas células pode variar ao longo 
desses estágios. 
 
a) Uma célula humana diploide que está na prófase da mitose tem 
quantos cromossomos, quantas cromátides e quantas fitas de DNA 
cromossômico? Justifique sua resposta. 
b) Uma célula humana que sofreu meiose dá origem a células-filhas. 
Cada célula-filha contém quantos cromossomos, quantas cromátides 
e quantas fitas de DNA cromossômico? Justifique sua resposta. 
c) Umhomem tem genótipo AaBb, sendo que os genes A e B têm 
segregação independente. Quais serão os genótipos possíveis dos 
seus gametas? Quantos cromossomos contém cada gameta? 
 
QUESTÃO 11 
(Fac. Albert Einstein - Medicin) Uma célula animal foi analisada ao 
microscópio, o que permitiu visualizar 4 cromossomos duplicados se 
deslocando para cada um dos polos da célula. Sabendo que a ploidia do 
animal é 2n 8, a célula analisada encontra-se em 
a) anáfase II da meiose. 
b) metáfase da mitose. 
c) anáfase da mitose. 
d) anáfase I da meiose. 
e) metáfase I da meiose. 
 
QUESTÃO 12 
(Mackenzie) Durante a aula de biologia de uma escola, certo professor 
esquematizou na lousa (desenho abaixo) uma das fases pertencentes a 
um específico tipo de divisão celular, tema que os alunos estavam 
estudando naquele momento. 
 
 
 
Em seguida, o professor pediu a seus alunos que escrevessem no 
caderno se a ilustração representava uma fase da meiose ou uma fase 
da mitose. Deveriam, também, identificar o nome da fase escolhida e 
justificar. 
Cinco alunos diferentes, indicados na tabela, atenderam ao pedido do 
professor e escreveram em seus cadernos as seguintes informações: 
 
Nome do 
aluno 
Fase escolhida Justificativa 
Maria Metáfase Mitótica 
Cromossomos com alto grau de 
espiralização. 
Roberto 
Metáfase II 
Meiótica 
Cromossomos com alto grau de 
espiralização. 
Denise Anáfase I Meiótica 
Separação das cromátides-irmãs 
devido ao encurtamento das 
fibras do fuso. 
Carlos Metáfase I Meiótica 
Pareamento dos Cromossomos 
homólogos na região mediana da 
célula. 
Marcelo Telófase Mitótica 
Pareamento das Cromátides-
irmãs na região mediana da 
célula. 
 
O processo ilustrado foi melhor descrito por 
a) Maria. 
b) Roberto. 
c) Denise. 
d) Carlos. 
e) Marcelo. 
 
QUESTÃO 13 
(Fmp) Apenas as células diploides podem sofrer meiose, dado que as 
células haploides têm um conjunto único de cromossomos que não pode 
mais ser reduzido. A figura abaixo representa a anáfase II da meiose de 
uma célula animal. 
 
 
 
 
O número diploide da célula que se está dividindo por meiose é igual a 
 
a) 8 cromossomos 
b) 12 cromossomos 
c) 4 cromossomos 
d) 16 cromossomos 
e) 2 cromossomos 
 
QUESTÃO 14 
(Ufjf-pism 1) O ciclo celular é um período entre o surgimento de uma 
célula por divisão celular até o momento em que esta célula se dividirá 
novamente para a geração de células-filhas. Na maior parte do ciclo 
celular a célula encontra-se na fase de __________. Esta fase é ainda 
dividida em três períodos, sendo que no período __________ ocorre a 
replicação (duplicação) do material genético destas células que já foram 
estimuladas a entrar em divisão. No processo de divisão celular, que é 
subdividido em 4 fases, ocorrem eventos marcantes que identificam 
estas fases, como a segregação das cromátides (cromossomos) irmãs 
para polos opostos durante a fase de __________. 
 
Assinale a alternativa cuja sequência CORRETA completa os espaços 
tracejados: 
a) Replicação do DNA, G2, prófase. 
b) Intérfase, S, anáfase. 
c) G2, G1, anáfase. 
d) Prófase, S, telófase. 
e) Intérfase, G1, metáfase 
 
QUESTÃO 15 
(Ufsc) Elizabeth, filha do Sr. José e da Sra. Maria, nasceu com múltiplas 
anomalias congênitas associadas a uma síndrome genética. No histórico 
familiar consta que a Sra. Maria teve um aborto prévio e que a sua irmã 
também teve dois abortos. O médico solicitou o cariótipo do bebê e dos 
seus pais para a análise. Os resultados revelaram: 
 
- Sr. José: cariótipo masculino normal: 46, XY 
- Sra. Maria: translocação balanceada entre os cromossomos 1 e 22 
(Figuras B e C) 
- Elizabeth: produto de segregação não balanceado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura: Representação dos cromossomos com padrões de bandeamento 
específicos (bandas claras e escuras). (A) os pares de cromossomos 1 
e 22 do Sr. José; (B) os cromossomos 1, 22, der(1) e der(22) da Sra. 
Maria; (C) os processos de translocação entre os cromossomos 1 e 
22 : os locais onde ocorrem as quebras estão indicados pelas cabeças 
de setas; através de mecanismo de reparo do DNA, ocorre a junção das 
extremidades, formando dois cromossomos derivados, denominados 
“der (1)” e “der (22)”; (D) os possíveis gametas da Sra. Maria, que podem 
resultar em gametas balanceados (com todas as informações genéticas 
dos cromossomos 1 e 22) ou em gametas não balanceados (com a 
ausência de alguma informação genética do cromossomo 1 ou 22). O 
gameta que deu origem a Elizabeth está circundado. 
READ, Andren; DONNAI, Dian. Genética clínica: uma nova abordagem. Porto 
Alegre: Artmed, 2008, p. 43-45. [Adaptado]. 
 
Sobre a estrutura dos cromossomos e o caso clínico acima, é correto 
afirmar que: 
01) o gameta da Sra. Maria que deu origem a Elizabeth possui um 
segmento em excesso do cromossomo 1. 
02) a causa mais provável do aborto prévio que a Sra. Maria teve foi a 
fecundação de um gameta com alteração cromossômica 
balanceada. 
04) todas as alterações cromossômicas resultam em síndromes 
genéticas, especialmente as alterações estruturais. 
08) o próximo filho da Sra. Maria, caso não ocorra aborto, tem 100% 
de probabilidade de apresentar malformações congênitas múltiplas. 
16) os cromossomos são componentes celulares cuja estrutura química 
é constituída exclusivamente por uma longa molécula de DNA. 
32) o caso de Elizabeth é um exemplo de aneuploidia, uma alteração 
cromossômica numérica. 
64) o pai de Elizabeth foi responsável por 50% dos cromossomos com 
alterações estruturais que resultaram nas anomalias congênitas 
múltiplas da filha. 
 
QUESTÃO 16 
(Uerj) Considere a ilustração abaixo, de uma célula animal com padrão 
diploide de seis cromossomos, ou seja, 2n 6, em divisão celular. 
 
 
 
A partir da ilustração, observa-se a ocorrência do seguinte processo: 
a) reposição de células mortas 
b) multiplicação celular assexuada 
c) produção de células totipotentes 
d) formação de células reprodutoras 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 17 
(Famerp) Pesquisadores da Universidade de Massachusetts, EUA, 
demonstraram que seria possível tratar a Síndrome de Down silenciando 
o cromossomo extra encontrado na pessoa com a doença. O princípio se 
baseia em aplicar o mecanismo natural que ocorre nas células somáticas 
das mulheres, em que um dos cromossomos fica inativado, formando o 
corpúsculo de Barr. 
(Veja, 24.07.2013. Adaptado.) 
 
a) Qual cromossomo extra a pessoa com Síndrome de Down apresenta 
nas células anormais? Esse cromossomo é classificado como 
autossômico ou sexual? 
b) Caso o hipotético mecanismo para o tratamento da síndrome tenha 
sucesso, com qual aspecto morfológico o cromossomo extra ficaria 
quando inativado? Por que esse mecanismo pode ser um tratamento 
ou uma forma de minimizar os sintomas da Síndrome de Down? 
 
QUESTÃO 18 
(Ufpr) Uma nova espécie de mamífero foi identificada e a análise do 
cariótipo mostrou a existência de 12 pares de cromossomos homólogos, 
além de mais dois cromossomos de tamanhos diferentes, identificados 
como o par sexual. Considere que essa espécie de mamífero tem o 
mesmo sistema de determinação sexual presente em humanos e 
responda: 
 
a) Quantos cromossomos existem nas células somáticas, nos óvulos e 
nos espermatozoides dessa nova espécie de mamífero? 
b) O espécime que teve o cariótipo analisado é macho ou fêmea? 
Justifique sua resposta. 
c) Quantas moléculas de DNA cromossômico existem nos gametas 
dessa espécie de mamífero? Justifique sua resposta. 
 
QUESTÃO 19 
(Pucsp) Células de um mamífero com número diploide de cromossomos 
igual a 20 foram mantidas em um meio de cultura laboratorial. 
Posteriormente, foi realizada a fusão citoplasmática de uma célula A, que 
se encontrava na fase G1 da interfase, com uma célula B, que se 
encontrava em prófase da mitose. Os núcleos das duas células 
permaneceram independentes. Imediatamente após a fusão 
citoplasmáticao núcleo da célula A iniciou a mitose. 
 
Neste momento, a quantidade de moléculas de DNA no núcleo A é igual 
a 
a) 10. 
b) 20. 
c) 40. 
d) 80. 
 
QUESTÃO 20 
(Fgv) A figura ilustra a prófase do processo de divisão celular. 
 
 
 
Considerando que se trata de uma divisão equacional, os cromossomos 
estão 
 
a) duplicados, pareados e posicionados no plano equatorial da célula. 
b) não duplicados, pareados e posicionados no interior do núcleo em 
degeneração. 
c) duplicados, não pareados e posicionados no interior do núcleo em 
degeneração. 
d) não duplicados, não pareados e posicionados no plano equatorial da 
célula. 
e) duplicados, pareados e posicionados no interior do núcleo em 
degeneração. 
 
 
 
QUESTÃO 21 
(Uel) Os vírus não pertencem a nenhum dos cinco reinos. Pesquisadores 
se dividem entre aqueles que não os consideram seres vivos, pois não 
possuem metabolismo próprio, e os que consideram que a capacidade 
de replicação, a hereditariedade e a evolução já são suficientes para 
considerá-los como tais. 
 
Com base nos conhecimentos sobre vírus, considere as afirmativas a 
seguir. 
 
I. Os vírus são constituídos por uma ou várias moléculas de ácido 
nucleico, protegidas por uma cápsula de proteína. 
II. Os vírus se reproduzem assexuadamente por bipartição, 
primeiramente duplicando seu material genético e, em seguida, 
dividindo-se. 
III. O vírus do cólera, doença transmitida pela saliva de seus portadores, 
causa fraqueza muscular progressiva, lesões na pele e nas 
mucosas. 
IV. Os vírus podem ser combatidos por vacinas fabricadas com agentes 
infecciosos atenuados, que promovem a reação do organismo ao 
produzir anticorpos específicos. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
QUESTÃO 22 
(Uece) Em relação aos vírus, escreva V ou F conforme sejam 
verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações: 
 
( ) Os vírus são conjuntos de genes capazes de transferir-se de uma 
célula para outra alterando seu funcionamento. 
( ) Assim como as células, o vírus se origina de outro vírus. 
( ) O genoma viral pode ser de RNA ou de DNA, em cadeia simples ou 
dupla. 
( ) Os vírus apresentam maquinaria para sintetizar macromoléculas e 
mecanismos para utilizar energia. 
 
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: 
a) V, F, V, F. 
b) F, V, V, V. 
c) F, V, F, V. 
d) V, F, F, F. 
 
QUESTÃO 23 
(Enem) Na família Retroviridae encontram-se diversos vírus que infectam 
aves e mamíferos, sendo caracterizada pela produção de DNA a partir 
de uma molécula de RNA. Alguns retrovírus infectam exclusivamente 
humanos, não necessitando de outros hospedeiros, reservatórios ou 
vetores biológicos. As infecções ocasionadas por esses vírus vêm 
causando mortes e grandes prejuízos ao desenvolvimento social e 
econômico. Nesse contexto, pesquisadores têm produzido 
medicamentos que contribuem para o tratamento dessas doenças. 
 
Que avanços tecnológicos têm contribuído para o tratamento dessas 
infecções virais? 
a) Melhoria dos métodos de controle dos vetores desses vírus. 
b) Fabricação de soros mutagênicos para combate desses vírus. 
c) Investimento da indústria em equipamentos de proteção individual. 
d) Produção de vacinas que evitam a infecção das células hospedeiras. 
e) Desenvolvimento de antirretrovirais que dificultam a reprodução 
desses vírus. 
 
QUESTÃO 24 
(Uece) Atente ao que se diz a respeito de vírus, e assinale com V o que 
for verdadeiro e com F o que for falso. 
 
( ) Um vírus que se aproxima da célula hospedeira injeta seu material 
genético e multiplica-se com a ajuda das organelas da célula 
infectada tem ciclo lisogênico. 
( ) Todo vírus possui uma cápsula proteica protetora denominada 
capsídeo que encerra um genoma de DNA ou RNA. 
( ) No ciclo lítico, o vírus invade a célula hospedeira e agrega seu 
material genético ao genoma da mesma. 
( ) Apesar de poder ser causada por fungos e bactérias, a pneumonia 
também pode ter origem viral. 
 
 
 
 
 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) V, V, F, F. 
b) F, V, F, V. 
c) F, F, V, V. 
d) V, F, V, F. 
 
QUESTÃO 25 
(Uerj) Por meio de técnicas desenvolvidas pela engenharia genética, é 
possível alterar o DNA das células. Uma dessas técnicas se baseia na 
utilização de vírus, manipulados por meio de duas enzimas: uma 
responsável pelo corte do material genético viral em pontos específicos e 
outra pela inserção de genes de interesse no vírus. 
 
Indique a característica dos vírus que justifica sua utilização na alteração 
do DNA das células. Em seguida, nomeie as duas enzimas referidas 
acima, indispensáveis para esse procedimento. 
 
QUESTÃO 26 
(Fac. Albert Einstein - Medicin) Nas plantas de tabaco ocorre uma 
doença conhecida como mosaico do tabaco, provocada pelo vírus TMV. 
O TMV tem constituição simples: uma única molécula de RNA 
encapsulada em um revestimento de proteína. Linhagens diferentes 
desses vírus são identificáveis pela composição do envoltório proteico. 
Em um experimento clássico da década de 1950, pesquisadores 
trabalharam com duas linhagens de TMV. Em cada uma das linhagens, 
separaram as proteínas do RNA. Em seguida, reuniram as proteínas da 
linhagem A com o RNA da linhagem B e vice-versa, reconstituindo, 
assim, vírus completos capazes de infectar as folhas do tabaco. Se uma 
planta de tabaco fosse infectada com uma linhagem mista de TMV 
contendo proteínas da linhagem A e RNA da linhagem B, seria esperado 
encontrar, após algum tempo, nas folhas infectadas, 
 
a) apenas vírus mistos, contendo proteína da linhagem A e RNA da 
linhagem B. 
b) apenas vírus mistos, contendo proteína da linhagem B e RNA da 
linhagem A. 
c) apenas vírus da linhagem B. 
d) apenas vírus da linhagem A. 
 
QUESTÃO 27 
(Mackenzie) A simplicidade bioquímica dos vírus tem levado alguns 
cientistas a questionar se eles realmente são seres vivos. Para alguns 
estudiosos, os vírus são a forma de vida mais simples que existe. 
Mesmo os que não incluem os vírus entre os seres vivos concordam que 
eles são sistemas biológicos, uma vez que possuem ácidos nucleicos e 
utilizam o mesmo sistema de codificação genética que todas as formas 
de vida conhecidas. 
Amabis, J.M.; Martho,G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 4 ed. São 
Paulo:Moderna, 2006. p. 251 
 
Julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas sobre os vírus. 
 
( ) São acelulares e procariontes. 
( ) Seu material genético pode ser DNA ou RNA. 
( ) Não possuem metabolismo próprio; por isso, são parasitas 
intracelulares obrigatórios. 
( ) São constituídos por um capsídeo duplo com constituição 
lipoproteica e por uma molécula de ácido nucleico. 
( ) Os retrovírus são portadores de RNA e da enzima transcriptase 
reversa 
 
A sequência correta de cima para baixo é 
a) V, V, F, F, V 
b) V, F, F, V, F 
c) F, F, V, V, F 
d) V, V, V, F, V 
e) F, V, V, F, V 
 
QUESTÃO 28 
(Uece) No que diz respeito a vírus, é correto afirmar que 
 
a) são parasitas intracelulares não obrigatórios. 
b) genoma viral é um ácido nucleico de cadeia simples. 
c) podem ser unicelulares ou pluricelulares. 
d) o capsídeo viral tem composição proteica. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 29 
(G1 - cps) Um grupo de estudantes conversando sobre a prevenção e o 
tratamento de diferentes tipos de doenças causadas por vírus e bactérias 
elaboraram os seguintes enunciados: 
 
I. Os vírus são acelulares. 
II. Os vírus e as bactérias não possuem metabolismo próprio. 
III. As doenças causadas por vírus e bactérias não têm cura. 
IV. As bactérias são seres parasitas obrigatórios. 
V. As bactérias são microscópicas. 
 
Assinale a alternativa que apresentaos enunciados corretos. 
a) I, II, III e IV apenas. 
b) II, III, IV e V apenas. 
c) I, III e V apenas. 
d) II e IV apenas. 
e) I e V apenas. 
 
QUESTÃO 30 
(Acafe) H1N1 e H3N2: O que é verdade e o que é boato nos alertas 
sobre epidemia de gripe no Brasil 
 
Sinônimo de gripe, a palavra "influenza" tem sido usada de forma geral 
no Brasil para se referir aos tipos A e B, que estão relacionados a 
epidemias. O tipo C é aquele mais comum, que causa apenas infecções 
respiratórias brandas. 
"No Brasil, circulam no momento apenas os vírus H1N1 e H3N2", afirma 
Nancy Bellei, professora afiliada da Universidade Federal de São Paulo 
(Unifesp) e consultora em influenza para o Ministério da Saúde, 
referindo-se aos tipos de influenza A. Entre as medidas de prevenção da 
gripe está a vacina quadrivalente, na qual consta a cepa do vírus H1N1, 
H3N2, B Yamagata e B Victoria, o que possibilita a imunização contra 
influenza A e B. 
Fonte: BBC, 21/04/2018 (Adaptado). Disponível em: http://www.bbc.com 
 
Acerca das informações acima e dos conhecimentos relacionados ao 
tema, analise as afirmações a seguir. 
 
I. A influenza A é uma infecção respiratória aguda, de comportamento 
sazonal, e tem aumento no número de casos entre as estações 
climáticas mais frias. Porém, no Brasil, pode haver casos em outras 
épocas do ano, já que o país apresenta diferenças geográficas e 
climáticas em suas regiões. 
II. O H3N2 e o H1N1 são subtipos do vírus da Influenza A, assim 
classificados em razão de variações nas hemaglutininas (H) e 
neuraminidases (N) em decorrência da estrutura do DNA do vírus. 
III. Assim como a influenza, a febre amarela é uma doença viral que 
pode ser prevenida com a vacinação. No caso da febre amarela, a 
vacinação é indicada para todas as pessoas que vivem ou irão para 
áreas de risco da doença e onde há casos da doença em humanos 
ou circulação do vírus entre animais (macacos). 
IV. Os vírus multiplicam-se através de dois tipos de ciclos reprodutivos: o 
ciclo lisogênico e o ciclo lítico. No ciclo lítico, quando a célula 
hospedeira passa por divisões mitóticas, transmite às células-filhas 
não só o seu genoma, como também o material genético do vírus 
que a infectou. 
V. A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por vetores e 
causada pelo RNA vírus Arbovírus do grupo dos Flavivirus 
 
É correto o que se afirma em: 
a) II – III – IV – V 
b) I – II – IV 
c) I – III – V 
d) II – IV – V 
 
Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: [E] 
A ausência da proteína p53 impede que ocorra o sistema de reparo de 
danos no DNA, consequentemente, pode resultar em proliferação celular 
descontrolada e desenvolvimento de tumores. 
 
Resposta da questão 2: [E] 
O texto cita a correlação entre mulheres que já tiveram filhos do sexo 
masculino e a presença de células portadoras do cromossomo Y em 
seus tecidos. Tal fato contesta o dogma de que todas as células de um 
indivíduo são provenientes do zigoto. 
 
Resposta da questão 3: [D] 
Durante a mitose, os microtúbulos são os responsáveis pela correta 
distribuição dos cromossomos para as células filhas. 
 
 
 
Resposta da questão 4: [E] 
 
[A] Incorreta. As mitocôndrias têm origem materna, pois as dos gametas 
masculinos se degeneram logo após a fecundação. 
[B] Incorreta. O pai contribui com o cromossomo Y quando o 
descendente é masculino e a mãe com o cromossomo X, portanto, 
não há como o filho, obrigatoriamente, ter o mesmo alelo recessivo 
do pai no cromossomo X. 
[C] Incorreta. As mitocôndrias da filha e do filho são da mesma linhagem 
genética, a materna. 
[D] Incorreta. As mitocôndrias da filha e do filho são de linhagens 
genéticas diferentes da do pai, já que ambos receberam as 
mitocôndrias da mãe. 
[E] Correta. O pai contribui com um dos cromossomos X da filha e outro 
vem da mãe (XX), portanto, se ele possui um alelo recessivo para um 
gene no cromossomo X, sua filha possui o mesmo alelo. 
 
Resposta da questão 5: [E] 
Todas as afirmações estão corretas e relacionadas ao processo de 
mitose. 
 
Resposta da questão 6: [B] 
 
[I] Correta. A meiose significa diminuição e designa a divisão celular em 
que o número de cromossomos é reduzido à metade nas células-
filhas, originando os gametas. 
[II] Correta. A mitose é a divisão celular em que o número de 
cromossomos se mantém nas células-filhas, idênticas à célula-mãe; 
ocorre durante o crescimento dos seres vivos, na reprodução 
assexuada de alguns seres vivos e na reparação de tecidos. 
[III] Incorreta. Na mitose, ocorre apenas uma prófase, etapa marcada 
pela condensação dos cromossomos, desaparecimento do nucléolo 
e início da formação do fuso mitótico. 
[IV] Incorreta. Na anáfase I, durante a meiose I, ocorre a separação dos 
cromossomos homólogos duplicados. 
[V] Incorreta. Na metáfase II, durante a meiose II, os cromossomos 
duplicados, não homólogos, associam-se ao fuso mitótico e alinham-se 
na região equatorial da célula para que ocorra a separação das 
cromátides-irmãs na etapa seguinte. 
 
Resposta da questão 7: [A] 
A síndrome de Down causada pela trissomia do cromossomo 21, 
geralmente, é causada pela não disjunção desse cromossomo na 
anáfase I da meiose. 
 
Resposta da questão 8: [A] 
O período 1G é o intervalo entre o fim da mitose e o início da duplicação 
do DNA. O período 2G é o intervalo de tempo entre o fim do período S 
e o início da mitose. 
 
Resposta da questão 9: [B] 
A redução de ploidia ocorre durante a meiose I, quando ocorre a 
segregação dos cromossomos homólogos. O crossing-over ocorre 
durante a prófase I da meiose. 
 
Resposta da questão 10: 
 a) A célula humana que está na prófase da mitose possui 46 
cromossomos duplicados, 92 cromátides e 92 fitas de DNA 
cromossômico. A duplicação do material genético ocorreu durante o 
período S da interfase e cada cromossomo duplicado é formado por 
duas cromátides-irmãs, as quais se constituem em duas moléculas de 
DNA idênticas. 
 
b) A célula humana que sofreu meiose origina quatro células filhas 
haploides com 23 cromossomos simples que correspondem a 23 
moléculas de DNA. As cromátides aparecem durante a divisão I e 
durante a divisão II até a metáfase II. 
 
c) O homem com genótipo AaBb forma quatro tipos de gametas com 
genótipos AB, Ab, aB e ab. Seus gametas contarão 23 
cromossomos. 
 
Resposta da questão 11: [D] 
A células 2n 8 está em anáfase I da meiose I, pois os cromossomos 
homólogos estão se separando nessa etapa da divisão. 
 
Resposta da questão 12:[D] 
A figura ilustra a metáfase I da meiose de uma célula 2N 4, porque 
os cromossomos pareados se situam na região mediana do fuso 
acromático. 
Resposta da questão 13: [A] 
O número diploide da célula em divisão é de 8 cromossomos 
(2n 8), pois esses cromossomos separam, na meiose I, os 
cromossomos homólogos (A) e na meiose II, as cromátides-irmãs (B). 
 
 
 
Resposta da questão 14: [B] 
Na maior parte do ciclo celular, a célula encontra-se em Intérfase, 
período compreendido antes das divisões celulares consecutivas; a 
duplicação do material genético ocorre no período S (síntese); e a 
segregação das cromátides-irmãs para polos opostos ocorre na fase 
chamada de anáfase. 
 
Resposta da questão 15: 01. 
 
[01] Correta. O gameta que deu origem a Elizabeth possui um segmento 
em excesso do cromossomo 1, através da translocação com o 
cromossomo 22. 
[02] Incorreta. A causa mais provável do aborto prévio foi a produção de 
gametas com anormalidade no material genético que, dependendo 
da segregação ocorrida durante a gametogênese, pode haver a 
formação de fetos com cromossomos não balanceados, portanto, 
não viáveis. 
[04] Incorreta. As alterações cromossômicas podem ou não causar 
síndromes genéticas; existem as numéricas, que podem alterar o 
conjunto inteiro de cromossomos (euploidia), inviável na espécie 
humana, ou causar a perda ou adição de um ou mais 
cromossomos (aneuploidias), podendo ser viáveis, mas causando 
síndromes; e estruturais,

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