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TEMA_1 COMO A GRAMÁTICA NORMATIVA INDICA A FORMALIDADE DE USO DA LÍNGUA

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Como a gramática normativa indica a formalidade de 
uso da língua 
Frequentemente, ouvimos na fala do indivíduo considerado culto a seguinte frase: 
O livro que eu gosto já está esgotado. 
No entanto, a gramática normativa prescreve uma construção diferente: 
O livro de que eu gosto já está esgotado. 
Essa prescrição é baseada no fato de que, de acordo com a norma culta, a regência 
do verbo gostar exige a preposição de. 
Exemplo: 
Eu gosto disso. 
Confira outros casos de uso da norma culta estabelecida na gramática. 
Como você deve ter aprendido na escola, eu é pronome pessoal do caso reto e só 
pode ser usado na função de sujeito: 
• Com verbo no infinitivo: Não há nada entre eu sair e você ficar em casa. 
• Sem verbo no infinitivo: Não há nada entre mim e você. 
Vamos a outro exemplo de uso da norma culta dele / de ele: 
1) Dele quando corresponde a um pronome possessivo. 
Exemplo: 
A paciência dele acabou, e ele saiu da sala. 
2) Dele quando corresponde à combinação da preposição de com o pronome pessoal 
oblíquo tônico ele, na função de objeto indireto. 
Exemplo: 
Ana gosta muito dele, e ele saiu da sala. 
 
 
3) De ele como preposição de mais o pronome pessoal ele. Essa combinação só 
pode ser usada quando ele for sujeito de uma oração reduzida de infinitivo. 
Exemplos: 
Conversamos sobre isso de ele sair. (= de que ele saísse) 
Apesar de ele ter comprado o carro, foi de táxi à festa. 
O segredo é o verbo no infinitivo. Só podemos usar de ele quando houver esse 
verbo. 
Exemplo: 
Fizemos a surpresa antes de ele chegar ao curso. 
 
Veja ainda outra ocorrência na língua coloquial distinta do que estabelece a 
gramática normativa: 
Para mim ou para eu? 
1) Eu é um pronome pessoal do caso reto e exerce a função de sujeito; 
2) Mim é um pronome pessoal oblíquo tônico, nunca exerce a função de sujeito e, 
obrigatoriamente, deve ser usado com preposição: “a mim”, “de mim”, “entre mim”, 
“para mim”, “por mim” etc. 
Exemplos: 
Ana trouxe o livro para eu ler. (= sujeito) 
Ana trouxe o livro para mim. (= não é sujeito) 
No primeiro caso, há duas orações: 
1) Ana trouxe o livro: oração principal 
2) para eu ler: oração reduzida de infinitivo (= para que eu lesse) 
Nesse caso, devemos usar o pronome pessoal do caso reto (EU), porque ele exerce 
a função de sujeito do verbo infinitivo (LER). 
Em síntese, a diferença entre para mim e para eu está na presença ou não de um 
verbo (sempre no infinitivo) após o pronome. Portanto, sempre que houver um 
verbo no infinitivo, devemos usar os pronomes pessoais retos. Isso ocorrerá com 
qualquer preposição. 
 
 
Exemplos: 
Minha irmã saiu da festa antes de mim. 
Ela voltou para o escritório antes de eu chegar. 
Nossos professores fizeram isso por mim. 
Mariana fez isso por eu estar cansada. 
Observe, no entanto, a mudança no significado trazida pelo uso da vírgula: 
Para eu sair de casa, foi preciso organizar minhas finanças. 
Para mim, vender meu primeiro imóvel foi uma grande conquista. 
Na primeira frase, o pronome pessoal reto (eu) é o sujeito do infinitivo (sair). Já na 
segunda frase, a vírgula indica que para mim está deslocado. Nesse caso, 
devemos usar o pronome oblíquo (mim), pois ele não é o sujeito do verbo vender.

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