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Aulão ECA - Patrícia Dreyer

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
(JURÍDICA, TRIBUNAIS, MP E SEGURANÇA PÚBLICA)
351 – DIREITOS FUNDAMENTAIS (ARTS. 7º 69 ECA)
252 – PROCEDIMENTOS NA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE (ARTS. 152 A 197-E ECA)
246 – MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS (ARTS. 112 A 128 ECA)
222 – GUARDA, TUTELA e ADOÇÃO (ARTS. 33 A 52-D ECA)
204 – ACESSO À JUSTIÇA (ARTS. 141 A 224 ECA)
153 – ATO INFRACIONAL (ARTS. 103 A 128 ECA)
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
(JURÍDICA, TRIBUNAIS, MP E SEGURANÇA PÚBLICA)
DIREITOS FUNDAMENTAIS (ARTS. 7º 69 ECA)
GUARDA, TUTELA e ADOÇÃO (ARTS. 33 A 52-D ECA)
ATO INFRACIONAL (ARTS. 103 A 128 ECA)
ACESSO À JUSTIÇA (ARTS. 141 A 224 ECA)
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS (ARTS. 112 A 128 ECA)
PROCEDIMENTOS NA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE (ARTS. 152 A 197-E)
Prova: CESPE - 2019 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto.
O pai que usa de força física contra seu filho menor de idade para discipliná-lo incide no que o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) denomina
A. tratamento degradante.
B. tratamento cruel.
C. vexame.
D. violência doméstica.
E. castigo físico.
GABARITO E
Art. 18-A Para os fins desta Lei, considera-se:
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte 
em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:
a) humilhe; ou
b) ameace gravemente;
c) ridicularize.
Capítulo IV - Do Direito à 
Educação, à Cultura, ao Esporte e 
ao Lazer – arts. 53 a 59 ECA
O ensino domiciliar não está previsto na Constituição Federal e depende de lei específica
para ser permitido no Brasil. O ensino familiar (homeschooling) exige o cumprimento de
todos os requisitos constitucionais. Não é vedado o ensino em casa desde que respeite
todos os preceitos constitucionais, e há necessidade de legislação, como estabelecimento
de requisitos de frequência, avaliação pedagógica. (STF, Info 914 e 915)
Ementa: CONSTITUCIONAL. EDUCAÇÃO. DIREITO FUNDAMENTAL RELACIONADO À
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E À EFETIVIDADE DA CIDADANIA. DEVER SOLIDÁRIO DO
ESTADO E DA FAMÍLIA NA PRESTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL. NECESSIDADE DE LEI
FORMAL, EDITADA PELO CONGRESSO NACIONAL, PARA REGULAMENTAR O ENSINO
DOMICILIAR. RECURSO DESPROVIDO. 1. A educação é um direito fundamental
relacionado à dignidade da pessoa humana e à própria cidadania, pois exerce dupla
função: de um lado, qualifica a comunidade como um todo, tornando-a esclarecida,
politizada, desenvolvida (CIDADANIA); de outro, dignifica o indivíduo, verdadeiro titular
desse direito subjetivo fundamental (DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA).
No caso da educação básica obrigatória (CF, art. 208, I), os titulares desse direito indisponível à
educação são as crianças e adolescentes em idade escolar.
2. É dever da família, sociedade e Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, a educação. A Constituição Federal consagrou o dever de solidariedade
entre a família e o Estado como núcleo principal à formação educacional das crianças, jovens e
adolescentes com a dupla finalidade de defesa integral dos direitos das crianças e dos
adolescentes e sua formação em cidadania, para que o Brasil possa vencer o grande desafio de
uma educação melhor para as novas gerações, imprescindível para os países que se querem
ver desenvolvidos.
3. A Constituição Federal não veda de forma absoluta o ensino domiciliar, mas proíbe
qualquer de suas espécies que não respeite o dever de solidariedade entre a família e o
Estado como núcleo principal à formação educacional das crianças, jovens e adolescentes.
São inconstitucionais, portanto, as espécies de unschooling radical (desescolarização
radical), unschooling moderado (desescolarização moderada) e homeschooling puro, em
qualquer de suas variações.
4. O ensino domiciliar não é um direito público subjetivo do aluno ou de sua família, porém
não é vedada constitucionalmente sua criação por meio de lei federal, editada pelo
Congresso Nacional, na modalidade “utilitarista” ou “por conveniência circunstancial”,
desde que se cumpra a obrigatoriedade, de 4 a 17 anos, e se respeite o dever solidário
Família/Estado, o núcleo básico de matérias acadêmicas, a supervisão, avaliação e
fiscalização pelo Poder Público; bem como as demais previsões impostas diretamente pelo
texto constitucional, inclusive no tocante às finalidades e objetivos do ensino; em especial,
evitar a evasão escolar e garantir a socialização do indivíduo, por meio de ampla
convivência familiar e comunitária (CF, art. 227).
5. Recurso extraordinário desprovido, com a fixação da seguinte tese (TEMA 822): “Não
existe direito público subjetivo do aluno ou de sua família ao ensino domiciliar, inexistente
na legislação brasileira”.
RE 888815 / RS, Relator Min. ROBERTO BARROSO, Relator p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE
DE MORAES, Julgamento: 12/09/2018, Tribunal Pleno, Publicação 21-03-2019
Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RO - Juiz de Direito Substituto
Com relação aos procedimentos para destituição do poder familiar e eventual colocação da
criança ou adolescente em família substituta, conforme previstos no ECA, assinale a alternativa
correta.
A. É obrigatória a oitiva em juízo dos pais na ação de destituição do poder familiar, sempre que
eles forem identificados e estiverem em local conhecido, ressalvados os casos de não
comparecimento perante a Justiça quando devidamente citados, conforme art. 161, § 4° , do ECA.
B. Nos termos do art. 166 do ECA, o juiz declarará extinto o poder familiar dos pais se eles
houverem aderido ao pedido de colocação da criança ou adolescente em família substituta, desde
que tal consentimento seja ratificado em audiência, na presença do Ministério Público,
dispensando-se a solenidade apenas se o consentimento houver sido prestado por escrito e com
firma reconhecida.
C. A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará, por si só, a destituição do poder familiar,
exceto na hipótese de condenação transitada em julgado por crime hediondo, a pena igual ou
superior a oito anos de reclusão, nos termos do art. 23, § 2° , do ECA.
D. Conforme art. 158 do ECA, a citação dos requeridos em ação de destituição do poder
familiar deverá ser pessoal, esgotando-se os meios para a localização antes da citação por
edital, sendo obrigatória a expedição de ofícios para tanto.
E. Conforme art. 163 do ECA, o prazo máximo para a conclusão do procedimento de
destituição do poder familiar dos pais será de 120 dias, mas a criança cujos pais forem
destituídos do referido poder não poderá, se estiver acolhida em instituição, ser colocada
em família substituta, para fins de adoção, antes do trânsito em julgado da destituição,
vedação não aplicável aos adolescentes.
GABARITO A
a) Art. 161. Se não for contestado o pedido e tiver sido concluído o estudo social ou a perícia realizada por
equipe interprofissional ou multidisciplinar, a autoridade judiciária dará vista dos autos ao Ministério
Público, por 5 (cinco) dias, salvo quando este for o requerente, e decidirá em igual prazo.
§ 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre que eles forem identificados e estiverem em local conhecido,
ressalvados os casos de não comparecimento perante a Justiça quando devidamente citados.
b)Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do poder familiar, ou
houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em família substituta, este poderá ser formulado
diretamente em cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes, dispensada a assistência de
advogado.
c) Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a
suspensão do poder familiar .
§ 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na
hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente titular do
mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.d) Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, indicando as
provas a serem produzidas e oferecendo desde logo o rol de testemunhas e documentos.
§ 1 o A citação será pessoal, salvo se esgotados todos os meios para sua realização.
§ 2 o O requerido privado de liberdade deverá ser citado pessoalmente.
§ 3 o Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou
residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, informar qualquer pessoa da família ou,
em sua falta, qualquer vizinho do dia útil em que voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar,
nos termos do art. 252 e seguintes da Lei n o 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil) .
§ 4 o Na hipótese de os genitores encontrarem-se em local incerto ou não sabido, serão citados por edital
no prazo de 10 (dez) dias, em publicação única, dispensado o envio de ofícios para a localização.
e)Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 120 (cento e vinte) dias, e caberá ao
juiz, no caso de notória inviabilidade de manutenção do poder familiar, dirigir esforços para preparar a
criança ou o adolescente com vistas à colocação em família substituta.
Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a suspensão do poder familiar será averbada à
margem do registro de nascimento da criança ou do adolescente.
Informativo nº 0647 - Publicação: 24 de maio de 2019.
SEXTA TURMA
Processo HC 475.610-DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade,
julgado em 26/03/2019, DJe 03/04/2019
Tema
Contagem de prazo. Art. 152, § 2°, da Lei n. 8.069/1990 (incluído pela Lei n. 13.509/2017).
Dias corridos. Inaplicabilidade da contagem em dias úteis prevista no art. 219 do CPC/2015.
Princípio da especialidade.
Destaque
A previsão expressa no ECA da contagem dos prazos nos ritos nela regulados em dias
corridos impede a aplicação subsidiária do art. 219 do CPC/2015, que prevê o cálculo em
dias úteis.
Informações do Inteiro Teor
Nos termos do caput do art. 198 do ECA, nos procedimentos regulados pelo Estatuto da Criança e
do Adolescente, adotar-se-á o sistema recursal do Código de Processo Civil, com as adaptações da
lei especial trazidas nos incisos do citado dispositivo legal. Assim, consoante o texto expresso no
inciso II, em todos os recursos, salvo os embargos de declaração, o prazo será decenal e a sua
contagem ocorrerá de forma corrida, conforme expressa previsão do art. 152, § 2°, do ECA. Uma vez
que existe norma sobre a contagem do prazo em dias corridos na lei especial, não há lacuna a atrair a
aplicação subsidiária ou supletiva da regra do Código de Processo Civil, que prevê o cálculo em dias
úteis. Eventual conflito na interpretação das leis deve ser solucionado por meio de critérios
hierárquico, cronológico ou da especialidade. O Código de Processo Civil não é norma jurídica
superior à Lei n. 8.069/1990. O art. 198 do ECA (redação dada pela Lei n. 12.594/2012), por sua vez,
não prevalece sobre o art. 152, § 2° (incluído pela Lei n. 13.509/2017), dispositivo posterior que
regulou inteiramente a contagem dos prazos. Prepondera, assim, a especialidade, de modo que a
regra específica do Estatuto da Criança e do Adolescente impede a incidência do art. 219 do
CPC/2015.
3 - Prova: CESPE - 2019 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto.
A medida socioeducativa de internação será legítima na hipótese de
A. o juiz constatar gravidade em abstrato da prática de ato infracional.
B. o menor ter praticado ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
C. o menor ser reincidente na prática de ato infracional.
D. o menor ter cometido reiteradamente infrações graves.
E. o menor já ter sido submetido ao regime de semiliberdade.
GABARITO D
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
§ 1 O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3
(três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada.
Súmula 492 STJ - O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.
4 - Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RO - Juiz de Direito Substituto
Com relação à adoção, nos termos dos artigos 39 e seguintes do ECA, é correto afirmar:
A. Conforme art. 46 do ECA, o prazo máximo do estágio de convivência será de 90 dias,
improrrogável, dispensando-se referido estágio se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda
legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da
constituição do vínculo.
B. Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar
conjuntamente, contanto que tenham formalizado o pedido de adoção em juízo enquanto ainda
conviviam e acordem sobre guarda e regime de visitas, independentemente do início do estágio de
convivência, conforme § 4° do art. 42 do ECA.
C. Nos termos do § 6° do art. 42 do ECA, a adoção poderá ser deferida, se comprovadamente
benéfica à criança ou adolescente, ao cônjuge ou companheiro já falecido do adotante supérstite
quando da data de propositura da ação ou formalização do pedido por este, desde que se
comprove no curso do processo que a pessoa falecida tinha inequívoca vontade de adotar e desde
que não se tenham passado mais de dois anos entre o falecimento e a propositura da ação ou
formalização do pedido.
D. A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na
hipótese prevista no § 6° do art. 42 do ECA, caso em que terá força retroativa à data do óbito,
conforme prevê o § 7° do art. 47 do ECA.
E. Em se tratando de adotando maior de dez anos de idade, será necessário seu consentimento
expresso, conforme § 2° do art. 45 do ECA. No caso de adolescente maior de doze anos de idade,
tal consentimento deverá ser colhido em audiência, na presença do Ministério Público.
GABARITO D
A) ECA. Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente,
pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as
peculiaridades do caso.
§ 2 -A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo pode ser prorrogado por até igual
período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
2017)
B) § 4 o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar 
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio 
de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada 
a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que 
justifiquem a excepcionalidade da concessão.
C) Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.
§ 6 A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier
a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.
D) ECA. Art. 47. § 7 A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da
sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6 do art. 42 desta Lei, caso em
que terá força retroativa à data do óbito.
E) Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do
adotando.
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais
sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar . (Expressão
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessário o
seu consentimento.
Informativo nº 0658 - Publicação: 8 de novembrode 2019.
TERCEIRA TURMA
Processo REsp 1.785.754-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, por
unanimidade, julgado em 08/10/2019, DJe 11/10/2019
Tema
Adoção. Idade. Diferença Mínima. Art. 42, § 3º, do ECA (Lei n. 8.069/1990). Flexibilização.
Possibilidade. Princípio da socioafetividade.
Destaque
A diferença etária mínima de 16 (dezesseis) anos entre adotante e adotado pode ser
flexibilizada à luz do princípio da socioafetividade.
RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. ADOÇÃO. MAIOR. ART.
42, § 3º, DO ECA (LEI Nº 8.069/1990). IDADE. DIFERENÇA MÍNIMA. FLEXIBILIZAÇÃO.
POSSIBILIDADE. SOCIOAFETIVIDADE. INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. IMPRESCINDIBILIDADE.
1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo
Civil de 2015 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ).
2. A diferença etária mínima de 16 (dezesseis) anos entre adotante e adotado é requisito
legal para a adoção (art. 42, § 3º, do ECA), parâmetro legal que pode ser flexibilizado à
luz do princípio da socioafetividade.
3. O reconhecimento de relação filial por meio da adoção pressupõe a maturidade
emocional para a assunção do poder familiar, a ser avaliada no caso concreto.
4. Recurso especial provido. (STJ – INFORMATIVO 658 - REsp 1785754/RS, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/10/2019, DJe
11/10/2019)
Informações do Inteiro Teor
A diferença etária mínima de 16 (dezesseis) anos entre adotante e adotado é requisito legal
para a adoção (art. 42, § 3º, do ECA). No entanto, a adoção é sempre regida pela premissa
do amor e da imitação da realidade biológica, sendo o limite de idade uma forma de evitar
confusão de papéis ou a imaturidade emocional indispensável para a criação e educação de
um ser humano e o cumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar. Dessa forma,
incumbe ao magistrado estudar as particularidades de cada caso concreto a fim de apreciar
se a idade entre as partes realiza a proteção do adotando, sendo o limite mínimo legal um
norte a ser seguido, mas que permite interpretações à luz do princípio da socioafetividade,
nem sempre atrelado às diferenças de idade entre os interessados no processo de adoção.
Informativo nº 0608 - Publicação: 30 de agosto de 2017.
TERCEIRA TURMA
REsp 1.545.959-SC, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min. Nancy
Andrighi, por maioria, julgado em 6/6/2017, DJe 1/8/2017.
Destaque
No caso de adoção unilateral, a irrevogabilidade prevista no art. 39, § 1º do Estatuto da
Criança e do Adolescente pode ser flexibilizada no melhor interesse do adotando.
Informações do Inteiro Teor
Restringe-se a controvérsia, exclusivamente, a definir se é possível flexibilizar o preceito do
art. 39, § 1º, da Lei n. 8.069/1990, que atribui caráter irrevogável ao ato de adoção, em
virtude do enfraquecimento do vínculo afetivo firmado entre adotado e adotante.
Inicialmente, consigna-se que a adoção unilateral, ou adoção por cônjuge, é espécie do
gênero adoção, que se distingue do caudal comum por possuir elementos que lhe são
singulares, sendo o mais acentuado, a ausência de ruptura total entre o adotado e os pais
biológicos, porquanto um deles permanece exercendo o poder familiar sobre o menor que
será, após a adoção, compartilhado com o cônjuge adotante. ... É de se salientar que hoje,
procura-se prioritariamente colocar o menor como o foco central do processo de adoção,
buscando-se, em prol dele, a melhor fórmula possível de superação da ausência parcial, ou
total dos ascendentes biológicos. Essa opção é claramente expressa no artigo 43 do ECA (a
adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em
motivos legítimos.), que pela sua peremptoriedade e capacidade de se sobrepor aos outros
ditames relativos à adoção, pode ser considerada verdadeira norma-princípio. Assim, os
elementos balizadores e constitutivos da adoção unilateral, bem como as prerrogativas do
cônjuge supérstite de autorizar a adoção unilateral de seu filho, e mesmo a própria
declaração de vontade do adotando, podem ser superados ou moldados em nome da
inexistência de reais vantagens para o adotando no processo de adoção. O princípio do
interesse superior do menor, ou melhor interesse, tem assim, a possibilidade de retirar a
peremptoriedade de qualquer texto legal atinente aos interesses da criança ou do
adolescente, submetendo-o a um crivo objetivo de apreciação judicial da situação concreta
onde se analisa. Em complemento a esse raciocínio, fixa-se que a razão de ser da vedação
erigida, que proíbe a revogação da adoção é, indisfarçavelmente, a proteção do menor
adotado, buscando colocá-lo a salvo de possíveis alternâncias comportamentais de seus
adotantes, rupturas conjugais ou outras atitudes que recoloquem o menor adotado,
novamente no limbo sócio emocional que vivia antes da adoção. Sob esse diapasão, observa-
se que há espaço para, diante de situações singulares onde se constata que talvez a norma
protetiva esteja, na verdade, vulnerando direitos do seu beneficiário, ser flexibilizada a
restritiva regra fixada no art. 39 § 1º, do ECA.
5 - Prova: CESPE - 2019 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto.
O Ministério Público terá legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em proveito
de criança ou adolescente
A. apenas se não houver exercício do poder familiar dos pais, ainda que exista Defensoria
Pública na comarca.
B. se o menor necessitar dos alimentos, ainda que exista Defensoria Pública na comarca.
C. se a necessidade do menor decorrer de omissão do Estado e não existir Defensoria
Pública na comarca.
D. se o motivo decorrer da conduta do menor e não existir Defensoria Pública na comarca.
E. se não existirem pais ou responsáveis do menor nem Defensoria Pública na comarca.
GABARITO B
Súmula 594, STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de
alimentos em proveito de criança ou adolescente independentemente do exercício do
poder familiar dos pais, ou do fato de o menor se encontrar nas situações de risco
descritas no art. 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ou de quaisquer outros
questionamentos acerca da existência ou eficiência da Defensoria Pública na comarca.
Art. 201, ECA. Compete ao Ministério Público:
III – promover e acompanhar as ações de alimentos e os procedimentos de suspensão e
destituição do poder familiar, nomeação e remoção de tutores, curadores e guardiães,
bem como oficiar em todos os demais procedimentos da competência da Justiça da
Infância e da Juventude;
6 - Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto
Assinale a alternativa INCORRETA.
A. Como ato infracional grave, o tráfico de drogas, por si só, permite a aplicação de
medida socioeducativa de internação.
B. Em relação ao tempo do ato infracional, o Estatuto da criança e do adolescente adotou
a Teoria da Ação.
C. Segundo o STJ, os atos infracionais, mesmo gerando medidas chamadas de
socioeducativas, são prescritíveis, na forma do Código Penal.
D. A inimputabilidade penal do menor de 18 anos é absoluta e sua presunção decorre da
lei, por meio do critério etário.
E. Se o adolescente descumprir remissão imprópria, não poderá haver conversão para
semiliberdade ou internação.
GABARITO A
Súmula 492, do STJ: “O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição 
de medida socioeducativa de internação do adolescente”.
B - teoria da ação, conforme art. 147, §1º, do ECA:
Art. 147. A competência será determinada:
I - pelo domicílio dos pais ou responsável;
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável.
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as regras 
de conexão, continência e prevenção.
C - Sum 338 - STJ: “A prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas”.
D - CF/88,Art. 228: São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
E -Art. 127. Aremissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem 
prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas 
em lei, exceto a colocação em regime de semi-liberdade e a internação.
Súmula 338 STJ - “A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas.”
Súmula 265 STJ - “É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da
medida socioeducativa.”
Súmula 108 STJ - “A aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente, pela prática de
ato infracional, é da competência exclusiva do juiz”
Súmula 594 STJ - “O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos
em proveito de criança ou adolescente, independentemente do exercício do poder familiar
dos pais, ou de o infante se encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), ou de quaisquer outros questionamentos acerca da
existência ou eficiência da Defensoria Pública na comarca.”
Súmula 593 STJ - “O crime de estupro de vulnerável configura-se com a conjunção carnal ou
prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento
da vítima para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de relacionamento
amoroso com o agente.
Súmula 301 STJ - “O crime de estupro de vulnerável configura-se com a conjunção carnal ou
prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento
da vítima para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de relacionamento
amoroso com o agente.
Súmula 277 STJ - “Julgada procedente a investigação de paternidade, os alimentos são
devidos a partir da citação.”

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