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FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO APLICADA À MEDICINA VETERINÁRIA Prof.ª Júlia Martins 2020.2 Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária REVISÃO ANATÔMICA, FISIOLÓGICA E SEMIOLÓGICA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária DIVISÃO DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO ÓRGÃOS INTERNOS • TESTÍCULO • EPIDÍDIMO • DUCTO DEFERENTE • VESÍCULA SEMINAL • PRÓSTATA ÓRGÃOS EXTERNOS • PÊNIS • ESCROTO Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO - TOURO Fonte: Colville, T. e Bassert, J. M., 2010. Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO - CÃO Fonte: Colville, T. e Bassert, J. M., 2010. Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Testículo Gônadas masculinas, dupla e ovoide Constituído por túnica albugínea, túbulos seminíferos, Células intersticiais, rede testicular e ductos eferentes. Localizados fora do abdome na região inguinal Formação das células reprodutivas Função reprodutora: espermatogênese Função endócrina: produção de hormônios sexuais Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Epidídimo Armazenamento e amadurecimento dos sptz Cabeça e corpo: Transporte e maturação espermática Cauda: armazenamento Escroto / Bolsa Escrotal Saco fibromuscular cutâneo que abriga o testículo Pele fina, flexível e macia Regulação de temperatura (4 a 6°C abaixo) Músculo cremáster passa pelo anel inguinal e prende-se ao escroto Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO A posição dos testículos e dos epidídimos varia de acordo com a espécie ESPÉCIE TESTÍCULO EPIDÍDIMO Bovinos e pequenos ruminantes Alongado e pendular Cabeça dorsal, corpo posterior e cauda ventral Equinos Posição horizontal, na região inguinal Cabeça anterior, corpo dorso lateral e cauda posterior Suínos Posição perineal Cabeça ventral, cauda dorsal Cão Horizontal Cabeça anterior, corpo dorso medial, cauda posterior Gato Testículo perineal Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Ductos Deferentes Formado por músculo liso Sofrem contrações durante a ejaculação Conduz os sptz a partir do epidídimo para a uretra Liga a cauda do epidídimo à parte pélvica da uretra Porção dilatada antes de se unir à uretra: ampola do ducto Cordão Espermático Formado pelo ducto deferente, artérias, nervos, plexo pampiniforme (veias testiculares) e vasos linfáticos Estende-se do anel inguinal profundo até a bolsa escrotal Fonte: Colville, T. e Bassert, J. M., 2010. Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Glândulas reprodutivas acessórias: Contribuem para a variação do ejaculado entre as espécies, sendo responsável pela diferença na concentração, no volume e na característica do ejaculado. Os sptz são apenas uma pequena parte do volume total do sêmen, a maior parte é composta por secreções dessas glândulas. São elas: ➢ Glândulas vesiculares ➢ Glândulas bulbouretrais ➢ Glândula prostática (próstata) Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Glândulas reprodutivas acessórias: As glândulas acessórias produzem um fluido alcalino que contém eletrólitos, frutose e prostaglandinas. A alcalinidade do fluido atua contra a acidez do trato reprodutivo feminino fazendo com que os sptz sobrevivam para alcançarem os oviductos, onde esperam se unir com o óvulo. Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Vesícula Seminal / Glândulas Vesiculares Produtoras de plasma seminal que atua como veículo para conduzir os sptz do trato reprodutivo masculino para o feminino O plasma seminal é eliminado na ejaculação e é o maior responsável pelo volume do ejaculado do touro Desembocam na uretra pélvica na mesma área do ducto deferente Presente em todos os animais domésticos, com exceção do cão e do gato No garanhão Dois sacos alongados localizados na parte caudal da superfície dorsal da bexiga urinária. Possui 15- 20cm de comprimento e seu diâmetro maior é de aprox. 5 cm. No touro É a maior glândula acessória (10-12cm de comprimento, 5cm de largura e 3 cm de espessura) e possui superfície lobulada. Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Glândulas bulbouretrais / Glândulas de Cowper Estruturas pares localizadas mais caudal do que outras glândulas reprodutivas acessórias Os seus ductos desembocam na uretra pélvica Não está presente no cão Secretam um fluido mucinoso logo antes da ejaculação limpando e lubrificando a uretra para a passagem do sêmen Fonte: Colville, T. e Bassert, J. M., 2010. Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Glândula Próstata Presente em todos os animais domésticos Consiste em duas partes: pars disseminata com elementos glandulares ao longo da uretra e o corpo situado atrás da entrada do duto deferente (porco e touro) Pequenos ruminantes possuem somente a pars disseminata e equinos e carnívoros somente o corpo Especialmente grande nos cães e mais importante nessa espécie pelas patologias que a acometem Função de produzir líquido prostático como um meio de transporte e suporte para os sptz durante a ejaculação Fonte: Colville, T. e Bassert, J. M., 2010. Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Pênis Órgão copulador do macho Composto principalmente de músculo, tecido erétil e tecido conjuntivo Uretra passa por dentro Recebe um enorme suprimento sanguíneo e muitas terminações nervosas sensoriais Formado por uma porção denominada corpo (músculo ísquiocavernoso), músculo retrator e glande Bovino, pequeno ruminante e suíno: Fibrocartilaginoso Canino, felino e equino: bulbo-esponjoso Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Pênis A raiz do pênis conecta-se à borda da pélvis e é composta principalmente por duas faixas de tecido conjuntivo, denominadas crura, cobertas por músculos isquiocavernosos. O corpo é a maior parte e é composta principalmente por dois aglomerados de tecido erétil que inclui uma rede esponjosa de tecido conjuntivo fibroso e vários espaços minúsculos preenchidos com sangue denominado cavidades. O tecido erétil que compõem o corpo do pênis são o pequeno corpo cavernoso uretral/corpo esponjoso e o grande corpo cavernoso peniano. A glande é a extremidade livre distal do órgão e varia de acordo com a espécie. Em cavalos é bem definida, em ruminantes é pequena e não muito definida e em gatos há pequenas espículas a cobrindo. Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Pênis Quando suficientemente excitado e estimulado, o tecido erétil é preenchido com sangue, provocando o aumento e o enrijecimento do pênis permitindo que seja introduzido na vagina da fêmea para o acasalamento. Prepúcio É a proteção de pele que envolve o pênis, quando ele não está ereto. A parte externa é uma pele normal, mas a parte interna que está em contato com o pênis é uma mucosa úmida e lisa. Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Pênis do Cão Inclui um osso peniano e uma estrutura erétil, bulbo da glande do pênis, que alarga prendendo o macho à fêmea após o acasalamento (enlace). Fisiopatologia da Reprodução Animal Prof.ª Júlia Martins Médica Veterinária SISTEMA REPRODUTORMASCULINO Pênis do Touro, Carneiro e Varrão Quando não ereto é dobrado em forma de S O pênis dessas espécies possui uma proporção mais alta de tecido conjuntivo em relação ao tecido erétil o que faz com que não aumente tanto de tamanho quando ocorre a ereção Fonte: Colville, T. e Bassert, J. M., 2010.
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