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Ebook_Iniciação_Pesquisa_Cientifica_12

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INICIAÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA
Elaine Cristina Marques Esper
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Presidente 
Frei Thiago Alexandre Hayakawa, OFM
 
Diretor Geral 
Jorge Apóstolos Siarcos 
Reitor 
Frei Gilberto Gonçalves Garcia, OFM 
Vice-Reitor 
Frei Thiago Alexandre Hayakawa, OFM
 
Pró-Reitor de Administração e Planejamento 
Adriel de Moura Cabral 
Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Extensão 
Dilnei Giseli Lorenzi 
Coordenador do Núcleo de Educação a Distância 
(NEAD) 
Renato Adriano Pezenti
 
Revisão
Lindsay Viola (Vozes)
Desenhista Instrucional 
Leonora Gerardino
Patricia Sponhardi
Projeto Gráfico e Diagramação
Lucas Paz (Studio 28)
© 2019 Universidade São Francisco
Avenida São Francisco de Assis, 218
CEP 12916-900 – Bragança Paulista/SP
CASA NOSSA SENHORA DA PAZ – AÇÃO SOCIAL 
FRANCISCANA, PROVÍNCIA FRANCISCANA DA 
IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL – ORDEM 
DOS FRADES MENORES
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Doutora e Mestre em Engenharia e Ciência dos Materiais. 
Especialista em Engenharia de Produção. Licenciada em 
Química. Professora da área de Química e de Materiais. 
Possui ampla experiência em gestão acadêmica e na 
orientação de trabalhos de Conclusão de Curso.A 
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AELAINE
CRISTINA
MARQUES
ESPER
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SUMÁRIO
Caixas de Destaque ............................................................... 05
Informações Gerais da Disciplina ........................................... 06
Apresentações das Unidades................................................. 07
Unidade 1: Ciência e Conhecimento: O que eu preciso saber 
sobre isso? ............................................................................ 08
Unidade 2: Leitura de textos científicos: como fazer isso de for-
ma rápida e direta? ..................................................................16
Unidade 3: Fichamentos, resumos e resenhas: o que são e 
como podem me ajudar? ........................................................ 21
Unidade 4: Melhoria da leitura e da escrita científica: por que 
elas são importantes? ............................................................ 31
Unidade 5: Método científico: de onde viemos? .................. 36
Unidade 6: Pesquisa científica: por onde começar? ............ 60
Unidade 7: Identificação do tema, estabelecimento do proble-
ma científico e formulação de hipóteses e objetivos: para onde 
vamos? ................................................................................... 65
Unidade 8: Revisão bibliográfica: como buscar as informações 
pertinentes ao tema de pesquisa? ........................................ 73
Unidade 9: Normas técnicas de escrita de trabalhos científicos: 
o que são e como fazer citações corretamente?.................... 87
Unidade 10: Planejamento e condução da pesquisa e análise e 
interpretação dos resultados: como gerar e analisar os resulta-
dos? ........................................................................................ 94
Unidade 11: Pesquisa científica: como escrever os resulta-
dos? ...................................................................................... 105 
Unidade 12: O plágio: como não fazê-lo? E como apresentar os 
resultados em eventos cientifícos? ...................................... 123
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IMPORTANTE 
ENTENDER!
PARA 
REFLETIR
EXEMPLO
PESQUISE
GLOSSÁRIO
LEIS
LEITURA
FUNDAMENTAL
SUGESTÃO 
DE LEITURA
RELEMBRE
CURIOSIDADES
É U M E S P A Ç O D E D I C A D O A E N T E N D E R O S 
C O N C E I T O S C E N T R A I S D O C O N T E Ú D O .
E S P A Ç O P A R A Q U E S T I O N A M E N T O S O B R E 
O A S S U N T O . S I T U A Ç Ã O H I P O T É T I C A P A R A 
R E F L E X Ã O E C O M P R E E N S Ã O S O B R E O 
T E M A E S T U D A D O .
M O M E N T O P A R A S E A P R E S E N T A R U M A S I -
T U A Ç Ã O R E A L D O A S S U N T O T R A B A L H A D O
A P R E S E N T A Ç Ã O D E F O N T E S P A R A Q U E 
O A L U N O E X P L O R E M A I S O C O N T E Ú D O 
A B O R D A D O . S E R Ã O A P R E S E N T A D O S : L I -
V R O S , S I T E S , R E P O R T A G E N S , D I S S E R T A -
Ç Õ E S , V Í D E O S , R E V I S T A S E T C .
T E R M O S E S I G L A S E S P E C Í F I C A S S O B R E O 
T E M A T R A T A D O N A U N I D A D E .
L E I O U A R T I G O D E E X T R E M A I M P O R T Â N -
C I A P A R A A P R O F U N D A M E N T O D O A L U N O .
L I V R O S E T E X T O S I M P R E S C I N D Í V E I S P A R A 
O D E S E N V O L V I M E N T O D A A P R E N D I Z A G E M 
D O A L U N O .
A P R E S E N T A Ç Ã O D E L E I T U R A S I N T E R E S -
S A N T E S P A R A O A L U N O , R E L A C I O N A D A S 
A O T E M A .
P O N T O S F U N D A M E N TA I S Q U E G U I A R Ã O O 
A L U N O . S Ã O N O R T E S Q U E A J U D A R Ã O A I N -
T E R P R E TA R O T E X T O .
F A T O , A C O N T E C I M E N T O H I S T Ó R I C O O U 
P O N T O C U R I O S O R E L A C I O N A D O A O T E M A 
A B O R D A D O .
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INFORMAÇÕES
GERAIS DA DISCIPLINA
INICIAÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA
Ementa: Introdução ao conhecimento científico e sua importân-
cia para o desenvolvimento social e tecnológico. Pesquisa científi-
ca. Métodos de pesquisa. Desenvolvimento da pesquisa. Bibliogra-
fia e aspectos normativos. Difusão do Conhecimento Científico.
Objetivos: Ao final do curso, o estudante será capaz de reco-
nhecer a importância do conhecimento científico para o desenvol-
vimento social e tecnológico, conhecer a pesquisa científica e de 
seus métodos, elaborar trabalhos acadêmicos de acordo com as 
normas técnicas e apresentar trabalhos utilizando-se da comuni-
cação efetiva e eficiente nas formas escrita e oral. 
CARGA HORÁRIA: 72 H
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UNIDADE 1: CIÊNCIA E CONHECIMENTO: O QUE EU 
PRECISO SABER SOBRE ISSO?
UNIDADE 2: LEITURA DE TEXTOS CIENTÍFICOS: COMO 
FAZER ISSO DE FORMA RÁPIDA E DIRETA? 
UNIDADE 3: FICHAMENTOS, RESUMOS E RESENHAS: O QUE 
SÃO E COMO PODEM ME AJUDAR?
UNIDADE 4: MELHORIA DA LEITURA E DA ESCRITA 
CIENTÍFICA: POR QUE ELAS SÃO IMPORTANTES?
UNIDADE 5: MÉTODO CIENTÍFICO: DE ONDE VIEMOS?
UNIDADE 6: PESQUISA CIENTÍFICA: POR ONDE COMEÇAR?
UNIDADE 7: IDENTIFICAÇÃO DO TEMA, ESTABELECIMENTO 
DO PROBLEMA CIENTÍFICO E FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES 
E OBJETIVOS: PARA ONDE VAMOS?
UNIDADE 8: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: COMO BUSCAR AS 
INFORMAÇÕES PERTINENTES AO TEMA DE PESQUISA? 
UNIDADE 9: NORMAS TÉCNICAS DE ESCRITA DE 
TRABALHOS CIENTÍFICOS: O QUE SÃO E COMO FAZER 
CITAÇÕES CORRETAMENTE?
UNIDADE 10: PLANEJAMENTO E CONDUÇÃO DA PESQUISA 
E ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: COMO 
GERAR E ANALISAR OS RESULTADOS?
UNIDADE 11: PESQUISA CIENTÍFICA: COMO ESCREVER OS 
RESULTADOS? 
UNIDADE 12: O PLÁGIO: COMO NÃO FAZÊ-LO? E COMO 
APRESENTAR OS RESULTADOS EM EVENTOS CIENTIFÍCOS?
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
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CIÊNCIA E CONHECIMENTO:
O QUE EU PRECISO
SABER SOBRE ISSO?
INTRODUÇÃO
BONS ESTUDOS! 
Olá! Seja bem-vindo ao componente curricular Iniciação à 
Pesquisa Científica. Esta unidade tem por objetivo informá-lo 
sobre o que é conhecimento e o que é ciência. Aprenderemos 
como fazer uma boa leitura e como maximizar a qualidade da 
leitura realizada, passando pelas técnicas de fichamento, resu-
mo e resenha para auxiliar na escrita, e como estaspodem aju-
dar na boa prática acadêmica e profissional. Então vamos lá!
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INTRODUÇÃO À CIÊNCIA E AO 
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Quando se fala em metodologia de pesquisa muitos estu-
dantes sofrem por antecipação. Este componente curricular 
pretende fornecer-lhe uma série de ferramentas para auxiliá-lo 
durante toda a sua vida acadêmica. Não sofra com ele. Apro-
veite-o para aprender o que vai lhe ajudar em praticamente 
todos os componentes curriculares do seu curso. 
Não se prenda no fácil e nem no ilícito, porém cômodo. Pes-
quisar e escrever serão atividades que você deverá fazer du-
rante toda a sua vida profissional. Aprender a fazer o certo da 
primeira vez (aqui, neste curso) tornará a sua vida acadêmica 
e profissional menos dolorida depois. 
Bom, chega de conselhos. Vamos ao que interessa... O que 
é essa tal de Ciência? E Conhecimento? Quais são as seme-
lhanças e as diferenças entre eles? 
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Para entender a importância que a ciência e o conhecimento 
têm, é só se imaginar sem nada. Sem nada mesmo!!! Você está 
usando um computador? Sem ciência, ele não existiria. Você está 
usando um smartphone? Sem ciência, ele não existiria. Você está 
usando um sulfite com este texto impresso? Sem ciência, nem o 
sulfite, nem a tinta e nem o papel existiriam. Nada existiria sem ci-
ência e conhecimento. Sem ciência e sem conhecimento seriamos 
nômades, dormindo em árvores e cavernas, e nos alimentando de 
frutas somente... Ah, é verdade! Já fomos assim, e de lá para cá, 
muita ciência foi feita e muito conhecimento foi adquirido para que 
tivéssemos o conforto que ao longo de toda a história buscamos. 
A mesma ciência que hoje busca a cura do câncer, a revolução 
feita pela inteligência artificial, o uso mais eficiente das formas gera-
doras de energia já buscou coisas bem mais simples como a caneta 
esferográfica (não utilizar mais tinta, pena e mata-borrão já foi um 
luxo!) e o papel (imagina o espaço economizado nas bibliotecas que 
arquivavam em papiro ou tábuas).
Segundo Santos e Parra Filho (2012, p. 10) o 
“[...] conhecimento é uma explicação e interpretação filosófica do 
conhecimento humano”, sempre ligado a um objeto real ou idealizado 
que transmite saberes e proveniente da nossa eterna ânsia pelo desco-
nhecido, pelos questionamentos que sempre fizemos e sempre faremos 
enquanto seres humanos.
Fonte: 123rf
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SANTOS, João Almeida; PARRA FILHO, Domingos. Me-
todologia Científica. 2. ed. Cengage Learning Editores, abr. 
2012. [Minha Biblioteca]. Disponível na Biblioteca Virtual.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fun-
damentos de Metodologia Científica. 8. ed. Atlas, jan. 2017. 
[Minha Biblioteca]. Disponível na Biblioteca Virtual.
• o conhecimento popular, que um sujeito tem sobre um objeto 
conhecido que está relacionado à rotina de vida;
• o conhecimento religioso, que se apoia em doutrinas reveladas por 
divindades sobrenaturais; 
• o conhecimento filosófico, constituído do levantamento de hipóteses; 
• e o conhecimento científico, que trabalha com ocorrência ou fatos. 
Marconi e Lakatos (2017) agrupaM o conheciMento eM quatro tipos: 
Ou seja, ao longo da história, agrupamos em caixinhas todo 
o conhecimento referente aos nossos questionamentos múl-
tiplos. Aquilo que desde sempre ouvimos: de onde viemos e 
para onde vamos? Por que o céu é azul? Por que as estre-
las brilham? As respostas a essas perguntas são múltiplas e 
representam um tipo de conhecimento adquirido. Mas, quem 
tenta provar a real resposta é a Ciência!!! A ciência é, portanto, 
a sistematização do conhecimento, realizada pela aplicação 
de métodos rigorosos e passíveis de serem repetidos, que só 
surgiu no século XVII, com a construção de equipamentos que 
possibilitaram o desenvolvimento da astronomia. 
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SE VOCÊ QUER CONHECER A HISTÓRIA 
DA CIÊNCIA, A FACULDADE DE FILOSOFIA, 
LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS (FFLCH) 
DA USP INDICA UM ROL DE 12 LIVROS 
INTERESSANTES (MAGALHÃES, 2017):
1. De Arquimedes a Einstein. A face oculta da invenção científica 
(1994), de Pierre Thuillier.
2. Dez grandes debates da ciência (1999), de Hal Hellman.
3. Elementos para uma história das ciências (1996), de Michel Serres.
4. As paixões da ciência. Estudos de História das Ciências (1991), de 
Hilton Japiassu.
5. História da Técnica e da Tecnologia (1985), de Ruy Gama.
6. Os filósofos e as máquinas (1989), de Paolo Rossi.
7. A estrutura das revoluções científicas (1962), de Thomas Kuhn.
8. Contra o método (1974), de Paul Feyerabend.
9. O homem e o universo. Como a concepção do universo se modifi-
cou através dos tempos (1939), de Arthur Koestler.
10. O passado das ciências como história (2007), de Kostas Gavroglu.
11. Introdução à historiografia da ciência (2001), de Helge Kragh.
12. A evolução da tecnologia (2001), de George Basalla.
Se você tem pressa e é ávido por conhecimento, sugiro a lei-
tura do item
1.2 Breve história da Ciência, disponível na obra de Mattar Neto (2017, 
p. 10-35).
MATTAR NETO, João Augusto. Metodologia Científica na 
Era da Informática. 4. ed. Saraiva, 2017. [Minha Biblioteca]. 
Disponível na Biblioteca Virtual.
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LENDO ESSE TEXTO, VOCÊ TERÁ UM 
PANORAMA GERAL DAS CIÊNCIAS. SIM, 
EU ESCREVI DAS CIÊNCIAS. PORQUE 
A COMPLEXIDADE DO NOSSO MUNDO 
LEVOU À SUBDIVISÃO DA CIÊNCIA: 
E as áreas foram subdivi-
didas: a biologia, por exem-
plo, se dividiu em botânica, 
fisiologia, zoologia, genética, 
etc. e, hoje em dia, áreas e 
subáreas são unidas por no-
vos arranjos de conhecimen-
tos, como a cibernética (ciên-
cia que estuda as máquinas 
automáticas e os seres vivos 
em seu sistema autogoverna-
do), por exemplo.
• M A T E M Á T I C A ,
• Q U Í M I C A ,
• A S T R O N O M I A ,
• G E O L O G I A ,
• P S I C O L O G I A ,
• E C O N O M I A ,
• M E D I C I N A ,
• E N G E N H A R I A ,
• B I O L O G I A , E T C .
• C I Ê N C I A S A G R Á R I A S ,
• C I Ê N C I A S B I O L Ó G I C A S ,
• C I Ê N C I A S D A S A Ú D E ,
• C I Ê N C I A S E X A T A S E D A T E R R A ,
• E N G E N H A R I A S ,
• C I Ê N C I A S H U M A N A S ,
• C I Ê N C I A S S O C I A I S A P L I C A D A S ,
• L I N G U Í S T I C A , L E T R A S E A R T E S .
No Brasil, costumamos dividir 
a ciência em três grandes tipos: 
exatas, biológicas e humanas. 
Já o CNPq (Conselho Nacional 
de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico) divide as áreas de 
conhecimento brasileira atual-
mente em oito grandes grupos: 
Contudo, é inegável que todo 
o conhecimento gerado e toda a 
ciência desenvolvida não teria 
acontecido sem a força da co-
municação.
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Entre os vários tipos de comunicação, tais como escrita, rádio, 
TV e internet, se destaca a forma escrita. Ela foi a base e conti-
nua sendo a base da nossa comunicação. A escrita por si só não 
tem muito valor. Importância muito maior deve ser dada à leitura, 
à interpretação e ao armazenamento de informações. Itens que 
tentaremos facilitar na sequência desta unidade.
Fonte: 123rf
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CONCLUSÃO 
Nessa unidade você aprendeu as diferenças e as relações entre 
conhecimento e ciência, sua importância para o desenvolvimento do 
mundo atual e os diversos tipos de divisão da ciência.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Científica e Tecnológica: 
Ciência e Conhecimento.2009. Disponível em: http://www.dsce.fee.
unicamp.br/~antenor/mod1.pdf. Acesso em: 03 jul. 2019. 
MAGALHÃES, Gildo. Doze Livros para Entender a História das 
Ciências. Disponível em: https://www.fflch.usp.br/sites/fflch.usp.br/
files/2017-11/Histo%CC%81ria%20das%20Cie%CC%82ncias.pdf. 
Acesso em: 05 jan. 2019.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamen-
tos de Metodologia Científica, 8ª edição. Atlas, 01/2017. E-book. [Minha 
Biblioteca]. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788597010770/cfi/6/2!/4/2/4@0:0.0795. Acesso em: 10 jan. 2019. 
MATTAR NETO, João Augusto. Metodologia Científica na Era 
da Informática - 4ª Edição. Saraiva, 2017. E-book. [Minha Biblio-
teca]. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788547220334/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em: 08 jan. 2019. 
SANTOS, João Almeida; PARRA FILHO, Domingos. Metodologia 
Científica, 2ª edição. Cengage Learning Editores, 04/2012. E-book. 
[Minha Biblioteca]. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.
br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em 12 jan. 2019. 
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A 2UNIDADE
LEITURA DE TEXTOS CIENTÍFICOS: 
COMO FAZER ISSO DE FORMA 
RÁPIDA E DIRETA? 
INTRODUÇÃO
BONS ESTUDOS! 
Olá! Seja bem-vindo. Nesta unidade aprenderemos como 
fazer uma boa leitura e como maximizar a qualidade da leitura 
realizada e como estas podem ajudar na boa prática acadêmi-
ca e profissional. Então vamos lá! 
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LEITURA DE TEXTOS CIENTÍFICOS:
PROCEDIMENTOS, TÉCNICAS DE 
LEITURA
A leitura é um ato muito importante 
no desenvolvimento de ciência, pois 
auxilia no incremento de vocabulário 
e faz com que o cientista possa “con-
versar” com o seu próprio eu para a 
facilitação da geração de hipóteses, 
saber o que outras pessoas já sa-
bem sobre aquele assunto, encon-
trar aquela ideia que faltava para dar 
sequência ao trabalho ou mesmo 
comparar os resultados obtidos por 
ele durante a sua pesquisa.
Fonte: 123rf
É por meio da leitura que aprendemos sobre o mundo. É 
por meio da leitura que todo universitário pode desenvolver 
habilidades e competências que farão com que ele seja um 
excelente profissional. 
“[...] precisa ter um caráter de leitura ativa ou 
viva. Ela se caracteriza quando é realizada com 
interesse, vibração e entusiasmo. É aquela que, 
por seu conteúdo, nos prende a atenção, que 
não nos deixa largar o livro. É quando temos 
pressa e desejamos chegar ao fim, porém, com 
vontade de que o texto não acabe. É aquela 
leitura que nos faz ver, ouvir e sentir as cores, 
os sons e os aromas que o autor conseguiu 
imprimir e transmitir em seu texto.”
NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Elaboração de 
projetos de pesquisa: Monografia, dissertação, 
tese e estudo de caso, com base em metodo-
logia científica. Cengage Learning Editores, 
19 out. 2016. [Minha Biblioteca]. Disponível na 
Biblioteca Virtual.
Nascimento (2016, p. 1) afirma que a leitura acadêmica 
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Nascimento (2016) ainda afirma que a leitura é o primeiro pas-
so para o conhecimento, para a criação. Veja, na Figura 1, todos 
os degraus que podem ser percorridos a partir da leitura, que ca-
racterizam o processo de pesquisa.
Como podemos observar na Figura 1, a leitura é a base do 
estudo, do entendimento, do conhecimento e de tudo que está 
relacionado com o desenvolvimento. Quanto mais leitura, mais 
conhecimento, mais reflexão, mais criação. Com um pouco de 
curiosidade saímos das cavernas e fomos à lua, mas o conheci-
mento foi passado de geração em geração por meio de escrita 
e leitura. O conhecimento foi acumulado, aprimorado por leitura 
selecionada, aprendido, transformado em competência, e possi-
bilitou que engenheiros construíssem naves espaciais. Cada um 
de nós é capaz de focar o aprendizado em uma área e armaze-
nar conhecimento nessa área. Jamais abandone a leitura, pois, 
caso você faça isso, se tornará um profissional desqualificado 
com o passar do tempo. 
Um ambiente adequado de leitura vai bem! Veja os itens consi-
derados importantes por Nascimento (2016, p. 5) para que a leitu-
ra seja rápida e efetiva.
Figura 1 – O caminho da pesquisa 
Fonte: NASCIMENTO, 2016, p. 3.
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Local ou ambiente
para o exercício
do estudo
Para que um boa leitura possa ser feita é necessário saber o 
que ler dentre todas as possibilidades hoje abundantes existentes. 
Para tanto, é preciso saber selecionar a leitura. Uma leitura super-
ficial dos principais pontos abordados por um livro ou do resumo 
apresentado por um artigo pode auxiliar na escolha da leitura da-
quela obra. Ou seja, essa obra tem o que realmente eu procuro?
Figura 2 – Componentes adequados para o bom estudo 
Fonte: NASCIMENTO, 2016, p. 3.
Fonte: 123rf
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Se a partir dessa leitura superficial a curiosidade for aguçada, 
talvez valha a pena se debruçar sobre a obra, de fato. 
Se a leitura de uma obra flui facilmente, significa que você já 
tem parte ou a totalidade daquele conhecimento. Se, entretanto, 
a leitura for difícil, não desanime, siga essas regrinhas básicas 
que visam facilitar a leitura e o entendimento da obra: 
Essas dicas servem para todos os tipos de leitura. Mas caso você 
esteja realizando uma pesquisa por meio da leitura, cabe ser ana-
lítico durante essa leitura. Para tanto, deve-se classificar a obra a 
ser lida, captar o conteúdo principal da obra (de preferência em uma 
única frase), descobrir os objetivos, os problemas e as respostas, 
interpretar o conteúdo do trabalho, identificar as palavras-chaves 
apresentadas ao longo do texto, descobrir quais são os argumentos 
utilizados na resolução do problema, e, por fim, ser crítico, abrir a 
sua mente para questionar tudo o que o autor diz na sua obra. 
• sublinhe as informações importantes (um marca-texto 
também ajuda!); 
• utilize linhas verticais nas margens quando os parágra-
fos forem muito extensos ou quando quiser ressaltar afirma-
ções já sublinhadas;
• utilize asteriscos e/ou outros sinais na margem quando 
desejar colocar uma informação em evidência;
• numere afirmações ou proposições que apresentem 
uma ordem sequencial; anote suas dúvidas na própria obra.
Fonte: 123rf
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Por fim, mas não menos importante, passemos para a leitura 
sintópica, na qual o pesquisador deve buscar tudo o que já foi 
escrito sobre o assunto que se deseja conhecer. Para tanto, é 
interessante montar uma biblioteca (ou uma pastinha no Google 
Drive), fazer uma leitura seletiva de várias obras, uniformizar os 
diferentes vocábulos utilizados pelos autores, mas que no fim re-
presentam a mesma coisa, formular perguntas ao longo das leitu-
ras, confrontar as ideias dos diferentes autores. 
Uma prática de leitura bastante difundida é a técnica SQ3R, 
criada em 1946 pelo psicólogo educacional Francis Pleasant Ro-
binson, que compreende cinco etapas:
1. Survey (levantamento);
2. Question (pergunta);
3. Read (leitura); 
4. Recite (repetição);
5. Review (revisão).
A leitura é muito importante para toda a vida acadêmica e pro-
fissional. Podem auxiliar ainda no processo de leitura de trabalhos 
científicos os fichamentos, os resumos e as resenhas. 
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CONCLUSÃO 
Nessa unidade você aprendeu sobre a importância da leitura 
que culmina na melhoria da escrita e na facilitação da vida aca-
dêmica e profissional. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAPA MENTAL. SQ3R: Métodode Leitura. Disponível em: http://
www.mapamental.org/mapas-mentais/sq3r-metodo-de-leitura/. Acesso 
em: 04 jan. 2019.
NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Elaboração de projetos de pesquisa: 
Monografia, dissertação, tese e estudo de caso, com base em meto-
dologia científica. Cengage Learning Editores, 2016. E-book. [Minha 
Biblioteca].
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788522126293/cfi/0!/4/4@0.00:5.87. Acesso em: 11 jan. 2019. 
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A3UNIDADE
FICHAMENTOS, RESUMOS E 
RESENHAS: O QUE SÃO E COMO 
PODEM ME AJUDAR? 
INTRODUÇÃO
BONS ESTUDOS! 
Seja bem-vindo! Nesta unidade aprenderemos sobre 
as técnicas de Fichamentos, Resumos e Resenhas e em 
como elas poderão auxiliar na escrita de trabalhos acadê-
micos e científicos. 
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Quando pesquisamos algum assunto é normal que façamos a 
leitura de várias fontes. As fontes utilizadas num trabalho podem 
alcançar as dezenas e até as centenas. Portanto, faz-se neces-
sário organizar todo o material lido. Uma das formas de organizar 
é através dos fichamentos. Santos e Parra Filho (2012, p. 120) 
dizem que a função do fichamento é “[...] colocar à disposição do 
pesquisador uma série de informações distribuídas em uma gama 
enorme de obras já consultadas.”
Nos primórdios da pesquisa científica foi desenvolvido um mé-
todo de fichamento das obras. As fichas podem ser distribuídas 
em ordem alfabética ou decimal, na qual a ordem decimal é a me-
lhor, pois organiza por assunto. A Classificação Decimal Universal 
(CDU), por exemplo, organiza o item 16 – Lógica. Teoria do conhe-
cimento. Metodologia. Unindo palavras que estão relacionadas ao 
mesmo assunto, facilitando, assim, a vida do pesquisador.
A estrutura da ficha deve ser direta e repetitiva para a melhor 
organização das informações. Essas fichas podem ser:
FICHAMENTOS, RESUMOS E 
RESENHAS
Fonte: 123rf
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• Fichas de citação, que transmitirão, na íntegra, o conteúdo da 
obra pela qual o pesquisador tem interesse, que serão frases que po-
derão ser utilizadas posteriormente, devendo ser grafadas entre as-
pas, já que representam a autoria de outra pessoa. 
A) Título: Pense no garfo! Uma história da cozinha e de como comemos
B) Referência bibliográfica: BEE, Wilson. Pense no garfo! Uma história da 
cozinha e de como comemos. Zahar, maio 2014. [Minha Biblioteca].
C) Texto: (citações) 
“A colher de pau não tem uma aparência de especial sofisticação – 
tradicionalmente, era oferecida como prêmio de consolação em concursos –, 
mas tem a ciência a seu lado. A madeira não é abrasiva e, por isso, é gentil com 
as panelas – você pode raspá-las sem medo de ferir a superfície de metal.”2
“As panelas elétricas de arroz foram um casamento ideal entre a cultura 
e a tecnologia. Os primeiros modelos reproduziram o cozimento lento das 
tradicionais panelas de arroz japonesas, feitas de barro – ao contrário do 
micro-ondas, que alterava toda a estrutura das refeições familiares, as panelas 
elétricas de arroz permitiram que as famílias asiáticas fizessem as mesmas 
refeições tradicionais, porém com muito mais facilidade.”44
“Assar é a mais antiga forma de cozinhar. Nos seus termos mais elementares, 
não significa nada além de pôr os ingredientes crus direto sobre o fogo.”70
“As colheres são – ao lado de seus companheiros e rivais, o fachi e o garfo – 
decididamente uma forma de tecnologia. Suas funções incluem servir, medir e 
levar o alimento do prato à boca, sem falar nas colheres culinárias para mexer e 
raspar, escumar, levantar e retirar como concha.”155
D) Indicação da obra:
A obra se destina a amantes da boa culinária e estudantes de ciência dos 
materiais e usos na cozinha. 
E) Local:
A obra, no formato de e-book, pode ser encontrada na Minha Biblioteca da 
Universidade São Francisco. 
FICHA DE CITAÇÃO
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• Fichas de resumo, que captarão as ideias maiores do texto, 
do que é essencial para o pesquisador, escrita com palavras pró-
prias e sem críticas ao trabalho. 
A) Título: Como chegamos até aqui.
B) Referência Bibliográfica: STEVEN, Johnson. Como chegamos até aqui: A 
história das inovações que fizeram a vida moderna possível. Zahar, abr. 2015. 
[Minha Biblioteca]. 
C) Texto (resumo) 
Assim como as formas vivas evoluem, as criações humanas também evoluem. 
O livro está dividido em seis temas: vidro (que conta a descoberta de uma 
obra de arte feita de vidro produzida naturalmente na Líbia e encontrada na 
pirâmide de Tutancâmon), frio (que conta a história de fabricação do gelo, 
geladeiras, ar-condicionado e de suas comercializações), som (que conta 
a biologia do ouvido e a ciência do som e como utilizamos os conceitos do 
som no microfone, no telefone e na rádio), higiene (que conta como foram 
desenvolvidas as redes de esgoto, tratamento de água e sua correlação 
com doenças), tempo (que conta a história do desenvolvimento dos relógios) 
e luz (que conta a história da iluminação com combustíveis fósseis e o 
desenvolvimento da energia elétrica).
A obra encerra-se contando a história da condessa de Lovelace, Augusta Ada, 
e de sua paixão por matemática, que com Charles Babbage fizeram as bases 
de cálculo computacional que utilizamos até os dias atuais. 
D) Indicação da obra:
A obra é indicada a todos que se interessam pela história das inovações, 
descobertas e invenções. 
E) Local:
A obra, no formato de e-book, pode ser encontrada na Minha Biblioteca da 
Universidade São Francisco.
FICHA DE RESUMO
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• Fichas bibliográficas, que visam identificar o objetivo da 
obra, os problemas, os métodos e os principais resultados obtidos. 
• Fichas de esboço, nas quais o leitor faz anotações mais de-
talhadas do autor, lendo página por página e ressaltando as infor-
mações contidas em cada uma. É interessante o seu uso porque 
facilita consultas posteriores para citações.
• Fichas críticas ou analíticas, nas quais o pesquisador, além 
de apresentar o resumo e os pontos principais do trabalho a ser fi-
chado, também faz a análise crítica deste. Comparações entre obras 
também são permitidas e auxiliam o processo de pesquisa e escrita. 
A) Título: Determinação de cádmio em bijuterias oriundas da china.
B) Referência Bibliográfica: PAIS, A.R.; DINA, L.N.; ALVES, E.R.; REZENDE, 
H.C.; SILVA, L.A.; ALVES, V.A. Determinação de Cádmio em Bijuterias 
Oriundas da China. Química Nova, v. 41, n.10, p. 1218- 1225, 2018. 
C) Texto:
Este trabalho visou a determinação de cádmio em bijuterias adquiridas em 
Uberaba – MG, de procedência chinesa. As bijuterias foram lavadas em 
hexano e em banho de ultrassom e foram dissolvidos em ácido nítrico. O 
cádmio foi identificado qualitativamente por meio da precipitação com íon 
sulfeto. Para a identificação quantitativa, o cobre presente na amostra foi 
eletrolisado, e o cádmio quantificado por espectroscopia de absorção atômica. 
A concentração de cádmio encontrada foi de 30% (m/m), que é um valor 
extremamente preocupante para a saúde das pessoas que fazem uso das 
bijuterias. 
D) Indicação da obra: 
A obra é indicada para estudantes e docentes de química analítica, e demais 
interessados em determinação de cádmio. 
E) Local:
Revista Química Nova.
Disponível em:
<http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/v41n10a18.pdf>.
FICHA BIBLIOGRÁFICA
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Atualmente os fichamentos podem ser feitos no formato e ta-
manho de fichas e escritos à mão ou podem ser feitos em arquivos 
de computador. 
Além dos fichamentos, também podem ser elaboradosresu-
mos e resenhas para auxiliar o pesquisador. 
O resumo pode ser entendido como um texto que contém par-
tes de um texto maior. Essas partes são essenciais ao entendi-
mento de todo o texto. É comum vermos resumos de jornais, tele-
jornais, peças de teatro, filmes, livros, espetáculos de música ou 
de dança. O resumo, em todos os casos, é uma prévia do gênero. 
Sua função é fazer com que queiramos ler o resto da obra, ou 
assistir ao espetáculo. 
O resumo também pode ser acadêmico, de forma que compõe 
resumos e artigos para congressos, artigos científicos, monogra-
fias, dissertações e teses. São classificados pela NBR 6028:2003 
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em: crítico, 
que se caracteriza por fazer a análise crítica da obra lida, e tam-
bém pode ser considerado uma resenha; indicativo, que indica os 
pontos principais da obra lida e; informativo, que informa ao leitor 
finalidades, metodologia, resultados e conclusões do documento. 
É muito importante que o resumo seja claro e objetivo e leve o 
leitor a desejar ler o trabalho.
O resumo acadêmico deve conter o assunto, o objetivo, a articu-
lação das ideias, a conclusão do autor e a originalidade do trabalho. 
uM boM resuMo deve conter:
• 100 a 250 palavras: artigos de periódicos; 
• 150 a 500 palavras: relatórios técnicos-científicos, monografias, dissertações e teses. 
Embora a ABNT 6028:2003 classifique a resenha como sendo um tipo de resumo, é 
necessário não confundir as duas coisas, pois são tipos de textos diferentes. 
“[...] o resumo apenas reproduz sinteticamente um 
texto original, a resenha tem estrutura própria. Junta-
mente com um resumo, aparecem na resenha outras 
informações além de interpretações e avaliações, 
como contexto geral da obra, sua produção, divulga-
ção, tradução (se for o caso), informações sobre o 
autor. O resumo seria apenas uma parte do gênero 
resenha.” (MEDEIROS, 2014, p. 132).
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Para se escrever uma boa resenha é necessário um conheci-
mento maior sobre o assunto, já que a resenha permite que seja 
dada opinião e se faça comparações entre diferentes obras de 
mesmo assunto. A escrita pode iniciar pelas respostas a algumas 
perguntas: o texto tem coerência? É original? Apresenta ideias vá-
lidas? Essas ideias são relevantes? O texto contribui para a área 
a qual se destina? O trabalho desenvolvido atingiu os objetivos 
desejados? Os métodos aplicados são os mais eficazes? O tex-
to aprofunda ideias ou apenas relata ideias de outros autores? A 
conclusão está devidamente apoiada nos métodos aplicados? 
 Bem, agora que você já conhece as técnicas de fichamento, 
resumo e resenha e já aprendeu sobre a importância da boa leitura 
para o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos e científicos, é 
hora de saber como melhorar a qualidade da sua leitura científica.
CONCLUSÃO 
Nessa unidade você aprendeu sobre as técnicas de ficha-
mentos, resumos e resenhas. Não deixe para depois! Pratique 
essas técnicas para que você melhore sua escrita e tenha 
facilidade em seus estudos. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 
6028: Informação e Documentação – Resumo – Apresentação. Rio de 
Janeiro, 2003.
BEE, Wilson. Pense no garfo! Uma história da cozinha e de como 
comemos. Zahar, 05/2014. E-book. [Minha Biblioteca]. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/
cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em 12 jan. 2019.
MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: A Prática de Ficha-
mentos, Resumos, Resenhas, 12ª edição. Atlas, 06/2014. E-book. 
[Minha Biblioteca]. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.
com.br/#/books/9788522490271/cfi/0!/4/4@0.00:14.4. Acesso em: 10 
jan. 2019. 
PAIS, A.R.; DINA, L.N.; ALVES, E.R.; REZENDE, H.C.; SILVA, 
L.A.; ALVES, V.A. Determinação de Cádmio em Bijuterias Oriundas da 
China. Química Nova, v. 41, n.10, p. 1218 – 1225, 2018. Disponível em: 
http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/v41n10a18.pdf. Acesso 
em 11 jan. 2019
SANTOS, João Almeida; PARRA FILHO, Domingos. Metodologia 
Científica, 2ª edição. Cengage Learning Editores, 04/2012. E-book. 
[Minha Biblioteca]. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.
br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em 12 jan. 2019. 
STEVEN, Johnson. Como chegamos até aqui: A história das ino-
vações que fizeram a vida moderna possível. Zahar, 04/2015. E-book. 
[Minha Biblioteca]. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.
com.br/#/books/9788522112661/cfi/0!/4/2@100:0.00. Acesso em 12 jan. 
2019. 
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MELHORIA DA LEITURA E DA ESCRITA 
CIENTÍFICA: POR QUE ELAS SÃO 
IMPORTANTES?
INTRODUÇÃO 
Olá! Nesta unidade aprenderemos como melhorar a qualidade da 
leitura científica a fim de realizar uma escrita científica também com 
maior qualidade.
BONS ESTUDOS!!! 
4UNIDADE
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Quanto à escolha entre autores, uma boa dica é: leia o autor 
que tiver mais obras em revistas da mesma área. Isso significa 
que ele tem muita experiência no assunto e que você pode apren-
der um pouquinho mais com ele. 
Quando ler um artigo científico siga estas quatro etapas:
• Faça uma leitura superficial, a fim se o artigo vale a pena para 
o seu trabalho e se ele tem a profundidade que você precisa;
• Releia aprofundadamente, separando os itens preciosos do 
trabalho, como objetivo, justificativa, método, resultados, discus-
são e conclusão; 
• Interprete o texto, as imagens, os gráficos e as tabelas (apren-
da a analisá-las de forma rápida e direta); 
• Resuma o artigo. 
Primeiro, lembre-se que uma boa leitura requer um ambiente 
tranquilo e confortável. 
Você deve escolher boas obras para ler. Dê preferência aos 
livros-texto, artigos internacionais (revistas Science e Nature são 
um bom começo para as áreas de exatas e biológicas), artigos 
nacionais, teses, dissertações, resumos completos publicados em 
anais de congresso. Bem, essa é a ordem de importância quando 
você não souber que obra ler primeiro. E não se desespere se não 
conseguir ler tudo aquilo que você marcar como leitura favorita. 
Ler tudo é impossível! Estabeleça prioridades! 
PROCEDIMENTOS E RECURSOS PARA 
O INCREMENTO DA QUALIDADE DA 
LEITURA CIENTÍFICA
Se você se interessou pelas revistas de artigos internacionais 
de ponta, o link para acessar a Science é: https://www.science-
mag.org/ e o link para acessar a Nature é: https://www.nature.com/
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Outra dica é: se você gos-
ta de pesquisar e tem facilida-
de em ler e escrever, faça uma 
iniciação científica. A iniciação 
científica é a porta de entrada 
para a ciência e te ensina todos 
os passos da pesquisa científi-
ca na prática, com a orientação 
de um professor especialista na 
área.
Leia aquilo de que gosta e não aquilo a que é obrigado, e logo 
estará lendo aquilo que é obrigatório sem pensar nisso, porque 
simplesmente você adquiriu o gosto pela leitura. 
A boa leitura abre as asas da imaginação, nos torna críticos e 
abre a nossa mente para a criatividade e a criação. 
Abuse das marcações, das fichas, dos resumos e das rese-
nhas. Isso lhe ajudará muito numa tarefa que sempre terá na sua 
vida profissional e acadêmica: a escrita.
A redação científica é um gênero de redação assim como é a 
poesia, as peças de teatro, os jornais e as cartas de amor. Ela é 
direcionada ao perfil de leitor que fará a sua leitura, de forma a 
ser o mais compreensível possível. Geralmente, quem lê um texto 
científico já possui um conhecimento mínimo acerca do assunto. 
Porém, é extremamente pertinente que a escrita:REDAÇÃO CIENTÍFICA:
LINGUAGEM CIENTÍFICA
E SUAS CARACTERÍSTICAS 
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Para a maioria das pessoas escrever dói e, para facilitar, deve-se 
treinar. Da mesma forma que quanto mais se ler, mais vocábulos se 
adquire, quanto mais se escrever, mais fácil se tornará o processo. 
As principais formas de divulgação de trabalhos científicos são 
os artigos científicos, as monografias, as dissertações e as teses. 
Em todas elas a estrutura de apresentação do texto é a mesma, 
ou seja, contém título, autor, resumo, introdução, objetivo, funda-
mentação teórica, método, resultados e discussão, conclusão, e 
referências bibliográficas. Os trabalhos acadêmicos também de-
vem apresentar a mesma estruturação.
Abordaremos mais sobre a forma de escrever um trabalho 
científico e/ou acadêmico na unidade 4. 
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seja clara e precisa, ou seja, não deve deixar dúvidas quanto à 
interpretação das informações, obedecendo às regras gramaticais 
e de pontuação, e não deve usar gírias ou palavras vulgares; 
seja objetiva, ou seja, não se deve florear ou 
incrementar o texto sem a real necessidade; 
tenha linguagem despersonalizada, utilizando a voz 
passiva ou a terceira pessoa do singular do impessoal; 
• contenha parágrafos curtos, a fim de não tornar a 
leitura cansativa;
seja referenciada, sempre citando o autor no qual se 
baseou para escrever aquele trecho; 
tenha o texto com partes interligadas que devem conter 
introdução, desenvolvimento (onde são apresentados os métodos 
e os resultados alcançados) e conclusão unidos ao longo do texto. 
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Nessa unidade você aprendeu que a melhoria da 
qualidade de leitura influencia diretamente na qualida-
de da escrita. 
As diferenças e as relações entre conhecimento e ciên-
cia. Aprendeu sobre a importância da leitura e os métodos 
que existem para melhorar a leitura científica, fichamentos, 
resumo e resenha, que culminam na melhoria da escrita. 
CONCLUSÃO
DEL BUONO, Regina. A Pirâmide de Aprendizagem de William 
Glasser. 26 nov. 2016. Disponível em: http://www.abntouvancouver.
com.br/2016/11/a-piramide-de-aprendizagem-de-william.html. Aces-
so em: 03 jul. 2019. 
ROSSI, Rafael. A escrita acadêmica em debate: Considerações 
sobre sua dimensão política. Boletim GEPEP. v.02, n. 02, p. 16-26, 
jul. 2013. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br/grupos/gepep/2b.
pdf. Acesso em 04 jul. 2019.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PESQUISA CIENTÍFICA: 
POR ONDE COMEÇAR?
INTRODUÇÃO 
Olá! Seja bem-vindo à segunda unidade do curso Iniciação à Pes-
quisa Científica. Esta unidade tem por objetivo apresentar as etapas do 
método científico, os métodos e os estágios da pesquisa científica, prin-
cipalmente no que se refere à identificação do problema de pesquisa e 
do tema, e da formulação de objetivos e hipóteses.
BONS ESTUDOS!!! 
5UNIDADE
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MÉTODO CIENTÍFICO
A partir do momento que o homem ansiou por conhecer o mundo 
e aquilo que fazia parte dele, passou a repetir, ainda que sem per-
ceber, etapas para resolver suas dúvidas, ou apenas no campo do 
pensamento ou na prática. Desde que ele percebeu que as árvores 
de uma determinada região davam frutos em uma época e em outra 
época eram outras árvores que davam seus frutos, criou rotas de 
peregrinação para se aproveitar dos frutos das diferentes árvores. 
Isso, dentro do campo científico, é o que chamamos de método. 
Segundo Appolinário (2015, p.11) o método “é um procedimen-
to ou um conjunto organizado de passos que se deve realizar para 
atingir determinado objetivo”. O método científico nada mais é do 
que seguir passos para atingir um objetivo, que se relaciona dire-
tamente com o conhecimento de uma área específica, e que pas-
sa pela observação, pela definição do problema, pela elaboração 
de hipótese, verificação científica, análise e síntese. 
APPOLINÁRIO, Fábio. Metodologia Científica. Cengage 
Learning Editores, jun. 2015. [Minha Biblioteca]. Disponível 
na Biblioteca Virtual
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• Método dedutivo (desenvolvido por René Descartes), 
que baseia-se no esclarecimento das ideias por meio 
do raciocínio que leva a conclusões verdadeiras elabo-
radas a partir de deduções lógicas; 
• Método indutivo (desenvolvido por Francis Bacon), que 
diz que somente por meio da observação pode conhe-
cer algo novo. Esse método é muito utilizado nas Ciên-
cias da Natureza, como botânica, zoologia, geologia e 
mineralogia; 
• Método experimental (desenvolvido por Galileu Galilei), 
baseada na formulação de uma hipótese que pode ser 
testado por meio de experiências. Esse método é bas-
tante comum nas ciências físico químicas, nas quais os 
problemas podem ser matematizados. 
Embora o método científico siga essa ordenação, não é tão 
simples assim. Ao longo do tempo, vários filósofos e cientistas 
foram desenvolvendo seus próprios métodos de interpretação 
do universo. Os pensadores gregos empregavam a observação 
como primícias para responder às questões filosóficas e existen-
ciais da época. Muito tempo depois, na idade média, passamos 
por um período de escuridão, em que pensar não era bem aceito 
pelos senhores feudais e pela igreja da época. 
O desenvolvimento do método científico só ocorreu no prin-
cípio da modernidade, alicerçado pelo movimento importante da 
época chamado de Revolução Científica. Entre seus importantes 
expoentes, estão três que criaram os vários métodos de pesquisa 
(ANDRADE, 2012): 
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Quem foram René Descartes, Francis Bacon e Galileu 
Galilei? 
A resposta mais curta é: foram grandes pensadores/cientis-
tas que revolucionaram o modo de fazer a pesquisa científica. 
Mas talvez a resposta mais longa contextualize melhor a impor-
tância desses e de outros expoentes da Revolução Científica. 
A Revolução Científica foi um período de iniciação à 
luz da pesquisa científica, que ocorreu de 1543 a 1687. 
Em 1543, Nicolau Copérnico publicou o livro Sobre a 
revolução dos orbes celestes e, em 1687, Isaac Newton 
publicou o livro Princípios matemáticos da filosofia natu-
ral. Ambas as obras se relacionam ao desenvolvimento 
da física, em especial pela observação da astronomia, 
e marcam o início e o final do tempo onde a ciência foi 
redefinida. Esse período, unido ao Renascentismo e à 
Reforma Protestante, são considerados o marco para o 
início da modernidade. Muitos consideram o período das 
Grandes Navegações como o início das transformações 
e da quebra da ruptura com o mundo aristotélico e o 
período da Antiguidade anterior (MARCONDES, 2016). 
Em resumo, a Revolução Científica teve influência di-
reta no nosso modo de agir e pensar a ciência, e criou 
bases fortes para que inovações ocorressem, como a 
própria Revolução Industrial. Muitos nomes foram im-
portantes nesse período, tais como: 
• Nicolau Copérnico;
• Andreas Vesalius;
• Leonardo Da Vinci;
• Michel de Montaigne;
• Willian Gilbert;
• Francis Bacon;
• Galileu Galilei;
• Johannes Kepler;
• William Harvey;
• René Descartes;
• Robert Boyle; 
• Isaac Newton etc.
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Eles desenvolveram a ciência nos campos da astro-
nomia, da física, da matemática e da medicina. 
René Descartes (Figura 1) viveu de 1596 a 1650 e 
é um dos mais importantes filósofos da modernidade, 
com destaque na matemática (na qual desenvolveu o 
método das coordenadas e o produto cartesiano), na 
psicologia (na qual discutiu a subjetividade da consci-
ência e propôs o método introspeccionista),e na me-
dicina (em que formulou a visão mecanicista do corpo 
humano). Para Descartes, as ideias podem servir de 
base para o conhecimento e foi com esse pensamen-
to que ele desenvolveu seu método indutivo (MAR-
CONDES, 2016). 
Figura 1 – Desenho esquemático de René Descartes e seu plano cartesiano
Fonte: SHAPIRO, 2016.
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Francis Bacon (1561-1626 – Figura 2), foi um dos mais 
importantes influenciadores da Modernidade, especial-
mente no que tange ao desenvolvimento da metodologia 
científica. Exerceu cargos altos na sociedade da época 
na área jurídica, chegando a ser lorde chanceler no reina-
do de Jaime I, e recebendo o título de Visconde de Saint 
Albans, mas caiu em desgraça pela desavença política 
entre rei e parlamento. Sua importância se deve pela dis-
cussão do método científico, em que apresenta a impor-
tância da ciência experimental para o desenvolvimento 
da lógica científica. Mais do que isso, ele defendeu que 
a ciência experimental auxiliaria no desenvolvimento da 
sociedade, contribuindo para o bem-estar das pessoas. 
Essa ciência experimental só seria alcançada por meio 
da libertação do pensamento humano frente aos estig-
mas existentes e ao poder inicial da observação da na-
tureza, sem preconceitos. Para Bacon conhecer é saber 
fazer (MARCONDES, 2016).
Figura 2 – Desenho esquemático de Francis Bacon
Fonte: BORTHOLETTI, 2018.
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Porém, foi Galileu Galilei (Figura 3), que estabeleceu 
a ciência experimental de fato. Galileu (1564-1642), ao 
lado de Copérnico e Newton, foi um dos mais importan-
tes expoentes da Revolução Científica, e um dos mais 
conhecidos em função de sua defesa política do helio-
centrismo e do processo de inquisição que sofreu. Es-
tudou medicina e ciências naturais, tornando-se profes-
sor de matemática na Universidade de Pádua em 1591, 
onde inventou o telescópio e com ele pôde observar as 
montadas da lua, as luas de Júpiter a composição da 
Via Láctea, o que representou sua quebra de ideias, se 
“convertendo” ao heliocentrismo de Copérnico, pelo qual 
foi perseguido pela Inquisição Romana. Seu método ba-
seia-se em analisar os dados da natureza (resolução), 
construir um modelo matemático que expresse os dados 
essenciais em teoremas e leis, deduzindo consequên-
cias a partir dele (composição), e comprovar pela expe-
rimentação se as leis formuladas e as consequências 
ocorrem realmente (MARCONDES, 2016). 
Figura 3 – Desenho esquemático de Galileu Galilei à esquerda e 
Representação de Galileu utilizando seu telescópio para estudar as estrelas
Fonte: BARAR, 2011.
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Dessa forma, hoje definimos o método científico com um caso 
particular que envolve diversos tipos de outros métodos, no qual 
estão claramente definidas as seguintes etapas: 
• a identificação de um fenômeno do universo que necessite 
de explicação que é chamado de observação; 
• a produção de uma explicação provisória sobre esse fenô-
meno, que denominamos de hipótese; 
• a execução de um teste para prova a explicação, chamada 
de experimentação; 
• a análise e a conclusão para verificar se a explicação é verda-
deira, que chamamos de generalização (appolinário, 2015).
Atualmente, consideram-se outros métodos relacio-
nados às etapas de trabalho, tais como os métodos: 
• histórico, que busca explicações nos acontecimentos 
passados; 
• comparativo, que compara semelhanças e diferenças 
em um tema de pesquisa; 
• estatístico, que utiliza os conceitos matemáticos para 
explicar a realidade; e
• os estudos de caso, que se baseiam em estudos es-
pecíficos a um local, uma empresa, etc. e que dificil-
mente se repetiriam exatamente da mesma forma em 
outro local (MEDEIROS, 2014).
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Podemos agrupar os métodos também de acordo com a área 
do conhecimento como: ciências formais ou matemáticas, ciên-
cias naturais ou biológicas, ciências morais e sociais, brevemente 
descritas na Tabela 1. 
Tabela 1 – Divisão das Ciências
Tipos de ciência Características
Ciências formais Lidam unicamente com abstra-ções, ideias e estruturas conceituais.
Ciências naturais
Estudam os fenômenos concer-
nentes à biologia, à física e à química 
(vida, ambiente, etc.).
Ciências sociais
Ciências sociais, como a psicolo-
gia, a sociologia e a economia dedi-
cam-se à investigação dos fenôme-
nos humanos e sociais.
Fonte: APPOLINÁRIO, 2015.
As ciências formais ou matemáticas incorporam a medida das 
grandezas, do qual fazem parte a álgebra, a aritmética, a geo-
metria, a física, a química. São áreas que levam em conta a ob-
servação de um fenômeno, a criação de hipóteses sobre esse 
fenômeno, a experimentação e a indução que nada mais é que 
modelagem matemática na forma de equação para esse fenô-
meno (Tabela 2), caracterizando-se, portanto, inicialmente, como 
método indutivo e depois como experimental. São assim a inércia 
de Newton, a conservação das massas de Lavoisier e a teoria da 
relatividade de Einstein. 
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As ciências naturais ou biológicas comtemplam os estudos dos seres 
vivos, de sua estrutura e composição química, das trocas que fazem com 
o ambiente mediante reações químicas ou processos físicos. Fazem parte 
dessa área a botânica, a zoologia, a biogeografia, a biologia marítima, a 
ecologia, a paleontologia, a anatomia, a taxionomia, a citologia, a histo-
logia, a genética, a fitopatologia, a patologia, a embriologia, a medicina 
veterinária, a evolução. O método de pesquisa mais utilizado é o indutivo, 
que também pode culminar no método experimental. Fazem parte desses 
métodos as leis genômicas de Mendel, comprovada por modelos mate-
máticos, que segue as etapas contidas na Tabela 1. Entretanto, no campo 
da Biologia, a experimentação, embora de grande importância, apresenta 
séria dificuldade em razão da complexidade dos fenômenos. Assim, a bo-
tânica e a zoologia se desenvolveram, por exemplo, por estudos de ana-
logias, através da associação das semelhanças, seguida de classificação, 
para se determinar a qual reino e a qual família pertence o ser vivo.
Tabela 2 – Etapas dos métodos das ciências matemáticas e naturais 
Etapa do método Descrição
1) Observação 
Avaliar com sensibilidade as características do 
objeto de pesquisa. Ser detalhista na observação e 
não ter pressa no término da observação, utilizando 
todos os órgãos do sentido de forma racional.
2) Hipótese 
Levantamento das causas de um certo compor-
tamento observado. A hipótese nada mais é do que 
uma suposição provisória que será provada na se-
quência da pesquisa. 
3) Experimentação
É o estudo prático do fenômeno provocado 
artificialmente no sentido de se provar a hipótese. 
Deve-se ter paciência e ser imparcial durante a 
experimentação.
4) Indução
Consiste na generalização de uma relação de 
causalidade que se torna lei. Quase sempre é pos-
sível utilizar um modelo matemático para tal. 
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Inércia de Newton
O inglês sir Isaac Newton (1642-1727 – Figura 4), é famoso pela 
sua importância na Revolução Científica, uma vez que conseguiu 
integrar as diferentes teorias de outros expoentes do período. Sua 
principal obra foram os livros Princípios Matemáticos da Filosofia 
Natural (1686), no qual alia a observação da física e da astronomia 
com os cálculos matemáticos que explicavam os fenômenos, por 
exemplo, da movimentação dos corpos celestes, da gravitação uni-
versal, entre outras. O livro I traz suateoria sobre a movimentação 
dos corpos, que deram origem a três leis importantes, sendo a mais 
conhecida da lei da inércia, seguida do princípio fundamental da 
dinâmica e da lei da ação e reação (MARCONDES, 2016). 
Figura 4 – Desenho representativo de Isaac Newton e suas contribuições para a 
Revolução Científica
Fonte: TORRES, 2018.
A lei da inércia diz, basicamente, que um corpo perma-
nece em repouso se estiver em repouso ou permanece em 
movimento se estiver em movimento a não ser que sofra a 
ação de uma força externa que altere o seu estado normal 
(NEWTON, 1686).
O livro completo de Isaac Newton pode ser encontrado na indi-
cação de leitura a seguir: 
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Indicação de Leitura: NEWTON, Isaac. Philosophiae Naturalis 
Principia Mathematica. Londini, 1686. Disponível na Biblioteca Virtual.
Uma divulgação científica interessante desse e de outros fenô-
menos da física é realizada pelo GREF – Grupo de Reelaboração 
do Ensino de Física do Instituto de Física da Universidade São 
Paulo (USP). Observe na Figura 5 o início da divulgação desse 
tópico (GREF, 1998, p. 57).
Figura 5 – Divulgação Científica sobre a Lei da Inércia
Na sequência do texto, o GREF (1998) explica a aplicação da Lei 
Fonte: GREF, 1998, p. 57.
da Inércia na parada de um grande meio de transporte, como um bar-
co ou uma espaçonave, explana sobre o porquê de não sentirmos os 
movimentos de translação e rotação do planeta Terra e relaciona a Lei 
da inércia de Newton com a famosa Lei da Relatividade de Einstein.
Leia esse interessante texto na Indicação de Leitura a seguir. 
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GREF. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. Leitu-
ras de Física: GREF Mecânica para ler, fazer e pensar. [São 
Paulo: USP]. 1998. Disponível na Biblioteca Virtual.
Lei da Conservação das Massas de Lavoisier 
Antoine Lavoisier (1743-1794 – 
Figura 6), é considerado o Pai da 
Química pelas diversas influências 
que exerceu no nascimento des-
sa ciência. Lavoisier teve grande 
influência no desenvolvimento da 
linguagem química, sendo um dos 
responsáveis pelo estabelecimento 
de uma sistematização na nomen-
clatura de compostos químicos por 
meio da publicação de seu famoso 
livro Traité Élémentaire de Chimie 
(traduzido para Tratado Elementar 
da Química) em 1789 (CARVA-
LHO, 2012). Sua importância no 
desenvolvimento de equipamentos 
científicos é considerada um marco 
da sua época. Um desses equipamentos desenvolvidos e aper-
feiçoados foi a balança, com a qual elaborou a lei famosa que 
amplamente repetimos e readequamos para o tratamento lúdico 
conforme a necessidade: “Na natureza nada se perde, nada se 
cria, tudo se transforma”. O nome verdadeiro da lei é Lei da Con-
servação das Massas, mas a frase anterior é muito mais expres-
siva e repetida. 
Em suma, a lei diz que em qualquer processo químico a massa 
inicial e somada dos reagentes é igual à massa final e somada dos 
produtos. A grande influência de Lavoisier se deu no estudo dos ga-
ses resultantes dos processos de combustão. Ele precisou inventar 
equipamentos para medir a massa dos gases resultantes de uma 
Figura 6 – Desenho representativo 
de Lavoisier em seu laboratório 
Fonte: SILVA, 2019.
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reação química, quando ninguém conseguia “enxergar” esses gases. 
As ideias que perduravam na época se relacionavam a teoria do 
flogístico, segundo a qual se acreditava que a combustão consis-
tia no desprendimento de corpos inflamáveis. Lavoisier consegue 
identificar que a combustão necessita de ar desflogisticado para 
acontecer, ou seja, a combustão necessitava do oxigênio e não 
da propriedade de inflamabilidade (VIDAL; CHELONI; PORTO, 
2007). Estudos sobre a combustão permitiram o início da expe-
rimentação aplicada à respiração, à fotossíntese e à calorimetria.
Veja na Figura 7 a representação do laboratório de Lavoisier onde 
podemos ter uma ideia da invenção de equipamentos tão comuns para 
os experimentos realizados (SCIENCE HISTORY INSTITUTE, 2017). 
Figura 7 – Lavoisier em seu laboratório: experimentos sobre a respiração de um 
homem em repouso
Fonte: Cortesia da Edgar Fahs Memorial Collection, Department of Special Collections, 
University of Pennsylvania Library.
Para conhecer mais sobre a história de Lavoisier, navegue 
pelo site: https://www.sciencehistory.org/historical-profile/antoine
-laurent-lavoisier
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Teoria da Relatividade de Einstein
Albert Einstein (1879-1955 – Figura 8), é considerado 
um gênio fora de seu tempo. Na verdade, muitos acreditam 
que ainda não estamos 
vivendo o tempo de Eins-
tein. Desde criança foi um 
incontido com as questões 
da ciência, tudo era motivo 
para que Einstein se per-
guntasse: “Mas porque é 
dessa forma?”. Não foi um 
bom aluno, pois foi incom-
preendido pelos professo-
res da época. Por isso e 
porque era um incontido se 
transformou em autodida-
ta. Se interessou pela ação 
do magnetismo e pela sua 
relação com a eletricidade 
desde muito cedo e isso 
o acompanhou por toda a 
vida (STRATHERN, 1998).
Vivendo uma vida miserável e pobre, Einstein só tinha 
cabeça para a ciência. Em 1905 publicou na famosa revista 
Annalen der Physik os artigos: “Sobre um ponto de vista 
heurístico acerca da produção e da transformação da luz”, 
de forma a explicar a natureza da Luz, atuando ora como 
partículas independentes bastante semelhantes a um gás, 
mas com massa de repouso nula (fótons), ora como ondas, 
com características puramente ondulatórias; “Uma nova de-
terminação do tamanho das moléculas”; “Sobre o movimen-
to de pequenas partículas suspensas em um líquido esta-
cionário, segundo a teoria cinética molecular do calor”, na 
qual propôs que as partículas de pólen suspensas na água 
eram bombardeadas pela moléculas invisíveis que forma-
vam o líquido e que isso causava o movimento browniano, 
ou seja, nesse artigo Einstein provou a existência dos áto-
Figura 8 – Fotografia de Albert Einstein
Fonte: ENCYCLOPEDIA BRITANNICA.
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mos; “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimen-
to”, no qual propôs a teoria da relatividade especial, na 
qual os conceitos e leis do espaço e do tempo só podem 
reivindicar validade na medida em que permanecem em 
relação clara com as experiências (STRATHERN, 1998).
A teoria da relatividade especial representou a ruptura 
da mecânica clássica de Newton, na qual tempo e espaço 
eram únicos e verdadeiros. Einstein formulou uma teoria 
nova que propunha uma explicação totalmente nova do 
universo. Vários, antes dele propuseram pequenos ajus-
tes, mas ele foi o que quebrou totalmente o paradigma. Ele 
aceitou que o espaço e o tempo eram relativos e por isso a 
velocidade da luz é constante através do espaço indepen-
dente da fonte da luz ou do observador estarem ou não 
em movimento, e não existe movimento absoluto e nem 
existe ausência total de movimento, o que significa que 
a velocidade é relativa ao referencial que a define. Duas 
contradições que representam o quão brilhante ele foi na 
elaboração da teoria, que se resumem na explicação de 
que à medida que a velocidade se aproxima da velocidade 
da luz, o tempo se torna mais lento (STRATHERN, 1998).
Foi somente após dois anos de extensos estudos 
matemáticos que chegou à famosa equação E = mc2, 
na qual E é energia, m é massa e c é a velocidade da 
luz. Isso explicava a quantidade enorme de energia li-
berada pelo sol e explicada a radioatividade que estava 
sendo estudada recentemente (STRATHERN, 1998).
A teoria não parou aí, mas avançou para o patamar do 
que conhecemos como Teoria da Relatividade Geral, naqual foi incluída a gravitação ao fenômeno tempo-espaço, 
capaz de abranger corpos que se deslocam em movimento 
relativamente acelerado sob a ação de um campo de ener-
gia emanado pela própria matéria, a gravidade. Pensando 
na luz com sua característica dual (onda e partícula) che-
gou à conclusão de que, para um feixe de luz atravessar 
um campo gravitacional, se curvaria (pela característica de 
partícula), e isso tornaria a distância entre dois pontos mais 
curta. Todos os estudos posteriores culminaram, em 1916 na 
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publicação na revista Annalen der Physik, em um artigo inti-
tulado “O fundamento da teoria da relatividade geral”, parte 
confirmada em 1919 por experimentos realizados em pleno 
Eclipse Solar (STRATHERN, 1998). 
Indicação de Leitura: STRATHERN, Paul. Einstein e a rela-
tividade em 90 minutos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. E-book. 
[Minha Biblioteca]. Disponível na Biblioteca Virtual.
Leis de Mendel 
Gregor Johann Mendel (1822-1884 – 
Figura 9), foi outro grande cientista que 
soube utilizar a experimentação na ela-
boração de suas leis. Monge e professor, 
fez vários experimentos genéticos com 
ervilhas, que todos nós aprendemos um 
dia nas aulas de biologia, que culminaria 
na elaboração de suas leis. Seus estu-
dos foram feitos em 1863, publicados em 
1866 nos anais da Natural History Socie-
ty de Brno, mas só tiveram real impor-
tância após 1900, quando os botânicos 
Hugo de Vries, na Holanda; Carl Correns, 
na Alemanha, e Erich von Tschermak-
Seysenegg, na Áustria, buscavam indivi-
dualmente literaturas que embasassem 
suas ideias com relação à hereditariedade (ASTRAUKAS et 
al., 2009).
Resumidamente, Mendel utilizou a ervilha de jardim (Pi-
sum sativum), que tem pétalas da flor que se fecham im-
pedindo que grãos de pólen entram ou saiam, o que faz 
com essa espécie tenha que se autofertilizar, portanto, com 
Figura 9
Fotografia de 
Gregor 
Mendel
Fonte: PIERCE, 2017.
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variação genética mínima de uma geração para outra. Em seus 
experimentos, cruzou plantas baixas e altas e verificou que as 
plantas geradas eram híbridas, e as baixas eram perdidas. De-
pois, as híbridas geravam numa proporção 3:1 plantas altas e bai-
xas na próxima geração, o que permitiu que ele concluísse que 
as plantas baixas deixavam seu código na geração das híbridas. 
Estavam definidos os termos dominantes e recessivos. Atualmen-
te chamamos de genes dominantes ou recessivos (SNUSTAD; 
SIMMONS, 2018).
A textura de semente, a cor de semente, a forma de vagem, 
a cor de vagem, a cor de flor e a posição da flor também foram 
estudadas por Mendel e também resultaram na proporção 3:1 
quando as características eram estudadas uma a uma (SNUS-
TAD; SIMMONS, 2018). A Figura 10 ilustra os principais aspec-
tos estudados por Mendel em seus experimentos. 
Figura 10 – Fotos e desenhos utilizados por Mendel sobre a ervilha Pisum sativum nos 
seus estudos de hereditariedade. Ele examinou 7 características que apareciam nas 
sementes e nas plantas que cresciam a partir das sementes
Fonte: PIERCE, 2017.
Com os experimentos, Mendel percebeu que os genes tinham 
duas cópias de cada gene que poderiam ser iguais ou diferentes, 
e que essas cópias eram incorporadas aleatoriamente durante a 
reprodução das plantas. Dessa forma, Mendel constatou que a 
hereditariedade ocorria em função dos cruzamentos genéticos e 
que os recessivos não influenciavam em uma geração mas po-
diam aparecer na subsequente (SNUSTAD; SIMMONS, 2018).
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As leis de Mendel podem ser resumidas da seguinte 
maneira: 
1ª Lei: As células sexuais devem conter apenas um 
fator (ou unidade de herança) para cada característica a 
ser transmitida. Cada característica é condicionada por 
um par de fatores, um herdado do pai e outro herdado da 
mãe, que se separam na formação dos gametas com a 
mesma probabilidade;
2ª Lei: Na formação dos gametas, os principais pares 
de fatores se segregam independentemente, de tal forma 
que cada gameta recebe apenas um fato de cada par. To-
dos os tipos possíveis de gametas serão produzidos nas 
mesmas proporções (SNUSTAD; SIMMONS, 2018). 
SNUSTAD, D. Peter; SIMMONS, Michael J. Fundamen-
tos de Genética. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2018. E-book. [Minha Biblioteca]. Disponível na Biblioteca 
Virtual.
Já as ciências morais e sociais contemplam o estudo do ho-
mem como ser dotado de razão e de liberdade, sendo divididas 
em psicologia, história e ciências sociais. “A ciência moral, que 
tem como objeto o estudo da verdade, que é a lógica; o estudo do 
belo, que é a estética; e a ciência política, que procura determinar 
as leis gerais de qualquer sociedade.” (SANTOS; PARRA FILHO, 
2012, p. 71). As ciências que trabalham com fatos decorrentes de 
observação utilizam o método indutivo e as ciências morais, que 
se preocupam com o ideal, utilizam o método dedutivo.
Método dedutivo (desenvolvido por René Descartes), 
que baseia-se no esclarecimento das ideias por meio do 
raciocínio que leva a conclusões verdadeiras elaboradas 
a partir de deduções lógicas. 
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Método indutivo (desenvolvido por Francis Bacon), que 
diz que somente por meio da observação pode conhecer 
algo novo. Esse método é muito utilizado nas Ciências da 
Natureza, como botânica, zoologia, geologia e mineralogia.
A história estuda os principais acontecimentos políticos, eco-
nômicos, intelectuais e morais relativos a uma época ou a toda a 
humanidade. O desenvolvimento da pesquisa é um processo len-
to baseado na documentação encontrada para um determinado 
povo, ou pela transmissão da tradição ao longo do tempo, ou pela 
análise de monumentos pertinentes. Quase sempre se direciona 
para o uso de ciências auxiliares, como geografia, economia, de-
mografia, sociologia, cronologia, arqueologia, hermenêutica, heu-
rística, esfragística, antropologia, criptologia e a própria psicologia 
(SANTOS; PARRA FILHO, 2012). 
A psicologia estuda o homem enquanto ser único, podendo ser 
aplicada experimentalmente como a ciência que estuda os fenô-
menos da consciência e suas leis e suas inter-relações com o 
mundo físico e social (SANTOS; PARRA FILHO, 2012). 
A sociologia tem como objetivo estudar as instituições e as ma-
nifestações da vida social, bem como as alterações das próprias 
instituições, baseando-se em aspectos sociais e políticos, de for-
ma a caracterizar a maneira de pensar, as atividades realizadas, os 
costumes, as leis, os tipos de instituições existentes na sociedade 
e sua forma de conduzimento. Os métodos mais utilizados são o 
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dedutivo e indutivo, mas também pode-se fazer uso dos métodos 
comparativo, histórico, estatístico, monográfico, formal, funcional, 
compreensivo ou ecológico (SANTOS; PARRA FILHO, 2012). 
Indicação de Leitura: SANTOS, João Almeida; PARRA FILHO, 
Domingos. Metodologia Científica. 2. ed. Cengage Learning Edi-
tores, abr. 2012. Cap. 3. E-book. [Minha Biblioteca]. Disponível na 
Biblioteca Virtual.
Agora que você conhece o que é método, seus tipos e as áreas 
de pesquisa aos quais cada método melhor se adapta, vamos, 
enfim, estudar o que é pesquisa. 
Fonte: 123rf
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CONCLUSÃO 
Nessa unidade você aprendeu sobres os 
diferentes métodos de pesquisa e sobre as 
grandes contribuições de vários cientistas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do traba-
lho científico: elaboração de trabalhos na graduação, 10ª edição.Atlas, 
09/2012. E-book. [Minha Biblioteca]. Disponível em: https://integrada.
minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522478392/cfi/0!/4/4@0.00:0.00. 
Acesso em: 20 fev. 2019. 
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tores, 06/2015. E-book. [Minha Biblioteca]. Disponível em: https://integra-
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Acesso em: 19 fev. 2019. 
ASTRAUSKAS, J.P.; NAGASHIMA, J.C.; SACOO, S.R.; ZAPPA, V. Leis 
da Herença por Grepor Johann Mendel: Uma Revolução Genética. Revis-
ta Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, n. 13, p.1-6, 2009. Dispo-
nível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/
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MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: A Prática de Fichamen-
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[Minha Biblioteca]. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.
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TORRES, Richard. Biografía De Isaac Newton. 6 setembro de 2018. 
Disponível em: https://williamteacher.wordpress.com/2018/09/06/ima-
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VIDAL, P.H.O.; CHELONI, F.O.; PORTO, P.A. O Lavoisier que não 
está presente nos livros didáticos. Química Nova na Escola, n. 26, p. 
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PESQUISA CIENTÍFICA: 
POR ONDE COMEÇAR?
INTRODUÇÃO 
Olá! Seja bem-vindo! Nesta unidade abordaremos os tipos e os es-
tágios da pesquisa científica. 
BONS ESTUDOS!!! 
6UNIDADE
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MÉTODOS DE PESQUISA
 A pesquisa nada mais é do que a sequência de trabalho dos 
pesquisadores, e visa responder a um questionamento, ou seja, 
resolver um problema. A pesquisa científica trabalha com métodos 
adequados para que os resultados gerados sejam aceitos pela 
comunidade científica. Pode-se afirmar ainda que atualmente a 
pesquisa científica nada mais é do que o acréscimo do conheci-
mento já existente sobre o assunto pesquisado. 
Para entendermos o que é a pesquisa, basta imaginarmos o 
lavrador sem sua enxada, o médico sem seu estetoscópio, o ad-
vogado sem seus livros de leis, o professor sem lousa e giz. Bem, 
assim, também seria o cientista sem a pesquisa, ou seja, a pes-
quisa é a ferramenta do cientista. 
É pela pesquisa que conhecemos o mundo e é pela pesquisa 
que nos inquietamos e encontramos problemas que poderão ser 
resolvidos. Qualquer que seja a nossa dúvida, é da nossa essên-
cia perguntar a quem sabe. Por isso, quando fomos crianças fize-
mos tantas perguntas: Por que o céu é azul? Por que existe árvore 
pequena e árvore grande? O que são as estrelas? E por aí vai. 
Todos fizemos isso quando crianças e sempre perguntamos para 
quem sabia de todas as respostas. 
Por isso, a primeira de todas as pesquisas e que existe para 
todas as áreas é a pesquisa bibliográfica. É por meio dela que 
sabemos o que o mundo já sabe sobre um determinado assunto. 
A pesquisa bibliográfica nada mais é do que a identificação do que 
dizem os livros, as revistas, os jornais, etc. sobre o assunto de 
interesse. A pesquisa bibliográfica faz uso dos fichamentos, dos 
resumos e das resenhas que aprendemos na unidade anterior. Ela 
é o ponto de partida para a definição da sequência de trabalho que 
se deseja realizar. 
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A pesquisa pode classificada em (SANTOS; PARRA FILHO, 2012): 
• pesquisa preliminar, que é o ponto de partida para o le-
vantamento de hipóteses sobre o trabalho que será desen-
volvido. É a delimitação do problema por meio da escrita 
de um pré-sumário e dará ideia da magnitude do trabalho 
que será desenvolvido e dos recursos (tempo, financeiro, 
acessibilidade às informações, equipamentos, etc.) que se-
rão utilizados;
• pesquisa teórica, que é a pesquisa feita com viés de en-
riquecimento do conhecimento. Ela não terá parte prática, 
apenas levantamento bibliográfico e reflexão sobre o tema. 
Darwin fez uma pesquisa teórica quando falou sobre o pro-
cesso de evolução humana;
• pesquisa aplicada, que se faz quando se deseja tornar 
um objetivo prático na vida das pessoas. Geralmente aplica 
uma lei já existente e é imediata. A criação de novos produ-
tos pela indústria e o aumento de eficiência energética de 
um equipamento são bons exemplos de pesquisa aplicada;
• pesquisa de campo, aquela que faz onde está ocorrendo 
o problema. Os levantamentos realizados pelo IBGE (Ins-
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística) são exemplos 
perfeitos de pesquisa de campo. A aplicação de questioná-
rios está relacionada à

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