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0 UNISUAM ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRICIDADE BÁSICA Prof. RAED 2017-1 1 CAPÍTULO I – ELETRODINÂMICA 1 - Corrente elétrica É o movimento ou o fluxo de elétrons. Para se produzir a corrente, os elétrons devem se deslocar pelo efeito de uma diferença de potencial - ddp. A corrente é representada pela letra I. No sistema internacional – SI a unidade de corrente é o ampère, cujo símbolo é A. O condutor metálico da figura 1, submetido a uma ddp entre os seus extremos, possui uma quantidade de elétrons que atravessa a seção reta transversal do condutor desde o instante t até o instante t + t. Cada elétron apresenta uma carga elétrica elementar e de valor igual a . Em um intervalo de tempo t, passa pela seção transversal uma carga elétrica de valor absoluto igual a: Onde: q é a quantidade de carga elétrica em movimento, em coulomb (C). n é o número de elétrons. e é a carga elétrica elementar de um elétron, que é igual a 1,6x10 -19 C. Fig. 1 – No intervalo de tempo Δt, “n” elétrons passam pela seção reta transversal do condutor. Define-se intensidade média de corrente elétrica no intervalo de tempo t: Denomina-se corrente contínua constante toda corrente de sentido e intensidade constantes com o tempo. Neste caso, a intensidade média da corrente em qualquer intervalo de tempo t é a mesma e, portanto, igual à intensidade em qualquer instante . C19106,1 enq . mi t q im mi i t )( iim 2 A figura 2 mostra o gráfico dessa corrente em função do tempo. Esse é o caso mais simples de corrente elétrica. A pilha mostrada ao lado do gráfico é um exemplo de fonte que fornece uma corrente contínua constante. Fig. 2 – A corrente contínua constante tem sentido e intensidade constantes com o tempo. Quando a corrente varia com o tempo, define-se intensidade de corrente i em um instante t o limite para o qual tende a intensidade média, quando o intervalo de tempo t tende a zero: A figura 3 mostra um gráfico de uma corrente elétrica que muda, periodicamente, de intensidade e sentido, esta é chamada de corrente alternada. Nos terminais das tomadas das residências, escritórios, comércios e indústrias no Brasil há uma corrente alternada na frequência de 60 Hz, ou seja, 60 ciclos/segundo. Fig. 3 – A corrente alternada muda periodicamente no tempo. Um ampère de corrente é definido como o deslocamento de um coulomb através de um ponto qualquer de um condutor durante um intervalo de um segundo. segundo coulomb ampère 1 1 1 Onde: I é a corrente elétrica, em ampères (A). q é a quantidade de carga elétrica em movimento, em coulomb (C). t é o intervalo de tempo, em segundos (s), que a carga elétrica está em movimento. t q i ot lim t q I 3 2 - Densidade de corrente É a relação entre a corrente elétrica em ampères e a área da seção transversal do condutor em m 2 . 3 - Tensão elétrica A tensão elétrica entre dois pontos é também chamada de diferença de potencial (ddp). Se um total de 1 joule (J) de energia é usado para mover a carga negativa de 1 coulomb (C) de um ponto para outro, há uma diferença de 1 volt (V) entre os dois pontos. A unidade no Sistema Internacional (SI) de tensão elétrica é o volt, cujo símbolo é V. O símbolo de tensão elétrica é U. Onde: U é a tensão elétrica, em volts (V). W é o trabalho, em joules (J). q é a carga elétrica, em coulombs (C). 4 - Resistores O resistor é todo elemento cuja função em um circuito é oferecer uma resistência especificada. A unidade no SI de resistência elétrica é o ohm, cujo símbolo é o . O símbolo de resistência elétrica é R. Para uma dada tensão elétrica, quanto maior a resistência menor será a corrente elétrica. Portanto, a resistência é a oposição ao fluxo da corrente elétrica. São exemplos de resistores: filamentos de tungstênio de lâmpadas incandescentes e fios de nicromo enrolados em hélice em chuveiro elétrico. S I J q W U Onde: J é a densidade de corrente elétrica, em ampères/metro quadrado (A/m 2 ). I é a intensidade da corrente elétrica, em ampères (A). S é a área da seção transversal do condutor, em metros quadrados (m 2 ). 4 5 - Lei de Ohm Considere o resistor da figura 4, mantido a uma temperatura constante, percorrido por uma corrente elétrica , quando entre seus terminais A e B for aplicada a ddp U. Fig. 4 – A ddp é a causa da passagem da corrente “i”. Mudando-se a ddp sucessivamente para U1, U2, U3, ..., o resistor passa a ser percorrido por corrente de intensidade Ohm verificou, experimentalmente, que mantida a temperatura constante, o quociente da ddp aplicada pela respectiva intensidade de corrente era uma constante característica do resistor. constante = R A grandeza R assim introduzida foi denominada resistência elétrica do resistor. A resistência elétrica não depende da ddp aplicada ao resistor, nem da corrente elétrica que o percorre; ela depende do condutor e de sua temperatura. A expressão que simboliza a lei de Ohm é: Onde, conforme já definido: resistência elétrica, em ohms (). tensão elétrica, em volts (V). intensidade da corrente elétrica, em ampères (A). i ...,,, 321 iii ... 3 3 2 2 1 1 i U i U i U i U I U R R U I 5 6 - Resistores Ôhmicos e Não-Ôhmicos Na figura 5, o gráfico de U em função de é uma reta que passa pela origem, constituindo, assim, a curva característica de um resistor ôhmico. O coeficiente angular da reta (tg ) é numericamente igual a resistência elétrica do resistor, que é igual a uma constante não nula. Fig. 5 – Curva característica de um resistor ôhmico. Para condutores que não obedecem a Lei de Ohm, a curva característica passa pela origem, mas não é uma reta, conforme mostra a figura 6. Esses condutores são denominados condutores não-lineares ou não-ôhmicos. A resistência aparente (Rap) é definida em cada ponto da curva da seguinte maneira: Fig. 6 – Curva característica de um condutor não-ôhmico. i ' ' ' i U R i U R apap 6 7 - Efeito térmico ou efeito joule Um resistor transforma exclusivamente em térmica a energia elétrica recebida de um circuito. Portanto, é comum afirmar que um resistor dissipa energia elétrica que recebe do circuito. Nos aquecedores elétricos em geral (chuveiros elétricos, torneiras elétricas, ferros elétricos, secadores de cabelos), constituídos de resistores, ocorre a transformação de energia elétrica em energia térmica. O efeito da transformação de energia elétrica em térmica é denominado efeito térmico ou efeito joule. Esse efeito pode ser entendido considerando o choque dos elétrons livres contra os átomos do condutor. A energia elétrica transformada em energia térmica ao fim de um intervalo de tempo t é dada por: . Esta expressão é conhecida como a Lei de Joule, podendo assim ser enunciada: A energia elétrica dissipada em um resistor, durante um dado intervalo de tempo t, é diretamente proporcional ao quadrado da intensidade de corrente que o percorre. 8 - Resistividade A resistência elétrica de um resistor depende do material que o constitui, de suas dimensões e de sua temperatura. Portanto, a resistência elétrica R de um resistor em dada temperatura é: diretamente proporcional ao seu comprimento ( ), em metros (m); inversamente proporcional à sua área de seção transversal (S), em m2; dependente do material que o constitui ( ), em .m. Onde (letra grega rô) é uma grandeza que depende do material que constitui o resistor e da temperatura, sendo denominada resistividade do material. A resistividade de um material varia com a temperatura.Para variações não excessivas (até cerca de 400ºC), pode-se admitir como linear a variação da resistência com a temperatura. Nestas condições, a resistividade a uma temperatura T é dada por: tIREel 2 S R . )](1[ 00 tT 7 Onde: resistividade na temperatura final (T), em .m. resistividade na temperatura inicial (t0), em .m. coeficiente de temperatura do material, em ºC -1 . T temperatura final, em ºC. t0 temperatura inicial, emºC. Tabela 1 - Resistividade de alguns materiais à temperatura ambiente (20ºC). MATERIAL RESISTIVIDADE (.m) Prata 1,47x10 -8 Cobre 1,72x10 -8 Ouro 2,44x10 -8 Alumínio 2,75x10 -8 Tungstênio 5,25x10 -8 Ferro 9,68x10 -8 Todos os condutores metálicos apresentam um aumento de resistência elétrica com a elevação de temperatura. Se uma determinada corrente elétrica aquecer um condutor, haverá uma diminuição desta corrente devido o aumento da resistência elétrica do condutor, provocado pelo aumento da temperatura. Onde: resistência na temperatura final (T), em . resistência na temperatura inicial (t0), em . coeficiente de temperatura do material, em ºC -1 . T temperatura final, em ºC. t0 temperatura inicial, em ºC. 0 )](1[ 00 tTRR R 0R 8 Tabela 2 - Coeficiente de temperatura ( ) de alguns materiais. MATERIAL (ºC -1 ) Prata 0,0038 Cobre 0,00393 Alumínio 0,0039 Tungstênio 0,0045 Ferro 0,0050 9 - Condutividade A condutividade de um material ( ) é o inverso da resistividade. A unidade no SI de condutividade é o mho/metro (ʊ/m) ou siemens/metro (S/m). 10 - Potência Elétrica A potência elétrica é a capacidade de produzir trabalho expressa em watts (W). A potência elétrica (P) em um resistor é o produto da tensão elétrica aplicada (U) pela intensidade da corrente elétrica resultante (I). Pela Lei de Ohm, Sendo A potência elétrica dissipada pode, também, ser dada por: 1 IUP . IRU 2.. IRIIRIUP R U I R U P 2 9 11 - Energia elétrica A energia elétrica consumida por um aparelho, num intervalo de tempo , é dada por: 2 1 . t t EL dtPE A unidade de energia elétrica usual na eletrotécnica é o Wh. 1Ws = 1 J 12 - Múltiplos e submúltiplos Os prefixos das unidades são utilizados para facilitar a escrita das mesmas quando elas estão expressas ou em valores muito grandes ou muito pequenos. A Tabela 3 mostra os prefixos, seus multiplicadores e seus símbolos. Tabela 3 – Múltiplos e Submúltiplos. PREFIXO SÍMBOLO POTÊNCIA MULTIPLICADOR M Ú L T IP L O S DECA da 10 10 HECTO h 10² 100 QUILO k 103 1.000 MEGA M 106 1.000.000 GIGA G 109 1.000.000.000 TERA T 1012 1.000.000.000.000 PETA P 1015 1.000.000.000.000.000 EXA E 1018 1.000.000.000.000.000.000 ZETA Z 1021 1.000.000.000.000.000.000.000 IOTA Y 1024 1.000.000.000.000.000.000.000.000 PREFIXO SÍMBOLO POTÊNCIA MULTIPLICADOR S U B M Ú L T IP L O S DECI d 10-1 0,1 CENTI c 10-2 0,01 MILI m 10-3 0,001 MICRO µ 10-6 0,000.001 NANO n 10-9 0,000.000.001 PICO p 10-12 0,000.000.000.001 FEMTO f 10-15 0,000.000.000.000.001 ATO a 10-18 0,000.000.000.000.000.001 ZEPTO z 10-21 0,000.000.000.000.000.000.001 IOCTO y 10-24 0,000.000.000.000.000.000.000.001 )( ELE t JjoulesWssWhkWkWh 6106,3000.600.3000.600.33600.10001.11 10 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. O gráfico abaixo representa a intensidade de corrente em um fio condutor, em função do tempo. Calcule para o intervalo de tempo de 0 a 20 segundos: (a) A quantidade de carga que passa por uma seção reta do condutor. (b) O número de elétrons que atravessa a seção reta do condutor. 2. O gráfico a seguir representa a intensidade de corrente em um fio condutor, em função do tempo. Calcule para o intervalo de 0 a 6s: (a) A quantidade de carga que passa por uma seção reta do condutor. (b) O número de elétrons que atravessa a seção reta do condutor. 3. Um condutor é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade de 1A. Determine o número de elétrons que passam por uma seção transversal do condutor em um segundo, sabendo que a carga elétrica elementar de um elétron vale 1,6 x 10 -19 C. 4. Relacione quatro efeitos principais produzidos pela corrente elétrica. 5. Um resistor de 20 é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade de 3A. Determine: (a) A ddp nos terminais do resistor. (b) A potência elétrica consumida pelo resistor. (c) A energia elétrica consumida no intervalo de tempo de 20s, expressa em joules. 11 6. Sabendo-se que 20 lâmpadas de 100 watts e 10 lâmpadas de 150 watts permanecem acesas 5 horas por dia, pergunta-se: Qual o consumo de energia elétrica, em kWh, no período de 30 dias? 7. Um chuveiro elétrico alimentado sob ddp de 127V, consome uma potência de 4,4kW. Calcule: (a) A resistência elétrica do aparelho. (b) A intensidade de corrente que percorre o aparelho. (c) A energia elétrica consumida pelo chuveiro, em kWh, quando ligado durante 72 segundos. (d) A energia elétrica consumida pelo chuveiro, em joules, quando ligado durante 72 segundos. (e) O gasto de 30 dias, em reais, se o chuveiro é utilizado durante 90 minutos por dia. Suponha que o preço do kWh seja de R$ 0,70999. 8. Um chuveiro alimentado sob ddp de 220V, consome uma potência de 4,4kW. Calcule para esta condição: (a) A resistência elétrica do aparelho. (b) A energia elétrica consumida pelo chuveiro, quando ligado durante 24 minutos, expressa em kWh. (c) A energia elétrica consumida pelo chuveiro, quando ligado durante 5 minutos, expressa em joules. 9. Um fio com 200m de comprimento e seção circular de 6mm2, produz uma queda de tensão de 6V, com uma intensidade de corrente elétrica de 10A. Calcule a resistividade do material que constitui o fio, em .m. 10. Um ser humano pode ser eletrocutado se uma pequena corrente elétrica de 50mA passar perto do seu coração. Um eletricista trabalhando com as mãos suadas faz bom contato com os dois condutores que ele está segurando, um em cada mão. Se a sua resistência for de 2000, qual poderia ser a tensão fatal? 12 11. Um fio condutor possui 1,0mm de diâmetro, um comprimento de 2,0m e uma resistência de 50m. Qual a resistividade do material? 12. Um resistor é ôhmico até 100V, tendo resistência de 6. Aplica-se no mesmo uma ddp de 30V e, depois, de 60V. A variação ocorrida na resistência do resistor é: (Justifique). 13. O gráfico abaixo representa a tensão elétrica em função da intensidade de corrente elétrica em um resistor. Se o resistor for submetido a uma tensão elétrica de 6V, qual será a sua potência elétrica dissipada? 14. O gráfico abaixo representa a tensão elétrica em função da intensidade de corrente elétrica em um resistor. Determine a potência elétrica dissipada no resistor, quando for percorrido por uma corrente de 50mA. 15. Quando 115V são aplicados entre as extremidades de um fio que possui 10m de comprimento e 0,30mm de raio, a densidade de corrente é igual a 1,4x10 4 A/m2 . Determine a resistividade do fio. 16. Um fusível em um circuito elétrico é um fio que é projetado para derreter, e desse modo abrir o circuito, se a corrente exceder um valor predeterminado. Suponha que o material a ser usado em um fusível se funda quando a densidade de corrente atinge 440A/cm 2 . Que diâmetro de fio cilíndrico deveria ser usado para fazer um fusível que limitará a corrente a 0,50A? 13 17. Um fio de tungstênio tem uma resistência de 10 a 20ºC. Determine a sua resistência a 120ºC. Dado: = 0,0045/ºC. 18. Um fio de nicromo (uma liga de níquel-cromo-ferro normalmente usada em elementos de aquecimento) possui 1,0m de comprimento e 1,0mm 2 de área de seção transversal. Ele transporta uma corrente de 4A quando uma diferença de potencial de 2V é aplicada entre as suas extremidades. Calcule a condutividade do nicromo. 19 - Um equipamento elétrico monofásico de 5kW é alimentado por uma fonte de 200 V através de um circuito de fio de cobre de 4mm 2 . O comprimento máximo desse circuito, em metros, para que nele a queda de tensão não ultrapasse 2 %, é de: Dado: A resistividade do fio de cobre é de 20 - Têm-se cinco fios condutores F1, F2, F3, F4 e F5, de mesmo material e à mesma temperatura. Os fios apresentam comprimento e área de seção transversal conforme tabela abaixo. Sendo R a resistência elétrica de F1, podemos afirmar que F2, F3, F4 e F5 têm resistências elétricas, respectivamente: 21 - Um fio cilíndrico de comprimento e raio de seção reta r apresenta resistência R. Um outro fio, cuja resistividade é o dobro da primeira, o comprimento é o triplo, e o raio 3/r , terá resistência igual a: m mm202,0 Fio condutor Comprimento Área de seção transversal F1 ℓ A F2 2ℓ A F3 ℓ 2A F4 ℓ A/2 F5 2ℓ A/2 14 Respostas: (1) (a) 60C; (b) 3,75x10 20 elétrons; (2) (a) 27C; (b) 1,6875x10 20 elétrons; (3) 6,25x10 18 elétrons; (4) magnético, químico, fisiológico e térmico (ou joule); (5) (a) 60V; (b) 180W; (c) 3.600J; (6) 525kWh; (7) (a) 3,6657; (b) 34,646A; (c) 0,088kWh; (d) 316.800 joules; (e) R$140,58; (8) (a) 11; (b) 1,76kWh; (c) 1.320.000 joules; (9) 1,8x10 -8 .m; (10) 100V; (11) 1,9635x10 -8 .m; (12) nula; (13) 18W; (14) 2W; (15) 8,2143x10 -4 .m; (16) 0,38037mm; (17) 14,5; (18) 2.000.000 mhos/metro; (19) 16m; (20) 2R ; R/2 ; 2R ; 4R; (21) 54R 15 CAPÍTULO II – CIRCUITOS ELÉTRICOS DE CORRENTE CONTÍNUA II.1 – CIRCUITOS EM SÉRIE 1. Introdução Atualmente, dois tipos de corrente elétrica são usados nos equipamentos elétricos e eletrônicos. Um deles é a corrente contínua (CC), cujo fluxo de cargas (corrente) não varia o seu sentido com o tempo. O outro é a corrente alternada (CA) senoidal, cujo fluxo de cargas varia de intensidade e sentido com o tempo. Uma bateria como a ilustrada na figura 1 tem, em função da diferença de potencial entre seus terminais, a capacidade de promover (‘pressionar’) um fluxo de cargas através de um simples circuito. O terminal positivo atrai os elétrons do fio com a mesma rapidez com que eles são fornecidos pelo terminal negativo. Enquanto a bateria estiver ligada ao circuito e mantendo as suas características elétricas, a corrente (CC) através do circuito não terá variações de intensidade nem sentido. Se considerar o fio como um condutor ideal (isto é, que não se opõe ao fluxo de elétrons), a diferença de potencial V entre os terminais do resistor será igual à tensão aplicada pela bateria. A corrente é limitada somente pelo resistor R. Quanto maior a resistência, menor a corrente, e vice- versa, como determinado pela lei de Ohm. Fig. 1 - Componentes básicos de um circuito elétrico. Por convenção, o sentido do fluxo convencional da corrente ( ) como indicado na figura 1, é oposto ao do fluxo de elétrons ( ). Além disso, o fluxo uniforme de cargas leva a concluir que a corrente contínua I é a mesma em qualquer ponto do circuito. Segundo o sentido do fluxo convencional, observa-se que há aumento de potencial ao atravessar a bateria (de – para +) e uma queda de potencial ao atravessar o resistor (de + para -). Em circuitos de corrente contínua com alconvencionI eletrônicoI 16 apenas uma fonte de tensão, a corrente convencional sempre passa de um potencial mais baixo para um potencial mais alto ao atravessar uma fonte de tensão, como mostra a figura 2. Fig. 2 - Sentido convencional da corrente para circuitos CC com uma fonte de tensão. Entretanto, o fluxo convencional sempre passa de um potencial mais alto para um potencial mais baixo ao atravessar um resistor, qualquer que seja o número de fontes de tensão no mesmo circuito, como mostra a figura 3. Fig. 3 - Polaridade resultante da passagem de uma corrente no sentido convencional, através de um elemento resistivo. 2. Circuitos em Série Um circuito consiste de um número qualquer de elementos unidos por seus terminais, estabelecendo pelo menos um caminho fechado através do qual a carga possa fluir. O circuito visto na figura 4(a) possui três elementos, conectados em três pontos (a, b e c), de modo a constituir um caminho fechado para a corrente I. Fig. 4(a) - Circuito em série Fig. 4 (b) - e não estão em série. I 1R 2R 17 Dois elementos estão em série se: Possuem somente um terminal em comum (isto é, um terminal de um está conectado somente a um terminal do outro). O ponto comum entre os dois elementos não está conectado a outro elemento percorrido por corrente. Na figura 4(a), os resistores e estão em série porque possuem apenas o ponto “b” em comum. As outras extremidades dos resistores estão conectadas a outros pontos do circuito. Pela mesma razão, a bateria U e o resistor estão em série (terminal “a” em comum), e o resistor e a bateria U estão em série (terminal “c” em comum). Visto que todos os elementos estão em série, o circuito é chamado circuito em série. Se o circuito mostrado na figura 4(a) for modificado de modo que um resistor percorrido por corrente seja introduzido, conforme ilustra a figura 4(b), os resistores e não estarão mais em série porque a segunda parte da definição de elementos em série não será verdadeira. Uma característica do circuito em série é que a corrente elétrica é a mesma através de todos os elementos ligados no circuito. Um ramo do circuito é qualquer parte do circuito que possui um ou mais elementos em série. Na figura 4(a), o resistor constitui um ramo do circuito, o resistor , outro, e a bateria U, um terceiro. A resistência total de um circuito em série é a soma das resistências do circuito. Na figura 4(a), por exemplo, a resistência total ( ) é igual a + . Observa-se que a resistência total é na realidade a resistência ‘vista’ pela bateria quando ela ‘observa’ a combinação de elementos em série, conforme ilustra a figura 5. Fig. 5 - Resistência ‘vista’ pela fonte. 1R 2R 1R 2R 3R 1R 2R 1R 2R TR 1R 2R 18 Em geral, para determinar a resistência total (ou equivalente) de “N” resistores em série, é aplicada a seguinte equação. Para determinar a resistência total de “n” resistores de mesmo valor em série, simplesmente multiplica-se o valor de um dos resistores pelo número total de resistores em série, n, ou seja: Uma vez conhecida a resistência total, o circuito visto na figura 4(a) pode ser redesenhado segundo mostrado na figura 6, revelando claramente que a única resistência que a fonte ‘vê’ é a resistência equivalente. Não importa como os elementos estão conectados para estabelecer . Desde que o valor de seja conhecido, a corrente drenada da fonte pode ser determinada usando a lei de Ohmda seguinte forma: Fig. 6 – Circuito equivalente. Como a tensão “U” é fixa, a intensidade da corrente da fonte depende somente do valor de . Uma resistência elevada resultará em um valor relativamente pequeno de , enquanto valores pequenos de resultarão em grandes valores de corrente . NT RRRRR ...321 RnRT TR TR TR U I TR TR I TR I 19 O fato de a corrente ser a mesma em todos os elementos do circuito mostrado na figura 4(a) permite calcular a tensão entre os terminais de cada resistor usando diretamente a lei de Ohm, ou seja: A potência fornecida a cada resistor pode então ser determinada utilizando qualquer uma das três equações, conforme listado a seguir: A potência fornecida pela fonte é: A potência total fornecida a um circuito resistivo é igual a potência total dissipada pelos elementos resistivos, ou seja: IRU 11 IRU 22 1 2 12 111 R U IRIUP 2 2 22 222 R U IRIUP N N NNN R U IRIUP 2 2 IUPfornecida Nfornecida PPPPP ...321 20 Exemplo 1: No circuito abaixo, determine: (a) A resistência total. (b) A corrente fornecida pela fonte . (c) As tensões . (d) A potência dissipada por . (e) A potência fornecida pela fonte e a compare com a soma das potências calculadas em (d). Solução: (a) (b) (c) (d) I 321, UeUU 321, ReRR 8512321 RRRRT A R U I T 5,2 8 20 VIRU 5)5,2)(2(11 VIRU 5,2)5,2()1(22 VIRU 5,12)5,2)(5(33 WIUP 5,12)5,2)(5(11 WIRP 5,12)5,2)(2( 2211 W R U P 5,12 2 52 1 2 1 1 21 (e) Exemplo 2: Determine , I e para o circuito mostrado. Solução: Observe o sentido da corrente, estabelecido pela bateria e a polaridade da queda de tensão entre os terminais de determinada pelo sentido da corrente. WIUP 25,6)5,2)(5,2(22 WIRP 25,6)5,2)(1( 2222 W R U P 25,6 1 5,2 2 2 2 2 2 WIUP 25,31)5,2)(5,12(33 WIRP 25,31)5,2)(5( 2233 W R U P 25,31 5 5,12 2 3 2 3 3 WIUPT 50)5,2)(20( WPPPPT 5025,3125,65,12321 TR 2U 2R 2577474321 RRRRRT 22 Como , o valor de pode ser calculado, também, da seguinte forma: Exemplo 3: A resistência total (RT) do circuito é igual a 1500kΩ. Determine: (a) A tensão da fonte (U). (b) A energia elétrica total (EEL), em joules, se o circuito ficar ligado durante 25h. (c) A potência (P1), em µW (microwatt), dissipada em R1. Solução: (a) (b) (c) 7431 RRR TR 254)7()3(21 RnRRT A R U I T 2 25 50 VIRU 8)2)(4(22 321 RRRRT kkRRRR T 500)2008001500(321 VIRU T 9106101500. 63 JtIUtPE TEL 86,43600251069... 6 WIRP 18)106(10500. 263211 23 3. Fontes de Tensão em Série As fontes de tensão podem ser conectadas em série, como mostra a figura 7, para aumentar ou diminuir a tensão total aplicada a um sistema. A tensão resultante é determinada somando-se as tensões das fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as de polaridade oposta. A polaridade resultante é aquela para a qual a soma é maior. Fig. 7 - Reduzindo fontes de tensão CC em série a uma única fonte. Na figura 7(a), por exemplo, as fontes estão todas ‘forçando’ a corrente para a direita, de modo que a tensão total é dada por: Entretanto, na figura 7(b) a maior ‘força’ é para esquerda, o que resulta em uma tensão total dada por: VUUUU 182610321 VUUUU 8439132 24 4. Lei de Kirchhoff para Tensões A lei de Kirchhoff para tensões (LKT) afirma que a soma algébrica das elevações e quedas de tensão em uma malha fechada é zero. Uma malha fechada é qualquer caminho contínuo que, ao ser percorrido em um sentido a partir de um ponto, retorna ao mesmo ponto vindo do sentido oposto, sem deixar o circuito. Seguindo a corrente na figura 8, pode-se traçar um caminho contínuo que deixa o ponto “a” através de e retorna através de U sem deixar o circuito. Assim, abcda é uma malha fechada. Para poder aplicar a lei de Kirchhoff para tensões, a soma das elevações e quedas de potencial precisa ser feita percorrendo a malha num certo sentido. Fig. 8 - Aplicando a lei de Kirchhoff para tensões em um circuito série. Por convenção, o sentido horário será usado para todas as aplicações da lei de Kirchhoff para tensões que se seguem. Entretanto, o mesmo resultado pode ser obtido se o sentido escolhido for o anti-horário e a lei for aplicada corretamente. Um sinal positivo indica uma elevação de potencial (de – para +), e um sinal negativo, uma queda (de + para -). Se seguir a corrente no circuito mostrado na figura 8 a partir do ponto “a”, primeiro encontra-se uma queda de potencial (de + para -) entre os terminais de e outra queda entre os terminais de . Ao passar pelo interior da fonte, tem-se um aumento de potencial U (de – para +) antes de retornar ao ponto “a”. 1R 1U 1R 2U 2R 0 U 25 No circuito da figura 8 usando o sentido horário, seguindo a corrente I e começando no ponto “d”, tem-se: A tensão aplicada a um circuito em série é igual a soma das quedas de tensão nos elementos em série. A lei de Kirchhoff também pode ser baseada na seguinte fórmula: A soma das elevações de potencial em uma malha fechada tem de ser igual à soma das quedas de potencial. Se o circuito fosse estudado no sentido anti-horário, começando no ponto “a”, o resultado seria o seguinte: A aplicação da lei de Kirchhoff para tensões não precisa seguir um caminho que inclua elementos percorridos por corrente. Por exemplo, na figura 9 há uma diferença de potencial entre os pontos “a” e “b”, embora os dois pontos não estejam conectados por um elemento percorrido por corrente. A aplicação da lei de Kirchhoff para tensões em torno da malha fechada irá resultar em uma diferença de potencial de 4V entre os dois pontos. Usando o sentido horário: Fig. 9 - Demonstração de que pode existir tensão entre dois pontos não-conectados por um condutor percorrido por corrente. 21 21 0 UUU UUU quedaselevações UU 21 12 0 0 UUU UUU U VUxUx 40812 26 5. Regra do Divisor de Tensão Nos circuitos em série a tensão entre os terminais dos elementos resistivos divide-se na mesma proporção que os valores de resistência. Por exemplo, as tensões entre os terminais dos elementos resistivos mostrados na figura 10 são dadas. O maior resistor, de 6Ω, captura a maior parte da tensão aplicada, enquanto o menor resistor, , fica com a menor. Observa-se também que, como a resistência de é 6 vezes maior que a de , a tensão entre os terminais de é também 6 vezes maior que entre os terminais de . O fato de que a resistência de é 3 vezes maior que a de resulta em uma tensão 3 vezes maior entre os terminais de . Finalmente, como a resistência de é o dobro da resistência de , a tensão entre os terminais de é o dobro da de . Portanto, em geral, a tensão entre os terminais de resistores em série está na mesma razão que suas resistências. Fig. 10 - Como a tensão se divide entre elementos resistivos em série. Se a resistência de todos os resistores da figura 10 for aumentada na mesma proporção como mostrado na figura 11, os valores de tensão permanecerão os mesmos. Em outras palavras, ainda que as resistências sejam multiplicadas por um milhão, as tensões continuarão as mesmas. Assim, fica claro que é a relação entre os valores dos resistores que conta para a divisão da tensão, e não o valor absoluto dos resistores. O valor de corrente no circuito será profundamente afetado pela mudança nos valores das resistências da figura 10 para a figura 11, mas os valoresde tensão permanecerão os mesmos. 3R 1R 3R 1R 3R 2R 1R 2R 1R 2R 1R 2R 27 Fig. 11 - A razão entre os valores das resistências determina a divisão da tensão em um circuito CC em série. O método denominado regra dos divisores de tensão, permite calcular às tensões sem determinar primeiro a corrente. A regra pode ser deduzida analisando o circuito mostrado na figura 12. Fig. 12 - Dedução da regra do divisor de tensão. 21 RRRT TR U I 28 Aplicando a lei de Ohm: Regra geral: Onde é a tensão entre os terminais de , U é a tensão aplicada aos elementos em série e é a resistência total do circuito em série. Exemplo 4: Determine a tensão para o circuito mostrado a seguir, utilizando a regra do divisor de tensão. Solução: TT R UR R U RIRU 1111 TT R UR R U RIRU 2222 T x x R UR U xU xR TR 1U V RR UR R UR U T 16 80 1280 6020 )64)(20( 21 11 1 29 6. Fonte de Tensão e Terra Exceto em alguns poucos casos especiais, os sistemas elétricos e eletrônicos são aterrados por razões de segurança e para fins de referência. O símbolo que indica a conexão à terra aparece na figura 13 com seu valor de potencial definido (zero volt). Fig. 13 - Potencial do ponto de terra. Se a figura 4(a) fosse redesenhada com a fonte aterrada, pode ter o aspecto mostrado na figura 14(a), 14(b) ou 14(c). Em qualquer caso, fica entendido que o terminal negativo da bateria e o terminal inferior do resistor estão conectados ao potencial do ponto de terra. Embora a figura 14(c) não mostre nenhuma conexão entre os dois símbolos de terra, supõe-se que tal ligação exista para garantir o fluxo contínuo da carga. Se U = 12 V, então o ponto “a” está a um potencial positivo de 12 V em relação ao potencial do ponto de terra (0 V) e existem 12 V entre os terminais da combinação em série dos resistores e . Se, por exemplo, um voltímetro conectado entre o ponto “b” e a terra medir 4 V, então a tensão entre os terminais de é igual a 4 V, com o potencial maior em b. Fig. 14 - Três formas de mostrar o mesmo circuito CC em série. O fato de a tensão ser uma grandeza que é estabelecida entre dois pontos resulta em uma notação de duplo índice inferior que define o primeiro índice inferior como correspondente ao ponto de maior potencial. Na figura 15(a), os dois pontos que definem a tensão entre os terminais do resistor R são representados por “a” e “b”. Como “a” é o primeiro índice em , o ponto de “a” deve estar a um potencial maior que o ponto “b” para que tenha um valor positivo. Se, na verdade, o ponto 2R 1R 2R 2R abU abU 30 “b” estiver a um potencial maior que o ponto “a”, terá um valor negativo, conforme indicado na figura 15(b). A notação de duplo índice inferior especifica o ponto “a” como o de maior potencial. Se este não for o caso, um sinal negativo deve ser associado no valor de . A tensão é a tensão no ponto “a” em relação ao ponto “b”. Fig. 15 - Definindo o sinal para a notação de duplo índice inferior. Se o ponto “b” da notação for especificado como o potencial de terra (zero volt), então uma notação de subscrito inferior único poderá ser usada para informar a tensão em um ponto em relação ao ponto de terra. Exemplo 5: Determine a tensão . Solução: Observe que o sinal negativo indica o fato de que o ponto “b” está a um potencial mais elevado que o ponto “a”. abU abU abU abU abU abU VUUU baab 42016 31 Exemplo 6: Determine a tensão . Solução: Exemplo 7: Determine as tensões , e . Solução: Começando no potencial da terra (zero volt), subindo até 10V para chegar ao ponto “a” e em seguida passa-se por uma queda de potencial de 4V para chegar ao ponto “b”. O resultado é que o medidor lerá: Se continuar até o ponto “c”, haverá uma queda adicional de 20V, o que dará: A tensão pode ser obtida usando a equação abaixo. aU baab UUU VUUU baba 945 bU cU acU VUb 6410 VUU bc 1420620 acU VUUU caac 24)14(10 32 7. Resistência Interna das Fontes de Tensão Toda fonte de tensão, seja ela um gerador, uma bateria ou uma fonte de alimentação para experiências de laboratório como a que é mostrada na figura 16, possui uma resistência interna. O circuito equivalente de qualquer fonte de tensão é, portanto, parecido ao mostrado na figura 16(b). Fig. 16 - (a) Fontes de tensão CC; (b) circuito equivalente. A fonte de tensão ideal não possui resistência interna e sua tensão de saída é U volts com carga máxima ou sem carga. Nas fontes reais, figura 17(b)(c), nas quais consideram-se os efeitos devido a resistência interna, a tensão de saída será de U volts somente quando a fonte não estiver ligada a nenhuma carga ( ). Quando uma carga for conectada à fonte, figura 17(c), a tensão de saída da fonte diminui devido à queda de tensão na resistência interna. Fig. 17 - Fonte de tensão: (a) ideal = 0; (b) determinação de ; (c) determinação de . Aplicando a lei de Kirchhoff para tensões ao circuito fechado da figura 17(c), tem-se: Se o valor de não for conhecido, ele pode ser determinado da seguinte forma: 0LI intR NLV intR 0int LL UIRU LL IRUU int intR L L I UU R int 33 Exemplo 8: Antes que a carga seja conectada, a tensão de saída da fonte mostrada na figura (a) está ajustada para 40 V. Quando uma carga de 500 Ω é conectada, com mostra a figura (b), a tensão de saída cai para 36 V. O que aconteceu ao restante da tensão e qual a resistência interna da fonte? Solução: A diferença de 40V – 36V = 4V aparece entre os terminais da resistência interna da fonte. A corrente na carga é: 8. Regulação de Tensão Para qualquer fonte de tensão, o ideal é que a tensão da saída se mantenha constante, independente do valor de corrente, dentro da faixa especificada para a corrente de carga ( ). Em outras palavras, se uma fonte for ajustada para 12 V, é desejável que ela mantenha essa tensão entre os terminais de saída, mesmo que a corrente de carga varia. Uma medida que indica o quanto uma fonte está próxima das condições ideais é dada pela característica de regulação de tensão da fonte. Por definição, a regulação de tensão de uma fonte entre as condições “sem carga” e em “plena carga” é dada pela seguinte equação: AI L 072,0 500 36 55,55 072,0 3640 int L L I UU R LI 100100 arg arg )%(Re x U UU ac acvazio Utensãodegulação L L R 34 Em condições ideais e (UR)% = 0. Portanto, quanto menor a regulação de tensão, melhor, pois será menor a variação da tensão de saída de uma fonte quando a carga varia. Pode ser mostrado, por meio de uma breve substituição que a regulação também pode ser expressa na forma: Em outras palavras, quanto menor for a resistência interna de uma fonte, menor será sua regulação e mais ela se aproximará de uma fonte ideal. Exemplo 9: Calcule a regulação de tensão de uma fonte com e , alimentando uma carga . Solução: Outra forma de resolução: LUU 100%)( int L R R R U VU 24 1,0intR 5LR %2100 5 1,0 100)%( int L R R R U A RR U I L L 7059,4 51,0 24 int VIRU LLL 529,23)7059,4()5( %2100 529,23 471,0 100 529,23 529,2324 100)%( L L R U UU U 35 II.2 – CIRCUITOS EM PARALELO 1. Elementos em Paralelo Dois elementos ou ramos ou circuitos estão conectados em paralelo quando possuem dois pontos em comum. Na figura 1, por exemplo, os elementos 1 e 2 têm terminais “a” e “b” em comum; portanto, eles estão em paralelo. Fig. 1 - Elementos em paralelo.Na figura 2 todos os elementos estão em paralelo porque satisfazem o critério anteriormente citado. Essas três configurações têm o objetivo de ilustrar como os circuitos em paralelo podem ser desenhados. Fig. 2 - Diferentes aparências para uma configuração com três elementos em paralelo. 36 Na figura 3, os elementos 1 e 2 estão em paralelo porque têm os terminais “a” e “b” em comum, e esta combinação está em série com o elemento 3. Fig.3 - O elemento 1 está em paralelo com o elemento 2. O elemento 3 está em série com a combinação em paralelo de 1 e 2. Na figura 4, os elementos 1 e 2 estão em série devido ao ponto comum “a”, e esta combinação em série está em paralelo com o elemento 3, como evidenciam as conexões comuns aos pontos “b” e “c”. Fig. 4 - O elemento 1 está em série com o elemento 2. Esta associação de 1 com 2 está em paralelo com o elemento 3. Nas figuras 1 a 4, os retângulos numerados foram usados como símbolos genéricos representando um resistor, ou uma bateria, ou mesmo circuitos complexos. 37 2. Circuitos em Paralelo O circuito mostrado na figura 5 é o mais simples dos circuitos em paralelo. Os terminais “a” e “b” são comuns a todos os elementos. Fig. 5 - Circuito em Paralelo. Como os terminais da bateria estão diretamente ligados aos terminais de , é óbvio que as tensões obtidas entre os terminais destes elementos em paralelo são iguais. Fazendo uso deste fato, tem-se: Para circuitos em paralelo com apenas uma fonte, a corrente fornecida pela fonte ( ) é igual à soma das correntes em cada um dos ramos do circuito. Logo, a corrente fornecida pela fonte é: 21 ReR UUU 21 11 1 1 R U R U I 22 2 2 R U R U I TI 21 IIIT 21 R U R U R U T 38 A potência dissipada pelos resistores e a potência fornecida pela fonte podem ser obtidas da seguinte maneira: 3. Resistência Equivalente Fig. 6 - Determinação da resistência total (ou equivalente) para resistências em paralelo. Para dois resistores diferentes em paralelo: 1 2 12 11111 .. R U IRIUP 2 2 22 22222 .. R U IRIUP 21 2 2.. PP R U IRIUP T TTTT NT IIIII ...321 N N T R U R U R U R U R U ... 3 3 2 2 1 1 NUUUUU ...321 NT RRRRR 1 ... 1111 321 21 21 21 . 111 RR RR RRRT 21 21 . RR RR RT 39 Para “ ” resistores iguais a “R” em paralelo: A resistência total de um conjunto de resistores em paralelo é sempre menor que a do resistor de menor resistência. Além disso, quanto maior for a diferença entre os valores das resistências de dois resistores em paralelo, mais o valor da resistência equivalente será próximo do valor da menor resistência. Por exemplo, a resistência total para um resistor de 3Ω em paralelo com um de 6Ω vale 2Ω. Entretanto, a resistência total de um resistor de 3Ω em paralelo com um de 60Ω é de 2,857Ω. 4. Condutância Equivalente A condutância é o inverso da resistência. A unidade de condutância é o siemens (S) ou mho (inverso de ohms). No caso de elementos em paralelo, a condutância total é a soma das condutâncias individuais. Ou seja, para o circuito em paralelo visto na figura 7, pode-se representar: Fig. 7 - Determinação da condutância total para circuito em paralelo. Quanto maior a condutância total, maior é a intensidade da corrente total no circuito (mantendo constante a tensão aplicada). Quanto maior for o número de elementos em paralelo, maior será a corrente de entrada do circuito. Em outras palavras, à medida que aumenta o número de resistores em paralelo, a corrente na entrada do circuito também aumenta, para uma tensão de entrada constante. Este efeito é oposto ao que acontece no caso dos resistores em série. n n R RT R G 1 NT GGGGG ...321 40 Exemplo 1: Determine a condutância e a resistência equivalente no circuito abaixo. Solução: Ou, Ou, Exemplo 2: Determine a condutância e a resistência totais do circuito mostrado no exemplo anterior, se um resistor adicional de 10 Ω for colocado em paralelo com outros elementos. Solução: Observa-se que a adição de mais resistores em paralelo, aumenta-se a condutância e diminui-se a resistência. Exemplo 3: Determine a resistência total para o circuito abaixo. SGGGT 5,0167,0333,0 6 1 3 1 21 2 5,0 11 T T G R 2 63 63. 21 21 RR RR RT 2 2 1 6 3 6 12 1 6 1 2 3 1111 21 T T R RRR SGT 6,01,05,0 10 1 5,0 667,1 6,0 11 T T G R 41 Solução: Exemplo 4: Determine a resistência equivalente de cada circuito. (a) Solução: (b) Solução: 20 19 20 4510 4 5 1 5 4 1 10 2 11111 321 RRRRT 0526,1 19 20 TR 4 3 12 n R RT RRRRR 4321 5,0 4 2 n R RT 42 Exemplo 5: Calcule a resistência total do circuito. Solução: O circuito foi redesenhado de modo mais conveniente: 2 3 6' n R RT 8 81 648 729 729. 42 42" RR RR RT "' || TTT RRR 6,1 10 16 82 82. "' "' TT TT T RR RR R 43 Exemplo 6: Determine a resistência total para cada circuito: (a) Solução: (b) Qual o efeito no valor da resistência total do circuito do item (a) se acrescentarmos um resistor de mesmo valor? Solução: O valor de diminui em relação ao circuito do item (a). 15 2 30 30||30 TR 10 3 30 30||30||30 TR TR 44 (c) Qual o efeito no valor da resistência total do circuito do item (a) se acrescentarmos um resistor de valor grande em paralelo, conforme mostra a figura abaixo? Solução: Pequena diminuição no valor de , em comparação ao valor de RT do circuito do item (a). (d) Qual o efeito sobre a resistência total do circuito do item (a) se acrescentarmos um resistor de valor pequeno em paralelo, conforme figura abaixo? Solução: Diminuição considerável no valor de , em comparação ao valor de RT do circuito do item (a). Conclusão: Em todos os casos, a resistência total de um circuito em paralelo diminui quando é adicionado um resistor em paralelo, não importando o valor de sua resistência. Observa-se, também, que a resistência total é menor que a resistência de menor valor do circuito. 778,14 100015 100015 1||151||30||30 TRkk TR 099338,0 1,015 1,015 1,0||151,0||30||30 TR TR 45 Exemplo 7: Determine: (a) A resistência equivalente. (b) A corrente total . (c) As correntes e . (d) A potência dissipada em cada resistor. (e) A potência fornecida pela fonte comparando o resultado com a potência dissipada pelos resistores. Solução: (a) (b) (c) (d) (e) TI 1I 2I 6 27 162 189 189. 21 21 RR RR RT A R U I T T 5,4 6 27 A R U R U I 3 9 27 11 1 1 A R U R U I 5,1 18 27 22 2 2 WIUIUP 81327.. 1111 WIUIUP 5,405,127.. 2222 WIUP TT 5,1215,427. WPPPT 5,1215,408121 46 Exemplo 8: A resistência equivalente do circuito é igual a 4, determine: (a) A resistência . (b) A tensão da fonte U. (c) A corrente total . (d) A corrente . (e) A potência dissipada em R2. Solução: (a) (b) (c) (d) (e) 3R TI 2I 3321 1 20 1 10 1 4 11111 RRRRRT 10 2 20 20 2 20 125 1 20 1 2 10 1 5 4 11 3 3 R R VIRUU 40410. 111 A R U I T T 10 4 40 A R U R U I 2 20 40 22 2 2 WIRP 80)2(20. 22222 47 5. Lei de Kirchhoff para Corrente A leide Kirchhoff para a tensão dá uma relação muito importante entre os valores da tensão ao longo de uma malha fechada de um circuito. A lei de Kirchhoff para corrente (LKC) fornece uma relação igualmente importante entre as corrente que chegam a qualquer nó. A lei de Kirchhoff para corrente (LKC) afirma que “a soma algébrica das correntes que entram e saem de um nó é igual a zero”. Em outras palavras, a “soma das corrente que entram em um nó tem de ser igual à soma das correntes que deixam este nó”. Em forma de equação, tem-se: Fig. 8 - Ilustração da lei de Kirchhoff para corrente. Na figura 8, por exemplo, a área sombreada pode representar um sistema completo, um circuito complicado ou simplesmente uma junção de dois ou mais ramos (um nó). Em qualquer dos casos, a soma das correntes que entram é igual à soma das corrente que saem, conforme pode ser verificado facilmente: saementram II AA IIII 1212 10284 3241 48 A aplicação mais comum desta lei será em junções de dois ou mais caminhos (ramos) para a corrente, conforme é mostrado na figura 9. Fig. 9 - Demonstração da lei de Kirchhoff para corrente. Aplicando a lei de Kirchhoff para corrente ao nó da figura 9: Exemplo 9: Determine as correntes no circuito abaixo usando a lei de Kirchhoff para corrente. Solução: Deve-se trabalhar primeiro com o nó “a”, pois neste caso a única incógnita é . Na junção “b” existem duas correntes desconhecidas, I3 e I5, que não podem obviamente serem determinadas a partir de uma única aplicação da lei. saementram II 426 AA 66 43 IeI 3I 49 Em “a”: Em “b”: Exemplo 10: Determine para o circuito abaixo. Solução: Em “a”: Em “b”: saementram II 321 III 332 I AI 53 saementram II 453 III 415 I AI 64 5431 ,, IeIII saementram II 21 III 45 1 I AI 1451 saementram II AII 131 50 Um resultado esperado, pois estão em série, sendo que a corrente em elementos em série é igual. Em “d”: Em “c”: Considera-se o circuito como um todo. Observa-se que a corrente que entra é I = 5 A. A intensidade da corrente que deixa o circuito, à direita, é . Os dois valores têm de ser iguais, já que a corrente que entra em qualquer sistema tem de ser igual à corrente que sai do sistema. Exemplo 11: Determine as correntes aplicando a lei de Kirchhoff para corrente. Solução: 31 ReR saementram II 543 III AI 541 5 AII 442 AI 55 53 IeI 51 Visto que na junção “b” há duas quantidades desconhecidas e na junção “a” apenas uma, tem que se aplicar a lei de Kirchhoff para corrente primeiro ao nó “a”. O resultado pode então ser aplicado ao nó “b”: Para o nó “a”: Para o nó “b”: Exemplo 12: Encontre o valor e o sentido das correntes no circuito mostrado. Solução: Embora os elementos não estejam em série nem em paralelo, pode-se aplicar a lei de Kirchhoff para corrente para determinar todas as correntes desconhecidas. 321 III 334 I AI 73 543 III 517 I AI 6175 7643 ,, IeIII 52 Considerando o sistema em sua totalidade, sabe-se que a corrente que entra deve ser igual à corrente que sai. Portanto: Como estão chegando 10A à junção “a” e 12A estão deixando esta mesma junção, tem de estar fornecendo corrente a este nó. Aplicando a lei de Kirchhoff para corrente na junção “a”: No caso do nó “b”, como 12A estão entrando e 8A saindo, logo , também, deve sair deste ponto. Portanto: Na junção “c”, tem-se saindo e = 4A entrando; logo deve estar saindo. Aplicando a lei de Kirchhoff para a corrente ao nó “c”: Verifica-se a consistência dos resultados na junção “d”: AII 1017 3I AI I III 21012 1210 3 3 231 4I 812 4 542 I III AI 48124 AI 23 4I 6I AI I III 224 24 6 6 634 AA A III 1010 1028 765 53 6. Regra do Divisor de Corrente Conforme o nome sugere, a regra do divisor de corrente mostra que uma corrente que entra em um conjunto de elementos em paralelos se dividirá entre esses elementos. No caso de dois elementos em paralelo com resistências iguais, a corrente se dividirá igualmente. Se os elementos em paralelo tiverem resistências diferentes, o elemento de menor resistência será percorrido pela maior fração da corrente. A razão entre os valores das correntes nos dois ramos será inversamente proporcional a razão entre as suas resistências. Por exemplo, se a resistência de um dos resistores de uma combinação em paralelo for o dobro da resistência do outro, então a corrente que o atravessa será a metade da corrente que percorre o resistor de menor resistência. Na figura 10, como vale 1 mA e o valor de é seis vezes o de , a corrente através de tem de ser 6mA (não havendo necessidade de se efetuar quaisquer outros cálculos). No caso de a corrente tem de ser 2mA, pois é o dobro de . A corrente total, , é de 9mA. Portanto, conhecendo somente a corrente que percorre , é possível calcular todas as outras correntes no circuito, sem ter conhecimento adicional sobre o circuito. No caso de circuitos para os quais são conhecidos somente os valores dos resistores e a corrente de entrada, deve-se utilizar a regra do divisor de corrente para calcular as correntes nos vários ramos. Fig. 10 - Ilustração da forma como a corrente se divide entre resistências diferentes. 1I 1R 3R 3R 2R 1R 2R 321 III 1R 54 Fig. 11 - Dedução da regra do divisor de corrente. A corrente de entrada é dada por , em que é a resistência total do circuito. Substituindo esta expressão para , em que é a corrente que atravessa o ramo de resistência , a fórmula geral para a regra do divisor de corrente é obtida da seguinte forma: Descrevendo em palavras, a corrente que percorre qualquer dos ramos em paralelo é igual ao produto da resistência total do circuito pela corrente de entrada, dividido pelo valor da resistência no ramo em que se deseja determinar a corrente. Para a corrente : Para a corrente : E assim por diante. )( TI TRU / TR xx IRU xI xR T xx T T R IR R U I T x T x I R R I 1I T T I R R I 1 1 2I T T I R R I 2 2 55 No caso particular de dois resistores em paralelo como mostra a figura 12: Fig. 12 - Dedução de uma fórmula para a divisão da corrente entre dois resistores em paralelo. Analogamente para : Ou seja, no caso de dois ramos em paralelo, a corrente através de um deles é igual ao produto da resistência no outro ramo pela corrente de entrada, dividido pela soma dos valores das duas resistências em paralelo. 21 21 RR RR RT 1 21 21 1 1 R I RR RR I R R I T T T 21 2 1 RR IR I T 2I 21 1 2 RR IR I T 56 Exemplo 13: Determine a corrente usando a regra do divisor de corrente. Solução: Exemplo 14: Determine o valor da corrente usando a regra do divisor de corrente. Solução: Existem dois métodos para resolver este problema. 1º Método: 10 10 1 60 6 60 321 3 20 1 2 30 1 1 60 11111 321 T T R RRRR Logo: AI R R I T T 212 60 10 1 1 2º Método: A RR IR I RR RR R T 2 1260 1212. 12 50 600 2030 2030. 20//30 231 23 1 32 32 23 Os dois métodos forneceram, é claro, a mesma resposta. E tem-se agora uma opção para resolver problemas que envolvam mais de dois resistores em paralelo. 2I A RR IR I T 2 3 6 12000 )6()4000( 80004000 )6)(4000( 21 1 2 1I 57 A corrente sempre procura o caminho de menor resistência.1) Para dois resistores em paralelo a maior corrente passará através do resistor de menor resistência. 2) Uma corrente que entra em uma configuração de vários resistores em paralelo se divide entre estes resistores na razão inversa dos valores de suas resistências. Esse efeito é ilustrado a seguir. Fig. 13 - Divisão da corrente entre ramos em paralelo. 58 II.3 – CIRCUITOS EM SÉRIE-PARALELO Circuitos em série-paralelo, também chamados mistos, são os que contêm componentes ligados em série e em paralelo. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Determine: (a) A resistência equivalente. (b) A corrente elétrica IT , I1 e I2. (c) A queda de tensão em cada resistor. (d) A potência dissipada em cada resistor. (e) A energia elétrica total consumida pelo circuito, em kWh, se ficar ligado durante 10h. 2) Determine: (a) A resistência equivalente. (b) A corrente elétrica IT , I1 e I2, em mA. (c) A queda de tensão em cada resistor. (d) A potência dissipada em cada resistor, em mW. (e) A energia elétrica total consumida pelo circuito, em quilojoules (kJ), se ficar ligado durante 2h. 59 3) Determine: (a) A resistência equivalente, em MΩ. (b) A corrente elétrica total (IT), em A. (c) A queda de tensão em R1 (U1). (d) A corrente elétrica em R2 (I2), em A. (e) A queda de tensão em R5 (U5). (f) A corrente elétrica em R4 (I4), em A. (g) A potência total consumida, em mW. (h) A energia elétrica total consumida, em joules, supondo que o circuito fique ligado 10h. 4) Determine: (a) A resistência equivalente, em kΩ. (b) A tensão da fonte (U). (c) A corrente elétrica I4, em A. (d) A queda de tensão (U2). 60 5) Determine: (a) A resistência equivalente. (b) A corrente elétrica total (IT). (c) A queda de tensão em R1 (UR1). (d) A queda de tensão em R3 (UR3). (e) A ddp entre os pontos “a” e “b” (Uab). (f) A energia elétrica total, em quilojoules (kJ), supondo que o circuito fique ligado 100s. 6) Determine: (a) A queda de tensão em R1 (UR1). (b) A queda de tensão em R2 (UR2). (d) A queda de tensão em R3 (UR3). 61 7) Determine: (a) A resistência equivalente. (b) A corrente elétrica total (IT). (c) A corrente elétrica I6. (d) A queda de tensão em R6 (U6). (e) A energia elétrica total, em kWh, supondo que o circuito fique ligado 2h. 8) Determine: (a) A resistência equivalente. (b) A corrente elétrica 21, IeIIT . (c) O potencial elétrico Ua. 62 Respostas: (1) (a) RT = 16; (b) IT = 15A; I1 = 10A; I2 = 5A; (c) UR1 = 180V; UR2 = UR3 = 60V; (d) PR1 = 2,7kW; PR2 = 600W; PR3 = 300W; (e) Eel = 36kWh; (2) (a) RT = 30k; (b) IT = 5mA; I1 = 1mA; I2 = 4mA; (c) UR1 = 50V; UR2 = UR3 = 100V; (d) PR1 = 250mW; PR2 = 100mW; PR3 = 400mW; (e) Eel = 5,4kJ; (3) (a) RT = 10M; (b) IT = 12A; (c) U1 = 24V; (d) I2 = 1,6A; (e) U5 = 96V; (f) I4 = 6A; (g) PT = 1,44mW; (h) Eel = 51,84J; (4) (a) RT = 120k; (b) U = 12V; (c) I4 = 60A; (d) U2 = 8V; (5) (a) RT = 4; (b) IT = 3A; (c) UR1 = 7,5V; (d) UR3 = 9V; (e) Uab = 1,5V; (f) Eel = 3,6kJ; (6) (a) UR1 = 12V; (b) UR2 = 7V; (c) UR3 = 15V; (7) (a) RT = 8; (b) IT = 30A; (c) I6 = 10A; (d) U6 = 20V; (e) Eel = 14,4kWh; (8) (a) RT = 4; (b) IT = 9A; I1 = 6A; I2 = 3A; (c) Ua = 6V 63 II.4 – CURTO-CIRCUITO Provoca-se um curto-circuito entre dois pontos de um circuito quando esses pontos são ligados por um condutor de resistência desprezível. O exemplo 1 apresenta resistores em curto-circuito nos itens (a) e (b). Porém, não há curto-circuito no item (c), pois nesse caso os três resistores estão em paralelo. Exemplo 1 – Determine a resistência equivalente entre os pontos A e B. (a) RAB = 22 (b) RAB = 11 (c) RAB = (11/3) 64 Exemplo 2 – Determine a resistência equivalente entre os pontos A e B. (a) RAB = 10 (b) RAB = 32 (c) RAB = 2 65 (d) RAB = 2 (e) RAB = 1 (f) RAB = 8 66 (g) RAB = 2,5 (h) RAB = 2 (i) RAB = 5 (j) RAB = 6 67 II.5 – AS LEIS DE KIRCHHOFF Considere um circuito elétrico constituído de três fontes de tensão (E1, r1), (E2, r2) e (E3, r3) e de resistores elétricos R1, R2 e R3, conforme o exemplo abaixo. Chama-se nó o ponto no qual a corrente elétrica se divide. Os trechos de circuitos entre dois nós consecutivos são denominados ramos. Qualquer conjunto de ramos formando um percurso fechado recebe o nome de malha. No circuito elétrico apresentado acima, como exemplo, são: Nós B e E. Ramos: BAFE, BE e BCDE. Malhas: ABEFA, BCDEB e ABCDEFA. A cada ramo do circuito elétrico atribui-se um sentido de corrente. Esse sentido, embora arbitrário, deve ser coerente com o elemento de circuito do ramo. Sendo uma fonte de tensão, a corrente elétrica entra pelo terminal negativo e sai pelo terminal positivo. Sendo um resistor, a corrente entra pelo terminal positivo e sai pelo negativo. A primeira lei de Kirchhoff ou lei dos nós estabelece que “em um nó, a soma das intensidades de corrente que chegam é igual a soma das intensidades de corrente que saem”. saemchegam II 68 A lei dos nós aplicada no nó “B” fornece: (1) Essa lei aplicada ao nó “E” leva à mesma equação anterior. Conhecendo os valores de tensão das fontes e dos resistores, há três incógnitas ( ), logo, são necessárias três equações. Como já existe uma, , ficam faltando duas equações. Para solucionar, escolhem-se duas das três malhas existentes e adota-se um sentido, que nesse caso será aplicado o horário (). Malha ABEFA: (2) Malha BCDEB: (3) Dessa forma, é obtido o sistema de duas equações com duas incógnitas: 321 iii 321 ,, iii 321 iii 0.... 1222211111 iREiriRirE 21221211 ..)( EEiriRRr 0... 33333222 irEiRirE 3233322 .)(. EEirRir 321 iii 32213322 )(.)(. EEiirRir 322323131322 ..... EEiriRiriRir 322332133 .)(.)( EEiRrrirR 21221211 ..)( EEiriRRr 322332133 .)(.)( EEiRrrirR 69 Exemplo 1: Determine as intensidades e os sentidos das correntes em todos os ramos. Solução: Adotam-se os seguintes sentidos para as correntes : A corrente no sentido horário na malha da esquerda. A corrente no ramo central no sentido para cima. A corrente no sentido horário na malha da direita. (1) (2) (3) 321 ,, iii 1i 2i 3i 321 iii 0133210 21 ii 101332 21 ii 332 21 ii 05,3414313 332 iii 5,3131453 32 ii 5,2353 32 ii 5,23)(53 212 iii 5,23553 212 iii 5,2385 21 ii )10(332 21 ii )4(5,2385 21 ii 70 Uma equação deve ser escolhida, para encontrar a corrente . Exemplo 2: Determine as intensidades das correntes . Solução: (1) (2) 303020 21 ii 943220)( 21 ii 12462 2 i Ai 2 62 124 2 1i 332 21 ii 3)2(32 1 i 632 1 i 32 1 i Ai 5,11 213 iii Ai 5,325,13 321 ,, iii 321 iii 040208210 122 iii )2(501020 21 ii 25510 21 ii 71 (3) 0542040 331 iii 45520 31 ii 45)(520 211 iii 455520 211 iii 45525 21 ii 25510 21 ii 45525)( 21 ii 7035 1 i Ai 2 35 70 1 25510 21 ii 255)2(10 2 i 20255 2 i 55 2 i Ai 1 5 5 2 321 iii 12213 iii Ai 13 72 Exemplo 3: Determine as intensidadesdas correntes . (I) (II) (III) 321, IeII 321 III 0655475 21 II 657554 21 II 1054 21 II 1054 21 II 01653565 332 III 1636565 32 II 5265 32 II 5265 32 II 5265 212 III 52665 212 III 52116 21 II 52116 21 II 2084424)4( 21 II 1054 21 II 603024)()6( 21 II 14874 2 I AI 2 74 148 2 1054 21 II 10)2(54 1 I 2010104 1 I AI 5 4 20 1 AIII 725213 73 Exemplo 4: A intensidade de corrente vale 0,2A. Determine e . Solução: (1) (2) (3) 1i 32 , ii 3R 23 2,0 ii 053 331 iRi 0)2,0()2,0()5(3 23 iR 0.2,013 233 iRR 2.2,0 233 iRR 055. 233 iiR 055)2,0( 223 iiR 55.2,0 2233 iiRR 55.2,0 2233 iiRR 2.2,0)( 233 iRR 35 2 i Ai 6,0 5 3 2 Aii 8,06,02,02,0 23 2.2,0 233 iRR 2)6,0(2,0 33 RR 28,0 3 R 5,2 8,0 2 3R 74 Exemplo 5: Determine a diferença de potencial BA UU . Solução: Adotam-se os seguintes sentidos para as correntes 321 ,, iii : A corrente 1i no sentido horário na malha da esquerda; A corrente 2i no ramo central no sentido para baixo; A corrente 3i no sentido horário na malha da direita. 321 iii (1) 082010 21 ii 20810 21 ii 20810 21 ii (2) 01068 32 ii 0)(1068 212 iii 0101068 212 iii 61810 21 ii (3) 75 20810 21 ii 61810 21 ii 2626 2 i Ai 1 26 26 2 20810 21 ii 20)1(810 1 i )1(82010 1 i 82010 1 i 1210 1 i Ai 2,1 10 12 1 213 iii 213 iii 12,13 i Ai 2,03 ABBA UUU 28iU AB 18ABU VU AB 8 76 Exemplo 6: Determine . (I) (II) (+) 321, IeII 321 III 05130515180 121 III 050520 21 II 50520 21 II 08100125130 332 III 0205230 32 II 230205 32 II 230)(205 212 III 23020205 212 III 5)(2302520 21 II 4654 21 II 50520 21 II 4654 21 II 9624 1 I AI 4 24 96 1 4654 21 II 465)4(4 2 I 16465 2 I 305 2 I AI 6 5 30 2 AIII 1064213 77 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Determine 321, IeII . 2) Determine 321, IeII . 3) Determine 321, IeII . Respostas: (1) I1 = 3A; I2 = 2A; I3 = 5A; (2) I1 = 8A; I2 = 20A; I3 = 12A; (3) I1 = 4A; I2 = 10A; I3 = 6A 78 CAPÍTULO III – CAPACITOR 1. Introdução O capacitor é bem diferente do resistor no que diz respeito à sua função, princípio de funcionamento e estrutura interna. Ao contrário do resistor, o capacitor apenas exibe seu comportamento característico quando ocorrem variações de tensão no circuito em que se encontra. Além disso, se considerar a situação ideal, não dissipa energia, como o resistor, mas armazena e pode devolvê-la mais tarde ao circuito. 2. Capacitor O capacitor é um elemento constituído por dois condutores separados por um material isolante (dielétrico). Estes dois elementos podem assumir diversas formas. Um exemplo simples é o capacitor de placas paralelas, constituído por dois condutores planos separados por um dielétrico. Na figura 1a, uma bateria U, uma chave S, um capacitor descarregado C e fios de interligação formam um circuito elétrico. O mesmo circuito é mostrado no diagrama esquemático da figura 1b, nos quais os símbolos para uma bateria, uma chave e um capacitor representam esses dispositivos. A bateria mantém uma diferença de potencial V entre os seus terminais. O terminal de potencial mais alto é indicado pelo sinal + e frequentemente é chamado de potencial positivo; o terminal de potencial mais baixo é indicado pelo sinal – e frequentemente é chamado de terminal negativo. Fig. 1 79 3. Capacitância A capacitância é uma medida da quantidade de carga que o capacitor pode armazenar em suas placas, em outras palavras, é a sua capacidade de armazenamento de carga elétrica. O valor da capacitância depende apenas da geometria das placas e não da sua carga ou da diferença de potencial. Um capacitor possui uma capacitância de 1 farad se uma carga de 1 coulomb for depositada em suas placas por uma diferença de potencia de 1 volt entre elas. O farad recebeu este nome em homenagem a Michael Faraday, um químico e físico inglês do século XIX. Na prática ele se mostra, entretanto, uma unidade de medida muito grande para a maioria das aplicações; assim, é mais comum usar o microfarad (F), nanofarad (nF) ou o picofarad (pF). Onde: é a capacitância, em farads (F). é a carga elétrica, em coulombs (C). é a tensão elétrica entre os terminais do capacitor, em volts (V). 4. Cálculo da Capacitância 4.1 – Capacitor de Placas Paralelas A capacitância de um capacitor depende da área das placas condutoras, da separação entre as placas e do dielétrico. Para um capacitor com duas placas paralelas, conforme mostra a figura 2, a sua capacitância é: Fig. 2 U q C C q U 80 Onde: C é a capacitância, em farad (F). permissividade ou constante dielétrica do material isolante, em farad/metro (F/m). A é a área da placa, em metros quadrados (m 2 ). d é a distância entre as placas, em metros (m). 4.2 – Capacitor Cilíndrico A figura 3 mostra, em corte transversal, um capacitor cilíndrico de comprimento L formado por dois cilindros coaxias de raios a e b. O cálculo da capacitância de um capacitor cilíndrico, assim como a de um capacitor de placas paralelas, depende apenas de fatores geométricos, neste caso L, b e a. Considerando, L » b. Fig. 3 – Vista superior de um capacitor cilíndrico. Onde: C é a capacitância, em farad (F) permissividade ou constante dielétrica do material isolante, em farad/metro (F/m). L é o comprimento do capacitor, em metros (m). a é o raio do cilindro menor, em metros (m). b é o raio do cilindro maior, em metros (m). d A C )/(ln 2 ab L C 81 4.3 – Capacitor Esférico A figura 3 também serve para ilustrar um capacitor esférico em um corte transversal passando pelo seu centro. O capacitor esférico é formado por duas cascas esféricas concêntricas, de raios a e b. O cálculo da capacitância de um capacitor esférico é igual a: Onde: C é a capacitância, em farad (F) permissividade ou constante dielétrica do material isolante, em farad/metro (F/m). a é o raio da esfera menor, em metros (m). b é o raio da esfera maior, em metros (m). 4.4 – Uma Esfera Isolada A capacitância atribuída a um único condutor esférico isolado de raio R supondo que “a placa que está faltando” é uma esfera condutora de raio infinito. Para encontrar a capacitância do condutor isolado, em primeiro reescreve-se a equação do cálculo do capacitor formado por duas cascas esféricas. Se considerar e substituir “a” por R, encontra-se a equação para o cálculo da capacitância da esfera isolada: Onde: C é a capacitância, em farad (F) permissividade ou constante dielétrica do material isolante, em farads/metro (F/m). R é o raio da esfera, em metros (m). ab ba C 4 ab ba C 4 b RC 4 82 4.5 – Capacitor Eletrolítico Um tipo especial de capacitor; adequado para altos valores de capacitância (da ordem de micro ou milifarads), é o eletrolítico, representado pelos símbolos da figura 4. Fig. 4 A diferença deste capacitor para os demais, além da alta capacitância que permite maior armazenamento de cargas elétricas, é a polarização das placas, sendo uma positiva e outra negativa. Ao contráriodos capacitores comuns que são conectados em qualquer posição (os terminais não têm polaridade) e com qualquer tipo de tensão (CA ou CC) o eletrolítico só pode ser instalado em tensão CC com o terminal positivo ligado ao pólo positivo e o terminal negativo ao pólo negativo, conforme figura 5. Fig. 5 Se um capacitor eletrolítico for ligado em tensão alternada ou com polarização invertida ele "estoura". É preciso ter cuidado, pois esta situação costuma provocar acidentes perigosos. 5. Rigidez Dielétrica Para cada dielétrico existe um valor de campo elétrico que, se aplicado ao dielétrico, quebrará ligações moleculares internas, permitindo a passagem de corrente. A tensão por unidade de comprimento (intensidade do campo elétrico) necessária para que haja uma condução em um dielétrico é uma indicação de sua rigidez dielétrica e é denominada tensão de ruptura. Quando a ruptura ocorre, o capacitor passa a ter características muito semelhantes às de um condutor. Um exemplo típico de ruptura de dielétrico é o raio, que ocorre quando a diferença de potencial entre a nuvem e a terra se torna tão grande que pode haver escoamento de carga de uma para outra pela atmosfera, que se comporta como o dielétrico. 83 A permissividade é uma medida da facilidade com que o dielétrico “permite” o estabelecimento de linhas de campo no seu interior. Quanto maior o valor da permissividade, maior a quantidade de cargas depositadas nas placas. Para o vácuo, o valor de (representada 0) é de 8,85 x 10 -12 F/m. A razão entre a permissividade de qualquer dielétrico e a do vácuo é chamada de permissividade relativa (r). O valor de para qualquer material é, assim, dado por: O valor de r é uma grandeza adimensional. A Tabela 2 mostra os valores da permissividade relativa para vários materiais isolantes. Tabela 2 – Permissividade relativa (r) de várias substâncias. Dielétrico r Vácuo 1,0 Ar 1,0006 Teflon 2,0 Papel parafinado 2,5 Borracha 3,0 Ascarel 4,0 Mica 5,0 Porcelana 6,0 Baquelite 7,0 Vidro 7,5 Água destilada 80,0 Cerâmica 7500,0 0 r 0. r 84 6. Corrente de Fuga O caso ideal é quando o fluxo de elétrons ocorre em um dielétrico apenas quando a tensão de ruptura é alcançada. Na realidade, existem elétrons livres em todos os dielétricos devido a elementos de impureza do material. Quando é aplicada uma tensão entre as placas de um capacitor, uma corrente de fuga, devido aos elétrons livres, flui de uma placa para outra. Entretanto, normalmente esta corrente é tão pequena que pode ser ignorada para a maioria das aplicações práticas. Este efeito é representado por um resistor em paralelo com o capacitor, como mostra a figura 6(a), cujo valor é, tipicamente, maior que 100 M. No entanto, alguns capacitores, como os do tipo eletrolítico, têm correntes de fuga relativamente altas. Quando carregados e depois desconectados do circuito, esses capacitores perdem a carga num tempo na ordem de segundos devido ao fluxo de cargas (corrente de fuga) de uma placa para a outra, conforme figura 6(b). Fig. 6 – Demonstração do efeito da corrente de fuga. 7. Simbologia dos Capacitores Assim como os resistores, todos os capacitores podem ser classificados em duas categorias: fixos e variáveis. A linha curva representa a placa que é normalmente conectada no ponto de potencial mais baixo. Fig. 7 – Simbologia de capacitores. Capacitor Fixo Capacitor Variável 85 8. Capacitores em Série e em Paralelo Tanto os capacitores, como os resistores, podem ser conectados em série e em paralelo. Um aumento nos valores de capacitância pode ser conseguido conectando os capacitores em paralelo, enquanto uma diminuição é obtida conectando-os em série. No caso de capacitores em série, a carga é a mesma em todos os capacitores. Figura 8 – Capacitores em série Aplicando a lei de Kirchhoff para tensões ao longo da malha, tem-se: A capacitância total de dois capacitores em série é: A capacitância total de “N” capacitores iguais a “C”em série é: NT QQQQQ 321 NUUUUU ...321 C Q U N N T T C Q C Q C Q C Q C Q ... 3 3 2 2 1 1 NT CCCCC 1 ... 1111 321 TC 21 21 . CC CC CT TC N C CT 86 No caso de capacitores em paralelo, a tensão é a mesma entre os terminais de todos os capacitores e a carga total é a soma das cargas dos capacitores. Figura 9 – Capacitores em paralelo Exemplos: 1 – Para o circuito abaixo, determine: (a) A capacitância total. (b) A carga elétrica em cada capacitor. (c) A tensão entre os terminais de cada capacitor. (a) NT QQQQQ ...321 UCQ . NNT UCUCUCUCUC ........ 332211 NUUUUE ...321 NT CCCCC ...321 8 1 200 2041 10 1 50 1 200 11111 321 CCCCT FCT 8 87 (b) (c) 2 - Para o circuito abaixo, determine: (a) A capacitância total. (b) A carga elétrica em cada capacitor. (c) A carga total. (a) (b) (c) CUCQ TT 48060108. 6 CQQQQT 480321 V C Q U 4,2 10200 10480 6 6 1 1 1 V C Q U 6,9 1050 10480 6 6 2 2 2 V C Q U 48 1010 10480 6 6 3 3 3 FCCCCT 2060120060800321 CmUCQ 4,384810800. 611 CmUCQ 88,2481060. 622 CmUCQ 6,5748101200. 633 mCUCQ TT 88,9848102060. 6 88 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. A capacitância C de um capacitor aumenta, diminui ou permanece a mesma quando (a) a carga q sobre ele é dobrada e (b) a diferença de potencial V entre suas placas é triplicada? 2. Para capacitores carregados pela mesma bateria, a carga armazenada pelo capacitor aumenta, diminui ou permanece a mesma em cada uma das seguintes situações? (a) A separação entre as placas de um capacitor de placas paralelas é aumentada. (b) O raio do cilindro interno de um capacitor cilíndrico é aumentado. (c) O raio da casca esférica externa de um capacitor esférico é aumentado. 3. Uma bateria de potencial V armazena uma carga q sobre uma combinação de dois capacitores idênticos. Qual a diferença de potencial entre as placas e a carga sobre qualquer um dos capacitores se os capacitores estiverem (a) em paralelo e (b) em série? 4. O capacitor da figura abaixo possui uma capacitância de 25F e está inicialmente descarregado. A bateria fornece uma diferença de potencial de 120V. Depois de a chave S ser fechada, quanta carga passará por ela? 5. No circuito abaixo suponha que a tensão de entrada seja igual a 120V, C1 = 6F, C2 = 3F; C3 = 4F. Determine: (a) A capacitância equivalente da associação. (b) A carga total armazenada. (c) A tensão em cada capacitor. (d) A carga em cada capacitor. 89 6. No circuito abaixo suponha que a tensão de entrada seja igual a 120V, C1 = 7F; C2 = 8F; C3 = 10F. Determine: (a) A capacitância equivalente da associação. (b) A carga total armazenada. (c) A tensão em cada capacitor. (d) A carga em cada capacitor. 7. No circuito abaixo suponha que a tensão de entrada seja igual a 120V, C1 = 4F; C2 = 8F; C3 = 6F. Determine: (a) A capacitância equivalente da associação. (b) A carga total armazenada. (c) A tensão em cada capacitor. (d) A carga em cada capacitor. 8. Na figura baixo, cada capacitor possui C = 4F e Uab = 28V. Calcule: (a) A capacitância equivalente. (b) A carga de cada capacitor. (c) A diferença de potencial através de cada capacitor. (d) A diferença de potencial entre os pontos a e d. 9. Um capacitor de placas paralelas possui placas circulares de 8,2cm de raio e 1,3mm de separação. (a) Calcule a capacitância. Dado: 0 = 8,85 x 10 -12
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