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Aula 03 - Português

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Aula 03
Português p/ PC-MA (Delegado) Com videoaulas - Pós-Edital
Professor: Décio Terror
 
 
 
Português para PC MA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 73 
Aula 3: Domínio da estrutura morfossintática do período. 
Relações de subordinação entre orações. Reorganização da 
estrutura de orações e de períodos do texto. Emprego dos sinais 
de pontuação. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Princípios gramaticais 1 
2. Período composto por subordinação substantiva 2 
3. Período composto por subordinação adjetiva 9 
4. A pontuação e a classificação das orações adjetivas 12 
5. Período composto por subordinação adverbial 25 
6. Questões cumulativas de revisão 51 
7. O que devo tomar nota como mais importante? 53 
8. Lista das questões apresentadas 54 
9. Gabarito 73 
 
 Olá, pessoal! 
 Reconhecemos, na aula passada, a coordenação entre as orações. Tudo 
com vistas à pontuação e à troca de conectivos, alvo da banca CESPE. 
 Também em aula anterior, falamos dos termos da oração. Devemos 
perceber que sujeito, objeto direto, objeto indireto e complemento nominal são 
termos eminentemente substantivos. Isso quer dizer que seus núcleos devem 
ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos predicativo e 
aposto podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe agora falarmos 
apenas de seu valor substantivo. 
Por exemplo, ―isso‖ é um pronome. Por possuir valor substantivo, pode 
ocupar as funções sintáticas faladas anteriormente. Veja: 
Isso é lindo. (Isso = sujeito) 
Vi isso. (isso = OD) 
Sei disso. (disso = OI) 
Sou obediente a isso. (a isso = CN) 
Ela é isso. (isso = predicativo) 
Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto) 
Um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo é trocá-la 
pelo pronome demonstrativo substantivo ―ISSO‖. Não é sempre que dá certo 
com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem característica. 
E por que isso é importante? 
Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento 
nominal, predicativo e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo, 
transformam-se numa oração subordinada substantiva. 
 
 
 
 
Português para PC MA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 73 
 
 
Período composto por subordinação substantiva 
Com base nas frases abaixo, observe os termos em negrito e suas 
funções sintáticas. Quando o termo recebe um verbo, vira uma oração. 
 
Veja: 
Era indispensável teu regresso. 
 VL + predicativo (sujeito simples) 
período simples (oração absoluta) 
 
Era indispensável que tu regressasses. 
VL + predicativo Suj + VI 
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva 
período composto 
 
Era indispensável tu regressares. 
VL + predicativo Suj + VI 
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo) 
período composto 
 Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas 
um verbo: ―Era‖. Esse verbo é de ligação, seguido do predicativo 
―indispensável‖ e o sujeito ―teu regresso‖. 
 Na frase 2, o então sujeito ―teu regresso‖ recebeu um verbo e foi 
modificado para ―que tu regressasses‖. Assim, há duas orações (período 
composto). Note que esta oração recentemente formada não produz sentido 
sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva 
por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos 
trocá-la pelo pronome ―isso‖. Veja: Isso era indispensável. O pronome ―isso‖ 
continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de 
sujeito da oração principal. 
Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que 
falta na oração principal. Confirme isso na frase 2: na oração principal só há 
verbo de ligação e predicativo, falta o sujeito, que é toda a oração posterior. 
Esta oração é chamada de desenvolvida, pois possui conjunção (integrante 
―que‖) e o verbo está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses). 
Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante ―que‖ e 
isso fez com que reduzíssemos a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o 
verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma infinitiva. Por esse 
motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo. 
Essa denominação completa você não precisa decorar, basta entender o 
processo, a estrutura. A banca CESPE não pergunta o nome, mas quer saber o 
emprego disso. 
Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, 
passa a ser uma oração subordinada substantiva. 
Veja: 
 
1 
2 
3 
 
 
 
Português para PC MA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 73 
 
Na ata da reunião constava a presença deles. (Isso constava na ata da reunião) 
adjunto adverbial de lugar + VI + sujeito 
Na ata da reunião constava que eles estavam presentes. (Isso constava...) 
 oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva 
Na ata da reunião constava eles estarem presentes. (Isso constava...) 
 oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
 
Foi anunciado o debate deles. (Isso foi anunciado) 
 locução verbal + sujeito 
Foi anunciado que eles debateriam. (Isso foi anunciado) 
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva 
Foi anunciado eles debaterem. (Isso foi anunciado) 
oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
 
 As orações subordinadas substantivas subjetivas são também 
denominadas de sujeito oracional. Vale lembrar que o verbo da oração 
principal que tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva 
deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja 
vocábulos no plural no sujeito oracional, a oração principal permanecerá com o 
verbo no singular. Veja que os verbos ―constava‖ e ―Foi anunciado‖ não se 
flexionaram no plural, mesmo o sujeito oracional possuindo vocábulos no 
plural. 
 Agora veremos o complemento verbal direto. Perceba a seguir que, nas 
orações principais, os verbos possuem sujeito, são transitivos diretos e 
necessitam de um complemento, o qual será toda a oração posterior. 
 
Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.) 
 sujeito + VTD + objeto direto 
Economistas previram que o desemprego aumentaria. (Economistas previram isso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta 
Economistas previram aumentar o desemprego. (Economistas previram isso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo 
 
Mas cabe uma peculiaridade da oração subordinada substantiva objetiva 
direta. Nas frases interrogativas indiretas, as orações subordinadas 
substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pela conjunção 
subordinada integrante ―se‖ e por pronomes ou advérbios interrogativos: 
Ninguém sabe se ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe como ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe quando ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe onde ela aceitará a proposta. 
Ninguém sabe qual é a proposta. 
Ninguém sabe quanto é a proposta. 
 
 
 
Português para PC MA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 73 
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e 
ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre uma forma 
peculiar de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de 
infinitivo: 
Deixe-me repousar. Mandei-ossair. Ouvi-o gritar. 
Nesses três últimos casos, as orações destacadas são todas objetivas 
diretas reduzidas de infinitivo e, o que é mais interessante, os pronomes 
oblíquos átonos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais e são 
conhecidos por sujeito acusativo. Essa é a única situação da língua portuguesa 
em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o 
que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em desenvolvidas: 
Deixe que eu repouse. 
Mandei que eles saíssem. 
Ouvi que ele gritava. 
É bom esclarecer que os verbos causativos e sensitivos não formam 
locução verbal, porque fazem parte de orações distintas, formando um período 
composto. 
 Agora, passemos às orações com função de objeto indireto e 
complemento nominal. Se o objeto indireto e o complemento nominal (os quais 
são termos iniciados por preposição) recebem o verbo, naturalmente vão 
continuar com a preposição antecedendo-os. 
Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.) 
 sujeito + VTI + objeto indireto 
Teus amigos confiam em que tu vencerás. (Teus amigos confiam nisso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta 
Teus amigos confiam em venceres. (Teus amigos confiam nisso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo 
Perceba que, na completiva nominal, não é o verbo que exige o 
complemento, é o nome. 
Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.) 
 sujeito + VL + predicativo + complemento nominal 
Teus pais estavam certos de que tu voltarias. (Teus pais estavam certos disso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal 
Teus pais estavam certos de voltares. (Teus pais estavam certos disso.) 
 oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo 
 
 Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito. 
Nossa maior preocupação era a chuva. (Nossa maior preocupação era isso) 
 sujeito + VL + predicativo 
Nossa maior preocupação era que chovesse. (Nossa maior preocupação era isso) 
 oração principal + oração subordinada substantiva predicativa 
Nossa maior preocupação era chover. (Nossa maior preocupação era isso) 
oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo 
 
 
 
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Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 
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Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela 
palavra ―ISSO‖. Apenas a oração apositiva não transmite coerência com essa 
troca; porém, observe que a banca não cobra o nome, mas pergunta se os 
dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o início de um 
esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja: 
Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio. 
 sujeito + VTD + objeto direto + aposto 
Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado. 
 oração principal + oração subordinada substantiva apositiva 
Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado. 
 oração principal + oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo 
 
Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por 
que temos de identificar esse tipo de oração? Porque... 
a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não são 
separados por vírgula, portanto também não podemos separar a oração 
subordinada substantiva de sua oração principal por vírgula; 
b) quando esse tipo de oração tiver a função de sujeito, objeto direto 
e predicativo, não deve haver uso de preposição antecedendo-os; 
c) a conjunção que as inicia é chamada de integrante (que, se), a 
qual não possui valor semântico, nem função sintática; 
d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito 
oracional), o verbo da oração principal sempre ficará na terceira pessoa do 
singular. 
Outra coisa importante!!! 
 
A conjunção integrante ―que‖ geralmente expressa certeza: 
Diga que começou o trabalho. 
A conjunção integrante ―se‖ geralmente expressa dúvida: 
Diga se começou o trabalho. 
 
Questão 1: ICMBIO 2014 Nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava 
que os espaços urbanos deveriam servir para a interação social. Na época, foi 
criticado pela imprensa e por comerciantes, que ponderavam que as pessoas 
não passariam muito tempo ao ar livre em uma capital gélida. Erraram. As 
vendas triplicaram, e a rua de pedestres foi ocupada pelos moradores. 
Nas sequências ―acreditava que os espaços urbanos‖ (linhas 1 e 2) e 
―ponderavam que as pessoas não passariam‖ (linhas 3 e 4), o ―que‖ introduz 
complementos oracionais para as formas verbais ―acreditava‖ e 
―ponderavam‖. 
Comentário: Sabemos que as orações subordinadas substantivas objetivas 
diretas, objetivas indiretas são empregadas para completarem o sentido de 
verbos. Além disso, as orações subordinadas substantivas completivas 
nominais são empregadas para completarem o sentido de nomes. 
 Justamente isso é cobrado nesta questão. Quando se afirma que a 
 
 
 
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conjunção integrante ―que‖ inicia complementos oracionais para as formas 
verbais transitivas diretas ―acreditava‖ e ―ponderavam‖, isso significa que 
devemos perceber se essas orações são substantivas objetivas diretas. 
 O verbo ―acreditava‖ tem como núcleo do sujeito ―arquiteto‖ e como 
objeto direto a oração ―que os espaços urbanos deveriam servir para a 
interação social‖. 
 O verbo ―ponderavam‖ tem como sujeito o pronome relativo ―que‖, o 
qual retoma o substantivo ―comerciantes‖ e, possivelmente, o substantivo 
―imprensa‖, e como objeto direto a oração ―que as pessoas não passariam 
muito tempo ao ar livre em uma capital gélida‖: 
O arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava que os espaços urbanos 
deveriam servir para a interação social. Na época, foi criticado pela imprensa 
e por comerciantes, que ponderavam que as pessoas não passariam muito 
tempo ao ar livre em uma capital gélida. 
 Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 2: TJ SE 2014 Analista (banca CESPE) 
Fragmento do texto: No entanto, junto com esse crescimento do mundo 
virtual, aumentaram também o cometimento de crimes e outros desconfortos 
que levaram à criação de leis que criminalizam determinadas práticas no uso 
da Internet, tais como invasão a sítios e roubo de senhas. Devido ao aumento 
dos problemas motivados pela digitalização das relações pessoais, comerciais 
e governamentais, surgiu a necessidade de se regulamentar o uso da 
Internet. 
O termo ―de senhas‖ (linha 4) e a oração ―de se regulamentar o uso da 
Internet‖ (linhas 6 e 7) complementam o sentido de nomes substantivos. 
Comentário: Sabemos que o termo que completa o sentido de substantivos é 
o complemento nominal. Note que o substantivo ―roubo‖ exige o complemento 
nominal ―de senhas‖ e o substantivo ―necessidade‖ exige a oração 
subordinada substantiva completiva nominal ―de se regulamentar o uso da 
Internet‖ (necessidade disso). 
 Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 3: FUB 2014 Nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: A academia não pode estar voltada apenas para seu 
público interno. É muito importante que as informações sejam divulgadas e 
não permaneçam circulando em um grupo fechado, até para que haja 
crescimento da própria comunidade científica. 
As orações ―que as informações sejam divulgadas e não permaneçam 
circulando emum grupo fechado‖ (linhas 2 e 3), ligadas entre si por uma 
relação de coordenação, exercem a função de complemento do nome 
―importante‖ (linha 2). 
Comentário: Deve-se notar que o complemento de um nome deve ser o 
complemento nominal. Assim, devemos observar se essas duas orações 
 
 
 
Português para PC MA 
Teoria e exercícios comentados 
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coordenadas são subordinadas substantivas completivas nominais. 
 Analisando o período, verifica-se que o verbo ―É‖ é de ligação, 
―importante‖ é o predicativo do sujeito e as orações ―que as informações 
sejam divulgadas‖ e ―não permaneçam circulando em um grupo fechado‖ são 
subordinadas substantivas subjetivas e estão coordenadas entre si (isso é 
muito importante). Veja: 
É muito importante que as informações sejam divulgadas e não permaneçam 
circulando em um grupo fechado... 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 4: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes 
impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação 
dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e 
capitais. 
O trecho ―confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a 
construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo 
movimento desembaraçado de mercadorias e capitais‖ exerce a função 
sintática de sujeito. 
Comentário: A oração principal ―É fácil, hoje em dia,‖ é constituída de verbo 
de ligação ―É”, predicativo ―fácil” e adjunto adverbial de tempo ―hoje em dia‖. 
Na sequência, ocorreu a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de 
infinitivo. 
Gabarito: C 
 
 
Questão 5: MPU 2013 Analista (banca CESPE) 
Fragmento do texto: A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar 
desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam. 
A oração ―quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se 
desigualam‖ (linhas 1 e 2) exerce a função de complemento indireto da forma 
verbal ―consiste‖ (linha 1). 
Comentário: O verbo ―consiste‖ é transitivo indireto e a oração ―quinhoar 
desigualmente aos desiguais‖ é subordinada substantiva objetiva indireta. Tal 
oração é estendida pela expressão ―na medida em que se desigualam”. Assim, 
toda a estrutura pode ser entendida como complemento indireto da forma 
verbal ―consiste‖. Note que podemos substituir toda a estrutura pela palavra 
―isso‖: ―A regra da igualdade não consiste senão nisso‖. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 
 
Português para PC MA 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 3 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 73 
Questão 6: TRE ES - 2011 - nível médio (banca CESPE) 
Fragmento de texto: No Brasil, a tradição política no tocante à 
representação gira em torno de três ideias fundamentais. A primeira é a do 
mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não 
têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e os 
interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu papel com 
base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem 
tem a capacidade de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros 
interesses dos seus constituintes. A segunda ideia é a de que os 
representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses locais ou 
regionais. 
Em ―A segunda ideia é a de que‖ (linha 8), o ―a‖ que precede ―de que‖ poderia 
ser retirado, sem acarretar prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em 
―A primeira é a do‖ (linha 2), o ―a‖ que precede ―do‖ não poderia ser retirado, 
visto que substitui a palavra ―ideias‖ (linha 2). 
Comentário: Nas duas ocorrências, o substantivo ―ideia‖ está subentendido 
após o artigo ―a‖. O uso desses artigos é obrigatório para que realmente o 
substantivo fique subentendido nas duas orações e exija complemento 
nominal e oração subordinada substantiva completiva nominal, 
respectivamente. 
 Por isso, a afirmativa está errada. 
 A primeira é a (ideia) do mandato livre e independente... 
 sujeito + VL + predicativo + complemento nominal 
A segunda ideia é a (ideia) de que os representantes devem exprimir interesses gerais... 
 sujeito + VL + predicativo 
 
 
Gabarito: E 
 
Questão 7: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível superior (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Não interessa que os especialistas se irritem porque 
Maquiavel não foi maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma 
marca no imaginário social. 
A expressão de realce ―é que‖ (linha 2) poderia ser retirada sem prejuízo para 
o sentido e a correção gramatical do período em que ela se insere. 
Comentário: Note que a expressão ―é que‖ não é empregada como realce, 
ela não pode ser retirada, por ser constituída de verbo de ligação e a 
conjunção integrante que inicia a oração subordinada substantiva predicativa. 
Veja: 
...o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social... 
 sujeito + VL + oração subordinada substantiva predicativa 
Gabarito: E 
 
Vimos, no início da aula, os termos da oração e as orações subordinadas 
substantivas, que provêm da maioria destes termos. Agora veremos as 
orações subordinadas adjetivas. 
 
oração principal 
oração subordinada substantiva completiva nominal 
 
 
 
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Teoria e exercícios comentados 
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Período composto por subordinação adjetiva 
As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a 
um adjetivo. Em termos sintáticos, essas orações exercem a função que 
normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal ou aposto 
explicativo). O adjunto adnominal é termo do qual ainda não falamos, mas nos 
basta entender o seguinte: todo termo da oração possui no mínimo um 
vocábulo, o qual chamamos de núcleo. Por vezes, esse núcleo vem antecipado 
ou seguido de outros vocábulos de valor adjetivo, os quais passam à função de 
adjunto adnominal. 
Perceba isso no exemplo abaixo. O objeto direto é o termo ―gente 
mentirosa‖. O núcleo é o substantivo ―gente‖ e o adjunto adnominal é 
―mentirosa‖, o qual serve para caracterizar o núcleo. 
Detesto gente mentirosa. 
VTD núcleo do 
OD 
Adj Adn 
 objeto direto 
período simples 
 
Detesto gente que mente. 
oração principal Or Sub Adjetiva 
período composto 
Na primeira construção, o adjetivo ―mentirosa‖ é adjunto adnominal, o 
qual caracteriza o núcleo do objeto direto ―gente‖. Ao se inserir um verbo 
nesta função adjetiva, naturalmente haverá uma oração de mesmo valor. Por 
isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva. 
A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é 
feita pelo pronome relativo que. Esse vocábulo não pode ser confundido com a 
conjunção integrante ―que‖, vista anteriormente, a qual inicia uma oração 
subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se evitar o erro: 
1. Detesto mentiras. 2. Detesto gente mentirosa. 
1. Detesto que mintam. 2. Detesto gente que mente. 
a) O vocábulo ―mentiras‖ é um 
substantivo. Quando é substituído por 
verbo, passa a fazer parte de uma 
oração subordinada substantiva. 
b) ―mentiras‖ é núcleo do objeto direto 
do verbo ―Detesto‖, por isso ―que 
mintam‖ é oração subordinada 
substantiva objetiva direta da oração 
principal ―Detesto‖. 
c) O vocábulo ―que‖ é uma conjunção 
integrante e toda a oração a partir 
desse vocábulo pode ser substituída 
pelo vocábulo ―isso‖, para a 
confirmação de ser oração substantiva. 
(Detesto isso.) 
a) O vocábulo ―mentirosa‖ é um 
adjetivo. Quando é substituído por um 
verbo, passaa fazer parte de uma 
oração adjetiva. 
b) ―mentirosa‖ é adjunto adnominal e 
restringe o núcleo do objeto direto. 
c) Não há coesão em se substituir a 
oração ―que mente‖ pelo vocábulo 
―isso‖. Veja: Detesto gente isso. Por 
isso não é oração substantiva. O 
segundo passo é substituir o ―que‖ por 
―o qual‖ e suas variações, para 
confirmar se é pronome relativo 
iniciando oração adjetiva. Veja: 
Detesto gente a qual mente. 
 
 
 
 
 
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Teoria e exercícios comentados 
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No período ―Detesto gente que mente‖, desenvolvem-se duas ideias, 
relacionadas à palavra ―gente‖: a primeira é a de que eu a detesto e a segunda 
a de que ela mente. Assim: 
 
Detesto gente. Gente mente. 
 VTD + OD Suj + VI 
 
 Entendendo-se que o vocábulo ―gente‖ está se repetindo 
desnecessariamente, pode-se inserir no lugar desse vocábulo repetido o 
pronome relativo ―que‖ ou ―a qual‖. ―Gente‖ está na função de sujeito, então o 
pronome ―que‖ ou ―a qual‖ também ocupa a função de sujeito. Veja: 
 
Detesto gente.Gente mente. 
Detesto gente que mente. 
Detesto gente a qual mente. 
 
 
 
 
 sujeito 
Visando ao que pode ser exigido pela banca CESPE, muitas vezes se vê 
questão que pede para substituir um vocábulo por outro, permanecendo o 
sentido e a gramaticalidade. Neste caso, se a banca pedisse para substituirmos 
―gente‖ por ―pessoas‖, permaneceria a semântica, mesmo um estando no 
singular e o outro no plural. Mas essa substituição implicaria mudança na 
concordância do verbo ―mente‖, que deveria flexionar-se no plural, haja vista 
que o pronome relativo ―que‖ é sujeito e retomaria ―pessoas‖. Assim: 
 
Detesto pessoas que mentem. 
 VTD + objeto direto Suj + V. intransitivo 
oração principal oração Sub Adjetiva 
 
Outras vezes a banca CESPE cobra simplesmente a atenção voltada ao 
contexto para identificar o referente. Por exemplo: 
1. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que demitiu duzentos funcionários. 
2. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que exportou para a Europa. 
3. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que embelezam as mulheres. 
 Na frase 1, o pronome relativo ―que‖ retomou o substantivo ―dono‖, pois 
se entende que quem demite é o ―dono‖; na frase 2, foi retomado o 
substantivo ―empresa‖, pois é mais adequado dizer que a exportação é feita 
pela ―empresa‖ e não pelo ―dono‖. Na frase 3, a concordância é feita no plural, 
porque o pronome relativo retomou ―cosméticos‖, que também está no plural. 
Isso é muito cobrado na prova. Muita atenção. 
 Uma forma de isso ficar mais claro é substituir o pronome ―que‖ pelo 
pronome relativo ―o qual‖ e suas variações, típica questão do CESPE. Assim, 
na frase 1 seria ―o qual‖, na 2 ―a qual‖ e na 3 ―os quais‖. 
 
 
 
 
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Questão 8: SECTI DF 2014 Nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: É comum, inclusive, a falta de clareza a respeito dos 
objetivos e produtos de cada unidade administrativa ou prestadora de 
serviços. Portanto, para se reproduzir a racionalidade microeconômica, devem 
ser definidos critérios e criados mecanismos que sejam coerentes com a 
realidade do setor público. 
No período compreendido entre as linhas 3 e 5, a supressão da expressão 
―que sejam‖ não prejudicaria a correção gramatical nem os sentidos do texto. 
Comentário: Para compreendermos bem o pedido da questão, vamos inserir 
o período original e em seguida a reescrita da forma como pede a questão. 
Período original: 
Portanto, para se reproduzir a racionalidade microeconômica, devem ser 
definidos critérios e criados mecanismos que sejam coerentes com a realidade 
do setor público. 
Reescrita: 
Portanto, para se reproduzir a racionalidade microeconômica, devem ser 
definidos critérios e criados mecanismos coerentes com a realidade do setor 
público. 
 Lendo os períodos, percebemos que não há prejuízo gramatical, pois 
simplesmente houve a troca de uma base oracional adjetiva por uma base 
adjetiva. Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 9: Câmara dos Deputados 2014 Analista Legislativo (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O calor intenso derreteu a neve nas pistas, forçou o 
cancelamento de treinos e prejudicou competições. Por trás dessa surpresa, 
um velho conhecido: o aquecimento global, fenômeno responsável por 
mudanças climáticas intensas que têm afetado o planeta no último século e 
que pôde ser notado em anomalias frequentes nessa última temporada de 
inverno no Hemisfério Norte e de verão, no Sul. 
As orações ―que têm afetado‖ (linha 4) e ―que pôde ser notado‖ (linha 5) 
referem-se a ―aquecimento global‖ (linha 3). 
Comentário: Para que as orações subordinadas adjetivas refiram-se a um 
termo, o pronome relativo deve retomá-lo. Na oração ―que têm afetado‖, o 
pronome relativo ―que‖ retoma ―mudanças climáticas‖. Já, na oração ―que 
pôde ser notado em anomalias frequentes‖, o pronome relativo ―que‖ retoma 
―aquecimento global‖. 
“...o aquecimento global, fenômeno responsável por mudanças climáticas 
intensas que têm afetado o planeta no último século e que pôde ser notado 
em anomalias frequentes...” 
 Assim, os referentes são diferentes e a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
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 Não veremos nesta aula quais são os pronomes relativos e suas funções 
sintáticas. Isso será visto na aula 4, quando aprofundarmos na regência verbal 
e nominal. Vamos trabalhar agora a pontuação nestas orações. 
A pontuação e a classificação das orações adjetivas 
 Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é 
necessário sabermos a diferença entre dois tipos de adjetivo. 
 Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, 
característica inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do 
substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo 
leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em 
relação a homem, fogo e leite. 
Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao 
ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, 
nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é 
enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em 
relação a homem, fogo e leite. 
 mortal quente branco explicativo 
homem fogo leite 
 inteligente alto enriquecido restritivo 
 
Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado 
por ele, teremos o seguinte: se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre 
vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo 
restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto 
adnominal. Por exemplo: ―O homem, mortal, age como um ser imortal.‖ Nessa 
frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do 
substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto 
explicativo. Já na frase ―O homem inteligente lê mais.”, inteligente é adjetivo 
restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito, por isso não está 
entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal. 
Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do 
termo antecedente, individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou 
amplifica características básicas sobre o antecedente, que já se encontra 
suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo 
―inteligente‖. 
1. O homem, inteligente,dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 
2. O homem inteligente não joga lixo no chão. 
Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, 
que raciocina. Essa é a condição básica para que ele possa ter a capacidade 
cognitiva e então através dos séculos ter a possibilidade de isso ser ampliado. 
Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo e com isso há 
a função sintática de aposto explicativo. 
 
 
 
 
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Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois 
se sabe que nem todos os homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse 
não é um princípio só do poder de raciocínio, mas da virtude, da educação. 
Assim, inteligente, neste caso, é o homem educado. Como sabemos que nem 
todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo 
não está separado por vírgulas e cumpre a função sintática de adjunto 
adnominal. 
Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma 
oração subordinada adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe 
um verbo, tornar-se-á oração subordinada adjetiva restritiva. O uso de 
vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos 
anteriormente. Veja: 
 
O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 
sujeito aposto explicativo VTD + objeto direto + adjunto adverbial de tempo 
período simples 
 
O homem, que é inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 
 oração subordinada adjetiva explicativa 
oração principal 
período composto 
 
O homem inteligente não joga lixo no chão. 
 Adj Adn + núcleo adjunto adnominal Adj Adv VTD OD Adj Adv lugar negação 
sujeito simples 
período simples 
 
 
O homem que é inteligente não joga lixo no chão. 
 oração subordinada adjetiva restritiva 
oração principal 
período composto 
 
Portanto, dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá 
mudança de sentido. Em determinados momentos, a vírgula poderá ser 
inserida ou retirada, isso fará com que a oração mude o sentido, mas não quer 
dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo: 
Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris. 
Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris. 
Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a 
expressão somente aquele que. 
Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de 
Angélica o qual mora em Paris foi encontrado por mim, os outros irmãos dela 
não foram citados no contexto. Portanto, sem vírgulas, entende-se que ela tem 
mais de um irmão. 
 Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão 
de Angélica é ser morador de Paris, pois ele é o único irmão. Veja outros: 
O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB. 
O curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB. 
 
 
 
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No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do 
curso farão a prova da OAB, os outros não. Então o curso possui mais de 
oitocentos alunos. No segundo período, percebe-se que todo o efetivo discente 
do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos. 
Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta. 
No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não 
apreciada, conhecida pela felizarda. A joia da qual gostar poderá ser escolhida. 
Ao passo que, no segundo período, a pessoa presenteada já conhecia a joia e 
já gostava dela, por isso passou a haver a característica explicativa. 
Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por 
vírgulas, travessões e parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração 
subordinada adjetiva explicativa. 
Questão 10: PC GO 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Além disso, há uma questão relacionada à 
possibilidade do estado de dependência do crime: a probabilidade de se 
cometerem crimes no presente está relacionada à quantidade de crimes que 
já se cometeram. 
A oração ―que já se cometeram‖ (linhas 3 e 4) 
a) equivale, sintática e semanticamente, a que foi cometida. 
b) está coordenada à expressão ―quantidade de crimes‖ (linha 3). 
c) explica o termo ―crimes‖ (linha 3). 
d) complementa o substantivo ―quantidade‖ (linha 3). 
e) restringe o sentido do termo ―crimes‖ (linha 3). 
Comentário: Quando uma oração adjetiva não é precedida de vírgula, é de 
natureza restritiva. Assim, a oração subordinada adjetiva ―que já se 
cometeram‖ restringe o substantivo ―crimes‖, isto é, o termo a que ela se 
refere. 
 Assim, a alternativa correta é a (E). 
 A alternativa (A) está errada, pois deve haver a flexão no masculino e 
plural: que foram cometidos. 
 A alternativa (B) está errada, pois não há relação de coordenação, mas 
de subordinação adjetiva. 
 A alternativa (C) está errada, pois não há explicação, mas restrição. 
 A alternativa (D) está errada, pois uma oração adjetiva não 
complementa termo, ela o caracteriza. Além disso, o termo caracterizado é 
―crimes‖, e não ―quantidade‖. 
Gabarito: E 
 
Questão 11: TCE PA 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: As audiências públicas integram o perfil dos Estados 
democráticos de direito, modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-
guerra, segundo o qual o poder político não apenas emana do povo, sendo em 
nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo. 
 É por meio dessas audiências que o responsável pela decisão tem acesso 
 
 
 
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às diversas opiniões sobre a matéria debatida e abre a oportunidade para as 
pessoas que irão sofrer os reflexos da deliberação se manifestarem antes de 
seu desfecho. 
A oração ―que irão sofrer os reflexos da deliberação‖ (linha 7) é indispensável 
ao sentido do período, pois delimita a referência de ―pessoas‖ (linha 7). 
Comentário: Primeiramente, devemos notar que a oração ―que irão sofrer os 
reflexos da deliberação‖ é subordinada adjetiva e se refere ao substantivo 
―pessoas‖. 
 Essa oração adjetiva é indispensável no período, pois traduz um valor de 
restrição ao substantivo ―pessoas‖. 
 A banca quis apenas nos testar sobre nosso conhecimento a respeito da 
diferença entre a explicação (expressão que basicamente confirma a anterior), 
por isso é elemento normalmente dispensável no segmento. 
 Já a restrição deve ser mantida, haja vista a delimitação de sentido do 
substantivo anterior. 
 Portanto, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
 
Questão 12: FUB 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Em 1875, quando estava decidindo se dedicaria a vida 
à matemática ou à física, um jovem alemão chamado Max Planck foi 
fortemente aconselhado a não escolher a física, porque os grandes avanços já 
haviam sido realizados. Garantiram-lhe que o século vindouro seria de 
consolidação e refinamento, não de revolução. Planck não deu ouvidos. 
É facultativo o emprego das vírgulas que isolam, no texto, o trecho ―quando 
estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à física‖ (21 e 22). 
Comentário: A oração ―quando estava decidindo se dedicaria a vida à 
matemática ou à física‖ está intercalada e deve se manter separada por 
vírgulas. 
 Primeiro há o adjunto adverbial de tempo ―Em 1875‖. Na sequência, 
ocorre a oração subordinada adjetiva explicativa ―quando estava decidindo se 
dedicaria a vida à matemática ou à física‖. 
 Perceba que ―quando‖ é um pronome relativo neste contexto, haja vista 
que retomaa expressão anterior. Compare: 
Em 1875, quando estava decidindo se dedicaria a vida à matemática ou à 
física, um jovem alemão chamado Max Planck foi fortemente aconselhado... 
Em 1875, período em que estava decidindo se dedicaria a vida à matemática 
ou à física, um jovem alemão chamado Max Planck foi fortemente 
aconselhado... 
 Dessa forma, a dupla vírgula é obrigatória e a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
 
 
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Questão 13: CGE PI 2015 Auditor (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, 
apesar de simpático, me pareceu um pouco estranho. 
No trecho ―ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me 
pareceu um pouco estranho‖, o elemento ―que‖ introduz oração de natureza 
restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial. 
Comentário: Vimos que, quando uma oração adjetiva não é precedida de 
vírgula, ela é de natureza restritiva. Assim, a primeira parte da afirmação está 
correta. 
 Além disso, a expressão ―apesar disso‖ é um adjunto adverbial 
concessivo, o qual se encontra intercalado e separado por vírgulas. Dessa 
forma, também a segunda parte da afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 14: CGE PI 2015 Auditor (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Nem todas serão interessantes, não raras serão 
aborrecidas, mas, se o dono tiver cuidado, pode extrair uma dúzia delas que 
mereçam sair cá fora. 
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se 
inserisse uma vírgula logo após o termo ―delas‖. 
Comentário: Podemos perceber que a palavra ―que‖, mencionada na 
questão, é um pronome relativo. Prova disso é que podemos substituir ―que‖ 
por ―as quais‖. Veja: 
...pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora. 
...pode extrair uma dúzia delas as quais mereçam sair cá fora. 
 Assim, temos certeza de que há oração subordinada adjetiva restritiva. 
Uma vírgula colocada antes certamente mudaria o sentido para explicativa. 
Dessa forma, houve erro na afirmação. 
Gabarito: E 
 
Questão 15: MPU 2015 Técnico (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O histórico dos crimes cibernéticos, por sua vez, 
remonta à década de 70, quando, pela primeira vez, foi definido o termo 
hacker, como sendo aquele indivíduo que, dotado de conhecimentos técnicos, 
promove a invasão de sistemas operacionais privados e a difusão de pragas 
virtuais. 
A oração ―que, dotado (...) pragas virtuais‖ é de natureza restritiva. 
Comentário: A oração ―que (...) promove a invasão de sistemas operacionais 
privados e a difusão de pragas virtuais‖ é subordinada adjetiva, pois podemos 
trocar a palavra ―que‖ pela expressão ―o qual‖. Assim, confirmamos realmente 
a oração adjetiva. Como ela não está precedida de vírgula, temos certeza de 
que ela tem valor restritivo. Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
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Questão 16: MPU 2015 Técnico (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o 
protocolo Internet, que permitiu a comunicação entre os seus poucos usuários 
até então, uma vez que ela ainda estava restrita aos centros de pesquisa dos 
Estados Unidos da América. 
As vírgulas empregadas nas linhas 2 e 3 isolam oração de natureza 
condicional. 
Comentário: A oração ―que permitiu a comunicação entre os seus poucos 
usuários até então‖ é subordinada adjetiva, pois podemos trocar a palavra 
―que‖ pela expressão ―o qual‖. Assim, sabemos que a oração não tem valor 
condicional, mas adjetivo. Como tal oração é precedida de vírgula, tem valor 
adjetivo explicativo. 
Gabarito: E 
 
Questão 17: ICMBIO 2014 Nível médio (banca CESPE) 
Fragmento do texto: As palavras estampadas na bandeira nacional 
poderiam receber o complemento de um adjetivo, diante do arcabouço de 
ideias e discussões que tratam do futuro do planeta. 
Na linha 3, o elemento ―que‖ tem a função de restringir o sentido das 
expressões que o antecedem, a saber, ―ideias‖ e ―discussões‖. 
Comentário: Vimos que, quando uma oração adjetiva não for precedida de 
vírgula, ela terá a função de restringir o sentido do termo anterior. Assim, a 
primeira parte da afirmação está correta. 
 Além disso, o pronome relativo ―que‖ retoma os substantivos ―ideias‖ e 
―discussões‖, pois podemos entender que ideias e discussões tratam do futuro 
do planeta. Dessa forma, também a segunda parte da afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 18: Câmara dos Deputados 2014 Analista Legislativo (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de 
Inverno de 2014, o presidente russo Vladimir Putin prometeu uma experiência 
única: turistas e atletas poderiam esquiar nas montanhas, onde é muito frio, e 
mergulhar em piscinas abertas de hotéis, onde o clima é mais ameno, no 
mesmo dia. Sochi é famosa como estância de veraneio de milionários russos. 
Pelo fato de o clima na região ser subtropical, a temperatura prevista para a 
Olimpíada já estava no limite do aceitável para a prática de esportes na neve: 
no inverno, é esperada a média de 6 °C na altura do mar Negro, que banha o 
litoral. 
As orações ―onde é muito frio‖ (linha 3) e ―que banha o litoral‖ (linhas 8 e 9) 
têm natureza explicativa, o que justifica o fato de estarem isoladas por 
vírgulas. 
Comentário: Primeiro, devemos ter certeza de que as duas orações são 
subordinadas adjetivas. A oração ―onde é muito frio‖ é iniciada pelo pronome 
relativo ―onde‖, o qual será estudado nas aulas posteriores. Chegamos a essa 
conclusão, porque podemos substituir ―onde‖ por ―em que‖ ou ―nas quais‖. 
Além disso, a oração ―que banha o litoral‖ é iniciada pelo pronome relativo 
 
 
 
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―que‖. Chegamos a essa conclusão, porque podemos substituir ―que‖ por ―o 
qual‖. 
 Como temos certeza de que há orações subordinadas adjetivas, as 
vírgulas marcam natureza explicativa. 
Gabarito: C 
 
Questão 19: Câmara dos Deputados 2014 Técnico Legislativo (banca CESPE) 
 
No segundo quadrinho, a retirada da vírgula logo após ―felicidade‖ modificaria 
a relação semântica e sintática entre essa palavra e o trecho ―a qual é meu 
direito inalienável‖ e afetaria a coerência da argumentação. 
Comentário: A oração ―a qual é meu direito inalienável, de acordo com a 
nossa Constituição‖ é subordinada adjetiva explicativa, porque está precedida 
de vírgula. Assim, a retirada da vírgula obrigatoriamente faz mudar o sentido e 
a relação sintática, pois deixaríamos o valor explicativo e teríamos o restritivo. 
Com a mudança do valor semântico, muda-se o nome da oração, por isso 
também há mudança sintática. 
 Além disso, com a vírgula, entendemos que toda e qualquer felicidade é 
direito inalienável de acordo com a Constituição. Ao retirarmos a vírgula, 
passaremos ao sentido de que nem toda felicidade é direito inalienável previsto 
na CF. Notadamente, o contexto não permite interpretar que poderia haver 
uma felicidade permitida e outra não. Assim, a retirada da vírgula transmite 
incoerência nos argumentos do texto. 
Gabarito: C 
 
 
Questão 20: SECTI DF 2014 Nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O que realmente é o servidor público? Segundo Maria 
Sylvia Zanella di Pietro, servidor público é expressão empregada ora em 
sentido amplo, para designar todas as pessoas físicas que prestam serviços ao 
Estado e às entidades da administração pública indireta, com vínculo 
empregatício, ora em sentido menos amplo, que exclui os que prestam 
serviços às entidades com personalidade jurídica de direito privado. 
Em ―oraem sentido menos amplo, que exclui os que prestam serviços às 
entidades com personalidade jurídica de direito privado‖ (linhas 5 e 6), a 
vírgula empregada após o vocábulo ―amplo‖ é necessária para isolar oração 
adjetiva explicativa. 
 
 
 
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Comentário: A oração ―que exclui os‖ é subordinada adjetiva. Como está 
precedida de vírgula, tem valor explicativo. Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
 
 
Questão 21: ANS - 2013 - nível médio (banca CESPE) 
Fragmento do texto: 
1 
 
 
 
5 
 O seu controle é difícil, porque o inseto é muito versátil na escolha 
dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente 
resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água 
propicie a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se 
rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o 
adulto. 
 O único modo possível de se evitar a transmissão da dengue é a 
eliminação do mosquito transmissor da doença, combatendo-se os focos 
de acúmulo de água — locais que propiciam sua criação. 
As orações ―que são extremamente resistentes‖ (linhas 2 e 3) e ―que 
propiciam sua criação‖ (linha 9), embora sejam introduzidas pelo mesmo 
pronome relativo, denotam sentido explicativo e restritivo, respectivamente. 
Comentário: Como falamos anteriormente, a oração subordinada adjetiva 
explicativa deve ser separada por vírgula(s), como é o caso da oração ―que 
são extremamente resistentes‖. Veja: 
O seu controle é difícil, porque o inseto é muito versátil na escolha dos 
criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, 
podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicie a 
incubação. 
Já a oração subordinada adjetiva restritiva não pode ser separada por vírgula, 
como é o caso da oração ―que propiciam sua criação‖. Veja: 
O único modo possível de se evitar a transmissão da dengue é a eliminação do 
mosquito transmissor da doença, combatendo-se os focos de acúmulo de 
água — locais que propiciam sua criação. 
 Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 22: CNJ 2013 Analista Judiciário (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma 
relação construída a partir de um paradigma de poder social que manipula o 
instrumental legal, de um poder-saber que estrutura discursos de dominação. 
As orações ―que manipula o instrumental legal‖ (linhas 2 e 3) e ―que estrutura 
discursos de dominação‖ (linha 3) têm sentido restritivo, isto é, especificam os 
termos a que se referem — ―poder social‖ (linha 2) e ―poder-saber‖ (linha 3), 
respectivamente. 
Comentário: Primeiro é necessário assegurar que as orações em destaque 
são adjetivas. Para isso, devemos substituir os vocábulos ―que‖ por ―o qual‖ 
porque as expressões masculinas e singulares ―poder social‖ e ―um poder-
d
 
 
 
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saber‖ estão sendo retomadas, respectivamente. Veja: 
Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de 
um paradigma de poder social o qual manipula o instrumental legal, de um 
poder-saber o qual estrutura discursos de dominação. 
Tendo certeza de que as orações são realmente adjetivas e não estando 
precedidas de vírgula, elas são adjetivas restritivas e a questão está correta. 
Gabarito: C 
 
 
Questão 23: MTE 2013 Auditor-Fiscal do Trabalho (banca CESPE) 
Fragmento do texto: No que toca às pessoas com deficiência, é possível 
afirmar que o viés assistencialista e caridosamente excludente que orientava 
as ações governamentais tem sido substituído por programas de efetiva 
inclusão, que visam formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e não mais 
meros beneficiários de políticas de assistência social. 
A inserção de vírgulas imediatamente antes e depois da oração ―que orientava 
as ações governamentais‖ (linhas 2 e 3) manteria a correção gramatical, mas 
alteraria o sentido do período. 
Comentário: Primeiro, é sempre bom assegurar que a oração em destaque é 
realmente adjetiva. Para isso, devemos substituir o vocábulo ―que‖ por ―o 
qual‖, porque o substantivo ―viés‖ está sendo retomado. Dessa forma, 
passamos a ter certeza de que o vocábulo ―que‖ realmente é um pronome 
relativo e inicia uma oração subordinada adjetiva. Veja: 
No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés 
assistencialista e caridosamente excludente o qual orientava as ações 
governamentais tem sido substituído por programas de efetiva inclusão, que 
visam formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e não mais meros 
beneficiários de políticas de assistência social. 
 Tendo a certeza de que realmente há oração adjetiva e percebendo que 
tal oração não é precedida de vírgula, sabemos que ela tem valor restritivo. 
Assim, ao inserirmos dupla vírgula, a oração obrigatoriamente mudaria o 
sentido para explicação. Por isso a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
 
Questão 24: CNJ 2013 Técnico Judiciário (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Jogadores de futebol de diversos times entraram em 
campo em prol do programa ―Pai Presente‖, nos jogos do Campeonato 
Nacional em apoio à campanha que visa reduzir o número de pessoas que não 
possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento. 
A oração subordinada ―que não possuem o nome do pai em sua certidão de 
nascimento‖ (linhas 3 e 4) não é antecedida por vírgula porque tem natureza 
restritiva. 
Comentário: Primeiro é necessário assegurar que a oração em destaque é 
adjetiva. Para isso, devemos substituir o vocábulo ―que‖ por ―as quais‖, 
porque o substantivo ―pessoas‖ está sendo retomado. Dessa forma, passamos 
7
 
 
 
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a ter certeza de que o vocábulo ―que‖ realmente é um pronome relativo e 
inicia uma oração subordinada adjetiva. Veja: 
Jogadores de futebol de diversos times entraram em campo em prol do 
programa “Pai Presente”, nos jogos do Campeonato Nacional em apoio à 
campanha que visa reduzir o número de pessoas as quais não possuem o 
nome do pai em sua certidão de nascimento. 
 Tendo a certeza de que realmente há oração adjetiva e percebendo que 
tal oração não é precedida de vírgula, sabemos que ela tem valor restritivo, 
como afirmado na questão. 
Gabarito: C 
 
Questão 25: TRE MS 2013 Analista Judiciário (banca CESPE) 
1 
 
 
 
5 
Para chegar a uma explicação melhor, precisamos resolver o que chamo 
de o paradoxo da democracia, que consiste na disseminação da 
democracia pelo mundo, ao mesmo tempo em que, nas democracias 
maduras, supostamente copiadas pelo resto do mundo, há uma desilusão 
generalizada com os processos democráticos. 
Dado o seu caráter adverbial, a oração ―Para chegar a uma explicação melhor‖ 
(linha 1) poderia ser corretamente deslocada para logo após o trecho 
―precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da democracia‖ (linhas 1 e 
2). 
Comentário: Sabemos que a oração subordinada adverbial pode ser 
deslocada. Neste caso, a oração ―Para chegar a uma explicação melhor‖ é 
subordinada adverbial de finalidade e se encontra antecipada, por isso a 
vírgula é obrigatória. Naturalmente, tal oração poderia se posicionar após a 
oração principal; mas, neste contexto, o problema é a oração subordinada 
adjetiva explicativa ―que consiste na disseminação da democracia pelo 
mundo‖. Veja que, no texto, o pronome relativo ―que‖ retoma a expressão ―o 
paradoxo da democracia‖. Com o deslocamento da oração adverbial, o 
pronome relativo ―que‖ passaria a retomar a expressão ―explicação melhor‖, o 
que causaria incoerência nos argumentos do texto. Veja:Para chegar a uma explicação melhor, precisamos resolver o que chamo de o 
paradoxo da democracia, que consiste na disseminação da democracia pelo 
mundo... 
Precisamos resolver o que chamo de o paradoxo da democracia, para chegar a 
uma explicação melhor, que consiste na disseminação da democracia pelo 
mundo... 
Gabarito: E 
 
 
Questão 26: SEGER ES 2013 Analista do Executivo (banca CESPE) 
Assinale a opção em que foram empregados corretamente os sinais de 
pontuação. 
A) As pessoas, que dão valor, apenas, ao lado material da vida, não sabem, o 
que de valor há na vida. 
6
 
 
 
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B) Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante 
terá a experiência, próxima da realidade, com que irá deparar-se. 
C) A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela 
podem-se perceber os valores que fundamentam as práticas de uma 
comunidade. 
D) Os artefatos produzidos, têm seu valor econômico, mas é preciso também, 
levar em consideração seu valor simbólico. 
E) De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de 
ser contornada; contamos, pois, com a colaboração de todos para 
superarmos este desafio. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver vírgula entre 
o verbo ―sabem‖ e o objeto direto ―o‖. A oração ―que dão valor, apenas, ao 
lado material da vida‖ tem valor restritivo, pois sabemos que nem todas as 
pessoas dão valor apenas ao lado material da vida. Assim, devemos retirar a 
dupla vírgula que intercala essa oração. Admite-se dupla vírgula para 
intercalar o advérbio ―apenas‖. Veja a correção: 
As pessoas que dão valor, apenas, ao lado material da vida não sabem o que 
de valor há na vida. 
 A alternativa (B) está errada, pois a expressão ―próxima da realidade‖ é 
um adjunto adnominal, termo que não admite ser separado por vírgula. Veja a 
correção: 
Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante terá 
a experiência próxima da realidade com que irá deparar-se. 
 A alternativa (C) está errada, pois o adjunto adverbial intercalado ―por 
meio dela‖ não pode receber apenas uma vírgula. Como podemos entender tal 
termo como de pequena extensão, podemos inserir mais uma vírgula a fim de 
intercalar esse termo ou excluir a vírgula que o antecede. Veja: 
A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela, podem-se 
perceber os valores que fundamentam as práticas de uma comunidade. 
ou 
A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois por meio dela podem-se 
perceber os valores que fundamentam as práticas de uma comunidade. 
 A alternativa (D) está errada, pois não pode haver vírgula entre o 
sujeito e o verbo. O advérbio ―também‖ está intercalado e não pode receber 
apenas uma vírgula: ou recebe duas, ou não recebe nenhuma. 
Os artefatos produzidos têm seu valor econômico, mas é preciso, também, 
levar em consideração seu valor simbólico. 
ou 
Os artefatos produzidos têm seu valor econômico, mas é preciso também 
levar em consideração seu valor simbólico. 
 A alternativa (E) é a correta. A expressão ―De fato‖ é um adjunto 
adverbial de afirmação, certeza. Como tal termo é de pequena extensão, a 
vírgula é facultativa. A oração ―que será difícil de ser contornada‖ é 
subordinada adjetiva. Como se encontra precedida de vírgula, tem valor 
a
 
 
 
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explicativo. A conjunção ―pois‖, por estar deslocada e entre vírgulas, tem 
valor conclusivo. Tendo em vista a oração ―contamos, pois, com a colaboração 
de todos‖ possuir duas vírgulas, percebemos o uso estilístico do ponto e 
vírgula, a fim de transmitir mais clareza. 
De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de ser 
contornada; contamos, pois, com a colaboração de todos para superarmos 
este desafio. 
Gabarito: E 
 
Questão 27: ANS - 2013 - nível Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Quando isso ocorre, os clientes que já haviam 
contratado o serviço continuam no direito de usá-lo, mas a operadora não 
pode aceitar novos beneficiários nesses planos. 
O segmento ―que já haviam contratado o serviço‖ (linhas 1 e 2) tem natureza 
restritiva. 
Comentário: Como a oração subordinada adjetiva ―que já haviam contratado 
o serviço‖ está intercalada, mas não se encontra entre vírgulas, ela tem valor 
restritivo. Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 28: PRF - 2013 - nível Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Torceram também para que a versão que inculpou o 
pai e a madrasta fosse verdadeira. 
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto, a oração ―que 
inculpou o pai e a madrasta‖ poderia ser isolada por vírgulas, sendo a opção 
pelo emprego desse sinal de pontuação uma questão de estilo apenas. 
Comentário: Como a oração subordinada adjetiva ―que inculpou o pai e a 
madrasta‖ está intercalada, mas não se encontra entre vírgulas, ela tem valor 
restritivo. Ao inserirmos dupla vírgula, tal oração muda o sentido de restrição 
para explicação. Assim, uma suposta inserção do sinal de pontuação neste 
caso não seria apenas por estilo, mas por intenção de mudar o sentido. Dessa 
forma, a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
 
As orações reduzidas e desenvolvidas 
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo 
conjugado em modo e tempo verbal, as orações subordinadas adjetivas são 
chamadas de desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas 
adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser 
introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais 
(infinitivo, gerúndio ou particípio). 
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. 
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. 
 
d
 
 
 
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No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, 
já que é introduzida pelo pronome relativo ―que‖ e apresenta verbo conjugado 
no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada 
adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no 
infinitivo. 
 
 
Questão 29: ANS - 2013 - nível médio (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O grupo técnico — composto por representantes de 
operadoras, beneficiários, órgãos de defesa do consumidor, entre outros — 
estudou o tema e levou em consideração inúmeras publicações disponíveis 
que dão suporte à proposta feita pela ANS. 
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir os travessões 
(linhas 1 e 2) por vírgulas ou parênteses. 
Comentário: A expressão intercalada ―composto por representantes de 
operadoras, beneficiários, órgãos de defesa do consumidor, entre outros” é 
um exemplo de oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio 
Perceba que o vocábulo ―composto‖ é o particípio do verbo ―compor‖. 
Como esta é uma oração subordinada adjetiva explicativa intercalada, 
ela pode ficar separada por vírgulas, travessões ou parênteses. Assim, a 
afirmativa está corretíssima. 
Gabarito: C 
 
Questão 30: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor (banca CESPE) 
Fragmento de texto: E considerar outras formas de soberania que 
respondam melhor a um mundo caracterizado ao mesmo tempo pela 
desigualdade e pela diversidade. 
Na linha 2, caso se insira, antes de ―caracterizado‖, o segmento que é, será 
necessário, para a manutenção da correção gramatical e do sentido do 
período, o emprego de vírgula após ―mundo‖. 
Comentário: A oração ―caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e 
pela diversidade‖ é subordinadaadjetiva restritiva reduzida de particípio. O 
autor pode optar em desenvolvê-la inserindo o pronome relativo ―que‖ e o 
verbo ―é‖: 
...um mundo que é caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela 
diversidade 
 O erro está na exigência do uso da vírgula. Neste caso, a oração 
passaria a explicativa, perdendo, assim, o sentido original (que era restritivo). 
Gabarito: E 
 
 
 
 
 
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Recapitulando... 
 
Até agora, vimos os termos básicos da oração e entendemos que não se 
pode separá-los por vírgula. Vimos também que o sujeito, OD e predicativo 
não são antecipados por preposição. Além disso, estudamos o vocativo e o 
aposto tendo em vista a sua pontuação. 
Em seguida, vimos que o termo adjetivo pode ter dois valores 
semânticos (restrição e explicação). Quando esses termos recebem verbo, 
naturalmente viram orações adjetivas. 
Agora falta falarmos dos termos adverbiais, principalmente no que diz 
respeito ao sentido e à pontuação. Quando o adjunto adverbial recebe um 
verbo, transforma-se em oração subordinada adverbial. 
 
 
Período composto por subordinação adverbial 
 
 
 
O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. 
 VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa 
sujeito predicado verbal 
período simples 
 
 
O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. 
 
sujeito 
VTI objeto indireto VTI + objeto indireto 
predicado verbal predicado verbal 
oração principal oração subordinada adverbial causal 
período composto 
 
 
 
Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se 
para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será 
empregada conforme foi visto nos adjuntos adverbiais de grande extensão. 
Assim, via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à 
oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for 
antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente. 
 
 
 
 
 
 
vírgula 
facultativa 
vírgula 
facultativa 
 
 
 
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Observe: 
 
Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso 
adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto 
 sujeito 
predicado verbal 
período simples 
 
 
Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso 
 VTI + objeto indireto sujeito VTI objeto indireto 
 predicado verbal predicado verbal 
oração subordinada adverbial causal oração principal 
período composto 
 
 
 
 
 
 
O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso. 
 adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto 
sujeito predicado verbal 
período simples 
 
 
O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso 
 VTI + objeto indireto VTI objeto indireto 
sujeito predicado verbal predicado verbal 
 oração subordinada adverbial causal 
oração principal 
período composto 
 
Assim como foi visto nas orações substantivas e adjetivas, as orações 
podem ser reduzidas. Isso ocorre porque a conjunção é excluída e o verbo 
deixa de ser conjugado em modo e tempo verbal e passa a uma das formas 
nominais: infinitivo, gerúndio, particípio. 
 
Por se esforçar muito nos estudos, o candidato passou no concurso. 
 oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo + oração principal 
 
Questão 31: INCA - 2010 - nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos 
exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador, criou 
recursos médico-periciais voltados à identificação do nexo da causalidade 
entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada. 
A vírgula logo depois de ―trabalhador‖ é opcional e sua retirada preservaria a 
correção gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem 
função de marcar já estão separados pela conjunção ―e‖: ―exames pré-
admissional, periódico e demissional do trabalhador‖. 
vírgula 
obrigatória 
vírgula 
obrigatória 
vírgulas obrigatórias 
 
vírgulas obrigatórias 
 
 
 
 
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Comentário: A vírgula após ―trabalhador‖ é obrigatória, por haver a 
antecipação da oração subordinada adverbial causal (ou temporal) reduzida de 
infinitivo ―Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos exames pré-
admissional, periódico e demissional do trabalhador”. Os três termos 
enumerados não interferem no motivo desta vírgula. 
Gabarito: E 
 
Questão 32: Médico perito INSS - 2009 - nível superior (banca CESPE) 
Julgue a frase quanto à correção gramatical: O povo por estar insatisfeito com 
o “bota-abaixo” e influenciado pela imprensa se revoltou contra a vacina. 
Comentário: Há orações subordinadas adverbiais causais reduzidas de 
infinitivo e estão coordenadas entre si com a conjunção ―e‖. Como essas 
orações estão intercaladas à oração principal ―O povo se revoltou contra a 
vacina‖, deve haver vírgula após o substantivo ―povo‖ e depois de ―imprensa.‖ 
Gabarito: E 
 
Vários são os valores circunstanciais das orações subordinadas 
adverbais. Eles basicamente se dividem em 9. 
Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da 
estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. 
E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções 
causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver 
antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida 
em que, que, etc: 
A mulher gritou porque teve medo. 
Como fazia frio, fechou as janelas. 
 Já que me pediram, vou continuar. 
 Uma vez que desfruta de bons pensamentos, realiza boas atitudes. 
Observações: 
I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que 
funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções 
como: 
Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a 
organização de seu material de estudo. 
Se ele não estudou, por que está chateado por não ter passado no 
concurso? 
Note que podemos trocar a conjunção ―se‖ por ―como‖, ―já que‖, por 
exemplo: 
Como o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a 
organização de seu material de estudo. 
Já que ele não estudou, por que está chateado por não ter passado no 
concurso? 
 
 
 
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II - Vimos na aula anterior que as conjunções porque, porquanto e 
pois podem ser coordenativas explicativas. Nesta, percebemos que elas 
também podem ser causais. A banca CESPE não pergunta qual é a diferença 
entre elas, apenas pede a troca das conjunções. 
Questão 33: TRE PE 2017 Analista (banca CESPE) 
Fragmento do texto: A ética e a cidadania não se desvinculam da questão 
dos princípios da ação do Estado e da moralidade administrativa, uma vez 
que, por mais alargados que pareçam os direitos e as esferas individuais — as 
quais parecem ser extremamente flexíveis nos atuais contextos —, urge que 
sejam regulamentadas as vinculações estreitas que existem entre esferas 
individuais e esferas coletivas, pressupondo-se, assim, níveis de avanço no 
campo do progresso moral da sociedade. 
No texto, a locução ―uma vez que‖ (linha 2) introduz no período em que 
ocorre uma ideia de 
a) causa.b) consequência. 
c) conclusão. 
d) finalidade. 
e) condição. 
Comentário: A locução conjuntiva ―uma vez que‖ basicamente por ter dois 
valores adverbiais: 
a) Pode transmitir condição, quando podemos substituir tal locução por 
―caso‖. Além disso, o verbo deve se encontrar no modo subjuntivo: 
Uma vez que você estude, passará no concurso. 
Caso você estude, passará no concurso. 
b) Pode transmitir causa, quando podemos substituir por ―já que‖, ―porque‖. 
Além disso, o verbo deve se encontrar no modo indicativo: 
Uma vez que você estudou, passou no concurso. 
Já que você estudou, passou no concurso. 
 Dessa forma, fica fácil observar que a locução conjuntiva neste contexto 
tem valor causal e a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
Questão 34: TCE PA 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Quer dizer também que o ex-prefeito continua sujeito 
a todas as sanções previstas para aqueles que não prestam contas. Por essa 
razão, é necessário que haja a separação das contas — que devem, inclusive, 
ser processadas em autos distintos — quando ocorrer de o cargo de prefeito 
ser ocupado por mais de uma pessoa durante o exercício financeiro. Nesse 
caso, cada um será responsável pelo período em que ocupou o cargo. 
A expressão ―Por essa razão‖ (linhas 2 e 3) introduz no parágrafo em que 
ocorre uma ideia de finalidade. 
Comentário: Veja que podemos substituir a expressão ―por essa razão‖ por 
―por causa disso‖, ―devido a isso‖. Assim, entendemos o valor de causa, e não 
de finalidade. Portanto, a afirmação está errada. 
 
 
 
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Gabarito: E 
 
Questão 35: TCE PA 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Examinando-se a situação financeira dos estados que 
preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal, fica difícil aceitar a 
argumentação. Desde maio de 2000, quando entrou em vigor a LRF, esses 
estados, como os demais, estão sujeitos a regras precisas para a gestão do 
dinheiro público, para a criação de despesas e, em particular, para os gastos 
com pessoal. Por que, tendo descumprido algumas dessas regras, estariam 
interessados em torná-las ainda mais rigorosas? 
 Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro 
público que, por alguma razão, não a cumpriram. De que adiantaria, então, 
tornar a lei mais rigorosa, se nem nas condições atuais esses responsáveis 
estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na lei. 
A conjunção ―se‖ (linha 10) introduz uma oração interpretada como a 
condição para tornar a LRF mais rigorosa. 
Comentário: Veja que não há valor de condição, mas de causa, haja vista 
que podemos substituir a conjunção ―se‖ por ―já que‖. Veja: 
De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas condições 
atuais esses responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? 
De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, já que nem nas 
condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 36: MPU 2015 Técnico (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Posteriormente, na década de 70, foi criado o 
protocolo Internet, que permitiu a comunicação entre os seus poucos usuários 
até então, uma vez que ela ainda estava restrita aos centros de pesquisa dos 
Estados Unidos da América. 
Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original do período ao se 
substituir a expressão ―uma vez que‖ por qualquer um dos seguintes termos: 
porque, já que, pois, por conseguinte. 
Comentário: A locução conjuntiva ―uma vez que‖ é causal e naturalmente 
pode ser substituída por ―porque‖, ―já que‖ e ―pois‖, mas a locução conjuntiva 
―por conseguinte‖ é coordenativa conclusiva, por isso não pode substituir 
aquela locução. Dessa forma, a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 37: EBC – 2011 – Nível Médio (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria 
ser público, uma vez que a sua missão é prestar um serviço público. Nesse 
sentido, poderiam até variar as formas de financiamento, mas o controle deve 
ser da sociedade. 
Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o 
 
 
 
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terceiro período do texto ao se substituir ―uma vez que‖ (R.9) por qualquer 
um dos termos a seguir: porque, porquanto, já que, visto que, 
conquanto. 
Comentário: A locução conjuntiva ―uma vez que‖ inicia a oração subordinada 
adverbial causal. Os conectivos ―porque‖, ―porquanto‖, ―já que‖ e ―visto que‖ 
preservam o valor causal; mas a conjunção ―conquanto‖ tem valor adverbial 
concessivo, o qual será visto adiante. Assim, a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 38: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor (banca CESPE) 
Fragmento de texto: O cientista político Phillippe Schmitter argumentou 
que, embora a situação europeia seja singular, seu progresso para além do 
Estado nacional tem uma pertinência mais genérica, pois ―o contexto 
contemporâneo favorece sistematicamente a transformação dos Estados em 
confederatii, condominii ou federatii, numa variedade de contextos‖. 
O conector ―pois‖ (linha 3) introduz ideia de consequência no trecho em que 
ocorre. 
Comentário: A conjunção ―pois‖ tem valor adverbial causal, e não de 
consequência. 
Gabarito: E 
 
Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da 
consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito, 
um resultado e aparecem de duas formas: 
I - conjunção ―que” precedida de ―tal”, ―tão”, “tanto”, “tamanho”: 
Fazia tanto frio que meus dedos congelavam. 
Tal foi seu entusiasmo que todos o seguiram. 
Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar 
subentendidos. 
Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...) 
II – locuções conjuntivas ―de maneira que”, ―de jeito que”, ―de ordem 
que”, ―de sorte que”, ―de modo que”, etc: 
Ontem estive doente, de sorte que não pude ir ao trabalho. 
“As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar 
minha viagem.” (Domingos Paschoal Cegalla) 
III – locução conjuntiva ―sem que”, e a conjunção ―que”, seguida de 
negação. 
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar. 
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar. 
Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de 
negação; na segunda, sua ausência é substituída pelo advérbio de negação 
―não”. 
 
 
 
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Questão 39: TRE BA 2017 Analista (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Gregos que enriqueceram como comerciantes e 
armadores não eram iguais àqueles que possuíam a propriedade da terra e do 
conhecimento, de modo que não reuniam os critérios para uma igual 
participação na formulação das leis. 
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto caso a 
expressão ―de modo que‖ (linha 3) fosse substituída por 
A enfim. 
B logo. 
C de sorte que. 
D desde que. 
E a fim de que. 
Comentário: A locução conjuntiva subordinada adverbial ―de modo que‖ tem 
valor consecutivo e pode ser substituída pela locução de mesmo valor 
semântico ―de sorte que‖. Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 40: FUB 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Se uma coisa podia ser oscilada, acelerada, 
perturbada, destilada, combinada, pesada ou gaseificada, eles o fizeram, e no 
processo produziram um corpo de leis universais tão importantes e 
majestosas que ainda tendemos a escrevê-las com maiúsculas: Teoria do 
Campo Eletromagnético da

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