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FUNDAMENTOS DA NOSSA CONFISSÃO Romeu Bornelli Fita 29 Espírito Santo – Avivamento Vamos abrir as nossas Bíblias no livro de Juízes. Mesmo texto que já lemos em uma reunião anterior. Cap. 2, a partir do versículo 6. Juízes 2:6 Havendo Josué despedido o povo, foram-se os filhos de Israel, cada um à sua herança, para possuírem a terra. 7 Serviu o povo ao SENHOR todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram por muito tempo depois de Josué e que viram todas as grandes obras feitas pelo SENHOR a Israel. 8 Faleceu Josué, filho de Num, servo do SENHOR, com a idade de cento e dez anos; 9 sepultaram-no no limite da sua herança, em Timnate-Heres, na região montanhosa de Efraim, ao norte do monte Gaás. 10 Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o SENHOR, nem tampouco as obras que fizera a Israel. 11 Então, fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o SENHOR; pois serviram aos baalins. Irmãos, nós tomamos esse texto de Juízes há, se não me engano, duas reuniões atrás, como base para considerarmos a importância da nossa compreensão da história da igreja com relação a diversos assuntos e dentre eles, o que temos enfocado aqui, a questão do avivamento. Nós não podemos deixar de cair no pecado de arrogância, de soberba, se nós jogarmos fora dois mil anos de história da igreja, com relação ao trabalhar do Espírito Santo em diversas áreas, diversas verdades, trazendo cada vez mais clareza com o passar do tempo, e então, quanto nós erramos hoje como cristianismo em geral, quando nós então desconsideramos esses dois mil anos de trabalhar do Espírito Santo na vida do corpo de Cristo que é a igreja. Quando nós enfocamos esse assunto avivamento espiritual, a questão não é diferente. Durante muitos eventos, circunstâncias específicas nesses dois mil anos, o Espírito de Deus trabalhou de forma, podemos dizer, especial na vida da igreja. Desde o Pentecostes, o Espírito Santo veio para habitar na vida daqueles que professam o nome do Senhor Jesus, daqueles que realmente nasceram de novo, daqueles que deram esse testemunho público, com a sua boca, expressando a confissão do seu coração, como a palavra diz em Romanos: com o coração se crê para a justificação no Senhor Jesus - é claro, pela sua graça, pela sua obra consumada no Calvário - e com a boca se confessa a respeito da salvação. Então os que dão esse testemunho porque creram no Senhor Jesus, eles são habitados pelo Espírito Santo. Esse testemunho é conseqüência dessa habitação. O Senhor quando falou sobre a descida do Espírito Santo, quando Ele estava ali pouco antes de ser ascenso ao céu no Monte das Oliveiras, Atos cap. 1, se despedindo dos seus discípulos, Ele disse assim: Atos 1:8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra Testemunhar é uma conseqüência imediata da habitação do Espírito de Deus em nós, porque o Espírito Santo de Deus, Ele é a testemunha, acima de tudo. O Senhor bem antes disso, da sua ascensão, bem antes inclusive da sua morte, quando ainda em carne com os discípulos, ele disse que eles nem mesmo deveriam temer serem apresentados diante de autoridades, para que fosse dado, pedido conta, da razão da sua profissão, de seu tipo de vida, de estarem vivendo daquela maneira, pregando daquela maneira, porque o Espírito de Deus, o evangelista Lucas registrou isso no seu Evangelho, o Senhor disse que o Espírito Santo haveria de ensinar a eles o que eles deveriam falar, por causa da presença de habitação. Não como no Velho Testamento em que o Espírito de Deus se apossava de alguns do povo da aliança, alguns do povo de Deus, e até mesmo de fora da aliança, exemplo no caso de Balaão - não era um homem da aliança de Deus, era um falso profeta - mas em uma dada circunstância especial, o Senhor queria através daquele homem, revelar algo sobre a nação de Israel e como o Senhor é soberano, Ele não é retido por nada, então ele usou aquele homem, Balaão, para que pronunciasse em uma dada circunstância, palavras do Senhor. Até mesmo esse homem pôde ser usado, embora não pertencesse ao Senhor. Mas irmãos, no Novo Testamento, a ênfase a respeito do Espírito Santo não é essa questão de vem e vai, vem e vai. Ele se apossa de alguém, realiza uma obra, e se vai. Essa não é a ênfase do Novo Testamento, graças a Deus. A ênfase da Nova Aliança, é o que o Senhor Jesus mesmo disse sobre o Espírito, lá no Evangelho de João, naqueles capítulos chamados “os discursos no Cenáculo”, onde o Senhor estava celebrando a última ceia com os discípulos, os irmãos conhecem muito bem os textos. Ele disse que o Espírito Santo era essa testemunha por excelência e que esse Espírito seria dado a eles, da parte do Pai, por meio do Filho. O próprio Senhor disse isso e que então esse Espírito seria responsável pela vida deles, responsável, em primeiro lugar, em glorificar a Cristo. Quando o Espírito de Deus está realmente trabalhando na vida daqueles que crêem no Senhor, esses estão sendo levados aos pés do Senhor, a obra do Espírito não tem centro no próprio Espírito. Você já percebeu isso? Você já percebeu que em alguns lugares, em alguns grupos é dada muita ênfase ao Espírito Santo? Mas onde o Espírito Santo está genuinamente trabalhando, é Cristo que é glorificado. É claro que o Espírito Santo é Deus, assim como o Filho é Deus e o Pai é Deus. Deus triuno. Não é? Mas irmão, o Espírito Santo sendo Deus, Ele foi enviado como Deus, para glorificar a Deus, o Filho. Esse é o ministério do Espírito Santo. A palavra de Deus, o Senhor Jesus na sua palavra, Ele disse que esse Espírito seria derramado para glorificá-lo. E não para glorificar a Ele mesmo. Ele como Deus, merece toda a honra, toda a glória, Ele é Deus, nós podemos orar ao Espírito Santo e aliás só podemos orar até mesmo por meio Dele, a palavra ensina - não sabemos orar como convém, nenhum de nós - mas o Espírito de Deus, que habita em nós, intercede por nós - não é assim que Paulo ensina em Romanos? - intercede por nós perfeitamente, porque intercede segundo a vontade de Deus, é o que diz lá em Romanos cap 8, Ele intercede pelos santos. Ele é Deus. Nós oramos a Ele, adoramos a Ele, porque Ele é Deus. Então Ele é digno de adoração - o Espírito Santo - mas nós precisamos entender uma coisa aqui. Embora Ele seja Deus, e recebe adoração como Deus, honra como Deus, quando aquele primeiro casal, Ananias e Safira, Atos cap 5, eles mentiram com relação a aquele campo que eles venderam, guardaram parte do dinheiro para eles, e disseram a Pedro que tinham dado todo o dinheiro para que fosse usado pela igreja, distribuído para quem tivesse necessidade, então conceberam algo mau no seu coração, Pedro discerniu aquilo pelo Espírito e disse assim a eles: “Por que vocês estão mentindo ao Espírito Santo”? E depois Pedro diz assim: “ Não mentistes a homens, mas mentistes a Deus”. Ou seja, o Espírito Santo é Deus. O Deus triuno: Pai, Filho e Espírito Santo. Então como Deus Ele é digno de glória, honra, de adoração e louvor e nós precisamos entender uma coisa aqui. Na Trindade econômica, há diferenças pessoais, não de subordinação. Não há uma diferença de qualidade entre o Pai, o Filho e o Espírito. Eles são um único Deus. Não há subordinação nas três pessoas. Mas no que concerne ao operar da Trindade, há uma diferença. O Pai, por exemplo, Ele confiou todas as coisas ao Filho. Nós só podemos conhecer o Pai por meio do Filho. Essa é uma questão da Trindade econômica. Nós não podemos tocar o Pai. Nós não podemos dizer: Eu conheço a Deus o Pai, se não conhecemos e adoramos o Deus Filho. O que é que o Senhor falou para Felipe? Felipetinha esse questionamento no coração. Ele falou: João 14:8 Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Então os irmãos vejam que na Trindade econômica, ou seja, essa palavra econômica, do grego “oikonomia”, significa dispensação, administração; não significa que há progresso em Deus. Deus não progride porque Ele não pode ser melhor do que é. E nem regride. Ele é perfeito, completo, absoluto, mas na expressão de Deus, há sim um progresso. Ele se expressou de uma forma limitada no Velho Testamento, através de Moisés, através da sarça ardente, através do mar vermelho, através da água na rocha, através do maná. Tudo isso são manifestações fragmentárias de Deus, até então que Ele nos falou, se revelou completamente no Filho, no Deus encarnado, no Senhor Jesus. Essa é uma progressão. Mas não significa que Deus está progredindo, porque Deus não progride. Ele é perfeito. Mas significa que a revelação de Deus está progredindo para a nossa compreensão. Não é? Então irmãos nós precisamos compreender essas diferenças e quando nós falamos que o Espírito Santo não chama atenção para si, nós não estamos dizendo que Ele é menor do que Deus. Isso é uma desonra a Ele. Ele é Deus, Ele é uma pessoa Divina. Mas nós estamos dizendo que esse Deus, o Espírito Santo, Ele tem um ministério e esse seu ministério, esse seu serviço, essa sua obra - é revelar a glória de Deus, o Filho - que contém toda a glória de Deus, o Pai. Hebreus quando fala do Filho, não fala assim: que Ele, o Filho é o resplendor da glória de Deus o Pai? Que Ele é a expressão exata do ser de Deus, o Pai? Expressão exata. Não é? É como uma cópia. Nós conhecemos Deus o Pai, por meio de Deus o Filho. Por isso o Filho se chama Logos, verbo, que significa revelação, expressão. Não é isso? Em tão todo o ministério do Espírito Santo é revelar a glória do Filho, por quê? Porque o Pai confiou todas as coisas ao Filho. Esse é o motivo. É porque no centro do coração do Pai está o Filho. Então o que é que o Espírito Santo poderia fazer senão revelar as glórias do Filho, se isso é tudo o que há de precioso no coração do Pai? O próprio Filho, o Senhor Jesus disse assim: João 3:35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. Assim como o Pai tem vida em Si mesmo, Ele concedeu ao Filho ter vida em Si mesmo. Então irmãos, no Filho está o foco, o centro, mas o Filho não é o maior Deus. Nem o Pai é o maior Deus. Nem o Espírito é o maior Deus. Não existe isso. Há um Deus que se expressa em três pessoas. Agora, para que nós conheçamos esse Deus que subsiste em três pessoas, nós só temos uma forma. Conhecê-lo na face do Filho e não na face do Pai e nem na face do Espírito Santo, mas, na face do Filho. Lembra que Paulo falou isso aos Coríntios? Ele escreveu a eles, no cap 4: 5 e 6 de 2ª Coríntios, onde Paulo diz assim: 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Se você ler o contexto desde o versículo 1, você vai ver que Paulo está falando que o ministério do inimigo de Deus, Satanás, é encobrir o Evangelho para que aqueles que se perdem sem Cristo, continuem perdidos. Ele fala isso desde o versículo 1. É um texto muito precioso esse de 2ª Coríntios, 4, do 1 ao 6. Ele usa a palavra “deus deste século”, no verso 4, se referindo a satanás. (4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.) Ele cegou o entendimento, a mente dos incrédulos que não crêem no Senhor, em Cristo, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho - olhe o que é que é o Evangelho - Evangelho é a revelação da glória de Cristo, o Filho, o qual - Cristo, o Filho, quem é esse Cristo? É a imagem de Deus. Olhe que clareza irmão. Está vendo? Tudo o que nós podemos conhecer do Pai, está no Filho. Ele é a imagem de Deus. Agora olhe a seqüência. Então Paulo, no verso 5 diz assim: 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Se ele está falando de Deus, esse ele aqui é Deus. Ele mesmo resplandeceu nos nossos corações. Veja só agora: para iluminação do conhecimento da glória de Deus, onde? Na face de Cristo. E muitos textos mais. Colossenses, Hebreus, Filipenses, vão deixar claro esse mesmo assunto para nós, no Evangelho de João, Apocalipse, que Ele é a única expressão de Deus o Filho. Então irmão, porque é que nós abrimos esse parênteses aqui? Para que fique essa marca no coração dos irmãos. Não se deixe enganar. A operação do Espírito Santo não é uma operação de misticismo, não é uma operação de ilusionismo, não é uma operação que enfoca visões daqui, visões dali, embora sim, o Espírito Santo possa e faz, falar conosco através de visões específicas de alguma forma, mas esse não é absolutamente o foco. Nós podemos cair em tanto erro quando nós começamos a enfocar essas coisas. O prazer e o foco da revelação, do Espírito Santo, é Cristo. Irmão, sabe por que no meio do cristianismo, nós temos tido tantos desvios? Para vergonha nossa parece que os cristãos entendem que Cristo é apenas uma porta. Só uma porta. Por Ele, entraram. Por Ele receberam perdão de pecados. Por Ele receberam livramento do inferno. Por Ele receberam salvação e agora, a partir Dele, Ele é a porta, por Ele nós vamos descobrir muitas riquezas espirituais. Então, não faltam pessoas por aí, para falar dessas riquezas. Agora você precisa disso, agora Deus quer te dar isso, agora mais isso, agora mais aquilo. Cristo foi a porta, e agora tem aqui um tesouro que você vai descobrir, porque você entrou por Cristo, porque Cristo te salvou, como se Cristo fosse uma coisa e esse tesouro fosse outra coisa. Então essa profissão de fé, essa expressão de fé, vai se tornando espúria, porque Cristo vai sendo visto com aquele saudosismo do passado. Ele me salvou, ele perdoou os meu pecados, reconheço que um dia eu estava lá alienado de Deus, não tinha paz, uma consciência culpada, intranqüila, sem realização, sem vida para usar uma palavra. Ele me deu vida quando eu estava morto, como diz Efésios, nos meus delitos e pecados, mas agora eu vivo por mim mesmo. Ele já me deu vida. E agora através Dele eu estou obtendo muitas coisas. Irmão. Que engano sutil satanás tem conseguido precipitar realmente a igreja e levado a igreja a perda de poder no seu testemunho por causa disso, porque se você ama uma pessoa pelo que ela te dá, você não ama essa pessoa. Nós só podemos amar alguém pelo que ele é, e não pelo que ele dá, pelo que ele faz. Todas as vezes que nós desligamos o nosso coração de Cristo mesmo, nós estamos correndo um risco muito grande de sermos seduzidos até pelas dádivas Dele, pelas bênçãos Dele, nos desviarmos Dele. Então quando há um genuíno operar na vida da igreja, voltando aqui bem rápido aos três pontos que já colocamos na reunião passada, a visão de Cristo é o primeiro ponto. A visão renovada de Cristo. Quando o Espírito Santo renova a vida de irmãos e irmãs, a primeira coisa que se vê é uma renovada visão de Cristo. E o Senhor Jesus começa a ser buscado com avidez. Nós não queremos coisas Dele. Nós queremos a Ele mesmo. Podemos até passar por adversidades, com Ele,mas podemos até passar pela vale da sombra da morte, com Ele, como diz o Salmo 23: Tu estás comigo. Essa é uma das marcas de excelência do Espírito Santo. Nós não trocamos Cristo por nada, nem pelas suas bênçãos, nem pelos seus melhores dons. Então essa é uma das marcas por excelência do Espírito Santo, a visão de Cristo, aclarada e renovada. Ele não é só a porta. Ele é tudo, Ele é todo o tesouro. Ele é inesgotável. Paulo fala em Efésios que ele pregava o Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Cristo é insondável na sua essência mais profunda. Tudo o que nós conhecemos Dele são partículas. Ele é esse nosso imenso salvador, mas nós ainda o conhecemos tão pouco. Teremos uma eternidade sem fim na presença Dele, para estar conhecendo a Ele, tão inesgotável Ele é. Então irmãos isso é uma marca por excelência do trabalhar do Espírito Santo. A segunda que nós colocamos é paralela a essa. É uma conseqüência imediata. Você pode até colocar uma pela outra, inverter a ordem aqui. Um retorno à Bíblia, às Escrituras. Irmão, como pode, hoje, no meio do cristianismo as pessoas se reunirem por uma hora e meia, e ouvir a palavra dez minutos? A palavra de Deus sempre deve ser sempre o centro, o núcleo da reunião do povo de Deus. Não é só da reunião, é da vida. Se você encontra com alguém na rua, com um irmão, e você está conversando com relação às coisas do Senhor, o que é que você conversa, sobre o que você acha, sobre o que você pensa, o que você conclui, ou você conversa com ele sobre o que você tem compreendido da palavra Dele? Como que o Senhor Jesus tem se revelado a você através da palavra, o quê da palavra que tem falado a você de forma mais profunda, o que é que tem saltado aos seus olhos de forma diferente. Não é? Veja que a própria palavra testifica dela assim. Todos os homens que amaram a Deus, testificam da palavra da mesma forma, como sendo o seu prazer. Veja sobre Jeremias, no início do seu livro, veja o Salmo 119, veja os Salmos de Davi, veja o que esses Salmos falam sobre a palavra. Veja o que Paulo fala sobre a palavra. Quando Paulo estava no finalzinho da sua vida, preso, possivelmente naquela prisão subterrânea de Roma, aquela masmorra fria, antes de ser decapitado por Nero, ele escreve aquela segunda carta para Timóteo, a segunda epístola e sua última epístola, ele fala assim: Timóteo. Apressa-te a vir ter comigo, antes do inverno, aquele inverno gelado de Roma. Paulo sabia que possivelmente ia passar aquele tempo e ele estava ali despreparado e ele então escreve para Timóteo e fala: 2 Timóteo 4:9 Procura vir ter comigo depressa e 2 Timóteo 4:13 Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos. Coisa linda aquele verso. Eram os últimos bens da vida desse homem de Deus. Uma capa para se proteger do frio, e os livros, porque ele amava a palavra de Deus, os pergaminhos. Então irmãos, uma renovação do amor à palavra é uma segunda marca. Enquanto a palavra de Deus for só uma distração no meio do povo de Deus, enquanto a Bíblia for aberta e o texto for lido por pretexto, porque se a Bíblia não for lida vai ficar escandaloso diante dos irmãos, então a Bíblia tem que estar no púlpito e a Bíblia é aberta, o texto é lido e fala-se o que quiser, do jeito que quiser e tira-se as conclusões que se quiser. Prega-se o que não está escrito aqui, mas usando a Bíblia. Nós dissemos na reunião passada que até o diabo faz isso. Ele usou a palavra das escrituras, dos Salmos, para tentar o Senhor Jesus no deserto. Não foi assim?. “Pula daqui lá embaixo porque está escrito que os seus anjos vão te guardar”. Então irmão, não significa nada ter a Bíblia aberta e lida se realmente ela não é compreendida, no que ela signifique e como ela é. A Bíblia é um livro auto explicativo. Ninguém pode se arrogar ser o intérprete da palavra. A palavra só tem um intérprete, o Espírito Santo. Ele é o único intérprete da palavra e a palavra se interpreta a si mesma. Você precisa comparar escritura com escritura. Há pessoas hoje que tem retornado ao Antigo Testamento. Existe hoje irmão, no Brasil - e você precisa saber dessas coisas - porque são irmãos nossos, e como eu falei, isso é algo que mexe conosco e dói em nosso coração porque isso é perda de testemunho. Existe um grande movimento com nome de evangélico aqui no nosso país, chamado igreja judaico cristã, coordenado por uma mulher. Igreja judaico cristã. Até o nome é uma contradição. Isso não existe. Ou é judaico ou é cristã. Judaísmo não tem nada a ver com o cristianismo. Mas essa igreja é uma miscelânea. Lá você guarda dias, tem regras dietéticas do que você pode comer e do que você não pode comer, cerimonialismo do Velho Testamento, aplicado de novo à igreja ao povo da nova aliança. Isso é um erro tremendo, porque o fim dessa lei cerimonial é Cristo. Isso já era, já acabou. Cristo já cumpriu toda essa simbologia. O apóstolo Paulo quando ensina no Novo Testamento, na era da graça, ele fala assim: Comei de tudo o que se vende no mercado, sem nada perguntar. (1 Coríntios 10:25 Comei de tudo o que se vende no mercado, sem nada perguntardes por motivo de consciência;) Essas pessoas estão voltando a esse cerimonialismo como se isso então pudesse purificá-las, aperfeiçoá-las ou sei lá o quê. Essa igreja judaico cristã. Irmãos. Por que é que as pessoas fazem isso? Porque elas são mal intencionadas? Será? Será que elas fazem isso porque elas querem errar? O que é que você acha? Elas se levantaram de manhã e falaram: hoje eu quero errar. Eu vou abrir a Bíblia e dar um jeito de pregar heresia. Você acha que é assim? Não é assim. É porque há uma perda da dependência do Espírito, de Cristo; há um desvio de foco, as pessoas começam a querer coisas, coisas daqui e dali, bênçãos e não sei o que mais. E vão desviando o foco do próprio Cristo, e a visão vai sendo nublada e satanás sabe como manejar a própria palavra para desviar os nossos corações. Não é? Então o que esses irmãos tem passado, serve sim de muita exortação para nós, porque nós não somos melhores. Cada um de nós pode cair no mesmo erro. Não é? Então essa segunda marca de um genuíno avivamento espiritual, um retorno às escrituras, amor à palavra. A terceira marca eu já citei. Arrependimento. Irmãos é um outro elemento triste quando nós olhamos para o cristianismo de hoje, esse terceiro aspecto. Onde o Espírito de Deus está verdadeiramente operando, há visão de Cristo, retorno à palavra, e arrependimento sincero, real, profundo e com frutos, porque na esfera da profissão cristã de hoje, e você sabe muito bem, só cita-se por necessidade, não tem prazer em ficar falando isso, mas você sabe que na esfera da profissão cristã evangélica de hoje no nosso país, existem pessoas, mulheres por exemplo, posando para revistas pornográficas, que dizem ter se convertido ao Senhor Jesus e dizem que agora fazem isso por causa de Cristo. Pessoas que são tidas como evangélicas, mas vivem da mesma maneira, com a mesma conduta, com o mesmo comportamento, porque ser evangélico hoje, é uma grife. “Sou evangélico”. Mas, a perda de testemunho tem sido flagrante irmão. Tem sido realmente uma vergonha para o povo de Deus em geral, porque onde há o Espírito de Deus há arrependimento, mudança de vida, mudança de caráter, mudança de conduta, mudança de palavreado, mudança de amizades, mudança de relacionamentos, pais e filhos, marido e mulher, tudo, porque o Espírito de Deus habita naquele vaso, antes desconhecido, agora conhecido; antes trevas, agora luz. Irmão como que o Espírito Santo pode habitar em um coração e essa mente não ser mudada? E essa língua não ser mudada? E essa maneira de falar, de agir, de relacionar, de vestir, seja do que for, não for mudada? É certo que há a necessidadede um tempo para isso acontecer, mas aquelas coisas mais flagrantes, mais drásticas, elas são mudadas imediatamente. Imediatamente. É como um polimento. O Senhor Jesus na sua profissão natural, Ele era um carpinteiro, você sabe disso, não é? Alguns dizem que essa profissão carpinteiro, naquele tempo não se refere com o trato com a madeira, mas ao trato com pedras. Não sei uma coisa ou outra não importa. Seja com pedra, seja com madeira, o trabalho é o mesmo. Se você vai edificar com pedras, você tem que trabalhar as pedras, lavrar as pedras. Se você vai trabalhar com madeira, você tem que trabalhar a madeira. Então, de uma maneira ou de outra, até naturalmente o que o Senhor Jesus fez, como carpinteiro, mostra o seu trabalho espiritualmente em nós. Ele nos pega como madeira, ou pedras, brutas. Mas Ele não nos edifica como pedras brutas, para que Ele possa colocar pedra sobre pedra, justapostas. Os irmãos justapostos, edificados um sobre o outro, em Cristo. Ele precisa nos lapidar. Ele precisa começar com a lixa mais grossa até a lixa mais fina. E a lixa mais grossa vai tirar então as imperfeições mais grossas pela vida do Senhor em nós, naquilo que é mais flagrante. Então não tem jeito de você ser habitado pelo Espírito Santo e continuar com a sua vida simplesmente como ela é, em todos os aspectos. Isso é uma impossibilidade. Se alguém vive assim, nunca conheceu o Senhor, embora como eu disse, há sim necessidade de que o tempo passe, de comunhão com o Senhor, para que depois desse polimento grosso ele comece um polimento fino, comece a trabalhar áreas mais delicadas da nossa vida, da nossa motivação interior, nossa mente, propósitos, intenções, coisas que ninguém vê, só nós sabemos, mas que estão aqui dentro, mas então o arrependimento é uma marca tremenda do trabalhar do Espírito. Anote isso, para que você possa julgar os seus próprios caminhos e aprender a ter juízo quando julgar as coisas que são chamadas avivamento espiritual. O Senhor está operando aqui, está falando aqui. Saiba julgar. Não seja menino no juízo, como Paulo disse. Seja menino na malícia, mas no juízo seja homem amadurecido. A quarta marca que eu queria citar, se o Senhor permitir eu queria terminar esse assunto hoje, as últimas três marcas para completar aí essas seis do avivamento espiritual, a quarta e importante marca seria o ZELO EVANGELÍSTICO. Essa é uma quarta marca impressionante dos avivamentos espirituais. Irmão, esse texto que nós lemos de Juízes, já é a segunda vez que eu leio, se você prestou a atenção, esse texto diz que aquelas pessoas que conheceram o Senhor em primeiro lugar, e conheceram bem Moisés, Josué, que eram homens de Deus, realmente homens de Deus, eles puderam conhecer o caráter de Deus, o caráter de Moisés e de Josué, como homens de Deus. Então aqueles homens foram impactados tanto pela presença de Deus no meio deles, quanto pela vida de Moisés, um tremendo servo de Deus, quanto de Josué, outro tremendo servo de Deus. Mas quando esses homens passaram o texto de Juízes diz isso aí, Josué morreu e também morreu aqueles homens mais velhos, da idade dele. Não é o que está escrito aí em Juízes? E qual foi a conseqüência. Você já viu lá no texto, observou com cuidado? Volta lá por favor. Olhe o versículo 10. Juízes 2:10 Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o SENHOR, nem tampouco as obras que fizera a Israel. Aquela geração que conhecia bem a Deus, que conhecia bem as obras de Deus, o caráter de Deus. Outra geração, verso 10, após eles se levantou, que não conhecia o Senhor. Esse é um ponto. Agora eu queria que você visse essa frase aqui. Nem tampouco as obras que fizera a Israel. Passado. Está vendo? Você vê a importância da história aqui? Eles nessa nova geração não conheciam o Senhor, porque se eles conhecessem o Senhor eles estariam bem, mas eles não conheceram o Senhor, mas não é só o Senhor e não conheceram o que Ele fizera a Israel. Você vê esse o que Ele fizera a Israel? Você vê que o Senhor não caminha de forma descontrolada? Você vê que Ele não é um Deus que caminha de um jeito hoje e outro jeito amanhã, não. O Senhor tem princípios, tem coisas que são coerentes com o caráter do Senhor. Tem coisas que não são coerentes. Então não conheceram as obras que ele fizera a Israel, fala do valor da história cristã, da história do andar com Deus. Então irmãos se nós abrirmos a janela e jogamos para fora dois mil anos, nós estamos sendo arrogantes, presunçosos, porque o Espírito de Deus habita na igreja há dois mil anos. E o Espírito de Deus chamou a igreja para esses retornos, que são chamados então avivamentos, avivamento é simplesmente isso, não é nada mirabolante, nada místico, algo muito simples, uma renovada presença de Deus na vida daqueles que são Dele. Agora isso tem então princípios e conseqüências muito específicas, que através de dois mil anos de história nós podemos então colher. Já colhemos três aqui. A Visão Renovada de Cristo, a cristocentricidade, Cristo é o Centro, a Visão Renovada da Palavra, o amor a palavra, a palavra no coração dos santos, a palavra como instrumento da nossa comunhão, do nosso pastoreamento, da nossa exortação, a palavra regendo as nossas vidas, isso é marca da presença do Espírito de Deus. E o Arrependimento, que também já tocamos. A quarta marca que eu coloquei aqui então, o Zelo Evangelístico. Essa é uma outra marca. Irmão. Todas as vezes que o Espírito de Deus, nesses dois mil anos, chamou a igreja de novo para esse frescor, pessoas que estavam morrendo, morrendo de religiosidade, morrendo de cansaço espiritual, desviadas da centralidade de Cristo, voltadas para as estruturas, cada um edificando a sua estrutura, estrutura presbiteriana, estrutura batista, estrutura metodista, estrutura não sei mais o quê, muita estrutura, com tudo quanto é nome, as pessoas se voltando para as suas estruturas, e o Espírito Santo pela graça que não é retido por estrutura nenhuma, que não edificou estrutura nenhuma. Então esse Espírito de Deus chamou pessoas de todas essas estruturas se você conhece a história da igreja, trabalhou chamando pessoas de todas essas estruturas porque para Ele estrutura não importa, chamando para Ele mesmo. Isso é avivamento. Eu queria citar só um exemplo para quem sabe estimular você a ler um pouco sobre a história da igreja, dentro dessa questão Zelo Evangelístico, a quarta marca do avivamento. Eu disse para os irmãos em uma das reuniões anteriores, que um dos homens que Deus, sem dúvida alguma, mais usou nesses dois mil anos de história, talvez entre os seis ou sete homens que são mais proeminentes nesses dois mil anos, esse homem se chama George Whitefield, um pregador do século dezoito, durante aquele avivamento chamado “Grande Despertamento Evangélico” que atingiu uma região muito grande ali da Inglaterra, da Escócia, País de Gales, Irlanda e até os Estados Unidos. Esse homem irmãos, a sua vida é uma expressão maravilhosa do quarto aspecto do operar do Espírito de Deus: Zelo Evangelístico. Esse homem nasceu no comecinho do século dezoito, em 1714, e ele viveu 56 anos. Morreu em 1770. Somente 56 anos. Se converteu aos dezenove anos, e a partir daí o Espírito de Deus começou a trabalhar a sua vida. Ele veio de uma vida devassa, seu pai era dono de uma estalagem e naquela época as estalagens eram lugares muito devassos, eram pousadas para viajantes, onde as pessoas bebiam, haviam prostitutas ali para servir, pessoas que viviam uma vida muito devassa, muito livre, e o pai de George WhiteField era dono de uma estalagem e ali ele foi criado. E foi ali que esse homem de Deus foi chamado. George Whitefield, com dezenove anos de idade. Com vinte e cinco anos ele teve uma convicção da sua vocação para pregar o Evangelho.Tinha então seis anos de convertido e ele passou toda a sua vida, trinta e poucos anos, pregando o Evangelho. Cinco a seis vezes ao dia, milhares de milhares de pessoas se convertiam através da sua pregação, durante esse período de avivamento. Irmãos ele termina a sua vida, uma linda biografia, se você conhecer o que o Senhor fez naquela vida, ele teve esse privilégio de viver neste período, além de ser um homem de Deus, ele viveu neste período de avivamento, quando o Espírito de Deus estava trabalhando de forma tremenda naquela região, naquela terra e arredores, último fato da vida dele é muito impressionante. Ele tinha apenas cinqüenta e seis anos, e é pouca a idade, mas ele estava tremendamente desgastado devido a sua vida de muita viagem, muita pregação. Cinco a seis vezes por dia, esse irmão pregava. Seis a sete horas, todos os dias. Então com cinqüenta e seis anos ele começou a ter problemas de saúde, ele estava bem desgastado, ele foi convidado a pregar nos Estados Unidos. Tinha que fazer então aquela longa viagem e ele passou por uma cidade ali nos Estados Unidos para apenas pousar e chegar aonde ele foi convidado a pregar e haviam milhares de pessoas aguardando. Ele pousou em uma cidade próxima alguns quilômetros e naquela cidade as pessoas pediram que ele pregasse. Ele estava exausto da viagem, já estava adoentado e ele pregou naquela cidade, naquela noite. Pousou ali, e partiu para a próxima cidade onde ele iria. Ele chegou exausto, já de noite, não ia pregar naquela altura, foi para uma pousada, mas havia pessoas em volta da pousada quando ele chegou. Isso irmãos, não se deve ao homem George Whitefields, mas isso é avivamento. Sede da palavra. Sede de Deus. E quando ele chegou nesse lugar, tarde da noite, para dormir para no outro dia estar ministrando para essas pessoas, quando ele entrou na pousada, esta estava cercada de gente, e as pessoas pediram, pelo menos que ele falasse para elas algumas poucas palavras, antes de dormir. Então ele começou a falar e diz o relato de um dos seus biógrafos que ele mal podia falar, de tanto cansaço, de tão exausto. Mas ele começou a falar e sua intenção era falar poucas palavras. Ele pregou durante duas horas, e depois as pessoas deram uma vela, talvez o dono da pousada, deu uma vela na mão dele, e ele então se despediu das pessoas, pegou este castiçal e começou a subir as escadas para ir para o seu quarto repousar, e, na medida em que ele subia a escada com essa vela na mão, ele se voltou para essas pessoas e começou a pregar de novo. E pregou mais algumas horas até a vela queimar, da ponta até o castiçal. A vela se consumiu e ele pregou o tempo todo. Se despediu das pessoas, foi para a cama e partiu para o Senhor. Foi assim que ele morreu, com cinqüenta e seis anos de idade. Isso é Zelo Evangelístico. Esse homem não podia dormir com aquelas pessoas em volta da pousada. Ele não podia dormir enquanto o Espírito de Deus estivesse queimando a palavra em seu coração. Ele não se importava com a sua saúde. Ele não se importava se ele estava exausto, ele não se importava se ele viajara milhares de quilômetros. Ele se importava que tinha centenas de pessoas em volta da pousada onde ele ia dormir, esperando para ouvir algo do Senhor Jesus. E ele pregou até aquela vela acabar e de alguma maneira aquela vela era uma figura dele mesmo, porque quando ele foi para o seu quarto ele também partiu para o Senhor, naquela noite. A quarta marca da presença real do Espírito Santo quando Ele é derramado sobre a igreja é Zelo pelas almas, por aqueles que se perdem. Paulo escreveu aos Coríntios assim: eu tenho me gastado e ainda mais me deixarei gastar em prol das vossas almas. Paulo falou: em nada considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus. Isso é Zelo Evangelístico. É a quarta marca. As pessoas não se preocupam consigo mesmo. Elas se entregam ao Senhor, custe o que custar. Nossa vida não é preciosa para nós mesmos. Ela é preciosa em função Dele, para Ele. A quinta marca importante. Quando o Espírito de Deus está realmente operando na vida da igreja, avivamento espiritual, há um renovado serviço dos santos. Um renovado serviço dos santos. Não há um, dois, três ou quatro que servem. Não há os carregadores de piano, como se costuma se dizer por aí. Há um corpo que funciona, um corpo que se cuida, um corpo que se protege, há um corpo que se pastoreia, um corpo que se exorta. A quinta marca de um avivamento espiritual genuíno, é um renovado serviço dos santos. Quanto isso é importante irmãos. Parece que também hoje, o cristianismo se tornou um lugar de hierarquias. Você tem visto? As pessoas estão auto se denominando. Que coisa mais vergonhosa para o cristianismo? Há vinte anos atrás, fui criado em um lar evangélico, só se ouvia o nome: pastores. Pastores evangélicos. Somente isso. Depois de dez anos para cá, nós começamos a ouvir a palavra bispo. Bispo evangélico. Essa palavra é Bíblica, mas ela é intercambiável com a palavra pastor e significa exatamente a mesma coisa. Mas hoje não. Hoje no cristianismo, bispo é uma categoria acima do pastor, mas não parou aí. Aí já existe apóstolo. E as pessoas se auto denominam apóstolos. É claro que há apóstolos hoje sim, levantados pelo Espírito e enviados por Ele. Creio que nós temos tido a oportunidade de desfrutar do ministério possivelmente de um apóstolo dos nossos dias. Creio que nosso irmão Dino, é um apóstolo do Senhor, levantado pelo Senhor, pelo Espírito e que tem ministrado ás igrejas. Mas ele não se auto denomina apóstolo. Ele não se chama apóstolo Dino. Ele se chama irmão Dino. Mas as pessoas se auto denominam apóstolos. Apóstolo fulano, apóstolo siclano. As coisas se tornaram títulos, hierarquias e isso é uma vergonha no meio da igreja, porque ministério não é título. Ministério é serviço. Simplesmente serviço. Nós somos apenas irmãos, sempre irmãos. Nada mais do que irmãos. Temos servido uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, segundo a multiforme graça de Cristo, como Pedro disse na sua epístola. Então a quinta marca de um avivamento espiritual genuíno: serviço dos santos. Não há peça inútil, não há assistente, não há contemplador na vida da igreja. Só há peças de um corpo vivo, assim como nosso corpo físico. Não é? Você deve estar aprendendo a discernir diante do Senhor o que é que Ele tem queimado no seu coração. Qual a sua esfera de serviço aos santos? As vezes é algo muito simples irmãos. As vezes é você ir na casa do outro irmão, e você ajuda-lo lá nos afazeres dele. Ele está precisando de você: socorrer, de uma forma ou de outra. Servir aos santos. Servir com amor, servir com simplicidade. Então essa é a quinta marca do genuíno operar do Espírito Santo. Não há hierarquia, não há títulos, não há nomes. Há serviço dos santos. Se você abrir a palavra em Atos, o que é que você vê senão serviço? Os irmãos viviam juntos e tinham tudo em comum, diz a palavra em Atos. Cada um não considerava exclusivamente seu nada do que possuía. Eles aprenderam a dar, a repartir, a viver juntos. Entre eles não havia necessidades. Ninguém passava fome entre eles. Eles aprenderam a se suprir, repartir. Eles tomavam as suas refeições com alegria e simplicidade de coração. O que é isso senão serviço aos santos? Aqueles que tinham esse encargo da parte do Senhor, pessoas abastadas da época, vendiam os seus bens, campos, o que tivessem e depositavam aquilo aos pés dos apóstolos e os apóstolos distribuíam para os irmãos na medida em que eles tinham necessidade. Eles estavam sendo perseguidos pelos romanos, passando fome. Não é? Então aqueles mais abastados entregavam para repartir para os que tinham necessidade. Serviço dos santos. Simples. Não queriam nada em troca. Não barganhavam nada comDeus. Estavam apenas entregando para o serviço da igreja. Onde está essa simplicidade hoje irmão? Atos cap. 3, quando Pedro e João estão passeando por aquela porta do templo, chamada formosa, eles encontram aquele aleijado ali, você se lembra daquela história, aquele aleijado se chega a Pedro e Pedro olha para ele e diz assim: Não possuo ouro e nem prata. Mas o que eu possuo eu te dou. Em nome de Jesus Cristo, anda. Isso é poder, graça, vida. Agora irmão, será que a igreja de hoje, tem podido dizer isso? Acho que não, porque o que a igreja mais possui hoje é ouro e prata. O que ela menos possui é poder, graça e vida. Mas a igreja primitiva era o contrário. Não possuo ouro e nem prata, mas o que possuo eu te dou. Então, que necessidade que nós temos hoje de resgatar esse quadro. Na verdade é ter resgatado, porque só a graça do Senhor pode fazer isso conosco. Por isso tenho enfatizado aos irmãos: ore por isso irmão. Saiba que o desejo do Senhor é, nesses dias do fim, ter na sua igreja ter na sua igreja um testemunho forte. Saiba que é, porque se a igreja não testemunhar, ninguém testemunhará, porque o Espírito de Deus habita na igreja. Nós não temos uma parcela de verdade na filosofia, outra parcela de verdade não sei aonde, outra parcela....não. Não existe esse sincretismo na verdade. Só há uma única verdade. Ela está em Jesus. Então, se a igreja não der esse testemunho, não há testemunho. E como tenho dito aos irmãos, se você entende assim - você tem liberdade para pensar de outra maneira - assim como usei da minha liberdade de expressar diante do Senhor o que é que eu tenho entendido da palavra, na reunião passada, no domingo, eu tenho entendido que a igreja vai passar por períodos muito difíceis, antes da vinda do Senhor. Se você é um comigo nessa posição, então ore ao Senhor, para que nós sejamos levantados como um testemunho fiel. Um testemunho fiel, para que o Senhor possa encontrar em nós um lugar agradável para que pessoas possam ser influenciadas pela nossa vida. Quando eles olhem para nós eles não vejam pessoas que funcionam com essa ou com aquela profissão, que fazem isso ou aquilo, mas que eles vejam em nós pessoas que amam ao Senhor Jesus, e quem tem algo que elas querem, que elas precisam: essa vida desse Senhor, Senhor Jesus. Então irmão, ore sobre isso, porque avivamento é um assunto de oração. Que o Espírito de Deus seja novamente soprado sobre a igreja, para que esses ossos secos sejam vivificados, como naquela visão de Ezequiel. A última marca que eu queria colocar para os irmãos, para terminarmos. Se você conhece o livro de Neemias, de Esdras, os livros da restauração, você vai ver quão importante é essa marca, porque o período do retorno do cativeiro da Babilônia foi um avivamento e é um avivamento bíblico. Está aqui registrado na Bíblia. Então você pode colher muitas marcas importantes desse período. Os livros de Esdras e Neemias. O retorno do cativeiro babilônico. Existem muitas marcas de avivamento ali, muitas outras, além das que eu já toquei aqui. Você vai ver a marca da palavra ali, a centralidade da palavra, você vai ver a marca do arrependimento ali, quando Neemias, Esdras e outros irmãos estavam pregando e as pessoas chorando porque estavam vendo a infidelidade delas, o fato do Senhor te-las enviado para o cativeiro porque elas foram infiéis e então houve a marca do arrependimento, houve a marca da palavra renovada, lembra disso lá em Neemias 8? Você vai ver aquelas marcas todas. Agora há uma outra que eu queria citar aí que seria a nossa sexta marca, dentro do que eu me propus a colocar para os irmãos. Essa marca seria, Separação. Veja que o Senhor usou Neemias para reedificar os muros de Jerusalém, não foi? Irmão, muro só serve para uma coisa: para separar. Você não precisa dele. Muro é para separar. E quando o Senhor mandou Neemias de volta para Jerusalém o encargo de Neemias era levantar os muros, para que não ficasse brechas para que eles não ficassem vulneráveis a inimigos ou a seja o que for naquele deserto. Então aquele muro, fala de separação em primeiro lugar e também de unidade: guardar unido aquilo que está dentro. Restauração de vida unida. Mas em primeiro lugar de separação e essa é uma questão fundamental nos nossos dias, porque se o Espírito Santo está verdadeiramente trabalhando em nós, nossas vidas tem que ser separadas em todos os sentidos, como já coloquei aqui. O nosso falar é separado, a nossa maneira de viver de relacionar, é separado. Não tem anda a ver com se considerar melhor. Muito pelo contrário, pois quando olhamos para nós, falamos como Paulo: Cristo Jesus veio ao mundo salvar os pecadores e dos pecadores eu sou o principal. Sou o maior deles. Mas é pela sua graça mesmo que ele nos separou. É para evidenciar a sua graça nesse principal que ele trabalhou a salvação. Então a sexta importante marca do Espírito Santo é a Separação. Irmão. A igreja precisa parar com a idéia de que pessoas são convencidas por palavras. Pessoas são influenciadas por vidas, não por palavras. Então quando nossas vidas não estiverem refletindo separação, nós não temos nenhum poder de influência. Na medida em que nossas vidas refletem separação, nós temos poder de influência. Há um tempo atrás, uns meses atrás, uma pessoa com muita sinceridade, um casal - um encontro de casais que estive, nem me lembro nem aonde - ela me perguntou como poderíamos nós hoje cristãos, famílias cristãs, criarmos filhos adolecentes, no mundo de hoje, sem permitirmos que eles fossem a discotecas, a boates, e etc. Como nós poderíamos conseguir isso como cristãos? Um casal me perguntou isso com muita sinceridade. E eu também respondi com muita sinceridade e carinho por eles que tenho. Disse para eles que eram recém-convertidos, que aquilo já era uma das dificuldades que enfrentavam - pois eles próprios haviam conhecido o Senhor há pouco tempo - e os seus filhos já tinham esse hábito, mas irmãos, alguns conhecem o Senhor há bastante tempo, os filhos não tem esse hábito, mas ganham esse hábito, influenciados por amigos, colegas de escola e etc, porque o núcleo da família na sua falta de visão espiritual, vão permitindo que brechas no muro aconteçam. “o que é que tem, é só até onze horas, é um ambiente assim, assado e etc e etc”. Eu creio que nós hoje precisamos com igreja a aprender a usar o sim e o não claros com os nosso filhos e explicar o porquê. Creio que muitas famílias tem perdido o poder de testemunho por causa dessa conivência. Existem ambientes, existem lugares, que não são para nós cristãos. Eu sei que filhos inicialmente têm dificuldade de entender isso, eu também tenho três filhos e sei o que isso significa, mas sei que com o tempo eles compreendem isso, e com o tempo eles até valorizam isso, pela graça do Senhor e penso que nós famílias, temos necessidades de começar a colocar nos nossos filhos o sim e o não com relação a esses assuntos. Eu me lembro que há um tempo atrás, tocamos juntos aqui, graças a Deus nós somos uma família, tocamos juntos nesse assunto aqui do “halloween”, e me lembro que um casal aqui me perguntou aqui sobre essa questão, de deixar o filho participar disso. Eu acho que isso é um erro tremendo, porque isso é uma festa pagã, mística, as origens dela são completamente perversas, eu acho que não tem motivação nenhuma no coração do cristão que teme ao Senhor deixar o seu filho ir a uma festa de bruxo, ou vestido de bruxo ou seja o que for. Agora as pessoas dizem que é de tarde, que não tem problema nenhum, ambiente de escola, e pode não significar muito. Acho que isso pode ser um grão de areia, um saquinho, mas nós precisamos ver a qualidade do assunto. As vezes esse pequeno grão de areia nesse saquinho vai abrir portas para muitos que virão depois, porque um limite não foi estabelecido.Aí você vai ter dificuldade de dizer que se pode aqui, por que é que não pode aqui. Você vai ter dificuldade, porque você não colocou um limite claro. Então eu penso que nós cristãos temos falhado sim. Temos falhado em proporcionar na nossa família um lugar de refúgio, de aconchego, de alegria o suficiente. Parece que na fase de adolescente as famílias entregam os filhos ao contato com esses colegas, com esses amigos e ali eles tem o ambiente deles. É ali que eles se divertem, é ali que eles praticam o que eles gostam e aquele núcleo familiar ele vai perdendo a identidade. Vocês já repararam isso irmãos? Os filhos adolescentes vão perdendo o prazer na família. Eu não fui criado assim, nem criei os meus filhos assim e acho que isso é muito importante. Eles, os filhos, precisam ter prazer na família, nos programas com a família, no encontro da família, no que a família faz, e junto com avós de um lado, avós do outro, tios, família. Os filhos precisam aprender a ter prazer na família. Hoje, os adolescentes não tem prazer na família. Eles tem o seu próprio grupo de lazer. Eles são desligados, desconectados da família. Essa é a verdade no meio cristão. E como isso se torna tão natural, eu penso que os pais cristãos tem dado um aval a isso. Mesmo que involuntariamente. “é assim, não é? Todos são assim, os colegas são assim”. E você faz com que a sua identidade familiar seja perdida. Você não tem a presença dos seus filhos na sua casa, o filho fica o dia inteiro para a rua, e chega em casa só para tomar refeição, tomar banho. Essa é a verdade em muitos lares cristãos de hoje. E eu não estou falando para ninguém daqui. Tenho convivido com centenas de famílias pelo Brasil afora. E tenho visto que essa é a dificuldade da igreja em geral e por causa disso, tenho procurado colocar para os irmãos. Pense nisso irmão. Leve teu filho a ter prazer na família, a ter prazer em você, no contato com você, seu marido, sua esposa, o irmão dele. Tem irmãos que não tem prazer um no outro. Cada um tem o seu grupinho. Eles não tem prazer um no outro. Eles não fazem nada junto e quando encontram, só brigam. Será que isso é normal em uma família cristã? É normal? Não é normal. Então nós precisamos rever todas essas coisas porque disso o mundo está cheio. Se nós cristãos não podemos edificar famílias diferentes, nós não servimos como testemunho, porque dessa outra forma o mundo já vive, o mundo já conhece isso. Já sabe que não funciona. Então se nós não temos condição de edificar as nossas famílias em Cristo, de uma forma adequada, nós não servimos como testemunho. Essa é a verdade por mais que possa doer em nós. E todos nós, inclusive eu, temos que estar diariamente considerando quais os aspectos que nós temos falhado. Nenhum de nós é perfeito, começando de mim. Não é? Então nós precisamos edificar as nossas famílias de uma forma adequada. Nossos filhos tendo prazer em nós, na nossa companhia, em estar conosco, tão bom, não é? Tão bom. Tão bom as vezes você ter que falar para o filho assim: “vai passear um pouco. Sai um pouco, você está em casa o dia inteiro. Vá distrair, vá arejar um pouco”. Porque as vezes acontece o contrário. É bom demais o filho aprender a ter prazer na família, estar em casa, desfrutando a família. Não é? Coisa que não precisava estar pregando. Eu penso que o Senhor tem desejado de nós, nos trazer os primórdios, nos trazer os princípios. O Senhor nos ajude, nós precisamos muito Dele, para resgatar isso. Só podemos por meio Dele. Não podemos cruzar os braços. Não podemos. Não podemos nos esconder atrás de justificativas. Nós precisamos fazer tudo o que está no nosso coração, na medida da nossa compreensão, diante do Senhor. Tudo. O que está no nosso coração, para edificar essas pequenas coisas. O pequeno prazer, a pequena alegria, o pequeno momento, a pequena qualidade de uma coisa ou de outra. Não desconsidere isso, porque o tempo vai passar e quando chegar em um dado momento, você já perde a hora. É tarde. Passou o tempo de semear. Agora é hora de colher. Quase nada foi semeado e quase nada será colhido. É o que o Senhor nos ajude, a remir o tempo, porque os dias são maus, para que a igreja possa ter, de novo, esse frescor de testemunho. Tanta necessidade há, hoje em dia, do Senhor, realmente, nos renovar, um testemunho para Ele. Quanto nós precisamos, todos nós, de correção. Uns mais, outros menos, mas todos nós precisamos, de correção, daqui ou dali, e o Espírito de Deus está em nós para isso mesmo, com amor, com graça, mas com verdade. Ele vai fazer isso conosco se nós quisermos. O Senhor nos ajude. Amém. Vamos orar. Ó Pai. Ajuda-nos na nossa fraqueza Senhor. Quão necessitados nós somos de termos estabelecidos firmemente em nós os princípios do Senhor, a sua palavra, quanta necessidade nós temos de verdadeira restauração. Nós pedimos ao Senhor que nos dê a capacidade de ouvir a Tua voz, nas diversas áreas da nossa vida, no que precisamos considerar ou reconsiderar, como corrigir, avançar, regredir. Nós ajude Senhor a dar clareza, nos ajude acima de tudo a remir esse tempo difícil no qual nós temos vivido como igreja, tempos furiosos, em que os homens são egoístas, amantes de si mesmos. Que o Senhor nos ajude a estarmos edificando as nossas vidas, nossas famílias, como testemunho agradável ao teu nome. Ajuda-nos a sermos pais que atuam com amor e com verdade, com carinho e com disciplina, com atenção, com pastoreamento nos nossos lares. Nós desejamos que o Teu Espírito possa ser verdadeiramente soprado sobre nós, derramado sobre a vida da igreja, porque por melhor que possamos fazer é tão pouco diante da necessidade que temos, pois nossa necessidade é tão grande. Pedimos ao Senhor que possa renovar o Teu testemunho na vida da Igreja Senhor, avivar a Tua obra nesses dias, de tanta confusão, de tantas vozes. Pedimos ao Senhor que nos dê a graça de participar de um testemunho vivo no Teu nome nesses dias do fim. Ajuda- nos Senhor. Fale aos nossos corações e nos reorienta nos assuntos da nossa vida. Em nome de Jesus te pedimos. Amém.
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