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Aluno: Marcos Vinicius de Sousa Silva Matrícula: 496761 Curso: Engenharia Mecânica As variáveis da rotação Para um eixo fixado num plano, que quando rotacionado forma um arco de circunferência (s), forma um ângulo 𝜃 à medida que o raio (r) forma esse ângulo. Consideramos o ângulo sendo a posição, e esse ângulo (em radianos), é calculado da seguinte forma: 𝜃 = 𝑠 𝑟 Esse ângulo é medido no sentido anti-horário, ou seja, a rotação é positiva quando o ângulo é cresce no sentido anti-horário. Para entrarmos no próximo tópico, temos que entender o deslocamento angular, que é basicamente a diferença entre o ângulo final e o inicial: ∆𝜃 = 𝜃𝑓 − 𝜃0 Dessa forma, podemos iniciar a cinemática da rotação: Por definição sabemos que a velocidade é a variação do espaço (no caso da rotação, a variação do ângulo) em relação ao tempo. Então a velocidade angular (�̅�) média (unidade no S.I rad/s), é dada por: �̅� = ∆𝜃 ∆𝑡 Se temos a velocidade angular média, temos também a velocidade angula instantânea (𝜔): 𝜔 = 𝑑𝜃 𝑑𝑡 E se chegamos ao conceito de velocidade angular, temos também a aceleração angular média (�̅�) (unidade no S.I é dada por rad/s²): �̅� = ∆𝜔 ∆𝑡 E como temos a aceleração angular média, temos a velocidade angular instantânea (α): 𝛼 = 𝑑𝜔 𝑑𝑡 Observação: O movimento é positivo no sentido anti-horário e positivo no sentido horário Se observamos, para um corpo 1 girando num eixo e um corpo 2 girando em um mesmo eixo, observamos que o ângulo é o mesmo por todo eixo, e se movem ao mesmo tempo, então chegamos à conclusão de que a velocidade angular é igual para todos os corpos girando em um mesmo eixo. Relação entre as variáveis lineares e angulares: Como já vimos: 𝜃 = 𝑠 𝑟 → 𝑠 = 𝜃. 𝑟 Se derivarmos em ambos os lados, chegaremos a: 𝑑𝑠 𝑑𝑡 = 𝑟 𝑑𝜃 𝑑𝑡 Sabemos que ds/dt é a velocidade e 𝑑𝜃/𝑑𝑡 é a velocidade angular, então concluímos que: 𝑣 = 𝑟. 𝜔 Para uma aceleração angular constante: 𝜔 = 𝜔0 + 𝛼𝑡 𝜔2 = 𝜔0 2 + 2𝛼∆𝜃 𝜃 = 𝜃𝑡 + 𝜔0𝑡 + 1 2 𝛼𝑡² Sabemos que quando uma partícula tem uma aceleração constante: Temos aceleração centrípeta, dada por: 𝑎𝑐 = 𝑣² 𝑟 Onde o vetor dessa aceleração aponta para o centro, mas ainda assim podemos expressá- la por: 𝑎𝑐 = 𝜔²𝑟 E quando v não é constante temos a aceleração tangencial: 𝑎𝑡 = 𝑟. 𝛼 Energia cinética para rotação e momento de inércia: Até onde vimos, a energia cinética é dada por: 𝐾 = 𝑚𝑣² 2 E na relação entre as grandezas lineares e angulares, vimos que: 𝑣 = 𝑟. 𝜔 Para várias partículas teríamos um somatório da energia de cinética de cada uma, da seguinte forma: 𝐾 = 1 2 .∑𝑚𝑣² Se substituirmos a relação de ambas as grandezas chegaremos a: 𝐾 = 1 2 .∑𝑚(𝑟. 𝜔)2 Por fim: 𝐾 = 1 2 . (∑𝑚𝑟²)𝜔² Mas ainda podemos simplificar a equação com uma grandeza chamada momento angular (𝐼) o S.I é dado em kg.m², que pode ser expressa pela equação: 𝐼 = ∑𝑚𝑟2 Essa grandeza representa a distribuição de massa ao longo do eixo, e assim podemos simplificar a energia cinética: 𝐾 = 𝐼𝜔² 2 Para um sistema com várias partículas, temos: 𝐼 = ∫𝑟2𝑑𝑚 Usando a mesma chegamos ao teorema dos eixos paralelos: 𝐼 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑀ℎ² Onde M é a massa e h é a distância entre os eixos. Torque e a segunda lei de Newton para rotação: Para uma força aplicada a um eixo com um ângulo: 𝜏 = 𝑟. 𝐹. 𝑠𝑒𝑛 𝜑 O torque (no S.I o torque é medido em N.m) é a força que está associada a rotação de um corpo, por exemplo quando abrimos uma porta fazemos mais força do ponto mais longe da maçaneta, e menos foça na maçaneta. Veja a imagem abaixo como representamos Como temos que decompor a for e sabemos que a força no eixo de y vale F vezes o seno do ângulo, temos: 𝜏 = 𝑟. 𝐹𝑦 Ainda podemos simplificar a fórmula com a definição de braço de alavanca: Onde r.sen 𝜃, é o braço de alavanca, chamamos de 𝑟𝑎, com isso temos: 𝜏 = 𝐹. 𝑟𝑎 Para um sistema de vários torques: 𝜏𝑅 = ∑𝜏𝑖 = ∑𝑟𝑖𝐹𝑖𝑡 𝑁 𝑖 𝑁 𝑖 𝐹𝑖𝑡 é a força da aceleração tangencial, entretanto, a aceleração tangencial é produto do raio, pela aceleração angular. 𝜏𝑅 = 𝛼 ∑𝑚𝑖(𝑟𝑖)² 𝑁 𝑖 Só que o somatório é o momento angular, então: 𝜏𝑅 = 𝐼. 𝛼 Trabalho e energia cinética da rotação Podemos considerar o trabalho com: 𝑊 = ∫ 𝜏𝑑𝜃 𝜃𝑓 𝜃0 Podemos considerar que apenas a força da aceleração tangencial realiza trabalho em uma partícula: E como vimos em energias e potência, temos: 𝑃 = ∆𝑊 ∆𝑡 𝑃 = 𝑑𝑊 𝑑𝑡 𝑃 = 𝜏𝜔 Rolamento Se tivermos como exemplo uma bicicleta, vemos que o a sua rotação em um determinado ponto a outro, o arco de circunferência que se forma durante a rolagem, é igual a distância que ela percorreu de um ponto a outro. Com a velocidade do centro de massa: 𝑣𝐶𝑀 = 𝜔𝑟 Onde temos uma velocidade v: 𝑣 = 2𝑣𝐶𝑀 Forças e energia de rotação Ainda no exemplo da bicicleta, temos o eixo da trajetória e ponto central, que é o CM, a energia neste ponto é dada por: 𝐾 = 𝐼𝐶𝑀 . 𝜔² 2 + 𝑀𝑟²𝜔² 2 Essa equação vem a partir do teorema dos eixos paralelos descrito anteriormente. Para uma roda, ela não desliza por conta da força de atrito. Relacionando a aceleração linear com a angular, temos: 𝑎𝐶𝑀 = 𝛼. 𝑟 Se uma força é aplicada em um ponto P, e a roda desliza, essa força é a força de atrito cinético. Se temos uma rolagem em uma rampa: 𝑓𝑠 − 𝑀. 𝑔. 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑀. 𝑎𝐶𝑀𝑥 𝑎𝐶𝑀𝑥 = − 𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 1 + 𝐼𝐶𝑀 𝑀𝑟2 O ioiô Em um ioiô, temo vários conceitos, com energia potencial, energia cinética de rotação, tração, força gravitacional, etc... Quando o ioiô desce, temos que o seu ângulo com a horizontal é 90°, de forma que a aceleração linear fique: 𝑎𝐶𝑀𝑥 = − 𝑔 1 + 𝐼𝐶𝑀 𝑀𝑟2 Além de termos 2 raios de diferença, o raio de dentro, e o de fora. Em vez de a força de atrito freia o ioiô, o que freia é a tração da corda. Momento angular Em um o eixo O, que possui uma partícula, temos que o momento angular (ℓ): ℓ⃗ = 𝑟 . 𝑝 ℓ⃗ = 𝑚. (𝑟 . 𝑣 ) Em modulo, temos: ℓ = 𝑚. 𝑟. 𝑣. 𝑠𝑒𝑛𝜃 Como tem a segunda lei de Newton para o momento linear, podemos usa-lá com o momento angular: 𝜏𝑅⃗⃗⃗⃗ = 𝑑ℓ⃗ 𝑑𝑡 Para um corpo rígido temos que o momento �⃗� , é a soma dos momentos de todos os pontos. Então o torque resultante: 𝜏𝑅 = 𝑑�⃗� 𝑑𝑡 Podemos calcular L a partir de 𝐿 = 𝐼𝜔 Assim como no momento linear podemos conservar o momento angular da mesma forma: Se L é constante, então: �⃗� 0 = �⃗� 𝑓 Observação: Para um sistema isolado. Giroscópio Taxa de precessão: Ω = 𝑀𝑔𝑟 𝐼𝜔 A precessão é taxa de mudança no eixo rotação de um objeto.
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