Artigo sobre Concreto simples, indoooo final

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ANÁLISE ENTRE CONCRETO COMUM, COM ADITIVO PLASTIFICANTE E ADITIVO DE DETENGENTE SINTÉTICO – ENGENHARIA CIVIL UNIT. 
Heloisa Silva Nascimento Brito (helloisabrito@gmail.com);
 Mariana Santos da Mota (mariana.mota99@souunit.com.br); 
Pedro Henrique Andrade Lima (pedroh.andrade@souunit.com);
Victor Gabriel Monteiro Santos (victor.gmonteiro@souunit.com.br); 
Profª Msc. Juliane Apolinario da Silva (julianeapolinario@gmail.com).
RESUMO
A presente pesquisa teve por objetivo fazer uma comparação de resistência à compressão nos corpos de prova moldado utilizando cimento Portland, dos 3 tipos de concreto feito com diferentes tipos de aditivos e concreto sem aditivo algum, além de testar a eficiência do detergente sintético como aditivo plastificante. Foi feito 12 corpos de prova, sendo 4 de cada. O primeiro grupo de corpo de prova feito com concreto sem mistura e sem aditivo, já o segundo grupo de corpo de prova foi feito com adição de aditivo plastificante e o terceiro grupo de corpo de prova foi feito com adição de detergente como aditivo. Antes da moldagem dos corpos de prova, foram feitos os ensaios de slump test conforme as normas: NBR 5738: Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova; NBR NM 33: Concreto - Amostragem de concreto fresco; NBR NM 67: Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Com o auxílio dos equipamentos de laboratório do CTEA (centro tecnológico de engenharia civil e arquitetura) da UNIT. Após os corpos de prova terem sido desmoldados, eles foram colocados em um tanque com água, até atingir a sua cura adequada, para serem rompidos com o auxílio de uma prensa automatizada. 
Palavras-chave: Concreto. Aditivo. Detergente.
ABSTRACT
The research aimed to make a comparison of compressive strength in test specimens using Portland cement, 12 were made, 4 without additive, 4 with plasticizer additive and 4 with synthetic detergent as additive. After the specimens were demoulded, they were placed in a tank with water, until they reached their proper cure, to be broken with the aid of an automated press.
Keywords: Concrete. Additive. Detergent.
1. INTRODUÇÃO
	O concreto utilizando o cimento Portland é usado desde muitos anos atrás até a atualidade. Sendo assim, desde então procuraram maneiras para melhorar esse concreto. Por isso, surgiram os aditivos, segundo a NBR 11768 (aditivos químicos para concretos de cimento Portland), que são usados no concreto para diferentes finalidades e melhorias desse concreto com cimento Portland. 
	Esses aditivos são desenvolvidos por empresas especializadas e que seguem as informações de normas. Segundo a NBR 11768 existem os seguintes tipos de aditivos:
· Aditivo redutor de água: plastificante – P;
· Aditivo de alta redução de água: superplastificante tipo I – SP;
· Aditivo de alta redução de água: superplastificante tipo II - SP;
· Aditivo incorporador de ar - IA;
· Aditivo acelerador de pega - AP; 
· Aditivo acelerador de resistência - AR; 
· Aditivo retardador de pega - RP; 
· Aditivo redutor de água e retardador de pega: plastificante retardador - PR;
· Aditivo de alta redução de água e retardador de pega: superplastificante retardador tipos I e II - SPR;
· Aditivo redutor de água e acelerador de pega: plastificante acelerador - PA; 
· Aditivo de alta redução de água e acelerador de pega: superplastificante acelerador tipos Ie II – SPA.
Mesmo assim, o uso de outros tipos de materiais como aditivo vem crescendo em obras, em pautas de aulas e artigos. Dessa forma, existe o detergente sintético como aditivo plastificante, ou seja, seria um aditivo usado para a diminuição de água no concreto, esperando que aumente a resistência desse concreto.
Porém, ainda não existe nenhum estudo que comprove de fato a eficaz desse desengordurante no concreto de cimento Portland. Será que de fato ele diminui a quantidade de água usada nesse concreto? E se diminui, será que ele não afeta a durabilidade do concreto? A pesquisa teve esses questionamentos como base, para que se possa comparar e esclarecer a eficaz desse detergente sintético como aditivo plastificante. 
É de extrema importância estudar a utilização do detergente sintético em contato com o concreto de cimento Portland, porque a sua utilização sem ter conhecimento prévio de dosagem, pode gerar danos, patologias futuras e até na estrutura da edificação. 
	
2. METODOLOGIA 
O concreto é, indubitavelmente, um dos elementos fundamentais para a construção civil, por possuir características próprias que se atrelam e são compatíveis com as necessidades presentes em uma obra. Em conformidade, através de pesquisas bibliográficas, assim como, conhecimentos adquiridos em sala de aula notou-se o quão é imprescindível saber a composição do mesmo, o quantitativo de cada elemento é um fator essencial para que tenhamos o produto final desejado. Neste sentido, foram estabelecidas as metas para todos os grupos confeccionarem 12 corpos de provas, 4 com concreto comum, 4 com concreto aditivo plastificante e 4 com detergente sintético; a partir daí, os traços adotado foram nas ordens respectiva: 3 : 4,26 : 9 ( 3 partes de aglomerante: Cimento Portland, 4,6 partes de areia , 9 partes de brita) e aproximadamente 2 litros de água.
Entretanto, ao realizamos a mistura observamos a falta de consistência deste, sendo o fato determinante para que alterássemos o traço; sendo assim, optamos por utilizar (Grupo 1) 4 : 5,26 : 9 ( 4 partes de aglomerante: Cimento Portland, 5,26 partes de areia , 9 partes de brita) e aproximadamente --- litros de água. Neste sentido, aplicamos o Cimento Portland CP II (F- 32) que é composto para uso geral, areia grossa lavada, brita 0 e 1,91 litros de água; misturamos ambos os componentes e obtivemos a consistência adequada, assim representado na Imagem 1. Para confeccionarmos o concreto com aditivos plastificante, utilizamos basicamente o mesmo método, todavia diminuímos consideravelmente a quantidade de água para que o mesmo agisse e aumentasse a trabalhabilidade do próprio. Com isso, o adotamos (Grupo 2) 4: 5,26: 9 (4 partes de aglomerante: Cimento Portland, 5,26 partes de areia, 9 partes de brita), aproximadamente 1,91 litros de água e 20,05 gramas de aditivo.
Nessa continuidade, para fins científicos confeccionamos o concreto adicionando detergente sintético, buscando saber qual seria o seu comportamento diante deste composto, utilizando o mesmo método o (Grupo 3) traço 4 : 5,26 : 9 ( 4 partes de aglomerante: Cimento Portland, 5,26 partes de areia , 9 partes de brita), aproximadamente 1,95 litros de água e 20 gramas de detergente. Para conceituarmos todos os dados, anexamos a tabela 1 a seguir:
	TRAÇOS
	1
	2
	3
	CIMENTO – Kg/m³
	4
	4
	4
	AGREGADO MIÚDO - Kg/m³
	5,6
	5,26
	5,26
	AGREGADO GRAÚDO - Kg/m³
	9
	9
	9
	ÁGUA - ml
	1,910
	1,700
	1,950
	ADITIVO PLASTIFICANTE – g/m³
	-
	20
	-
	ADITIVO DETERGENTE – g/m³
	-
	-
	20
TABELA 1: Dados referente ao quantitativo dos elementos utilizados; Fonte: Dados da Pesquisa
Traço 1: Contendo concreto sem aditivo;
Traço 2: Contendo concreto com aditivo plastificante;
Traço 3: Contendo concreto com detergente como aditivo. 
	
É factual ressaltar que, para obtermos resultados consistentes devemos seguir normas e métodos já existente, partindo de tal premissa, aplicamos a NBR NM 67 (Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone), para que executássemos o slum test e assim obtivéssemos a consistência do concreto. Dessa forma, como é pontuado no mesmo, o molde deve ter a forma de um tronco de cone oco, com as seguintes dimensões internas:
- Diâmetro da base inferior: 200 mm ± 2 mm;
- Diâmetro da base superior: 100 mm ± 2 mm;
- Altura: 300 mm ± 2 mm. 
A haste de compactação deve ter uma seção circular, reta, feita de aço ou outro material adequado, com diâmetro de 16 mm, comprimento de 600 mm e extremidades arredondadas, a placa da base para apoiar o molde deve ser metálica, plana, quadrada ou retangular, com lados de dimensão não inferior a 500 mm e espessura igual ou superior a3 mm.
Partindo deste princípio, o procedimento foi realizado como é pontuado na mesma, umedecendo os moldes e a placa de base, colocando o molde sobre a placa de base. Durante o preenchimento do molde com o concreto de ensaio, devemos nos posicionar com os pés sobre suas aletas, de forma a mantê-lo estável. Encher rapidamente o molde com o concreto coletado, em três camadas, cada uma com aproximadamente um terço da altura do molde compactado, aplicando a cada camada 25 golpes da haste de socamento. A operação durou cerca de 150 segundos, onde imediatamente após a retirada do molde, medimos o abatimento do concreto, como indicado na Imagem 1, 2 e 3, determinando a diferença entre a altura do molde e a altura do eixo do corpo-de-prova que corresponde à altura média do corpo-de-prova desmoldado, aproximando a 5 mm mais próximos.
 
IMAGEM 1: slump test do primeiro traço; IMAGEM 2: slump test do segundo traço; 
 
IMAGEM 3: slump test do terceiro traço;
Desta forma, foram executados com os três tipos de concreto, de modo que, após colhermos os resultados do método supracitado, enchemos 12 corpos com o concreto, representado na imagem 4, assim como estabelecido na NBR 5738 (Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova),a partir daí, iniciou-se o processo de “pega”. No dia seguinte, ao retirarmos das formas colocamos em uma “caixa d` água” de 2000 litros, deixando os submersos em água para que atingissem a temperatura ideal. Em tese, iriamos fazer o rompimento do concreto em 28 dias, onde a cada semana faríamos este processo de forma igualitária, para que tivéssemos dados científicos sobre ambos e pudéssemos compará-los. Assim sendo, na primeira semana rompemos os 3 primeiros corpos, com auxílio de uma prensa hidráulica automatizada, obtivemos os resultados da resistência a compressão destes. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os testes para a elaboração da pesquisa e do relatório, contaram com doze corpos de prova, sendo quatro deles distribuídos por cada grupo:
· Grupo 1: contendo concreto sem aditivo;
· Grupo 2: contendo concreto com aditivo plastificante;
· Grupo 3: contendo concreto com detergente como aditivo. 
	Os resultados de slump test gráfico (1), mostram uma certa diferença entre os grupos, onde o grupo 1 e grupo 3, apresentaram valores maiores que em relação ao grupo 2 como mostrado a seguir:
Gráfico 1:Resultados do ensaio de slump test. Fonte: dados da Pesquisa
Sendo assim, passados sete dias de cura, os corpos de cada grupo foram submetidos ao ensaio de resistência a compressão dos mesmos, foram rompidos e obtiveram-se os seguintes resultados de resistência à compressão mostrados na tabela 2 e no gráfico 2 a seguir:
	Grupos
	Resultado da resistência( MPa) 
	Grupo 1: concreto sem aditivo
	17,14:
	Grupo 2 :concreto com aditivo plastificante
	24,56
	Grupo 3 concreto com detergente como aditivo
	11,22
Tabela 2: Resultados do teste de resistência à compressão. Fonte: Dados da Pesquisa.
Gráfico 2: Resultados do teste de resistência à compressão. Fonte: dados da Pesquisa
Diante da análise gráfica dos resultados, é possível observar que o grupo 3 (concreto com detergente como aditivo), obteve uma menor resistência em comparação com o grupo 2 e grupo 1, concreto com aditivo plastificante e concreto sem aditivo, respectivamente.
Como por motivos de força maior não foi possível realizar o estudo da sua resistência ao decorrer de 21 dias de cura. E com os poucos dados obtidos é possível observar que o concreto com detergente apresenta uma resistência inferior quando comparado ao concreto normal ou com aditivo plastificante.
4. CONCLUSÕES
A partir de dados colhidos através dos métodos supracitados obtivemos os seguintes resultados, com os rompimentos dos corpos de provas apos 7 dias de cura, o resultado foi, que com o ensaio de resistência à compressão o corpo de prova com detergente foi rompido com mais facilidade, comparado com as outras duas amostras nessa primeira fase.
Não sendo possível ser feito a finalização do estudo sobre, pois houve suspensão das aulas presenciais em relação a pandemia.
5. REFERÊNCIAS
ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova – Concreto. 2015.
ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA TÉCNICAS. NBR NM 67: Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone – Concreto. 1998.
ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA TÉCNICAS. NBR NM 33: Amostragem de concreto fresco – Concreto. 1998. 
ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA TÉCNICAS. NBR 11768: Aditivos químicos para concreto de cimento Portland – Requisitos. 2011. 
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