Buscar

ric 01

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DE CUIABÁ – UNIC
CAMPUS CUIABÁ, BEIRA RIO I – CURSO TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA (M)
RICARDO MARCIO FELICIANO CUNHA
DISCIPLINA INTERATIVA: MEIOS DE CONTRASTE.
Cuiabá, 2020
RICARDO MARCIO FELICIANO CUNHA
DISCIPLINA INTERATIVA: MEIOS DE CONTRASTE.
A presente atividade tem como requisito a avaliação parcial da disciplina de Meios de Contraste do curso Tecnólogo em Radiologia 2020/1.
							Docente: Ana
Cuiabá, 2020
De acordo com Marcelino et al. (2019) Desde as últimas décadas do século XX que o desenvolvimento de técnicas de investigação e diagnóstico tem transformado a prática clínica. Uma das grandes alterações foi à introdução de meios de contraste radiológico (MCR) na prática médica. Atualmente, os MCR são dos fármacos mais usados na medicina moderna de diagnóstico e, entre eles, salientam -se os meios de contraste radiológico iodados (MCRI), pela maior frequência de utilização.
Ainda de acordo com Marcelino et al. O primeiro exame radiológico efetuado com MCRI foi uma angiografia em 1920. Durante o século XXI, os MCRI evoluíram de agentes iônicos de elevada osmolalidade, para não iônicos de baixa osmolalidade, condicionando uma redução progressiva no número de reações adversas desencadeadas por estes agentes. Por um lado, a ocorrência das mesmas continua a ser desvalorizada/ /subdiagnosticada pelos profissionais de saúde que manipulam estes produtos. Por outro, existem ideias erradas disseminadas (como considerar fator de risco a rinite e a coexistência de alergia a marisco) que levam a uma atitude demasiado preventivo-restritiva na utilização destes produtos, adiando desnecessariamente a realização de exames radiológicos importantes.
Segundo Brockow et al. (2005) as reações adversas aos MCRI foram descritas pela primeira vez em meados da década de 80. Atualmente, as reações adversas aos MCRI classificam-se em três tipos: 1) Reações tóxicas: relacionadas com as características moleculares do MCRI, que são responsáveis pela quimiotoxicidade e centração; 2) Reações não relacionadas com MCRI: ocorrem durante o período de tempo espectável para reações adversas a MCRI, mas têm outra causa; 3) Reações de hipersensibilidade alérgicas e não alérgicas [...] A prevalência exata das reações adversas a MCRI é desconhecida devido à constante evolução dos MCRI usados , à dificuldade no diagnóstico (uma vez que os sintomas podem estar relacionados com patologias médicas concomitantes e/ou terapêuticas simultâneas) e devido à inexistência de um registro obrigatório para a declaração destas reações, tornando -as subdiagnosticadas e sub-reportadas. 
De acordo com Biondo-Simões et al. (2013) Há controvérsias quanto ao uso do contraste ideal e quanto à falta de padronização para a realização dos exames. Alguns autores defendem o uso do bário, enquanto que outros preferem o contraste iodado, não havendo uma definição apropriada na literatura quanto ao meio de contraste mais eficaz e com menos efeitos adversos. Um grande número de riscos e de reações é descritas, variando desde alterações inflamatórias, granuloma de corpo estranho, bronquite aguda ou crônica, broncopneumonia, atelectasia, edema, enfisema, necrose, fibrose, podendo até levar à morte. Relataram-se aspiração do meio de contraste, durante a investigação do trato respiratório superior e a literatura refere que este acidente pode ocorrer em até 8 % dos exames. 
Segundo Gianai et al. (1993) Os meios de contraste que chegariam perto do ideal seriam os do tipo iso-osmolar, não iônico. No entanto estes não são disponíveis no nosso país, devido ao alto custo. O bário é mais viscoso e distribui-se menos amplamente, com tendência a se localizar. Contudo no estudo de Gianai, o comprometimento pulmonar foi mais difuso do que com os meios de contraste iodados, não obstante, ter-se concentrado no terço médio. Assim analisando os resultados deste estudo parece possível admitir que o sulfato de bário promove maior comprometimento pulmonar traduzido por opacificação dos campos pulmonares e intensa reação inflamatória crônica.
Sendo, assim o uso do contraste baritado é viável e indicado para acidentes na região hipogástrica (abdome inferior), sendo procedimento comum para radiografias de abdômen em decúbito dorsal. 
Referências Bibliográficas
Biondo-Simões MLPB, Greca FH, Pedrazzani M, Mello Jr HO, Ioshii SO, Cavalcanti MFK et al. Estudo comparativo dos meios de contraste baritado e iodadoiônico e não iônico no trato respiratório de ratos. Acta Cirúrgica Brasileira, 2003, 18(5):431-7. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/acb/v18n5/17438.pdf. Acesso em Set 2020;
Brockow K, Romano A, Aberer W, Bircher AJ, Barbaud A, Bonadonna P, et al. European Network of Drug Allergy and the EAACI interest group on drug hypersensitivity. Skin testing in patients with hypersensitivity reactions to iodinated contrast media – a European multicenter study. Allergy 2009;64: 23441.
Ginai AZ, Bubberman A, Zondervan PE, Leeuwn WV, Morcos SK. The histological response of the lungs of rats to potentially suitable water soluble bronchographic contrast agents iotrolan (a non-ionic dimmer) and iopamidol (a non-ionic monomer). Br J Radio 1993; 66:773-7;
MARCELINO, J; CARVALHO, S; DUARTE, F; COSTA, A; BARBOSA, M. Reações adversas a meios de contraste iodados, Rev Port Imunoalergologia 2019; 27 (1): 9-20
RADIOLOGIA MÉDICA, disponível em: www.radioinmama.com.br/index.html. Acesso em Set 2020.

Continue navegando

Outros materiais