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DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
 
PROFESSOR: SÉRGIO BRITO 
 
 
Luciano Araújo - 09912769490
LICITAÇÃO: 
• Conceito: é o procedimento administrativo por meio do 
qual a AP seleciona a proposta mais vantajosa para o 
contrato que melhor atenda ao interesse público. 
 
• Objeto: Trata-se de uma seleção pública que tem por 
objeto os contratos de obras, serviços, compras, 
alienações, concessões, permissões e locações da 
Administração Pública. 
 
• Finalidade: A licitação destina-se a garantir: 
• a observância do princípio constitucional da isonomia; 
• a seleção da proposta mais vantajosa para a AP; e 
• a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. 
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LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS 
• Princípio constitucional da obrigatoriedade de licitar: 
•Todos os órgãos da AP Direta e as entidades da AP 
Indireta estão obrigados a realizar a licitação para seus 
contratos de obras, serviços, compras e alienações 
(CF/88, art. 37, XXI), bem como para a concessão e 
permissão de serviços públicos (CF/88, art. 175). Mas, há 
exceções previstas na lei (são os casos de dispensa e 
inexigibilidade). 
• Essa obrigatoriedade aplica-se à AP Direta e Indireta, 
mesmo às SEM e EP, e as suas subsidiárias 
(Cuidado!!). 
• Competência privativa da União – estabelecer normas 
gerais em matéria de licitação e contratos administrativos 
(art. 22, XXVII, CF/88). Assim, a Lei n. 8.666 é nacional - 
suas normas gerais devem ser observadas por todos os 
entes federados (U/E/M/DF). 
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LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS 
 
 
• Princípio da legalidade: os licitantes possuem direito 
subjetivo à fiel observância do procedimento de licitação 
previsto na Lei n. 8.666/93 (Art. 4º). 
 
• Princípio da impessoalidade: são vedados quaisquer 
favoritismos ou discriminações entre os licitantes. 
•Na licitação, impõe-se um tratamento objetivo, levando 
em consideração as propostas apresentadas pelos 
participantes e as condições objetivas expostas 
previamente no edital. 
 
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LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS 
 
• Princípio da isonomia ou igualdade: exige tratamento 
igual a todos os licitantes em todas as fases do 
procedimento. 
• Os agentes públicos não podem adotar 
comportamentos que frustrem ou restrinjam o caráter 
competitivo da licitação, tais como discriminações em 
razão da naturalidade, do local da sede ou do 
domicílio dos licitantes. 
• Também não podem estabelecer tratamento 
diferenciado entre os licitantes por razões de natureza 
comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou 
qualquer outra, nem entre empresas brasileiras e 
estrangeiras. (MAS HÁ EXCEÇÃO). 
 
 
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LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS 
 
• EXCEÇÕES AO PRINCÍPÍO DA ISONOMIA: A Lei n. 8.666/93 
prevê em algumas situações de distinção entre licitantes 
brasileiros e estrangeiros. Vejamos alguns exemplos: 
• Critério de desempate - como critério de desempate, e em 
igualdade de condições, será dada preferência, 
sucessivamente, aos bens e serviços: I. produzidos no País; II. 
produzidos ou prestados por empresas brasileiras; e III. 
produzidos ou prestados por empresas que invistam em 
pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. 
• Margem de preferência - para produtos manufaturados e para 
serviços nacional que atendam a normas técnicas brasileiras. 
Essa margem não pode ultrapassar a 25% do preço dos 
produtos e serviços estrangeiros. Essa margem de preferência 
poderá ser estendida aos bens e serviços produzidos em 
Países do MERCOSUL. 
 
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LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS 
 
• EXCEÇÕES AO PRINCÍPÍO DA ISONOMIA: 
 
• Licitação restrita a bens e serviços com 
tecnologia desenvolvida no Brasil – nas 
contratações de sistemas de tecnologia de 
informação e comunicação, considerados 
estratégicos pelo Poder Executivo. 
 
• O tratamento diferenciado das micro empresas 
(ME) e empresas de pequeno porte (EPP). 
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LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS 
• Princípio da publicidade: a licitação não será sigilosa, 
sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu 
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, 
até a respectiva abertura (Lei 8.666/93, art. 3°, §3°). 
 
• Princípio da moralidade e probidade administrativa: a 
licitação deve se desenvolver em conformidade com os 
padrões éticos, de zelo, de honestidade e probidade. 
 
• Princípio da vinculação ao instrumento convocatório: A 
AP está obrigada a observar todas as regras previamente 
fixadas para o certame. O “edital é a lei da licitação”. O 
edital pode ser alterado? Sim (Art. 21, § 4º, da Lei n. 
8.666/93), mas deve ser divulgado. 
 
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LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS 
 
• Princípio do julgamento objetivo: O 
julgamento das propostas será objetivo. 
Quer dizer, no julgamento das propostas, a 
Comissão levará em consideração os 
critérios objetivos definidos no edital. Esses 
critérios não devem contrariar as normas e 
princípios estabelecidos na Lei n. 8.666/93. 
(art. 44 e 45). 
 
 
 
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LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS 
• Princípio da adjudicação compulsória 
• Concluído o procedimento, a Administração não pode 
atribuir o objeto da licitação a outrem que não o 
vencedor. Deve-se frisar que adjudicação ao vencedor é 
obrigatória, salvo se este desistir expressamente do 
contrato ou não firmar no prazo prefixado, a menos que 
comprove justo motivo. 
• O direito do vencedor limita-se à adjudicação, ou seja, à 
atribuição a ele do objeto da licitação, e não ao contrato 
imediato, uma vez que a Administração pode, licitamente, 
revogar ou anular o procedimento ou, ainda, adiar o 
contrato, quando ocorram motivos para essas condutas. 
• Enfim, não há um direito subjetivo à adjudicação 
quando a Administração opta pela revogação do 
procedimento de licitação. 
 
 
 
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CONVOCAÇAO PARA O CONTRATO: 
• A AP convocará regularmente o interessado para assinar o 
termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, 
dentro do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair 
o direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas na 
lei. 
 
• O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por 
igual período, quando solicitado pela parte durante o seu 
transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela 
Administração. 
 
• Decorridos 60 dias da data da entrega das propostas, sem 
convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados 
dos compromissos assumidos. 
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CONVOCAÇAO PARA O CONTRATO: 
 
• É facultado à Administração, quando o convocado não 
assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o 
instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, 
convocar os licitantes remanescentes, na ordem de 
classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas 
condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive 
quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato 
convocatório, ou revogar a licitação independentemente da 
cominação prevista no art. 81 da Lei de Licitação. 
• A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, 
aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo 
estabelecido pela Administração, caracteriza o 
descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às 
penalidades legalmente estabelecidas.. 
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LICITAÇÃO: DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 
• Autorização constitucional: a própria CF/88 autorizou o 
legislador a especificar as situações de exceção à 
obrigatoriedade da licitação. São os casos de dispensa e 
inexigibilidade de licitação. 
• Nessas duas hipóteses, a AP faz CONTRATAÇÃO 
DIRETA (=sem licitação) com terceiros. 
• A dispensa e a inexigibilidade – devem ser objeto de 
processo, com a devida justificação (art. 26 da Lei n. 
8.666/93). 
• O processo de dispensae de inexigibilidade será instruído 
com os seguintes elementos: I - caracterização da situação 
emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, 
quando for o caso; II - razão da escolha do fornecedor ou 
executante; III - justificativa do preço; e IV - documento de 
aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens 
serão alocados. 
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LICITAÇÃO: DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 
 
• Dispensa: situação que pressupõe a possibilidade de 
realização da licitação (o certame é possível), mas por 
alguma razão relevante, afasta-se a sua exigência em 
decorrência de outros interesses públicos. Ex: a compra 
de alimentos para merenda escolar numa situação de 
calamidade pública. 
• Inexigibilidade: situação em que é impossível a 
realização do certame, por uma questão lógica: ou 
porque o objeto é singular (só há um objeto) ou porque 
só existe uma pessoa (ofertante único ou exclusivo) que 
atenda às necessidades da Administração Pública. Enfim, 
não há a possibilidade de haver competição. Exemplo: a 
contratação de um produto com fornecedor exclusivo. 
 
 
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LICITAÇÃO: DISPENSA 
 
• Lista fechada (taxativa): os casos de dispensa de 
licitação é numerus clausus. 
•Licitação dispensada x licitação dispensável (Hely 
L. Meirelles): 
• Licitação dispensada – não há discricionariedade 
(escolha do administrador). Configurada a hipótese 
legal, a AP está obrigada a dispensar a licitação pois 
a lei assim determina (Art. 17, I e II, L. 8666). 
• Licitação dispensável – há discricionariedade 
(escolha). Configurada a hipótese legal, a AP goza de 
liberdade para decidir se realiza ou não a licitação 
(Art. 24 da Lei 8.666). 
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LICITAÇÃO: DISPENSA 
 
Licitação dispensada (Art. 17, I e II, da Lei n. 8.666/93) 
• Bens imóveis: dação em pagamento, doação, permuta, 
venda a outro órgão ou entidade da AP de qualquer 
esfera de governo; alienação de imóveis residenciais em 
programas habitacionais, procedimento de legitimação 
de posse, bens imóveis de uso comercial de até 250m2, 
etc. 
• Bens móveis: doação, permuta, venda de ações, venda 
de títulos, venda de bens por órgãos ou entidades da AP, 
em virtude de suas finalidades (ex: Petrobrás vendendo 
gasolina), venda de materiais e equipamentos para 
outros órgãos ou entidades da AP. 
 
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LICITAÇÃO: DISPENSA 
Licitação dispensável (Art. 24 da Lei n. 8.666/93): 
• Em razão do pequeno valor: 
• Obras e serviços de engenharia – até 10% do 
valor destinado a convite (ou seja, R$ 15.000); 
• Outros serviços e compras – até 10% do valor 
destinado a modalidade contive (ou seja, até R$ 
8.000). 
• Cuidado – o percentual será de 20% (i.e, o 
dobro) quando se tratar de CONSÓRCIO 
PÚBLICO, SEM, EP e AGÊNCIA EXECUTIVA. 
 
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LICITAÇÃO: DISPENSA 
Licitação dispensável (Art. 24 da Lei n. 8.666/93): 
 
• Em razão de situações excepcionais: guerra ou grave 
perturbação da ordem pública; emergência ou 
calamidade pública; licitação deserta (quando não 
aparecerem interessados à licitação anterior e esta não 
puder ser repetida sem prejuízo para a AP – é diferente 
de licitação fracassada = aparecem interessados, mas 
nenhum é selecionado, por inabilitação ou 
desclassificação); necessidade de a União intervir no 
domínio econômico para regular preços; compra de 
lixo reciclável de cooperativa ou associação de 
catadores, etc. 
 
Luciano Araújo - 09912769490
LICITAÇÃO: DISPENSA 
Licitação dispensável (Art. 24 da Lei n. 8.666/93): 
• Em razão do objeto do contrato: compras de 
hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo 
necessário para a realização dos processos licitatórios 
correspondentes; aquisição de bens e insumos destinados 
exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com 
recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por 
outras instituições de fomento a pesquisa; etc. 
• Em razão da pessoa envolvida: contratação de associação de 
portadores de deficiência física; celebração de contratos de 
prestação de serviços com as organizações sociais; 
contratação de instituição ou organização, pública ou privada, 
com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de 
assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa 
Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na 
Agricultura Familiar e na Reforma Agrária; etc. 
 
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LICITAÇÃO: INEXIGIBILIDADE 
Lista exemplificativa: a lista de casos de inexigibilidade de 
licitação é meramente exemplificativa (numerus apertus). No art. 
25 da Lei n. 8.666, há 3 casos exemplificativos de inexigibilidade: 
• Contratação de serviços técnicos profissionais especializados de 
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória 
especialização. 
• Cuidado - não se aplica a inexigibilidade no caso de serviços 
de publicidade e divulgação = para tais serviços há 
obrigatoriedade de realizar a licitação. 
• Aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só 
possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante 
comercial exclusivo, vedada a preferência de marca (Fornecedor 
Exclusivo). 
•Contratação de profissional de qualquer SETOR ARTÍSTICO, 
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que 
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. 
 
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MODALIDADES DE LICITAÇÃO: 
 
• Concorrência 
• Tomada de preço 
• Convite 
• Concurso 
• Leilão 
• Pregão (Lei n. 10.520/02), e 
• Consulta – para Agências Reguladoras – aquisição de 
bens e serviços não comuns) 
 
• É vedada a criação de outras modalidades de 
licitação ou a combinação delas, exceto pelo próprio 
legislador. 
 
 
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CONCORRÊNCIA: 
 
• É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na 
fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os 
requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para 
execução de seu objeto. 
• Obrigatoriedade: a concorrência é obrigatória nos seguintes 
casos 
• Obras e serviços de engenharia > (maior que) R$ 1.500.000. 
• Compras e outros serviços > R$ 650.000. 
• Esses limites, para consórcios públicos, serão: o dobro 
(para 2 ou 3 entes) ou o triplo (+3 entes no consórcio) 
• Compra ou alienação de bens imóveis de qualquer valor, 
permitindo-se, porém, o leilão na alienação de bens imóveis 
adquiridos pela AP em procedimentos judiciais ou por dação 
em pagamento. 
• Concessão de direito real de uso; 
 
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CONCORRÊNCIA: 
Obrigatoriedade: (Continuação): 
• Licitações internacionais – mas é permitida em alguns 
casos a tomada de preço e o convite (cuidado!!) 
• Alienação de bens móveis de valor superior a R$ 
650.000. 
• Seleção no sistema de registro de preços. 
• Concessão de serviços públicos. 
• Contratos de parceria público-privada. 
 
• Facultativa: pode ser utilizada a concorrência na 
situações em que couber a tomada de preço ou o convite 
(Quem pode o mais, pode o menos!). 
 
 
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FASES DA CONCORRÊNCIA: 
 
• Edital: é ato que dá início ao procedimento licitatório, divulgando 
a abertura da concorrência. No edital, devem ser fixados os 
requisitos para a participação, a definição do objeto e as 
condições do contrato. 
•Prazo mínimo entre a publicação do aviso do edital e o 
recebimento das propostas: 30 dias, exceto para o regime de 
empreitada integral, licitação de melhor técnica ou técnica e preço 
(45 dias). 
• Habilitação – a Comissão de Licitação abre os envelopes 
contendo a documentação exigida no edital e analisa tais 
documentos para verificar quais são os licitantes habilitados. A 
habilitação envolve: (I) a habilitação jurídica; (II) a qualificação 
técnica; (III) a qualificação econômico-financeira; (IV) a 
regularidade fiscale trabalhista; e (V) o cumprimento do disposto 
no inciso XXXIII do art. 7º da CF/88 (referente ao trabalho de 
menores). 
 
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FASES DA CONCORRÊNCIA: 
 
• Classificação - a Comissão de Licitação abre os 
envelopes contendo as propostas e as analisa (julga), 
classificando-as pela ordem de preferência com base nos 
critérios objetivos do edital. O julgamento depende do 
tipo de licitação (menor preço, “melhor técnica”, “técnica 
e preço” ou “maior lance”). 
 
• Homologação – é aprovação pela autoridade superior do 
procedimento de licitação feito pela comissão. 
 
• Adjudicação – é o ato pelo qual a autoridade 
homologante atribui ao vencedor o objeto da licitação. É 
o ato que encerra a licitação, mas ainda não há contrato 
administrativo (este virá em seguida). 
 
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TOMADA DE PREÇO: 
• É a modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o 3º dia anterior à data do recebimento das 
propostas, observada a necessária qualificação. 
• Casos de aplicação: a tomada de preço é adotada para: 
• Obras e serviços de engenharia de até R$ 1.500.000. 
• Compras e outros serviços de até R$ 650.000. 
• Para consórcios públicos, os limites acima serão o dobro (2 ou 3 
entes) ou o triplo (+3 entes). 
• Não pode parcelar a obra, o serviço ou a compra para fins de 
utilização da tomada de preço no lugar de concorrência. 
• A tomada de preço pode ser usada na licitações internacionais, 
dentro dos limites acima, e desde que o órgão ou entidade 
disponha de cadastro internacional de fornecedores. 
• Nos casos em que couber convite, a AP pode adotar a tomada de 
preço. 
 
Luciano Araújo - 09912769490
TOMADA DE PREÇO: 
 
• Edital: prazo mínimo anterior ao recebimento das 
propostas: 15 dias, exceto para a licitação do tipo 
“melhor técnica” ou “técnica e preço” (30 dias). 
 
• Habilitação – é feita antes do procedimento da 
licitação, para os inscritos no registro cadastral (i.e., os 
cadastrados), ou durante o procedimento para os que 
apresentarem a documentação necessária ao 
cadastramento (= comprovação de habilitação) até o 3º 
dia anterior à data do recebimento das propostas. 
 
• Demais fases do procedimento = ao da concorrência. 
 
Luciano Araújo - 09912769490
CONVITE: 
 
• É a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e 
convidados em número mínimo 03 (três) pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do 
instrumento convocatório e o estenderá aos demais 
cadastrados na correspondente especialidade que 
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 
horas da apresentação das propostas. 
• O número de 3 pode ser reduzido = se, por alguma 
circunstância (devidamente justificada no processo), for 
impossível a obtenção do mínimo de 3 convidados. 
• Se na praça existir mais de 3 cadastrados = a cada novo 
convite, se existir cadastrados não convidados, deve-se 
acrescentar mais 1 convidado à lista mínima de 3, até 
esgotar a lista dos cadastrados não convidados. 
 
Luciano Araújo - 09912769490
CONVITE: 
• Casos de aplicação: o convite é adotado para: 
• Obras e serviços de engenharia de até R$ 150.000. 
• Compras e outros serviços de até R$ 80.000. 
• Para consórcios públicos, os limites acima serão o dobro (2 
ou 3 entes) ou o triplo (+3 entes). 
• Não pode parcelar a obra, o serviço ou a compra para fins de 
utilização do convite no lugar da tomada de preço. 
• Carta-convite: é o seu instrumento convocatório. Prazo 
mínimo: até 5 dias úteis antes do recebimento das propostas. 
• Fases - depois de recebidos os envelopes com as propostas, 
passa-se às fases de: classificação, homologação e 
adjudicação. 
• Comissão de licitação: não é obrigatória. O procedimento 
pode ser dirigido por servidor designado pela autoridade 
competente, em pequenas unidades administrativas e por falta 
de pessoal disponível. 
 
Luciano Araújo - 09912769490
CONCURSO: 
• É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, 
mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos 
vencedores, conforme critérios constantes de edital 
publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 
45 dias. 
• Edital – deve ser publicado com antecedência mínima de 
45 dias. 
• Procedimento - o concurso deve ser precedido de 
regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no 
local indicado no edital. Esse regulamento deverá indicar: I. 
a qualificação exigida dos participantes; II. as diretrizes e a 
forma de apresentação do trabalho; III. as condições de 
realização do concurso e os prêmios a serem concedidos. 
• Projeto e Autorização - em se tratando de projeto, o 
vencedor deverá autorizar a Administração executá-lo 
quando julgar conveniente. 
 Luciano Araújo - 09912769490
LEILÃO: 
• É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a 
venda de determinados bens da Administração Pública a quem 
oferecer o maior lance (igual ou superior ao valor da avaliação). 
• Edital – deve ser publicado com antecedência mínima de 15 dias. 
• Casos de aplicação: o leilão é adotado para venda de: 
• bens móveis inservíveis para a Administração; Cuidado - o 
leilão só é cabível quando o valor do bem móvel não for 
superior a R$ 650.000,00 (conf. art. 17, § 6°). 
• produtos legalmente apreendidos ou penhorados, 
• bens imóveis adquiridos em procedimentos judiciais ou 
mediante dação em pagamento (nesse caso também pode ser 
utilizada a concorrência). 
• Leiloeiro – A AP pode se utilizar de um leiloeiro oficial ou de 
servidor designado pela administração. 
• Avaliação prévia – todo bem a ser leiloado deve ser previamente 
avaliado pela AP para fixação do preço mínimo de arrematação. 
 
Luciano Araújo - 09912769490
PREGÃO: 
• É a modalidade de licitação instituída pela Lei n° 
10.520/2002, no âmbito da U/E/DF/M, para 
aquisição de bens e serviços comuns, qualquer 
que seja o valor estimado da contratação. 
 
• Bens e serviços comuns - são aqueles cujos 
padrões de desempenho e qualidade possam ser 
objetivamente definidos pelo edital, por meio de 
especificações usuais no mercado. 
 
• Prazo - o prazo fixado para a apresentação das 
propostas, contado a partir da publicação do 
aviso, não será inferior a 8 (oito) dias úteis; 
 
Luciano Araújo - 09912769490
PREGÃO: 
• PROCEDIMENTO: o pregão se desdobra em duas 
fases 
•a) Fase interna ou preparatória - compreende: a 
justificativa da necessidade de contratação e a 
definição do objeto do certame, as exigências de 
habilitação, os critérios de aceitação das propostas, 
as sanções por inadimplemento e as cláusulas do 
contrato (inclusive a fixação dos prazos para 
fornecimento); e 
•b) Fase externa – inicia-se com a convocação dos 
interessados, que se dá por meio de publicação de 
AVISO no diário oficial e/ou em jornal privado de 
circulação local ou grande circulação (conforme o 
caso). 
 
Luciano Araújo - 09912769490
PREGÃO: 
• Seleção prévia e fase de lances verbais - no curso da sessão 
pública, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas 
com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão 
fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do 
vencedor; 
• Não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições 
definidas no inciso anterior, poderão os autores das 
melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos 
lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços 
oferecidos; 
• Critério do julgamento: é o de menor preço, observados os 
prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e 
parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no 
edital; 
• Aceitabilidade da proposta vencedora: examinada a propostaclassificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá 
ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua 
aceitabilidade; 
 Luciano Araújo - 09912769490
PREGÃO: 
• Habilitação - encerrada a etapa competitiva e ordenadas 
as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do invólucro 
contendo os documentos de habilitação do licitante que 
apresentou a melhor proposta, para verificação do 
atendimento das condições fixadas no edital. 
• Os licitantes poderão deixar de apresentar os 
documentos de habilitação que já constem do Sistema de 
Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) e 
sistemas semelhantes mantidos por E/DF/M, assegurado 
aos demais licitantes o direito de acesso aos dados nele 
constantes. 
•Atenção – no pregão, a habilitação só ocorre depois da 
escolha da melhor proposta (é o contrário das demais 
modalidades). 
 
Luciano Araújo - 09912769490
PREGÃO: 
 
•Declaração do vencedor: verificado o atendimento 
das exigências fixadas no edital, o licitante será 
declarado vencedor. 
 
• Se a melhor oferta não for aceitável ou se o licitante 
desatender às exigências para habilitação, o 
pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a 
qualificação dos licitantes, na ordem de 
classificação, e assim sucessivamente, até a 
apuração de uma que atenda ao edital, sendo o 
respectivo licitante declarado vencedor. 
Luciano Araújo - 09912769490
COMISSÃO DE LICITAÇÃO: 
• O procedimento de licitação será processado e julgado por 
comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 membros A 
comissão tem as seguintes atribuições: realizar a habilitação, 
proceder à inscrição/alteração/cancelamento em registro 
cadastral e julgar as propostas do licitantes. Não homologa a 
licitação. 
• Concorrência, tomada de preço e convite - a Comissão de 
Licitação é obrigatória na concorrência e na tomada de preço. No 
convite, pode existir, mas é dispensável (a licitação poderá ser 
dirigida por servidor designado pela autoridade competente). 
• Pregão: a licitação é realizada por um pregoeiro que conta com 
a ajuda de uma equipe de apoio. Cabe ao pregoeiro: o 
recebimento das propostas e lances, a análise de sua 
aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a 
adjudicação (quando não há recurso). 
• Concurso – o julgamento e realizado por uma comissão 
especial, podendo ser servidores públicos ou não. 
Luciano Araújo - 09912769490
TIPOS DE LICITAÇÃO: 
• Art. 45, § 1º, da Lei n. 8.666/93 - Constituem tipos de licitação, 
exceto na modalidade concurso: 
•I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta 
mais vantajosa para a Administração determinar que será 
vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as 
especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço; 
•II - a de melhor técnica – leva em conta a técnica, mas há um 
limite máximo de preço. 
•III - a de técnica e preço – há uma ponderação entre técnica e 
preço. 
•IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens 
ou concessão de direito real de uso. 
 
• É vedada a utilização de outros tipos de licitação. 
• Não confundir tipo de licitação com modalidade de licitação. 
Luciano Araújo - 09912769490
TIPOS DE LICITAÇÃO: 
 
 
• Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica 
e preço" serão utilizados exclusivamente para 
serviços de natureza predominantemente 
intelectual, em especial na elaboração de projetos, 
cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento 
e de engenharia consultiva em geral e, em 
particular, para a elaboração de estudos técnicos 
preliminares e projetos básicos e executivos. 
Luciano Araújo - 09912769490
LICITAÇÃO: 
• REVOGAÇÃO - A autoridade competente para a aprovação 
do procedimento de licitação somente poderá revogá-lo por 
razões de interesse público decorrente de fato 
superveniente devidamente comprovado, pertinente e 
suficiente para levar à sua revogação. 
• ANULAÇÃO: só ocorre em caso de ilegalidade do 
procedimento licitatório. 
• Contrato - a nulidade da licitação gera a nulidade do 
contrato. 
• Dever de indenizar – via de regra, não há para a AP o dever 
de indenizar no caso de nulidade de licitação. 
• Todavia, a AP deverá indenizar os serviços ou produtos já 
fornecidos até a data da anulação, além dos demais danos 
causados ao licitante, contando que não lhe seja imputável 
o fato que ensejou a nulidade da licitação. 
Luciano Araújo - 09912769490