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1 
História 
 
Escravidão nas Américas 
 
Resumo 
 
A Escravidão Moderna 
Depois da conquista de Ceuta pelos portugueses no século XV, os europeus entraram na grande rede de 
comércio de escravizados que até o século XIX forçou a migração de aproximadamente 100 milhões de 
pessoas para alimentar a necessidade de mão de obra nas recém-dominadas colônias americanas. A 
justificativa dos portugueses eram que os habitantes de Ceuta eram infiéis, inimigos da fé católica e 
prisioneiros de guerra. 
Desde essa conquista começamos a perceber uma rede de comércio humano 
em todo o oceano atlântico, praticamente todas as nações europeias utilizaram 
o modo de produção escravista. Os portugueses adotaram amplamente esse 
trabalho forçado, já os espanhóis utilizavam como mão de obra complementar 
nas colônias da América do Sul. No entanto, devido ao extermínio dos povos 
nativos do Caribe insular, a mão de obra escravizada foi amplamente utilizada 
em Cuba, Jamaica e Santo Domingo. Os ingleses, por sua vez, utilizavam de 
escravizados somente no sul das 13 colônias. Ainda assim, praticamente todos 
os seres humanos eram comercializados por navios portugueses, já que estes 
detinham colônias em toda a costa do Atlântico africano. 
Esse comércio se aproveitava muito das guerras internas entre os povos 
africanos que dependiam dessa atividade, como o Reino do Congo, onde seu chefe, o Manicongo Nzinga Kuvu 
fez aliança com o navegador Diogo Cão, que trocava escravos de guerra por técnicas de navegação e armas 
de fogo. O Manicongo até mesmo se converteu ao cristianismo, passando a se chamar Dom João no fim do 
século XVI. Os principais locais de negociação eram o Congo e o Andongo, o qual os portugueses chamavam 
de Angola. 
 
Escravidão Africana 
A escravização de africanos era comum e utilizada em larga escala nas plantations e atividades comerciais 
complementares. Como dito acima, a Igreja corroborava com a prática e justificava religiosamente o trabalho 
escravo. É necessário compreender que mais do que apenas uma mão de obra, a escravidão era um comércio 
extremamente lucrativo com o Tráfico Negreiro. Um escravo era um item de luxo que demonstrava riqueza e 
opulência. 
Embora a escravidão no Brasil e no sul dos Estados Unidos tenham sido diferentes, algumas características 
eram comuns na construção de uma sociedade baseada na escravidão e na produção agropecuária em 
grande escala. As fazendas escravistas representavam mais do que um local de trabalho e produção, também 
eram um espaço de reprodução da ordem social vigente, sendo os “senhores” a representação máxima de 
poder. 
Dentro dessas fazendas, algumas construções eram comuns, como: 
• Casa grande: local onde os senhores e suas famílias moravam. 
• Senzala: local onde os escravizados socializavam e habitavam. 
• Capela: servia para professar a religião e cumprir alguns ritos religiosos dentro da fazenda. 
• Pelourinho: normalmente era o local onde os escravizados eram castigados publicamente a fim de 
servir de exemplo. 
 
 
 
 
2 
História 
 
Claro que cada plantação possuía suas próprias características, contudo algumas estruturas eram comuns a 
todas e reproduziam a lógica da sociedade como um todo. Além disso, existiam diferentes tipos de 
escravizados que eram designados de acordo com suas funções: 
• Escravo de ganho: eram aqueles que viviam no meio urbano com seus senhores e trabalhavam 
vendendo algo ou prestando serviços e seus ganhos eram destinados aos seus senhores. 
• Escravos da casa grande/domésticos: eram os escravizados que trabalhavam diretamente na casa 
grande e prestando serviços diretos ao senhor e sua família. 
• Escravo de campo: trabalham nas plantações e em atividades complementares a ela. 
• Escravo mina: eram escravos que vinham da Costa do Marfim e eram empregados na atividade 
mineradora por possuir conhecimentos específicos sobre mineração. 
• Escravo de aluguel: escravizados que os senhores alugavam para outros, normalmente era uma 
forma de aumentar a sua arrecadação. 
Ou seja, a escravidão não era algo rígido, os escravizados podiam ser alocados de acordo com suas 
habilidades e a necessidade de seus donos. A escravidão está diretamente ligada a uma estrutura 
hierarquizante de poder e por isso faz-se necessário citar que atualmente a historiografia vem deixando de 
utilizar o termo “escravo” e passando a usar o “escravizado”. O intuito é combater a ideia de que essas 
pessoas trazidas a força eram naturalmente escravas, na verdade elas foram tornadas tal, os africanos foram 
escravizados. 
 
A Escravidão Indígena e a Resistência 
Mesmo com o comércio de escravizados sendo forte na parte insular do império português, como Cabo Verde, 
os primeiros povos a serem escravizados no Brasil foram os povos nativos. Estes eram capturados 
principalmente na região que hoje conhecemos como São Paulo, pelos bandeirantes, que se embrenhavam 
pelo interior brasileiro em busca de nativos para o trabalho na plantação de cana-de-açúcar e no fabrico do 
açúcar. No entanto, a cultura de subsistência nativa e a divisão sexual do trabalho indígena (homens com 
funções militares e de caça e as mulheres na agricultura) atrapalharam a empreitada dos portugueses. Além 
disso, os constantes ataques aos portugueses por causa da atividade e a alta taxa de mortalidade indígena 
pelo contato com as doenças europeias fez com que os portugueses desistissem da escravidão de nativos 
em larga escala. Porém foi o crescimento do comércio de escravos africanos e a pressão da igreja contra a 
escravidão dos indígenas que fez a atividade ser proibida no século XVIII. Ainda assim encontramos 
documentos de herança do século XIX que passavam a propriedade de indígenas entre os herdeiros. 
A resistência contra a escravidão no Brasil é digna de citação, sua organização e defesa eram extraordinárias. 
Podemos citar, por exemplo, a própria formação dos quilombos, que eram comunidades e reinos formados 
por africanos e seus descendentes e localizados no interior brasileiro. Nos quilombos, negros escravizados 
encontravam refúgio longe dos engenhos e podiam praticar suas culturas e religiões. Em alguns casos, estes 
quilombos formavam reinos e comunidades tão fortes e respeitadas que conseguiam inclusive manter 
comércio com colonos europeus ou mesmo abrigar alguns fugitivos criminais brancos. Entre outras formas 
importantes de resistência podemos citar o sincretismo religioso, que fazia com que os africanos 
misturassem suas práticas religiosas com a religião católica para que conseguissem professar livremente 
suas religiões. Ainda no tocante a resistência é preciso citar a República do 
Haiti, antiga colônia francesa. No final do século XVIII com uma revolução 
composta, majoritariamente, por escravizados a antiga colônia se tornou 
independente. O caráter agressivo do movimento e o seu sucesso causou um 
temor em países próximos que ainda mantinham a mão de obra escravizada, 
como os Estados Unidos e o Brasil. 
 
 
 
 
 
3 
História 
 
Exercícios 
 
1. (ENEM 2011) 
 
Foto de Militão, São Paulo, 1879. ALENCASTRO, L. F. (org). História da vida privada no Brasil. Império: a corte e a 
modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1997. (Foto: Reprodução/Enem) 
Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc. XIX pode ser identificado a partir da análise do 
vestuário do casal retratado acima? 
a) O uso de trajes simples indica a rápida incorporação dos ex-escravos ao mundo do trabalho urbano. 
b) A presença de acessórios como chapéu e sombrinha aponta para a manutenção de elementos 
culturais de origem africana. 
c) O uso de sapatos é um importante elemento de diferenciação social entre negros libertos ou em 
melhores condições na ordem escravocrata. 
d) A utilização do paletó e do vestido demonstra a tentativa de assimilação de um estilo europeu como 
forma de distinção em relação aos brasileiros. 
e) A adoção de roupas próprias parao trabalho doméstico tinha como finalidade demarcar as 
fronteiras da exclusão social naquele contexto. 
 
2. “Ao fim e ao cabo, a introdução de africanos, acoplada ao embargo ao cativeiro indígena, permite que 
a metrópole portuguesa comande – durante certo tempo – as operações situadas a montante e a 
jusante do processo produtivo americano: os colonos devem recorrer à Metrópole para exportar suas 
mercadorias, mas também para importar seus fatores de produção, isto é, os africanos”. 
ALENCASTRO Luiz Felipe de. O Trato dos Viventes. São Paulo, Cia das Letras, 2000, p. 28. 
A partir da leitura do texto acima, pode-se afirmar que o processo de colonização portuguesa foi 
marcado: 
a) Pela ênfase no capital mercantil voltado para o mercado europeu e pela dependência do trabalho 
fabril da mão deobra escrava. 
b) Por um esforço de ocupação das faixas litorâneas e pelo incentivo à formação de pequenas 
propriedades. 
c) Pela evangelização e consequente domesticação das populações indígenas e pelo estímulo ao 
mercado interno. 
d) Por uma declarada opção pela força de trabalho do negro africano e por uma economia de 
subsistência. 
e) Pelo caráter comercial organizado com base na grande propriedade monocultora escravista e pela 
importância do tráfico africano. 
 
 
 
 
 
4 
História 
 
3. (ENEM 2010) 
 
DEBRET, 1.8; SOUZA L M (Org). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa, v 1 “São 
Paulo: Companhia das Letras, 1997 
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos urbanos no início do século XIX. Lembrando 
que as atividades desempenhadas por esses trabalhadores eram diversas, os escravos de aluguel 
representados na pintura 
a) vendiam a produção da lavoura cafeeira para os moradores das cidades. 
b) trabalhavam nas casas de seus senhores e acompanhavam as donzelas na rua. 
c) realizavam trabalhos temporários em troca de pagamento para os seus senhores. 
d) eram autônomos, sendo contratados por outros senhores para realizarem atividades comerciais. 
e) aguardavam a sua própria venda após desembarcarem no porto. 
 
4. O pau-brasil só poderia ser retirado de nossas matas se houvesse uma autorização preliminar da Coroa 
Portuguesa e o acerto das taxas era estipulado por esta. O primeiro a usufruir dessa concessão, em 
1501, foi Fernando de Noronha, o qual tinha como sócios vários comerciantes judeus, que porém, em 
troca desta permissão, tinham por obrigação enviar embarcações à nova terra, encontrar pelo menos 
trezentas léguas de costa, pagar uma quantia pré-estipulada à Coroa e também edificar e conservar as 
fortificações, mantendo assim a segurança do novo território tão almejado pelos invasores. 
Disponível em: http://www.infoescola.com. Acesso em: 9 dez. 2013 (adaptado). 
 
A exploração do pau-brasil era realizada 
a) pelos indígenas, que conduziam as toras até o litoral para trocá-las por objetos do colonizador. 
b) por mão de obra livre europeia, com auxílio de africanos escravizados. 
c) por africanos escravizados trazidos das ilhas portuguesas da Madeira e Açores. 
d) pelos nativos, que trocavam a madeira por ouro e armas de fogo. 
e) pelos próprios portugueses, que se aventuravam pela mata em busca da madeira. 
 
 
 
 
 
5 
História 
 
5. (PUC 2016) O mapa mostra as Treze colônias inglesas na América do Norte, normalmente divididas 
entre Norte, de Massachusetts até a Pensilvânia, e sul, a partir de Maryland até a Geórgia. Colonização 
de iniciativa particular no século XVI, as Treze colônias inglesas mantinham grandes diferenças entre 
si, sendo as principais entre o Norte e o Sul. 
 
Dentre elas, podemos citar 
a) o Norte foi caracterizado por receber um grande fluxo de imigrantes ingleses, estimulados pelos 
cercamentos e pelas perseguições religiosas sofridas na Inglaterra, vieram para colônia e 
montaram grandes fazendas de açúcar, tabaco e algodão, voltadas à exportação para a Europa. 
b) as colônias do sul eram voltadas à exploração, possuíam um sistema de produção baseado no 
plantation, portanto, com trabalho escravo, monocultura e exportação 
c) o Sul abrigou colônias de povoamento, onde a pequena propriedade para subsistência e o trabalho 
livre foram predominantes. 
d) a coroa inglesa se manteve presente nas Treze colônias, cobrando impostos e fundando a 
Companhia Geral do Comércio, órgão cuja competência era fiscalizar e manter o monopólio inglês 
sobre os produtos exportados pela colônia. 
e) as colônias ao norte foram conhecidas pela exploração de matéria-prima que abastecia as 
manufaturas inglesas, contudo, a partir das revoltas de escravos e o início do trabalho assalariado, 
o valor das transações aumenta muito, tornando inviável para a Inglaterra continuar ligada às 
colônias. 
 
 
 
 
 
6 
História 
 
6. (UFRGS 2017) 
“A escravidão no Novo Mundo e os tipos de comércio a que deu origem surgiram como uma 
consequência e um componente da “primeira globalização”, fase da história humana inaugurada pelas 
explorações marítimas, comerciais e coloniais de Portugal e Espanha, no final do século XV e no início 
do século XVI. 
BLACKBURN, R. Por que segunda escravidão? In: MARQUESE, R.; SALLES, R.(org). Escravidão e capitalismo histórico no 
século XIX.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. p. 32. 
 
O segmento faz referência à institucionalização da escravidão no Novo Mundo, pensada a partir de 
determinados processos socioeconômicos globais que influenciaram definitivamente a sua 
conformação moderna. Assinale a alternativa que indica esse fenômeno. 
a) A expansão de uma economia mercantil global centrada na Europa e em suas demandas por 
matérias-primas e produtos tropicais de alto valor. 
b) A dissolução das colônias europeias na Ásia e na África, ao longo dos séculos XV e XVI, e a busca 
por novos mercados para os produtos europeus nas Américas. 
c) A consolidação do feudalismo como um sistema socioeconômico global e a introdução da servidão 
feudal de forma generalizada em todas as colônias americanas. 
d) Os processos de independência na América Latina, após a abolição completa da escravidão nas 
colônias espanholas e portuguesas na região. 
e) A fragmentação da economia mercantil global em uma série de unidades isoladas, após o fracasso 
das explorações marítimas europeias durante os séculos XV e XV. 
 
7. (ENEM 2018) 
Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos 
conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma 
necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da 
violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para 
trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século 
XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos. 
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 
2013 (adaptado). 
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a) expressão do valor 
das festividades da população pobre. 
a) expressão do valor das festividades da população pobre. 
b) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado. 
c) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa. 
d) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano. 
e) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social. 
 
 
 
 
 
7 
História 
 
8. (FUVEST 2015) Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas de 
colonização ibérica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII, 
a) a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra 
principal foi assalariada. 
b) a liberdade foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola e da 
América portuguesa, enquantoa dos escravos africanos jamais o foi. 
c) a escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América espanhola, esteve 
mais generalizada na América portuguesa. 
d) não houve escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes dispunham de farta oferta de 
mão de obra indígena. 
e) o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em contrapartida, traficavam 
escravos indígenas para o Brasil. 
 
9. (ENEM 2017) 
 
A fotografia, datada de 1860, é um indício da cultura escravista no Brasil, ao expressar 
a) ambiguidade do trabalho doméstico exercido pela ama de leite, desenvolvendo uma relação de 
proximidade e subordinação em relação aos senhores. 
b) integração dos escravos aos valores das classes médias, cultivando a família como pilar da 
sociedade imperial. 
c) melhoria das condições de vida dos escravos observada pela roupa luxuosa, associando o trabalho 
doméstico a privilégios para os cativos. 
d) esfera da vida privada, centralizando a figura feminina para afirmar o trabalho da mulher na 
educação letrada dos infantes. 
e) distinção étnica entre senhores e escravos, demarcando a convivência entre estratos sociais como 
meio para superar a mestiçagem. 
 
 
 
 
8 
História 
 
10. (ENEM 2009) 
No tempo da independe ̂ncia do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam 
alusão à revolta escrava do Haiti: Marinheiros e caiados. Todos devem se acabar, Porque só pardos e 
pretos O país hão de habitar. 
AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907. 
O período da independe ̂ncia do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende 
a) dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre 
os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças. 
b) da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à opressão da Metrópole, como 
ocorreu na Noite das Garrafadas. 
c) do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua 
proteção contra as injustiças do sistema escravista. 
d) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque 
estes representavam a elite branca opressora. 
e) da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma 
república negra, a exemplo do Haiti. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
História 
 
Gabarito 
 
1. C 
O uso de sapatos indica um diferencial, uma vez que não era comum entre os escravizados, sendo assim 
a sua presença é um sinal de ascensão econômica dos negros retratados na figura. 
 
2. E 
O tráfico de escravos foi uma atividade extremamente lucrativa para os comerciantes portugueses, 
sendo este tipo de mão-de-obra a base da economia colonial. 
 
3. C 
Os “escravos de aluguel” exerciam diversos trabalhos a mando de seus senhores, como trabalhar para 
outro senhor em uma plantação ou prestar algum tipo de serviço a outrem. O dinheiro era revertido para 
o seu senhor independente da função, alguns escravizados conseguiam ganhar alguma parcela dessas 
vendas e muitos guardavam para comprar sua alforria. 
 
4. A 
A primeira forma de exploração empregada no território colonial foi o trabalho indígena, que a principio 
era feita em grande parte através do escambo (trocas). Contudo, muitos índios serão escravizados 
durante o período ou posteriormente, principalmente aqueles que não aceitaram a dominação 
portuguesa de forma pacífica. 
 
5. B 
A porção Sul dos Estados Unidos era voltada para a plantation, principalmente do algodão, e utilizava 
largamente a mão de obra escravizada de africanos. 
 
6. A 
A expansão marítima e a colonização marcaram o inicio do capitalismo comercial. A escravidão africana 
nas colônias americanas foi a forma de suprir as demandas de mão de obra para uma produção que 
visava abastecer a Europa em diversos setores. 
 
7. E 
As práticas religiosas eram utilizadas também como uma forma de acalmar e diminuir o sentimento de 
abandono e desamparo causados pela escravidão. 
 
8. C 
Apesar de pouco falar-se sobre a escravização negra na América espanhola, ela também foi utilizada 
como mão de obra em suas colônias, principalmente no Caribe. Já na América portuguesa a principal 
mão de obra foi a escravizada. 
 
9. A 
A pintura retrata a complexidade das relações dos escravos domésticos com a família dos senhores. Ao 
mesmo tempo que a relação era marcada pela violência, ela também poderia ser marcada por um caráter 
sentimental, principalmente entre as amas de leite e os filhos das sinhazinhas. 
 
10. A 
A concretização da independência haitiana em 1804 a partir de uma revolução escrava causou temor 
entre os países escravagistas e vai se tornar fonte de inspiração pros escravizados.

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