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História- crise no sistema colonial e ciclo de mineração

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11
A RESTAURAÇÃO 
(O FIM DA UNIÃO IBÉRICA)
Em 1640, a Espanha já era uma potência declinante. 
Enfrenta, nesse ano, revoltas na Catalunha e Andaluzia, 
ambas apoiadas pela França. Assim, fi cou facilitada a 
independência de Portugal.
O acirramento do colonialismo
O Estado português, porém, ressurge em péssimo 
estado fi nanceiro, tendo perdido várias colônias na África 
e na Ásia, com o problema holandês no Nordeste por 
resolver e, ainda, com uma forte decadência do preço do 
açúcar no mercado internacional devido ao surgimento 
das novas áreas de produção da cana na América. 
O endurecimento da situação colonial
Para que conseguisse mais fundos para estabilizar o 
Estado, cria-se a Companhia de Comércio do Brasil (1647-
1720) e a Cia de Comércio do Maranhão (1682-5) e o 
Conselho Ultramarino, órgão português responsável pelas 
colônias. Criaram-se, ainda, os juízes de fora, que seriam os 
presidentes das câmaras municipais e seriam nomeados 
pelo Rei em um ato de forte centralização.
AS REVOLTAS NATIVISTAS:
A Aclamação de Amador Bueno (1641)
Com a Restauração, os paulistas temiam que a nova dinastia 
lusa (Bragança) proibisse a captura de índios para serem 
vendidos como escravos. Diante disso, os paulistas aclamaram 
um fazendeiro da região, Amador Bueno, como “rei” de São 
Paulo. Essa capitania deixaria de ser parte do reino português 
para se integrar ao reino espanhol.
A Revolta de Beckman (1684)
Essa foi uma revolta contra a centralização e endurecimento 
do colonialismo a partir da Restauração. Reação à criação da 
Companhia de Comércio do Maranhão, que detinha o monopólio 
do comércio na capitania. Os revoltosos propunham o fi m do 
monopólio e atacaram a companhia e os jesuítas que proibiam a 
escravização dos índios. A revolta foi massacrada.
O Quilombo dos Palmares (1630-1694)
Revolta totalmente diferente da de Beckman. Foi a mais 
importante resistência escrava existente na colônia. Os escravos 
resistiam de várias formas, mas principalmente com fugas e 
formação de quilombos – comunidades de escravos fugidos. 
Palmares foi o maior quilombo existente na colônia, tamanho 
esse, devido à desorganização das plantagens nordestinas 
com a guerra contra os holandeses. Após várias expedições, o 
bandeirante Domingos Velho destrói o quilombo.
A Guerra dos Emboabas (1707-9)
Os paulistas descobriram as minas de ouro e foram 
seus primeiros exploradores, porém, logo chegaram vários 
portugueses que iam explorando o ouro e, principalmente, o 
lucrativo abastecimento da região. Dá-se, então, uma briga entre 
os pioneiros bandeirantes e os emboabas – os portugueses que 
chegaram depois, como eram chamados pelos paulistas. Os 
emboabas foram vitoriosos.
A Guerra dos Mascates (1709-11)
Esse foi um confl ito local, portanto, diferente dos outros 
dois, foi o confl ito entre os senhores de Olinda e Recife. Os 
comerciantes de Recife não queriam mais se sujeitar à Câmara 
de Olinda, o que leva ao confl ito. Em 1709, é criada a Câmara de 
Recife e, em 1711, as cidades são equiparadas, pondo-se um fi m 
ao confl ito.
Revolta de Felipe dos Santos (1721)
Várias são as formas feitas pela Coroa para arrecadar o 
quinto: a capitação e as Casas de Fundição são dois exemplos. No 
primeiro, havendo ou não a extração do ouro, os exploradores 
de ouro tinham que entregar uma cota específi ca aos fi scais. No 
segundo, instituído em 1725, todo o ouro deveria ser fundido 
nas casas de fundição, aonde se retiraria o quinto. As casas de 
fundição foram adotadas devido à revolta de Vila Rica, feita pelos 
mineradores contra o sistema de capitação.
QUESTÕES ORIENTADAS
QUESTÃO 01 
Esse quilombo [Quariterê, em 1769, próximo a Cuiabá], 
liderado pela Rainha Tereza, vivia não apenas de suas lavouras, 
mas da produção de algodão que servia para vestir os negros 
e, segundo alguns autores, até mesmo para funcionar como 
produto de troca com a região. Possuía ainda duas tendas de 
ferreiro para transformar os ferros utilizados contra os negros 
em instrumentos de trabalho. 
CAPÍTULO 1.6 CRISE DO SISTEMA COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO
HISTÓRIA
17 20 29 33 26 08
2
GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
2
HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO
Sua destruição foi festejada como ato de heroísmo, em 
Portugal. (...)
Jaime Pinsky, A escravidão no Brasil
A respeito dos quilombos, pode-se dizer que:
 
A. não representavam ameaça à ordem colonial, na medida em 
que não visavam pôr em questão o poder metropolitano. 
B. sua duração efêmera revela a pequena adesão dos escravos às 
tentativas de contestação violenta ao regime escravista. 
C. o combate violento à organização quilombola era uma 
prioridade, por esta representar a negação da estrutura social 
e produtiva escravista. 
D. mantinham relação permanentemente hostil com a população 
vizinha, constantemente ameaçada pelos raptos de mulheres 
brancas. 
E. sua organização interna priorizava os aspectos militares, o 
que acabava por inviabilizar a realização de outras atividades. 
QUESTÃO 02 
No início do século XVIII, a concorrência das Antilhas fez com 
que o preço do açúcar brasileiro caísse no mercado europeu. 
Os proprietários de engenho, em Pernambuco, para minimizar 
os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos junto aos 
comerciantes da Vila de Recife. Essa situação gerou um forte 
antagonismo entre estas partes, que se acirrou quando D. João V 
emancipou politicamente Recife, deixando esta de ser vinculada 
a Olinda. Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do 
recolhimento de impostos a favor de Olinda. O conflito que 
eclodiu em função do acima relatado foi a: 
A. Revolta de Beckman. 
B. Guerra dos Mascates. 
C. Guerra dos Emboabas. 
D. Insurreição Pernambucana. 
E. Conjuração dos Alfaiates. 
QUESTÃO 03 
“Folga nego,
Branco não vem cá!
Se vié
Pau há de levá!.”
Do Folclore alagoano. Citado porFreitas, Décio, op.cit., pág. 27.
O quilombo dos Palmares representou um dos mais importantes 
movimentos de resistência dos negros contra a escravidão no 
Brasil. No período colonial, o surgimento de inúmeros quilombos 
relaciona-se ao fato de que: 
A. a vivência nos quilombos significava a superação do 
tratamento hostil que recebiam no mundo escravo e a 
esperança de construção de uma sociedade baseada em 
relações sociais igualitárias. 
B. muitos negros, mesmo tendo um sentimento de gratidão para 
com os senhores, nutriam a esperança de construir uma real 
experiência de liberdade. 
C. os próprios senhores estimularam os agrupamentos de 
negros fugitivos, tendo em vista a construção de uma melhor 
interação social com a massa de escravos. 
D. o quilombo dos Palmares ao buscar obter vantagens materiais 
com as elites locais perdeu seu caráter combativo, o que levou 
a sua destruição. 
E. no interior do quilombo predominava uma estrutura de 
produção com base na propriedade privada da terra e dos 
instrumentos de trabalho, o que revelava a existência de uma 
sociedade de privilégios. 
QUESTÃO 04 
Em 1682, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Estado 
do Maranhão, com o objetivo de controlar os atritos entre 
fazendeiros e religiosos na disputa pelo trabalho indígena, mais 
barato que o africano, e incentivar a produção local... A companhia 
venderia aos habitantes do Maranhão produtos europeus, como 
azeite, vinho e tecidos, e deles compraria o que produzissem, 
como algodão, açúcar, madeira e as drogas do sertão, para 
comercializar na Europa. Também deveria fornecer à região 
quinhentos escravos por ano, uma fonte alternativa de mão de 
obra, diante da resistência jesuítica em permitir a escravidão de 
nativos. Os preços cobrados pela companhia, entretanto, eram 
abusivos, e ela não cumpria os acordos, como o fornecimento de 
escravos.
VICENTINO, Claudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Editora 
Scipione, SP, 2010 – p. 358.
O texto acima descreve uma situação que colaborou para o 
acontecimento de um conflito, no períodocolonial brasileiro 
ocorrido na segunda metade do século XVII, que ficou conhecido 
como: 
A. Revolta de Beckman. 
B. Guerra dos Mascates. 
C. Guerra dos Emboabas. 
D. Revolta de Felipe dos Santos. 
E. Revolta de Amador Bueno. 
QUESTÃO 05 
À medida que o século chegava ao fim, agravava-se a tensão 
entre os comerciantes portugueses residentes em Recife e os 
produtores luso-brasileiros. Esse atrito assumiu a forma de 
uma contenda municipal entre Recife e Olinda, ou seja, entre o 
credor urbano e o devedor rural. Olinda era a principal cidade 
de Pernambuco e sediava as principais instituições locais. Lá os 
senhores de engenho tinham suas casas. Por outro lado, o porto 
de Recife, a poucos quilômetros de distância era o principal local 
do embarque das exportações de açúcar da capitania. 
Adriana Lopez, Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação
A tensão mencionada no texto contribuiu para desencadear qual 
das rebeliões coloniais citadas abaixo: 
A. Aclamação de Amador Bueno da Ribeira. 
B. Revolta de Beckman. 
C. Guerra dos Mascates. 
D. Guerra dos Emboabas. 
E. Revolta de Felipe dos Santos. 
A MINERAÇÃO 
A descoberta e a imigração
A primeira descoberta de ouro em Minas Gerais se deu em 
1693, a exploração de fato começou em 1698. Os diamantes 
3
GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
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HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO
foram descobertos em 1728. Essas descobertas levam a uma 
grande imigração para a região, em um fl uxo total de 600 mil 
portugueses para a região durante 60 anos.
Os caminhos
O primeiro caminho que levava à região mineira partia de São 
Paulo e a viagem demorava 60 dias. Logo, foram construídos o 
Caminho Real e o Caminho Novo, este – de 1701 – era o mais 
importante. Partia do Rio de Janeiro e a viagem demorava 
‘apenas’ 12 dias.
O abastecimento
O Rio assume, assim, uma posição privilegiada com a 
mineração, já que é porta de entrada de escravos, imigrantes, 
artigos metropolitanos para as minas e porta de saída de 
ouro e diamantes. Será a principal região abastecedora de 
alimentos para Minas, abastecimento esse, que foi sempre muito 
problemático, já que os principais esforços dos mineradores 
eram pela exploração de ouro. O preço dos alimentos e artigos 
básicos era altíssimos e houve sérias crises de fome. A mineração 
leva a um dinamismo da economia colonial, com formação de um 
mercado interno e certa especialização e integração.
A sociedade mineira
A sociedade mineira tem certas inovações em relação à 
sociedade açucareira. É mais urbanizada, tem mais artistas, 
literatos e cultura em geral. Há, ainda, outras formas de 
diversidade na escravidão. O surgimento da fi gura do escravo 
de ganho, um número maior de alforrias – liberdade do escravo 
dada ou comprada.
A Fiscalização
A Coroa portuguesa cria um grande aparato burocrático 
para retirar o máximo de impostos da mineração e evitar o 
contrabando que, com toda a fi scalização, foi grande no período. 
20% de todo o ouro extraído deveria ser doado à Coroa, é o 
quinto. A exploração de diamantes tinha uma forma específi ca a 
partir de 1740. Desse período até 1771, foram explorados sob 
contrato régio e, em seguida, sob monopólio real.
A decadência da mineração e o ‘renascimento agrícola’
A produção de ouro é ascendente até 1750, passando a ser 
decadente a partir de então, levando a Coroa a tomar medidas 
extremas para manter a alta arrecadação. Com a decadência 
da mineração, a capitania de Minas se torna uma forte região 
agropecuária e dá-se o que é chamado de ‘renascimento agrícola’, 
em que os principais produtos de exportação do Brasil voltam a 
ser provindos da agricultura. 
Os jesuítas
Desde o princípio da década de 1550, a ordem dos 
jesuítas estará presente no Brasil. Essa ordem foi criada na 
Contrarreforma exatamente para fazer a expansão da fé católica 
no mundo. Eles serão os religiosos mais presentes no Brasil 
até a sua expulsão, em 1759. Possuem várias propriedades e 
utilizam largamente o trabalho compulsório indígena, inclusive 
estabelecendo as missões indígenas, em que catequizam e 
usam da força de trabalho dos ameríndios. Vão ser importantes, 
também, na educação da colônia, são eles que educam os fi lhos de 
senhores de engenho, comerciantes e outras pessoas poderosas 
na colônia. A educação, no período colonial, é restrita aos fi lhos 
desses grupos dominantes.
QUESTÕES ORIENTADAS
QUESTÃO 06 
Das minas e seus moradores bastava dizer que é habitada de 
gente intratável. A terra parece que evapora tumultos; a água 
exala motins; o ouro toca desaforos; destilam liberdades os ares; 
vomitam insolências as nuvens; infl uem desordens os astros; o 
clima é tumba da paz e berço da rebelião; a natureza anda inquieta 
consigo, e amotinada lá por dentro é como no inferno.
Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. Brasil: uma Biografi a.
O texto é parte do discurso histórico e político sobre a sublevação 
que nas minas houve no ano de 1720 e que o governador Pedro 
Miguel de Almeida e Portugal, o conde de Assumar, fez chegar às 
mãos das autoridades régias em Lisboa.
 
A respeito da sedição de Vila Rica, em 1720, é correto assinalar: 
A. os sediciosos planejavam forçar a coroa a suspender o 
estabelecimento das casas de fundição, onde se registrava o 
ouro em barras e se deduzia o quinto por arroba, o imposto 
devido ao rei; 
B. os sediciosos planejavam forçar a coroa a abolir a derrama, 
que determinava a cobrança de todos os impostos atrasados; 
C. os sediciosos rebelaram-se contra forasteiros que eram 
benefi ciados pela coroa com privilégios na exploração das 
jazidas auríferas; 
D. os projetos dos sediciosos eram o rompimento com Portugal, 
a adoção de um regime republicano é a criação de uma 
universidade em Vila Rica; 
E. a sublevação desafi ou a ação do marquês de Pombal que 
havia determinado o monopólio régio sobre a extração de 
diamantes. 
QUESTÃO 07 
Discutiu-se muito, no segundo semestre de 2015, no Brasil, a 
problemática do aumento dos impostos devido ao defi cit de 30 
milhões nas contas públicas. Nesse debate é possível visualizar 
recorrências a episódios da história política brasileira, conforme 
observamos na charge a seguir:
A charge faz menção: 
A. à Conjuração Baiana, evento que também fi cou conhecido 
como Rebelião dos Alfaiates, na qual os revoltosos, além de 
questionarem os altos impostos, buscaram fundar um governo 
monárquico no Brasil independente de Portugal. 
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GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
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HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO
B. à marca do pensamento católico no contexto do Brasil 
Colonial, que deu base ideológica para criminalizar e punir os 
políticos corruptos. 
C. à Revolução Pernambucana, que eclodiu devido ao aumento 
de impostos que foi decretado com a chegada da família real 
portuguesa ao Brasil em 1808. Esse movimento também foi 
marcado pela luta pelo fi m da escravidão. 
D. à Conjuração Mineira, revolta que ocorreu em Minas Gerais 
devido à derrama declarada pela Coroa Portuguesa e aos 
preços abusivos que eram cobrados pelas mercadorias 
importadas. 
E. à restrição da liberdade de imprensa, no contexto do século 
XIX, que difi cultou a emergência de movimentos contrários à 
excessiva cobrança de impostos pela Coroa Portuguesa. 
 
QUESTÃO 08 
Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, 
fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, 
povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar 
prosperidade econômica, organização política e administrativa, 
ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente 
da liberdade. (...) A literatura produzida nos fi ns do século XVIII 
refl ete, de modo geral, esse espírito, podendo- se apontar a obra 
de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.
COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. 
Ed. p.127 e p. 138)
É possível afi rmar que, no século a que o texto de Afrânio 
Coutinho se refere, a mineração, ao atuar como polo de atração 
econômica, 
A. foi responsável pela entrada no país de uma grande quantidade 
de produtos sofi sticados que incentivou a criação de uma 
estrutura para o desenvolvimento da indústria nacional. 
B. reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema 
colonial ao garantir aos comerciantes portugueses o comércio 
de importação e exportação e impedir a concorrência nacional. 
C. promoveu a descentralização administrativa colonial para 
facilitar o controle da produção pela metrópole e fez surgir o 
movimento de interiorização conhecido como bandeirismo de 
contrato. 
D. iniciou o processo de integração das várias regiões até então 
dispersas e desarticuladas e fez surgir um fenômeno antes 
desconhecido na colônia: a formação de um mercado interno. 
E. alterou qualitativamente o sistema social pois, ao estimular a 
entrada de imigrantes, promoveu a transformação dos antigos 
senhores de terras e minas em capitães de indústria brasileira. 
QUESTÃO 09 
O escultor Antonio Francisco Lisboa (c. 1730-1814), mais 
conhecido como Aleijadinho, é o autor das doze esculturas dos 
profetas bíblicos na cidade mineira de Congonhas do Campo.
Sobre o contexto histórico em que viveu Aleijadinho, é correto 
afi rmar que foi o período 
A. da colonização e do ciclo do ouro. 
B. da colonização e do ciclo do pau-brasil. 
C. do Primeiro Reinado e do ciclo do açúcar. 
D. do Segundo Reinado e do ciclo do café. 
E. da Regência Una e do ciclo da borracha. 
QUESTÃO 10 
Há caminhos e cidades brasileiras que nasceram a partir de 
rotas comerciais ou de exploração do território, que homens 
percorreram por rios, por terra e por mar, perfazendo longas 
distâncias de diversas formas, muitas vezes se aproveitando de 
caminhos já utilizados pelos povos indígenas.
Uma dessas rotas ligava, entre os séculos XVIII e XIX, Viamão, 
no atual Rio Grande do Sul, a Sorocaba, no atual estado de São 
Paulo, formando, ao longo do trajeto, povoados a partir dos 
pousos – locais de descanso.
Assinale a alternativa que corresponde corretamente aos 
agentes e ao movimento referido. 
A. Cavaleiros transportando mercadorias do Pantanal. 
B. Bandeirantes à procura de índios, ouro e pedras preciosas. 
C. Tropeiros, com mulas, cavalos e bois, transportando 
mercadorias. 
D. Viajantes em cavalos e mulas, para transportar ouro e pedras 
preciosas. 
E. Navegantes em pequenas embarcações, para explorar a costa 
do sul do Brasil.
QUESTÃO 11 
[...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade 
minerária, ela não poderia negligenciar outras atividades que 
garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto 
que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos 
necessários ao processo de colonização desenvolvidos na 
própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, 
era um meio de garantir a reprodução da estrutura social, além 
de permitir a redução dos custos com a manutenção da força de 
trabalho escrava.
Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no século XVIII”, 
in Resende, m.e.l. e VILLALTA, L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas 
setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do Tempo, 2007, p. 323.
Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto. 
A. Para o desenvolvimento das atividades de exploração das 
minas foi decisiva a permissão dada pela metrópole ao 
desenvolvimento técnico e industrial da região. 
B. Os caminhos entre as minas e Salvador, além de escoar a 
produção mineradora e permitir a entrada de escravos, 
fi caram marcados pelo aparecimento de importantes vilas e 
povoados. 
C. A produção agrícola na região das minas desenvolveu-se 
a ponto de se tornar um dos principais itens da pauta de 
produtos exportados no período colonial. 
D. Apesar do crescimento da agricultura e da pecuária, o mercado 
interno não se desenvolveu no Brasil colonial, cuja produção 
se manteve estritamente voltada ao mercado externo. 
E. As atividades agrícolas e a pecuária desenvolveram-se de 
certo modo integradas ao desenvolvimento da mineração e da 
urbanização da região mineradora. 
5
GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
5
HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO
O GOVERNO POMBALINO: 
As reformas pombalinas
Esse ministro se enquadra dentro do modelo de absolutismo 
ilustrado. Ele fez uma série de reformas em Portugal e na colônia, 
tentando tirar o atraso de Portugal na Europa. Foram reformas 
claramente centralizadoras e autoritárias, que benefi ciavam os 
grandes comerciantes portugueses.
Derrama (1750)
Com o primeiro sinal de decadência na arrecadação do quinto 
na região das minas, Pombal institui a derrama. Segundo esse 
mecanismo, a arrecadação anual do quinto nas minas deveria 
ser de100 arrobas de ouro – cada arroba equivale a algo como 
15kg e 100 arrobas a mais ou menos 1,5 tonelada. Caso não 
se chegasse a esse valor, o resto deveria ser cobrado de toda a 
população das Gerais.
Expulsão dos jesuítas (1759)
A ordem dos jesuítas foi expulsa para pôr fi m à poderosa 
infl uência e presença no contrabando por parte dessa ordem. A 
Coroa tomava, também, todas as terras deles.
Companhias de Comércio
As companhias monopolistas de comércio foram recriadas. 
Assim, criaram- se as Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão 
em 1755 e a Companhia Geral do comércio de Pernambuco e da 
Paraíba. Essas companhias aumentavam bastante os lucros dos 
comerciantes portugueses.
Capital no Rio de Janeiro (1763)
A capital da colônia passa de Salvador para o Rio de Janeiro, 
já que esta cidade era o centro que escoava a produção de Minas 
Gerais, além de controlar o tráfi co de escravos.
Medidas administrativas
Outras medidas foram: extinção das capitanias hereditárias, 
reunifi cação administrativa – a colônia era então dividida 
administrativamente em duas – e monopólio real dos diamantes.
QUESTÕES ORIENTADAS
QUESTÃO 12 
“Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e do Brasil 
pelo marquês de Pombal. Nas reformas pombalinas, a expulsão 
dos jesuítas foi capítulo dos mais dramáticos, ousados e radicais, 
demonstrando até que ponto se reafi rmava a soberania do 
Estado português na colônia.” 
Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez. História do Brasil: Uma interpretação
Os problemas em questão têm por origem o seguinte: 
A. Pombal acusava a Companhia de Jesus de formar um 
verdadeiro Estado dentro do Estado e resistir ao poder do rei; 
B. Pombal condenava o monopólio do comércio de escravos 
africanos pela Companhia de Jesus; 
C. Pombal se ressentiu da recusa por parte da Companhia de 
Jesus de participar da colonização do Estado do Grão-Pará e 
Maranhão; 
D. Pombal rompeu com os jesuítas após a Companhia de Jesus 
apresentar uma decidida condenação ao tráfi co negreiro 
praticado pelo governo português; 
E. Os jesuítas apoiavam as pretensões espanholas nas 
negociações dos tratados de limites ocorridos no século XVIII. 
QUESTÃO 13 
A expulsão da Companhia de Jesus de todos os territórios 
portugueses, em 1759, foi uma das medidas mais polêmicas 
tomadas por Pombal. Em geral, as justifi cativas para esse ato 
são a total incompatibilidade entre o controle das práticas 
pedagógicas adotadas pelos jesuítas e o projeto educacional 
iluminista pombalino. Todavia, é importante assinalar que tal 
expulsão também está relacionada: 
A. aos embates entre o Despotismo Esclarecido e as convicções 
dogmáticas da Igreja, que persistiram no governo de Pombal 
e de D. Maria I. 
B. à imposição do catolicismo como religião ofi cial da colônia, 
fruto da subordinação da coroa portuguesa às decisões do 
papa. 
C. ao controle do comércio de escravos africanos pelos jesuítas 
na região norte, impedindo lucros para a coroa portuguesa. 
D. à infl uência da burguesia huguenote na corte de D. José I,exigindo o direito de educar os fi lhos dos colonos, até então 
monopólio dos jesuítas. 
E. ao interesse em estabelecer o controle sobre as fronteiras 
da América portuguesa e sobre os recursos econômicos 
produzidos nessas regiões. 
REVOLTAS SEPARATISTAS 
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
Quadro de Pedro Américo – 1893
Causas
Declínio da mineração, imposição da Derrama, proibição de 
manufaturas, além dos fatores externos (citados acima);
Os Líderes
Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Silva Alvarenga, 
Alvarenga Peixoto e Tiradentes.
6
GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
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HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO
Objetivos
Proclamar uma República com capital em São João Del Rei, 
tornar o serviço militar obrigatório, criar indústrias têxteis e 
siderúrgicas, criar uma Universidade em Vila Rica, conceder 
pensões e terras às famílias mais pobres como estímulo ao 
crescimento da produção agrícola, extinguir os monopólios e 
adotar uma bandeira com o lema “Libertas quae sera tamen” 
(Liberdade ainda que tardia).
Veja que a abolição da escravidão não entrou no 
rol dos objetivos dos revolucionários, o que atesta seu 
caráter elitista.
A delação
Joaquim Silvério dos Reis, um dos integrantes da conspiração, 
resolveu denunciar o movimento em troca do perdão e anulação 
dos processos que pesavam contra ele. Além disso, o delator 
exigiu títulos de nobreza e uma pensão do governo português.
A devassa (investigação)
Diante da denúncia, o governador de Minas Gerais suspendeu 
a cobrança da Derrama e mandou prender os envolvidos para 
interrogação e apuração. Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro, 
onde tentava angariar apoio para a conspiração. Claudio Manuel 
da Costa “cometeu suicídio” na prisão em circunstâncias bem 
suspeitas. 
A sentença
De início todos os envolvidos negaram a conspiração, mas a 
maioria acusava o Tiradentes de ser o único culpado. Três anos 
depois, o Alferes assumiu toda a culpa, o que resultou em seu 
enforcamento e esquartejamento. Os demais foram condenados 
ao exílio na África.
Quem era esse tal Tiradentes?
Joaquim José da Silva Xavier era um militar com a patente de 
Alferes (subtenente), que também exercia a profissão de dentista, 
mesmo sem ter estudado para tal atividade. 
“O fato de ser alferes influiu para transformar-me em 
conspirador, levado a tanto que fui pelas injustiças que sofri, 
preterido sempre nas promoções a que tinha direito. Uni as 
minhas amarguras às do povo, que eram maiores, e foi assim 
que a ideia de libertação tomou conta de mim”
Após a Proclamação da República, o Tiradentes foi transformado 
em herói nacional, pois os militares que participaram do episódio 
necessitavam encontrar uma figura que, na História do Brasil 
tivesse morrido pela causa republicana. Daí também teria nascido 
a ideia de retratar o Tiradentes como semelhante a Jesus, que 
morreu na cruz por uma causa muito justa.
A CONJURAÇÃO CARIOCA (1794)
Rio de Janeiro
Intelectuais que frequentavam a Sociedade Literária Carioca 
foram acusados de planejar uma revolta separatista, inspirado 
pelas ideias iluministas e pela Revolução Francesa. Liderados por 
Manuel Inácio da Silva Alvarenga, Vicente Gomes e João Manso 
Pereira, os acusados admitiram que discutiram ideias libertárias, 
mas que não chegaram a planejar a revolta. Foram presos por 
dois anos, mas por falta de provas acabaram anistiados.
CONJURAÇÃO BAIANA OU REVOLTA DOS ALFAIATES (1798)
Os Heróis Negros
Causas
Declínio econômico do Nordeste, crise inflacionária, influência 
da fase mais radical da Revolução Francesa;
Os Líderes
Maçons (Cipriano Barata e Agostinho Gomes), soldados 
(Lucas Dantas e Luiz Gonzaga) e alfaiates (João de Deus e Manuel 
Faustino).
Objetivos
Proclamar a Independência, adotar uma República, Abolir a 
escravidão, decretar a abertura dos portos, reduzir impostos, fim 
do preconceito e aumento salarial.
“Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo 
feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos 
irmãos: o tempo em que todos seremos iguais.”
A divulgação
Em 12 de agosto de 1798, o movimento foi divulgado de forma 
precipitada pelo soldado Lucas Dantas, através de panfletos e 
frases escritas em muros e paredes de Salvador. O governador 
José de Portugal e Castro mandou apurar os fatos e a polícia 
acabou chegando aos envolvidos.
A sentença
Os membros da elite que tiveram alguma participação 
negaram seu envolvimento, mas como a “corda sempre arrebenta 
do lado mais fraco”, a punição recaiu de forma severa sobre os 
mais pobres. Os soldados e alfaiates acabaram enforcados em 
praça pública. Alguns envolvidos receberam chibatadas e foram 
exilados na África ou expulsos da Bahia.
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GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA
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HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO
Você sabia que a Conjuração Baiana é também 
conhecida como a Revolta dos Búzios ou das Argolinhas? 
Pois é, muitos dos envolvidos usavam uma pulseira 
com conchas ou argolas nas orelhas como forma de 
identifi cação como participante na conspiração. Outra 
coisa, em 2011, a Presidente Dilma Rousseff incluiu os 
nomes dos quatro heróis negros no Livro dos Heróis da 
Pátria, conhecido como Livro de Aço, situado na Praça da 
Liberdade em Brasilia.
QUESTÕES ORIENTADAS
QUESTÃO 14 
“A Inconfi dência Mineira (1789) e a Inconfi dência Baiana (1798), 
têm em comum o fato de serem reprimidas pela Coroa Portuguesa 
ainda na fase de preparativos e o desejo de autonomia de seus 
participantes, pois consideravam-se prejudicados e excluídos dos 
benefícios pelos quais acreditavam ter direito de usufruir em sua 
plenitude. Apesar de algumas opiniões contraditórias, percebe-
se que o diferencial entre as duas conjurações é o fato de que a 
Conjuração Mineira teve um caráter elitista em sua organização 
e execução até o fi m, enquanto a Conjuração Baiana, ao adquirir 
contornos mais radicais e populares, causou o afastamento dos 
líderes intelectuais da elite local que organizaram inicialmente o 
movimento, fazendo com que mulatos, escravos, brancos pobres 
e negros libertos se transformassem nos cabeças do levante.”
Disponível em: http://historiasylvio.blogspot.com.br/2013/inconfi dencia-mineira-x-
inconfi denciabaiana. Acesso em: 02/09/2016.
Fazendo um paralelo entre os movimentos revolucionários, a 
Inconfi dência Mineira e a Conjuração Baiana, podemos afi rmar que:
A. Enquanto os participantes da Inconfi dência Mineira, em geral 
buscaram como modelo político a república organizada nos 
Estados Unidos, na Conjuração Baiana foi clara a inspiração 
na Revolução Francesa. 
B. A existência da imprensa livre no século XVIII no Brasil 
possibilitou a difusão dos ideais de liberdade e igualdade em 
Minas e nas outras as regiões do país, possibilitando o êxito 
dos revoltos. 
C. Na capitania das Minas Gerais, o consumo de livros era inferior, 
quando comparado a outras capitanias, o que difi cultou a 
discussão dos ideais emancipacionistas pelos setores médios 
urbanos. 
D. Na Inconfi dência Mineira, houve um amplo apoio das camadas 
populares, dando maior força ao movimento, enquanto a 
Conjuração Baiana fi cou restrita a intelectuais. 
E. Na conjuração baiana os envolvidos restringiram suas ações a 
reuniões secretas coordenadas pela loja maçônica Cavaleiros 
da Luz, sem nenhuma iniciativa de convocação pública para a 
luta. 
QUESTÃO 15 
A Inconfi dência Mineira representou potencialmente uma 
das maiores ameaças de subversão da ordem colonial. O fato 
de ter ocorrido na área das Minas, área na qual a permanente 
vigilância e repressão sobre a população eram as tarefas maiores 
das autoridades públicas, indica um alto grau de consciência da 
capacidade de libertação da dominação metropolitana.
Resende, Maria Eugênia Lage de. A Inconfi dência Mineira. São Paulo: Global, 1988.
De acordo com o texto acima assinale a assertiva correta. 
A. A opulência da produção mineradora alcançou o seu apogeuna segunda metade do século XVIII, aumentando a ganância 
da metrópole portuguesa, que acreditava que os mineiros 
estivessem sonegando impostos e passou a usar de violência 
na cobrança dos mesmos. 
B. O descontentamento dos colonos aumentava de acordo com 
o preço das mercadorias importadas, já que eram proibidas as 
manufaturas na Colônia. Além disso, os jornais que circulavam 
na região, alertavam a população sobre a corrupção nos altos 
cargos administrativos coloniais. 
C. Sofrendo violenta opressão, a classe dominante mineira 
conscientizou-se das contradições entre os seus interesses e 
os da metrópole. Infl uenciada pelo pensamento iluminista e 
na iminência da cobrança da derrama em Vila Rica, em 1789, 
preparou uma insurreição. 
D. Contando com adesão e apoio efetivo de diversas parcelas da 
população mineira, os insurgentes reivindicavam um governo 
republicano inspirado na ideias presentes na Constituição dos 
EUA, mas foram traídos por um dos participantes em troca do 
perdão de suas dívidas pessoais. 
E. Mesmo sem ter ocorrido de fato, a Inconfi dência Mineira, o 
apoio recebido da população revoltada e infl uenciada pelos 
ideais iluministas, demonstrou a maturidade do processo pela 
independência do país. Tal engajamento vai estar presente 
durante todas as lutas em prol da nossa emancipação. 
QUESTÃO 16 
Os ensaios sediciosos do fi nal do século XVIII anunciam a erosão 
de um modo de vida. A crise geral do Antigo Regime desdobra-se 
nas áreas periféricas do sistema atlântico – pois é essa a posição 
da América portuguesa –, apontando para a emergência de novas 
alternativas de ordenamento da vida social.
István Jancsó, “A Sedução da Liberdade”. In: Fernando Novais, História da Vida Privada 
no Brasil, v. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado.
A respeito das rebeliões contra o poder colonial português na 
América, no período mencionado no texto, é correto afi rmar que, 
A. em 1789 e 1798, diferentemente do que se dera com as 
revoltas anteriores, os sediciosos tinham o claro propósito de 
abolir o tráfi co transatlântico de escravos para o Brasil. 
B. da mesma forma que as contestações ocorridas no Maranhão 
em 1684, a sedição de 1798 teve por alvo o monopólio 
exercido pela companhia exclusiva de comércio que operava 
na Bahia. 
C. em 1789 e 1798, tal como ocorrera na Guerra dos Mascates, 
os sediciosos esperavam contar com o suporte da França 
revolucionária. 
D. tal como ocorrera na Guerra dos Emboabas, a sedição de 
1789 opôs os mineradores recém-chegados à capitania aos 
empresários há muito estabelecidos na região. 
E. em 1789 e 1798, seus líderes projetaram a possibilidade de 
rompimento defi nitivo das relações políticas com a metrópole, 
diferentemente do que ocorrera com as sedições anteriores.
QUESTÃO 17 
Manifesto dos Baianos, agosto de 1798
(...) considerando os muitos e repetidos latrocínios feitos com os 
títulos de imposturas, tributos e direitos que são cobrados por 
ordem da Rainha de Lisboa (...) e no que respeita à inutilidade da 
escravidão do mesmo Povo tão sagrado e digno de ser livre, com 
respeito à liberdade e qualidade ordena, manda e quer que para 
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HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO
o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para 
que seja exterminado para sempre o péssimo jugo da Europa.
KOSHIBA, Luiz e PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil, no contexto da história 
ocidental. São Paulo: Atual, 2003, p.157
Com base no manifesto pode-se afirmar que, para os conjurados 
baianos, 
A. os movimentos de rebeldia favoreciam a divulgação das ideias 
liberais europeias e denunciavam a exploração metropolitana 
das riquezas da colônia.
B. o rompimento com a metrópole não significava apenas a 
autonomia política, mas também a manutenção da estrutura 
econômica tradicional no país.
C. a independência não era apenas a ruptura dos laços coloniais, 
mas também a alteração da ordem social, a começar pela
abolição da escravatura.
D. a rebelião não era apenas uma manifestação contra a
metrópole, mas também uma forma de demonstrar o
amadurecimento da consciência colonial.
E. autonomia política era a melhor maneira de eliminar as 
desigualdades sociais e construir uma nação baseada nos
princípios do socialismo utópico.
QUESTÃO 18 
Tanto na Conjuração Mineira, quanto na Baiana, com graus e 
níveis diferenciados de envolvimento dos grupos mais pobres da 
população, estão presentes os seguintes aspectos do pensamento 
iluminista. 
João A. de Freitas Neto e Célio Ricardo Tasinafo. História Geral e do Brasil. SP. Editora Habra)
Assinale a alternativa que aponta aspectos desta influência 
iluminista: 
A. A Conjuração Baiana defendia o regime monárquico e não
teve a participação popular como o da Mineira, embora
adotasse as ideias liberais.
B. O movimento rebelde que teria sido deflagrado na Capitania 
de Minas Gerais em 1789 defendia o centralismo lusitano, 
porque sua principal preocupação era com a libertação dos
escravos.
C. As noções de que os governos deveriam existir para garantir
direitos naturais dos homens, como a liberdade e a ideia de
que a soberania residia no povo e não em monarca.
D. Compreendiam que as Leis deveriam expressar a vontade da
nobreza e do clero e não a dos escravos.
E. A experiência de independência dos Estados Unidos da
América em 1776 não influenciou as Conjurações Baiana e 
Mineira, apesar de ambas defenderem ideias liberais.
QUESTÃO 19 
(IFBA) “De uma perspectiva geral, podemos dizer que a 
conspiração baiana como que atou as pontas das duas vertentes 
subversivas do Brasil Colônia.”
RISÉRIO, Antonio. Em torno da Conspiração dos Búzio. In: DOMINGUES, Carlos 
Vasconcelos; LEMOS, Cícero Bathomarco; YGLESIAS, Edyala. (Orgs). Animai-vos, Povo 
Bahiense! A Conspiração dos Alfaiates. Salvador: Omar G. Editora, 1999, p. 53.
A ideia apresentada por Antonio Risério se sustenta 
historicamente no fato de que a Conjuração Baiana foi o 
movimento anticolonial brasileiro que:
A. aliou à luta emancipacionista reivindicações sociais, como a
questão escravista. 
B. inseriu o ideal de unidade territorial à luta pela independência 
da América Portuguesa. 
C. reduziu a luta libertária à defesa do livre comércio e da
autonomia administrativa. 
D. defendeu a independência do Brasil e a proclamação de uma
república de base oligárquica. 
E. apresentou caráter de luta nacionalista à medida que
representou o ideal de liberdade de todos os brasileiros. 
QUESTÃO 20 
(CFT-RJ) 
“Tiradentes é uma figura ímpar na história do Brasil. É um 
personagem que cresce na desgraça, quando já não pode ter 
nenhum peso revolucionário. É verdade que era indiscreto, 
algo irresponsável e de vida até certo ponto irregular, mas por 
ser o mais frágil entre os inconfidentes, essas “más qualidades” 
aparecem nele como se fossem piores do que a corrupção e a 
venalidade dos outros conspiradores, como Thomaz Antônio 
Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa ou Alvarenga Peixoto, 
homens de poder econômico.
No entanto, na desgraça, ganhou dignidade, enquanto a maioria 
dos seus companheiros perdeu. (...)
Começam então a erigir estátuas e a financiar a historiografia que 
mitifica o herói. O ápice dessa construção de um herói nasce no 
regime militar de 1964, com a lei 4.897, que o torna patrono da 
nação brasileira no decreto 58.168, que obriga que sua imagem 
tenha sempre a barba que lembra Jesus Cristo”.
CHIAVENATO, Júlio José. As várias faces da Inconfidência Mineira. São Paulo: Editora 
Contexto, 1989, pp. 82-83
É possível afirmar que a construção de Tiradentes como herói 
da nação brasileira no século XX, incluindo suaaparência 
e os discursos em torno dele, não se refere propriamente 
aosacontecimentos do século XVIII. 
Assinalea alternativa que caracterize o movimento 
daInconfidência Mineira de 1789: 
A. A Inconfidência Mineira era marcadamente antirrepublicana.
B. A Inconfidência Mineirateve como objetivo garantir os 
interesses da Elite de Minas Gerais daquele momento.
C. A Inconfidência Mineira defendia o fim imediato da escravidão.
D. A Inconfidência Mineira pretendia a independência de toda 
colônia portuguesa nas Américas.
GABARITO
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