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11 A RESTAURAÇÃO (O FIM DA UNIÃO IBÉRICA) Em 1640, a Espanha já era uma potência declinante. Enfrenta, nesse ano, revoltas na Catalunha e Andaluzia, ambas apoiadas pela França. Assim, fi cou facilitada a independência de Portugal. O acirramento do colonialismo O Estado português, porém, ressurge em péssimo estado fi nanceiro, tendo perdido várias colônias na África e na Ásia, com o problema holandês no Nordeste por resolver e, ainda, com uma forte decadência do preço do açúcar no mercado internacional devido ao surgimento das novas áreas de produção da cana na América. O endurecimento da situação colonial Para que conseguisse mais fundos para estabilizar o Estado, cria-se a Companhia de Comércio do Brasil (1647- 1720) e a Cia de Comércio do Maranhão (1682-5) e o Conselho Ultramarino, órgão português responsável pelas colônias. Criaram-se, ainda, os juízes de fora, que seriam os presidentes das câmaras municipais e seriam nomeados pelo Rei em um ato de forte centralização. AS REVOLTAS NATIVISTAS: A Aclamação de Amador Bueno (1641) Com a Restauração, os paulistas temiam que a nova dinastia lusa (Bragança) proibisse a captura de índios para serem vendidos como escravos. Diante disso, os paulistas aclamaram um fazendeiro da região, Amador Bueno, como “rei” de São Paulo. Essa capitania deixaria de ser parte do reino português para se integrar ao reino espanhol. A Revolta de Beckman (1684) Essa foi uma revolta contra a centralização e endurecimento do colonialismo a partir da Restauração. Reação à criação da Companhia de Comércio do Maranhão, que detinha o monopólio do comércio na capitania. Os revoltosos propunham o fi m do monopólio e atacaram a companhia e os jesuítas que proibiam a escravização dos índios. A revolta foi massacrada. O Quilombo dos Palmares (1630-1694) Revolta totalmente diferente da de Beckman. Foi a mais importante resistência escrava existente na colônia. Os escravos resistiam de várias formas, mas principalmente com fugas e formação de quilombos – comunidades de escravos fugidos. Palmares foi o maior quilombo existente na colônia, tamanho esse, devido à desorganização das plantagens nordestinas com a guerra contra os holandeses. Após várias expedições, o bandeirante Domingos Velho destrói o quilombo. A Guerra dos Emboabas (1707-9) Os paulistas descobriram as minas de ouro e foram seus primeiros exploradores, porém, logo chegaram vários portugueses que iam explorando o ouro e, principalmente, o lucrativo abastecimento da região. Dá-se, então, uma briga entre os pioneiros bandeirantes e os emboabas – os portugueses que chegaram depois, como eram chamados pelos paulistas. Os emboabas foram vitoriosos. A Guerra dos Mascates (1709-11) Esse foi um confl ito local, portanto, diferente dos outros dois, foi o confl ito entre os senhores de Olinda e Recife. Os comerciantes de Recife não queriam mais se sujeitar à Câmara de Olinda, o que leva ao confl ito. Em 1709, é criada a Câmara de Recife e, em 1711, as cidades são equiparadas, pondo-se um fi m ao confl ito. Revolta de Felipe dos Santos (1721) Várias são as formas feitas pela Coroa para arrecadar o quinto: a capitação e as Casas de Fundição são dois exemplos. No primeiro, havendo ou não a extração do ouro, os exploradores de ouro tinham que entregar uma cota específi ca aos fi scais. No segundo, instituído em 1725, todo o ouro deveria ser fundido nas casas de fundição, aonde se retiraria o quinto. As casas de fundição foram adotadas devido à revolta de Vila Rica, feita pelos mineradores contra o sistema de capitação. QUESTÕES ORIENTADAS QUESTÃO 01 Esse quilombo [Quariterê, em 1769, próximo a Cuiabá], liderado pela Rainha Tereza, vivia não apenas de suas lavouras, mas da produção de algodão que servia para vestir os negros e, segundo alguns autores, até mesmo para funcionar como produto de troca com a região. Possuía ainda duas tendas de ferreiro para transformar os ferros utilizados contra os negros em instrumentos de trabalho. CAPÍTULO 1.6 CRISE DO SISTEMA COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO HISTÓRIA 17 20 29 33 26 08 2 GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA 2 HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO Sua destruição foi festejada como ato de heroísmo, em Portugal. (...) Jaime Pinsky, A escravidão no Brasil A respeito dos quilombos, pode-se dizer que: A. não representavam ameaça à ordem colonial, na medida em que não visavam pôr em questão o poder metropolitano. B. sua duração efêmera revela a pequena adesão dos escravos às tentativas de contestação violenta ao regime escravista. C. o combate violento à organização quilombola era uma prioridade, por esta representar a negação da estrutura social e produtiva escravista. D. mantinham relação permanentemente hostil com a população vizinha, constantemente ameaçada pelos raptos de mulheres brancas. E. sua organização interna priorizava os aspectos militares, o que acabava por inviabilizar a realização de outras atividades. QUESTÃO 02 No início do século XVIII, a concorrência das Antilhas fez com que o preço do açúcar brasileiro caísse no mercado europeu. Os proprietários de engenho, em Pernambuco, para minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos junto aos comerciantes da Vila de Recife. Essa situação gerou um forte antagonismo entre estas partes, que se acirrou quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando esta de ser vinculada a Olinda. Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do recolhimento de impostos a favor de Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima relatado foi a: A. Revolta de Beckman. B. Guerra dos Mascates. C. Guerra dos Emboabas. D. Insurreição Pernambucana. E. Conjuração dos Alfaiates. QUESTÃO 03 “Folga nego, Branco não vem cá! Se vié Pau há de levá!.” Do Folclore alagoano. Citado porFreitas, Décio, op.cit., pág. 27. O quilombo dos Palmares representou um dos mais importantes movimentos de resistência dos negros contra a escravidão no Brasil. No período colonial, o surgimento de inúmeros quilombos relaciona-se ao fato de que: A. a vivência nos quilombos significava a superação do tratamento hostil que recebiam no mundo escravo e a esperança de construção de uma sociedade baseada em relações sociais igualitárias. B. muitos negros, mesmo tendo um sentimento de gratidão para com os senhores, nutriam a esperança de construir uma real experiência de liberdade. C. os próprios senhores estimularam os agrupamentos de negros fugitivos, tendo em vista a construção de uma melhor interação social com a massa de escravos. D. o quilombo dos Palmares ao buscar obter vantagens materiais com as elites locais perdeu seu caráter combativo, o que levou a sua destruição. E. no interior do quilombo predominava uma estrutura de produção com base na propriedade privada da terra e dos instrumentos de trabalho, o que revelava a existência de uma sociedade de privilégios. QUESTÃO 04 Em 1682, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão, com o objetivo de controlar os atritos entre fazendeiros e religiosos na disputa pelo trabalho indígena, mais barato que o africano, e incentivar a produção local... A companhia venderia aos habitantes do Maranhão produtos europeus, como azeite, vinho e tecidos, e deles compraria o que produzissem, como algodão, açúcar, madeira e as drogas do sertão, para comercializar na Europa. Também deveria fornecer à região quinhentos escravos por ano, uma fonte alternativa de mão de obra, diante da resistência jesuítica em permitir a escravidão de nativos. Os preços cobrados pela companhia, entretanto, eram abusivos, e ela não cumpria os acordos, como o fornecimento de escravos. VICENTINO, Claudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Editora Scipione, SP, 2010 – p. 358. O texto acima descreve uma situação que colaborou para o acontecimento de um conflito, no períodocolonial brasileiro ocorrido na segunda metade do século XVII, que ficou conhecido como: A. Revolta de Beckman. B. Guerra dos Mascates. C. Guerra dos Emboabas. D. Revolta de Felipe dos Santos. E. Revolta de Amador Bueno. QUESTÃO 05 À medida que o século chegava ao fim, agravava-se a tensão entre os comerciantes portugueses residentes em Recife e os produtores luso-brasileiros. Esse atrito assumiu a forma de uma contenda municipal entre Recife e Olinda, ou seja, entre o credor urbano e o devedor rural. Olinda era a principal cidade de Pernambuco e sediava as principais instituições locais. Lá os senhores de engenho tinham suas casas. Por outro lado, o porto de Recife, a poucos quilômetros de distância era o principal local do embarque das exportações de açúcar da capitania. Adriana Lopez, Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação A tensão mencionada no texto contribuiu para desencadear qual das rebeliões coloniais citadas abaixo: A. Aclamação de Amador Bueno da Ribeira. B. Revolta de Beckman. C. Guerra dos Mascates. D. Guerra dos Emboabas. E. Revolta de Felipe dos Santos. A MINERAÇÃO A descoberta e a imigração A primeira descoberta de ouro em Minas Gerais se deu em 1693, a exploração de fato começou em 1698. Os diamantes 3 GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA 3 HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO foram descobertos em 1728. Essas descobertas levam a uma grande imigração para a região, em um fl uxo total de 600 mil portugueses para a região durante 60 anos. Os caminhos O primeiro caminho que levava à região mineira partia de São Paulo e a viagem demorava 60 dias. Logo, foram construídos o Caminho Real e o Caminho Novo, este – de 1701 – era o mais importante. Partia do Rio de Janeiro e a viagem demorava ‘apenas’ 12 dias. O abastecimento O Rio assume, assim, uma posição privilegiada com a mineração, já que é porta de entrada de escravos, imigrantes, artigos metropolitanos para as minas e porta de saída de ouro e diamantes. Será a principal região abastecedora de alimentos para Minas, abastecimento esse, que foi sempre muito problemático, já que os principais esforços dos mineradores eram pela exploração de ouro. O preço dos alimentos e artigos básicos era altíssimos e houve sérias crises de fome. A mineração leva a um dinamismo da economia colonial, com formação de um mercado interno e certa especialização e integração. A sociedade mineira A sociedade mineira tem certas inovações em relação à sociedade açucareira. É mais urbanizada, tem mais artistas, literatos e cultura em geral. Há, ainda, outras formas de diversidade na escravidão. O surgimento da fi gura do escravo de ganho, um número maior de alforrias – liberdade do escravo dada ou comprada. A Fiscalização A Coroa portuguesa cria um grande aparato burocrático para retirar o máximo de impostos da mineração e evitar o contrabando que, com toda a fi scalização, foi grande no período. 20% de todo o ouro extraído deveria ser doado à Coroa, é o quinto. A exploração de diamantes tinha uma forma específi ca a partir de 1740. Desse período até 1771, foram explorados sob contrato régio e, em seguida, sob monopólio real. A decadência da mineração e o ‘renascimento agrícola’ A produção de ouro é ascendente até 1750, passando a ser decadente a partir de então, levando a Coroa a tomar medidas extremas para manter a alta arrecadação. Com a decadência da mineração, a capitania de Minas se torna uma forte região agropecuária e dá-se o que é chamado de ‘renascimento agrícola’, em que os principais produtos de exportação do Brasil voltam a ser provindos da agricultura. Os jesuítas Desde o princípio da década de 1550, a ordem dos jesuítas estará presente no Brasil. Essa ordem foi criada na Contrarreforma exatamente para fazer a expansão da fé católica no mundo. Eles serão os religiosos mais presentes no Brasil até a sua expulsão, em 1759. Possuem várias propriedades e utilizam largamente o trabalho compulsório indígena, inclusive estabelecendo as missões indígenas, em que catequizam e usam da força de trabalho dos ameríndios. Vão ser importantes, também, na educação da colônia, são eles que educam os fi lhos de senhores de engenho, comerciantes e outras pessoas poderosas na colônia. A educação, no período colonial, é restrita aos fi lhos desses grupos dominantes. QUESTÕES ORIENTADAS QUESTÃO 06 Das minas e seus moradores bastava dizer que é habitada de gente intratável. A terra parece que evapora tumultos; a água exala motins; o ouro toca desaforos; destilam liberdades os ares; vomitam insolências as nuvens; infl uem desordens os astros; o clima é tumba da paz e berço da rebelião; a natureza anda inquieta consigo, e amotinada lá por dentro é como no inferno. Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. Brasil: uma Biografi a. O texto é parte do discurso histórico e político sobre a sublevação que nas minas houve no ano de 1720 e que o governador Pedro Miguel de Almeida e Portugal, o conde de Assumar, fez chegar às mãos das autoridades régias em Lisboa. A respeito da sedição de Vila Rica, em 1720, é correto assinalar: A. os sediciosos planejavam forçar a coroa a suspender o estabelecimento das casas de fundição, onde se registrava o ouro em barras e se deduzia o quinto por arroba, o imposto devido ao rei; B. os sediciosos planejavam forçar a coroa a abolir a derrama, que determinava a cobrança de todos os impostos atrasados; C. os sediciosos rebelaram-se contra forasteiros que eram benefi ciados pela coroa com privilégios na exploração das jazidas auríferas; D. os projetos dos sediciosos eram o rompimento com Portugal, a adoção de um regime republicano é a criação de uma universidade em Vila Rica; E. a sublevação desafi ou a ação do marquês de Pombal que havia determinado o monopólio régio sobre a extração de diamantes. QUESTÃO 07 Discutiu-se muito, no segundo semestre de 2015, no Brasil, a problemática do aumento dos impostos devido ao defi cit de 30 milhões nas contas públicas. Nesse debate é possível visualizar recorrências a episódios da história política brasileira, conforme observamos na charge a seguir: A charge faz menção: A. à Conjuração Baiana, evento que também fi cou conhecido como Rebelião dos Alfaiates, na qual os revoltosos, além de questionarem os altos impostos, buscaram fundar um governo monárquico no Brasil independente de Portugal. 4 GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA 4 HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO B. à marca do pensamento católico no contexto do Brasil Colonial, que deu base ideológica para criminalizar e punir os políticos corruptos. C. à Revolução Pernambucana, que eclodiu devido ao aumento de impostos que foi decretado com a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808. Esse movimento também foi marcado pela luta pelo fi m da escravidão. D. à Conjuração Mineira, revolta que ocorreu em Minas Gerais devido à derrama declarada pela Coroa Portuguesa e aos preços abusivos que eram cobrados pelas mercadorias importadas. E. à restrição da liberdade de imprensa, no contexto do século XIX, que difi cultou a emergência de movimentos contrários à excessiva cobrança de impostos pela Coroa Portuguesa. QUESTÃO 08 Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fi ns do século XVIII refl ete, de modo geral, esse espírito, podendo- se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima. COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p.127 e p. 138) É possível afi rmar que, no século a que o texto de Afrânio Coutinho se refere, a mineração, ao atuar como polo de atração econômica, A. foi responsável pela entrada no país de uma grande quantidade de produtos sofi sticados que incentivou a criação de uma estrutura para o desenvolvimento da indústria nacional. B. reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema colonial ao garantir aos comerciantes portugueses o comércio de importação e exportação e impedir a concorrência nacional. C. promoveu a descentralização administrativa colonial para facilitar o controle da produção pela metrópole e fez surgir o movimento de interiorização conhecido como bandeirismo de contrato. D. iniciou o processo de integração das várias regiões até então dispersas e desarticuladas e fez surgir um fenômeno antes desconhecido na colônia: a formação de um mercado interno. E. alterou qualitativamente o sistema social pois, ao estimular a entrada de imigrantes, promoveu a transformação dos antigos senhores de terras e minas em capitães de indústria brasileira. QUESTÃO 09 O escultor Antonio Francisco Lisboa (c. 1730-1814), mais conhecido como Aleijadinho, é o autor das doze esculturas dos profetas bíblicos na cidade mineira de Congonhas do Campo. Sobre o contexto histórico em que viveu Aleijadinho, é correto afi rmar que foi o período A. da colonização e do ciclo do ouro. B. da colonização e do ciclo do pau-brasil. C. do Primeiro Reinado e do ciclo do açúcar. D. do Segundo Reinado e do ciclo do café. E. da Regência Una e do ciclo da borracha. QUESTÃO 10 Há caminhos e cidades brasileiras que nasceram a partir de rotas comerciais ou de exploração do território, que homens percorreram por rios, por terra e por mar, perfazendo longas distâncias de diversas formas, muitas vezes se aproveitando de caminhos já utilizados pelos povos indígenas. Uma dessas rotas ligava, entre os séculos XVIII e XIX, Viamão, no atual Rio Grande do Sul, a Sorocaba, no atual estado de São Paulo, formando, ao longo do trajeto, povoados a partir dos pousos – locais de descanso. Assinale a alternativa que corresponde corretamente aos agentes e ao movimento referido. A. Cavaleiros transportando mercadorias do Pantanal. B. Bandeirantes à procura de índios, ouro e pedras preciosas. C. Tropeiros, com mulas, cavalos e bois, transportando mercadorias. D. Viajantes em cavalos e mulas, para transportar ouro e pedras preciosas. E. Navegantes em pequenas embarcações, para explorar a costa do sul do Brasil. QUESTÃO 11 [...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia negligenciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo de colonização desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, era um meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a redução dos custos com a manutenção da força de trabalho escrava. Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no século XVIII”, in Resende, m.e.l. e VILLALTA, L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do Tempo, 2007, p. 323. Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto. A. Para o desenvolvimento das atividades de exploração das minas foi decisiva a permissão dada pela metrópole ao desenvolvimento técnico e industrial da região. B. Os caminhos entre as minas e Salvador, além de escoar a produção mineradora e permitir a entrada de escravos, fi caram marcados pelo aparecimento de importantes vilas e povoados. C. A produção agrícola na região das minas desenvolveu-se a ponto de se tornar um dos principais itens da pauta de produtos exportados no período colonial. D. Apesar do crescimento da agricultura e da pecuária, o mercado interno não se desenvolveu no Brasil colonial, cuja produção se manteve estritamente voltada ao mercado externo. E. As atividades agrícolas e a pecuária desenvolveram-se de certo modo integradas ao desenvolvimento da mineração e da urbanização da região mineradora. 5 GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA 5 HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO O GOVERNO POMBALINO: As reformas pombalinas Esse ministro se enquadra dentro do modelo de absolutismo ilustrado. Ele fez uma série de reformas em Portugal e na colônia, tentando tirar o atraso de Portugal na Europa. Foram reformas claramente centralizadoras e autoritárias, que benefi ciavam os grandes comerciantes portugueses. Derrama (1750) Com o primeiro sinal de decadência na arrecadação do quinto na região das minas, Pombal institui a derrama. Segundo esse mecanismo, a arrecadação anual do quinto nas minas deveria ser de100 arrobas de ouro – cada arroba equivale a algo como 15kg e 100 arrobas a mais ou menos 1,5 tonelada. Caso não se chegasse a esse valor, o resto deveria ser cobrado de toda a população das Gerais. Expulsão dos jesuítas (1759) A ordem dos jesuítas foi expulsa para pôr fi m à poderosa infl uência e presença no contrabando por parte dessa ordem. A Coroa tomava, também, todas as terras deles. Companhias de Comércio As companhias monopolistas de comércio foram recriadas. Assim, criaram- se as Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão em 1755 e a Companhia Geral do comércio de Pernambuco e da Paraíba. Essas companhias aumentavam bastante os lucros dos comerciantes portugueses. Capital no Rio de Janeiro (1763) A capital da colônia passa de Salvador para o Rio de Janeiro, já que esta cidade era o centro que escoava a produção de Minas Gerais, além de controlar o tráfi co de escravos. Medidas administrativas Outras medidas foram: extinção das capitanias hereditárias, reunifi cação administrativa – a colônia era então dividida administrativamente em duas – e monopólio real dos diamantes. QUESTÕES ORIENTADAS QUESTÃO 12 “Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e do Brasil pelo marquês de Pombal. Nas reformas pombalinas, a expulsão dos jesuítas foi capítulo dos mais dramáticos, ousados e radicais, demonstrando até que ponto se reafi rmava a soberania do Estado português na colônia.” Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez. História do Brasil: Uma interpretação Os problemas em questão têm por origem o seguinte: A. Pombal acusava a Companhia de Jesus de formar um verdadeiro Estado dentro do Estado e resistir ao poder do rei; B. Pombal condenava o monopólio do comércio de escravos africanos pela Companhia de Jesus; C. Pombal se ressentiu da recusa por parte da Companhia de Jesus de participar da colonização do Estado do Grão-Pará e Maranhão; D. Pombal rompeu com os jesuítas após a Companhia de Jesus apresentar uma decidida condenação ao tráfi co negreiro praticado pelo governo português; E. Os jesuítas apoiavam as pretensões espanholas nas negociações dos tratados de limites ocorridos no século XVIII. QUESTÃO 13 A expulsão da Companhia de Jesus de todos os territórios portugueses, em 1759, foi uma das medidas mais polêmicas tomadas por Pombal. Em geral, as justifi cativas para esse ato são a total incompatibilidade entre o controle das práticas pedagógicas adotadas pelos jesuítas e o projeto educacional iluminista pombalino. Todavia, é importante assinalar que tal expulsão também está relacionada: A. aos embates entre o Despotismo Esclarecido e as convicções dogmáticas da Igreja, que persistiram no governo de Pombal e de D. Maria I. B. à imposição do catolicismo como religião ofi cial da colônia, fruto da subordinação da coroa portuguesa às decisões do papa. C. ao controle do comércio de escravos africanos pelos jesuítas na região norte, impedindo lucros para a coroa portuguesa. D. à infl uência da burguesia huguenote na corte de D. José I,exigindo o direito de educar os fi lhos dos colonos, até então monopólio dos jesuítas. E. ao interesse em estabelecer o controle sobre as fronteiras da América portuguesa e sobre os recursos econômicos produzidos nessas regiões. REVOLTAS SEPARATISTAS INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789) Quadro de Pedro Américo – 1893 Causas Declínio da mineração, imposição da Derrama, proibição de manufaturas, além dos fatores externos (citados acima); Os Líderes Tomás A. Gonzaga, Cláudio M. da Costa, Silva Alvarenga, Alvarenga Peixoto e Tiradentes. 6 GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA 6 HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO Objetivos Proclamar uma República com capital em São João Del Rei, tornar o serviço militar obrigatório, criar indústrias têxteis e siderúrgicas, criar uma Universidade em Vila Rica, conceder pensões e terras às famílias mais pobres como estímulo ao crescimento da produção agrícola, extinguir os monopólios e adotar uma bandeira com o lema “Libertas quae sera tamen” (Liberdade ainda que tardia). Veja que a abolição da escravidão não entrou no rol dos objetivos dos revolucionários, o que atesta seu caráter elitista. A delação Joaquim Silvério dos Reis, um dos integrantes da conspiração, resolveu denunciar o movimento em troca do perdão e anulação dos processos que pesavam contra ele. Além disso, o delator exigiu títulos de nobreza e uma pensão do governo português. A devassa (investigação) Diante da denúncia, o governador de Minas Gerais suspendeu a cobrança da Derrama e mandou prender os envolvidos para interrogação e apuração. Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro, onde tentava angariar apoio para a conspiração. Claudio Manuel da Costa “cometeu suicídio” na prisão em circunstâncias bem suspeitas. A sentença De início todos os envolvidos negaram a conspiração, mas a maioria acusava o Tiradentes de ser o único culpado. Três anos depois, o Alferes assumiu toda a culpa, o que resultou em seu enforcamento e esquartejamento. Os demais foram condenados ao exílio na África. Quem era esse tal Tiradentes? Joaquim José da Silva Xavier era um militar com a patente de Alferes (subtenente), que também exercia a profissão de dentista, mesmo sem ter estudado para tal atividade. “O fato de ser alferes influiu para transformar-me em conspirador, levado a tanto que fui pelas injustiças que sofri, preterido sempre nas promoções a que tinha direito. Uni as minhas amarguras às do povo, que eram maiores, e foi assim que a ideia de libertação tomou conta de mim” Após a Proclamação da República, o Tiradentes foi transformado em herói nacional, pois os militares que participaram do episódio necessitavam encontrar uma figura que, na História do Brasil tivesse morrido pela causa republicana. Daí também teria nascido a ideia de retratar o Tiradentes como semelhante a Jesus, que morreu na cruz por uma causa muito justa. A CONJURAÇÃO CARIOCA (1794) Rio de Janeiro Intelectuais que frequentavam a Sociedade Literária Carioca foram acusados de planejar uma revolta separatista, inspirado pelas ideias iluministas e pela Revolução Francesa. Liderados por Manuel Inácio da Silva Alvarenga, Vicente Gomes e João Manso Pereira, os acusados admitiram que discutiram ideias libertárias, mas que não chegaram a planejar a revolta. Foram presos por dois anos, mas por falta de provas acabaram anistiados. CONJURAÇÃO BAIANA OU REVOLTA DOS ALFAIATES (1798) Os Heróis Negros Causas Declínio econômico do Nordeste, crise inflacionária, influência da fase mais radical da Revolução Francesa; Os Líderes Maçons (Cipriano Barata e Agostinho Gomes), soldados (Lucas Dantas e Luiz Gonzaga) e alfaiates (João de Deus e Manuel Faustino). Objetivos Proclamar a Independência, adotar uma República, Abolir a escravidão, decretar a abertura dos portos, reduzir impostos, fim do preconceito e aumento salarial. “Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais.” A divulgação Em 12 de agosto de 1798, o movimento foi divulgado de forma precipitada pelo soldado Lucas Dantas, através de panfletos e frases escritas em muros e paredes de Salvador. O governador José de Portugal e Castro mandou apurar os fatos e a polícia acabou chegando aos envolvidos. A sentença Os membros da elite que tiveram alguma participação negaram seu envolvimento, mas como a “corda sempre arrebenta do lado mais fraco”, a punição recaiu de forma severa sobre os mais pobres. Os soldados e alfaiates acabaram enforcados em praça pública. Alguns envolvidos receberam chibatadas e foram exilados na África ou expulsos da Bahia. 7 GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA 7 HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO Você sabia que a Conjuração Baiana é também conhecida como a Revolta dos Búzios ou das Argolinhas? Pois é, muitos dos envolvidos usavam uma pulseira com conchas ou argolas nas orelhas como forma de identifi cação como participante na conspiração. Outra coisa, em 2011, a Presidente Dilma Rousseff incluiu os nomes dos quatro heróis negros no Livro dos Heróis da Pátria, conhecido como Livro de Aço, situado na Praça da Liberdade em Brasilia. QUESTÕES ORIENTADAS QUESTÃO 14 “A Inconfi dência Mineira (1789) e a Inconfi dência Baiana (1798), têm em comum o fato de serem reprimidas pela Coroa Portuguesa ainda na fase de preparativos e o desejo de autonomia de seus participantes, pois consideravam-se prejudicados e excluídos dos benefícios pelos quais acreditavam ter direito de usufruir em sua plenitude. Apesar de algumas opiniões contraditórias, percebe- se que o diferencial entre as duas conjurações é o fato de que a Conjuração Mineira teve um caráter elitista em sua organização e execução até o fi m, enquanto a Conjuração Baiana, ao adquirir contornos mais radicais e populares, causou o afastamento dos líderes intelectuais da elite local que organizaram inicialmente o movimento, fazendo com que mulatos, escravos, brancos pobres e negros libertos se transformassem nos cabeças do levante.” Disponível em: http://historiasylvio.blogspot.com.br/2013/inconfi dencia-mineira-x- inconfi denciabaiana. Acesso em: 02/09/2016. Fazendo um paralelo entre os movimentos revolucionários, a Inconfi dência Mineira e a Conjuração Baiana, podemos afi rmar que: A. Enquanto os participantes da Inconfi dência Mineira, em geral buscaram como modelo político a república organizada nos Estados Unidos, na Conjuração Baiana foi clara a inspiração na Revolução Francesa. B. A existência da imprensa livre no século XVIII no Brasil possibilitou a difusão dos ideais de liberdade e igualdade em Minas e nas outras as regiões do país, possibilitando o êxito dos revoltos. C. Na capitania das Minas Gerais, o consumo de livros era inferior, quando comparado a outras capitanias, o que difi cultou a discussão dos ideais emancipacionistas pelos setores médios urbanos. D. Na Inconfi dência Mineira, houve um amplo apoio das camadas populares, dando maior força ao movimento, enquanto a Conjuração Baiana fi cou restrita a intelectuais. E. Na conjuração baiana os envolvidos restringiram suas ações a reuniões secretas coordenadas pela loja maçônica Cavaleiros da Luz, sem nenhuma iniciativa de convocação pública para a luta. QUESTÃO 15 A Inconfi dência Mineira representou potencialmente uma das maiores ameaças de subversão da ordem colonial. O fato de ter ocorrido na área das Minas, área na qual a permanente vigilância e repressão sobre a população eram as tarefas maiores das autoridades públicas, indica um alto grau de consciência da capacidade de libertação da dominação metropolitana. Resende, Maria Eugênia Lage de. A Inconfi dência Mineira. São Paulo: Global, 1988. De acordo com o texto acima assinale a assertiva correta. A. A opulência da produção mineradora alcançou o seu apogeuna segunda metade do século XVIII, aumentando a ganância da metrópole portuguesa, que acreditava que os mineiros estivessem sonegando impostos e passou a usar de violência na cobrança dos mesmos. B. O descontentamento dos colonos aumentava de acordo com o preço das mercadorias importadas, já que eram proibidas as manufaturas na Colônia. Além disso, os jornais que circulavam na região, alertavam a população sobre a corrupção nos altos cargos administrativos coloniais. C. Sofrendo violenta opressão, a classe dominante mineira conscientizou-se das contradições entre os seus interesses e os da metrópole. Infl uenciada pelo pensamento iluminista e na iminência da cobrança da derrama em Vila Rica, em 1789, preparou uma insurreição. D. Contando com adesão e apoio efetivo de diversas parcelas da população mineira, os insurgentes reivindicavam um governo republicano inspirado na ideias presentes na Constituição dos EUA, mas foram traídos por um dos participantes em troca do perdão de suas dívidas pessoais. E. Mesmo sem ter ocorrido de fato, a Inconfi dência Mineira, o apoio recebido da população revoltada e infl uenciada pelos ideais iluministas, demonstrou a maturidade do processo pela independência do país. Tal engajamento vai estar presente durante todas as lutas em prol da nossa emancipação. QUESTÃO 16 Os ensaios sediciosos do fi nal do século XVIII anunciam a erosão de um modo de vida. A crise geral do Antigo Regime desdobra-se nas áreas periféricas do sistema atlântico – pois é essa a posição da América portuguesa –, apontando para a emergência de novas alternativas de ordenamento da vida social. István Jancsó, “A Sedução da Liberdade”. In: Fernando Novais, História da Vida Privada no Brasil, v. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado. A respeito das rebeliões contra o poder colonial português na América, no período mencionado no texto, é correto afi rmar que, A. em 1789 e 1798, diferentemente do que se dera com as revoltas anteriores, os sediciosos tinham o claro propósito de abolir o tráfi co transatlântico de escravos para o Brasil. B. da mesma forma que as contestações ocorridas no Maranhão em 1684, a sedição de 1798 teve por alvo o monopólio exercido pela companhia exclusiva de comércio que operava na Bahia. C. em 1789 e 1798, tal como ocorrera na Guerra dos Mascates, os sediciosos esperavam contar com o suporte da França revolucionária. D. tal como ocorrera na Guerra dos Emboabas, a sedição de 1789 opôs os mineradores recém-chegados à capitania aos empresários há muito estabelecidos na região. E. em 1789 e 1798, seus líderes projetaram a possibilidade de rompimento defi nitivo das relações políticas com a metrópole, diferentemente do que ocorrera com as sedições anteriores. QUESTÃO 17 Manifesto dos Baianos, agosto de 1798 (...) considerando os muitos e repetidos latrocínios feitos com os títulos de imposturas, tributos e direitos que são cobrados por ordem da Rainha de Lisboa (...) e no que respeita à inutilidade da escravidão do mesmo Povo tão sagrado e digno de ser livre, com respeito à liberdade e qualidade ordena, manda e quer que para 8 GEOGRAFIA - MÓDULO - 3 - FÍSICA - 3.4 - CLIMA 8 HISTÓRIA - MÓDULO - 1 - COLÔNIA - 1.6 - CRISE COLONIAL E CICLO DA MINERAÇÃO o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para que seja exterminado para sempre o péssimo jugo da Europa. KOSHIBA, Luiz e PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil, no contexto da história ocidental. São Paulo: Atual, 2003, p.157 Com base no manifesto pode-se afirmar que, para os conjurados baianos, A. os movimentos de rebeldia favoreciam a divulgação das ideias liberais europeias e denunciavam a exploração metropolitana das riquezas da colônia. B. o rompimento com a metrópole não significava apenas a autonomia política, mas também a manutenção da estrutura econômica tradicional no país. C. a independência não era apenas a ruptura dos laços coloniais, mas também a alteração da ordem social, a começar pela abolição da escravatura. D. a rebelião não era apenas uma manifestação contra a metrópole, mas também uma forma de demonstrar o amadurecimento da consciência colonial. E. autonomia política era a melhor maneira de eliminar as desigualdades sociais e construir uma nação baseada nos princípios do socialismo utópico. QUESTÃO 18 Tanto na Conjuração Mineira, quanto na Baiana, com graus e níveis diferenciados de envolvimento dos grupos mais pobres da população, estão presentes os seguintes aspectos do pensamento iluminista. João A. de Freitas Neto e Célio Ricardo Tasinafo. História Geral e do Brasil. SP. Editora Habra) Assinale a alternativa que aponta aspectos desta influência iluminista: A. A Conjuração Baiana defendia o regime monárquico e não teve a participação popular como o da Mineira, embora adotasse as ideias liberais. B. O movimento rebelde que teria sido deflagrado na Capitania de Minas Gerais em 1789 defendia o centralismo lusitano, porque sua principal preocupação era com a libertação dos escravos. C. As noções de que os governos deveriam existir para garantir direitos naturais dos homens, como a liberdade e a ideia de que a soberania residia no povo e não em monarca. D. Compreendiam que as Leis deveriam expressar a vontade da nobreza e do clero e não a dos escravos. E. A experiência de independência dos Estados Unidos da América em 1776 não influenciou as Conjurações Baiana e Mineira, apesar de ambas defenderem ideias liberais. QUESTÃO 19 (IFBA) “De uma perspectiva geral, podemos dizer que a conspiração baiana como que atou as pontas das duas vertentes subversivas do Brasil Colônia.” RISÉRIO, Antonio. Em torno da Conspiração dos Búzio. In: DOMINGUES, Carlos Vasconcelos; LEMOS, Cícero Bathomarco; YGLESIAS, Edyala. (Orgs). Animai-vos, Povo Bahiense! A Conspiração dos Alfaiates. Salvador: Omar G. Editora, 1999, p. 53. A ideia apresentada por Antonio Risério se sustenta historicamente no fato de que a Conjuração Baiana foi o movimento anticolonial brasileiro que: A. aliou à luta emancipacionista reivindicações sociais, como a questão escravista. B. inseriu o ideal de unidade territorial à luta pela independência da América Portuguesa. C. reduziu a luta libertária à defesa do livre comércio e da autonomia administrativa. D. defendeu a independência do Brasil e a proclamação de uma república de base oligárquica. E. apresentou caráter de luta nacionalista à medida que representou o ideal de liberdade de todos os brasileiros. QUESTÃO 20 (CFT-RJ) “Tiradentes é uma figura ímpar na história do Brasil. É um personagem que cresce na desgraça, quando já não pode ter nenhum peso revolucionário. É verdade que era indiscreto, algo irresponsável e de vida até certo ponto irregular, mas por ser o mais frágil entre os inconfidentes, essas “más qualidades” aparecem nele como se fossem piores do que a corrupção e a venalidade dos outros conspiradores, como Thomaz Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa ou Alvarenga Peixoto, homens de poder econômico. No entanto, na desgraça, ganhou dignidade, enquanto a maioria dos seus companheiros perdeu. (...) Começam então a erigir estátuas e a financiar a historiografia que mitifica o herói. O ápice dessa construção de um herói nasce no regime militar de 1964, com a lei 4.897, que o torna patrono da nação brasileira no decreto 58.168, que obriga que sua imagem tenha sempre a barba que lembra Jesus Cristo”. CHIAVENATO, Júlio José. As várias faces da Inconfidência Mineira. São Paulo: Editora Contexto, 1989, pp. 82-83 É possível afirmar que a construção de Tiradentes como herói da nação brasileira no século XX, incluindo suaaparência e os discursos em torno dele, não se refere propriamente aosacontecimentos do século XVIII. Assinalea alternativa que caracterize o movimento daInconfidência Mineira de 1789: A. A Inconfidência Mineira era marcadamente antirrepublicana. B. A Inconfidência Mineirateve como objetivo garantir os interesses da Elite de Minas Gerais daquele momento. C. A Inconfidência Mineira defendia o fim imediato da escravidão. D. A Inconfidência Mineira pretendia a independência de toda colônia portuguesa nas Américas. GABARITO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 C A E E B D A C A D E C A A A A C C C B
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