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Perícia Forense - Química Forense / Aula 1 - Técnicas para realização de experimentos em um laboratório de química • Introdução Quando trabalhamos em um laboratório de química, temos contato com materiais potencialmente perigosos. Por isso, devemos respeitar as regras ou normas de utilização a fim de minimizar a probabilidade de ocorrências de acidentes e as suas consequências. Veremos nesta aula que são incontáveis os riscos de acidentes causados por exposição a agentes tóxicos e/ou corrosivos, queimaduras, lesões, incêndios e explosões, radiações e agentes biológicos patogênicos. • Objetivos Listar os principais reagentes utilizados em laboratório de química. Explicar a prevenção de acidentes em laboratório de química. • Créditos Jarcélen Ribeiro Redator Luciane Pery Designer Instrucional Thiago Lopes Web Designer Rostan Luiz Desenvolvedor • INTRO • OBJETIVOS • CRÉDITOS • IMPRIMIR Classificação dos Reagentes Químicos Vamos começar nosso estudo analisando a classificação dos reagentes químicos. Produtos Inflamáveis http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#0 javascript:window.print(); Entram em ignição quando em contato com oxigênio ou outros oxidantes através de uma reação química. Neste caso, podemos citar o éter que é extremamente inflamável. Quando trabalhamos com ele, não podemos ter nenhum tipo de chama por perto. Uma simples guimba de cigarro pode causar uma explosão devido à sua elevada tendência a inflamar. Produtos corrosivos Atacam as superfícies ocasionando a destruição dos materiais. Ao armazenarmos esses produtos, devemos ter muito cuidado, pois armazenar um ácido em uma superfície de ferro, por exemplo, ocasionará a corrosão completa da superfície metálica. Da mesma forma, se guardarmos uma base em um recipiente de vidro, teremos a corrosão da tampa pela reação do vidro com a base. Produtos tóxicos Quando absorvidos pelo organismo, causam distúrbios fisiológicos. Trabalhar em um laboratório de química exige muita atenção, muitas vezes trabalhamos com substâncias nocivas em concentrações bem pequenas. Como no caso do trabalho com análise de dioxinas, que são tóxicas já na concentração de nanogramas (10-9). Produtos oxidantes Capazes de fornecer oxigênio em reação química, pré-dispondo o risco de incêndio. Produtos irritantes Causam irritação primária nos tecidos expostos por contato, sem entretanto levá-los a mudanças irreversíveis. Produtos combustíveis Ao se combinar quimicamente com outra substância podem gerar uma reação exotérmica (calor). Essas reações liberam calor, esquentam e podem causar queimaduras, se forem feitas em recipientes que entram em contato com as mãos. Se a quantidade de reagentes também for muito alta, podem ocasionar a projeção de material. A reação do sódio na água é um exemplo de reação muito exotérmica. Situações de risco comuns em laboratório Veja as situações de risco mais comuns em um laboratório químico: Uso de substâncias tóxicas, corrosivas e inflamáveis. Trabalho sob pressão e temperaturas elevadas. Neste caso, devemos ter cuidado com vidrarias rachadas e vidrarias com saída de ar obstruídas, pois as reações químicas, normalmente, ocasionam liberação de gases e aumento ou diminuição de pressão pela formação de produtos. Assim, o sistema deve ter uma saída de ar para a liberação de gases e não devemos trabalhar com vidrarias rachadas, uma vez que podem causar acidentes. Uso de fogo. Devemos evitar trabalhar com chamas de bico de Bunsen, a preferência é por mantas de aquecimento. Normalmente, nos laboratórios de química, existem muitos solventes inflamáveis e, para não ter riscos de incêndios, devemos evitar a presença de chamas no laboratório. Uso de eletricidade. Devemos ter cuidado com os fios desencapados, qualquer fagulha elétrica é perigosa no laboratório devido ao grande número de solventes. Manuseamento do material de vidro. De forma alguma devemos usar vidrarias rachadas, a pressão e a liberação de calor podem causar acidentes graves. Indicações para trabalhar em um laboratório de química Ter sempre em mente que o laboratório é um local de trabalho sério e de risco potencial Brincadeiras no laboratório não são permitidas, isso pode causar sérios acidentes, pois trabalhamos com substâncias perigosas e inflamáveis, cancerígenas e que podem causar muitos outros problemas. Conservar as bancadas arrumadas e limpas, o chão limpo e seco Deixar restos de ácido ou base concentrada nas bancadas pode causar queimaduras e rasgos no vestuário. Por isso, devemos limpar as bancadas ao fim de todos os experimentos. Não obstruir os locais destinados à livre circulação As passagens dos laboratórios devem estar sempre livres, porque é um ambiente suscetível a acidentes. Logo, pode ser necessário retirar alguém com urgência do ambiente. Trabalhar em pé e sempre acompanhado de outras pessoas É importante trabalhar sempre acompanhado, pois podemos sofrer um acidente ou inalar alguma coisa que nos deixe sem sentidos. Portanto, uma segunda pessoa no ambiente é fundamental para salvar vidas. Usar óculos de proteção, luvas apropriadas e máscaras sempre que as situações assim o aconselhem Os óculos de proteção são obrigatórios para quem usa lentes de contato. Usar sempre jaleco, de preferência de algodão, não só para proteger a roupa mas, sobretudo, para proteger a pele Os jalecos devem ser de algodão porque esse material não gruda na pele se queimado. Os outros tecidos sintéticos derretem com o calor e grudam na pele, podendo causar uma lesão bem mais séria. Usar sempre calçado fechado Os sapatos fechados podem impedir um acidente, se algo cair no pé. Como, por exemplo, um frasco ou uma vidraria que se quebre, ou algum respingo de reagente que venha a cair no chão. Usar o cabelo comprido devidamente amarrado Os cabelos presos são fundamentais, pois, muitas vezes, trabalhamos com a chama de bico de Bunsen e, ao virar a cabeça, os cabelos compridos podem encostar na chama e queimar. Não usar anéis Deve ser evitado qualquer material estranho nas mãos das pessoas que realizam experimentos, porque eles podem absorver vapores e reagirem com eles. Antes de se manusear qualquer substância, deve-se ler atentamente o rótulo e tomar conhecimento dos riscos possíveis e cuidados a ter na sua utilização Não devemos trabalhar com nenhum produto que não conhecemos direito. Por isso, devemos ficar atentos a todo mal que o produto que estamos manuseando pode nos causar e conhecer os antídotos, para o caso de algum acidente. Proteger feridas expostas e evitar o manuseio dos aparelhos elétricos com as mãos úmidas Neste caso, há risco de choques. Usar pinças ou luvas apropriadas para manuseamento de material que foi aquecido O vidro não demonstra que está quente. Por isso, ao manusearmos vidrarias aquecidas devemos sempre utilizar pinças e luvas. Qualquer salpico de reagente na pele deve ser removido com água abundante e sabão Sempre usar água abundante, nada de usar outro reagente para limpar respingos de produtos químicos. Verificar sempre se não existem solventes inflamáveis na vizinhança antes de acender qualquer chama e reciprocamente Não utilizar solvente inflamável sem antes confirmar a inexistência de chamas nas proximidades. Em caso de incêndio, nunca colocar água sobre um solvente orgânico em chama É preciso apagar o fogo com a manta ou com um extintor. Não se esqueça de desligar sempre o quadro elétrico. Nunca pipetar com a boca Deve-se usar “peras”, macrocontroladores de pipetas etc. Nunca provar ou cheirar diretamente soluções ou produtos químicos Deve-se utilizar capela de proteção sempre que haja produção de gases ou vapores nocivos. Colocar as tampas ourolhas em todos os frascos e garrafas imediatamente após o seu uso Devemos ter muito cuidado com as tampas dos reagentes. Trocar as tampas pode contaminar um reagente por completo e estragar uma reação química. Nunca deixar um recipiente com um reagente sem rótulo ou com o rótulo danificado Substitua-os sempre que for necessário. Nunca utilizar um solvente orgânico para limpar um reagente químico que acidentalmente tenha caído na pele Isso pode aumentar a velocidade de absorção através da pele. Cuidados com fogo Quando o fogo irromper em um béquer ou balão de reação, basta tapar o frasco com uma rolha, toalha ou vidro de relógio, de modo a impedir a entrada de ar. No desespero de ver algo pegando fogo, a primeira coisa que se pensa é em jogar água, certo? Porém, em um laboratório NÃO se deve fazer isso. Devemos apenas impedir a entrada de oxigênio (tampando o recipiente), fazendo com que a chama se apague. Veja algumas técnicas para combater o fogo que atingiu a roupa de uma pessoa: • Levá-la para debaixo do chuveiro; • Há uma tendência da pessoa correr, aumentando a combustão, neste caso, deve derrubá-la e rolá-la no chão até o fogo ser exterminado. Contudo, o melhor é embrulhá-la rapidamente em um cobertor para este fim; • Pode-se também usar o extintor de CO2, se este for o meio mais rápido. Jamais use água para apagar o fogo em um laboratório. Use extintor de CO2 ou de pó químico; Fogo em sódio, potássio ou lítio. Use extintor de pó químico (não use o gás carbônico, CO2). Também pode-se usar os reagentes carbonato de sódio (Na2CO3) ou cloreto de sódio (NaCl - sal de cozinha). Youtube: “Reação metais da família 1A com água” Cuidados com ácidos Ácido sulfúrico Ácido clorídrico Ácido nítrico Derramado sobre o chão ou bancada pode ser rapidamente neutralizado com carbonato ou bicarbonato de sódio em pó. Derramado será neutralizado com amônia, que produz cloreto de amônio, em forma de névoa branca. Reage violentamente com álcool. Compostos tóxicos Grande número de compostos orgânicos e inorgânicos são tóxicos e precisam ser manipulados com cuidado, evitando a inalação ou contato direto. Muitos produtos que eram manipulados pelos químicos, sem receio, hoje são considerados nocivos à saúde e não há dúvidas de que a lista de produtos tóxicos deva aumentar. Veja a relação de alguns produtos tóxicos de uso comum em laboratório: Compostos altamente tóxicos São aqueles que podem provocar, rapidamente, graves lesões ou até mesmo a morte. • Compostos arsênicos; • Cianetos inorgânicos (Os cianetos podem matar em segundos. São inodoros e, ao serem inalados, se ligam à hemoglobina, causando a morte instantânea. Devemos ter muito cuidado ao trabalharmos com uma amostra desconhecida. A primeira coisa a se fazer é um teste qualitativo para cianetos); • Compostos de mercúrio; • Ácidos oxálico e seus sais; • Selênio e seus complexos; • Pentóxido de vanádio; • Monóxido de carbono (Também apresenta uma afinidade com a hemoglobina muito alta, que pode levar à asfixia instantânea. Ao trabalharmos com uma reação com este produto, devemos trabalhar em capela); • Cloro, Flúor, Bromo, Iodo. Líquidos tóxicos e irritantes aos olhos e ao sistema respiratório • Cloreto de acetila – Bromo; • Alquil e arilnitrilas – Bromometano; • Benzeno - Dissulfito de Carbono; • Brometo e cloreto de benzila - Sulfato de metila; • Ácido fluorbórico - Sulfato de dietila; • Cloridrina etilênica - Acroleina. Compostos potencialmente nocivos por exposição prolongada • Brometos e cloretos de alquila - Bromometano, bromofórmio, tetracloreto de carbono, diclorometano, iodometano; • Aminas alifáticas e aromáticas - anilinas substituídas ou não; • Dimetilamina, trietilamina, diisopropilamina; • Fenóis e composto aromáticos nitrados - fenóis substituídos ou não cresóis, catecol, resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno. Substâncias carcinogênicas Muitos composto causam tumores cancerosos no ser humano. É necessário ter todo o cuidado no manuseio desses compostos, evitando-se a todo custo a inalação de vapores e o contato com a pele. Devem ser manipulados exclusivamente em capelas e com uso de luvas protetoras. Entre os grupos de compostos comuns em laboratório temos: • Aminas aromáticas e seus derivados - anilinas N-substituídas ou não, naftilaminas, benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados; • Compostos N-nitroso, nitrosoaminas (R’-N(NO)-R) e nitrozoamidas; • Agentes alquilantes - diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila, propiolactona, óxido de etileno; • Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos - benzopireno, dibenzoantraceno (Estes compostos se depositam no corpo humano, na parte gordurosa, ao longo do tempo, e vão causando doenças, incluindo câncer); • Compostos que contém enxofre - tiocetamida, tioureia; • Benzeno - composto carcinogênico cuja concentração mínima tolerável é inferior àquela normalmente percebida pelo olfato humano (Se você sente cheiro de benzeno é porque a sua concentração no ambiente é superior ao mínimo tolerável. Evite usá-lo como solvente e, sempre que possível, substitua por outro solvente semelhante e menos tóxico, como o tolueno); • Amianto - a inalação por via respiratória pode conduzir a uma doença de pulmão, a asbesto, uma moléstia dos pulmões que aleija e eventualmente mata. Em estágios mais adiantados, geralmente se transforma em câncer dos pulmões. Manuseio de produtos tóxicos • Trabalhe somente na capela; • Evite contato com a pele; • Se trabalhar com cianeto, adicione H2O2 em excesso e depois hipoclorito de sódio; • Não jogue na pia sem o devido cuidado. Exemplos: • Ácido cianídrico; • Benzeno; • Fenol; • Piridina. Manuseio de produtos corrosivos Podem ocasionar queimaduras de alto grau. • Só manipule usando óculos de segurança e luvas de PVC; • Não jogue estes produtos concentrados na pia; • Faça a diluição sempre “ele nela” e posteriormente tente uma neutralização. Exemplos: • Ácido nítrico; • Ácido sulfúrico; • Ácido perclórico; • Hidróxido de sódio e de potássio; • Fenol. Manipulação de produtos especiais Peróxidos são os mais perigosos e possuem problemas de estabilidade. Cuidados na manipulação com peróxidos: • Não use espátula de metal; • Não retorne ao frasco original as sobras de peróxido; • Antes de descartar na pia dilua bastante; • Guardar as soluções de peróxido na geladeira para garantir maior durabilidade da solução. Exemplos: • Na2O2 e K2O2. Potencial de risco Em química, temos muitos procedimentos para proteger o usuário e evitar acidentes de laboratório. A variedade de riscos de acidentes em laboratório é muito grande porque temos a presença de substâncias letais, tóxicas, corrosivas, irritantes e inflamáveis. A ONU estabeleceu uma série de números que identificam e classificam os riscos. Codificação das Nações Unidas – Norma de Regulamentação de Transporte – Classe de Armazenagem Perigosa de 1-9 É usada para transporte de insumos químicos. Você pode ver os códigos numéricos afixados nos caminhões que fazem o transporte de gasolina ou produtos corrosivos, por exemplo. Os bombeiros usam esses códigos para escolher o procedimento em caso de acidentes envolvendo produtos químicos. Codificação da NFPA (Associação Nacional dos EUA para Proteção contra Incêndios) A simbologia proposta pela NFPA (NFPA 704-11) tem sido adotada para representar clara e diretamente os riscos envolvidos na manipulação de insumos químicos. O diamante colorido representa os riscos em termos de: • Inflamabilidade (vermelho); • Riscos à saúde (azul); • Reatividade (amarelo); • Informações especiais (branco). Os riscos são classificados de 0 a 4. Classificação dos Produtos Químicos - ONU CLASSE 1 – EXPLOSIVOS • Subclasse 1.1 - substâncias e artefatos com risco de explosão em massa; • Subclasse 1.2 – substâncias e artefatos com risco de projeção; • Subclasse 1.3 – substânciase artefatos com risco predominante de fogo; • Subclasse 1.4 – substâncias e artefatos que não apresentam risco; • Subclasse 1.5 – substâncias pouco sensíveis. CLASSE 2 • Gases comprimidos; • Liquefeitos; • Dissolvidos sob pressão; • Altamente refrigerados. Prevenção de acidentes em laboratório I) Equipamentos de Segurança • Extintores de incêndio; • Chuveiro de emergência; • Lavador de olhos; • Jalecos, guarda-pós; • Luvas; • Protetores faciais (máscaras contra gases, máscaras contra pó, máscara para utilização de solventes). II. Técnicas de laboratório Transferência de produtos • Nunca pipetar com a boca (nem água destilada); • Nunca retornar substância não usada para frasco original; • Cuidado especial com respingo (USAR EPI). Substância volátil • Trabalhar sob exaustão; • Se forem inflamáveis/explosivas, verificar fontes de ignição; • Fazer aquecimento com mantas em bom estado de conservação, com vapor ou banhos. Material de vidro • Evitar choque térmico (colocar frascos quentes sobre placas ou tela isolante); • Segurar o objeto de vidro com proteção nas mãos; • Verificar presença de trincas; • Limpar cuidadosamente peças de vidro quebradas, embalando-as adequadamente para descarte. Preparo de soluções • Nunca jogar água sobre ácido concentrado (reação violenta); • Adicionar lentamente ácido concentrado ou hidróxido em água; • Respeitar a sequência de adição de reagentes. Recomendações gerais de ordem pessoal Aplicação de chuveiro e lava-olhos para primeiros socorros de uma pessoa que tenha sido exposta a substâncias prejudiciais à saúde; Em determinadas ocasiões, o usuário deverá retirar as roupas atingidas tão logo quanto possível ao socorrer-se em um chuveiro de emergência; Não se deve ficar de bate-papo durante uma análise química em laboratório, pois pode prejudicar a qualidade da análise e ser prejudicial para sua saúde; É necessário usar calçados fechados e cabelos presos; Não se deve usar roupas de tecido sintético facilmente inflamável; Sempre que sinalizado, deve-se utilizar óculos de segurança; Não é permitido colocar materiais de laboratório dentro do armário de roupas; Não se deve levar as mãos à boca ou aos olhos quando produtos químicos estiverem sendo manuseados; É necessário lavar cuidadosamente as mãos com bastante água e sabão, antes de fazer qualquer refeição e ir ao banheiro; É proibido colocar alimentos nas bancadas, armários e geladeiras dos laboratórios; É importante trabalhar sempre com guarda-pó abotoado ou avental; É proibido se expor a radiações ultravioletas, infravermelhas ou de luminosidade muito intensa sem a proteção adequada (óculos com lentes filtrantes); Não é aconselhado usar a solução sulfocrômica para a lavagem de vidrarias. (Antigamente era muito comum fazer a lavagem de vidraria com esta solução, mas, na sua composição, há Cromo VI, que é comprovadamente cancerígeno e tóxico na espécie humana); Aconselha-se o uso da chamada “solução sulfonítrica”, preparada com os ácidos sulfúrico e nítrico na proporção de 1:3 ou 2:3, com os cuidados ao manipular uma solução corrosiva. (É necessário neutralizar a solução antes de jogar no ralo com água em abundância.); Se necessário, para fazer a limpeza, deve-se usar materiais e recursos adequados. (No caso de ácidos e bases fortes, o produto deve ser neutralizado antes de se proceder à sua limpeza. Em caso de dúvida sobre a toxidez ou cuidados especiais em relação ao produto derramado, consulte o técnico antes de efetuar a remoção.) Derramamento de líquidos inflamáveis, produtos tóxicos ou corrosivos Neste caso, tome as seguintes providências: • Interrompa o trabalho; • Advirta as pessoas próximas sobre o ocorrido; • Solicite ou providencie a limpeza imediata; • Alerte o técnico. Rotulagem A rotulagem contém as informações de risco na forma gráfica. Como estamos estudando, em um laboratório químico, um descuido pode custar a nossa vida. Por isso, existem linguagens gráficas em bom tamanho, que devemos conhecer a fim de evitarmos acidentes. São símbolos que permite que conheçamos o quanto perigoso é o material que estamos trabalhando. Veja as figuras que devem ser decoradas por todos que pretendem trabalhar em um laboratório de química: Inflamável Tóxico Corrosivo Oxidante Explosivo Nocivo e irritante Exercícios Questão 1: Quais são os cuidados mínimos que devemos tomar ao executar procedimentos em um laboratório de química? Corrigir Questão 2: Quais produtos químicos podemos despejar na pia? Corrigir Referências desta aula Próximos passos Explore + Referências desta aula http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula1.html#modal-explore • Manual de Segurança para o Laboratório de Química - IQ - UNICAMP CIPA/CPI , 1982. • Code of Safety Regulations - School of Chemical Sciences - UEA, 1996. • Manual de Prevenção de Acidentes em Laboratórios - Departamento de Química - UFSM, 1986. • Normas de Segurança da Merck (posters), 1997. • Segurança com produtos químicos Manual da Merck. • Safety Code of Practice, Chemistry Departaments University College London (1996). • Tabelas Auxiliares para Laboratório Químico; Reagentes Merck. • Manual de Conduta em laboratório de química e normas de segurança. • //www.portaldoconhecimento.gov.cv Próximos passos • Entorpecentes e Psicotrópicos (subárea da Química Forense); • Legislação pertinente; • Métodos de análise de entorpecentes; • Descrição de embalagens de material entorpecente; • Amostragem do material entorpecente. Explore + • Leia o Manual de Segurança em Laboratório Químico. Perícia Forense - Química Forense / Aula 2 - Química forense no estudo e efeito das drogas mais encontradas no Brasil • Introdução A Ciência Forense é a aplicação da Ciência na resolução de conflitos dentro de um contexto legal. Um dos maiores problemas para a segurança pública hoje em dia é conter o tráfico de drogas, e é difícil encontrarmos um crime em que o uso http://www.iqm.unicamp.br/sites/default/files/manual_de_seguran%C3%A7a_em_laboratorio_quimico.pdf de drogas não esteja envolvido. Diante disso, conhecer as drogas, suas identificações, apresentações e efeitos é um dos pontos mais importantes dentro da Química Forense. E é isso que faremos nesta aula. • Objetivos Identificar as principais drogas encontradas no Brasil. Explicar a importância da Portaria nº 344 (Regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial) . Descrever a Lei nº 11.343, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad). • Créditos Jarcélen Ribeiro Redator Luciane Pery Designer Instrucional Thiago Lopes Web Designer Rostan Luiz Desenvolvedor • INTRO • OBJETIVOS • CRÉDITOS • IMPRIMIR Drogas Ilícitas Drogas, entorpecentes, narcóticosou tóxicos são palavras diferentes para nomear com imprecisão diferentes substâncias de circulação proibida em nosso país e no mundo. http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#0 javascript:window.print(); Droga, segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, causando alterações em seu funcionamento. Uma droga não é por si só boa ou má. Existem substâncias que são usadas com a finalidade de produzir efeitos benéficos, como o tratamento de doenças, e são consideradas medicamentos. Porém, também há substâncias que provocam malefícios à saúde, os venenos ou tóxicos. É interessante que a mesma substância pode funcionar como medicamento em algumas situações e como tóxico em outras. A lista de substâncias na Classificação Internacional de Doenças, 10ª Revisão (CID-10), em seu capítulo V (Transtornos Mentais e de Comportamento), inclui: • Álcool; • Opioides (morfina, heroína, codeína, diversas substâncias sintéticas); • Canabinoides (maconha); • Sedativos ou hipnóticos (barbitúricos, benzodiazepínicos); • Cocaína; • Outros estimulantes (como anfetaminas e substâncias relacionadas à cafeína); • Alucinógenos; • Tabaco; • Solventes voláteis. Classificação das drogas Drogas lícitas São aquelas comercializadas de forma legal, podendo ou não estar submetidas a algum tipo de restrição. O álcool (que tem a venda proibida a menores de 18 anos) e alguns medicamentos que só podem ser adquiridos por meio de prescrição médica especial são exemplos lícitos. A compra de medicamento por prescrição médica pode ser feita de várias formas, pois existem medicamentos que necessitam de apresentação de receita médica e outros que podem ser comprados livremente. No Brasil, a venda de antibióticos foi por muitos anos totalmente liberada, não sendo necessária a apresentação de nenhuma receita. Hoje, os antibióticos só são vendidos com retenção da receita. Houve essa mudança porque o que se via em nosso país era o uso de antibióticos até para uma simples dor de cabeça e isso fez surgir bactérias super-resistentes aos medicamentos. Já os psicotrópicos são vendidos com retenção de receita especial, pois há uma numeração no receituário que o médico só consegue no Conselho Regional de Medicina. Outros medicamentos, também de ação cerebral, são vendidos com retenção de receita, mas são receitas brancas de duas vias. Drogas ilícitas São proibidas por lei. Com base nas modificações observáveis na atividade mental ou no comportamento da pessoa que utiliza a substância, as drogas podem ser de três tipos: Drogas depressoras da atividade mental Drogas estimulantes da atividade mental Drogas perturbadoras da atividade mental Drogas depressoras da atividade mental Veja o que essas drogas causam: Diminuição da atividade global ou de certos sistemas específicos do SNC. Diminuição da atividade motora, da reatividade à dor e da ansiedade. Efeito euforizante inicial e, posteriormente, aumento da sonolência. Vamos agora estudar os exemplos das drogas depressoras. Álcool Suas propriedades euforizantes e intoxicantes são conhecidas desde os tempos pré-históricos e, praticamente, todas as culturas têm ou tiveram alguma experiência com a sua utilização. É seguramente a droga psicotrópica de uso e abuso mais amplamente disseminada em grande número e diversidade de países na atualidade. O álcool induz a: • Tolerância - necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para se produzir o mesmo efeito desejado ou intoxicação; • Síndrome de abstinência - sintomas desagradáveis que ocorrem com a redução ou com a interrupção do consumo da substância. Barbitúricos Pertencem ao grupo de substâncias sintetizadas artificialmente, desde o começo do século XX, que possuem diversas propriedades em comum com o álcool e com outros tranquilizantes (benzodiazepínicos). Seu uso inicial foi dirigido ao tratamento da insônia, mas a dose para causar os efeitos terapêuticos desejáveis não está muito distante da dose tóxica ou letal. O sono produzido por essas drogas, assim como aquele provocado por todas as drogas indutoras de sono, é muito diferente do sono natural. Veja os efeitos de sua ação farmacológica: Diminuição da capacidade de raciocínio e concentração; Sensação de calma, relaxamento e sonolência; Reflexos mais lentos. Com doses um pouco maiores, a pessoa tem sintomas semelhantes à embriaguez, com lentidão nos movimentos, fala pastosa e dificuldade na marcha. Benzodiazepínicos Esse grupo de substâncias começou a ser usado na medicina durante os anos 1960 e possui similaridades importantes com os barbitúricos, em termos de ações farmacológicas. A vantagem é que oferecem maior margem de segurança, ou seja, a dose tóxica (aquela que produz efeitos prejudiciais à saúde) é, muitas vezes, maior do que a dose terapêutica (dose prescrita no tratamento médico). Atuam potencializando as ações do GABA (ácido gama-amino-butírico), principal neurotransmissor inibitório do SNC. Como consequência dessa ação, os benzodiazepínicos produzem: Diminuição da ansiedade; Indução do sono; Relaxamento muscular; Redução do estado de alerta. Essas drogas dificultam, ainda, os processos de aprendizagem e memória, e alteram, também, as funções motoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis e outras que exijam reflexos rápidos. As doses tóxicas dessas drogas são bastante altas, mas pode ocorrer intoxicação se houver uso concomitante de outros depressores da atividade mental, principalmente, álcool ou barbitúricos. Opioides Grupo que inclui drogas “naturais”, derivadas da papoula do oriente (Papaver somniferum), sintéticas e semissintéticas, obtidas a partir de modificações químicas em substâncias naturais. As drogas mais conhecidas desse grupo são a morfina, a heroína e a codeína, além de diversas substâncias totalmente sintetizadas em laboratório, como a metadona e meperidina. Sua ação decorre da capacidade de imitar o funcionamento de diversas substâncias naturalmente produzidas pelo organismo, como as endorfinas e as encefalinas. Normalmente, são drogas depressoras da atividade mental, mas possuem ações mais específicas, como de analgesia e de inibição do reflexo da tosse. Os opioides deprimem o centro respiratório, provocando desde respiração mais lenta e superficial até parada respiratória, perda da consciência e morte. Purple drank (bebida violenta) Coquetel utilizado na noite por adolescentes. É feito de codeína juntamente com um antialérgico, normalmente a prometazina (Fenergan). A codeína é um derivado da morfina e pode causar euforia. A mistura das duas substâncias é muito tóxica, podendo levar o adolescente a uma convulsão. A prometazina tem venda livre nas farmácias brasileiras. Já a codeína tem venda com retenção de receita, sendo necessários os dados do comprador e registro e comunicação de venda para a Anvisa. Causam os seguintes efeitos: Contração pupilar importante; Diminuição da motilidade do trato gastrointestinal; Efeito sedativo, que prejudica a capacidade de concentração; Torpor e sonolência; Capacidade de se mover: força motriz. Cogumelos “mágicos” Os cogumelos alucinógenos eram usados no México, Guatemala e Amazonas em rituais religiosos e por curandeiros. Há 3500 anos, os Maias utilizavam um fungo ao qual chamavam, na língua nahuátl, de teonanácatl (a “carne de deus”). São geralmente ingeridos crus, secos, cozidos ou em forma de chá (Shroon Brew), sendo que os mais consumidos são os do tipo Liberty Cad Mushroom. O químico suíço Albert Hofmann, que descobriu o LSD (que estudaremos adiante), foi também o primeiro a extrair psilocibinae psilocina dos cogumelos mágicos. A psilocibina, que é convertida em psilocina pelo organismo humano, é a responsável pelos efeitos alucinógenos da planta. LSD LSD significa Dietilamida do Ácido Lisérgico ou Lisergida. Trata-se de um produto sintético obtido a partir de alcaloides da cravagem de centeio (fungo Claviceps purpúrea que cresce parasitamente no centeio), também chamado de Ergot. LSD – identificação Fluorescência – azulada sob luz ultravioleta -Teste de Erlich – para grupos indólicos. Em presença de LSD, desenvolve-se uma coloração púrpura lentamente (15-30 minutos). O reagente deve ser preparado no momento do uso. O teste deve ser presuntivo e ensaios com padrões da substância por métodos cromatográficos são necessários. Alucinógenos O DMT (dimetiltriptamina), a mescalina, a psilocina e a psilocibina, encontram-se na Lista F2 (Lista das Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito) da Portaria nº 344/98. Existe também a bufotemina, alucinógeno encontrado na pele de alguns sapos do gênero Bufo, que possui propriedades alucinógenas muito parecidas com o DMT. A bufotenina pode ser encontrada na espécie Rhinella marina e Bufo alvarius. Os xamãs a consideram como uma substância enteogênica que manifesta o divino, o que dá ideia do grau de alucinação que ela pode causar. O DMT é a substância encontrada também no Santo Daime, extraído dos gêneros Acacia, Anadenanthera, Chrysantheum, Psychotria, Virola, Prestonia, Diploterys, Arundo, Phalaris. GHB O GHB (ácido gama-hidróxibutírico) encontra-se na Lista B1 (Lista das Substâncias Psicotrópicas) da Portaria nº 344/98 – SVS/MS. Seus efeitos são relaxamento e tesão. Classificado pela ANVISA como substância psicotrópica, na lista B1, sob o número 34, sendo utilizado apenas sob prescrição médica. Seu uso medicinal é para a cura do alcoolismo. Geralmente, se apresenta em forma líquida (também como sal sódico ou de potássio) de solução incolor, inodora e praticamente insípida. É ingerido misturado em água ou outras bebidas. Tem efeitos semelhantes aos do ecstasy (apesar deste ser um estimulante e o GHB um depressor do SNC), mas age mais rapidamente (de 10 a 30 minutos contra 30 a 90 minutos, no caso do ecstasy) e é mais potente. Devido a efeitos como amnésia e incoordenação motora, os usuários se tornam presas fáceis de assaltantes. Tem sido usado como “Boa noite Cinderela” devido ao efeito anestésico que paralisa mental e fisicamente a vítima. É usado também em casos de estupro. Cloreto de Etila: conhecido como Lança Perfume Lista B1 (Psicotrópicas) e D2 (para fabricação e síntese de entorpecentes/psicotrópicos). Portaria nº 344/98 – SVS/MS. O cloreto de etila é facilmente identificado pelo seu baixo ponto de ebulição, sendo o simples contato de um recipiente resfr iado contendo o líquido com a pele é suficiente para promover sua vaporização. Ponto de Ebulição: 13ºC. Menos denso do que a água. Cheirinho da loló Composto por tricloroetileno, clorofórmio, éter, tetracloreto de carbono, essência e bala. O nome cheirinho da loló se deve ao odor adocicado característico desses solventes organoclorados, que são facilmente identificados por serem bem voláteis. São incolores e mais densos do que a água. O tricloetileno foi recentemente adicionado à lista de outras substâncias sujeitas a controle especial – Lista C1. Lei nº 344/98 MS O uso de todas as substâncias classificadas como droga está descrito na portaria nº 344/98. Trata-se de uma Portaria Federal que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, isto é, controla o comércio e o uso de entorpecente ou psicotrópico ou outros sujeitos a controle especial. A Portaria 344, de 12 de maio de 1998 (MS), aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Lista A1 – Substâncias Entorpecentes: morfina, ópio, tebaína. Lista A2 – Substâncias Entorpecentes de uso permitido em concentrações especiais (100mg/unidade posológica ou 2,5% em preparações de formas indivisíveis): dextropropoxifeno, codeína, norcodeína. Lista A3 – Substâncias Psicotrópicas: anfetamina, fenciclidina, metanfetamina. Lista B1 – Substâncias Psicotrópicas: barbitúricos (barbital e derivados: alobarbital, secobarbital, pentobarbital), benzodiazepínicos (diazepam), GHB ácido gama-hidróxibutírico. Lista D1 – Precursores de entorpecentes e/ou psicotrópicos: Ácido lisérgico, safrol. Lista D2 – Insumos químicos utilizados para fabricação e síntese de entorpecentes e/ou psicotrópicos (sujeitos a controle pelo Ministério da Justiça): acetona, ácido clorídrico, anidrido acético, cloreto de etila, cloreto de metileno, clorofórmio, éteretílico, metiletilcetonas, permanganato de potássio, sulfato de sódio, tolueno. Lista E – Plantas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas: Cannabis sativa L. (THC’s), Claviceps paspali (fungo do esporão do centeio – LSD), Datura suaveolans (trombeteira), Erytroxylum coca (cocaína), Lophophora williamsii (mescalina), Papaver somniferum (papoula – ópio), Prestonia amazonica (DMT). Lista F1 – Substâncias de uso proscrito – Entorpecentes: cocaína, heroína. Lista F2 – Substâncias de uso proscrito – Psicotrópicos: DMT (dimetiltriptamina), MDMA (ecstasy), mescalina, psilocina e psilocibina, THC’s, zipeprol, mCPP. Lei nº 11.343 Essa lei, de 23 de agosto de 2006, institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) e prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas. Estabelece também normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes. Para fins dessa lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. Art. 2o. Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ri tualístico-religioso. Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas. Veja os principais pontos da Lei nº 11.343: • Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad); • Prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; • Estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; • Define crimes e dá outras providências; • Considera como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União; • Até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas, substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. Exercícios Questão 1: Como a Lei nº 11.343 define drogas? Corrigir Questão 2: Do que trata a Lei nº 344/98 SVS/MS? Corrigir Referências desta aula Próximos passos Explore + http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-referenciashttp://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula2.html#modal-explore Referências desta aula • BRASIL. Câmara Legislativa. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Disponível em: <//www.camara.gov.br/sileg/integras/790351.pdf>. Acesso em: 08 jan. 2018. • _____. ANVISA. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Disponível em: <//www.anvisa.gov.br/scriptsweb/anvisalegis/VisualizaDocumento.asp?ID=939&Versao=2>. Acesso em: 08 jan. 2018. • NICASTRI, Sérgio. Drogas: classificação e efeitos no organismo. Disponível em: <//www2.ufrb.edu.br/crr/material-didatico-ok/category/3-curso-de-atualizacao-em- atencao-integral-aos-usuarios-de-crack-e-outras-drogas-para-profissionais-atuantes-nos- hospitais-gerais?download=36:unidade-1-drogas-classificacao-e-efeitos-no-organismo>. Acesso em: 08 jan. 2018. • PINTO, Denise Bitencourt Rocha. Apostila de Análise de Materiais suspeitos de serem Entorpecentes ou Psicotrópicos. Perícia Criminal do Setor de Entorpecentes do SPQ/ICCE. • ROZENBAUM, H. S. Substâncias de Uso Abusivo. UNESA-ACADEPOL, 2002. • SABINO, Bruno. Apostila Drogas de Abuso. Pericia Criminal do Setor de Entorpecentes do SPQ/ICCE. Próximos passos • Entorpecentes e Psicotrópicos – subárea da Química Forense; • Métodos de análise de entorpecentes; • Drogas de abuso mais incomuns no Brasil; • Efeitos das drogas de abuso. Explore + • Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online, utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Perícia Forense - Química Forense / Aula 3 - Química forense no estudo e efeito das drogas de abuso http://www.camara.gov.br/sileg/integras/790351.pdf http://www.anvisa.gov.br/scriptsweb/anvisalegis/VisualizaDocumento.asp?ID=939&Versao=2 http://www2.ufrb.edu.br/crr/material-didatico-ok/category/3-curso-de-atualizacao-em-atencao-integral-aos-usuarios-de-crack-e-outras-drogas-para-profissionais-atuantes-nos-hospitais-gerais?download=36:unidade-1-drogas-classificacao-e-efeitos-no-organismo http://www2.ufrb.edu.br/crr/material-didatico-ok/category/3-curso-de-atualizacao-em-atencao-integral-aos-usuarios-de-crack-e-outras-drogas-para-profissionais-atuantes-nos-hospitais-gerais?download=36:unidade-1-drogas-classificacao-e-efeitos-no-organismo http://www2.ufrb.edu.br/crr/material-didatico-ok/category/3-curso-de-atualizacao-em-atencao-integral-aos-usuarios-de-crack-e-outras-drogas-para-profissionais-atuantes-nos-hospitais-gerais?download=36:unidade-1-drogas-classificacao-e-efeitos-no-organismo • Introdução Além das drogas mais conhecidas, como a maconha e a cocaína, veremos nesta aula que existem substâncias utilizadas como drogas de abuso que as pessoas nem se dão conta. É o caso de analgésicos, psicoativos, álcool, estimulantes psicomotores, agentes psicotomiméticos. Há para todos os gostos e bolsos. Algumas são usadas como entorpecentes mas não estão relacionadas na Portaria nº 344, como o “cheirinho da loló”. Outras são utilizadas pela classe média alta, como os cristais, cujo grama chega a custar R$120,00. • Objetivos Reconhecer e classificar as drogas de abuso. Diferenciar os tipos de dependência química. • Créditos Jarcélen Ribeiro Redator Luciane Pery Designer Instrucional Thiago Lopes Web Designer Rostan Luiz Desenvolvedor • INTRO • OBJETIVOS • CRÉDITOS • IMPRIMIR Entorpecentes e psicotrópicos Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética, que introduzida no organismo modifica suas funções. As anfetaminas utilizadas para emagrecimento e o tabaco (fumo comum) também são drogas. Porém, as anfetaminas têm controle especial e o tabaco é uma droga liberada. Já as drogas ilícitas são aquelas proibidas pela legislação e as drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas, como a cafeína (café), a nicotina (tabaco), o ópio (papoula) e o THC tetrahidrocanabiol (maconha). Além disso, há as drogas sintéticas, fabricadas em laboratório por meio de técnicas especiais, como, por exemplo, o Ecstasy. http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#0 javascript:window.print(); Ecstasy – 3,4-metilenodioximetanfetamina –MDMA Composto sintético com propriedades estimulantes e alucinógenas Diferenças entre entorpecentes e psicotrópicos Segundo a Portaria nº 344/98 – SVS/MS, psicotrópicos e entorpecentes são substâncias capazes de determinar dependência física e/ou psíquica. Veja as principais diferenças: Entorpecente • Causa torpor; • Reprime; • Entorpece; • Causa sensação de embriaguez. Psicotrópicas • Agem no Sistema Nervoso Central (SNC); • Produzem alterações de comportamento, humor e cognição; • Levam à dependência; • Psico vem de psique (mente) e trópico vem de tropismo (ação de aproximar); • Sua ação se dá no cérebro. Os psicotrópicos dividem-se em: • Psicoléticos (tranquilizantes); • Psicoanaléticos (estimulantes); • Psicodisléticos (alucinogênicos). Grupos de drogas psicotrópicas Com base na forma de atuação no SNC, surgiram classificações das drogas. A mais utilizada, por ser a mais simples, é a de Chaloult. Esse autor dividiu as drogas psicotrópicas em três grupos: • DROGAS DEPRESSORAS DA ATIVIDADE DO SNC • DROGAS ESTIMULANTES DA ATIVIDADE DO SNC • DROGAS PERTURBADORAS DA ATIVIDADE DO SNC Ficam fora dessa classificação os esteroides anabolizantes, geralmente utilizados para a reposição hormonal. O que é dependência? Dependência é um estado psíquico e algumas vezes físico, resultante da alteração entre um organismo vivo e uma droga. É caracterizado pelo comportamento e outras respostas que, muitas vezes, inclui a compulsão a tomar a droga, contínua ou periodicamente, com o objetivo de experimentar seus efeitos psíquicos e algumas vezes evitar o desconforto de sua ausência. O Sistema Nervoso Central compreende o encéfalo (cérebro, cerebelo, ponte e bulbo) e a medula raquidiana. Todos esses órgãos são envolvidos por tecidos nervosos compostos e formados pelos neurônios. Esses neurotransmissores são substâncias químicas responsáveis pela transmissão de sinais eletroquímicos entre os neurônios, podendo ser excitatórios e inibitórios. A informação nervosa contida nos neurotransmissores é captada pelo outro neurônio que a repassa da mesma forma ao neurônio seguinte, sendo que, após o repasse, os neurotransmissores expelidos são recaptados pelo neurônio que os liberou. Essas são as interconexões neuronais que permitem o funcionamento harmônico do SNC e é exatamente ai que atuam as drogas. Muitos fatores podem afetar o grau de dependência das drogas e contribuir para o abuso, como características da personalidade e comportamento de risco. A idade em que a droga é usada pela primeira vez, a experiência anterior com drogas, os efeitos previstos da experiência, o estado nutricional e fatores sociais também podem influenciar o risco de abuso e dependência. Mecanismos de tolerância e dependência Como estamos estudando, a dependência física é provocada por muitosmecanismos iguais aos que causam a tolerância. Na tolerância, os pontos de referência homeostáticos são alterados para compensar a presença da droga. Assim, se o uso da droga for interrompido, os pontos de referência alterados provocam efeitos inversos àqueles que ocorrem na presença da droga. A dependência psicológica ocorre sempre que uma droga afeta o sistema de recompensa encefálico. É um fenômeno mais complexo que pode ocorrer mesmo com drogas que não causam tolerância e dependência física. As sensações agradáveis produzidas causam o desejo de continuar usando a droga. Quando o uso é interrompido, as adaptações ocorridas no sistema de recompensa encefálico manifestam-se (disforia e fissura pela droga). Assim, tanto a dependência física quanto a dependência psicológica são causadas por alterações nos processos de homeostase, mas esses processos ocorrem em regiões diferentes do encéfalo. A dependência física é um fenômeno que geralmente está associado à tolerância e que costuma resultar de mecanismos semelhantes aos que provocam tolerância farmacodinâmica. É a necessidade da droga para manter o funcionamento normal. Na ausência da droga, revelam-se as adaptações que produziram a tolerância. A característica da dependência física é a manifestação de sintomas de abstinência na ausência da droga. Como na tolerância, a dependência pode resultar de alterações nas vias de sinalização celular. Inversamente, uma droga que reduza o número de receptores ou diminua a sensibilidade do receptor provoca dependência porque a interrupção causa a subestimulação dos receptores infrarregulados. Esses efeitos frequentemente são visíveis porque o receptor tem um agonista endógeno, de modo que a ativação do receptor é parte dos processos fisiológicos normais. Quando um sistema de mensageiro secundário é suprarregulado ou um receptor da superfície celular é infrarregulado, uma quantidade normal do agonista endógeno pode provocar uma resposta supranormal ou subnormal, respectivamente. A ingestão aguda de álcool, por exemplo, facilita a atividade inibitória do GABA em seus receptores, causando sedação. Ao longo do tempo, os receptores de GABA são infrarregulados, reduzindo o nível de inibição para neutralizar os efeitos sedativos do álcool. Caso haja interrupção súbita do uso de álcool, a diminuição da inibição GABAérgica provoca um estado de hiperatividade do Sistema Nervoso Central, que caracteriza a abstinência de álcool. Logo, a tolerância e a dependência física são provocadas por mecanismos semelhantes. No entanto, como é possível haver dependência sem tolerância e vice-versa, fica claro que nossa compreensão desses fenômenos é incompleta. A adicção pode coexistir com a tolerância e a dependência, mas a presença desta última não significa necessariamente adicção. Critérios diagnósticos da dependência de substâncias psicoativas Podemos identificar o grau de dependência de um indivíduo analisando o seu comportamento frente ao desejo de consumir a substância. Os graus de dependência são classificados em: • COMPULSÃO PARA O CONSUMO • AUMENTO DA TOLERÂNCIA • SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA • ALÍVIO OU EVITAÇÃO DA ABSTINÊNCIA PELO AUMENTO DO CONSUMO • RELEVÂNCIA DO CONSUMO • ESTREITAMENTO OU EMPOBRECIMENTO DE REPERTÓRIO • REINSTALAÇÃO DA SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA • DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS (ADICÇÃO) O que é considerado abuso? O termo abuso refere-se especificamente a substâncias não prescritas. Assim, o etanol e a cocaína, que não costumam ser prescritos, são considerados drogas de abuso. De uma forma mais objetiva, o abuso de drogas é um efeito colateral sutil e retardado, que pode passar despercebido durante anos de uso destas. Isto porque, primariamente, é amplamente utilizada devido aos seus fins terapêuticos e essenciais para o tratamento de alguma patologia, porém devido ao uso descontrolado desta droga ou até mesmo excessivo, porém essencial, por se tratar de única para determinado tratamento, surge o que é chamado de dependência física, adicção e tolerância que, muitas vezes, inevitavelmente, levam ao uso abusivo de determinadas substâncias. (SILVA, 2002) O uso indevido de drogas costuma referir-se ao uso impróprio de substâncias prescritas, ou ao uso dessas substâncias para fins não terapêuticos. O uso de morfina ou de um benzodiazepínico para outros fins que não sua indicação terapêutica, ou em dose maior ou mais frequente do que a indicada, constitui uso indevido da substância. Por vezes, a linha que separa o abuso do uso indevido é indistinta. Até mesmo a distinção entre o uso terapêutico e o não terapêutico de uma droga pode ser imprecisa, pois muitos casos de abuso têm origem em tentativas de automedicação (SWIFT & LEWIS). Principais fármacos de abuso Os principais fármacos de abuso são os analgésicos narcóticos, como a morfina, que causam uma dependência muito forte. Os depressores gerais do Sistema Nervoso Central (etanol, barbitúricos, anestésicos e solventes) tendem à dependência de forte a moderada. Os fármacos ansiolíticos (benzodiazepínicos) tendem à dependência moderada. Como temos visto, diversas drogas que podem causar dependência e adicção são medicamentos prescritos com frequência (como opioides, barbitúricos e benzodiazepínicos). Já outras drogas de abuso comuns (heroína) não costumam ser prescritas, mas têm o mesmo mecanismo de ação que suas correspondentes prescritas. Ainda há outras drogas de abuso (fenciclidina) que atuam em alvos que não costumam ser usados para fins terapêuticos. Exercícios Questão 1: O que é droga? Corrigir Questão 2: Qual a diferença entre entorpecente e psicotrópico? Corrigir Referências desta aula Próximos passos Explore + Referências desta aula • CEBRID. Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Ópio, opiáceos/opioides, morfina. UNIFESP. Disponível em: . Acesso em 12 dez. 2017; • DELL-CAMPO, Eduardo Roberto Alcântara. Medicina Legal II. São Paulo: Saraiva. 2009 • LUKAS, Scott E. Tudo sobre drogas, anfetaminas. São Paulo: Nova Cultural, 1988. http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula3.html#modal-explore • MUAKAD, Irene Batista. Anfetaminas e drogas derivadas. Revista USP. Disponível em: < //www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/67996/70853>. Acesso em 12 dez. 2017. • NASCIMENTO, E. C. do; NASCIMENTO, E.; SILVA, J. P. O Uso de álcool e anfetaminas entre caminhoneiros de estrada. Revista de Saúde Pública Disponível em: . Acesso em: 12 dez. 2017. • PINTO, Denise Bitencourt Rocha. Apostila de Análise de Materiais suspeitos de serem Entorpecentes ou Psicotrópicos. Perícia Criminal do Setor de Entorpecentes do SPQ/ICCE. • SABINO, Bruno. Apostila Drogas de Abuso. Pericia Criminal do Setor de Entorpecentes do SPQ/ICCE. • SILVA, P. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A.,2002. • SWIFT, Robert M.; LEWIS, David C. Farmacologia da Dependência e Abuso de Drogas. Disponível em: . Acesso em 12 dez. 2017. Próximos passos • Princípios ativos, identificação, efeitos e análise da Cannabis sativa L (Maconha). Explore + • Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online, utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Perícia Forense - Química Forense / Aula 04 - Identificação, reconhecimento e caracterização da maconha (Cannabis sativa L.) • Introdução Nesta aula, aprofundaremos nosso conhecimento da droga mais comum no Brasil: a maconha (Cannabis sativa L.). Vamos conhecer seu princípio ativo, suas formas de consumo, suas características e formas de identificação. • Objetivos Reconhecer a Cannabis sativa L. Identificar os efeitos da Cannabis sativa L. • Créditos Jarcélen Ribeiro Redator Luciane Pery Designer Instrucional Thiago Lopes Web Designer Rostan Luiz Desenvolvedor • INTRO • OBJETIVOS • CRÉDITOS • IMPRIMIR Uso crescente da maconha A maconha (Cannabis sativa L.) é sem dúvida uma das substâncias de abuso mais utilizadas atualmente. Em muitos países, tem uso livre e é comercializada em várias formas e sabores. Em alguns lugares, como o Canadá, boa parte da economia gira em torno do uso da maconha. A Cannabis sativa L. contém princípios ativos chamados THC (Tetraidrocanabinol) e CBD (Canabidiol). Além de entorpecente, é utilizada para fins medicinais, no auxílio da cura do câncer, Parkinson, Alzheimer etc. Porém, devido a sua criminalização, o preço por grama aumenta e a qualidade diminui com frequência. Formas de apresentação A Cannabis sativa L. é uma planta cujo plantio, cultura, colheita e exploração são proibidos em todo o território nacional, conforme a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976. Ela encontra-se elencada na Lista de Substâncias Psicotrópicas da Portaria nº 344/98 do Ministério da Saúde. http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#0 javascript:window.print(); Maconha – Formas de Apresentação Na foto, temos a apresentação da erva seca e picada, de frutos e de cigarros artesanais, que são as formas mais encontradas no comércio dessa planta. Análise botânica da Cannabis A análise botânica da Cannabis sativa L. deve considerar os seguintes detalhes: Os tricomas glandulares e tectores são os elementos microscópicos mais importantes na identificação da Cannabis sativa L. Na epiderme adaxial da folha, é característica a presença de tricomas tectores cistolicos muito curtos e cônicos. No caule e na face abaxial das folhas, a presença de tricoma tectores longos, delgados e rugosos é evidência marcante. Na maioria dos órgãos de C. sativa, podem ser verificados tricomas glandulares. Esses “pelinhos esbranquiçados” vistos na foto são os tricomas. A classificação do tipo de tricoma depende da região da planta e do estágio. As propriedades alucinógenas estão concentradas nas resinas produzidas pelos tricomas glandulares. A quantidade máxima de resina ocorre nas espécimes fêmeas, especialmente nas flores não fertilizadas. Na literatura, encontramos que a C. sativa atinge estaturas entre 1 e 3 metros, podendo chegar a até 7 metros se cultivada em condições favoráveis. Face adaxial • Folhas simples, longo-pecioladas, palmatissectas, com segmentos ímpares (3 a 11), lanceoladas, com ápice acuminado e base atenuada e cuneada. • Bordos serreados. • De tamanho variável. • Levemente áspera, podendo deixar odor característico nos dedos. • Discolores, com adaxial verde-escuro e face abaxial verde-claro. • Palminérveas, com nervuras secundárias partindo obliquamente das nervuras principais e terminando nas extremidades dos “dentes” das margens serreadas. • Filotaxia variável de oposta cruzada à alterna helicoidal em qualquer terço da planta. Na foto, temos a base do limbo. Nela é possível ver os bordos serreados e as nervuras secundárias terminando nas extremidades dos “dentes” das margens serreadas. Como fazer a análise da planta? Se um vegetal verde for apreendido, como devemos proceder caso não tenhamos um microscópio e seja necessário realizar um teste químico? A reação de Duquenois não dará a coloração azul característica em um vegetal verde, será necessário secar a planta em uma estufa (as folhas devem estar bem secas). Caso o laboratório não possua estufa, você pode utilizar uma sanduicheira doméstica. Basta apenas envolver a folha do vegetal vistoso em uma folha de papel alumínio. Planta fêmea ou macho Os pés masculinos são geralmente mais finos do que os do sexo feminino. As flores masculinas são agrupadas formando panículas na ponta do caule. As flores femininas são compactas, emaranhadas com brácteas foliáceas. O cálice envolve o ovário uni ovular. O fruto é quase esférico, de 2,5 a 3,5 mm de diâmetro, liso, cinza e sem alérgenos. A semente ocupa a cavidade da fruta e é constituída por um embrião recurvado e enganchado, formado por dois cotilédones espessos e carnudos. Maconha x Skank O skank, ou skunk, é uma variedade da maconha e segundo informações da literatura é produzido em laboratório com variedades de plantas cultivadas no Egito, Afeganistão e Marrocos, apresentando elevados teores de THC. Comparação entre a Maconha e o skank FOTOS: Cannabis sativa L. (MACONHA x SKANK) Apreensão de dezembro/2005 Como podemos perceber nas fotos, o skank mesmo sendo menor é uma planta bem mais viçosa do que o boldo ou prensada (maconha comum), tem mais folhas e flores e elas são mais agrupadas. Portanto, é uma planta bem mais bonita e, por ter mais flores, seu cheiro é bem mais adocicado. Maconha X Haxixe O haxixe é produzido a partir da resina que cobre as flores e as folhas da parte superior da planta Cannabis sativa L. É um extrato e, por isso, muitas vezes mais potente (mais concentrado no princípio ativo) do que a maconha comum. Na foto temos a maconha prensada, conhecida popularmente como boldo, e o haxixe. Waxx (óleo concentrado de THC) O Waxx é um concentrado de maconha, em que o THC é extraído das flores de Cannabis com gás butano. Ao entrar em contato com a matéria orgânica, o butano consegue retirar o THC concentrado nos tricomas da planta, produzindo um óleo parecido com cera derretida de elevada concentração. Trata-se de um produto de elevada concentração de THC utilizado por jovens de classe alta, cujo o grama pode chegar a custar R$200,00, dependendo de sua pureza. Como sabemos, a polícia militar é ostensiva e responsável pela apreensão de drogas. Raramente a polícia civil participa de apreensões. Isso significa que, na prática, quando o Waxx é encontrado com alguém, a polícia militar dificilmente consegue identificá-lo como um composto de alta concentração de THC. Aroma peculiar A maconha tem um cheiro característico, mas que pode ser modificado. Algumas maconhas apresentam cheiro de menta, por exemplo, para despistar cães policiais. Isso, evidentemente, ajuda a não despertar suspeitas nos aeroportos e portos, em especial quando as polícias empregam cães farejadores de drogas. Para evitar, na prensagem, que as folhas, flores, sementes e ramos, fiquem preservados e, portanto, com forte e característico odor, eles são “banhados” com mel, que mascara o cheiro da erva e facilita sua aglutinação. Substâncias encontradas na maconha São mais de 400 substâncias na planta, dais quais 61 são canabinoides. A planta tem ainda cerca de 360 constituintes naturais (terpenos, álcoois, ácidos, esteroides, fenóis etc.). Os principais são: Ácido canabinólico Canabinol Tetrahidrocanabinóis (THC) Dentro da composição química, temos descritos 421 componentes distintos,agrupados em 18 grupos expostos abaixo: 1. Cannabinoides; 10. Ácidos simples; 2. Compostos nitrogenados; 11. Ácidos de elevado peso molecular; 3. Aminoácidos; 12. Ésteres simples; 4. Proteínas, glicoproteínas e enzimas; 13. Lactonas (ésteres cíclicos); 5. Açúcares e compostos relacionados; 14. Terpenos; 6. Hidrocarbonetos; 15. Fenóis; 7. Álcoois simples; 16. Glicídios de flavonoides; 8. Aldeídos simples; 17. Vitaminas; 9. Cetonas simples; 18. Pigmentos. Testes de identificação Como são realizados os testes preliminares para a identificação da maconha? Teste de Duquenois O teste mais utilizado é o teste de Duquenois que consiste em: 1 Proceder a extração no material com éter de petróleo. 2 Acrescentar 3 gotas de solução de vanilina. 3 Adicionar 2 gotas de solução de aldeído acético. 4 Adicionar 3 gotas de ácido clorídrico concentrado. O aparecimento de cor azul indica a presença de canabinóis. CANABINOIDES (MACONHA) – IDENTIFICAÇÃO Na imagem, vemos representada a reação de Duquenois: • No tabaco, não há THC (ausência de cor azul); • No Skunk, há um azul mais intenso, mostrando que a tonalidade do azul é diretamente proporcional à concentração de THC. Teste com Fast Blue B Teste com Fast Blue B Trata-se de outro teste utilizado para caracterização de THC, que consiste em: 1 Acrescentar de 1 a 2 mL de clorofórmio e agitar a amostra. 2 Adicionar uma pequena quantidade do sal Fast Blue B e 1mL de solução de NaOH 5%, agitar e esperar a mistura se separar. O aparecimento de cor vermelha (camada inferior – clorofórmica) indica a presença de canabinóis. Efeitos da maconha A maconha contém substâncias que atuam no sistema nervoso central. Como vimos ao longo da aula, é composta por diversos tipos de canabinoides. Os CBDs são considerados os mocinhos e os THCs os vilões, pois são acusados de diminuir o volume da área cerebral, prejudicando a memória e a execução dos processos cognitivos. Veja os efeitos instantâneos nos usuários: • Euforia ou disforia; • Ansiedade; • Risos inapropriados; • Perda da sensação do tempo; • Comprometimento do juízo; • Congestão conjuntival; • Aumento do apetite; • Boca seca; • Taquicardia. Exercícios Questão 1: Qual a classificação da maconha pela legislação em vigor? Corrigir Questão 2: Quais os testes rápidos utilizados na identificação da Cannabis sativa L.? Corrigir Referências desta aula http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-referencias Próximos passos Explore + Referências desta aula • APCF. Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais. Cannabis sativa. L. Roteiro ilustrado ajuda na identificação botânica da planta. Revista Perícia Federal. Ano VII – Número 24 - maio e agosto de 2006. Disponível em: <//www.apcf.org.br/Portals/0/revistaAPCF/24.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2018. • PINTO, Denise Bitencourt Rocha. Apostila de Análise de Materiais suspeitos de serem Entorpecentes ou Psicotrópicos. Perícia Criminal do Setor de Entorpecentes do SPQ/ICCE. • ROZENBAUM, H. S. Substâncias de Uso Abusivo. UNESA-ACADEPOL, 2002. • SABINO, Bruno. Apostila Drogas de Abuso. Pericia Criminal do Setor de Entorpecentes do SPQ/ICCE. Próximos passos • Princípios ativos, identificação e análise da cocaína. http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-explore http://www.apcf.org.br/Portals/0/revistaAPCF/24.pdf http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula4.html#modal-explore Explore + • Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online, utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. vPerícia Forense - Química Forense / Aula 6: Identificação, reconhecimento e caracterização do ecstasy • Introdução Nesta aula, conheceremos as meta-anfetaminas, sua síntese e associação, bem como o perfil do usuário e suas apresentações. • Objetivos Identificar o ecstasy. Reconhecer os efeitos do ecstasy. • Créditos Jarcélen Ribeiro Redator Maiara Machado Designer Instrucional Thiago Lopes Web Designer Rostan Luiz Desenvolvedor • INTRO • OBJETIVOS • CRÉDITOS • IMPRIMIR O que é ecstasy? Ecstasy ou 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) é um derivado sintético da anfetamina que ganhou fama na década de 1980, com propriedades estimulantes e alucinógenas. Trata-se de uma droga, geralmente, utilizada em festas de música eletrônica, principalmente pela classe média alta, já que o valor do grama pode custar mais de R$100,00. http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#0 http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#0 javascript:window.print(); O ecstasy no Brasil Veja um histórico da droga no Brasil a partir de sua proibição: Os jovens costumam chamá-lo de: “MD” ou Michael Douglas Adam XTC MDM E Droga do amor Como temos visto em nossas aulas, o que tem acontecido na prática é que os jovens têm um leque muito grande de drogas para usar e não têm a mínima noção de que substância está presente ali. Contudo, todas são drogas sintéticas, anfetaminas. Classificação O ecstasy possui duas classificações: Psicoestimulante A MDMA (ecstasy) encontra-se na Lista F2 (Lista das Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito) da Portaria nº 344/98– SVS/MS. São capazes de determinar dependência física. Pode ser classificado como um psicoestimulante, como a cocaína e as anfetaminas, tendo efeitos semelhantes a essas substâncias. Alucinógeno Na Psychiatric Association (1995), o ecstasy foi agrupado com os alucinógenos, devido ao potencial de causar alucinações “flashbacks”, se usado em doses extremamente altas. Associação a outras substâncias É muito difícil encontrar o ecstasy puro. Nos laboratórios de química forense ele aparece associado às mais diferentes substâncias, tais como: Cafeína Lidocaína Benadril Anorexígenos Cocaína NOB DOB Essas substâncias são utilizadas para aumentar o rendimento da reação e podem agravar muito os riscos “à saúde” e os efeitos da droga. Vias de administração do ecstasy A administração da droga se faz normalmente por via oral, em doses de aproximadamente 75-150mg, sob a forma de cloridrato. Ocasionalmente, pode também ser apresentado na forma de pó, sendo, então, inalada ou injetada. Os lugares de preferência de uso são danceterias, clubes e festas tecno ou raves. Via oral Inalação Injeção Mecanismo de ação A MDMA age sobre os circuitos dopaminérgicos e serotonérgicos do sistema nervoso central, aumentando a quantidade de dopamina no cérebro e alterando os níveis de serotonina, modificando o funcionamento do córtex cerebral (como atuam os alucinógenos). O alvo principal da MDMA, são as células nervosas cuja neurotransmissão e neuromodulação são asseguradas por um mensageiro químico, que é a serotonina, neurotransmissorresponsável pela sensação de bem-estar. A MDMA inibiria a biossíntese, estimularia a liberação e bloquearia a recaptura de serotonina, ao nível da fenda sináptica, levando a uma perda de até 80% do conteúdo de serotonina cerebral. Os efeitos imediatos ou agudos e subagudos, observados no comportamento de indivíduos usuários de MDMA, são resultantes da liberação maciça e posterior depleção de serotonina cerebral. Efeitos psicológicos Seu uso produz elevação da autoestima, simpatia e empatia, com sensação de proximidade e intimidade com as pessoas ao redor. Produz um sentimento de euforia e aumento da energia emocional e física. Tecnicamente, a MDMA, possui efeitos característicos de estimulante e psicodélico, agindo sobre a empatia, isto é, produzindo nos indivíduos maior sociabilidade, exacerbando a impressão de sentir próximo aos outros e favorecendo a compreensão do problema do outro. A primeira vista, então, a MDMA parece ter propriedades fortemente sedutoras: Beneficia os contatos sociais, abolindo as barreiras de comunicação e aumentando a fluidez da linguagem Facilita a expressão das emoções e valoriza a consciência de si mesmo Essa intensificação dos sentimentos, em especial do tato, fez com que o ecstasy ficasse conhecida como a “droga do amor”. Efeitos fisiológicos Os efeitos fisiológicos encontrados nos usuários estão ligados à: Síndrome serotoninérgica Contração intensa dos maxilares com ranger dos dentes (bruxismo) Transpiração abundante Taquicardia Ataxia (falta de coordenação dos movimentos) Visão embaraçada Boca seca Hipertemia Urgência urinaria Agitação psicomotora Contração muscular involuntária Insônia A química do ecstasy Quimicamente falando, a 3,4 metilenodioximetanfetamina (MDMA) — C11H15NO2 é uma substância sintética cuja molécula é derivada de uma família de substâncias psicoativas com propriedades estimulantes do sistema nervoso central, todas estruturalmente relacionadas a anfetaminas. Anfetamina (1885), metanfetamina, mescalina e MDMA (ecstasy) MDMA - 3,4-Metilenodioxi N-Metil Anfetamina (1912) MDA – 3,4-Metilenodioxianfetamina (1910) MDEA – 3,4-Metilenodioxietilanfetamina - Eve Entenda a evolução do ecstasy até se tornar a droga conhecida hoje: 1914 O ecstasy foi sintetizado e patenteado na Alemanha pela Merck, em 1914, como moderador de apetite, mas nunca foi comercializado. 1970 Foi ignorado pela comunidade científica até 1970, quando se relatou que produzia “um estado controlável da alteração da consciência com harmonia sensual e emocional”, sugerindo que poderia ser usada como auxiliar na psicoterapia. 1980 No início dos anos 1980, a MDMA tornou-se popular como droga recreacional. 1985 Até 1985, a MDMA não era uma substância controlada e era legalmente disponível. Na mesma época, o DEA (Drug Enforcement Administration), dos EUA, restringiu seu uso, colocando-a na lista de substâncias de uso proibido e sem uso clínico. Foi classificada como a heroína e o LSD, devido ao seu uso frequente, às semelhanças químicas e a seus efeitos clínicos, pois todas essas produzem degeneração serotoninérgicas no Sistema Nervoso Central (SNC). Em laboratório, a MDMA é um pó cristalino branco, quimicamente bastante estável em condições ambientais normais. Resiste bem ao calor, luz e ao ar; dissolve-se na água, mas não absorve umidade. Tem um gosto amargo forte e distinto. Há várias maneiras de síntese conhecidas. A produção clandestina ilegal é mais fácil quando parte do MDP2P (3,4-metilenodioxi-fenil-2- propanona). Este é um produto comercial usado na indústria de flavorizantes e fragrâncias. De outra forma, a MDMA precisa ser sintetizado do piperonal, da efedrina, do isosafrol ou do safrol. Identificação A identificação do ecstasy pode ser feita por meio de: Testes colorimétricos Testes preliminares Testes confirmatórios (cromatografia em camada fina e /ou cromatografia gasosa) O que vem acontecendo no Brasil é que os comprimidos vendidos como “êxtase” são comercializados com substâncias que interferem nos testes colorimétricos, impossibilitando a identificação. Essa situação é agravada pela crise financeira no Estado do Rio de Janeiro, que tem deixado os aparelhos cromatográficos sem manutenção e suspendendo os testes de identificação. Identificação Testes químicos simples são utilizados no exame prévio de MDMA. Abaixo descrevemos os testes colorimétricos utilizados pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro para identificação da MDMA: • TÉCNICA CONFIRMATÓRIA – CROMATOGRAFIA EM CAMADA FINA OU GCMS • TÉCNICA CONFIRMATÓRIA UTILIZADA NO ICCE/SPQ – CROMATOGRAFIA EM CAMADA FINA • MAIS TESTES DE COR PARA MDMA Cromatografia A cromatografia é uma técnica de separação na qual os componentes de uma mistura a serem separados migram entre duas fases: • Fase móvel; • Fase estacionária. Tipos: • Cromatografia em Camada Delgada (CCF); • Cromatografia em Coluna; • Cromatografia Líquida HPLC; • Cromatografia Gasosa CG capilar. Exercícios Agora, vamos fazer uma pequena revisão do conteúdo. Para isso, responda as questões a seguir: 1. Qual a Classificação do ecstasy na legislação atual? Corrigir 2. Quais são os testes colorimétricos para identificação do ecstasy? Corrigir Referências desta aula http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-referencias http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-referencias Próximos passos Explore + Referências desta aula • DOWNING, J. The psychological and physiological effects os MDMA on normal volunteers. J. Psychoactive Drugs, 18:335-40, 1986. • LIESTER, M.; GROB, C.; BRAVO, G.; WALSH, R. Phenomenology and sequelae of 3,4- methylenedimenthoxymethamphetamine use. J. Nerv.Ment. Dis, 180: 342-52, 1992. • PEROUTKAS, S. Incidence of recreational use of 3,4 methylenedimethoxymethamphetamine on an Undergraduate campus. N. Engl. J. Med, 317:1542-3,1987. • PINTO, Denise Bitencourt Rocha. Apostila de Análise de Materiais suspeitos de serem Entorpecentes ou Psicotrópicos. Perícia Criminal do Setor de Entorpecentes do SPQ/ICCE. • ROZENBAUM, H. S. Substâncias de Uso Abusivo. UNESA-ACADEPOL, 2002. • SABINO, Bruno. Apostila Drogas de Abuso. Pericia Criminal do Setor de Entorpecentes do SPQ/ICCE. http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-explore http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-proximos http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon918/aula6.html#modal-explore • STEELE, T. D.; MCCANN, U. D.; RICAURTE, G. A. 3,4 methylenedimethoxymethamphetamine: Pharmacology and toxicology in animals and humans. Addiction, 89: 539-51, 1994. Próximos passos • Identificação de resíduos de disparos de armas de fogo através de reações química. Explore + • Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online, utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Perícia Forense - Química Forense / Aula 6: Identificação, reconhecimento e caracterização do
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