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Caso Concreto: O Governador do Estado “N”, verificando que muitos dos Secretários de seu Estado pediram exoneração por conta da baixa remuneração, expede decreto, criando gratificação por tempo de serviço para os Secretários, de modo que, a cada ano no cargo, o Secretário receberia mais 2%. Dois anos depois, o Ministério Público, por meio de ação própria, aponta a nulidade do Decreto e postula a redução da remuneração aos patamares anteriores. Diante deste caso, responda aos itens a seguir. A) É juridicamente válida a criação da gratificação? B) À luz do princípio da irredutibilidade dos vencimentos, é juridicamente possível a redução do total pago aos Secretários de Estado, como requerido pelo Ministério Público? Repostas: A) Não, haja vista que de acordo com o art. 37, X da CF/88 expressa que a remuneração dos servidores públicos e o subsídio podem ser alterados apenas através de lei específica. E ainda, o art. 39, §4º da CF/88 estabelece que os Secretários Estaduais devam ser remunerados de maneira exclusiva por meio de subsídio em parcela única, sendo proibido o acréscimo de qualquer gratificação ou qualquer outra natureza remuneratória. B) Sim, visto que a o princípio da irredutibilidade não obsta o fato da remuneração estar infringindo norma constitucional. Assim sendo, podemos dizer que não existe direito adquirido quando se fere as regras constitucionais.
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