Buscar

UNIVERSIDADE crimes em especie II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE COMUNITARIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ 
UNOCHAPECO 
 
 
Acadêmicos: Dionata Jardinello, Gian Carlos Barros, Guilherme Palmas, Mateus Robert 
Leal e Roger Vidal. 
Docente: Anapaula Balena Sarayva Schenberger 
Componente Curricular: Crimes em Espécie ll 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA 
 
 
O conceito de organização criminosa encontra amparo legal no § 1º, do art. 1º, da 
Lei n.º 12.850/2013, onde é previsto que: “Considera-se organização criminosa a 
associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela 
divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais 
cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter 
transnacional.” Outrossim, o crime de associação criminosa tem seu tipo penal previsto 
no art. 288 do CP (alterado pela Lei n.º 12.850/2013), no qual prevê como mínimo para 
a sua configuração a associação de 3 (três) pessoas, sendo aplicado às infrações penais 
que preveem penas máximas inferiores a 4 (quatro) anos. 
Para configurar o crime de organização criminosa os agentes devem praticar os 
verbos nucleares “Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por 
interposta pessoa, organização criminosa”, todavia, além da pratica destes 
supramencionados, o delito deve enquadrar-se nos seguintes critérios: 
I. Associação de quatro ou mais pessoas; 
II. Estrutura ordenada, pessoas organizadas sob um regime hierárquico; 
III. Divisão de tarefas, ainda que informalmente; 
IV. Finalidade de buscar vantagem indevida em razão de crimes cuja pena 
(máxima) seja superior a 04 anos ou que tenham caráter transnacional. 
Bitencourt afirma que “Um dos critérios de delimitação da relevância das ações 
praticadas por uma organização criminosa reside na gravidade da punição das infrações 
que são objetos de referida organização, qual seja, “a prática de infrações penais cujas 
penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos” (art. 1º,§1º)”. Logo, depreende-se 
claramente que as penas inferiores a 4 (quatro anos) configurariam associação 
criminosa. 
Associação criminosa 
 
Art. 288 CP 
Associarem- se três ou mais pessoas, para o específico de cometer crimes: 
PENA - RECLUSÃO, DE 1 A 3 ANOS. 
Parágrafo Único: A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou 
se houver a participação de criança ou adolescente. 
 
Os elementos que compõe o tipo são, a conduta de se associarem três ou mais 
pessoas e para fim específico de cometer crimes. 
Sujeito ativo: O Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. 
Sujeito passivo: O Sujeito Passivo é a sociedade que tem sua paz perturbada em 
razão da formação do grupo criminoso. 
O elemento Subjetivo é o dolo, e não admite na modalidade culposa tendo como 
bem jurídico protegido a Paz Pública, e não existindo objeto material. 
Consuma-se o crime no momento em que ocorre a integração do "terceiro" sujeito 
ao grupo, não havendo necessidade de ter praticado qualquer crime em virtude do qual a 
associação foi formada. Basta que os sujeitos pratiquem a conduta prevista no núcleo do 
tipo, que é se associar um ao outro para o fim específico de cometer números 
indeterminados de crimes. 
Ressaltando que, se Associação Criminosa for dirigida a cometer um único crime, 
não se classificará neste delito, pois sua finalidade da formação do grupo é cometer 
vários crimes, número indeterminado. 
1° Se a associação criminosa estiver armada (armas próprias ou impróprias); 
2° Se houver a participação de criança ou adolescente. 
Lembrando que, o agente que portava a arma seja ela "própria ou imprópria" e 
aqueles que sabiam da sua existência terão suas penas especialmente agravadas. 
Classificação: Crime simples, comum, formal, de consumação antecipada, de 
forma livre, comissivo, permanente, de perigo comum e abstrato, vago, instantâneo, 
plurissubjetivo, obstáculo, de condutas paralelas e plurissubsistentes. 
Crime hediondo: Lei dos crimes hedionda – Lei nº. 8.072/90 
Aplica-se este dispositivo legal nos casos de associação criminosas com o fim 
especifico de praticar crimes hediondo, e serão responsabilizados os agentes delituosos 
por meio do art.8º desta lei, com exceção ao tráfico de drogas. 
 
Organização criminosa 
 
Art. 288 CP 
Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: 
(Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência) 
PENA - RECLUSÃO, DE 1 (UM) A 3 (TRÊS) ANOS. 
Parágrafo Único: A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou 
se houver a participação de criança ou adolescente. 
 
Exige-se um conjunto de pessoas estabelecido de maneira organizada, 
significando alguma forma de hierarquia (superiores e subordinados). Não se concebe 
uma organização criminosa se inexistir um escalonamento, permitindo ascensão no 
âmbito interno, com chefia e chefiados; 
Decorrência natural de uma organização é a partição de trabalho, de modo que 
cada um possua uma atribuição particular, respondendo pelo seu posto. A referida 
divisão não precisa ser formal, ou seja, constante em registros, anais, documentos ou 
prova similar. O aspecto informal, nesse campo, prevalece, justamente por se tratar de 
atividade criminosa, logo, clandestina; 
O delito é doloso, como seu tipo e não se admite a forma culposa. Também não se 
admite tentativa, pois o delito é condicionado à existência de estabilidade e durabilidade 
para se configurar. Portanto, enquanto não se vislumbrar tais elementos, cuida-se de 
irrelevante penal ou pode configurar outro crime, como a associação criminosa (art. 
288, CP). 
Sujeito ativo: O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, desde que se identifique, 
claramente, a associação de, pelo menos, quatro pessoas. 
Sujeito passivo: O sujeito passivo é a sociedade, pois o bem jurídico tutelado é a 
paz pública. 
O bem jurídico tutelado é a paz pública. Cuida-se de delito de perigo abstrato, ou 
seja, a mera formação e participação em organização criminosa coloca em risco a 
segurança da sociedade. 
O número de associados, para configurar o crime organizado, resulta de pura 
política criminal, pois variável e discutível (quatro ou mais pessoas) 
Classificado como crime comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa; 
formal, não exigindo para a consumação qualquer resultado naturalístico, consistente no 
efetivo cometimento dos delitos almejados; de forma livre, podendo ser cometido por 
qualquer meio eleito pelo agente; comissivo, pois os verbos representam ações; 
permanente, cuja consumação se prolonga no tempo, enquanto perdurar a associação 
criminosa; de perigo abstrato, cuja potencialidade lesiva é presumida em lei; 
plurissubjetivo, que demanda várias pessoas para a sua concretização; plurissubsistente, 
praticado em vários atos. 
Organização criminosa não se considera crime hediondo. Salvo quando ele for 
formado para praticas de crimes hediondos e equiparados ai sim a organização 
criminosa vira um crime hediondo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Primeiras reflexões sobre Organização criminosa. Disponível em: 
http://atualidadesdodireito.com.br/cezarbitencourt/2013/09/05/primeiras-reflexoes-sobreorganizacao-
criminosa/. Acesso em: 23 set 2020. 
 
CRIMES contra a paz publica. In: JALIL, Mauricio Schaun et al, (coord.). Codigo Penal: Comentado, 
Doutrina e Jurisprudencia. 3. ed. Barueri: Manole, 2020. p. 742. 
 
O CONCEITO de organização criminosa e crime institucionalizado. In: ANSELMO, Márcio Adriano. 
Conjur. [S. l.], 27 jun. 2017. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2017-jun-27/conceito-
organizacao-criminosa-crime-institucionalizado . Acesso em: 24 set. 2020. 
http://atualidadesdodireito.com.br/cezarbitencourt/2013/09/05/primeiras-reflexoes-sobreorganizacao-criminosa/
http://atualidadesdodireito.com.br/cezarbitencourt/2013/09/05/primeiras-reflexoes-sobreorganizacao-criminosa/https://www.conjur.com.br/2017-jun-27/conceito-organizacao-criminosa-crime-institucionalizado
https://www.conjur.com.br/2017-jun-27/conceito-organizacao-criminosa-crime-institucionalizado

Continue navegando