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Jung - resumo de TTP

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TTP PSICOLOGIA ANALITICA – RESUMO 
 
CONCEITOS BASICOS 
 
● Ics e Cs 
o O inconsciente é anterior ao consciente, um surge a partir do outro 
o Tensão entre opostos gera símbolos na tentativa de unifica-los 
o Ics = se expressa por meio de símbolos 
o Se há uma dissociação entre Cs e ICs, há um desequilíbrio no eixo Ego e Self 
● Ics coletivo 
o Não tem conteúdos 
o Potencial para criar arquétipos 
o Depósito de imagens primordiais 
● Ego 
o Base arquetípica = Self 
o Toda a consciência que o individuo tem de si 
o Complexo que constitui o centro da consciência 
o Media 
● Psique 
o Se constitui numa totalidade 
o Mecanismo de auto compensação 
● Arquétipo 
o Potencial 
o Expresso em símbolos 
● Símbolos 
o Síntese entre cs e ics – gerado pela tensão entre opostos 
o Manifestação do arquétipo 
o Produção espontânea da psique 
o Melhor expressão de uma realidade desconhecida 
o Se forma a partir das experiências no mundo 
o Pode ser de natureza pessoal ou coletiva 
o Traz à Cs conteúdos arquetípicos 
● Complexos 
o Manifestação do Ics pessoal 
o Aglomerados de sentimentos, pensamentos e lembranças carregados de 
grande potencial afetivo, incompatíveis com o Cs 
o Uma imagem que, quanto mais carregada afetivamente, mais conteúdos 
serão agregados e associados, aumentando o complexo. 
o Podem se “personificar” em sonhos 
o Ego = complexo egóico 
o O que determina se o complexo será criativo (o homem artístico entra em 
contato com seus complexos como fonte de criação) ou se será patológico, 
será o ​grau de autonomia​. 
o Quanto mais autônomo e dissociado da Cs, mais destrutivo. 
o O complexo que interage dialeticamente com o Ego leva à criação inspirada 
● Ics Pessoal 
o Camadas mais superficiais do Ics 
o Onde ficam experiências rejeitadas pelo Ego/traços de nossa personalidade 
que nos desagradam 
o Tem fácik acesso à Cs 
● Persona 
o Como indivíduo se mostra para o mundo 
o Criada como adaptação ao mundo 
o Instância: relação com mundo externo 
o Consciente 
o Identificar-se com a persona, infla o Ego 
● Sombra 
o Conteúdos reprimidos pela pessoa ou pela sociedade 
o Oposto da persona 
o Inconsciente 
o Sombra coletiva = linchar em grupo, torcidas violentas, etc 
o Para tirar sombra do Ics, é preciso confrontá-la, pois agir como ela pode ser 
apenas atuação 
● Anima e Animus 
o Feminino e Masculino 
o Conteúdos introjetados são personificados 
o Anima é a figura que compensa a Cs masculina 
o Animus é a figura que compensa a Cs feminina 
o Quando são integradas a Cs, auxiliam no desenvolvimento e crescimento 
o Imagens arquetípicas geradas pelo Ics coletivo – arquétipo da alteridade 
● Sincronicidade 
o Relação acausal (sem causa e efeito) entre fenômenos 
o Conectados no tempo apenas pelo significado 
o Se difere da coincidência pelos fenômenos serem ligados pelo seu significado 
 
Atitudes em relação ao ics 
● Seres humanos devem viver entre dois mundos e distinguir funções em cada um dos 
mundos. Deve-se regular o tráfego entre eles. Ex: rejeitar sonhos e procurar ação, 
sendo que sonhos se opõem às ações e os sonhos são um mundo e o real é um 
mundo – individuação 
● Símbolo de Siegfried – se coloca entre deuses e homens 
● Ao pegar seu sonho e desenha-lo da forma mais bonita e cuidadosa que puder, te 
dará a impressão que você torna suas visões banais, mas isso fará com que se tire o 
poder delas e esse livro precioso se tornará sagrado. 
 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PSICOTERAPIA 
 
● Psicoterapia se trata de um procedimento dialético, dialogo entre duas pessoas. 
Processo se concretiza ao deixar de lado a posição superior de médico/terapeuta e 
estabelecer uma relação de troca, sem limitar o outro pelos meus pressupostos. 
● O sistema dele se relaciona com o meu, pelo que produz um efeito dentro do meu 
sistema. 
● Fatos podem ser interpretados de diferentes maneiras, não comparáveis entre si. 
Para cada interpretador, a opinião diferente seria considerada errônea. Cada 
método têm realidades diferentes e são todos válidos. Assim formam-se antinomias 
● A psique é complexa ao ponto de serem necessárias muitas antinomias para uma 
descrição necessária da essência do psiquismo. 
● Dialética – interação psíquica é a relação de troca entre dois sistemas psíquicos 
● A individualidade é relativa, pois se cada indivíduo fosse completamente diferente 
do outro, a psicologia não seria possível. 
● Curandeiro – homem genérico tem características primitivas, tornando necessário 
usar métodos técnicos em seu tratamento. Se este acreditar no tratamento, seu 
esforço terá efeito terapêutico 
 
➢ Antinomias 
o Psique depende do corpo, corpo depende da psique ​– impossível sobrepor 
verdades 
o O individual não importa perante o genérico, e o genérico não importa 
perante o individual – ​Não existe um indivíduo genérico, modelo, mas se não 
existisse o genérico, não saberíamos como classificar um indivíduo. 
 
 
➢ Neuroses 
● Podiam ser divididos em dois grandes grupos 
o Homens coletivos de individualidade subdesenvolvida 
o Individualistas de atrofiada adaptação ao coletivo 
➢ Importância da analise do analista 
● Duas modalidades de interpretação 
o Analítico – redutiva: Redutiva no sentido de reduzir o que está 
acontecendo a uma causa. Criado para dissolução de complexos. 
o Sintético – hermenêutica: Possibilidade de produção de novas 
sínteses. Ao invés de “de onde isso veio?” se usa “pra onde isso vai?”. 
● Método dialético: terapeuta deixa de ser ativo para presenciar um processo 
individual 
 
"Transformar suas fragilidades em força” Assim, deixa-se de utilizar o momento de 
fragilidade, que é o momento de mais sensibilidade, para se 
TRANSFERÊNCIA 
 
● Transferência é uma relação forjada pela projeção 
o Se você está projetando algo sobre alguém, você não está tendo uma relação 
com esta pessoa 
o Você se relaciona consigo mesmo ao projetar, pois não está se relacionando 
com a outra pessoa, mas com sua própria projeção sobre ela 
o Não é necessário uma neurose de transferência 
● Relação terapêutica – tema da relação é que uma dessas pessoas precisa de ajuda e 
a outra tem a condição de ajudar 
● Transferência = projeções relacionadas a reações emocionais do paciente, dirigidas 
ao analista 
● Contratransferência = sensações, sentimentos e percepções que surgem no 
terapeuta, provenientes do relacionamento terapêutico com o paciente: como 
resposta às manifestações do paciente e o efeito que tem sobre o analiista 
 
➢ Etapas 
o Terapeuta projeta suas feridas nas do paciente, ou seja, ele se identifica com 
as feridas dele e ativa as próprias feridas. 
o Terapeuta encontra equilíbrio entre envolvimento com a ferida do paciente e 
as próprias feridas, a fim de conseguir ajuda-lo 
o Paciente, ao entrar em contato com as feridas do terapeuta, ativa em si um 
aspecto curador, para curar a si mesmo 
o Se apropria do arquétipo do curador tanto que passa a participar ativamente 
do processo terapêutico e, consequentemente, do processo de cura 
 
➢ Terapeuta (curador) ​←​-----------​→​ Paciente (ferido) 
➢ Ics ferido ​←​-----------​→​ Ics curador 
● Terapeuta pode projetar aspectos ics no paciente e o paciente pode ter acesso a 
conteúdos ics do terapeuta 
 
 
PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO 
 
● Processo de se tornar aquilo que de fato é, um ser único, alcançar uma singularidade 
profunda: nosso próprio si mesmo. 
● O homem, apos construir sua vida de relações de maneira satisfatória, volta-se para 
seu mundo interno, a fim de resgatar aquilo que foi abandonado e ficou à margemda realização do Ego em sociedade. 
● Confrontamento da sombra, reconhecendo-a e se despindo da persona e das 
imagens primordiais 
 
➢ A individuação é o caminho dos heróis, o caminho dos rebeldes, por poder 
significar contrariar o que está estabelecido. Herói é aquele que viola as 
proibições – arquétipo herói e individuação se entrelaçam e se relacionam 
➢ Heroi-simbolo = ​elan vital​: a certeza de que a coisa tem que ser feita. Um 
senso de vocação, de obediência a uma suprema autoridade interior. 
➢ Herói também personifica o Self ou aquilo que o alquimista denomina ​vir 
unus​, o homem uno, a personalidade unificada a toda força. 
➢ Caminho não é isento de perigo, tudo o que é bom é difícil 
 
● Tarefa árdua: dizer sim a si mesmo, tomar como a mais seria das tarefas, tornar-se 
consciente do que faz e especialmente não fechar olhos à própria dubiedade 
(mostrar melhor persona e ocultar sombra) 
● Personalidade se desenvolve não apenas pela necessidade, mas por uma decisão 
consciente e moral. Caso falte necessidade, será uma acrobacia da vontade e se não 
houver a decisão, será apenas um automatismo indistinto e Ics. 
● Caminho: o que for considerado o melhor 
● Conseguir reconhecer Ics e Cs como co-determinantes 
● O centro não vai persistir no eu, mas também no âmbito “virtual” 
 
Atitudes em relação ao ics 
● Seres humanos devem viver entre dois mundos e distinguir funções em cada um dos 
mundos. Deve-se regular o tráfego entre eles. Ex: rejeitar sonhos e procurar ação, 
sendo que sonhos se opõem às ações e os sonhos são um mundo e o real é um 
mundo – individuação 
● Símbolo de Siegfried – se coloca entre deuses e homens 
● Black books – sonhos nos quais Jung anotava todas as suas memórias 
● Jung, por lembrar de gostar muito de construir, pega no quintal de sua casa 
pedrinhas e monta uma cidade. 
● Ao pegar seu sonho e desenha-lo da forma mais bonita e cuidadosa que puder, te 
dará a impressão que você torna suas visões banais, mas isso fará com que se tire o 
poder delas e esse livro precioso se tornará sagrado. 
 
Da essência dos sonhos 
 
● Por serem pouco lógicos e coerentes, são menos fáceis de compreender 
● Causa X Finalidade 
o Fenômenos podem ser apreendidos do ponto de vista da causalidade ou da 
finalidade 
o Causalidade: a irracionalidade dos sonhos torna difícil possibilitar uma 
perspectiva causal, mas esta deve ser levada em conta. 
o Finalidade: cabe aos profissionais verificar nos sonhos elementos que se 
referem a eclosão de uma doença aguda ou um fim fatal, acontecimentos 
que nao poderiam ser previstos na época do registro. 
● Sonho diz respeito tanto da saúde quanto da doença, dada sua raiz Ics, extrai 
elementos percepções subliminares 
● Sonhos 
o Grandes/importantes: provenientes da camada mais profunda do que o Ics 
pessoal 
● Não se pode interpretar o sonho sem a ajuda do próprio sonhador, uma vez que é 
um conteúdo muito delicado 
● Há uma atividade Ics o tempo todo, ele está constantemente se rearranjando, como 
se estivéssemos sonhando o tempo todo. Quando estamos distraídos, cansados, o 
estado consciente rebaixa e o ics se torna mais aparente, por isso temos a sensação 
de que estamos sonhando 
● Sonho não é o único caminho para o Ics 
● Maneiras de interpretar 
o Predizer acontecimentos futuros – função do sonho de antecipar o futuro 
o Passado – investigar em experiências pessoais anteriores a manifestação de 
motivos oníricos 
o Reconstituição do contexto, associações do sonhador, significadps com que 
nuança lhe aparece 
 
● Habilidades necessárias para a interpretação de um sonho 
o Empatia psíquica 
o Capacidade de combinação 
o Penetração intuitiva 
o Conhecimento do mundo e dos humanos 
o Intelligence du coeur 
● Autonomia do Ics – sonho não obedece à nossa vontade, se opõe às intenções da 
consciência. 
 
● Compensação ​→ Confrontação e comparação de diferentes dados ou diferentes 
pontos de vista – mecanismo com o qual o sonho diverge da intenção da 
consciência, auto regulação do sistema psiquico 
 
Sonho – Situações 
● Oposição 
o Se a atitude Cs a respeito de uma situação dada da vida é fortemente 
unilateral 
● Divergência com introdução de pequenas modificações 
o Se a Cs se aproxima do centro, o sonho apresenta variantes 
● Coincidência entre conteúdo do sonho e a tendência da Cs 
o Se a atitude da Cs é correta, adequada, o sonho coincide com essa atitude 
 
Estrutura do drama – Momentos do sonho 
● Exposição: Lugar da ação, personagens e situação inicial 
● Desenvolvimento da ação: Situação se complica e se estabelece certa tensão 
● Culminação ou peripécia: Acontece qualquer coisa de decisivo ou a situação muda 
drasticamente 
● Solução ou resultados

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