Buscar

Resenha o drama da criança bem dotada PRONTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aluna: Heleni Gomes Pereira 
RGM: 132185-4
Fichamento
O drama da criança bem-dotada
Capítulo 1
O livro de Alice Miller nos traz uma reflexão sobre como a criação dos filhos podem formar ou deformar um adulto.No primeiro capítulo, a autora relaciona a repressão aos maus tratos vividos na infância com personalidades psicopáticas (antissociais) que é observado quando o indivíduo tende a destruir sua própria vida e a vida dos outros e quando comete um ato de vandalismo como por exemplo, incendiando casas e maltratando pessoas, relaciona também os maus tratos vividos na infância a personalidades sadomasoquistas: “as mulheres furam seus mamilos para pendurar brincos, posam para jornais e contam, orgulhosas que não sentiram dor e que se divertiram com isso.”Pg 16 Segundo a autora, um adulto que está sempre fugindo dos acontecimentos do passado, tende a ser infiéis no relacionamento, e envolvimento com álcool e drogas. Alice Miller lista oito precondições para que um adulto não tenha desvio de comportamento e para que a criança tenha um desenvolvimento saudável, uma das observações feitas é a de que os pais considerem seu filho desde o nascimento como um ser subjetivo, é necessário levar a sério a criança em todos os seus aspectos, que são: sentimentos, sensações e suas manifestações desde o nascimento. Mas para que isso aconteça, é necessário que os próprios pais tenham sido criados numa atmosfera parecida. 
Neste capítulo é observado também que, quando um adulto traz uma demanda de abandono, geralmente esse sentimento é acompanhado de uma dor intensa e isso mostra que a pessoa não conseguiu superar o trauma vivido na infância, e que diante de tal situação, a pessoa necessita de uma companhia empática, visto que não houve no período do acontecimento. Quando o adulto toma consciência dos sentimentos reprimidos, ele se sente aliviado, mas geralmente ele terá um comportamento “egoísta” tal como: “o terapeuta vai tirar férias de novo! ”ou quando um novo paciente é inserido no consultório. 
Para Alice Miller, por traz de uma criança reprimida, existe uma mãe insegura.
Capítulo 2 
Neste capítulo, a autora trata do quão prejudicial é quando o filho é retirado da companhia de sua mãe logo ao nascer, ela diz que: “para que uma mãe consiga dar a seu filho algo indispensável para o resto de sua vida, é absolutamente necessário que ela não seja separada do recém-nascido. ” O bonding ou ligação é o contato visual e de pele entre mãe e bebê, e que neste ato, é possível transmitir o sentimento de se pertencerem mutuamente, de união, esta relaçsentimento hora iniciado, irá crescer junto com a criança.
A autora reflete também sobre a mãe que não está apta para ajudar seu filho, de preencher e perceber as necessidades da criança, isto provavelmente acontece devido ela mesma ser carente, e provavelmente ela tentará atenuar suas próprias necessidades através do seu filho. Neste capítulo, a autora discorre sobre a grandiosidade como auto-enganação, que a maioria das pessoas com esta característicasteve uma mãe insegura e que sofriam de depressão. A auto-enganação acontece quando a pessoa tem a necessidade de ser admirada em todos os lugares, que fazem tudo com muita excelência, que admira-se a si própria em todos os aspectos e quando há uma falha em qualquer um desses temas, não consegue lidar com a situação, vindo a ter uma depressão de alto grau, podemos observar uma personalidade Narcisista neste caso, sobre este tema, a autora diz: “a pessoa grandiosa não pode abdicar, sem o auxílio da terapia, da ilusão trágica de que admiração significa amor. Não raro, toda uma vida é dedicada a essa substituição. ”pg 45. Segundo a autora, a pessoa com esta característica estará sempre presa em seus próprios anseios de reconhecimento, estará sempre dependendo da admiração de outras pessoas, e na maioria das vezes, esta carência de admiração está interligada em qualidades, funções e realizações que são passíveis de falhar, e na sua maioria, vivem em estados depressivos, que é o reverso do sentimento de grandiosidade, e esta se dá quando a grandiosidade se danifica. A autora remete esta situação de depressão a trágica perda do self, ocorrido pelo falso self (grandiosidade), a fragilidade da auto-estima que não se baseou na segurança de seus próprios sentimentose sim na possibilidade de realizar o falso self, a depressão é resultado da perda do self, e consiste na negação das reações emocionais e dos sentimentos próprios. É resultado também de falhas em algumas áreas afetivas que são necessárias para se estabilizar a auto-confiança, esta depressão aponta para uma ferida muito prematura, iniciada no início da vida na fase de amamentação. A não vivência de sensações prematuras como: descontentamento, raiva, ódio, dor, prazer com o próprio corpo e até fome, pode tornar um adulto sem poder discernir ao certo, quando estão com fome ou se é uma imaginação, tornando assim, um adulto incapaz de tomar atitudes. A autora relata neste capítulo, algumas histórias de seus pacientes que não tiveram afeto suficiente na infância, e estes se tornaram em adultos que não desenvolveram a confiança em si mesmos, como é o caso da paciente Vera, a autora afirma que: “como adultos, não precisamos de amor incondicional, nem de nosso terapeuta. Essa é uma necessidade infantil, que mais tarde não poderá ser preenchida. ”Pg 52. 
A autora aponta também sobre o mecanismo de auto enganação, ao qual o indivíduo fica em uma espécie de prisão interior enquanto negapor exemplo, um luto de ente querido próximo e tenta distrair-se da dor da perda ou ignora uma atitude de um amigo que não aprova, por medo de perder a amizade. Devido ao seu sofrimento psicossomático, por não ter sido incentivado a acreditar em si mesmo, ele está sempre abrindo mão da experiência em descobrir os seus verdadeiros sentimentos, emoções, que nunca teve ou pouco teve de seus pais.A autora menciona sobre a conduta do terapeuta nestes casos: “Dessa maneira, é importantíssimo que o terapeuta não formule, a partir de suas próprias necessidades, conexões que o próprio paciente está descobrindo com o auxílio de seus sentimentos. ” Pg 62 O indivíduo grandioso quanto o depressivo, negam o desamparo vivido na infância e vivem tentando resgatar inconscientemente, a atenção de seus pais.
Capítulo 3
Neste capítulo Alice Miller começa narrando uma história que ela presenciou, de um pai e uma mãe que insistiu em não fazer a vontade do filho de 2 anos, que queria um sorvete só para ele, mas os pais, decidiram que o garoto poderia morder o sorvete deles quantas vezes quisesse, e explicavam para a criança que um sorvete era muito só para ele, quanto mais a criança chorava, mais os pais se divertiam, vindo a frustrar o desejo do garoto, a autora destaca que esta experiência vivida pela criança, poderá se repetir na fase adulta, mas agora, sendo ele o dono e a outra criança será a parte desamparada, invejosa e fraca, projetando para fora de si o que vivenciara na infância. Desta forma, acontece com adultos que foram desamparados e que teve seus sentimentos menosprezados, as atitudes de desprezo pelo mais fracos, será a defesa contra o inrrompimento dos próprios sentimentos. A autora destaca que, o que humilha a criança não é deixar ou não de atender um pedido, mas o desprezo pela sua pessoa, pois mesmo na condição de criança, ela terá sentimentos de desamor, de violação de seus direitos, sentimento de que não é importante naquele momento, e isso pode se perdurar na fase adulta, e esses sentimentos ficarão inacessíveis, e poderão acarretar humilhações para as gerações futuras. Sobre estas situações, os mecanismos de defesa (desprezo, racionalização, deslocamento, idealização) aparecerão, com o intuito de transformar o sofrimento passivo em sofrimento ativo. A autora destaca a história de um camponês que passou por agressão física cometida por seu pai porque havia chegado bêbado em casa, e de desde então, tomou aversão ao álcool, e que deve isso ao seu pai, e quando questionado se iria agredir (surrar) seu filho,ele disse que sim, ” pois só com uma boa surra, consegue educar os filhos, é o melhor método para conseguir respeito”, diante desta resposta, nota-se que ele estava idealizando, o sofrimento causado por seu pai, que a surra tinha um propósito, que era o de formar seu caráter, impor respeito, mas que na verdade, ele estava sublimando o seu sofrimento quando foi surrado por seu pai. A medida que uma criança não é respeitada, seus direitos são violados, e são tratadas como propriedade de seus pais, terá seu crescimento vital interrompido. A conquista dos sentimentos, livra o indivíduo de necessidades do passado que nunca foram suprimidas e que não podem ser satisfeitas sem uma autopunição, a ausência da mãe na infância poderá levar uma jovem o desejo urgente e inadiável de ser mãe. Segundo a autora, as obsessão e compulsão dos pais são manifestadas nas ações do adulto, levando-o ao adoecimento por não poder discernir o que foi passado na educação, a repressão da liberdade e a necessidade de adaptação tem início nas primeiras semanas de vida e não na fase adulta. Sobre isso a autora diz: “é possível conseguir um resultado terapêutico na forma de uma melhora passageira se a rígida “consciência” do paciente for “substituída” por um terapeuta tolerante”. No momento da tomada de consciência, que é o luto pelo que foi vivido e não poderá voltar, o desprezo tende a desaparecer, pois era através dele que se negava a realidade do passado, pois é menos doloroso culpar-se. A crueldade vivida quando criança é manifestada com uma ação de integrar-se a gangues violentas, mas isso é negado pelo indivíduo e pela sociedade. A terapia recebe um considerável impulso rumo ao êxito com a conscientização dos padrões destrutivos dos pais. É necessário um enfrentamento emocional com os pais para um diálogo interior. Segundo Alice Miller, o propósito da terapia foi alcançado quando o paciente tiver recuperado sua vitalidade, e quando cada um toma às rédeas de sua própria vida, decidindo a tomar decisões que somente ela poderá viver.

Continue navegando