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APS - Criminologia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU)
Curso de Direito 
MAIRA ANDRIOLI 
PEDRO ITALO PINTO NUNES
POLIANA DA SILVA COSTA 
ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA (APS) - CRIMINOLOGIA
Analise sobre Francisco de Assis Pereira o “Maníaco do Parque”
SÃO PAULO 
2020
1. Introdução 
A presente pesquisa tem o objetivo de analisar no contexto da Criminologia uns dos casos mais populares de psicopatia e assassinatos em série da história jurídica-penal brasileira. A partir do estudo de caso de Francisco de Assis Pereira, popularmente conhecido como “Maníaco do Parque” e seus assassinatos, observaremos a importância da Criminologia e o seu fundamental papel em auxiliar as outras matérias jurídicas a definir o comportamento humano em relação a práticas de crimes e a busca na adequação da aplicação das sanções em casos extremos, como estes praticados pelo psicopata mais popular no final da década de 1990. 
Segundo Antônio García-Pablos de Molina (1922, p.20), criminologia é “uma ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo”.
Enquanto o Direito Penal é uma ciência lógica, normativa e prática que analisa o crime sob a ótica da norma penal, a Criminologia, é uma ciência empírica e interdisciplinar que busca observar para estudar e compreender a pessoa do infrator ou criminoso, aspectos particulares das vítima e o controle social do comportamento delitivo.
A Criminologia, é uma ciência autônoma que se difere do Direito Penal, pois o mesmo busca atingir a sanção penal e não as causas delitivas e o comportamento de quem as pratica como faz a Criminologia, portanto podemos dizer que a Criminologia se subdivide em várias áreas de estudos diferentes, dentre as quais identificamos algumas, a Antropologia Criminal, a Biologia Criminal, a Sociologia Criminal e a Psicologia Criminal.
 Com o auxílio do estudo criminológico e as suas ramificações, foi possível identificar o perfil psicológico e o modus operandi do Maníaco do Parque e posteriormente aplicar a sanção penal pelos crimes cometidos, contudo se mostra controversa a aplicação da pena, visto que o seu perfil psicológico remetem a psicopatia e até hoje inexistem no Brasil instrumentos jurídicos específicos para punir adequadamente criminosos como Francisco. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é contextuar todo o histórico pessoal e policial deste individuo de forma a demonstrar a utilização da Criminologia nos casos práticos. 
2. Do criminoso 
3. Contexto dos crimes praticados
 Francisco de Assis Pereira ficou conhecido como o “maníaco do parque” após cometer, uma série de estupros e assassinatos no parque do Estado, no ano de 1998, em São Paulo.
Francisco abordava suas vítimas na rua, pontos de ônibus e metrô, todas mulheres, entre 17 e 27 anos de idade, todas jovens e morenas. Francisco se apresentava como agente de modelos, através da conversa Francisco conseguia convencer suas vítimas, fazia com que elas acreditassem em suas mentiras, em seguida propunha um ensaio fotográfico na natureza, que segundo ele seria para uma revista. 
Após convencer suas vítimas elas o acompanhavam, subiam na moto e Francisco as levava para o Parque do Estado, um local que o mesmo conhecia muito bem. Adentravam no parque e Francisco seguia com suas vítimas par um local já determinado por ele, um local isolado, que impossibilitava suas vítimas de pedirem socorro. Ao chegarem no local Francisco mostrava quem realmente ele era, agredia, estuprava e assinava brutalmente suas vítimas através do estrangulamento, além de morder o corpo de suas vítimas.
“Levava para matar. Era uma coisa que era para matar. Não era para estuprar”, se defendeu Francisco na entrevista ao Fantástico, em novembro de 1998, de dentro da prisão. “Isso é um absurdo na minha vida”.
Em 04 de julho de 1998, por acaso um rapaz que andava pelo parque se deparou com cadáveres em decomposição, e em seguida a polícia foi comunicada, foi onde começou as investigações sobre o fato. Em 08 de julho de 1998 foram publicas as primeiras notícias sobre os crimes cometidos no parque do Estado, inicialmente foram encontrados 04 corpos de mulheres, estavam todos despidos, três estavam apenas de calcinha, e a quarta vítima estava nua e calçava botas prestas. Até o momento não se tinha vestígios do autor dos crismes e no decorrer das investigações com base em denúncias feitas, de tentativas de estupro que havia ocorrido no parque, a polícia chegou a vítimas que escaparam das garras de Francisco, o que possibilitou a realização de um retrato falado. 
Após alguns dias de iniciada a investigação a policial, apresentou um suspeito que fugiu do local onde trabalhava, e sem saber o paradeiro de Francisco a polícia divulgou o retrato falado e os jornais noticiavam “ o suspeito mais procurado do Brasil”, a empresa com base nas informações conseguidas pela polícia, constrói a imagem criminosa de Francisco, falando do modo de agir, e as atrocidades cometidas por ele. De acordo com os jornais, o assassino seria alguém desequilibrado como um psicópata: "Após entrar numa trilha, ele a agarrou pelo braço. Amarrou, abusou sexualmente da vítima, ameaçou matá-la e foi embora" (FSP, 14/07/98). 
Após a divulgação do retrato falado e a divulgação feita pela empresa, em 04 de agosto de 1998, através de denúncia, o até então suspeito foi preso. Francisco encontrava-se em Itaqui, no Rio Grande do Sul, escondido em um pequeno galpão, a denúncia foi feita pelo proprietário do local onde Francisco, encontrava-se escondido, após confirmar sua identidade. 
Francisco ao ser entrevistado negava a autoria dos crimes, dizia ser inocente, amigos e familiares não acreditavam que ele poderia ter cometido crimes tão terríveis, a imagem de Francisco diante da sociedade era outra, totalmente diferente daquela apresentada nos jornais e pela polícia. Dias depois da sua prisão o suspeito resolve confessar os crimes, confessou para polícia que havia matado 09 mulheres, depois confessou ter sido 11 mulheres, em relação aos estupros ele negava ter cometido. 
Através de uma comparação entre a marca de uma mordida encontradas em uma das vítimas e a arcada dentarias do criminoso, além de outras evidencias como ter usado cheques de uma das vítimas, foram encontrados documentos no local onde ele morava, além de ligar para os familiares de uma outra vítima, assim foi confirma a autoria dos crimes. 
Paulo Argarate Vasques, psiquiatra que realizou o laudo oficial de Francisco “ Maníaco do Parque”, concluiu que Francisco é semi-imputável. Em outras palavras, o motoboy tinha compreensão da gravidade dos crimes que praticou, mas não possuía controle sobre suas ações.
 
 
 
 
 
4. Consequências Jurídicas 
5. Conclusão 
6. Referencias 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília, DF, dezembro, 1940.
BRASIL. Código de Processo Penal. Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Brasília, DF, outubro, 1941.
ALVES, Maria Clara Matos Coelho. Considerações sobre o agir perverso e o modus operandi: o caso “Maníaco do Parque”. 2018. 54 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018, URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/23216
https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/crimes/caso-maniaco-do-parque/n1596992315299.html
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/27893/D%20-%20JOAO%20AUGUSTO%20MOLIANI.pdf?sequence=1
https://canalcienciascriminais.com.br/maniaco-do-parque-analise-psicopatologica-e-comportamental/

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