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José Eduardo Palacio Soares – Bloco Epidemia – GT2 Medidas de tendência Central São medidas que visam localizar um valor representativo em torno do qual os dados tendem a se agrupar com maior ou menor frequência. São utilizadas para resumir em um único valor o conjunto de dados observados. MÉDIA: é a soma de todos os valores observados dividido pelo número total de observações (n). Mostra o ponto de equilíbrio das observações. Vantagens da média Desvantagens da média 1. Seu cálculo leva em consideração os valores de todos indivíduos estudados; 2. É utilizada em boa parte dos testes estatísticos para calcular diferenças em um estudo; e 3. É mais facilmente compreendida pelos leitores e pesquisadores. 1. É influenciada por valores extremos; 2. Só deve ser utilizada quando a distribuição dos dados for simétrica (normal ou Gaussiana) MEDIANA: a mediana corresponde ao valor que divide o conjunto de informações ao meio, quando os dados estão dispostos em uma ordem crescente. Quando o número de termos for ímpar, devemos colocar os valores em ordem crescente para obter a mediana. Posteriormente, identificamos o valor que divide os dados em duas partes iguais. Quando o número de termos for par, devemos colocar os valores em ordem crescente e depois tira-se a média dos dois valores centrais do conjunto, sendo esse resultado a mediana. Vantagens da mediana Desvantagens da mediana 1. Não sofre influência de valores extremos; 2. A mediana é utilizada especialmente para distribuições assimétricas, mas pode ser utilizada para dados com distribuição simétrica também. 1. Suas propriedades não são bem compreendidas por muitas pessoas; 2. Não é levada em consideração na maior parte dos testes estatísticos. MODA: é o valor que ocorre com maior frequência em um conjunto de dados. Pode ser: Amodal → Sem moda Unimodal →Uma moda Bimodal → Duas modas Multimodal → Três ou mais modas José Eduardo Palacio Soares – Bloco Epidemia – GT2 MEDIDAS DE DISPERSÃO Determina o quão disperso estão os números em torno da média. Indica a homogeneidade de um conjunto de dados. VARIÂNCIA: é uma medida da variabilidade dos dados em torno da média. Utiliza-se N no denominador quando se calcula a variância de uma população. Utilza-se (N-1) no denominador quando se calcula a variância de uma amostra. DESVIO PADRÃO: como a variância tende a ser um número grande e de difícil manejo e seu valor sai dos limites dos valores observados em um conjunto de dados, utiliza-se o desvio padrão (que é a raiz quadrada da variância) para verificar o quão disperso da média estão os valores observados. Indica a homogeneidade dos valores observados. AMPLITUDE TOTAL: é a diferença entre o maior e o menor valor de um conjunto de dados. Fornece um índice grosseiro da variabilidade de uma distribuição. Como a amplitude leva em consideração apenas dois valores, esse cálculo é muito sensível a valores extremos. TIPOS DE VARIÁVEIS QUANTITATIVAS (numéricas) DISCRETAS: apresentam somente valores inteiros. Como: nº de leitos; nº de casos de uma determinada doença; número de procedimentos médicos. CONTÍNUAS: os valores podem ser números fracionários, e a variável pode apresentar qualquer valor pertencente ao conjunto dos números reais, só dependendo da precisão da medida. Como: pressão arterial, peso. Obs: Geralmente, as variáveis contínuas são resultado de medição e as discretas de contagens. As variáveis quantitativas ou numéricas podem ser medidas tanto em escala intervalar como de razão Escala intervalar: o valor nulo não corresponde à ausência da característica medida. A escala possui um zero arbitrário. Como por exemplo a temperatura, onde o 0ºC não corresponde à ausência de temperatura, mas ao 0º da escala Celsius. Escala de razão: é uma escala intervalar, onde o zero corresponde à ausência da característica medida, como é no caso de: massa corporal, idade, tempo, pressão arterial ou temperatura Kelvin. José Eduardo Palacio Soares – Bloco Epidemia – GT2 QUALITATIVAS (categóricas) Escala nominal: é formada por categorias que descrevem atributos ou qualidades dos dados. São usados nomes, símbolos ou números como categorias. As variáveis nominais são representadas por categorias que não mantém necessariamente relação entre elas. Ex: sexo, profissão, bairro de residência, diagnóstico (CID), procedimento médico Escala ordinal: também são representadas por nomes, símbolos ou números, porém há uma ordenação de uma categoria em relação à outra. Ex: gravidade da doença. Suponha que tenhamos uma escala crescente de gravidade, com os valores 1, 2, 3, 4. Esses valores possuem uma ordenação, porém não se pode afirmar que o paciente que tem gravidade 4 é duas vezes mais grave do que o paciente que tem gravidade 2. Outros ex: quociente de inteligência (QI), grau de hipertensão (leve, moderada, grave), escolaridade (sem instrução, 1º grau, 2º grau e superior). Obs: além da operação de contagem, as variáveis ordinais permitem operações que envolvam ordenação (maior/menor). @palacioeduu
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