Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ensaio de Dureza (hardness) Nome: Victor Augusto Ribeiro Nogueira RA: C9320C4 TURMA: EM6P07 Definição de Dureza Geral Introdução A dureza é uma característica de um material, que permite analisar a resistência em que um material apresenta ao ser penetrado por outro corpo. Essa característica é determinada com o auxílio de maquinas especificas para medição de dureza, existindo vários tipos de métodos e escalas. Dureza Materiais Brinell Metais Rockwell Metais Meyer Metais Vickers Metais, Cerâmicas Knoop Metais, Cerâmicas Shore Polímeros, Elastômeros, Borrachas Barcol Alumínio, Borrachas, Couro, Resinas IRHD Borrachas A dureza de um material em sua maioria é utilizada para aprimorar um produto de forma que atenda às necessidades de um projeto, um processo mecânico, uma melhoria na metalurgia em geral, etc. Assim mantendo o controle de qualidade do produto que vai ser produzido. Tipos de Ensaio de Dureza Mais Utilizados · Brinell Essa escala de dureza é medida através da penetração de uma esfera de aço endurecido ou metal duro com 10 mm de diâmetro e com uma carga que varia para cada material, sendo de 3000 kgf para materiais mais duros e de 1500 kgf a 500 kgf para materiais mais moles. Esta carga é aplicada normalmente por 15 a 30 segundos no material. https://www.youtube.com/watch?v=ZMXHCgwmhD8 Resultando na equação: A esfera do teste de dureza Brinell abrange uma área maior material assim provocando uma endentação mais profunda e mais larga. Deste modo o teste se torna mais preciso, sendo o melhor para medições de macro dureza. · Rockwell (HR) Este é um dos principais testes de dureza onde ocorre a endentação de um cone de diamante ou aço endurecido. Para ocorrer o teste primeiro é aplicado uma pré-carga chamada de F0 normalmente de 10 kgf, depois que essa medida se estabilizar a escala é levada ao zero, onde uma segunda carga é aplicada aumentando a penetração, (o valor da carga será especifico para o material sendo testado) depois de estabilizar novamente a segunda é removida mantendo a pré-carga, essa remoção resulta em uma recuperação parcial. Esse aumento da profundidade após a pré-carga e a remoção dela é utilizada como valor para calcular a dureza Rockwell. https://www.cursosguru.com.br/como-acontece-o-ensaio-de-dureza-rockwell/ Resultando na equação: · Janka Este teste é utilizado para a medição de dureza para madeiras. Ele foi desenvolvido pela modificação do teste de dureza Brinell, e foi criado pelo austríaco Gabriel Janka (1864 - 1932). Classificação Estrutural dos Aços · Perlíticos São aços de boa usinabilidade e sensíveis a tratamentos térmicos, apresentam no máximo 5% de liga de ferro e são formados pela ferrita que é mole e pela cementita que é dura, a dureza desse material vai ser determinada pelo tamanho das lamelas de perlita. · Austeníticos É um material de característica dúctil, não magnética, resistente ao calor e de estrutura CFC. Ele mantém a estrutura em temperatura ambiente devido aos elevados níveis de Ni, Mn e Co. · Ferríticos Este aço não reage a têmpera por ter um baixo nível de carbono, alto nível de elementos de liga Cr, W e Si. Tem como características uma estrutura CCC, é mole e magnética. · Martensíticos Tem como características uma estrutura tetragonal, é duro e frágil tendo uma baixa usinabilidade. Apresenta mais de 5% de elementos de liga. · Cementita Muito utilizado na metalurgia e classificado como uma cerâmica é um material duro e quebradiço conhecido também como carboneto de ferro, sua fórmula é Fe3C onde contém 6,67% de carbono e 93,33% de ferro. É formado por uma estrutura cristalina ortorrômbica e é possível obtê-lo através do derretimento do ferro fundido branco. · Bainita É um material obtido através do resfriamento da austenita em torno de 200 a 400 °C, e assim mantida. Bainita inferior: tem características similares as da bainita superior, a diferença está na precipitação da cementita no interior das ferritas. Obtido por volta de 300 a 540 °C. Bainita superior: a estrutura da bainita é composta de pequenas ripas de ferrita agrupadas formando feixes de forma onde todas estão paralelas. Obtido por volta de 200 a 300 °C. Tipos de Tratamento Térmico · Recozimento É o tratamento térmico em que o aço é aquecido até sua temperatura crítica (723°C) e mantido nessa temperatura por um certo tempo e logo depois resfriado lentamente no próprio forno. Ele serve para diminuir a dureza, aumentar a ductilidade, remover tenções e eliminar efeitos de qualquer outro tratamento mecânico ou térmico. · Normalização Este tratamento tem como objetivo diminuir a granulação do aço assim refinar a estrutura do material, com esse processo o material ganha uma maior usinabilidade. Primeiro é feito o aquecimento até 900 °C e depois resfriada até 600 °C, nesta alteração de temperatura ocorre a transformação da austenita para perlita e ferrita. · Revenimento O revenimento é utilizado para diminuir a dureza de um aço após a têmpera com o objetivo de torná-lo menos quebradiço. Neste processo ocorre o reaquecimento do aço em linhas abaixo da sua transformação da estrutura martensítica. · Têmpera Este processo tem como objetivo aumentar a dureza e resistência do aço. A têmpera é feita primeira pelo aquecimento do aço acima da sua linha critica (727 °C), onde o aço obtém seu melhor arranjo dos cristais, e logo depois submetido a um resfriamento rápido. · Nitretação A nitretação é um processo termoquímico que utiliza o nitrogênio em temperaturas de 500 a 590 °C, para alterar a composição de uma camada superficial do aço com o objetivo de aumentar a dureza e tornar o material mais resistente a atritos e altas temperaturas. · Esferoidização Este tratamento tem por objetivo alterar a distribuição dos carbonetos na microestrutura, ele diminui a dureza de aços com alto teor de carbono melhorando sua usinabilidade. Este processo submete o aço a diversos níveis de aquecimento e resfriamento acima e abaixo do limite inferior a zona crítica. Diagrama TTT (Tempo, Temperatura e Transformação) O diagrama tempo, temperatura e transformação é utilizado para auxiliar metalurgistas no controle dos processos de tratamento térmico, mostrando o que acontece com o aço em diversas temperaturas abaixo de 723°C e sua reação quando submetido a diversos tipos de resfriamento a determinada velocidade até que se tenha a transformação isotérmica da austenita em perlita. Na figura abaixo podemos observar a curva que mostra a mudança do aço quando submetido a uma temperatura a um determinado tempo. https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6439-transformacoes#.W5sF1qb26Uk Reação Eutética A reação eutética é a transformação isotérmica de uma fase líquida para duas fases sólidas misturadas durante a solidificação em uma reação inversa da fusão, por meio de um resfriamento. https://slideplayer.com.br/slide/2321794/ Reação Eutetóide A reação eutetóide é a transformação isotérmica de uma fase sólida em duas fases sólidas durante um resfriamento. https://slideplayer.com.br/slide/49287/ Ensaio de Dureza Ensaio Neste ensaio não destrutivo observamos as mudanças das propriedades de dureza do aço 1020 quando colocado na mufla a 400 °C e retirado a 800 °C, e depois submetido a 4 tipos de resfriamento, sendo eles por agua, óleo mineral, cal e ar. Primeiro fizemos a medição da dureza antes da têmpera, utilizando uma máquina específica, que trabalha por escala Rockwell (HR). Etapas da Medição Aproximamos a peça da ponta de diamante e aplicamos uma pré-carga de aproximadamente 10 kgf, esperamos alguns segundos até que a máquina estabilizasse e logo depois levamos o ponteiro no marco zero da graduação, em seguida regule a máquina para uma pressão de 100 kgf e puxamos a alavanca lateral para aplicar a carga, esperamosalguns segundos e voltamos a alavanca para o ponto inicial mantendo sempre a pré-carga, assim observamos a graduação e obtivemos a medida. Repetimos este processo 10 vezes para cada medição. · Medição antes da têmpera. 1 17HRC 6 18.5HRC 2 24HRC 7 20HRC 3 20HRC 8 22HRC 4 21HRC 9 19HRC 5 22HRC 10 19HRC · Após resfriamento por agua. 1 33HRC 6 32HRC 2 33HRC 7 35HRC 3 29HRC 8 33HRC 4 31HRC 9 31HRC 5 33HRC 10 33HRC · Após resfriamento por óleo mineral. 1 25HRC 6 27HRC 2 28HRC 7 28HRC 3 20HRC 8 26.5HRC 4 27HRC 9 26HRC 5 24HRC 10 27.5HRC · Após resfriamento por cal. 1 20HRC 6 18HRC 2 17HRC 7 17HRC 3 18HRC 8 19HRC 4 13HRC 9 18.5HRC 5 19HRC 10 19HRC · Após resfriamento por ar. 1 17HRC 6 24HRC 2 22HRC 7 22HRC 3 21HRC 8 21HRC 4 24HRC 9 22HRC 5 23HRC 10 22HRC Analise Depois de todas as medições analisamos que cada processo de resfriamento apresenta resultados diferentes. Resfriamento por agua: De todos os resfriamentos o processo que utilizou agua foi o que teve o maior aumento na dureza com medidas muito próximas e desvio pequeno. Resfriamento por óleo mineral: Foi o segundo processo que mais aumentou a dureza, só que com medidas oscilando e com desvio maior. Resfriamento por cal: Este processo foi o único que apresentou uma pequena redução na dureza com medidas próximas. Resfriamento por ar: O processo de ar foi o que menos aumentou a dureza com oscilação alta nas medidas, mas quase mantendo o mesmo valor antes da amostra ir para mufla. Conclusão Tendo em vista os aspectos observados concluímos que o ciclo de tratamento térmico que aquece e resfria a peça com o tempo e temperatura específica é capaz de controlar características e propriedades físicas e mecânicas do aço como por exemplo a dureza, usinabilidade e ductilidade sem que se mude sua forma, tendo assim várias utilidades no meio da metalurgia e indústria. Desta forma agregamos mais uma vez ao nosso conhecimento tendo em mente os processos de tratamento térmico como algo fundamental na ciência dos materiais. Bibliografia · https://www.cimm.com.br/portal/ · https://www.manufacturingterms.com/ · http://www.cienciadosmateriais.org/ · https://www.cursosguru.com.br/
Compartilhar