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Instruções básicas do Companheiro Maçon

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2
AS INFORMAÇÕES QUE VÊM A SEGUIR FORAM POR MIM
COMPILADAS, DURANTE O PERÍODO DE ESTUDOS E TRABALHOS
NOS GRAUS DE APRENDIZ (1994/95), DE COMPANHEIRO (1996/97) E
DE MESTRE MAÇOM (1998 ATÉ HOJE).
FORAM RETIRADAS DE DIVERSOS LIVROS E CATÁLOGOS MAÇÔNICOS
DE MUITOS AUTORES, DOS MANUAIS DO GOMG DAS
INFORMAÇÕES ESCRITAS E VERBAIS RECEBIDAS EM MINHA LOJA, A
AUGRESPGRBENGRBENFE EXCCENTLOJ SIMB
"ESTRELA CALDENSE", ORIENTE DE POÇOS DE CALDAS – MG, E DA
COLABORAÇÃO DE MUITOS IRMÃOS, INTERESSADOS NO
APRENDIZADO DOS IRMÃOS, SENDO IMPOSSÍVEL FAZER UMA
BIBLIOGRAFIA COMPLETA DEVIDO ÀS ATUALIZAÇÕES CONSTANTES.
DESDE JÁ AGRADEÇO A TODOS OS ESCRITORES MAÇONS E OS IRMÃOS
QUE COLABORARAM COMIGO.
O ÚNICO INTÚITO DESTE TRABALHO É AJUDAR AOS NOVOS IRMÃOS A
FAMILIARIZAR-SE MAIS RAPIDAMENTE COM NOSSA ORDEM, E COM
ISSO RETRIBUIR ÀQUELES IRMÃOS QUE ME PROPORCIONARAM TAIS
CONHECIMENTOS.
TODA MANIFESTAÇÃO DOS IRMÃOS COM A FINALIDADE DE
MELHORAR OU CORRIGIR ESTE TRABALHO SERÁ RECEBIDA COM
MUITO CARINHO.
OS IRMÃOS QUE NÃO PERTENCEM AO G.´.O.´.M.´.G.´., DEVERÃO FAZER
AS ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS AOS RITUAIS E REGULAMENTOS DE
SUAS POTÊNCIAS.
LUÍS ANTONIO GAIGA - MI
MAIO/2012
TODAS ESTAS INFORMAÇÕES
SÃO FRANQUEADAS SOMENTE
AOS MAÇONS.
3
O COMPANHEIRO:
É o Obreiro reconhecido apto para exercer sua arte, e consciente de sua
energia de trabalho, cujo dever é realizar praticamente o plano teórico
traçado pelos Mestres. O irmão se torna Companheiro no desejo de
conhecer os Mistérios da Natureza e da Ciência, bem como o significado
da letra Iôd e da Letra G. Os Companheiros têm assento ao Sul da Loja e
devem trabalhar ao lado de seu Mestre, com LIBERDADE, ALEGRIA e
FERVOR. Sua idade é de 5 anos, e esse número refere-se à
QUINTESSÊNCIA, concebido como espírito universal das coisas ou
como um quinto princípio, reduzindo à unidade o quaternário dos
Elementos. Alude também, aos cinco sentidos, que revelam o mundo
exterior, objeto de estudo do Companheiro, enquanto que o número três
indica que o Aprendiz deve encerrar-se em seu mundo interior.
INTRODUÇÃO
O Aprendizado Maçônico equivale à infância, vez que, o Iniciado é nova
criatura que fatalmente progride no seu crescimento, obviamente
simbólico, atingindo a virilidade em busca da maturidade.
Três são as imposições da jornada em direção ao Companheirismo:
Trabalho, Ciência e Virtude.
O Trabalho significa o esforço pessoal que abrange uma série de
fatores, como a perseverança, o ideal, o entusiasmo, enfim, a disposição
de prosseguir na jornada encetada.
A Ciência diz respeito à instrução, não basta o trabalho
"operativo" representado pela freqüência às sessões e desempenho dos
encargos, é preciso o interesse em direção à cultura.
4
Tem-se discutido muito, se um profano analfabeto pode ser submetido à
iniciação.
A Maçonaria não exige uma elite intelectual, mas o interesse em evoluir;
se o Iniciado for analfabeto, ele terá a obrigação de instruir-se, vez
que a educação lhe é facilitada com uma multiplicidade de cursos
para adultos existentes no País e até programados através de
correspondência ou programas televisivos.
Nunca é tarde para a instrução.
Percorrido o caminho do Aprendizado, surge a oportunidade de
encontrar a instrução. Essa é necessária para desenvolver o intelecto e
abrir caminhos para a compreensão filosófica. Aí o Companheiro estará
apto a praticar a Virtude.
Cinco são as etapas a transpor e cada uma, simboliza uma parte da
Ciência, a saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética e Geometria.
Esse agrupamento, diante do progresso intelectual de nossos dias,
nos parece tímido; contudo são aspectos científicos tradicionais que
resumem uma maior gama de conhecimentos, como veremos mais tarde.
Comparando a alegoria do sistema solar, o Companheirismo equivale ao
posicionamento entre os equinócios da primavera e do outono, vez que, a
Terra fecundada das chuvas primaveris, desenvolve todos os frutos que
garantem a continuidade das espécies.
A Loja do 2o Grau difere da Loja de 1o. Grau, os pontos diferenciais, a
saber:
- Cinco pontos luminosos;
- A Estrela Flamejante brilha no centro de Loja,
- No "Ara do Trabalho", sobre o qual são colocados, uma Régua, um
Malhete, um Cinzel, uma Colher de Pedreiro e um Esquadro.
- O traje é igual ao do Aprendiz, sendo que a Abeta do Avental será
abaixada.
- O Companheiro estará à ordem, mudando a postura, erguendo o braço
esquerdo, pousando o direito sobre o coração na forma convencional.
- Possui Palavra de Passe que lembra uma espiga de trigo.
- A Palavra Sagrada é a mesma inserida na Coluna "J".
- O Sinal é o convencional, bem como o Toque.
- A Marcha é a do Aprendiz acrescida de dois passos oblíquos.
5
- A Bateria consta de cinco golpes; a Aclamação é a mesma do Aprendiz;
o seu Salário é a passagem de uma Coluna para outra, da perpendicular ao
Nível.
- A Lenda do Grau revela a maturidade do homem.
- O Trolhamento difere do Aprendiz e possui cinco perguntas; a idade do
Companheiro é de Cinco Anos.
- O Ritual Iniciático difere do Ritual do 1o. Grau; cinco são as
viagens probatórias; e o juramento é o convencional.
CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO
Cerimônia de Iniciação só existe no Pr.’. Gr.’. As outras cerimônias são
de Elevação para o grau de Companheiro e de Exaltação para o grau de
Mestre Maçom.
Nesta cerimônia o neófito não usa venda porque ele já conhece a
Verdade, sua vista já é forte suficiente para resistir a luz dentro do
Templo, mas não ainda para subir ao Or.’. Ele usou venda quando, como
profano bateu nas portas do Templo e foi necessário ocultar de sua vista a
Loja em trabalhos maçônicos.
No Gr.’. de Ap.’. o profano deve esclarecer suas idéias sobre o Vício e a
Virtude e no exame para o Seg.’. Gr.’. deve esclarecer o que aprendeu
sobre a Verdade e a prática da Virtude; sem Virtude não de pode chegar à
Verdade.
A Elevação ao Seg.’. Gr.’. não é um prêmio, não é uma honra, não é um
estímulo. É a continuação de um caminho de perfeição que o verdadeiro
maçom tem-se traçado e que começou na sua cerimônia de iniciação.
Diferentes nomes têm-se dados a esta cerimônia. Em algumas potências
sul-americanas, sempre dentro do R.’.E.’.A.’.A.’., o Ap.’. está com a
vista vendada e a cerimônia recebe o nome de Iniciação para o Seg.’.
Gr.’. nas Lojas inglesas o nome dado é de “passing”, nome usado pelos
operativos. Na França é Recepção no Seg.’. Gr.’.. Em outras potências
sul-americanas, incluindo as Potências brasileiras, se fala de Aumento de
Salário. Que a horizontal se faça vertical, a vertical horizontal, e assim
sucessivamente, criando degraus para continuar na etapa de elevação.
6
Elevação lembra a subida à montanha como símbolo de elevação e
purificação. Praticando valores morais, subimos pela Escala de Jacó. Nos
ritos órficos (feitos em honra a um deus) o iniciado subia por uma escada
de madeira. Lembremos os Ziqqurat ou ziguratos, que são templos de
muita altura construídos pêlos babilônios e assírios, com uma estrutura
piramidal construídos em degraus sucessivamente regressivos, com
escadas externas e um escrínio (cofre ou armário no topo); o mais alto
dos conhecidos foi a Torre de Babel. O homem procura se elevar para
ficar mais perto de Deus. É o que vemos nos degraus que sobem ao Or.’.
Primeira Viagem:
Ferramentas: Maço e Cinzel, simbolizando a Vontade ativa, firme e
perseverante e o Livre Arbítrio; fortifica-se a Vontade para chegar ao
Livre Arbítrio.(Ver: Livre Arbítrio)
Lembra os 5 órgãos dos sentidos. (Ver: Sentidos)
Segunda Viagem:
Ferramentas: Régua e Compasso, simbolizando a Harmonia e o
Equilíbrio. Com elas podem-se construir todas as figuras geométricas
existentes. Deus geometriza. A Régua traça a linha de conduta e o
Compasso traça um círculo que indica o alcance de nossa linha de
conduta. Esta Viagem tem por objetivo o estudo da Arquitetura e
também a Agrimensura, que no Antigo Egito era sagrada e secreta.
Terceira Viagem:
Ferramentas: Régua na mão esquerda e Alavanca apoiada no ombro
direito. Alavancasimboliza Potência e Resistência; Potência para regular
e dominar a inércia dos instintos; a Alavanca é a Fé que move montanhas.
Está relacionada com a Matéria. Tem duas extremidades: o Pensamento e
a Vontade. Esta Viagem lembra as sete artes liberais do mundo antigo.
(Ver: Artes Liberais)
Quarta Viagem:
Ferramentas: Régua e Esquadro que simboliza os propósitos segundo o
ideal que inspira. Viagem destinada ao estudo da Filosofia.
7
Quinta Viagem:
Sem ferramentas demonstrando o perfeito desenvolvimento das
faculdades internas já enumeradas. Existe uma discussão pelo fato de o
Ap.’., candidato a Comp.’., não portar ferramentas alegando-se que
estaria ocioso, mas a verdade é que é uma Viagem de meditação,
igualmente proveitosa para o trabalho que virá.
Esta Quinta Viagem tem o mesmo sentido horário, conforme o rito de
circunvolução. É errado o sentido inverso que em alguns textos ou rituais
chegou a ser estabelecido pouco tempo atrás.
A Espada contra o peito simboliza a proteção do Anjo da Guarda para o
Homem que, expulso do Éden precisa defender-se do Mal que existe no
mundo externo; que ele não entre no seu Templo interior.
Das 5 Viagens do Comp.’. quatro são de estudo e uma de contemplação.
As Viagens do Ap.’. estão estreitamente relacionadas com as quatro
formas clássicas da matéria; as Viagens do Comp.’. não tem obstáculos
físicos e são de tipo operativo e intelectual procurando a conquista das
disciplinas cerebrais. Na antigüidade o viajante recebia todas as honras,
hospedagem, alimento, vestuário, para poder prosseguir sua viagem;
podia ser um enviado de Deus, um anjo portando uma mensagem
importante para os homens ou um Profeta ou Grande Iniciado na procura
de conhecimento para transmitir aos homens. As 5 Viagens são feitas
conforme o rito da circunvolução; o Exp.’. deve conduzir o Ap.’. pelo
braço esquerdo para não perder contato com o Altar.
Na abertura dos trabalhos no Seg.’. Gr.’., o Oficiante abre o L.’. da L.’.
em Amós, Cap. VII, Vers. 7 e 8. Após a leitura dos versículos, sobrepõe-
se o Esq.’. e o Comp.’. entrelaçados com a perna esquerda do Comp.’.
por cima e a direita por baixo das pernas do Esq.’..
O Profeta Amós (o nome significa aquele que leva algo consigo) foi um
precursor do monoteísmo universal e criticou, no seu livro,
violentamente diversas nações, em especial Judá e Israel pela hipocrisia
religiosa, os costumes impuros, a corrupção dos que deveriam aplicar a
lei, etc. Ele era um humilde homem do povo que querendo eliminar de
Israel os maus governantes que abusavam do povo indefeso, percorreu o
país durante 15 anos, clamando pelo retorno da justiça honesta e
8
ameaçando com o castigo divino. Amós pedia para o povo estudar para
deixar de ser escravos, purificar suas mentes com a prática da virtude,
conhecer e aplicar as tradições de seus antepassados para voltar a ser um
povo forte e respeitado. Amós criticava o desnível entre ricos e
trabalhadores sendo ele mesmo um cultivador de sicômoros, árvore que
servia para a construção.
Na sua visão do prumo Amós anuncia que os muros dos Templos, dos
Tribunais e das casas dos hebreus, estão condenados a cair, pois eles
foram construídos sem as ferramentas que dão estabilidade,
conhecimento que foi esquecido por preguiça e por soberba. Aqui, o
símbolo do prumo aparece em toda sua expressão moral e intelectual e
com a mesma aplicação social que prega nosso Ritual.
A perna do Comp.’. que fica por cima da perna do Esq.’. é uma alegoria
que o espírito está superando á matéria. Ela está no lado Sul que é o lado
mais iluminado da L.’. onde sentam os MM.’. e CComp.’. que
desenvolvem, simbolicamente, um trabalho superior ao da Col.’. de
AAp.’..
9
ALGUMAS DEFINIÇÕES
(ORDEM ALFABÉTICA)
A
ALAVANCA
É o instrumento do poder de uma vontade inflexível, quando aplicada
inteligentemente. A ALAVANCA é a potência e a resistência.
ALFABETO MAÇÔNICO
AMÓS – QUEM FOI
O nome significa aquele que leva algo consigo.
Pesquisas consideram Amós (750 AC) como o mais antigo dos Profetas
Menores. A denominação de Profetas Menores refere-se exclusivamente
à breve extensão de cada uma das obras escritas desses homens, que
podem ser considerados no mesmo nível dos chamados Maiores.
Amós foi o primeiro a colocar todas as nações da Terra debaixo da
jurisdição moral do mesmo Deus de Israel, sendo um precursor da
conceição de um monoteísmo universal. A tese central do livro está
10
contida no cap. 2, 6-16. Amós denuncia, com vocabulário e fraseados
considerados dos mais violentos de toda a literatura universal, a hipocrisia
religiosa, a vida religiosa que nada mais é senão uma espécie de sistema de
segurança e ao mesmo tempo de alienação, não só do homem como de
Deus.
Amós dizia de si mesmo: Eu não sou profeta nem filho de profeta. Sou
pastor e colho frutos de sicômoros (Amós 7,14).
Amós surgiu quando pairava sobre os pequenos estados da Palestina a
sombra ameaçadora da Assíria, no reinado de Jeroboão II (781-743 AC).
Sua missão consistia em anunciar que Israel seria conquistada por vontade
de Javé. Chegou o fim para meu povo de Israel. Não continuarei mais a
perdoá-lo. Naquele dia, os cantos do palácio serão gritos de aflição -
oráculo do Senhor Javé. Uma multidão de cadáveres lançados em
qualquer parte ! Silêncio ! (Amós 8, 2 e 3).
Para esse Profeta, o grande escândalo, o crime imperdoável da sociedade
israelita, é a exploração dos pequenos pelos grandes. Ouvi isto: vós que
engolis o pobre e fazeis perecer os humildes da terra dizendo (...)
compraremos os necessitados por dinheiro e os pobres por um par de
sandálias (...). Não estremecerá a terra por causa disto? Amós 8,4 e 8).
Essa afirmação da destruição de Israel por seu próprio Deus obrigava a
uma revisão dos conceitos que, até então, se tinham feito de Javé. Ele é
um Deus que detesta o culto exterior e suas exigências são de ordem
exclusivamente moral e espiritual.
Os Profetas romperam assim com a conceição de que o ritual, ou
manifestação exterior do culto, seria a base da religião, dando maior
importância à vida moral interior. As exigências morais são feitas não só a
Israel mas a todas as nações, das quais Javé é Senhor soberano e Juiz
(Amós 1, 3 a 2, 16). Essa afirmação rompe os quadros estreitos da
religião nacional e lança as bases para a concepção de Javé como uma
divindade única para todos os homens.
... Para Amós, o pecado de Israel era a injustiça social. ...
ARTES LIBERAIS
GRAMÁTICA - Segundo o Aurélio é "o estudo ou tratado
dos fatos da linguagem falada e escrita e das leis naturais que a regulam".
11
É a arte de falar corretamente. O Aprendiz, como regra geral pouco fala,
mas o Companheiro para instruir-se deve manejar seu idioma
corretamente, tanto no falar como no escrever. Sendo a maçonaria,
também, uma Escola, essa parte que compreende à comunicação, deve
ser fielmente observada; o Maçom deve ser humilde e aceitar as
correções que possam lhes ser feitas. O discurso é a forma de o
Maçom expressar-se aplicando o linguajar correto, buscando as belas
palavras do vernáculo e fugindo da gíria; a perfeição é buscada também
no uso da palavra. As regras vernaculares não podem ser deixadas para
trás; a concordância, os acentos e o belo discurso devem preocupar todo
Maçom.
RETÓRICA - Segundo o mesmo dicionarista, Retórica "é a
arte de bem falar; conjunto de regras relativas à eloqüência; livro que
contém essas regras; ornatos empolados ou pomposos de um discurso".
É a arte que dá eloqüência, força e graça ao discurso.
O discurso pode ser apresentado escrito ou de improviso; em ambos os
casos, as palavras deverão ser "medidas", exteriorizadas com acerto e
elegância, banindo-se os empolamentos supérfluos, os termos vulgares;
sobretudo, ser comedido; diz o sábio: "Se queres agradar, fales pouco";
não é o discurso longo e cansativo, repetitivo e vazio que há de atrair as
atenções dos ouvintes; cada palavra proferida deve ter o seu "peso"
exato.
A eloqüência surge do agrupamento de palavras corretas formadoras
de frases exatas, obedecidas as regras gramaticais.Esta arte, nos dias atuais, não vem sendo observada, mas ela não caiu em
desuso; o falar do Maçom deve sempre agradar; a frase deve ter o
conteúdo sábio; o ouvinte deve obter desse discurso, o alimento
espiritual e científico.
LÓGICA - Prossegue o Aurélio: "Ciência que estuda as leis
do raciocínio; coerência".
Embora "ciência", não deixa de ser uma Arte; a arte do raciocínio
metódico; o conduto do pensamento para que se torne compreensível; a
colocação exata do pensamento a ser transmitido, usando as premissas
corretas.
12
A Palavra é um dom e quem o possuir não deve mantê-lo, apenas para si,
mas exteriorizá-lo.
A palavra consola, anima,excita e entusiasma.
ARITMÉTICA - É a arte de calcular; é a ciência dos
números; todo Maçom deve saber que é a chave de todas as ciências
exatas. Ninguém prescinde da Aritmética no seu trato social.
Difere da Matemática que é a ciência que tem por objetivo as medidas e
as propriedades das grandezas.
GEOMETRIA - É a arte de medir. O Companheiro
inspirado na letra "G", que representa a imagem de Inteligência
Universal, deve possuir o conhecimento sobre as medidas, medem-se
todos os aspectos da Natureza exterior e interior; medem-se as palavras e
as obras e para tanto, são usados instrumentos específicos. Na construção
ela é vital porque nada pode ser feito, sem uma medida adequada, desde
o ponto, às linhas retas e curvas e todas as demais dimensões.
A construção principal a que deve dedicar-se o Maçom, é a do seu
próprio Templo, símbolo de presença de Deus em si mesmo, no seu
corpo físico, mental e espiritual.
Os instrumentos de medida são símbolos que devem ser usados com
razão e equilíbrio.
ASTRONOMIA - E a arte de conhecer os astros e os seus
movimentos; não deve ser confundida com a Astrologia que é a "arte de
e conhecer o futuro pelos astros".
Conhecer a lei que movimenta os astros, satélites, planetas é
conhecer o Universo. A maioria dos símbolos maçônicos tem estreita
ligação com a Astronomia.
Há o Universo exterior e o Universo "de dentro"; conhecê-los é o maior
desafio do Maçom.
A Astronomia é simbolizada de forma genérica, na Abóboda Celeste
dos templos maçônicos.
MÚSICA - É a arte dos sons e de suas alterações; em
Maçonaria, os sons são considerados de importância relevante, a partir
das "Baterias", de Aclamação, dos Tímpanos, dos fundos musicais, dos
rumores iniciáticos.
13
Os sons sensibilizam todo ser humano e conseqüentemente, a Natureza;
o som é produzido pela vibração das moléculas do ar e podem ser
definidos em agudos e graves.
A percepção das nuanças sonoras apura o ouvido e sensibiliza a Audição.
Toda cerimônia iniciática e mesmo todo trabalho em Loja, não dispensa o
fundo musical, tanto que é mantido um oficial como Mestre de
Harmonia.
A educação do "ouvido", ou seja, o despertar da sensibilidade da audição,
faz parte daquilo a que Platão se referia como "música das esferas
celestiais", que eram os sons que podia absorver do Universo, através de
um apurado ouvido espiritual.
Os sons propagam-se na atmosfera e são permanentes; os sons espirituais
são como os de estratosfera: silenciosos, mas sempre, vibratórios.
A Música conduz o pensamento à meditação, e das Artes Liberais
ela é a maior representação.
Essas vibrações, o Maçom as recebe através da Audição e do Tato; todo o
organismo capta os sons, os detém, analisa e coloca no "depósito" que é a
mente.
O cérebro absorve todos os sons, sem limites e os acumula qual poderoso
computador.
ARITMÉTICA (Ver: Artes Liberais)
ASTRONOMIA(Ver: Artes Liberais)
AVENTAL DE COMPANHEIRO
Em algumas Lojas é branco e sem adornos como o de Aprendiz. Em
outras Lojas tem as rosetas de azul pálido adicionadas ao avental, que
indicam o progresso que está sendo feito na ciência da regeneração, e que
a espiritualidade do Companheiro começa a brotar e desabrochar
plenamente.
O Companheiro cinge o Avental de modo diferente do Aprendiz; a Abeta
triangular levantada no Aprendiz, agora é dobrada dirigindo o ápice para
baixo.
Enquanto Aprendiz, é inexperiente no desbaste da pedra bruta de seu
próprio caráter e domínio de suas paixões, tem a necessidade de cobrir-se
14
e proteger-se também na região epigástrica (sede dos instintos
animalescos).
A COLOCAÇÃO DO AVENTAL
A participação na Grande de Obra, de uma maneira diferente da do
Aprendiz, leva consigo a necessidade de colocar-se de modo distinto o
"vestuário de trabalho" representado pelo avental: a lapela triangular
levantada no primeiro grau, deve agora dobrar-se dirigindo sua ponta
para baixo.
Enquanto o Aprendiz, por ser, inexperiente em sua obra de desbastar a
pedra bruta de seu próprio caráter e dominar suas paixões, tem a
necessidade de cobrir-se e proteger-se também na região epigástrica (que
se considera como o assento dos instintos animais), esta necessidade
desapareceu para o artista que se fez experto em seu trabalho e,
aprendendo dominar-se, pode descobrir sem perigo tal região.
Além disso, enquanto o triângulo com a ponta voltada para cima
representa o fogo ou o elemento ativo do enxofre que tem que despertar
em si e que deve animá-lo, assim como suas mais elevadas aspirações nas
que tem que fixar constantemente o olhar para sustentar-se e dirigir-se,
cessa esta necessidade para o Companheiro, que se estabilizou firme e
irrevogavelmente em seus propósitos e cuja fidelidade é sua qualidade
mais característica.
O triângulo dirigido com a ponta para baixo representa agora a água ou
elemento passivo do sal, quer dizer, seu nível de equilíbrio ou condição
de igualdade, que é a conseqüência da firmeza e da perseverança em seus
primeiros esforços.
Representam assim os dois triângulos, respectivamente, o prumo e o
nível que caracterizam os dois graus: a Força que o primeiro busca em sua
Palavra Sagrada por meio de seu conhecimento do real; estabelecimento
na consciência de tal Força, presente dentro de seu próprio coração, que
com sua firmeza, fidelidade e perseverança, quer conseguir o segundo.
15
No centro da lapela deveria representar-se, neste grau, o pentagrama ou
estrela que o simboliza, imagem do ideal ativo presente em seu ser que se
acha estabelecido na condição de equilíbrio, firmeza e igualdade indicada
pela lapela dobrada sobre o avental.
Está muito difundido também o costume de dobrar de um lado, neste
grau, a parte inferior do avental, para indicar que o Companheiro não é,
um maçom completo. Este costume, estranha por certo às corporações
medievais das quais herdou seu simbolismo a Maçonaria Moderna,
representa a nosso juízo uma superficialidade, por quanto o maçom
completo ou Mestre, tem outros signos e emblemas que o diferenciam do
Companheiro.
O Obreiro da Liberdade e do Progresso, Companheiro de seus Mestres e
de seus semelhantes, deve levar como distintivo seu avental
perfeitamente estendido, dobrando unicamente a parte superior para
distinguir-se do Aprendiz, como símbolo de sua ativa participação no
Trabalho Construtor que é o objetivo de nossa Instituição.
B
BATERIA
É certo número de golpes ou pancadas, simbólicos, que durante a
abertura, desenvolvimento e encerramento dos trabalhos de uma Loja são
dados pelo Venerável e os Vigilantes com a ajuda do Malhete. A bateria
de Companheiro é de cinco golpes.
BATERIA DE LUTO
Consiste em golpear no antebraço esquerdo, em memória a algum irmão
que partiu para o Oriente Eterno.
C
CADEIA DE UNIÃO
É uma tradicional prática de fraternidade que deve realizar-se,
principalmente depois de terminados os trabalhos de uma Loja e serve
para comunicar a Palavra Semestral, fornecida pelo Grão-Mestre.
16
CÂMARA DO MEIO
Local onde os Companheiros, obreiros do Templo de Salomão, recebiam
semanalmente seus salários, após terem subido a ESCADA EM
CARACOL. Ao chegarem ao cimo da escada os antigos irmãos
companheiros, se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO, cuja
porta, embora aberta, estava, simbolicamente fechada pelo 2º Vigilante,
para todos que estivessem abaixo do grau de companheiro. Depois de
darem o S, o T e as PP e outras provasconvincentes de que
eram Companheiros o 2º Vigilante dizia-lhes: -PASSE, Chib, que
assim tinham permissão para entrar na CÂMARA DO MEIO, e sua
atenção era despertada por caracteres hebraicos, que atualmente são
representados em Loja, por um triângulo eqüilátero, tendo no centro, a
letra Iôd, que significa Deus, o Grande Geômetra do Universo, a quem
todos devemos submeter e adorarmos.
Em algumas Lojas a letra “IOD” é substituída pelo “Olho Que Tudo Vê”
(Delta Luminoso).
CINZEL (Ver: Maço e Cinzel)
CIRCUNVOLUÇÃO NO TEMPLO
No Ocidente é feita no sentido horário, com o lado direito do corpo
sempre voltado para o centro do Templo. Do Ocidente segue-se ao
Norte, Grade do Oriente, Sul e novamente ao Ocidente, sempre em
torno do Altar dos Juramentos.
A circulação deve ser feita em passos naturais, sem o Sinal de Ordem.
Entretanto, quando o Irmão cruzar o eixo do equador do Templo, deve
parar, postar-se à Ordem e fazer saudação ao Delta, após o que se dirige
naturalmente para o ponto desejado, sem o Sinal de Ordem.
No Oriente, também a circulação se faz com passos naturais, sem
necessidade da observância do sentido horário. Mas, ao cruzar o eixo ou
17
equador do Templo, o Irmão deve parar e fazer a saudação ao Delta
Luminoso. Ao dirigir-se ao Venerável ou às autoridades maçônicas, deve
parar, fazer a saudação do Grau e postar-se à ordem, exceto os Irmãos
portadores de instrumentos de trabalho, que farão apenas um leve
meneio de cabeça.
COLUNA B
Fica a esquerda da entrada do Templo, significa "FORÇA", sua altura era
de 18 côvados, sem contar com o capitel, que media cinco côvados, além
do rendilhado de 2 côvados, e o diâmetro de 4 côvados, supostamente
ocas, para guardarem os tesouros e as ferramentas dos Aprendizes e
Companheiros. Cada côvado equivale a três palmos, ou seja 0,6m. Eram
feitas de bronze. Foram colocadas na entrada do Templo, como
recordação aos filhos de Israel da coluna milagrosa de fogo, que os
iluminou na fuga da escravidão egípcia, e das nuvens que os ocultaram de
Faraó e das tropas enviadas para capturá-los. Assim quando entrassem no
Templo, para celebrar seu culto divino, eles teriam sempre diante dos
olhos, a lembrança da redenção de seus antepassados. É a coluna dos
Aprendizes, e onde os mesmos recebem seus salários, baseando-se na
razão.
BJ
COLUNA J
Fica a direita da entrada do Templo, significa "ESTABILIDADE" sua
altura era de 18 côvados, sem contar com o capitel, que media 5 côvados,
além do rendilhado de 2 côvados, e o diâmetro de 4 côvados,
supostamente ocas, para guardarem os tesouros e as ferramentas dos
Aprendizes e Companheiros. Cada côvado equivale a três palmos, ou
seja 0,6m.Eram feitas de bronze. Foram colocadas na entrada do Templo,
como recordação aos filhos de Israel da coluna milagrosa de fogo, que os
18
iluminou na fuga da escravidão egípcia, e das nuvens que os ocultaram de
Faraó e das tropas enviadas para capturá-los. Assim quando entrassem no
Templo, para celebrar seu culto divino, eles teriam sempre diante dos
olhos, a lembrança da redenção de seus antepassados. É a coluna dos
Companheiros, que sem afastar-se da disciplina racional do Aprendiz ,
deverá para tornar-se perfeito pensador, exercitar sua imaginação e
desenvolver sua sensibilidade. É a coluna na qual os Companheiros
recebiam seus salários.
Elas representam à dualidade Bom e Mau; Masculino e Feminino; Força e
Beleza; - e, como cabe a “B” representar o feminino, a beleza, a mãe, o
passivo, cabe a Coluna “J” representar o aspecto positivo, o masculino; o
forte; o pai; o ativo dessa dualidade.
INTERPRETAÇÃO
Não podemos separar a interpretação das colunas postadas no pórtico do
Templo, pois são intimamente ligadas entre si. Assim sendo tentaremos
dar o significado das duas colunas e então interpretaremos a coluna J.
As duas colunas que se encontram no ocidente e à entrada do Templo da
Sabedoria são o símbolo do aspecto dual de toda nossa experiência no
mundo objetivo ou o Reino dos Sentidos.
Representam os princípios dos opostos, na qualidade manifesta em quase
todos os nossos órgãos, os dois lados, direita e esquerda, os dois sexos.
Cosmicamente correspondem aos princípios da Atividade e da Inércia, da
Energia e da Matéria, da Essência e da Substância e metafisicamente pelos
aspectos masculino e feminino da Divindade, que, como Pai e Mãe
celestiais, como deuses e deusas se encontram em quase todas as
religiões.
O Princípio de Vida, é em nós, nosso Pai e nossa Mãe e o Pai-Mãe do
Universo, do Universo em todos os seres.
Algumas religiões dão mais importância a um ou a outro desses dois
aspectos, mas em realidade são complementares e inseparáveis da Única
Realidade.
19
COLUNAS ZODIACAIS
São em número de doze e circundam o Templo. Como no Templo de
Salomão estas colunas simbolizam os signos do Zodíaco, isto é, as
constelações que o Sol percorre no espaço de um ano solar. Representam
também os meses do ano.
COMPASSO
Serve para desenhar o círculo onde devemos traçar nossos programas de
trabalho, no qual nossos meios de realizações estarão restritos. É a nossa
realidade "concreta". É a harmonia dos pólos.
CONSAGRAÇÃO
Ao juramento segue a consagração que se faz, à semelhança da do
Aprendiz, "pelos golpes misteriosos do grau" que nesta Segunda Câmara
são, como é natural, diferentes.
Sua posição de joelhos não constitui de nenhuma maneira um ato de
humilhação em relação com os presentes, senão tão só uma disposição
adequada de receptividade em presença do Mistério que tem que
cumprir-se nele neste momento culminante da Cerimônia, e do qual o
Rito da Consagração é simplesmente a representação exterior.
Assim como o batismo da igreja pode de certa maneira comparar-se com
a iniciação do Aprendiz, a cerimônia da confirmação tem analogia com a
consagração do Companheiro: se trata, pois, de um ato solene e sagrado,
no qual se administra ao recipiendário a crisma ou união que o consagra
em definitivo como membro fiel da Ordem, depois de uma
Aprendizagem no que adquiriu um melhor conhecimento dela e pôs a
prova sua firmeza e perseverança manifestando a real natureza de seus
propósitos.
20
Não pudera, portanto, receber-se devidamente a consagração numa
posição distinta: as Forças Espirituais que convergem neste momento por
cima de sua cabeça, representada pela espada, devem receber-se numa
especial disposição interior, a qual se acompanha uma adequada posição
exterior, que ao mesmo tempo é símbolo da primeira.
Os golpes misteriosos que soam sobre sua cabeça e suas costas,
representam o momento final na qual ditas Forças se manifestam do
interior ao exterior e de cima para baixo, e vibra então em todo sua
personalidade, desde a cabeça a ponta dos pés, um som novo, uma nova
tonalidade, uma manifestação mais luminosa de sua Divina Essência: o
Companheiro Maçom nasceu neste momento no recipiendário, que se
converteu, por seus próprios esforços, em Obreiro e Militante da
Inteligência Criadora, e que, com sua atividade construtiva ao serviço de
seus semelhantes, tomará parte, com esta nova investidura, na Grande
Obra da Construção Universal.
CONSCIÊNCIA
Significa "com conhecimento". Pelo pensamento, chegando a
Consciência, chegamos a "dar-nos conta". Com a Consciência, o homem
se sente que é "EU", e "pensa porque é". Por ser "EU" penso, e, porque
penso, adquiro a consciência de meus pensamentos.
(Ver: Faculdades do Ser Humano)
CORAÇÃO ARRANCADO
Antes que faltar a seu juramento, o Companheiro prefere "que lhe
arranque o coração, destroçando-o e jogando-o aos abutres". Que
representa este coração arrancado e qual é o significado simbólico dos
abutres?
Esta penalidade alegórica, a que o Companheiro se condena no caso de
infidelidade as obrigações que acaba de contrair (ou seja, dos deveres
implícitos em sua nova qualidade, aos que acaba de reconhecer) tem um
notável parecer com o mítico castigo de Prometeu quem, depois de haver
formado os primeiros homens, mesclando a terra com a água (a
semelhança do Eloin hebraico), sobe ao Céu com a ajuda de Minerva (a
Sabedoria ou Princípio da Inteligência)para roubar ali, o Fogo Sagrado, a
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Chispa Divina que devia animá-los, e a quem por tal atrevimento,
condena Júpiter, o Deus Pai da Criação, a ser atado nas montanhas do
Cáucaso, de onde um abutre tinha que devorar-lhe constantemente as
entranhas. Vulcano (o forjador dos metais nas entranhas da terra) se acha
encarregado da execução da sentença; enquanto Hércules (a Força
Heróica que triunfa de todos os obstáculos) se converte depois em seu
libertador, matando o abutre, ou seja o pensamento negativo que
atormentava seu coração, condenando-lhe a um estado de Impotência (as
cadeias que o atam).
É evidente que deve existir uma analogia entre a pena simbólica do
Companheiro e este relato mitológico.
O coração é, pois, o símbolo da Vida que anima ao organismo (formado
de pó e de água, quer dizer, produto da evolução natural dos elementos,
desde baixo até em cima, desde o mais denso ao mais sutil) assim como
do Centro Interior do homem; de seu ser, se sua consciência, de seu eu.
Aqui se manifesta a Chispa Divina, o fogo sagrado que Prometeu,
evidentemente símbolo do impulso evolutivo, arrebata em sua ascensão
ao Céu, e que representa o discernimento da realidade superior que
constitui o Mundo Divino, com a ajuda do Princípio Inteligente que é a
Mente Universal, emanada diretamente de Júpiter.
Enquanto o castigo não pode ser senão conseqüência da prostituição da
mai elevada conquista do mesmo Impulso Evolutivo, o que produziu o
homem e cuja natureza o diferencia dos demais seres da natureza fazendo
que preponderem nele seus ideais (a Chispa Divina) sobre suas paixões,
desejos e tendências materiais (a água e a terra) que constituem seu ser
inferior.
Júpiter não representa neste caso nenhum princípio de despótica
vingança, senão unicamente a Lei Impessoal, segundo a qual cada
indivíduo se decreta seu próprio castigo, pela inobservância da mesma. E
Vulcano, o executor material do castigo, representa aqueles metais ou
qualidades ordinárias do homem, que o escravizam ou atam ao Cáucaso
da matéria, até que não se amalgamam no mercúrio filosófico da
iniciação.
O abutre é o símbolo do remorso interior e do anseio que se ainda no
coração do homem, com a consciência de sua escravidão e o desejo de sua
22
liberação, que se realiza pelos esforços do Iniciado, personificado por
Hércules, quem, com a força que nasce com conhecimento de sua divina
origem acode a libertar ao homem inferior, que é ele mesmo, da
escravidão da matéria, destruindo a ilusão devoradora da Vida de seu
coração.
O Companheiro, fiel a seu Ideal, deve, pois, cuidar de não prostituir sua
vida entregando-se às paixões, fazendo-a pasto ou alimento de seus
desejos ou instintos inferiores, a escravidão do que e o remorso
consecutivo seriam seu próprio castigo. Isto é o que significa o
juramento.
CORDA COM NÓS
Ou Corda de 81 nós, circunda o Templo quase a altura do teto. Suas
pontas terminam pendentes, uma de cada lado da porta de entrada.
Representam estas pontas pendentes, que a Maçonaria estará sempre
aberta para os demais irmãos que dela necessitar, e receber profanos
limpos e puros, para se tornarem maçons. Os nós em número de 81,
representam matematicamente o quadrado de nove na tábua de
multiplicar de Pitágoras e três elevado à quarta potência. Simbolicamente
representa os maçons formando a Cadeia de União, recebendo a Palavra
Semestral. É o laço de união com o Íntimo Deus Interior.
D
DECORAÇÃO
É um conjunto de adornos que ornamentam uma Loja, variando de
acordo com o grau em que está funcionando.
DECORAR AS COLUNAS
O ato dos Oficiais e demais maçons de uma Oficina, ocuparem os seus
devidos lugares para os trabalhos maçônicos.
23
DELTA LUMINOSO
Fica acima do trono do Venerável, no Oriente de uma Loja Maçônica. Ali
brilha o Delta Luminoso, com o Olho Divino no centro. É o símbolo do
Poder Supremo e também do Princípio – ONISCIÊNCIA – que é a
suprema realidade, em seus três lados, ou qualidades primordiais que o
definem. De ambos os lados do Delta, que representa a Verdadeira Luz, a
Luz da Realidade Transcendente, aparecem o Sol e a Lua os dois
luminares visíveis, manifestações diretas e reflexos dessa luz invisível, que
ilumina a Terra, e que, simbolicamente, representam à luz. O Delta é
constituído pelo Triângulo Eqüilátero, considerado a figura mais perfeita
formada por linhas retas, e por isso representa a Perfeição e também a
harmonia e a sabedoria. Os seus lados constituem um ternário, que desde
a mais alta antiguidade, tem caráter sagrado, e o Ternário tem por
emblema essencial o Delta Luminoso. Esse símbolo é triplo por si mesmo
e nele se distingue o triângulo, a irradiação que dele sai e o círculo de
nuvens.
(Ver: Onisciência)
DELTA SAGRADO
É o emblema da Trindade, chamada de Triada, Trindade, etc. Nos
Templos franco-maçônicos está geralmente envolvida de uma “glória”. É
o símbolo da tripla força indivisível e divina que se manifesta como
Vontade, Amor e Inteligência cósmicos, ou ainda, os Pólos positivo e
negativo, e o efeito de sua união.
DEUS
É o Ser Supremo admitido em todas as religiões. É a Existência Suprema,
Criadora e Indefinível, cujo estudo constitui uma das bases da Maçonaria
e ao qual os Maçons dão à denominação de Grande Arquiteto do
Universo. Com estas simples palavras é definido o Princípio Criador,
segundo a concepção maçônica.
(Ver: Deveres para com o G.`.A.`.D.`.U.`.)
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DEVERES DO COMPANHEIRO
Deveres para com o Grande Arquiteto do Universo
O Grande Arquiteto do Universo, ou Deus, é o ser invisível e incriado,
misterioso em sua forma e ação; existe sem ser percebido; atua sem
interferência humana; criou e cria constantemente e forja a humanidade.
Pelo mistério insondável é respeitado e adorado; somente Ele tem o
direito à adoração exclusiva; repartir essa adoração com algum ser
criado, dentro da Natureza ou no Cosmos, não passa de idolatria, prática
que a Maçonaria condena.
A Maçonaria não seleciona "uma espécie de religião"; as aceita todas,
uma vez que Deus seja o ponto central e que não haja idolatria.
O homem tem a sua liberdade de escolha quanto à forma de adorar a
Deus, de cultuá-lo e de manifestar a sua religiosidade que deve visar o
grande respeito para com Deus e tolerância para com os seus
semelhantes, amando-os com ternura e fraterna amizade.
Os deveres para com Deus abrangem a crença numa vida futura em
um local que é denominado de Oriente Eterno, onde se supõe a
presença visível de Deus e o desvendamento dos mistérios.
Os Maçons, quando reunidos em Loja, elevam preces a Deus para
demonstrar o seu respeito e a sua submissão, invocando as benesses de
que necessita para usufruir uma vida digna no seio da Natureza e da
Sociedade.
O Maçom crê em Deus como sendo o criador do Universo, conhecido e
desconhecido, o que é atual e o que será amanhã.
Não há lugar nos trabalhos maçônicos cogitar da existência ou não de
Deus; duvidar de sua existência significa falta de respeito. Deus existe e é
o criador; o demais, será supérfluo e negativo.
Isso não significa uma crença cega, um dogma ou uma ilusão; constitui
um princípio que deve ser aceito, caso contrário o profano não será
iniciado.
O nome dado a Deus de Grande Arquiteto do Universo designa o Ser
Construtor, ou seja, o Construtor do Universo.
Sabemos que existem múltiplos Universos; ninguém cogita em definir
e separar esses Universos; ao Maçom basta saber que Deus é o criador
do Universo onde habita.
25
O Cosmos é tão incomensurável que a inteligência humana, com raras
exceções não abarca; assim, Deus deve ser considerado o Construtor do
homem e isso resulta em certeza de que essa construção foi divina.
Ao apelar-se à mercê de Deus para alguma de nossas humanas
necessidades, o Maçom não deve esquecer que “faz parte desse Deus" e
que assim, tem o direito de ser beneficiado pela vontade de um Deus
amoroso, um Deus, Pai.
A adoração revela-se através de atos de respeito; é uma adoração mística
que ocorre por ocasião da abertura do Livro Sagrado e das preces;
contudo, a adoração deve ser em "Espírito"; a nossa mentedeve
encontrar o caminho da Comunhão, da aproximação, da vidência e do
contato direto com o Poder Maior.
A veneração deve ser permanente e não apenas durante os trabalhos em
Loja; o Iniciado é Maçom permanente e sua ligação com a Divindade é
trabalho constante; da Pedra Bruta que o homem é, uma vez burilada,
compreenderá muito melhor a influência de Deus em sua vida,
inspirador do Amor Fraterno, da Paz e da Amizade.
Deveres do homem para consigo mesmo
Porque o homem é criatura de Deus, ele é um todo "santificado", assim
deve tratar à sua mente e ao seu corpo com respeito.
A parte física não poderá ser bombardeada com a ingestão de alimentos
inapropriados e de substâncias químicas nocivas.
O excesso em tudo, é prejudicial, mesmo que seja, simplesmente, na
ingestão de água; o que dizer então das demais bebidas, em especial, as
alcoólicas que leva à decadência e ao vício?
Certas religiões não permitem a ingestão de certos alimentos; os hebreus
e os orientais desprezam a carne de suínos; os ocidentais lutam para
afastar de sua mesa, as carnes vermelhas; há os vegetarianos que só se
alimentam com vegetais grãos e frutos; os maometanos não ingerem
bebidas alcoólicas.
O ar respirado há de ser puro portanto, o uso de cigarros e assemelhados,
é nocivo à saúde; os tóxicos químicos levam à degradação e à morte;
assim, os que se entregam aos vícios, estão usando mal o seu corpo físico
com as conseqüências funestas de todos conhecidas.
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Deveres para com o próximo
Duas são as máximas a serem observadas: Não fazer aos outros o que não
desejarias que te fizessem; faze aos outros o que desejarias que os outros
te fizessem.
Há uma compensação nessas duas máximas; uma, negativa, que traduz o
bem-estar, a paz e a tranqüilidade; a outra, positiva, que traz satisfação,
segurança e felicidade.
A comunidade é formada por cidadãos com deveres iguais, mas a
cumprir; a omissão é uma grande falha da sociedade.
O "Ama o próximo como a ti mesmo", revela um espírito de igualdade;
esse amor é amplo e sem barreiras.
O próximo sempre é o "outro", não importando se membro da
mesma família, se concidadão, se Maçom.
O Maçom crê na existência de Deus como Pai criador; logo, todos os por
Ele criado, são irmãos.
A Maçonaria destaca os deveres para como o próximo num sentido lato,
pois, todos são esse "próximo".
Há Maçons que entendem que esse amor é devido, exclusivamente, aos
demais Maçons.
Os deveres para com os Maçons, são outros; derivam de uma Iniciação
que une os seres humanos como se essa união fosse de sangue, ou seja, de
parentesco.
Observando uma família, entre pais e filhos e irmãos, nota-se um
comportamento natural de afeto.
O que distingue o próximo do familiar é justamente esse afeto.
Entre Irmãos Maçons, além do relacionamento como se fossem o
"próximo", há um liame iniciático que conduz a um afeto, às vezes maior
que o familiar.
A fragilidade que se observa na sociedade é essa ausência de afeto; a
família já não possui o amor que deveria registrar todos os atos da vida e
por essa ausência é que a sociedade fracassa; o ponto central da sociedade
é a família.
O Maçom, antes de tudo, deve ser um chefe de família ideal.
Os proponentes de candidatos, nem sempre se preocupam em observar o
ambiente familiar do proposto.
27
Existindo falhas na "célula mater", essas refletirão na vida profissional,
social e religiosa. A Maçonaria não sendo uma religião, todavia possui
uma vivência religiosa na expressão lata do vocábulo: "religare" (religio);
unir Deus à criatura.
O Maçom deve prever os acontecimentos que envolvem o próximo e
levar a esse a sua colaboração; não se deve esperar que seja feito o pedido
de auxílio; esse deve ser espontâneo.
O grande "pecado" é o "deixar de fazer", quando alguém necessitado
cruza o nosso caminho. O cidadão deve prestar-lhe assistência
espontânea.
Fazer a Caridade não é dar esmolas, mas dar assistência. A primeira
máxima revela a disposição de respeito; valorizar o próximo tendo por
base a própria vivência; ser justo na análise fria que se faça a alguém; nem
sequer, um olhar desprezível é aconselhável, pois se esse olhar for
dirigido a nós, sentiremos o seu efeito; no mínimo um mal-estar.
O ideal será a observância das duas máximas ao mesmo tempo.
O fazer aquilo que gostaríamos que nos fizessem parte do
pensamento; a força do pensamento atrai o semelhante.Para o
necessitado, sendo nós também, um necessitado, pouco poderemos
realizar, mas não possuindo "nem ouro nem prata para dar", demos a
nossa simpatia, a nossa solidariedade pois, dois infelizes poderão suportar
o infortúnio melhor que se agissem isoladamente.A filantropia é uma das
bases da solidariedade humana; o Maçom tem o dever de dar; é "melhor
dar que receber", máxima evangélica.
Para receber é preciso um ato de atração; parte do pensamento positivo;
tornar-se receptivo é abrir Caminho para o recebimento de qualquer
benesse.
Mas para ser receptivo é preciso ser dadivoso.
São Francisco, em sua célebre oração, resumiu: "E dando que se recebe".
Nas sessões maçônicas, em especial, através da Cadeia de União, o
Maçom permuta benesses.
O desequilíbrio social torna uma Nação frágil; cada um de nós, deve
tentar, pelo menos equilibrar o meio ambiente onde atua.
Para conseguir a primeira máxima, deve ser cumprida a segunda;
elas subsistem em harmonia plena.
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A ação derivada do cumprimento dos deveres do Maçom, resulta na
prática de uma virtude.
O Maçom virtuoso é o Maçom completo, o Maçom iniciado.
DEZ (Ver: Simbologia Numérica)
DIFERENÇAS RITUALÍSTICAS ENTRE O 1º E O 2º GRAUS
1- O nome da cerimônia para ingressar no 1º Gr.’. chama-se
Iniciação e para ingressar no 2º Gr.’. é conhecida como Elevação.
Em Maçonaria somente existe uma Cerimônia de Iniciação quando um
profano é admitido no Primeiro Grau da Ordem.
2 – Na cerimônia de Iniciação para o 1º Gr.’. o profano passa pela
Câmara de Reflexões e para ser elevado ao 2o Gr.’. vai diretamente para
o Templo.
Na Câmara de Reflexões, o candidato escreve seu Testamento porque ele
irá a morrer como profano para depois renascer como Maçom.
3 – Na cerimônia de Iniciação o candidato entra no Templo com a
vista vendada e na cerimônia de Elevação, o Ap.’. não fica com a vista
vendada.
a) O candidato fica com a vista vendada para preservar os símbolos, sinais
e ritualística de uma cerimônia maçônica, pois não sabemos ainda se ele
irá a ser aprovado.
b) A vista ainda débil do profano deve ser protegida da luz que vem do
Or.’..
c) Também preservamos a identidade dos Maçons presentes no Templo
de eventuais conhecidos do profano e que, identificados por ele, poderia
causar problemas de ordem familiar, profissional, político ou
doutrinário.
d) A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos do mundo
profano, o que não se aplica a um irmão que já é Ap.’..
e) O Ap.’. que está sendo elevado, já conhece uma Loja em trabalhos,
conhece seus IIr.’. e se ver um conhecido pela primeira vez não haverá
problema porque ele já jurou e prometeu não revelar a ninguém todo o
acontecido em Loja.
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f) A vista do Ap.’. já é forte o suficiente para, desde o Oc .’. suportar a
luz que vem do Or.’..
4 – Na cerimônia de Iniciação, o profano realiza 3 viagens e na
cerimônia de Elevação as viagens são 5.
Na cerimônia de Iniciação o profano é submetido às provas dos 4
elementos do mundo antigo: terra, ar, água e fogo (a terra, na Câmara de
Reflexões).
O Ap.’., sendo elevado, já passou por essas provas e agora ele precisa
conhecer o uso das ferramentas do 2º Gr.’..
(Ver: Instrumentos do Comp.`. Maçom)
5 – Na cerimônia de Iniciação, o profano é submetido a diversas
perguntas sobre assuntos que interessam à Maçonaria, incluindo a crença
ou não em Deus; na cerimônia de Elevação as perguntas para o Aprendiz,
são apenas para certificar-se do seu entendimento dos estudos sobre o
Seg.`. Grau.
A Loja precisa conhecer, antes da sua definitiva aceitação, se o
pensamento do profano está de acordo com os princípios da Ordem. O
Ap.’. já é conhecidoda Loja e não mais precisa ser questionado.
6 – A idade do Ap.’. é 3 anos e do Comp.’., 5 anos.
A idade do Ap.’. é de 3 anos, porque na antigüidade esse era o tempo
necessário para seu preparo. O 3 indica que o Ap.’. deve-se encerrar em
seu mundo interior.
A idade do Comp.’. lembra a “Quintessência” e os “Cinco Sentidos” .
(Ver: Quintessência e Sentidos)
A idade do Comp.’. significa que ele está mais avançado na vida maçônica
que o Ap.’. mas ainda tem muito caminho para percorrer até chegar à
perfeição iniciática.
7 - O Sinal do Ap.’. é diferente do Sinal do Companheiro.
Ambos SS.’. lembram o juramento do grau, acrescentando o
Companheiro o compromisso de amar fervorosa e dedicadamente seus
irmãos e ele, com sua m.’. d.’. levantada reafirma a sinceridade da
promessa feita.
8 – A Marcha do Ap.’. tem 3 passos e a do Comp.’. tem 5 passos.
Ambas lembram o número do Grau, que se repete na idade, nas batidas,
no Toque, etc.
30
9 – Os passos da marcha do Ap.’. tem uma direção só e a do
Comp.’. desvia-se de direção.
A Marcha do Ap.’. tem uma direção única simbolizando que ele ainda
não pode apartar-se de seu caminho porque sem maiores conhecimentos
ele se perderia e não conseguiria voltar mais.
O Comp.’. está suficientemente instruído para marchar em mais de uma
direção mas sempre seguindo a linha reta em que foi colocado pela
Ordem; ele pode-se desviar e voltar simbolizando que se nos desvia a
afetividade, podemos voltar a linha reta pela razão, ou que tomamos luz
dos Mestres para levar para nossos irmãos AAp.’., ou que podemos
procurar a verdade em outros caminhos.
10 - As PP.’. e SS.’. são diferentes. A P.’. S.’. do Ap.’. significa
força, moral, apoio e a do Comp.’. significa estabilidade, firmeza. Ambas
lembram a respectiva coluna da entrada do Templo.
11 – O Ap.’. não tem P.’. de P.’.
De acordo com a antiga tradição, o Ap.’. ficava 5 anos encerrado no
Templo para o qual entrava após 2 anos de observação por parte dos
CC.’. e dos MM.’. sem se comunicar com o mundo profano e, caso
deixasse o Templo, ele jamais voltaria, não precisando assim de P.’. de
P.’.
12 – A forma de transmitir a P.’. S.’. é diferente.
Como o Ap.’. não sabe ler nem escrever, sabendo apenas soletrar, não
pode dar a P.’. S.’. precisando que quem a pede, dê a primeira letra e ele
da à segunda.
O Comp.’. não é mais ignorante e ele pode dar a P.’. S.’. sem ter que
receber auxílio.
13 – A abertura do L.’. da L.’. é diferente. No grau de Ap.’. o L.’.
da L.’. é aberto no Salmo 133 e são lidos os versículos 1, 2 e 3 que elogia
a fraternidade que deve reinar entre os Irmãos. No grau de Companheiro
o L.’. da L.’. é aberto em Amós, cap. 7, e são lidos os versículos 7 e 8,
que critica os israelitas que não usaram o prumo nas construções.
14 – A colocação do Esq.’. e Comp.’. são diferentes. No grau de
Ap.’. sobrepõe- se o Esq.’. e o Comp.’. sobre o L.’. da L.’.; o Comp.’.
com as pontas voltadas para o Oc.’. cobertas pelas pernas do Esq.’. que
apontarão para o Or.’.. O Esq.’. simboliza a parte material que por
31
enquanto no Ap.’. sobrepõe- se à parte espiritual representada pelo
Comp.’.
No grau de Comp.’. sobrepõe- se o Esq.’. e o Comp.’. entrelaçados
sobre o L.’. da L.’.; o Comp.’. com as pontas voltadas para o Oc.’.
ficará com a ponta que aponta para o Sul sobre o Esq.’. e a outra sob o
mesmo, simbolizando que no Comp.’. a parte espiritual começa a
sobrepor à parte material e é na parte do Sul (o Norte permanece nas
trevas, no Hemisfério Norte) que a parte espiritual começa a se destacar.
15 – As colunas B e J no grau de Ap.’. ficam encimadas por 3 romãs
e no grau de Comp.’. a coluna B por um globo terrestre e a coluna J por
um globo celeste.
No grau de Ap.’. as romãs simbolizam a união entre os maçons, a
igualdade deles, à procura de Deus, à ajuda aos seus semelhantes e lembra
outros valores dos maçons.
No grau de Comp.’. o globo terrestre e o globo celeste simbolizam a
universalidade da Ordem.
16 – A Loja de Comp.’. tem janelas.
A Loja de Ap.’. não tem janelas, estando iluminada unicamente pela luz
que vem do Or.`..
Uma Loja de Comp.’. é iluminada por 3 janelas situadas no Or.’., no Sul
e no Oc.’.; no Setentrião (Norte) não existe janela porque a luz nunca
vem dessa direção (hemisfério Norte).
17 – O Ap.’. usa o avental com a abeta levantada e o Comp.’. abaixa
a abeta de seu avental.
O Ap.’. usa a abeta levantada para proteger o chacra localizado na região
epigâstrica dos cascalhos da pedra bruta que ele está desbastando; e para
lembrar permanentemente a ele que a parte espiritual (representada pelo
triângulo) deve estar acima da parte material (representada pelo
retângulo) do avental.
O Comp.’. já terminou o desbaste da pedra bruta (não precisa de
proteção) e ele já conhece a diferença entre a parte espiritual e a material;
não precisa ser lembrado.
32
E
ESCADA CARACOL
Escada no Templo de Salomão, em cujo cimo chegava-se a CÂMARA
DO MEIO DO TEMPLO, na qual os antigos irmãos companheiros
subiam para receber seus salários. Era constituída por 3, 5 e 7 ou mais
degraus, porque TRÊS governam a Loja, CINCO a constituem e SETE
ou mais a tornam perfeita. A lenda da escada em caracol pode também
ser considerada como alegoria, na qual um jovem, tendo passado à
adolescência como Aprendiz, e a virilidade como Companheiro, tenta,
ousadamente, avançar e subir, apesar do caminho tortuoso e a sua subida
difícil, na esperança de, pela diligência e pela perseverança, chegar à
idade madura como um Mestre esclarecido.(Ver:Três,Cinco e Sete)
ESCADA DE JACÓ E SEUS SÍMBOLOS
Composta de muito degraus, cada um deles representa uma das Virtudes
exigidas ao Maçom para caminhar em busca da perfeição moral.
Em sua base, centro e todo, destacam-se três símbolos, muito conhecidos
do mundo profano: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE, virtudes teologais
que devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser humano,
principalmente do Maçom, que não se deve esquecer, jamais, de
depositar FÉ no G.’.A.’.D.’.U.’. , ESPERANÇA, no aperfeiçoamento
moral, e ter CARIDADE para com seus semelhantes. A Fé é a sabedoria
do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo. A Esperança é a
força do espírito, amparando-o e animando-o nas dificuldades
encontradas no caminho da vida. A Caridade é a beleza que adorna o
espírito e o coração bem formados, fazendo com que neles se abriguem
os mais puros sentimentos humanos.
33
É o caminho iniciático da perfectibilidade. Nesta escada aparecem três
símbolos:
- A Cruz que significa a Fé, ou seja, os sentimentos de confiança e
certeza e a convicção da existência do G.A.D.U.;
- A Âncora, que simboliza a Esperança e sugere aos maçons a segurança
com que se pode alcançar os verdadeiros objetivos da vida; e
- O Cálice, que simboliza a Caridade, o verdadeiro amor que o maçom
deve dedicar ao próximo, cuja prática está na disposição de auxiliar o
nosso semelhante.
ESPADA
Embora, use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta do
grau de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agora
companheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos do
mesmo grau ou superior.
A ESPADA é o Poder do Verbo Criador.
ESPADA SOBRE O PEITO
Nesta revisão do caminho recorrido, a espada apontada sobre seu peito
recorda ao novo companheiro seu ingresso no Templo, na cerimônia de
iniciação como Aprendiz. Este é, efetivamente, um dos sentidos
simbólicos da mesma.
Como na iniciação do Aprendiz, a espada sobre o peito indica
fundamentalmente a dor que sempre nos faz "dirigir para dentro",
pensar, reflexionar, discernir e saber. Não pode existir sabedoria que não
se faça de alguma maneira amadurecido com a dor; assim como também
34
todos nossos sentidos e faculdades nasceram e se manifestaram
evolutivamente sob seu estímulo benéfico.
Para o Companheiro, a espada do Experto que o impulsiona em seu
movimento retrógrado, representa sobre tudo, aquele irrefreável desejo
que nasce em seu mesmo coração e o impulsiona a abandonar todas as
regras que seguiu até então, para conquistar a liberdade que lhe aparece
comoBem Supremo e como a coisa mais desejável. Ao mesmo tempo,
nasce uma espécie de remorso que esconde em si o constante anelo de
progresso inerente em todo ser humano, e que o segue constantemente
naquela recaída, que é a primeira conseqüência da liberdade que
acreditou poder conquistar abandonando as regras seguidas até então;
este mesmo remorso, esta voz da consciência que representa a espada, e
faz sentir sempre mais forte a regra interior que será para ele desde agora
Lei Suprema de sua conduta.
Portanto mais que uma ameaça, a espada representa uma indicação:
mostra ao Companheiro onde tem de buscar de agora em diante a régua
perdida, a lei de sua conduta, e o novo instrumento (o sétimo
instrumento necessário na Grande Obra de Construção Individual) que
em seu próprio coração, nas profundezas de seu eu, no centro se seu Ser,
deve haver efetivo, com o reconhecimento de sua verdadeira natureza, e
com a intuição que o faz canal e veículo da Inspiração Divina. Este é o
sentido real da espada que se acha apontada sobre seu peito, já não para
ameaçá-lo, senão para guiá-lo a reconhecer o privilégio de sua Divina
Liberdade e fazer de tal privilégio o uso mais sábio e mais inteligente.
Assim, pois, mostra a espada ao novo Companheiro a necessidade de
conhecer-se a si mesmo, para que possa assim contestar a pergunta Quem
somos?, que é o problema iniciático deste grau.
ESPIGA DE TRIGO
É tomada como símbolo da universalidade, da evolução espiritual e da
indestrutibilidade da vida, e nos mistérios de Elêusis o era do supremo
mistério. Simboliza o 2º Grau (Companheiro).
(Ver: Palavra de Passe)
35
ESQUADRO
Permite controlar o corte das pedras que devem ser estritamente
retangulares, para se ajustarem, com exatidão, entre si. O Esquadro
determina as condições de solidariedade. É o emblema da Sabedoria, pois
ensina-nos que a perfeição consiste, para o indivíduo, na justeza com que
se coloca na sociedade. É a jóia (móvel) usada pelo Venerável Mestre,
que nos induz a corrigir os defeitos que nos impeçam de manter,
firmemente, nossa posição na construção humanitária. O ESQUADRO é
o TAU, é a Experiência e o Acerto.
ESTRELA FLAMEJANTE OU FLAMÍGERA
A pentagonal, um dos ornamentos da Loja. É o símbolo da Divindade
Cósmica, e para tornar isto mais evidente, traz inscrita em seu centro a
letra "G", alusiva a DEUS (ou Geômetra). O Fogo Sagrado sob a Estrela,
é o reflexo deste e o símbolo de nosso Espírito, "feito à imagem e
semelhança do Criador". É o emblema individual do Companheirismo,
"o astro que ilumina a Loja de Companheiros", onde figura ao Oriente,
acima do Venerável, ou ao Ocidente, entre Colunas, ou ainda acima do
pedestal do 2º Vigilante. É considerada o símbolo do Companheiro,
porque o Companheiro é chamado a tornar-se foco ardente, fonte de luz
e de calor. A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao
devotamento sem reservas, mas com discernimento, porque está aberta a
todas as compreensões. Suas cinco pontas significam figurativamente os
quatro membros dos homens e a cabeça que os governa. Como símbolo
das faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou da
matéria. Assim, a Estrela Flamejante é, mais particularmente, emblema
do PODER e da VONTADE. A Estrela Flamejante está colocada entre o
Sol e a Lua, de maneira que com eles, forme um triângulo, irradiando a
luz do Sol e da Lua, afirmando que a inteligência e a compreensão
procedem, igualmente, da RAZÃO e da IMAGINAÇÃO.
(Ver: Simbologia Numérica)
36
EXALTAÇÃO
Vencido o interstício legal, o candidato achando-se em condições de subir
de grau, apresentará um trabalho escrito sobre qualquer tema do grau.
Posteriormente, em sessão previamente marcada, haverá a sabatina do
candidato, em Loja. No caso do candidato ser aprovado o mesmo será
exaltado ao Grau de Mestre Maçom.
A exaltação dos candidatos se fará em sessão especial.
F
FACULDADES DO SER HUMANO
PENSAMENTO - O pensamento é a faculdade que temos de
conhecer as coisas e nos relacionar intimamente com elas: a faculdade
por meio da qual nossa mente plasma uma imagem das coisas exteriores,
que percebe por meio dos sentidos, e na base a qual forma conceitos e
idéias mais ou menos particulares ou gerais, concretas ou abstratas, com
mais ou menos claridade segundo seja a intensidade da impressão e da
reflexão.
Dado que tudo no Universo é vibração, podemos dizer também que o
pensamento é vibração da mente, assim como o som é do ar, a luz do
éter, com a eletricidade, o calor, etc.
Esta vibração mental afeta uma forma e um aspecto particular, com os
quais os reconhecemos interiormente nesta consciência.
Por conseguinte, o pensamento é o produto da atividade de nossa mente
estimulada pela ação exterior dos sentidos ou interior da vontade, e desta
atividade adquirimos consciência em diferentes graus, segundo se
manifesta interiormente a luz de nosso eu e interiormente o percebemos
nessa luz.
Assim como há pensamento consciente há também pensamento
subconsciente, que está mais alem do raio da consciência, o qual se
desenvolve na forma mais ou menos automática, relacionando-se sempre
com o pensamento consciente, do que representa como uma penumbra,
um reflexo ou ressonância obscura, porem não por esta razão inteligente.
37
CONSCIÊNCIA - O estudo do pensamento leva naturalmente
ao da consciência, sendo esta causa direta ou indireta de todo
pensamento, seja consciente, seja reflexo ou subconsciente.
Consciência (no latim conscientia) vem de conscire que significa "dar-se
conta", "perceber", "fazer-se sábio", "adquirir conhecimento" de algo. É
a faculdade central e primordial de nosso ser, o que chamamos nosso eu e
que é o fundamento permanente de todas nossas experiências. É o fulcro
interior e o centro de gravitação indistintamente de todas as
manifestações de nossa personalidade. A celebre frase de Descartes
"cogito, ergo sum" expressa, no fundo uma inexatidão. Na realidade não
somos porque pensamos, senão melhor, pensamos porque somos: o fato
de ser é fundamental, sendo anterior a nossa capacidade de pensar. Em
vez de ser uma necessária demonstração de nossa existência, pensar numa
consciência da mesma: e o fato de ser, anterior a toda outra consideração.
Se não fossemos, tampouco poderíamos pensar que pensamos, nem
portanto que somos.
Enquanto somos, pensamos, e adquirimos consciência de nossos
pensamentos.
Base de todas nossas faculdades, nossa consciência é a luz interior que nos
ilumina, "aquela luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo",
que dizer a percepção da realidade objetiva. Sem ela seríamos
simplesmente autômatos inconscientes, incapazes de pensar, saber,
julgar, querer, eleger e dirigir-mos. Seu desenvolvimento, ou melhor
dito liberação e expressão, caracteriza no homem o desenvolvimento de
suas mais elevadas possibilidades.
INTELIGÊNCIA - Estreitamente relacionada com o pensamento
e com a consciência, se acha a inteligência, palavra que provem do latim
intelligere, quer dizer, inter-legere ou inter-ligare "ler dentro" ou
entreligar". É pois a faculdade de ler ou penetrar dentro da aparência das
coisas, interligando-as e reconhecendo o laço ou nexo interior que as une
e manifesta sua "gênesis" origem nas diferentes analogias.
Por meio de sua Inteligência - ou consciência aplicada ao pensamento - o
homem chega a conhecer a verdadeira natureza do mundo que o rodeia,
de si mesmo e todas as coisas que caem sob seus sentidos; compara estas
38
coisas, as classifica, as distingue e as relaciona umas com as outras e se
forma assim conceitos e idéias sempre mais abstratas e gerais, retirados
do particular e concreto. Assim, pode descobrir, reconhecer e formular
as Leis e Princípios que governam o Universo, assim como os que
governam seu próprio ser interior, sua própria vida íntima psíquica,
intelectual e espiritual.
A inteligência, é pois, o uso consciente que fazemos de nossa faculdade
de pensar, sendo este uso consciente do pensamento o que nos distingue
dos seres inferiores (que também pensam, porem com um grau inferior
de consciência, e portanto, deinteligência), e ao mesmo tempo
caracteriza e mede o desenvolvimento ou grau de manifestação da
consciência.
Desde inteligência instintiva, quase automática, que caracteriza o reino
mineral, determinando a afinidade atômica e governando a formação dos
cristais assim como a atividade físico-química, passamos a um grau
superior de inteligência (igualmente instintiva, porem menos automática)
no reino vegetal, cujas funções são mais complexas e mais livres, em que
seja difícil falar de liberdade nos reinos inferiores, segundo o sentido
humano da palavra.
Certo grau rudimentar de liberdade se manifesta naquela inteligência que
produz a afinidade eletiva, que é a causa da seleção e evolução das
espécies, seja no reino vegetal como no animal. Chegamos assim aos
instintos da vida animal, e, destes, a inteligência humana, caracterizada
pela razão consciente que pode ascender do concreto ao abstrato, da
percepção puramente física, ao discernimento de uma realidade
metafísica.
VONTADE - Companheira da inteligência e de seu
desenvolvimento, em seus estados sucessivos, a Vontade é a faculdade de
desejar e querer. A vontade é a gêmea da Inteligência: enquanto esta é a
faculdade passiva e luminosa de nosso ser, a que determina e guia nossos
juízos, a Vontade é aquela faculdade ativa por excelência, que nos
impulsiona a ação, traduzindo-se em esforço construtor ou destrutivo,
segundo a particular direção da Inteligência. As duas faculdades estão
assim constantemente relacionadas e se determinam e influenciam
mutuamente.
39
O Pensamento, dirigido pela Inteligência, prepara a linha ou direção na
qual se canaliza e segundo a qual atua a Vontade, enquanto esta, por sua
vez determina e dirige a atividade intelectiva do pensamento, sendo a
Consciência o centro motor estático determinante das duas.
Assim como há consciência e subconsciência, pensamento consciente e
pensamento subconsciente e, portanto, inteligência racional como
instintiva, há também uma vontade instintiva ou automática ao lado da
vontade inteligente ou racional. A primeira é a que constitui nossos
desejos e nossos impulsos, em comum com os animais e seres inferiores,
enquanto a segunda é o resultado da reflexão, o fruto de uma
determinação inteligente.
Por sua íntima natureza, o progresso destas duas faculdades deve estar
constantemente relacionado. A marcha do Aprendiz, indica este
processo: a cada passo do pé esquerdo (passividade, inteligência,
pensamento), deve corresponder igual passo do pé direito (atividade,
vontade, ação) em esquadro, ou seja em acordo perfeito com o primeiro.
LIVRE ARBITRIO - Como coroamento e conseqüência
necessária do estudo das faculdades humanas, chegamos ao problema do
determinismo e do livre arbítrio, um problema sobre o qual muito se
discutiu doutos e sábios em todos os tempos, pois de sua solução depende
a irresponsabilidade ou responsabilidade do homem e, portanto, a
utilidade de todo esforço.
A solução deste problema é de importância fundamental para o maçom,
pois se o homem não for livre em suas ações e determinações a
Maçonaria, como Arte Real da Vida, não teria razão nenhuma de existir.
O Companheiro, que reconheceu interiormente a verdadeira natureza de
suas faculdades, se acha agora perfeitamente capacitado para resolver-se.
É sem dúvida, que a vontade, e por conseqüência a atividade do homem e
o fruto de suas ações, se acham determinados pelo o que ele pensa, julga
e vê interiormente. Assim pois, o que o faz único e como obra em
determinadas circunstância, o que elege constantemente (seja esta eleição
40
consciente ou inconsciente), depende de sua maneira de pensar, de sua
claridade de mente, de seu juízo e de seus conhecimentos.
Por conseqüência, livre arbítrio e liberdade individual existem para o
homem em proporção do desenvolvimento de sua Inteligência e de seu
Juízo.
Para o homem inteiramente dominado por suas paixões, instintos, vícios
e erros, não existe o livre arbítrio, como existe para o homem iluminado
e virtuoso. Os instintos e as paixões determinam constantemente seus
atos assim como os do animal e o ata ao julgo de uma fatalidade que é a
conseqüência ou concatenação lógica das causas e dos efeitos, ou seja a
dupla reação interior e exterior de toda ação.
Mas para quem se esforça constantemente em dominar-se e dominar suas
paixões, elegendo constantemente o mais reto, justo e elevado, o livre
arbítrio, no sentido mais amplo da palavra, é uma realidade, pois por
meio desse esforço se liberta dos vínculos que atam ao homem instintivo
a seus erros e paixões: conhece a Verdade e a Verdade o faz livre.
Portanto, assim como o homem passa do domínio do instinto ao domínio
da inteligência, e da cega obediência a suas paixões a uma clara e
inteligente determinação ou, em outras palavras, do erro à Verdade e do
vício à Virtude, assim passa igualmente do domínio da fatalidade que é
própria de sua natureza instintiva ou inferior, ao domínio da liberdade,
própria de sua natureza divina ou superior, e esta se afirma
constantemente sobre aquela.
Este é o caminho da liberdade que a Maçonaria indica aos homens nas
diferentes viagens ou etapas de seu simbólico progresso. Caminho e
progresso que se realizam por meio do esforço individual sobre a Senda
da Verdade e da Virtude, as duas colunas que dão acesso ao Templo da
Divina Perfeição de nosso Ser.
FAMÍLIA
A Maçonaria por ser uma associação de pessoas com os mesmos interesses
e por sua fraternidade, é considerada uma grande família: a família
maçônica. A expressão “em família”, maçonicamente serve para designar
as Sessões em que, em caráter excepcional, são abolidas as formalidades
41
ritualísticas, principalmente o uso da palavra, que não depende da formal
e normal tramitação.
FERRAMENTAS (Ver: Instrumentos do Comp.`. Maçom)
G
G.`.A.`.D.`.U.`.
(Ver: Deus e Deveres do Comp.`. para com o G.`.A.`.D.`.U.´.)
GENIO (Ver: Letra G)
GEOMETRIA (Ver: Artes Liberais e Letra G)
GERAÇÃO (Ver: Letra G)
GLOBO TERRESTRE E CELESTE
Esferas que encimam as colunas B.`. e J.`., respectivamente, e assinalam
a Universalidade da Maçonaria.
GNOSE (Ver: Letra G)
GRAMÁTICA (Ver: Artes Liberais)
GRÃO DE TRIGO
O Iniciado é simbolizado pelo Grão do Trigo, atirado e sepultado no
chão, para que germine e abra; para que inicie um novo ciclo com seu
próprio esforço, pois contém em si mesmo todas as possibilidades da vida
e iniciará seu caminho para a Luz.
(Ver: Palavra de Passe)
42
GRAVIDADE (Ver: Letra G)
H
HEXAGRAMA (Ver: Simbologia Numérica)
HIRAM
Rei de Tiro, que manteve amizade e aliança com Davi e depois com o
sábio Rei Salomão. Ajudou a edificar o Templo de Jerusalém, enviando-
lhes material e operários, bem como o hábil artífice HIRAM-ABIFF. Foi
uma dos três Grão-Mestres na construção do Templo.
HIRAM-ABIFF
Também chamado de HIRAM-ABI. Hábil decorador e metalúrgico, foi
enviado por Hiram, Rei de Tiro, ao sábio Rei Salomão, para trabalhar os
querubins, colunas e adornos do suntuoso Templo de Jerusalém.
Responsável pela fabricação das Colunas de bronze e dos vasos sagrados,
nos terrenos argilosos das margens do Rio Jordão, entre Sucó e Zeredatá.
Foi um dos três Grão-Mestres da construção do Templo, junto com o Rei
Salomão e o Rei Hiram.
I
IDADE DO COMPANHEIRO
5 anos.
I.`.N.`.R.`.I.`.
Tetragrama que encerra o significado secreto da Palavra Sagrada. Esta
Palavra Sagrada não é pronunciada. É solicitada por meio de
interrogatório especial nos Graus Superiores
43
INSTRUMENTOS DO COMPANHEIRO
São 09 os instrumentos do grau de Companheiro que aparecem no Painel
do Grau, sendo que os 06 primeiros são utilizados nas viagens na sessão
de Elevação:
1 -O MALHETE (ou MAÇO) é a Fortaleza .
2 -O CINZEL é a Determinação.
3 -A RÉGUA é o Equilíbrio.
4 -O COMPASSO é a Harmonia dos pólos .
5 -A ALAVANCA é a Potência e a Resistência.
6 -O ESQUADRO é o TAU, é a Experiência e o Acerto.
7 -O PRUMO é o Ideal realizador para o mundo.
8 -O NÍVEL, é o Esforço, a Superação e o Equilíbrio.
9 -A TROLHA (pá de pedreiro) é o Serviço e a Caridade .
OBS.’.
A ESPADA
Embora,use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta do
grau de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agora
companheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos do
mesmo grau ou superior.
A ESPADA é o Poder do Verbo Criador.
INTELIGÊNCIA
É a faculdade que penetra, para ler no interior das aparências. Por meio
da Inteligência (que é a Consciência aplicada ao Pensamento) o homem
chega a conhecer a natureza de todas as coisas que caem sobre seus cinco
sentidos, e, assim por meio desta faculdade, já poderá conhecer as Leis
44
que governam o Universo, e, sobretudo, AQUELAS QUE GOVERNAM
SEU PRÓPRIO MUNDO INTERNO, SUA PRÓPRIA VIDA ÍNTIMA,
FÍSICA, MENTAL E ESPIRITUAL. Com a Inteligência, o homem se
distingue do animal, porque com ela, já pode usar a Vontade, bem como
usar conscientemente o intento do Pensamento, o que o distingue dos
seres inferiores à sua escala. (Ver: Faculdades do Ser Humano)
J
JANELAS
São três as janelas que iluminam a Loja de Companheiros, e ficam
situadas respectivamente no Oriente, Sul e Ocidente. No Norte não
existe janela porque a luz nunca vem dessa direção. As janelas servem
para iluminar a Loja à entrada e à saída dos Obreiros.
Enquanto o Templo não tem no grau de Aprendiz nenhuma janela,
significando-se com isto que a luz há de se buscar unicamente no interior,
o companheiro reconhece e utiliza no mesmo três janelas que se abrem
respectivamente ao Oriente, ao Ocidente e ao Meio dia e servem,
segundo nos diz, para iluminar aos obreiros quando vêem ao trabalho,
enquanto trabalham e quando se retiram.
Estas janelas se referem, evidentemente, a Luz que o Companheiro,
depois de havê-la buscado em seu foro interno em seu estado de
Aprendiz, se acha agora em grau de perceber, as novas capacidades
intelectivas que se desenvolveram nele, e que o permitem agora sentar-se
na região clara do Sul, podendo suportar a plena luz do Sol e julgar as
coisas com maior profundidade.
A janela do Oriente representa seu conhecimento metafísico da Realidade
do universo e dos Princípios e Leis que o governam, constituindo o
fundamento geométrico-genético da "realidade objetiva". Esta se percebe
e reconhece pela janela do Ocidente, símbolo da ciência física, do
conhecimento e da experiência exterior das coisas. Enquanto a janela do
Meio-dia, se refere, como é evidente, a seu próprio mundo interior, a
sua consciência e inteligência, por meio das quais trabalha, elaborando e
relacionando interiormente os materiais e conhecimentos obtidos do
45
exterior em harmonia com os planos (Princípios e Leis) reconhecidos
através da janela do Oriente.
As três janelas denotam, por conseqüência, três distintos gêneros de
experiência que podem considerar-se como três mundos distintos: o
Mundo Divino, ou experiência da realidade transcendente, o Mundo
Interior ou experiência da realidade subjetiva, e o Mundo Exterior ou
experiência da realidade objetiva, segundo os quais o Companheiro tem
que Orientar o Templo de sua vida individual, para que seja
constantemente iluminado em seus três lados ou gêneros de atividade,
quando ingressa no Templo, enquanto trabalha nele, e quando se retira.
O ingresso no Templo corresponde, pois, a capacidade de abstrair-se das
coisas e imagens exteriores, concentrando sua atenção na Realidade
Transcendente que constitui o Mundo Divino. A janela através da qual se
percebe esta simbólica Luz do Oriente, ou seja, da origem das coisas, se
acha dentro de nosso mesmo "eu", ao Oriente ou origem de nossa vida e
de nosso ser. A percepção desta Luz, ou seja, o impulso vital de nosso Ser
Espiritual, é a que marca ou assinala o início da atividade maçônica.
O trabalho é a mesma atividade interior de nossa Inteligência, iluminada
pelo desenvolvimento (Meio dia) de suas faculdades mentais: a lógica e a
memória, a percepção e o juízo, a compreensão e o discernimento,
relacionando os Princípios com suas expressões visíveis e as Causas com
os Efeitos. E quando o sol se acerca ao Ocidente, quer dizer, quando a
Realidade nos apresenta unicamente em sua aparência exterior, é quando
saímos de nosso íntimo Santuário, para enfrentarmos com o mundo da
matéria.
As horas que transcorrem entre o meio dia e o por do sol são portanto as
que caracterizam o mais proveitoso e fecundo trabalho do Companheiro,
quando podem colocar-se em seus lugares os materiais preparados pelos
Aprendizes nas horas da manhã. Ou seja, simbolicamente, tirar proveito
das luzes, experiências e conhecimentos adquiridos, aplicando-os
construtivamente.
Neste trabalho se esforça o Companheiro em "ajudar os Mestres", posto
que até que não haja adquirido a capacidade de sentar-se ao Oriente,
estabelecendo-se no estado de consciência superior que caracteriza o
Magistério, deve forçosamente limitar-se a aplicação dos planos ou
46
ensinamentos que recebe, empenhando-se por meio das mesmas em
alcançar a perfeição. E se dedica a esta tarefa com alegria fervor e
liberdade, caracterizando esta atitude mental todo esforço efetivo sobre a
senda do Progresso.
JÓIAS DA LOJA
3 móveis:
o ESQUADRO, (Insígnia do Venerável Mestre)
o NÍVEL ( que decora o Ir. 1º Vigilante)
o PRUMO ( que decora o Ir. 2º Vigilante)
São chamadas de Jóias móveis, porque, além de passar a novos
serventuários, o Esquadro regula o talhe das pedras, de que o Nível
assegura a posição horizontal, enquanto o Prumo permite que sejam
colocadas verticalmente.
3 fixas:
a PEDRA BRUTA
a PEDRA CÚBICA
a PRANCHETA DA LOJA
JURAMENTO
Eleito o Reto Caminho da Verdade e da Virtude, lhe abre novamente a
senda do Oriente, até que chegue diante da área, aonde tem que dobrar o
47
joelho esquerdo, significando com ele o domínio adquirido sobre seus
instintos e paixões conservando a direita em esquadro, como prova de
retidão e firmeza de sua Vontade, para tomar somente a obrigação
inseparável deste grau, na que permanece segundo a cumpre.
A primeira obrigação do Companheiro é um grau maior de discrição, do
que se exigiu ao Aprendiz: não deve o Iniciado do Segundo Grau calar-se
unicamente em presença dos profanos sobre os Mistérios da Ordem,
senão que deve cuidar de não revelar aos Aprendizes o que não lhes
pertence conhecer.
Quer dizer, que não deve falar aos iniciados que se encontram em seus
primeiros esforços, de coisas que não podem compreender e suportar e
que, por conseguinte, melhor que proveitosas, lhes seriam inúteis e
daninhas: "os lábios da Sabedoria devem permanecer mudos a não ser
para os ouvidos da compreensão", proporcionando o Iniciado suas
palavras a exata medida do entendimento de quem os ouve.
A segunda e terceira se referem a seus deveres para com a Ordem e seus
Irmãos, dos quais promete ser fiel e leal companheiro, defendendo-os,
socorrendo-os e livrando-os, quando estiver em seu poder, de todo
perigo que os ameace.
A quarta e a quinta são seus deveres de Maçom para consigo mesmo:
esforça-se constantemente sobre a Senda da Verdade e da Virtude,
servindo-se dos instrumentos dos quais aprendeu o uso, e mantendo-se
fiel ao Ideal mais elevado de sua consciência.
A disciplina do silêncio que lhe exige, a semelhança dos pitagóricos, com
os quais tem o iniciado deste grau especial parentesco, o fará exercitar-se
mais proveitosamente no estudo e na reflexão, progredindo na Lógica
que entre as sete artes, o Companheiro especialmente deve conhecer,
exercitando-se alem disso, por meio da mesma, na Aritmética e na
Geometria.
O grau maior de fidelidade à Ordem que lhe exige um melhor e mais
profundo conhecimento de seu caráter e finalidades, o farão na mesma
um Obreiro útil, verdadeiro companheiro de seus iguais e Mestres,
confirmando com um propósito mais definido e uma maior habilidade sua
boa vontade de Aprendiz, e cooperando com eles na Grande Obra de
Construção Universal que constitui o objeto social da Instituição.
48
Finalmente, seus esforços constantes para o Bem e sua fidelidade ao Ideal,
com aquela firmeza e perseverança que o diferenciam do Aprendiz, são
as qualidades que farão evidente a parte mais nobre e elevada de

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