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2 AS INFORMAÇÕES QUE VÊM A SEGUIR FORAM POR MIM COMPILADAS, DURANTE O PERÍODO DE ESTUDOS E TRABALHOS NOS GRAUS DE APRENDIZ (1994/95), DE COMPANHEIRO (1996/97) E DE MESTRE MAÇOM (1998 ATÉ HOJE). FORAM RETIRADAS DE DIVERSOS LIVROS E CATÁLOGOS MAÇÔNICOS DE MUITOS AUTORES, DOS MANUAIS DO GOMG DAS INFORMAÇÕES ESCRITAS E VERBAIS RECEBIDAS EM MINHA LOJA, A AUGRESPGRBENGRBENFE EXCCENTLOJ SIMB "ESTRELA CALDENSE", ORIENTE DE POÇOS DE CALDAS – MG, E DA COLABORAÇÃO DE MUITOS IRMÃOS, INTERESSADOS NO APRENDIZADO DOS IRMÃOS, SENDO IMPOSSÍVEL FAZER UMA BIBLIOGRAFIA COMPLETA DEVIDO ÀS ATUALIZAÇÕES CONSTANTES. DESDE JÁ AGRADEÇO A TODOS OS ESCRITORES MAÇONS E OS IRMÃOS QUE COLABORARAM COMIGO. O ÚNICO INTÚITO DESTE TRABALHO É AJUDAR AOS NOVOS IRMÃOS A FAMILIARIZAR-SE MAIS RAPIDAMENTE COM NOSSA ORDEM, E COM ISSO RETRIBUIR ÀQUELES IRMÃOS QUE ME PROPORCIONARAM TAIS CONHECIMENTOS. TODA MANIFESTAÇÃO DOS IRMÃOS COM A FINALIDADE DE MELHORAR OU CORRIGIR ESTE TRABALHO SERÁ RECEBIDA COM MUITO CARINHO. OS IRMÃOS QUE NÃO PERTENCEM AO G.´.O.´.M.´.G.´., DEVERÃO FAZER AS ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS AOS RITUAIS E REGULAMENTOS DE SUAS POTÊNCIAS. LUÍS ANTONIO GAIGA - MI MAIO/2012 TODAS ESTAS INFORMAÇÕES SÃO FRANQUEADAS SOMENTE AOS MAÇONS. 3 O COMPANHEIRO: É o Obreiro reconhecido apto para exercer sua arte, e consciente de sua energia de trabalho, cujo dever é realizar praticamente o plano teórico traçado pelos Mestres. O irmão se torna Companheiro no desejo de conhecer os Mistérios da Natureza e da Ciência, bem como o significado da letra Iôd e da Letra G. Os Companheiros têm assento ao Sul da Loja e devem trabalhar ao lado de seu Mestre, com LIBERDADE, ALEGRIA e FERVOR. Sua idade é de 5 anos, e esse número refere-se à QUINTESSÊNCIA, concebido como espírito universal das coisas ou como um quinto princípio, reduzindo à unidade o quaternário dos Elementos. Alude também, aos cinco sentidos, que revelam o mundo exterior, objeto de estudo do Companheiro, enquanto que o número três indica que o Aprendiz deve encerrar-se em seu mundo interior. INTRODUÇÃO O Aprendizado Maçônico equivale à infância, vez que, o Iniciado é nova criatura que fatalmente progride no seu crescimento, obviamente simbólico, atingindo a virilidade em busca da maturidade. Três são as imposições da jornada em direção ao Companheirismo: Trabalho, Ciência e Virtude. O Trabalho significa o esforço pessoal que abrange uma série de fatores, como a perseverança, o ideal, o entusiasmo, enfim, a disposição de prosseguir na jornada encetada. A Ciência diz respeito à instrução, não basta o trabalho "operativo" representado pela freqüência às sessões e desempenho dos encargos, é preciso o interesse em direção à cultura. 4 Tem-se discutido muito, se um profano analfabeto pode ser submetido à iniciação. A Maçonaria não exige uma elite intelectual, mas o interesse em evoluir; se o Iniciado for analfabeto, ele terá a obrigação de instruir-se, vez que a educação lhe é facilitada com uma multiplicidade de cursos para adultos existentes no País e até programados através de correspondência ou programas televisivos. Nunca é tarde para a instrução. Percorrido o caminho do Aprendizado, surge a oportunidade de encontrar a instrução. Essa é necessária para desenvolver o intelecto e abrir caminhos para a compreensão filosófica. Aí o Companheiro estará apto a praticar a Virtude. Cinco são as etapas a transpor e cada uma, simboliza uma parte da Ciência, a saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética e Geometria. Esse agrupamento, diante do progresso intelectual de nossos dias, nos parece tímido; contudo são aspectos científicos tradicionais que resumem uma maior gama de conhecimentos, como veremos mais tarde. Comparando a alegoria do sistema solar, o Companheirismo equivale ao posicionamento entre os equinócios da primavera e do outono, vez que, a Terra fecundada das chuvas primaveris, desenvolve todos os frutos que garantem a continuidade das espécies. A Loja do 2o Grau difere da Loja de 1o. Grau, os pontos diferenciais, a saber: - Cinco pontos luminosos; - A Estrela Flamejante brilha no centro de Loja, - No "Ara do Trabalho", sobre o qual são colocados, uma Régua, um Malhete, um Cinzel, uma Colher de Pedreiro e um Esquadro. - O traje é igual ao do Aprendiz, sendo que a Abeta do Avental será abaixada. - O Companheiro estará à ordem, mudando a postura, erguendo o braço esquerdo, pousando o direito sobre o coração na forma convencional. - Possui Palavra de Passe que lembra uma espiga de trigo. - A Palavra Sagrada é a mesma inserida na Coluna "J". - O Sinal é o convencional, bem como o Toque. - A Marcha é a do Aprendiz acrescida de dois passos oblíquos. 5 - A Bateria consta de cinco golpes; a Aclamação é a mesma do Aprendiz; o seu Salário é a passagem de uma Coluna para outra, da perpendicular ao Nível. - A Lenda do Grau revela a maturidade do homem. - O Trolhamento difere do Aprendiz e possui cinco perguntas; a idade do Companheiro é de Cinco Anos. - O Ritual Iniciático difere do Ritual do 1o. Grau; cinco são as viagens probatórias; e o juramento é o convencional. CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO Cerimônia de Iniciação só existe no Pr.’. Gr.’. As outras cerimônias são de Elevação para o grau de Companheiro e de Exaltação para o grau de Mestre Maçom. Nesta cerimônia o neófito não usa venda porque ele já conhece a Verdade, sua vista já é forte suficiente para resistir a luz dentro do Templo, mas não ainda para subir ao Or.’. Ele usou venda quando, como profano bateu nas portas do Templo e foi necessário ocultar de sua vista a Loja em trabalhos maçônicos. No Gr.’. de Ap.’. o profano deve esclarecer suas idéias sobre o Vício e a Virtude e no exame para o Seg.’. Gr.’. deve esclarecer o que aprendeu sobre a Verdade e a prática da Virtude; sem Virtude não de pode chegar à Verdade. A Elevação ao Seg.’. Gr.’. não é um prêmio, não é uma honra, não é um estímulo. É a continuação de um caminho de perfeição que o verdadeiro maçom tem-se traçado e que começou na sua cerimônia de iniciação. Diferentes nomes têm-se dados a esta cerimônia. Em algumas potências sul-americanas, sempre dentro do R.’.E.’.A.’.A.’., o Ap.’. está com a vista vendada e a cerimônia recebe o nome de Iniciação para o Seg.’. Gr.’. nas Lojas inglesas o nome dado é de “passing”, nome usado pelos operativos. Na França é Recepção no Seg.’. Gr.’.. Em outras potências sul-americanas, incluindo as Potências brasileiras, se fala de Aumento de Salário. Que a horizontal se faça vertical, a vertical horizontal, e assim sucessivamente, criando degraus para continuar na etapa de elevação. 6 Elevação lembra a subida à montanha como símbolo de elevação e purificação. Praticando valores morais, subimos pela Escala de Jacó. Nos ritos órficos (feitos em honra a um deus) o iniciado subia por uma escada de madeira. Lembremos os Ziqqurat ou ziguratos, que são templos de muita altura construídos pêlos babilônios e assírios, com uma estrutura piramidal construídos em degraus sucessivamente regressivos, com escadas externas e um escrínio (cofre ou armário no topo); o mais alto dos conhecidos foi a Torre de Babel. O homem procura se elevar para ficar mais perto de Deus. É o que vemos nos degraus que sobem ao Or.’. Primeira Viagem: Ferramentas: Maço e Cinzel, simbolizando a Vontade ativa, firme e perseverante e o Livre Arbítrio; fortifica-se a Vontade para chegar ao Livre Arbítrio.(Ver: Livre Arbítrio) Lembra os 5 órgãos dos sentidos. (Ver: Sentidos) Segunda Viagem: Ferramentas: Régua e Compasso, simbolizando a Harmonia e o Equilíbrio. Com elas podem-se construir todas as figuras geométricas existentes. Deus geometriza. A Régua traça a linha de conduta e o Compasso traça um círculo que indica o alcance de nossa linha de conduta. Esta Viagem tem por objetivo o estudo da Arquitetura e também a Agrimensura, que no Antigo Egito era sagrada e secreta. Terceira Viagem: Ferramentas: Régua na mão esquerda e Alavanca apoiada no ombro direito. Alavancasimboliza Potência e Resistência; Potência para regular e dominar a inércia dos instintos; a Alavanca é a Fé que move montanhas. Está relacionada com a Matéria. Tem duas extremidades: o Pensamento e a Vontade. Esta Viagem lembra as sete artes liberais do mundo antigo. (Ver: Artes Liberais) Quarta Viagem: Ferramentas: Régua e Esquadro que simboliza os propósitos segundo o ideal que inspira. Viagem destinada ao estudo da Filosofia. 7 Quinta Viagem: Sem ferramentas demonstrando o perfeito desenvolvimento das faculdades internas já enumeradas. Existe uma discussão pelo fato de o Ap.’., candidato a Comp.’., não portar ferramentas alegando-se que estaria ocioso, mas a verdade é que é uma Viagem de meditação, igualmente proveitosa para o trabalho que virá. Esta Quinta Viagem tem o mesmo sentido horário, conforme o rito de circunvolução. É errado o sentido inverso que em alguns textos ou rituais chegou a ser estabelecido pouco tempo atrás. A Espada contra o peito simboliza a proteção do Anjo da Guarda para o Homem que, expulso do Éden precisa defender-se do Mal que existe no mundo externo; que ele não entre no seu Templo interior. Das 5 Viagens do Comp.’. quatro são de estudo e uma de contemplação. As Viagens do Ap.’. estão estreitamente relacionadas com as quatro formas clássicas da matéria; as Viagens do Comp.’. não tem obstáculos físicos e são de tipo operativo e intelectual procurando a conquista das disciplinas cerebrais. Na antigüidade o viajante recebia todas as honras, hospedagem, alimento, vestuário, para poder prosseguir sua viagem; podia ser um enviado de Deus, um anjo portando uma mensagem importante para os homens ou um Profeta ou Grande Iniciado na procura de conhecimento para transmitir aos homens. As 5 Viagens são feitas conforme o rito da circunvolução; o Exp.’. deve conduzir o Ap.’. pelo braço esquerdo para não perder contato com o Altar. Na abertura dos trabalhos no Seg.’. Gr.’., o Oficiante abre o L.’. da L.’. em Amós, Cap. VII, Vers. 7 e 8. Após a leitura dos versículos, sobrepõe- se o Esq.’. e o Comp.’. entrelaçados com a perna esquerda do Comp.’. por cima e a direita por baixo das pernas do Esq.’.. O Profeta Amós (o nome significa aquele que leva algo consigo) foi um precursor do monoteísmo universal e criticou, no seu livro, violentamente diversas nações, em especial Judá e Israel pela hipocrisia religiosa, os costumes impuros, a corrupção dos que deveriam aplicar a lei, etc. Ele era um humilde homem do povo que querendo eliminar de Israel os maus governantes que abusavam do povo indefeso, percorreu o país durante 15 anos, clamando pelo retorno da justiça honesta e 8 ameaçando com o castigo divino. Amós pedia para o povo estudar para deixar de ser escravos, purificar suas mentes com a prática da virtude, conhecer e aplicar as tradições de seus antepassados para voltar a ser um povo forte e respeitado. Amós criticava o desnível entre ricos e trabalhadores sendo ele mesmo um cultivador de sicômoros, árvore que servia para a construção. Na sua visão do prumo Amós anuncia que os muros dos Templos, dos Tribunais e das casas dos hebreus, estão condenados a cair, pois eles foram construídos sem as ferramentas que dão estabilidade, conhecimento que foi esquecido por preguiça e por soberba. Aqui, o símbolo do prumo aparece em toda sua expressão moral e intelectual e com a mesma aplicação social que prega nosso Ritual. A perna do Comp.’. que fica por cima da perna do Esq.’. é uma alegoria que o espírito está superando á matéria. Ela está no lado Sul que é o lado mais iluminado da L.’. onde sentam os MM.’. e CComp.’. que desenvolvem, simbolicamente, um trabalho superior ao da Col.’. de AAp.’.. 9 ALGUMAS DEFINIÇÕES (ORDEM ALFABÉTICA) A ALAVANCA É o instrumento do poder de uma vontade inflexível, quando aplicada inteligentemente. A ALAVANCA é a potência e a resistência. ALFABETO MAÇÔNICO AMÓS – QUEM FOI O nome significa aquele que leva algo consigo. Pesquisas consideram Amós (750 AC) como o mais antigo dos Profetas Menores. A denominação de Profetas Menores refere-se exclusivamente à breve extensão de cada uma das obras escritas desses homens, que podem ser considerados no mesmo nível dos chamados Maiores. Amós foi o primeiro a colocar todas as nações da Terra debaixo da jurisdição moral do mesmo Deus de Israel, sendo um precursor da conceição de um monoteísmo universal. A tese central do livro está 10 contida no cap. 2, 6-16. Amós denuncia, com vocabulário e fraseados considerados dos mais violentos de toda a literatura universal, a hipocrisia religiosa, a vida religiosa que nada mais é senão uma espécie de sistema de segurança e ao mesmo tempo de alienação, não só do homem como de Deus. Amós dizia de si mesmo: Eu não sou profeta nem filho de profeta. Sou pastor e colho frutos de sicômoros (Amós 7,14). Amós surgiu quando pairava sobre os pequenos estados da Palestina a sombra ameaçadora da Assíria, no reinado de Jeroboão II (781-743 AC). Sua missão consistia em anunciar que Israel seria conquistada por vontade de Javé. Chegou o fim para meu povo de Israel. Não continuarei mais a perdoá-lo. Naquele dia, os cantos do palácio serão gritos de aflição - oráculo do Senhor Javé. Uma multidão de cadáveres lançados em qualquer parte ! Silêncio ! (Amós 8, 2 e 3). Para esse Profeta, o grande escândalo, o crime imperdoável da sociedade israelita, é a exploração dos pequenos pelos grandes. Ouvi isto: vós que engolis o pobre e fazeis perecer os humildes da terra dizendo (...) compraremos os necessitados por dinheiro e os pobres por um par de sandálias (...). Não estremecerá a terra por causa disto? Amós 8,4 e 8). Essa afirmação da destruição de Israel por seu próprio Deus obrigava a uma revisão dos conceitos que, até então, se tinham feito de Javé. Ele é um Deus que detesta o culto exterior e suas exigências são de ordem exclusivamente moral e espiritual. Os Profetas romperam assim com a conceição de que o ritual, ou manifestação exterior do culto, seria a base da religião, dando maior importância à vida moral interior. As exigências morais são feitas não só a Israel mas a todas as nações, das quais Javé é Senhor soberano e Juiz (Amós 1, 3 a 2, 16). Essa afirmação rompe os quadros estreitos da religião nacional e lança as bases para a concepção de Javé como uma divindade única para todos os homens. ... Para Amós, o pecado de Israel era a injustiça social. ... ARTES LIBERAIS GRAMÁTICA - Segundo o Aurélio é "o estudo ou tratado dos fatos da linguagem falada e escrita e das leis naturais que a regulam". 11 É a arte de falar corretamente. O Aprendiz, como regra geral pouco fala, mas o Companheiro para instruir-se deve manejar seu idioma corretamente, tanto no falar como no escrever. Sendo a maçonaria, também, uma Escola, essa parte que compreende à comunicação, deve ser fielmente observada; o Maçom deve ser humilde e aceitar as correções que possam lhes ser feitas. O discurso é a forma de o Maçom expressar-se aplicando o linguajar correto, buscando as belas palavras do vernáculo e fugindo da gíria; a perfeição é buscada também no uso da palavra. As regras vernaculares não podem ser deixadas para trás; a concordância, os acentos e o belo discurso devem preocupar todo Maçom. RETÓRICA - Segundo o mesmo dicionarista, Retórica "é a arte de bem falar; conjunto de regras relativas à eloqüência; livro que contém essas regras; ornatos empolados ou pomposos de um discurso". É a arte que dá eloqüência, força e graça ao discurso. O discurso pode ser apresentado escrito ou de improviso; em ambos os casos, as palavras deverão ser "medidas", exteriorizadas com acerto e elegância, banindo-se os empolamentos supérfluos, os termos vulgares; sobretudo, ser comedido; diz o sábio: "Se queres agradar, fales pouco"; não é o discurso longo e cansativo, repetitivo e vazio que há de atrair as atenções dos ouvintes; cada palavra proferida deve ter o seu "peso" exato. A eloqüência surge do agrupamento de palavras corretas formadoras de frases exatas, obedecidas as regras gramaticais.Esta arte, nos dias atuais, não vem sendo observada, mas ela não caiu em desuso; o falar do Maçom deve sempre agradar; a frase deve ter o conteúdo sábio; o ouvinte deve obter desse discurso, o alimento espiritual e científico. LÓGICA - Prossegue o Aurélio: "Ciência que estuda as leis do raciocínio; coerência". Embora "ciência", não deixa de ser uma Arte; a arte do raciocínio metódico; o conduto do pensamento para que se torne compreensível; a colocação exata do pensamento a ser transmitido, usando as premissas corretas. 12 A Palavra é um dom e quem o possuir não deve mantê-lo, apenas para si, mas exteriorizá-lo. A palavra consola, anima,excita e entusiasma. ARITMÉTICA - É a arte de calcular; é a ciência dos números; todo Maçom deve saber que é a chave de todas as ciências exatas. Ninguém prescinde da Aritmética no seu trato social. Difere da Matemática que é a ciência que tem por objetivo as medidas e as propriedades das grandezas. GEOMETRIA - É a arte de medir. O Companheiro inspirado na letra "G", que representa a imagem de Inteligência Universal, deve possuir o conhecimento sobre as medidas, medem-se todos os aspectos da Natureza exterior e interior; medem-se as palavras e as obras e para tanto, são usados instrumentos específicos. Na construção ela é vital porque nada pode ser feito, sem uma medida adequada, desde o ponto, às linhas retas e curvas e todas as demais dimensões. A construção principal a que deve dedicar-se o Maçom, é a do seu próprio Templo, símbolo de presença de Deus em si mesmo, no seu corpo físico, mental e espiritual. Os instrumentos de medida são símbolos que devem ser usados com razão e equilíbrio. ASTRONOMIA - E a arte de conhecer os astros e os seus movimentos; não deve ser confundida com a Astrologia que é a "arte de e conhecer o futuro pelos astros". Conhecer a lei que movimenta os astros, satélites, planetas é conhecer o Universo. A maioria dos símbolos maçônicos tem estreita ligação com a Astronomia. Há o Universo exterior e o Universo "de dentro"; conhecê-los é o maior desafio do Maçom. A Astronomia é simbolizada de forma genérica, na Abóboda Celeste dos templos maçônicos. MÚSICA - É a arte dos sons e de suas alterações; em Maçonaria, os sons são considerados de importância relevante, a partir das "Baterias", de Aclamação, dos Tímpanos, dos fundos musicais, dos rumores iniciáticos. 13 Os sons sensibilizam todo ser humano e conseqüentemente, a Natureza; o som é produzido pela vibração das moléculas do ar e podem ser definidos em agudos e graves. A percepção das nuanças sonoras apura o ouvido e sensibiliza a Audição. Toda cerimônia iniciática e mesmo todo trabalho em Loja, não dispensa o fundo musical, tanto que é mantido um oficial como Mestre de Harmonia. A educação do "ouvido", ou seja, o despertar da sensibilidade da audição, faz parte daquilo a que Platão se referia como "música das esferas celestiais", que eram os sons que podia absorver do Universo, através de um apurado ouvido espiritual. Os sons propagam-se na atmosfera e são permanentes; os sons espirituais são como os de estratosfera: silenciosos, mas sempre, vibratórios. A Música conduz o pensamento à meditação, e das Artes Liberais ela é a maior representação. Essas vibrações, o Maçom as recebe através da Audição e do Tato; todo o organismo capta os sons, os detém, analisa e coloca no "depósito" que é a mente. O cérebro absorve todos os sons, sem limites e os acumula qual poderoso computador. ARITMÉTICA (Ver: Artes Liberais) ASTRONOMIA(Ver: Artes Liberais) AVENTAL DE COMPANHEIRO Em algumas Lojas é branco e sem adornos como o de Aprendiz. Em outras Lojas tem as rosetas de azul pálido adicionadas ao avental, que indicam o progresso que está sendo feito na ciência da regeneração, e que a espiritualidade do Companheiro começa a brotar e desabrochar plenamente. O Companheiro cinge o Avental de modo diferente do Aprendiz; a Abeta triangular levantada no Aprendiz, agora é dobrada dirigindo o ápice para baixo. Enquanto Aprendiz, é inexperiente no desbaste da pedra bruta de seu próprio caráter e domínio de suas paixões, tem a necessidade de cobrir-se 14 e proteger-se também na região epigástrica (sede dos instintos animalescos). A COLOCAÇÃO DO AVENTAL A participação na Grande de Obra, de uma maneira diferente da do Aprendiz, leva consigo a necessidade de colocar-se de modo distinto o "vestuário de trabalho" representado pelo avental: a lapela triangular levantada no primeiro grau, deve agora dobrar-se dirigindo sua ponta para baixo. Enquanto o Aprendiz, por ser, inexperiente em sua obra de desbastar a pedra bruta de seu próprio caráter e dominar suas paixões, tem a necessidade de cobrir-se e proteger-se também na região epigástrica (que se considera como o assento dos instintos animais), esta necessidade desapareceu para o artista que se fez experto em seu trabalho e, aprendendo dominar-se, pode descobrir sem perigo tal região. Além disso, enquanto o triângulo com a ponta voltada para cima representa o fogo ou o elemento ativo do enxofre que tem que despertar em si e que deve animá-lo, assim como suas mais elevadas aspirações nas que tem que fixar constantemente o olhar para sustentar-se e dirigir-se, cessa esta necessidade para o Companheiro, que se estabilizou firme e irrevogavelmente em seus propósitos e cuja fidelidade é sua qualidade mais característica. O triângulo dirigido com a ponta para baixo representa agora a água ou elemento passivo do sal, quer dizer, seu nível de equilíbrio ou condição de igualdade, que é a conseqüência da firmeza e da perseverança em seus primeiros esforços. Representam assim os dois triângulos, respectivamente, o prumo e o nível que caracterizam os dois graus: a Força que o primeiro busca em sua Palavra Sagrada por meio de seu conhecimento do real; estabelecimento na consciência de tal Força, presente dentro de seu próprio coração, que com sua firmeza, fidelidade e perseverança, quer conseguir o segundo. 15 No centro da lapela deveria representar-se, neste grau, o pentagrama ou estrela que o simboliza, imagem do ideal ativo presente em seu ser que se acha estabelecido na condição de equilíbrio, firmeza e igualdade indicada pela lapela dobrada sobre o avental. Está muito difundido também o costume de dobrar de um lado, neste grau, a parte inferior do avental, para indicar que o Companheiro não é, um maçom completo. Este costume, estranha por certo às corporações medievais das quais herdou seu simbolismo a Maçonaria Moderna, representa a nosso juízo uma superficialidade, por quanto o maçom completo ou Mestre, tem outros signos e emblemas que o diferenciam do Companheiro. O Obreiro da Liberdade e do Progresso, Companheiro de seus Mestres e de seus semelhantes, deve levar como distintivo seu avental perfeitamente estendido, dobrando unicamente a parte superior para distinguir-se do Aprendiz, como símbolo de sua ativa participação no Trabalho Construtor que é o objetivo de nossa Instituição. B BATERIA É certo número de golpes ou pancadas, simbólicos, que durante a abertura, desenvolvimento e encerramento dos trabalhos de uma Loja são dados pelo Venerável e os Vigilantes com a ajuda do Malhete. A bateria de Companheiro é de cinco golpes. BATERIA DE LUTO Consiste em golpear no antebraço esquerdo, em memória a algum irmão que partiu para o Oriente Eterno. C CADEIA DE UNIÃO É uma tradicional prática de fraternidade que deve realizar-se, principalmente depois de terminados os trabalhos de uma Loja e serve para comunicar a Palavra Semestral, fornecida pelo Grão-Mestre. 16 CÂMARA DO MEIO Local onde os Companheiros, obreiros do Templo de Salomão, recebiam semanalmente seus salários, após terem subido a ESCADA EM CARACOL. Ao chegarem ao cimo da escada os antigos irmãos companheiros, se encontravam diante da CÂMARA DO MEIO, cuja porta, embora aberta, estava, simbolicamente fechada pelo 2º Vigilante, para todos que estivessem abaixo do grau de companheiro. Depois de darem o S, o T e as PP e outras provasconvincentes de que eram Companheiros o 2º Vigilante dizia-lhes: -PASSE, Chib, que assim tinham permissão para entrar na CÂMARA DO MEIO, e sua atenção era despertada por caracteres hebraicos, que atualmente são representados em Loja, por um triângulo eqüilátero, tendo no centro, a letra Iôd, que significa Deus, o Grande Geômetra do Universo, a quem todos devemos submeter e adorarmos. Em algumas Lojas a letra “IOD” é substituída pelo “Olho Que Tudo Vê” (Delta Luminoso). CINZEL (Ver: Maço e Cinzel) CIRCUNVOLUÇÃO NO TEMPLO No Ocidente é feita no sentido horário, com o lado direito do corpo sempre voltado para o centro do Templo. Do Ocidente segue-se ao Norte, Grade do Oriente, Sul e novamente ao Ocidente, sempre em torno do Altar dos Juramentos. A circulação deve ser feita em passos naturais, sem o Sinal de Ordem. Entretanto, quando o Irmão cruzar o eixo do equador do Templo, deve parar, postar-se à Ordem e fazer saudação ao Delta, após o que se dirige naturalmente para o ponto desejado, sem o Sinal de Ordem. No Oriente, também a circulação se faz com passos naturais, sem necessidade da observância do sentido horário. Mas, ao cruzar o eixo ou 17 equador do Templo, o Irmão deve parar e fazer a saudação ao Delta Luminoso. Ao dirigir-se ao Venerável ou às autoridades maçônicas, deve parar, fazer a saudação do Grau e postar-se à ordem, exceto os Irmãos portadores de instrumentos de trabalho, que farão apenas um leve meneio de cabeça. COLUNA B Fica a esquerda da entrada do Templo, significa "FORÇA", sua altura era de 18 côvados, sem contar com o capitel, que media cinco côvados, além do rendilhado de 2 côvados, e o diâmetro de 4 côvados, supostamente ocas, para guardarem os tesouros e as ferramentas dos Aprendizes e Companheiros. Cada côvado equivale a três palmos, ou seja 0,6m. Eram feitas de bronze. Foram colocadas na entrada do Templo, como recordação aos filhos de Israel da coluna milagrosa de fogo, que os iluminou na fuga da escravidão egípcia, e das nuvens que os ocultaram de Faraó e das tropas enviadas para capturá-los. Assim quando entrassem no Templo, para celebrar seu culto divino, eles teriam sempre diante dos olhos, a lembrança da redenção de seus antepassados. É a coluna dos Aprendizes, e onde os mesmos recebem seus salários, baseando-se na razão. BJ COLUNA J Fica a direita da entrada do Templo, significa "ESTABILIDADE" sua altura era de 18 côvados, sem contar com o capitel, que media 5 côvados, além do rendilhado de 2 côvados, e o diâmetro de 4 côvados, supostamente ocas, para guardarem os tesouros e as ferramentas dos Aprendizes e Companheiros. Cada côvado equivale a três palmos, ou seja 0,6m.Eram feitas de bronze. Foram colocadas na entrada do Templo, como recordação aos filhos de Israel da coluna milagrosa de fogo, que os 18 iluminou na fuga da escravidão egípcia, e das nuvens que os ocultaram de Faraó e das tropas enviadas para capturá-los. Assim quando entrassem no Templo, para celebrar seu culto divino, eles teriam sempre diante dos olhos, a lembrança da redenção de seus antepassados. É a coluna dos Companheiros, que sem afastar-se da disciplina racional do Aprendiz , deverá para tornar-se perfeito pensador, exercitar sua imaginação e desenvolver sua sensibilidade. É a coluna na qual os Companheiros recebiam seus salários. Elas representam à dualidade Bom e Mau; Masculino e Feminino; Força e Beleza; - e, como cabe a “B” representar o feminino, a beleza, a mãe, o passivo, cabe a Coluna “J” representar o aspecto positivo, o masculino; o forte; o pai; o ativo dessa dualidade. INTERPRETAÇÃO Não podemos separar a interpretação das colunas postadas no pórtico do Templo, pois são intimamente ligadas entre si. Assim sendo tentaremos dar o significado das duas colunas e então interpretaremos a coluna J. As duas colunas que se encontram no ocidente e à entrada do Templo da Sabedoria são o símbolo do aspecto dual de toda nossa experiência no mundo objetivo ou o Reino dos Sentidos. Representam os princípios dos opostos, na qualidade manifesta em quase todos os nossos órgãos, os dois lados, direita e esquerda, os dois sexos. Cosmicamente correspondem aos princípios da Atividade e da Inércia, da Energia e da Matéria, da Essência e da Substância e metafisicamente pelos aspectos masculino e feminino da Divindade, que, como Pai e Mãe celestiais, como deuses e deusas se encontram em quase todas as religiões. O Princípio de Vida, é em nós, nosso Pai e nossa Mãe e o Pai-Mãe do Universo, do Universo em todos os seres. Algumas religiões dão mais importância a um ou a outro desses dois aspectos, mas em realidade são complementares e inseparáveis da Única Realidade. 19 COLUNAS ZODIACAIS São em número de doze e circundam o Templo. Como no Templo de Salomão estas colunas simbolizam os signos do Zodíaco, isto é, as constelações que o Sol percorre no espaço de um ano solar. Representam também os meses do ano. COMPASSO Serve para desenhar o círculo onde devemos traçar nossos programas de trabalho, no qual nossos meios de realizações estarão restritos. É a nossa realidade "concreta". É a harmonia dos pólos. CONSAGRAÇÃO Ao juramento segue a consagração que se faz, à semelhança da do Aprendiz, "pelos golpes misteriosos do grau" que nesta Segunda Câmara são, como é natural, diferentes. Sua posição de joelhos não constitui de nenhuma maneira um ato de humilhação em relação com os presentes, senão tão só uma disposição adequada de receptividade em presença do Mistério que tem que cumprir-se nele neste momento culminante da Cerimônia, e do qual o Rito da Consagração é simplesmente a representação exterior. Assim como o batismo da igreja pode de certa maneira comparar-se com a iniciação do Aprendiz, a cerimônia da confirmação tem analogia com a consagração do Companheiro: se trata, pois, de um ato solene e sagrado, no qual se administra ao recipiendário a crisma ou união que o consagra em definitivo como membro fiel da Ordem, depois de uma Aprendizagem no que adquiriu um melhor conhecimento dela e pôs a prova sua firmeza e perseverança manifestando a real natureza de seus propósitos. 20 Não pudera, portanto, receber-se devidamente a consagração numa posição distinta: as Forças Espirituais que convergem neste momento por cima de sua cabeça, representada pela espada, devem receber-se numa especial disposição interior, a qual se acompanha uma adequada posição exterior, que ao mesmo tempo é símbolo da primeira. Os golpes misteriosos que soam sobre sua cabeça e suas costas, representam o momento final na qual ditas Forças se manifestam do interior ao exterior e de cima para baixo, e vibra então em todo sua personalidade, desde a cabeça a ponta dos pés, um som novo, uma nova tonalidade, uma manifestação mais luminosa de sua Divina Essência: o Companheiro Maçom nasceu neste momento no recipiendário, que se converteu, por seus próprios esforços, em Obreiro e Militante da Inteligência Criadora, e que, com sua atividade construtiva ao serviço de seus semelhantes, tomará parte, com esta nova investidura, na Grande Obra da Construção Universal. CONSCIÊNCIA Significa "com conhecimento". Pelo pensamento, chegando a Consciência, chegamos a "dar-nos conta". Com a Consciência, o homem se sente que é "EU", e "pensa porque é". Por ser "EU" penso, e, porque penso, adquiro a consciência de meus pensamentos. (Ver: Faculdades do Ser Humano) CORAÇÃO ARRANCADO Antes que faltar a seu juramento, o Companheiro prefere "que lhe arranque o coração, destroçando-o e jogando-o aos abutres". Que representa este coração arrancado e qual é o significado simbólico dos abutres? Esta penalidade alegórica, a que o Companheiro se condena no caso de infidelidade as obrigações que acaba de contrair (ou seja, dos deveres implícitos em sua nova qualidade, aos que acaba de reconhecer) tem um notável parecer com o mítico castigo de Prometeu quem, depois de haver formado os primeiros homens, mesclando a terra com a água (a semelhança do Eloin hebraico), sobe ao Céu com a ajuda de Minerva (a Sabedoria ou Princípio da Inteligência)para roubar ali, o Fogo Sagrado, a 21 Chispa Divina que devia animá-los, e a quem por tal atrevimento, condena Júpiter, o Deus Pai da Criação, a ser atado nas montanhas do Cáucaso, de onde um abutre tinha que devorar-lhe constantemente as entranhas. Vulcano (o forjador dos metais nas entranhas da terra) se acha encarregado da execução da sentença; enquanto Hércules (a Força Heróica que triunfa de todos os obstáculos) se converte depois em seu libertador, matando o abutre, ou seja o pensamento negativo que atormentava seu coração, condenando-lhe a um estado de Impotência (as cadeias que o atam). É evidente que deve existir uma analogia entre a pena simbólica do Companheiro e este relato mitológico. O coração é, pois, o símbolo da Vida que anima ao organismo (formado de pó e de água, quer dizer, produto da evolução natural dos elementos, desde baixo até em cima, desde o mais denso ao mais sutil) assim como do Centro Interior do homem; de seu ser, se sua consciência, de seu eu. Aqui se manifesta a Chispa Divina, o fogo sagrado que Prometeu, evidentemente símbolo do impulso evolutivo, arrebata em sua ascensão ao Céu, e que representa o discernimento da realidade superior que constitui o Mundo Divino, com a ajuda do Princípio Inteligente que é a Mente Universal, emanada diretamente de Júpiter. Enquanto o castigo não pode ser senão conseqüência da prostituição da mai elevada conquista do mesmo Impulso Evolutivo, o que produziu o homem e cuja natureza o diferencia dos demais seres da natureza fazendo que preponderem nele seus ideais (a Chispa Divina) sobre suas paixões, desejos e tendências materiais (a água e a terra) que constituem seu ser inferior. Júpiter não representa neste caso nenhum princípio de despótica vingança, senão unicamente a Lei Impessoal, segundo a qual cada indivíduo se decreta seu próprio castigo, pela inobservância da mesma. E Vulcano, o executor material do castigo, representa aqueles metais ou qualidades ordinárias do homem, que o escravizam ou atam ao Cáucaso da matéria, até que não se amalgamam no mercúrio filosófico da iniciação. O abutre é o símbolo do remorso interior e do anseio que se ainda no coração do homem, com a consciência de sua escravidão e o desejo de sua 22 liberação, que se realiza pelos esforços do Iniciado, personificado por Hércules, quem, com a força que nasce com conhecimento de sua divina origem acode a libertar ao homem inferior, que é ele mesmo, da escravidão da matéria, destruindo a ilusão devoradora da Vida de seu coração. O Companheiro, fiel a seu Ideal, deve, pois, cuidar de não prostituir sua vida entregando-se às paixões, fazendo-a pasto ou alimento de seus desejos ou instintos inferiores, a escravidão do que e o remorso consecutivo seriam seu próprio castigo. Isto é o que significa o juramento. CORDA COM NÓS Ou Corda de 81 nós, circunda o Templo quase a altura do teto. Suas pontas terminam pendentes, uma de cada lado da porta de entrada. Representam estas pontas pendentes, que a Maçonaria estará sempre aberta para os demais irmãos que dela necessitar, e receber profanos limpos e puros, para se tornarem maçons. Os nós em número de 81, representam matematicamente o quadrado de nove na tábua de multiplicar de Pitágoras e três elevado à quarta potência. Simbolicamente representa os maçons formando a Cadeia de União, recebendo a Palavra Semestral. É o laço de união com o Íntimo Deus Interior. D DECORAÇÃO É um conjunto de adornos que ornamentam uma Loja, variando de acordo com o grau em que está funcionando. DECORAR AS COLUNAS O ato dos Oficiais e demais maçons de uma Oficina, ocuparem os seus devidos lugares para os trabalhos maçônicos. 23 DELTA LUMINOSO Fica acima do trono do Venerável, no Oriente de uma Loja Maçônica. Ali brilha o Delta Luminoso, com o Olho Divino no centro. É o símbolo do Poder Supremo e também do Princípio – ONISCIÊNCIA – que é a suprema realidade, em seus três lados, ou qualidades primordiais que o definem. De ambos os lados do Delta, que representa a Verdadeira Luz, a Luz da Realidade Transcendente, aparecem o Sol e a Lua os dois luminares visíveis, manifestações diretas e reflexos dessa luz invisível, que ilumina a Terra, e que, simbolicamente, representam à luz. O Delta é constituído pelo Triângulo Eqüilátero, considerado a figura mais perfeita formada por linhas retas, e por isso representa a Perfeição e também a harmonia e a sabedoria. Os seus lados constituem um ternário, que desde a mais alta antiguidade, tem caráter sagrado, e o Ternário tem por emblema essencial o Delta Luminoso. Esse símbolo é triplo por si mesmo e nele se distingue o triângulo, a irradiação que dele sai e o círculo de nuvens. (Ver: Onisciência) DELTA SAGRADO É o emblema da Trindade, chamada de Triada, Trindade, etc. Nos Templos franco-maçônicos está geralmente envolvida de uma “glória”. É o símbolo da tripla força indivisível e divina que se manifesta como Vontade, Amor e Inteligência cósmicos, ou ainda, os Pólos positivo e negativo, e o efeito de sua união. DEUS É o Ser Supremo admitido em todas as religiões. É a Existência Suprema, Criadora e Indefinível, cujo estudo constitui uma das bases da Maçonaria e ao qual os Maçons dão à denominação de Grande Arquiteto do Universo. Com estas simples palavras é definido o Princípio Criador, segundo a concepção maçônica. (Ver: Deveres para com o G.`.A.`.D.`.U.`.) 24 DEVERES DO COMPANHEIRO Deveres para com o Grande Arquiteto do Universo O Grande Arquiteto do Universo, ou Deus, é o ser invisível e incriado, misterioso em sua forma e ação; existe sem ser percebido; atua sem interferência humana; criou e cria constantemente e forja a humanidade. Pelo mistério insondável é respeitado e adorado; somente Ele tem o direito à adoração exclusiva; repartir essa adoração com algum ser criado, dentro da Natureza ou no Cosmos, não passa de idolatria, prática que a Maçonaria condena. A Maçonaria não seleciona "uma espécie de religião"; as aceita todas, uma vez que Deus seja o ponto central e que não haja idolatria. O homem tem a sua liberdade de escolha quanto à forma de adorar a Deus, de cultuá-lo e de manifestar a sua religiosidade que deve visar o grande respeito para com Deus e tolerância para com os seus semelhantes, amando-os com ternura e fraterna amizade. Os deveres para com Deus abrangem a crença numa vida futura em um local que é denominado de Oriente Eterno, onde se supõe a presença visível de Deus e o desvendamento dos mistérios. Os Maçons, quando reunidos em Loja, elevam preces a Deus para demonstrar o seu respeito e a sua submissão, invocando as benesses de que necessita para usufruir uma vida digna no seio da Natureza e da Sociedade. O Maçom crê em Deus como sendo o criador do Universo, conhecido e desconhecido, o que é atual e o que será amanhã. Não há lugar nos trabalhos maçônicos cogitar da existência ou não de Deus; duvidar de sua existência significa falta de respeito. Deus existe e é o criador; o demais, será supérfluo e negativo. Isso não significa uma crença cega, um dogma ou uma ilusão; constitui um princípio que deve ser aceito, caso contrário o profano não será iniciado. O nome dado a Deus de Grande Arquiteto do Universo designa o Ser Construtor, ou seja, o Construtor do Universo. Sabemos que existem múltiplos Universos; ninguém cogita em definir e separar esses Universos; ao Maçom basta saber que Deus é o criador do Universo onde habita. 25 O Cosmos é tão incomensurável que a inteligência humana, com raras exceções não abarca; assim, Deus deve ser considerado o Construtor do homem e isso resulta em certeza de que essa construção foi divina. Ao apelar-se à mercê de Deus para alguma de nossas humanas necessidades, o Maçom não deve esquecer que “faz parte desse Deus" e que assim, tem o direito de ser beneficiado pela vontade de um Deus amoroso, um Deus, Pai. A adoração revela-se através de atos de respeito; é uma adoração mística que ocorre por ocasião da abertura do Livro Sagrado e das preces; contudo, a adoração deve ser em "Espírito"; a nossa mentedeve encontrar o caminho da Comunhão, da aproximação, da vidência e do contato direto com o Poder Maior. A veneração deve ser permanente e não apenas durante os trabalhos em Loja; o Iniciado é Maçom permanente e sua ligação com a Divindade é trabalho constante; da Pedra Bruta que o homem é, uma vez burilada, compreenderá muito melhor a influência de Deus em sua vida, inspirador do Amor Fraterno, da Paz e da Amizade. Deveres do homem para consigo mesmo Porque o homem é criatura de Deus, ele é um todo "santificado", assim deve tratar à sua mente e ao seu corpo com respeito. A parte física não poderá ser bombardeada com a ingestão de alimentos inapropriados e de substâncias químicas nocivas. O excesso em tudo, é prejudicial, mesmo que seja, simplesmente, na ingestão de água; o que dizer então das demais bebidas, em especial, as alcoólicas que leva à decadência e ao vício? Certas religiões não permitem a ingestão de certos alimentos; os hebreus e os orientais desprezam a carne de suínos; os ocidentais lutam para afastar de sua mesa, as carnes vermelhas; há os vegetarianos que só se alimentam com vegetais grãos e frutos; os maometanos não ingerem bebidas alcoólicas. O ar respirado há de ser puro portanto, o uso de cigarros e assemelhados, é nocivo à saúde; os tóxicos químicos levam à degradação e à morte; assim, os que se entregam aos vícios, estão usando mal o seu corpo físico com as conseqüências funestas de todos conhecidas. 26 Deveres para com o próximo Duas são as máximas a serem observadas: Não fazer aos outros o que não desejarias que te fizessem; faze aos outros o que desejarias que os outros te fizessem. Há uma compensação nessas duas máximas; uma, negativa, que traduz o bem-estar, a paz e a tranqüilidade; a outra, positiva, que traz satisfação, segurança e felicidade. A comunidade é formada por cidadãos com deveres iguais, mas a cumprir; a omissão é uma grande falha da sociedade. O "Ama o próximo como a ti mesmo", revela um espírito de igualdade; esse amor é amplo e sem barreiras. O próximo sempre é o "outro", não importando se membro da mesma família, se concidadão, se Maçom. O Maçom crê na existência de Deus como Pai criador; logo, todos os por Ele criado, são irmãos. A Maçonaria destaca os deveres para como o próximo num sentido lato, pois, todos são esse "próximo". Há Maçons que entendem que esse amor é devido, exclusivamente, aos demais Maçons. Os deveres para com os Maçons, são outros; derivam de uma Iniciação que une os seres humanos como se essa união fosse de sangue, ou seja, de parentesco. Observando uma família, entre pais e filhos e irmãos, nota-se um comportamento natural de afeto. O que distingue o próximo do familiar é justamente esse afeto. Entre Irmãos Maçons, além do relacionamento como se fossem o "próximo", há um liame iniciático que conduz a um afeto, às vezes maior que o familiar. A fragilidade que se observa na sociedade é essa ausência de afeto; a família já não possui o amor que deveria registrar todos os atos da vida e por essa ausência é que a sociedade fracassa; o ponto central da sociedade é a família. O Maçom, antes de tudo, deve ser um chefe de família ideal. Os proponentes de candidatos, nem sempre se preocupam em observar o ambiente familiar do proposto. 27 Existindo falhas na "célula mater", essas refletirão na vida profissional, social e religiosa. A Maçonaria não sendo uma religião, todavia possui uma vivência religiosa na expressão lata do vocábulo: "religare" (religio); unir Deus à criatura. O Maçom deve prever os acontecimentos que envolvem o próximo e levar a esse a sua colaboração; não se deve esperar que seja feito o pedido de auxílio; esse deve ser espontâneo. O grande "pecado" é o "deixar de fazer", quando alguém necessitado cruza o nosso caminho. O cidadão deve prestar-lhe assistência espontânea. Fazer a Caridade não é dar esmolas, mas dar assistência. A primeira máxima revela a disposição de respeito; valorizar o próximo tendo por base a própria vivência; ser justo na análise fria que se faça a alguém; nem sequer, um olhar desprezível é aconselhável, pois se esse olhar for dirigido a nós, sentiremos o seu efeito; no mínimo um mal-estar. O ideal será a observância das duas máximas ao mesmo tempo. O fazer aquilo que gostaríamos que nos fizessem parte do pensamento; a força do pensamento atrai o semelhante.Para o necessitado, sendo nós também, um necessitado, pouco poderemos realizar, mas não possuindo "nem ouro nem prata para dar", demos a nossa simpatia, a nossa solidariedade pois, dois infelizes poderão suportar o infortúnio melhor que se agissem isoladamente.A filantropia é uma das bases da solidariedade humana; o Maçom tem o dever de dar; é "melhor dar que receber", máxima evangélica. Para receber é preciso um ato de atração; parte do pensamento positivo; tornar-se receptivo é abrir Caminho para o recebimento de qualquer benesse. Mas para ser receptivo é preciso ser dadivoso. São Francisco, em sua célebre oração, resumiu: "E dando que se recebe". Nas sessões maçônicas, em especial, através da Cadeia de União, o Maçom permuta benesses. O desequilíbrio social torna uma Nação frágil; cada um de nós, deve tentar, pelo menos equilibrar o meio ambiente onde atua. Para conseguir a primeira máxima, deve ser cumprida a segunda; elas subsistem em harmonia plena. 28 A ação derivada do cumprimento dos deveres do Maçom, resulta na prática de uma virtude. O Maçom virtuoso é o Maçom completo, o Maçom iniciado. DEZ (Ver: Simbologia Numérica) DIFERENÇAS RITUALÍSTICAS ENTRE O 1º E O 2º GRAUS 1- O nome da cerimônia para ingressar no 1º Gr.’. chama-se Iniciação e para ingressar no 2º Gr.’. é conhecida como Elevação. Em Maçonaria somente existe uma Cerimônia de Iniciação quando um profano é admitido no Primeiro Grau da Ordem. 2 – Na cerimônia de Iniciação para o 1º Gr.’. o profano passa pela Câmara de Reflexões e para ser elevado ao 2o Gr.’. vai diretamente para o Templo. Na Câmara de Reflexões, o candidato escreve seu Testamento porque ele irá a morrer como profano para depois renascer como Maçom. 3 – Na cerimônia de Iniciação o candidato entra no Templo com a vista vendada e na cerimônia de Elevação, o Ap.’. não fica com a vista vendada. a) O candidato fica com a vista vendada para preservar os símbolos, sinais e ritualística de uma cerimônia maçônica, pois não sabemos ainda se ele irá a ser aprovado. b) A vista ainda débil do profano deve ser protegida da luz que vem do Or.’.. c) Também preservamos a identidade dos Maçons presentes no Templo de eventuais conhecidos do profano e que, identificados por ele, poderia causar problemas de ordem familiar, profissional, político ou doutrinário. d) A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos do mundo profano, o que não se aplica a um irmão que já é Ap.’.. e) O Ap.’. que está sendo elevado, já conhece uma Loja em trabalhos, conhece seus IIr.’. e se ver um conhecido pela primeira vez não haverá problema porque ele já jurou e prometeu não revelar a ninguém todo o acontecido em Loja. 29 f) A vista do Ap.’. já é forte o suficiente para, desde o Oc .’. suportar a luz que vem do Or.’.. 4 – Na cerimônia de Iniciação, o profano realiza 3 viagens e na cerimônia de Elevação as viagens são 5. Na cerimônia de Iniciação o profano é submetido às provas dos 4 elementos do mundo antigo: terra, ar, água e fogo (a terra, na Câmara de Reflexões). O Ap.’., sendo elevado, já passou por essas provas e agora ele precisa conhecer o uso das ferramentas do 2º Gr.’.. (Ver: Instrumentos do Comp.`. Maçom) 5 – Na cerimônia de Iniciação, o profano é submetido a diversas perguntas sobre assuntos que interessam à Maçonaria, incluindo a crença ou não em Deus; na cerimônia de Elevação as perguntas para o Aprendiz, são apenas para certificar-se do seu entendimento dos estudos sobre o Seg.`. Grau. A Loja precisa conhecer, antes da sua definitiva aceitação, se o pensamento do profano está de acordo com os princípios da Ordem. O Ap.’. já é conhecidoda Loja e não mais precisa ser questionado. 6 – A idade do Ap.’. é 3 anos e do Comp.’., 5 anos. A idade do Ap.’. é de 3 anos, porque na antigüidade esse era o tempo necessário para seu preparo. O 3 indica que o Ap.’. deve-se encerrar em seu mundo interior. A idade do Comp.’. lembra a “Quintessência” e os “Cinco Sentidos” . (Ver: Quintessência e Sentidos) A idade do Comp.’. significa que ele está mais avançado na vida maçônica que o Ap.’. mas ainda tem muito caminho para percorrer até chegar à perfeição iniciática. 7 - O Sinal do Ap.’. é diferente do Sinal do Companheiro. Ambos SS.’. lembram o juramento do grau, acrescentando o Companheiro o compromisso de amar fervorosa e dedicadamente seus irmãos e ele, com sua m.’. d.’. levantada reafirma a sinceridade da promessa feita. 8 – A Marcha do Ap.’. tem 3 passos e a do Comp.’. tem 5 passos. Ambas lembram o número do Grau, que se repete na idade, nas batidas, no Toque, etc. 30 9 – Os passos da marcha do Ap.’. tem uma direção só e a do Comp.’. desvia-se de direção. A Marcha do Ap.’. tem uma direção única simbolizando que ele ainda não pode apartar-se de seu caminho porque sem maiores conhecimentos ele se perderia e não conseguiria voltar mais. O Comp.’. está suficientemente instruído para marchar em mais de uma direção mas sempre seguindo a linha reta em que foi colocado pela Ordem; ele pode-se desviar e voltar simbolizando que se nos desvia a afetividade, podemos voltar a linha reta pela razão, ou que tomamos luz dos Mestres para levar para nossos irmãos AAp.’., ou que podemos procurar a verdade em outros caminhos. 10 - As PP.’. e SS.’. são diferentes. A P.’. S.’. do Ap.’. significa força, moral, apoio e a do Comp.’. significa estabilidade, firmeza. Ambas lembram a respectiva coluna da entrada do Templo. 11 – O Ap.’. não tem P.’. de P.’. De acordo com a antiga tradição, o Ap.’. ficava 5 anos encerrado no Templo para o qual entrava após 2 anos de observação por parte dos CC.’. e dos MM.’. sem se comunicar com o mundo profano e, caso deixasse o Templo, ele jamais voltaria, não precisando assim de P.’. de P.’. 12 – A forma de transmitir a P.’. S.’. é diferente. Como o Ap.’. não sabe ler nem escrever, sabendo apenas soletrar, não pode dar a P.’. S.’. precisando que quem a pede, dê a primeira letra e ele da à segunda. O Comp.’. não é mais ignorante e ele pode dar a P.’. S.’. sem ter que receber auxílio. 13 – A abertura do L.’. da L.’. é diferente. No grau de Ap.’. o L.’. da L.’. é aberto no Salmo 133 e são lidos os versículos 1, 2 e 3 que elogia a fraternidade que deve reinar entre os Irmãos. No grau de Companheiro o L.’. da L.’. é aberto em Amós, cap. 7, e são lidos os versículos 7 e 8, que critica os israelitas que não usaram o prumo nas construções. 14 – A colocação do Esq.’. e Comp.’. são diferentes. No grau de Ap.’. sobrepõe- se o Esq.’. e o Comp.’. sobre o L.’. da L.’.; o Comp.’. com as pontas voltadas para o Oc.’. cobertas pelas pernas do Esq.’. que apontarão para o Or.’.. O Esq.’. simboliza a parte material que por 31 enquanto no Ap.’. sobrepõe- se à parte espiritual representada pelo Comp.’. No grau de Comp.’. sobrepõe- se o Esq.’. e o Comp.’. entrelaçados sobre o L.’. da L.’.; o Comp.’. com as pontas voltadas para o Oc.’. ficará com a ponta que aponta para o Sul sobre o Esq.’. e a outra sob o mesmo, simbolizando que no Comp.’. a parte espiritual começa a sobrepor à parte material e é na parte do Sul (o Norte permanece nas trevas, no Hemisfério Norte) que a parte espiritual começa a se destacar. 15 – As colunas B e J no grau de Ap.’. ficam encimadas por 3 romãs e no grau de Comp.’. a coluna B por um globo terrestre e a coluna J por um globo celeste. No grau de Ap.’. as romãs simbolizam a união entre os maçons, a igualdade deles, à procura de Deus, à ajuda aos seus semelhantes e lembra outros valores dos maçons. No grau de Comp.’. o globo terrestre e o globo celeste simbolizam a universalidade da Ordem. 16 – A Loja de Comp.’. tem janelas. A Loja de Ap.’. não tem janelas, estando iluminada unicamente pela luz que vem do Or.`.. Uma Loja de Comp.’. é iluminada por 3 janelas situadas no Or.’., no Sul e no Oc.’.; no Setentrião (Norte) não existe janela porque a luz nunca vem dessa direção (hemisfério Norte). 17 – O Ap.’. usa o avental com a abeta levantada e o Comp.’. abaixa a abeta de seu avental. O Ap.’. usa a abeta levantada para proteger o chacra localizado na região epigâstrica dos cascalhos da pedra bruta que ele está desbastando; e para lembrar permanentemente a ele que a parte espiritual (representada pelo triângulo) deve estar acima da parte material (representada pelo retângulo) do avental. O Comp.’. já terminou o desbaste da pedra bruta (não precisa de proteção) e ele já conhece a diferença entre a parte espiritual e a material; não precisa ser lembrado. 32 E ESCADA CARACOL Escada no Templo de Salomão, em cujo cimo chegava-se a CÂMARA DO MEIO DO TEMPLO, na qual os antigos irmãos companheiros subiam para receber seus salários. Era constituída por 3, 5 e 7 ou mais degraus, porque TRÊS governam a Loja, CINCO a constituem e SETE ou mais a tornam perfeita. A lenda da escada em caracol pode também ser considerada como alegoria, na qual um jovem, tendo passado à adolescência como Aprendiz, e a virilidade como Companheiro, tenta, ousadamente, avançar e subir, apesar do caminho tortuoso e a sua subida difícil, na esperança de, pela diligência e pela perseverança, chegar à idade madura como um Mestre esclarecido.(Ver:Três,Cinco e Sete) ESCADA DE JACÓ E SEUS SÍMBOLOS Composta de muito degraus, cada um deles representa uma das Virtudes exigidas ao Maçom para caminhar em busca da perfeição moral. Em sua base, centro e todo, destacam-se três símbolos, muito conhecidos do mundo profano: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE, virtudes teologais que devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser humano, principalmente do Maçom, que não se deve esquecer, jamais, de depositar FÉ no G.’.A.’.D.’.U.’. , ESPERANÇA, no aperfeiçoamento moral, e ter CARIDADE para com seus semelhantes. A Fé é a sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo. A Esperança é a força do espírito, amparando-o e animando-o nas dificuldades encontradas no caminho da vida. A Caridade é a beleza que adorna o espírito e o coração bem formados, fazendo com que neles se abriguem os mais puros sentimentos humanos. 33 É o caminho iniciático da perfectibilidade. Nesta escada aparecem três símbolos: - A Cruz que significa a Fé, ou seja, os sentimentos de confiança e certeza e a convicção da existência do G.A.D.U.; - A Âncora, que simboliza a Esperança e sugere aos maçons a segurança com que se pode alcançar os verdadeiros objetivos da vida; e - O Cálice, que simboliza a Caridade, o verdadeiro amor que o maçom deve dedicar ao próximo, cuja prática está na disposição de auxiliar o nosso semelhante. ESPADA Embora, use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta do grau de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agora companheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos do mesmo grau ou superior. A ESPADA é o Poder do Verbo Criador. ESPADA SOBRE O PEITO Nesta revisão do caminho recorrido, a espada apontada sobre seu peito recorda ao novo companheiro seu ingresso no Templo, na cerimônia de iniciação como Aprendiz. Este é, efetivamente, um dos sentidos simbólicos da mesma. Como na iniciação do Aprendiz, a espada sobre o peito indica fundamentalmente a dor que sempre nos faz "dirigir para dentro", pensar, reflexionar, discernir e saber. Não pode existir sabedoria que não se faça de alguma maneira amadurecido com a dor; assim como também 34 todos nossos sentidos e faculdades nasceram e se manifestaram evolutivamente sob seu estímulo benéfico. Para o Companheiro, a espada do Experto que o impulsiona em seu movimento retrógrado, representa sobre tudo, aquele irrefreável desejo que nasce em seu mesmo coração e o impulsiona a abandonar todas as regras que seguiu até então, para conquistar a liberdade que lhe aparece comoBem Supremo e como a coisa mais desejável. Ao mesmo tempo, nasce uma espécie de remorso que esconde em si o constante anelo de progresso inerente em todo ser humano, e que o segue constantemente naquela recaída, que é a primeira conseqüência da liberdade que acreditou poder conquistar abandonando as regras seguidas até então; este mesmo remorso, esta voz da consciência que representa a espada, e faz sentir sempre mais forte a regra interior que será para ele desde agora Lei Suprema de sua conduta. Portanto mais que uma ameaça, a espada representa uma indicação: mostra ao Companheiro onde tem de buscar de agora em diante a régua perdida, a lei de sua conduta, e o novo instrumento (o sétimo instrumento necessário na Grande Obra de Construção Individual) que em seu próprio coração, nas profundezas de seu eu, no centro se seu Ser, deve haver efetivo, com o reconhecimento de sua verdadeira natureza, e com a intuição que o faz canal e veículo da Inspiração Divina. Este é o sentido real da espada que se acha apontada sobre seu peito, já não para ameaçá-lo, senão para guiá-lo a reconhecer o privilégio de sua Divina Liberdade e fazer de tal privilégio o uso mais sábio e mais inteligente. Assim, pois, mostra a espada ao novo Companheiro a necessidade de conhecer-se a si mesmo, para que possa assim contestar a pergunta Quem somos?, que é o problema iniciático deste grau. ESPIGA DE TRIGO É tomada como símbolo da universalidade, da evolução espiritual e da indestrutibilidade da vida, e nos mistérios de Elêusis o era do supremo mistério. Simboliza o 2º Grau (Companheiro). (Ver: Palavra de Passe) 35 ESQUADRO Permite controlar o corte das pedras que devem ser estritamente retangulares, para se ajustarem, com exatidão, entre si. O Esquadro determina as condições de solidariedade. É o emblema da Sabedoria, pois ensina-nos que a perfeição consiste, para o indivíduo, na justeza com que se coloca na sociedade. É a jóia (móvel) usada pelo Venerável Mestre, que nos induz a corrigir os defeitos que nos impeçam de manter, firmemente, nossa posição na construção humanitária. O ESQUADRO é o TAU, é a Experiência e o Acerto. ESTRELA FLAMEJANTE OU FLAMÍGERA A pentagonal, um dos ornamentos da Loja. É o símbolo da Divindade Cósmica, e para tornar isto mais evidente, traz inscrita em seu centro a letra "G", alusiva a DEUS (ou Geômetra). O Fogo Sagrado sob a Estrela, é o reflexo deste e o símbolo de nosso Espírito, "feito à imagem e semelhança do Criador". É o emblema individual do Companheirismo, "o astro que ilumina a Loja de Companheiros", onde figura ao Oriente, acima do Venerável, ou ao Ocidente, entre Colunas, ou ainda acima do pedestal do 2º Vigilante. É considerada o símbolo do Companheiro, porque o Companheiro é chamado a tornar-se foco ardente, fonte de luz e de calor. A generosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao devotamento sem reservas, mas com discernimento, porque está aberta a todas as compreensões. Suas cinco pontas significam figurativamente os quatro membros dos homens e a cabeça que os governa. Como símbolo das faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou da matéria. Assim, a Estrela Flamejante é, mais particularmente, emblema do PODER e da VONTADE. A Estrela Flamejante está colocada entre o Sol e a Lua, de maneira que com eles, forme um triângulo, irradiando a luz do Sol e da Lua, afirmando que a inteligência e a compreensão procedem, igualmente, da RAZÃO e da IMAGINAÇÃO. (Ver: Simbologia Numérica) 36 EXALTAÇÃO Vencido o interstício legal, o candidato achando-se em condições de subir de grau, apresentará um trabalho escrito sobre qualquer tema do grau. Posteriormente, em sessão previamente marcada, haverá a sabatina do candidato, em Loja. No caso do candidato ser aprovado o mesmo será exaltado ao Grau de Mestre Maçom. A exaltação dos candidatos se fará em sessão especial. F FACULDADES DO SER HUMANO PENSAMENTO - O pensamento é a faculdade que temos de conhecer as coisas e nos relacionar intimamente com elas: a faculdade por meio da qual nossa mente plasma uma imagem das coisas exteriores, que percebe por meio dos sentidos, e na base a qual forma conceitos e idéias mais ou menos particulares ou gerais, concretas ou abstratas, com mais ou menos claridade segundo seja a intensidade da impressão e da reflexão. Dado que tudo no Universo é vibração, podemos dizer também que o pensamento é vibração da mente, assim como o som é do ar, a luz do éter, com a eletricidade, o calor, etc. Esta vibração mental afeta uma forma e um aspecto particular, com os quais os reconhecemos interiormente nesta consciência. Por conseguinte, o pensamento é o produto da atividade de nossa mente estimulada pela ação exterior dos sentidos ou interior da vontade, e desta atividade adquirimos consciência em diferentes graus, segundo se manifesta interiormente a luz de nosso eu e interiormente o percebemos nessa luz. Assim como há pensamento consciente há também pensamento subconsciente, que está mais alem do raio da consciência, o qual se desenvolve na forma mais ou menos automática, relacionando-se sempre com o pensamento consciente, do que representa como uma penumbra, um reflexo ou ressonância obscura, porem não por esta razão inteligente. 37 CONSCIÊNCIA - O estudo do pensamento leva naturalmente ao da consciência, sendo esta causa direta ou indireta de todo pensamento, seja consciente, seja reflexo ou subconsciente. Consciência (no latim conscientia) vem de conscire que significa "dar-se conta", "perceber", "fazer-se sábio", "adquirir conhecimento" de algo. É a faculdade central e primordial de nosso ser, o que chamamos nosso eu e que é o fundamento permanente de todas nossas experiências. É o fulcro interior e o centro de gravitação indistintamente de todas as manifestações de nossa personalidade. A celebre frase de Descartes "cogito, ergo sum" expressa, no fundo uma inexatidão. Na realidade não somos porque pensamos, senão melhor, pensamos porque somos: o fato de ser é fundamental, sendo anterior a nossa capacidade de pensar. Em vez de ser uma necessária demonstração de nossa existência, pensar numa consciência da mesma: e o fato de ser, anterior a toda outra consideração. Se não fossemos, tampouco poderíamos pensar que pensamos, nem portanto que somos. Enquanto somos, pensamos, e adquirimos consciência de nossos pensamentos. Base de todas nossas faculdades, nossa consciência é a luz interior que nos ilumina, "aquela luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo", que dizer a percepção da realidade objetiva. Sem ela seríamos simplesmente autômatos inconscientes, incapazes de pensar, saber, julgar, querer, eleger e dirigir-mos. Seu desenvolvimento, ou melhor dito liberação e expressão, caracteriza no homem o desenvolvimento de suas mais elevadas possibilidades. INTELIGÊNCIA - Estreitamente relacionada com o pensamento e com a consciência, se acha a inteligência, palavra que provem do latim intelligere, quer dizer, inter-legere ou inter-ligare "ler dentro" ou entreligar". É pois a faculdade de ler ou penetrar dentro da aparência das coisas, interligando-as e reconhecendo o laço ou nexo interior que as une e manifesta sua "gênesis" origem nas diferentes analogias. Por meio de sua Inteligência - ou consciência aplicada ao pensamento - o homem chega a conhecer a verdadeira natureza do mundo que o rodeia, de si mesmo e todas as coisas que caem sob seus sentidos; compara estas 38 coisas, as classifica, as distingue e as relaciona umas com as outras e se forma assim conceitos e idéias sempre mais abstratas e gerais, retirados do particular e concreto. Assim, pode descobrir, reconhecer e formular as Leis e Princípios que governam o Universo, assim como os que governam seu próprio ser interior, sua própria vida íntima psíquica, intelectual e espiritual. A inteligência, é pois, o uso consciente que fazemos de nossa faculdade de pensar, sendo este uso consciente do pensamento o que nos distingue dos seres inferiores (que também pensam, porem com um grau inferior de consciência, e portanto, deinteligência), e ao mesmo tempo caracteriza e mede o desenvolvimento ou grau de manifestação da consciência. Desde inteligência instintiva, quase automática, que caracteriza o reino mineral, determinando a afinidade atômica e governando a formação dos cristais assim como a atividade físico-química, passamos a um grau superior de inteligência (igualmente instintiva, porem menos automática) no reino vegetal, cujas funções são mais complexas e mais livres, em que seja difícil falar de liberdade nos reinos inferiores, segundo o sentido humano da palavra. Certo grau rudimentar de liberdade se manifesta naquela inteligência que produz a afinidade eletiva, que é a causa da seleção e evolução das espécies, seja no reino vegetal como no animal. Chegamos assim aos instintos da vida animal, e, destes, a inteligência humana, caracterizada pela razão consciente que pode ascender do concreto ao abstrato, da percepção puramente física, ao discernimento de uma realidade metafísica. VONTADE - Companheira da inteligência e de seu desenvolvimento, em seus estados sucessivos, a Vontade é a faculdade de desejar e querer. A vontade é a gêmea da Inteligência: enquanto esta é a faculdade passiva e luminosa de nosso ser, a que determina e guia nossos juízos, a Vontade é aquela faculdade ativa por excelência, que nos impulsiona a ação, traduzindo-se em esforço construtor ou destrutivo, segundo a particular direção da Inteligência. As duas faculdades estão assim constantemente relacionadas e se determinam e influenciam mutuamente. 39 O Pensamento, dirigido pela Inteligência, prepara a linha ou direção na qual se canaliza e segundo a qual atua a Vontade, enquanto esta, por sua vez determina e dirige a atividade intelectiva do pensamento, sendo a Consciência o centro motor estático determinante das duas. Assim como há consciência e subconsciência, pensamento consciente e pensamento subconsciente e, portanto, inteligência racional como instintiva, há também uma vontade instintiva ou automática ao lado da vontade inteligente ou racional. A primeira é a que constitui nossos desejos e nossos impulsos, em comum com os animais e seres inferiores, enquanto a segunda é o resultado da reflexão, o fruto de uma determinação inteligente. Por sua íntima natureza, o progresso destas duas faculdades deve estar constantemente relacionado. A marcha do Aprendiz, indica este processo: a cada passo do pé esquerdo (passividade, inteligência, pensamento), deve corresponder igual passo do pé direito (atividade, vontade, ação) em esquadro, ou seja em acordo perfeito com o primeiro. LIVRE ARBITRIO - Como coroamento e conseqüência necessária do estudo das faculdades humanas, chegamos ao problema do determinismo e do livre arbítrio, um problema sobre o qual muito se discutiu doutos e sábios em todos os tempos, pois de sua solução depende a irresponsabilidade ou responsabilidade do homem e, portanto, a utilidade de todo esforço. A solução deste problema é de importância fundamental para o maçom, pois se o homem não for livre em suas ações e determinações a Maçonaria, como Arte Real da Vida, não teria razão nenhuma de existir. O Companheiro, que reconheceu interiormente a verdadeira natureza de suas faculdades, se acha agora perfeitamente capacitado para resolver-se. É sem dúvida, que a vontade, e por conseqüência a atividade do homem e o fruto de suas ações, se acham determinados pelo o que ele pensa, julga e vê interiormente. Assim pois, o que o faz único e como obra em determinadas circunstância, o que elege constantemente (seja esta eleição 40 consciente ou inconsciente), depende de sua maneira de pensar, de sua claridade de mente, de seu juízo e de seus conhecimentos. Por conseqüência, livre arbítrio e liberdade individual existem para o homem em proporção do desenvolvimento de sua Inteligência e de seu Juízo. Para o homem inteiramente dominado por suas paixões, instintos, vícios e erros, não existe o livre arbítrio, como existe para o homem iluminado e virtuoso. Os instintos e as paixões determinam constantemente seus atos assim como os do animal e o ata ao julgo de uma fatalidade que é a conseqüência ou concatenação lógica das causas e dos efeitos, ou seja a dupla reação interior e exterior de toda ação. Mas para quem se esforça constantemente em dominar-se e dominar suas paixões, elegendo constantemente o mais reto, justo e elevado, o livre arbítrio, no sentido mais amplo da palavra, é uma realidade, pois por meio desse esforço se liberta dos vínculos que atam ao homem instintivo a seus erros e paixões: conhece a Verdade e a Verdade o faz livre. Portanto, assim como o homem passa do domínio do instinto ao domínio da inteligência, e da cega obediência a suas paixões a uma clara e inteligente determinação ou, em outras palavras, do erro à Verdade e do vício à Virtude, assim passa igualmente do domínio da fatalidade que é própria de sua natureza instintiva ou inferior, ao domínio da liberdade, própria de sua natureza divina ou superior, e esta se afirma constantemente sobre aquela. Este é o caminho da liberdade que a Maçonaria indica aos homens nas diferentes viagens ou etapas de seu simbólico progresso. Caminho e progresso que se realizam por meio do esforço individual sobre a Senda da Verdade e da Virtude, as duas colunas que dão acesso ao Templo da Divina Perfeição de nosso Ser. FAMÍLIA A Maçonaria por ser uma associação de pessoas com os mesmos interesses e por sua fraternidade, é considerada uma grande família: a família maçônica. A expressão “em família”, maçonicamente serve para designar as Sessões em que, em caráter excepcional, são abolidas as formalidades 41 ritualísticas, principalmente o uso da palavra, que não depende da formal e normal tramitação. FERRAMENTAS (Ver: Instrumentos do Comp.`. Maçom) G G.`.A.`.D.`.U.`. (Ver: Deus e Deveres do Comp.`. para com o G.`.A.`.D.`.U.´.) GENIO (Ver: Letra G) GEOMETRIA (Ver: Artes Liberais e Letra G) GERAÇÃO (Ver: Letra G) GLOBO TERRESTRE E CELESTE Esferas que encimam as colunas B.`. e J.`., respectivamente, e assinalam a Universalidade da Maçonaria. GNOSE (Ver: Letra G) GRAMÁTICA (Ver: Artes Liberais) GRÃO DE TRIGO O Iniciado é simbolizado pelo Grão do Trigo, atirado e sepultado no chão, para que germine e abra; para que inicie um novo ciclo com seu próprio esforço, pois contém em si mesmo todas as possibilidades da vida e iniciará seu caminho para a Luz. (Ver: Palavra de Passe) 42 GRAVIDADE (Ver: Letra G) H HEXAGRAMA (Ver: Simbologia Numérica) HIRAM Rei de Tiro, que manteve amizade e aliança com Davi e depois com o sábio Rei Salomão. Ajudou a edificar o Templo de Jerusalém, enviando- lhes material e operários, bem como o hábil artífice HIRAM-ABIFF. Foi uma dos três Grão-Mestres na construção do Templo. HIRAM-ABIFF Também chamado de HIRAM-ABI. Hábil decorador e metalúrgico, foi enviado por Hiram, Rei de Tiro, ao sábio Rei Salomão, para trabalhar os querubins, colunas e adornos do suntuoso Templo de Jerusalém. Responsável pela fabricação das Colunas de bronze e dos vasos sagrados, nos terrenos argilosos das margens do Rio Jordão, entre Sucó e Zeredatá. Foi um dos três Grão-Mestres da construção do Templo, junto com o Rei Salomão e o Rei Hiram. I IDADE DO COMPANHEIRO 5 anos. I.`.N.`.R.`.I.`. Tetragrama que encerra o significado secreto da Palavra Sagrada. Esta Palavra Sagrada não é pronunciada. É solicitada por meio de interrogatório especial nos Graus Superiores 43 INSTRUMENTOS DO COMPANHEIRO São 09 os instrumentos do grau de Companheiro que aparecem no Painel do Grau, sendo que os 06 primeiros são utilizados nas viagens na sessão de Elevação: 1 -O MALHETE (ou MAÇO) é a Fortaleza . 2 -O CINZEL é a Determinação. 3 -A RÉGUA é o Equilíbrio. 4 -O COMPASSO é a Harmonia dos pólos . 5 -A ALAVANCA é a Potência e a Resistência. 6 -O ESQUADRO é o TAU, é a Experiência e o Acerto. 7 -O PRUMO é o Ideal realizador para o mundo. 8 -O NÍVEL, é o Esforço, a Superação e o Equilíbrio. 9 -A TROLHA (pá de pedreiro) é o Serviço e a Caridade . OBS.’. A ESPADA Embora,use-se também a espada na 5ª viagem, esta não é ferramenta do grau de companheiro, mas representa a proteção do sigilo que o agora companheiro deverá conservar consigo, ou partilhar com irmãos do mesmo grau ou superior. A ESPADA é o Poder do Verbo Criador. INTELIGÊNCIA É a faculdade que penetra, para ler no interior das aparências. Por meio da Inteligência (que é a Consciência aplicada ao Pensamento) o homem chega a conhecer a natureza de todas as coisas que caem sobre seus cinco sentidos, e, assim por meio desta faculdade, já poderá conhecer as Leis 44 que governam o Universo, e, sobretudo, AQUELAS QUE GOVERNAM SEU PRÓPRIO MUNDO INTERNO, SUA PRÓPRIA VIDA ÍNTIMA, FÍSICA, MENTAL E ESPIRITUAL. Com a Inteligência, o homem se distingue do animal, porque com ela, já pode usar a Vontade, bem como usar conscientemente o intento do Pensamento, o que o distingue dos seres inferiores à sua escala. (Ver: Faculdades do Ser Humano) J JANELAS São três as janelas que iluminam a Loja de Companheiros, e ficam situadas respectivamente no Oriente, Sul e Ocidente. No Norte não existe janela porque a luz nunca vem dessa direção. As janelas servem para iluminar a Loja à entrada e à saída dos Obreiros. Enquanto o Templo não tem no grau de Aprendiz nenhuma janela, significando-se com isto que a luz há de se buscar unicamente no interior, o companheiro reconhece e utiliza no mesmo três janelas que se abrem respectivamente ao Oriente, ao Ocidente e ao Meio dia e servem, segundo nos diz, para iluminar aos obreiros quando vêem ao trabalho, enquanto trabalham e quando se retiram. Estas janelas se referem, evidentemente, a Luz que o Companheiro, depois de havê-la buscado em seu foro interno em seu estado de Aprendiz, se acha agora em grau de perceber, as novas capacidades intelectivas que se desenvolveram nele, e que o permitem agora sentar-se na região clara do Sul, podendo suportar a plena luz do Sol e julgar as coisas com maior profundidade. A janela do Oriente representa seu conhecimento metafísico da Realidade do universo e dos Princípios e Leis que o governam, constituindo o fundamento geométrico-genético da "realidade objetiva". Esta se percebe e reconhece pela janela do Ocidente, símbolo da ciência física, do conhecimento e da experiência exterior das coisas. Enquanto a janela do Meio-dia, se refere, como é evidente, a seu próprio mundo interior, a sua consciência e inteligência, por meio das quais trabalha, elaborando e relacionando interiormente os materiais e conhecimentos obtidos do 45 exterior em harmonia com os planos (Princípios e Leis) reconhecidos através da janela do Oriente. As três janelas denotam, por conseqüência, três distintos gêneros de experiência que podem considerar-se como três mundos distintos: o Mundo Divino, ou experiência da realidade transcendente, o Mundo Interior ou experiência da realidade subjetiva, e o Mundo Exterior ou experiência da realidade objetiva, segundo os quais o Companheiro tem que Orientar o Templo de sua vida individual, para que seja constantemente iluminado em seus três lados ou gêneros de atividade, quando ingressa no Templo, enquanto trabalha nele, e quando se retira. O ingresso no Templo corresponde, pois, a capacidade de abstrair-se das coisas e imagens exteriores, concentrando sua atenção na Realidade Transcendente que constitui o Mundo Divino. A janela através da qual se percebe esta simbólica Luz do Oriente, ou seja, da origem das coisas, se acha dentro de nosso mesmo "eu", ao Oriente ou origem de nossa vida e de nosso ser. A percepção desta Luz, ou seja, o impulso vital de nosso Ser Espiritual, é a que marca ou assinala o início da atividade maçônica. O trabalho é a mesma atividade interior de nossa Inteligência, iluminada pelo desenvolvimento (Meio dia) de suas faculdades mentais: a lógica e a memória, a percepção e o juízo, a compreensão e o discernimento, relacionando os Princípios com suas expressões visíveis e as Causas com os Efeitos. E quando o sol se acerca ao Ocidente, quer dizer, quando a Realidade nos apresenta unicamente em sua aparência exterior, é quando saímos de nosso íntimo Santuário, para enfrentarmos com o mundo da matéria. As horas que transcorrem entre o meio dia e o por do sol são portanto as que caracterizam o mais proveitoso e fecundo trabalho do Companheiro, quando podem colocar-se em seus lugares os materiais preparados pelos Aprendizes nas horas da manhã. Ou seja, simbolicamente, tirar proveito das luzes, experiências e conhecimentos adquiridos, aplicando-os construtivamente. Neste trabalho se esforça o Companheiro em "ajudar os Mestres", posto que até que não haja adquirido a capacidade de sentar-se ao Oriente, estabelecendo-se no estado de consciência superior que caracteriza o Magistério, deve forçosamente limitar-se a aplicação dos planos ou 46 ensinamentos que recebe, empenhando-se por meio das mesmas em alcançar a perfeição. E se dedica a esta tarefa com alegria fervor e liberdade, caracterizando esta atitude mental todo esforço efetivo sobre a senda do Progresso. JÓIAS DA LOJA 3 móveis: o ESQUADRO, (Insígnia do Venerável Mestre) o NÍVEL ( que decora o Ir. 1º Vigilante) o PRUMO ( que decora o Ir. 2º Vigilante) São chamadas de Jóias móveis, porque, além de passar a novos serventuários, o Esquadro regula o talhe das pedras, de que o Nível assegura a posição horizontal, enquanto o Prumo permite que sejam colocadas verticalmente. 3 fixas: a PEDRA BRUTA a PEDRA CÚBICA a PRANCHETA DA LOJA JURAMENTO Eleito o Reto Caminho da Verdade e da Virtude, lhe abre novamente a senda do Oriente, até que chegue diante da área, aonde tem que dobrar o 47 joelho esquerdo, significando com ele o domínio adquirido sobre seus instintos e paixões conservando a direita em esquadro, como prova de retidão e firmeza de sua Vontade, para tomar somente a obrigação inseparável deste grau, na que permanece segundo a cumpre. A primeira obrigação do Companheiro é um grau maior de discrição, do que se exigiu ao Aprendiz: não deve o Iniciado do Segundo Grau calar-se unicamente em presença dos profanos sobre os Mistérios da Ordem, senão que deve cuidar de não revelar aos Aprendizes o que não lhes pertence conhecer. Quer dizer, que não deve falar aos iniciados que se encontram em seus primeiros esforços, de coisas que não podem compreender e suportar e que, por conseguinte, melhor que proveitosas, lhes seriam inúteis e daninhas: "os lábios da Sabedoria devem permanecer mudos a não ser para os ouvidos da compreensão", proporcionando o Iniciado suas palavras a exata medida do entendimento de quem os ouve. A segunda e terceira se referem a seus deveres para com a Ordem e seus Irmãos, dos quais promete ser fiel e leal companheiro, defendendo-os, socorrendo-os e livrando-os, quando estiver em seu poder, de todo perigo que os ameace. A quarta e a quinta são seus deveres de Maçom para consigo mesmo: esforça-se constantemente sobre a Senda da Verdade e da Virtude, servindo-se dos instrumentos dos quais aprendeu o uso, e mantendo-se fiel ao Ideal mais elevado de sua consciência. A disciplina do silêncio que lhe exige, a semelhança dos pitagóricos, com os quais tem o iniciado deste grau especial parentesco, o fará exercitar-se mais proveitosamente no estudo e na reflexão, progredindo na Lógica que entre as sete artes, o Companheiro especialmente deve conhecer, exercitando-se alem disso, por meio da mesma, na Aritmética e na Geometria. O grau maior de fidelidade à Ordem que lhe exige um melhor e mais profundo conhecimento de seu caráter e finalidades, o farão na mesma um Obreiro útil, verdadeiro companheiro de seus iguais e Mestres, confirmando com um propósito mais definido e uma maior habilidade sua boa vontade de Aprendiz, e cooperando com eles na Grande Obra de Construção Universal que constitui o objeto social da Instituição. 48 Finalmente, seus esforços constantes para o Bem e sua fidelidade ao Ideal, com aquela firmeza e perseverança que o diferenciam do Aprendiz, são as qualidades que farão evidente a parte mais nobre e elevada de
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