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Antropologia: da crise de consciência ao pós-modernismo

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É no  período entre guerras, que os antropólogos percebem que  o mundo ocidental viveria uma profunda crise de consciência, que seria acompanhada da  intensificação dos estudos sobre as sociedades primitivas, consideradas como “modos de vida autênticos”, iniciando assim s trabalhos com a antropologia social e cultural. A abordagem da antropologia funcionalista foi criticada por sua tentativa de assimilar as culturas a organismos, enfatizando o equilíbrio e a estabilidade do todo, de modo que conflitos ou mudanças eram consideradas como anomalias ou, segundo Durkheim, dianomias - no sentido de fases a serem superadas mediante adaptações, de maneira a assegurar a volta ao equilíbrio e à normalidade. O pós-modernismo na Antropologia, segundo bibliografia recentemente produzida nos Estados Unidos, tem como característica principal formular uma crítica ao texto etnográfico clássico, considerando questões como suas condições de produção, o papel do autor, os recursos retóricos utilizados e a ausência, no texto, de uma perspectiva crítica mediando a cultura descrita (do informante) em função da cultura para qual se escreve. A chamada geração pós-moderna de antropologia norte-americana, representada por autores como J.Clifford, G.Marcus, James Boon, Paul Rabinow, entre outros, tem recebido forte inspiração teórica de pensadores europeus como M.Bakhtin, M.Foucault, R.Barthes, P.Bourdieu, o que nos leva primeiramente a considerar alguns dos argumentos destes pensadores, principalmente aqueles relacionados com a filosofia da linguagem e com a epistemologia das ciências.

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