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CASO CLINICO 3

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO 3 
 RELATÓRIO 
 
 
 
 
 Ana Carolina Garofo Leme da Fonseca 
 Matricula: 202003299383 
Profª Denise Fabri Rezende de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RIBEIRÃO PRETO – SP 
2020 
1 – HISTOLOGIA DA BEXIGA 
 
A camada muscular da bexiga é diferente do rim justamente por armazenar a urina sendo 
composta por 3 camadas: Longitudinal externa, circular média e longitudinal interna. É 
ainda envolvida pela adventícia e, superiormente, pela serosa do peritônio parietal. 
Quando a bexiga está distendida, as células do epitélio de transição se estendem e mudam 
sua forma tornando-se achatadas, essas células do epitélio de transição possuem um 
mosaico de regiões especializadas, as placas, espalhadas entre regiões interplacas, 
normais, da membrana celular. Quando a bexiga está vazia, as regiões das placas ficam 
dobradas formando contornos angulares, irregulares, que desaparecem quando a célula é 
distendida. Estas placas parecem ser impermeáveis à água e sais e agem como uma 
barreira osmótica. A lâmina própria da bexiga pode ser subdividida em duas camadas: 
uma mais superficial, de tecido conjuntivo denso, não modelado, e uma camada mais 
profunda de tecido conjuntivo mais frouxo composto por uma mistura de fibras de 
colágeno e elástico. Somente na lâmina própria que circunda o orifício da uretra, é 
possível encontrar glândulas mucosas. 
 
 
 
 
A túnica muscular é formada por uma camada longitudinal interna e uma circular externa. 
A partir da porção inferior do ureter aparece urna camada longitudinal externa. Essas 
camadas musculares são mal definidas. Na parte proximal da uretra, a musculatura da 
bexiga forma o seu esfíncter interno. 
 
OBS CASO CLINICO: A bexiga espessada é um sinal indireto de obstrução do canal 
da urina (uretra). Os sintomas incluem dor ao urinar, grande necessidade de urinar, 
incontinência e sangue na urina. A bexiga responde a esse bloqueio do fluxo se 
tornando mais espessa e trabalhando mais para eliminar essa urina. Após um período, 
as paredes da bexiga afinam, não conseguindo realizar sua função se o problema não 
for tratado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 – ANATOMIA DA BEXIGA 
A bexiga urinária, uma víscera oca que tem fortes paredes musculares, é caracterizada 
por sua distensibilidade. A bexiga é um reservatório temporário de urina e varia em 
tamanho, formato, posição e relações de acordo com seu conteúdo e com o estado das 
vísceras adjacentes. Quando vazia, a bexiga urinária do adulto está localizada na pelve 
menor, situada parcialmente superior e parcialmente posterior aos ossos púbicos. É 
separada desses ossos pelo espaço retropúbico (de Retzius) virtual e situa-se 
principalmente inferior ao peritônio, apoiada sobre o púbis e a sínfise púbica 
anteriormente e sobre a próstata (homens) ou parede anterior da vagina (mulheres) 
posteriormente. A bexiga urinária está relativamente livre no tecido adiposo subcutâneo 
extraperitoneal, exceto por seu colo, que é fixado firmemente pelos ligamentos laterais 
vesicais e o arco tendíneo da fáscia da pelve, sobretudo seu componente anterior, o 
ligamento puboprostático em homens e o ligamento pubovesical em mulheres. Nas 
mulheres, como a face posterior da bexiga urinária está diretamente apoiada na parede 
anterior da vagina, a fixação lateral da vagina ao arco tendíneo da fáscia da pelve, o 
paracolpo, é um fator indireto, mas importante na sustentação da bexiga urinária. 
As paredes da bexiga urinária são formadas principalmente pelo músculo detrusor. Em 
direção ao colo da bexiga masculina, as fibras musculares formam o músculo esfíncter 
interno da uretra involuntário. Esse esfíncter se contrai durante a ejaculação para evitar a 
ejaculação retrógrada (refluxo ejaculatório) do sêmen para a bexiga urinária. Algumas 
fibras seguem radialmente e ajudam na abertura do óstio interno da uretra. Nos homens, 
as fibras musculares no colo da bexiga são contínuas com o tecido fibromuscular da 
próstata, ao passo que nas mulheres essas fibras são contínuas com fibras musculares da 
parede da uretra. Os óstios do ureter e o óstio interno da uretra estão nos ângulos do 
trígono da bexiga. Os óstios do ureter são circundados por alças do músculo detrusor, que 
se contraem quando a bexiga urinária se contrai para ajudar a evitar o refluxo de urina 
para o ureter. A úvula da bexiga é uma pequena elevação do trígono; geralmente é mais 
proeminente em homens idosos em razão do aumento do lobo posterior da próstata. 
 As quatro superfícies da bexiga urinária (superior, duas inferolaterais e posterior) são 
mais aparentes na bexiga urinária vazia e contraída que foi removida de um cadáver, 
quando o órgão possui o formato semelhante ao de um barco. O ápice da bexiga aponta 
em direção à margem superior da sínfise púbica quando a bexiga urinária está vazia. O 
fundo da bexiga é oposto ao ápice, formado pela parede posterior um pouco convexa. O 
corpo da bexiga é a parte principal da bexiga urinária entre o ápice e o fundo. O fundo e 
as faces inferolaterais encontram-se inferiormente no colo da bexiga. O leito da bexiga é 
formado pelas estruturas que têm contato direto com ela. De cada lado, os púbis, a fáscia 
que reveste o músculo levantador do ânus e a parte superior do músculo obturador interno 
estão em contato com as faces inferolaterais da bexiga urinária. Apenas a face superior é 
coberta por peritônio. Consequentemente, nos homens o fundo da bexiga é separado do 
reto centralmente apenas pelo septo retovesical fascial e lateralmente pelas glândulas 
seminais e ampolas dos ductos deferentes. Nas mulheres, o fundo da bexiga tem relação 
direta com a parede anterossuperior da vagina. A bexiga urinária é revestida por uma 
fáscia visceral de tecido conjuntivo frouxo. 
 
3 – IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA BEXIGA 
As principais artérias que irrigam a bexiga urinária são ramos das artérias ilíacas internas. 
As artérias vesicais superiores irrigam as partes anterossuperiores da bexiga urinária. Nos 
homens, as artérias vesicais inferiores irrigam o fundo e o colo da bexiga. Nas mulheres, 
as artérias vaginais substituem as artérias vesicais inferiores e enviam pequenos ramos 
para as partes posteroinferiores da bexiga urinária. As artérias obturatória e glútea inferior 
também enviam pequenos ramos para a bexiga urinária. 
4 – DRENAGEM VENOSA DA BEXIGA 
As veias que drenam a bexiga urinária correspondem às artérias e são tributárias das veias 
ilíacas internas. Nos homens, o plexo venoso vesical é contínuo com o plexo venoso 
prostático, e o conjunto de plexos associados envolve o fundo da bexiga e a próstata, as 
glândulas seminais, os ductos deferentes e as extremidades inferiores dos ureteres. 
Também recebe sangue da veia dorsal profunda do pênis, que drena para o plexo venoso 
prostático. O plexo venoso vesical é a rede venosa que tem associação mais direta à 
própria bexiga urinária. Drena principalmente através das veias vesicais inferiores para 
as veias ilíacas internas; entretanto, pode drenar através das veias sacrais para os plexos 
venosos vertebrais internos. Nas mulheres, o plexo venoso vesical envolve a parte pélvica 
da uretra e o colo da bexiga, recebe sangue da veia dorsal do clitóris e comunica-se com 
o plexo venoso vaginal ou uterovaginal 
5 – DRENAGEM LINFATICA DA BEXIGA 
É feita para os linfonodos ilíacos e linfonodos sacrais. 
6 – INERVAÇÃO DA BEXIGA 
As fibras simpáticas são conduzidas dos níveis torácico inferior e lombar superior da 
medula espinal até os plexos vesicais (pélvicos), principalmente através dos plexos e 
nervos hipogástricos, enquanto as fibras parassimpáticas dos níveis sacrais da medula 
espinal são conduzidas pelos nervos esplâncnicos pélvicos e pelo plexo hipogástrico 
inferior. As fibras parassimpáticassão motoras para o músculo detrusor e inibitórias para 
o músculo esfíncter interno da uretra na bexiga urinária masculina. Portanto, quando as 
fibras aferentes viscerais são estimuladas por estiramento, ocorre contração reflexa da 
bexiga urinária, relaxamento do músculo esfíncter interno da uretra (nos homens) e a 
urina flui para a uretra. Com treinamento, nós aprendemos a suprimir esse reflexo quando 
não desejamos urinar. A inervação simpática que estimula a ejaculação causa 
simultaneamente a contração do músculo esfíncter interno da uretra para evitar refluxo 
de sêmen para a bexiga urinária. Uma resposta simpática em outros momentos diferentes 
da ejaculação (p. ex., constrangimento ao estar no mictório na frente de uma fila de 
espera) pode causar contração do músculo esfíncter interno, prejudicando a capacidade 
de urinar até que haja inibição parassimpática do esfíncter. As fibras sensitivas da maior 
parte da bexiga urinária são viscerais; as fibras aferentes reflexas seguem o trajeto das 
fibras parassimpáticas, do mesmo modo que aquelas que transmitem sensações de dor 
(como a resultante da hiperdistensão) da parte inferior da bexiga urinária. A face superior 
da bexiga urinária é coberta por peritônio e, portanto, está acima da linha de dor pélvica; 
assim as fibras de dor da parte superior da bexiga urinária seguem as fibras simpáticas 
retrogradamente até os gânglios sensitivos de nervos espinais torácicos inferiores e 
lombares superiores (T11–L2 ou L3). 
7 – TOQUE RETAL 
Exame dos mais importantes na propedêutica coloproctológica, deve ser incluído no 
exame físico de todo paciente adulto que procura um médico, principalmente nos de 
faixas etárias acima de 50 anos de idade. 
Semiotécnica: Estando o dedo indicador da mão direita protegido com luva, lubrificado 
com vaselina ou, eventualmente, com xilocaína, inicia-se o exame com ligeira massagem 
no introito do canal anal, para que o paciente relaxe um pouco o estojo esfincteriano. A 
introdução do dedo no canal deve ser feita com delicadeza, procurando-se, durante a 
manobra, fazer o paciente participar do exame. Para isto o médico vai relatando o que vai 
fazer (“vou introduzir o dedo no ânus…”, “não vai doer…”). O maior diâmetro do canal 
anal é no sentido anteroposterior. Por conseguinte, deve-se usar este conhecimento ao 
introduzir o dedo, colocando-o na posição lateral. Após vencer a barreira do esfíncter, 
faz-se, com manobras de rotação do dedo, o exame de todo o canal anal. Primeiramente, 
deve-se tocar a face anterior do canal anal, onde se localiza a loja prostática no homem e 
o relevo vaginal da mulher. Aumento do tamanho da próstata é facilmente detectado. Os 
movimentos rotatórios do dedo permitem sentir as alterações do relevo do canal. Em 
condições normais, o canal anal e o início do reto apresentam paredes lisas, sem qualquer 
rugosidade. Qualquer massa que se conseguir tocar obriga o médico a aprofundar a 
avaliação semiológica por meio da anuscopia, terceira etapa do exame proctológico. É 
importante relembrar que mamilos hemorroidários internos, embora possam prolapsar 
para fora do ânus, com aspecto de neoplasia (hemorroidas internas de terceiro grau), 
apresentam-se ao toque com consistência aveludada (consistência de mucosa). Qualquer 
endurecimento deve levar-nos a pensar em massa tumoral, pois pode tratar-se de uma 
neoplasia localizada nessa região. Sangramento originado no canal anal é facilmente 
detectado pelo toque ao se observar a luva recoberta por sangue. É importante lembrar 
que cerca de 50% das neoplasias malignas do intestino grosso estão localizadas no reto, 
quase sempre ao alcance do toque retal. Só esta afirmativa comprova o valor deste exame, 
principalmente tendo em vista que a incidência de neoplasias desse segmento do tubo 
digestório vem aumentando em todo o mundo. 
Por condicionamento sociocultural, ainda existe uma espécie de inibição ou vergonha 
quando se fala em exame anorretal. Contudo, se for explicado ao paciente com clareza a 
importância e a necessidade do exame, as barreiras se desfazem. A exploração digital do 
reto constitui, isoladamente, um dos mais valiosos recursos propedêuticos de que dispõe 
o médico. Um exame físico só pode ser considerado completo quando dele consta um 
toque retal. O posicionamento correto do paciente, lubrificação abundante e introdução 
digital suave são as condições fundamentais para o toque retal. As posições do paciente 
para este exame são as seguintes: 
■ Posição de Sims ou lateral esquerda, mantendo-se o membro inferior em semi-extensão 
e o superior flexionado 
 ■ Posição genupeitoral: é a mais adequada, preferida pela maioria dos examinadores 
■ Posição de decúbito supino, na qual o paciente fica semissentado com as pernas 
flexionadas. O examinador passa o antebraço por baixo da coxa do paciente; Esta posição 
é indicada em especial nos enfermos em condições gerais precárias. 
Deve-se usar luva descartável e gel lubrificante. Antes do exame, solicita-se ao paciente 
urinar, esvaziando a bexiga o máximo que puder. Se possível, o médico observa o jato 
urinário. Logo em seguida, palpa-se e percute-se a bexiga para verificar se existe urina 
residual aumentada. Antes de realizar o toque retal, é necessário inspecionar 
cuidadosamente a região ano perineal, examinando-se a pele em volta do ânus em busca 
de sinais inflamatórios, alterações provocadas pelo ato de coçar, fissuras, pertuitos 
fistulosos, condilomas e abscessos. A inspeção do orifício anal pode revelar a presença 
de mamilos hemorroidários. O paciente deve ser devidamente esclarecido sobre o que 
será feito, devendo-se dizer a ele que, durante o exame, poderá ter a sensação de estar 
evacuando. O médico coloca-se ao seu lado e pede-lhe que relaxe o máximo possível. 
Expõe-se o ânus com o dedo indicador e polegar da mão esquerda, coloca-se a polpa do 
indicador direito sobre a margem anal e faz-se uma compressão continuada e firme para 
baixo, com o intuito de relaxar o esfíncter externo. Em seguida, introduz-se o dedo, lenta 
e suavemente, por meio de movimentos rotatórios. A introdução digital tem que ser feita 
com delicadeza e suavidade para que não haja dor. Quando não se consegue introduzir o 
dedo devido a dor intensa ou espasticidade esfincteriana, é necessário considerar a 
possibilidade de criptite ou fissura anal. Observa-se o tônus esfincteriano anal. Um 
esfíncter anal relaxado, principalmente quando associado a redundância e relaxamento 
retal, é encontrado nas enfermidades do sistema nervoso central com disfunção 
neurológica da bexiga. As estruturas a serem examinadas durante o toque retal são: 
■ Parede anterior, pela qual se avaliam a próstata, as vesículas seminais e o fundo de saco 
vesico retal 
■ Parede lateral esquerda 
■ Parede lateral direita 
■ Parede posterior (sacro e cóccix) 
■ Para cima (até onde alcançar o dedo). As seguintes afecções podem ser diagnosticadas 
pelo toque retal: fissura anal, fístula anorretal, cisto e fístula pilonidal, hemorroidas 
internas, relaxamento esfincteriano (senilidade, tabes dorsalis, lesões medulares), 
estenoses retais (congênita, linfogranulomatosa, inguinal, senil), abscesso anorretal, 
pólipos, neoplasias benignas, neoplasias malignas, ânus imperfurado, extensão de 
neoplasias malignas da uretra bulbomembranosa, enfermidades prostáticas, enfermidades 
das vesículas seminais e enfermidades das glândulas de Cowper. 
As características semiológicas a analisar são o tamanho, a consistência, a superfície, os 
contornos, o sulco mediano e a mobilidade da próstata. A próstata normal é palpável na 
parede anterior do reto como uma estrutura em formato de coração (pirâmide invertida, 
maçã, pera), com a base voltada para cima e o vértice para baixo. Seus lobos laterais são 
separados por um sulco mediano (encaixe, septo vertical ou sulco interlobular). Em 
condições normais, a próstata tem o tamanho de uma nozgrande, é regular, simétrica, 
depressível, apresenta superfície lisa, consistência elástica, lembrando borracha, 
contornos precisos e é discretamente móvel. As vesículas seminais não costumam ser 
acessíveis ao exame palpatório. Para avaliá-las, deve-se recorrer ao método de Picker. 
8 – DIAGNÓSTICO DE HIPERPLASIA PROTÁSTICA BENIGNA 
Sintomas: Os sintomas irritativos (fase de compensação) característicos são: polaciúria, 
nictúria, urgência urinária, incontinência ou urgência ocasional. À medida que os lobos 
prostáticos se hiperplasiam, estreita-se o lúmen da uretra, o que implica aumento do 
resíduo urinário, diretamente proporcional à obstrução. Para vencer o obstáculo, o 
músculo detrusor contrai-se cada vez com mais força, acarretando hipertrofia de suas 
fibras. No início, há equilíbrio entre a capacidade expulsiva da bexiga e a resistência 
uretral (fase de compensação). A bexiga torna-se hipersensível e, à medida que ela se 
distende, o paciente sente necessidade de urinar. Durante certo tempo, esta vontade inicial 
de urinar é passível de inibição. Então, a bexiga relaxa e passa a ter capacidade para 
receber mais urina. Havendo hipertrofia do músculo detrusor, suas fibras contraem-se 
vigorosamente e entram em espasmo, originando os sintomas de bexiga irritável (nictúria, 
polaciúria, urgência urinária e incontinência urinária de urgência). À proporção que o 
processo obstrutivo avança, na tentativa de assegurar o esvaziamento da bexiga, as fibras 
musculares do detrusor tornam-se cada vez mais hipertrofiadas. Nesta fase de 
compensação, o paciente apresenta dificuldades para começar a micção e, para efetuá-la, 
é necessário algum esforço. O jato urinário fica diminuído quanto à força e ao calibre. 
Com o agravamento da obstrução, o músculo detrusor entra em exaustão, tornando-se 
incapaz de esvaziar adequadamente a bexiga (fase de descompensação). O resíduo 
urinário aumenta cada vez mais e surgem manifestações clínicas multiformes. O paciente 
queixa-se de sensação de incompleto esvaziamento da bexiga, gotejamento terminal, 
incontinência urinária paradoxal ou de transbordamento. O paciente levanta mais vezes à 
noite para urinar, e encurta o espaço entre as micções diurnas. O jato urinário fica mais 
fino e mais fraco. Há urgência para urinar e, às vezes, o paciente urina nas calças antes 
de chegar ao sanitário. O crescente desequilíbrio entre a contratilidade do músculo 
detrusor e a resistência uretral pode conduzir ao quadro de retenção aguda de urina. É 
necessário lembrar-se de que um resíduo urinário elevado é sinônimo de urina estagnada, 
condição que favorece a proliferação bacteriana. São acrescidas, então, as manifestações 
da infecção urinária (disúria, ardor à micção, urina turva e malcheirosa). Na hiperplasia 
dos lobos laterais (hiperplasia bilobular), a próstata apresenta-se, em seu conjunto, 
simétrica, elástica, lisa, regular, saliente, arredondada, lembrando uma “bola de tênis”. O 
aumento isolado do lobo mediano não é adequadamente avaliado ao toque retal. O lobo 
anterior costuma permanecer rudimentar e o lobo posterior é a sede habitual de alterações 
malignas. É oportuno mencionar que o toque retal não fornece informações seguras sobre 
o tamanho da próstata e de seus efeitos obstrutivos. Vale dizer, o grau de crescimento 
prostático é avaliado mais pelas queixas do paciente e pelo resíduo urinário do que pelo 
tamanho da glândula à palpação 
EXAMES LABORATORIAIS: PSA, Urina simples e Urocultura, uréia e creatinina. 
EXAME FISICO: Exame da bolsa escrotal, investigam - se o formato, o tamanho, as 
características da pele e os aspectos vasculares; Exame dos testículos por palpação. 
EXAMES DE IMAGEM: Citoscopia, ultrassonografia. 
Diferença entre Hiperplasia Benigna e Tumor de próstata: A diferença entre HPB 
(Hiperplasia Prostática Benigna) e câncer é que a HPB é um aumento de tamanho 
benigno (não-canceroso) da próstata, enquanto que o câncer de próstata é um tumor 
maligno que pode se espalhar para outros órgãos. A HBP é o tumor benigno mais 
frequente entre os homens, sendo observado em mais de 40% dos indivíduos com idade 
superior a 50 anos e em cerca de 75% dos homens com mais de 70 anos de idade. É, 
portanto, uma condição bastante comum. Não é um tipo de câncer, não apresenta relação 
com o câncer de próstata, nem aumenta as chances de desenvolvimento do mesmo. 
A próstata é uma glândula que envolve a uretra e está presente apenas nos homens. À 
medida que o homem envelhece, a próstata cresce lentamente (hiperplasia benigna) 
comprimindo a uretra. Isso provoca dificuldade de urinar além de complicações como 
infecções e falência da bexiga, se não for tratada. Por outro lado, o câncer de próstata é 
o tipo de câncer mais comum entre os homens e é uma doença bem diferente da HPB. O 
tumor desenvolve-se quando as células da próstata crescem e se multiplicam 
descontroladamente, podendo invadir órgãos e tecidos vizinhos ou distantes da próstata. 
 
Fonte: Google. 
9 – ANATOMIA DA PRÓSTATA 
A próstata (com aproximadamente 3 cm de comprimento, 4 cm de largura e 2 cm de 
profundidade anteroposterior [AP]) é a maior glândula acessória do sistema genital 
masculino. A próstata de consistência firme, do tamanho de uma noz, circunda a parte 
prostática da uretra. A parte glandular representa cerca de dois terços da próstata; o outro 
terço é fibromuscular. A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, 
incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos. Tudo isso é circundado pela fáscia 
visceral da pelve, que forma uma bainha prostática fibrosa que é fina anteriormente, 
contínua anterolateralmente com os ligamentos puboprostáticos, e densa posteriormente 
onde se funde ao septo retovesical. A próstata tem: Uma base intimamente relacionada 
ao colo da bexiga; Um ápice que está em contato com a fáscia na face superior dos 
músculos esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo; Uma face anterior 
muscular, cuja maioria das fibras musculares é transversal e forma um hemiesfíncter 
vertical, semelhante a uma depressão, que é parte do músculo esfíncter da uretra. A face 
anterior é separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal no espaço retropúbico; 
Uma face posterior relacionada com a ampola do reto; Faces inferolaterais relacionadas 
com o músculo levantador do ânus. A descrição tradicional da próstata inclui os lobos a 
seguir, embora não sejam bem distintos do ponto de vista anatômico: O istmo da próstata 
situa-se anteriormente à uretra. É fibromuscular, e as fibras musculares representam a 
continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o colo da bexiga, e 
contém pouco ou nenhum tecido glandular. Os lobos direito e esquerdo da próstata, 
separados anteriormente pelo istmo e posteriormente por um sulco longitudinal central e 
pouco profundo, podem ser subdivididos, cada um, para fins descritivos, em quatro 
lóbulos indistintos, definidos por sua relação com a uretra e os ductos ejaculatórios, e — 
embora menos visível — pelo arranjo dos ductos e tecido conjuntivo: Um lóbulo 
inferoposterior situado posterior à uretra e inferior aos ductos ejaculatórios. Esse lóbulo 
constitui a face da próstata palpável ao exame retal digital; Um lóbulo inferolateral 
diretamente lateral à uretra, que forma a maior parte do lobo direito ou esquerdo; Um 
lóbulo superomedial, situado profundamente ao lóbulo inferoposterior, circundando o 
ducto ejaculatório ipsilateral; Um lóbulo anteromedial, situado profundamente ao lóbulo 
inferolateral, diretamente lateral à parte prostática proximal da uretra; Um lobo médio 
(mediano) dá origem anteriores. Essa região tende a sofrer hipertrofia induzida por 
hormônio na idade avançada, formando um lóbulo médio situado entre a uretra e os ductos 
ejaculatórios e próximo do colo da bexiga. Acredita-se que o aumento do lobo médio seja 
ao menos parcialmente responsável pela formação da úvula quepode se projetar para o 
óstio interno da uretra. Alguns médicos, principalmente urologistas e ultrassonografistas, 
dividem a próstata em zonas periférica e central (interna). A zona central é comparável 
ao lobo médio. Os ductos prostáticos se abrem principalmente nos seios prostáticos, 
situados de cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da uretra. 
O líquido prostático, fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do volume do 
sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas seminais, 
próstata e glândulas bulbouretrais que constitui o veículo no qual os espermatozoides são 
transportados) e participa da ativação dos espermatozoides. 
10 – IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA PRÓSTATA 
As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca, sobretudo as artérias 
vesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal média. 
11 – DRENAGEM VENOSA DA PRÓSTATA 
As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata. Esse 
plexo venoso prostático, situado entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática, 
drena para as veias ilíacas internas. O plexo venoso prostático é contínuo superiormente 
com o plexo venoso vesical e comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral 
interno. 
12 – DRENAGEM LINFÁTICA DA PRÓSTATA 
Os vasos ao redor do Ducto, alguns dos vasos da vesícula seminal, e um vaso da superfície 
posterior da próstata drena para os linfonodos ilíacos externos. Alguns dos vasos da 
vesícula seminal, vasos prostáticos e vasos da próstata anterior drenam para os linfonodos 
ilíacos internos. Os vasos da próstata também drenam para o obturador e sacral. 
 
 
13 – INERVAÇÃO DA PRÓSTATA 
Plexo hipogástrico inferior. 
14- RELAÇÃO DA NETA APRESENTAR CONSTANTES QUADROS DE 
INFECÇÕES URINARIAS: Primeiramente, é mais comum quadros de infecções em 
mulheres pelas características anatômicas, tornando a migração das bactérias facilitada, 
já que a uretra fica logo acima da vagina (mais exposta). Uma vez migrando para a uretra 
o caminho percorrido pelas bactérias até a bexiga é menor nas mulheres do que nos 
homens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
1. Gray’s Anatomia para Estudante (Richard Drake, A. Wayne Vogl e Adam 
Mitchel) 
2. Anatomia Orientada para a Clínica (Keith L. Moore, Arthur F. Dalley II, e Anne 
M. R. Agur) 
3. Anatomia Microscópica Humana (Radivoj V. Krstic) 
4. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de controle das doenças sexualmente 
transmissíveis. 4 a ed. Funasa, 2006. 
5. Porto CC, Porto AL. Clínica médica na prática diária. Guanabara Koogan, 2016. 
6. Richie JP, Steele G. Neoplasm of the testis. In: Walsh PC. Campbell’s Urology. 
8. ed. Saunders, 2002. 
7. Sociedade Brasileira de Urologia. Consenso sobre disfunção erétil e sexualidade, 
2003. 
8. Srougi M. Adenocarcinoma da próstata. In: Barata HS, Carvalhal GF. Urologia. 
Princípios e práticas. Artmed, 1999.

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