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Henri Cartier-Bresson: Fotógrafo e Artista

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HENRI CARTIER-BRESSON
Henri Cartier-Bresson
Nascido em 22/08/1908, com um imponente nome e filho de uma família abastada, Henri Cartier-Bresson ganhou uma Box Brownie de presente de seu pai, porém, seu contato com a fotografia era esporádico, usando sua câmera principalmente em registro de férias. 
Com forte inclinação para as artes Bresson estudou pintura desde criança, mais tarde foi estudar no estúdio de André Lhote, pintor cubista e escultor francês, nesse tempo conheceu as obras de artistas renascentistas. 
Bresson dizia que sua Leica era continuação de seu corpo, mas ele já fotografou em grande formato, carregava um tripé, pano negro e o equipamento de nogueira e dedicava-se a fotografar paisagens. 
Aos 22 anos foi para a África onde caçava e vendia a carne, e em meio a isso capturava com sua câmera o que seus olhos viam. Para Bresson é por na mesma linha cabeça, olho e coração, e suas imagens realmente captam essa essência. 
 
 
Doente, retornou a França em 1931 e viu a foto dos 3 meninos negros correndo nus em direção ao mar. 
	
		Martin Munkácsi – 1930
Essa imagem capturada por Martin Munkácsi o impactou de tal forma que foi a única fotografia a ganhar lugar em sua casa. A partir dessa imagem Bresson entregou-se a fotografia, ela o colocou na história da fotografia. 
	Outra grande influência para HCB foi o fotógrafo húngaro André Kertész, que foi pioneiro na fotografia de rua, Bresson dizia que “Todos devemos algo a Kertész, o que quer que façamos ele fez primeiro”, as fotos de Kertéz e Bresson são muito similares.
Servindo a França na 2º Guerra Mundial na unidade de filmagem e fotografia, foi capturado pelo exército alemão ficando preso por 36 meses quando na 3ª tentativa conseguiu fugir. Conseguindo documentos falsos retornou a França onde secretamente, se aliou a Resistencia ajudando na articulação de outros prisioneiros e juntamente com outros fotógrafos registrava a ocupação e libertação da França. 
Essa imagem mostra o momento exato (momento decisivo) da denuncia de uma informante da Gestapo. 
Chegou-se a organizar uma exposição póstuma pois acreditavam que ele estava morto, tomando conhecimento desse fato Bresson se apresentou aos organizadores e ajudou a organizar a exposição. 
Em parceria com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour fundou a agência Magnum, viajou para muitos lugares fotografando para as revistas Life, Vogue e Harper’s Bazaar. Atuava como jornalista, mas com seu olhar único, registrou o mundo e suas transformações. 
Seu trabalho como fotodocumentarista é extenso e grandioso, mostra momentos importantes da história acontecendo em diversas partes do mundo, ele tinha o cuidado de registrar tudo de forma leve, sem causar drama, ele queria conscientizar o mundo para o que acontecia em lugares de guerra, estado de miséria ou onde a liberdade não era verdadeira. 
Em 1948 viajou para a India onde conheceu Mahatma Gandhi e o fotografou poucos minutos antes deste ser assassinado, muito impactado com o acontecido registrou a comoção da população local em seu funeral.
	
Ainda em 1948 foi para a China, chegando em Pequim 12 dias antes da cidade ser tomada pelas tropas de Mao Tse-tung, passou 10 meses indo e vindo fotografando, sendo empurrado de lá pra cá pelos acontecimentos, fazendo assim o seu primeiro diário fotográfico da China. Partiu de Xangai no ultimo avião a decolar antes do aeroporto ser tomado.
	
Em 1954 recebeu autorização para entrar em Moscou, na época URSS – União Soviética, juntamente com sua esposa Matine Franck, mas suas fotos teriam que ser revelada lá e se não aprovassem não poderia trazê-las. Ao ser questionado sobre seu interesse na União Soviética respondeu que queria fotografar as pessoas e sua vida cotidiana, os aspectos visíveis. E assim ele fotografou as pessoas simplesmente vivendo. Voltou à Moscou na década de 70.
	
	Foi para Cuba em 1963 fotografar pela revista Life, desde 1959 o país estava sob o comando de Fidel Castro e Bresson tinha o papel de registrar a população, mas seu grande objetivo era fotografar o Fidel, fotografou Fidel e também Che. 
	 
Cartier-Bresson estudou cinema com Paul Strand nos Estados Unidos e trabalhou como ator, assistente de direção e diretor no Documentário Victoire de La Vie, sendo assistente de Jean Renoir em 3 filmes.
 	Em 1966 desligou-se da agência Magnum e dedicou-se exclusivamente ao desenho e à pintura até a sua morte em 2004.
 	As fotos de Bresson ficaram conhecidas em todo o mundo e seu discurso do momento decisivo foi sua benção, mas também seu tormento, pois era constantemente questionado sobre o que era esse tal momento, segundo Bresson era aquele momento tão único na fotografia que você parava de respirar ao registrar, era encontrar o equilíbrio perfeito entre elementos visuais e emocionais. 
	
Uma de suas fotos mais icônicas está a do homem pulando a água, Bresson conseguiu com esta foto capturar o momento decisivo, parece que tudo está suspenso e congelou algo que durou frações de segundo com perfeição que só quem ficava observando e esperando conseguiria. 
Ele era paciente e dizia que era preciso saber esperar, colocar em perspectiva linhas verticais e horizontais, curvas, movimento, sombra, geometria, a combinação entre seu olhar e a espera trazia registros extraordinários. 
Bresson foi e continua sendo um dos maiores fotógrafos, seu olhar atento mostrou que é possível fazer registros belíssimos da vida cotidiana. Suas fotos são simples, mas contém algo de muito especial. 
Não há como passar pela história de Bresson e suas fotos e não querer conhecer mais. A princípio tudo parece tão corriqueiro, mas ao conhecer sua motivação e sua obra é impossível não entender a importância do que ele fez.
A história da fotografia se funde com a história de Bresson, é um casamento que não só deu certo, mas que fez com que ambos fossem engrandecidos e fortalecidos. 
Criando uma conexão da fotografia com as pessoas, com o cotidiano, mostrando que ele é belo e que precisamos enxergar por outro ângulo, esperar mais alguns segundos e o momento decisivo vai acontecer. 
Análise Fotográfica 
		Simiane-la-Rotonde, Alpes de Haute-Provence, France - 1969
Fotografia ao ar livre, luz natural, as linhas verticais se contrapõem a grande linha horizontal e nos dão a sensação de um ambiente tranquilo, as duas crianças a frente levam o olhar para as 2 crianças ao fundo numa linha diagonal, e para o 3º elemento a direita e de volta aos meninos em primeiro plano, essa posição dos “objetos” faz nossos olhos passearem pelas fotos através de um triangulo. 
Fotografia com composição de tons cinzas e pouquíssima presença de pretos, muitas linhas verticais e poucas linhas horizontais. 
Imagem característica de Cartier-Bresson onde há presença de muitos elementos que estão ao natural, não sendo posadas e ao ar livre, e muita geometria. 
Os personagens em primeiro plano estão alheios a fotografia, em seguida nosso olhar é levado para as meninas em segundo plano e é possível ver que uma delas percebeu a fotografia ou estava olhando para frente no momento em que foi fotografada, talvez o momento decisivo. A esquerda temos 2 pessoas conversando, mas apenas uma delas aparece totalmente na foto, nosso olhar passa distraidamente por este 3º elemento e volta aos meninos em primeiro plano, e depois para as meninas e assim sucessivamente, dando um ar ainda maior de ocasionalidade percebemos os cães ao fundo na foto. Percebemos muitas texturas e geometria na imagem: chão, paredes, teto, cartaz, roupas listradas e estampadas, pilastras e vigas. 
A foto mostra harmonia e sossego, dando a sensação de um final de tarde no verão.

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