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Resumão + Exercícios - PDTA

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O construtivismo de Piaget
Jean Piaget (1896-1980) procurou compreender como o adulto desenvolve o pensamento lógico-científico e, para isso, utilizou pressupostos teóricos da filosofia e o método de investigação e pesquisa da psicologia.
 
Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 90 livros e centenas de trabalhos científicos. Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo.
 
Formulou uma teoria que pressupõe a evolução progressiva do conhecimento por meio de estruturas de raciocínio que se integram umas às outras através de estádios de desenvolvimento. Isto significa que a lógica e as formas de pensar de uma criança são completamente diferentes da lógica e do pensamento dos adultos, recomendando aos adultos que adotem uma abordagem educacional diferente ao lidar com crianças.
 
Forneceu uma percepção sobre as crianças que serve como base de muitas linhas educacionais atuais; mas devemos ressaltar que os estudos de Jean Piaget não tinham um comprometimento direto com a educação e nem este autor lançou uma teoria pedagógica aplicável na educação escolar.
 
Está errada a escola que diz utilizar o ‘método de Piaget’. Apesar disso, não se pode negar que suas contribuições para as áreas da psicologia e da educação são incomensuráveis.
 
A teoria do desenvolvimento cognitivo ou da inteligência de Piaget está pautada nos pressupostos epistemológicos do construtivismo, superando algumas teorias clássicas como o racionalismo e o empirismo.
 
Segundo a teoria construtivista, o conhecimento ocorre a partir da interação do sujeito com o meio, de sua ação e levantamento de hipóteses, sendo um processo interativo em que a espontaneidade tem um papel importante.
 
Para entender a lógica do adulto, estudou o desenvolvimento do pensamento infantil, aplicando testes (provas operatórias) chegando a períodos que denominou de “estádios do desenvolvimento cognitivo”.
 
Epistemologia genética: área de pesquisa elaborada por Piaget, que estuda o desenvolvimento do pensamento da criança até a chegada ao raciocínio adulto (lógico-científico). Piaget pretendeu compreender como se desenvolvem não só os conhecimentos, como também a capacidade de conhecer.
 
Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo.
O que é epistemologia?
É a parte da Filosofia que estuda o conhecimento. Os epistemologias, desde a Grécia Antiga até os tempos atuais, buscam responder a seguinte questão: Como o homem chega ao conhecimento?
 
Diferentes correntes epistemológicas buscaram responder a esta pergunta ao longo do tempo e orientaram a compreensão sobre o conceito de inteligência bem como a construção de teorias psicológicas.
 
Uma visão construtivista da inteligência
De acordo com Macedo (2002), na visão construtivista a inteligência é o que possibilita ao sujeito, de modo estrutural e funcional, relacionar-se consigo mesmo e com o mundo de modo interdependente e reversível. Ou seja, uma relação em que os elementos interagem em um contexto sistêmico, sendo partes e todo ao mesmo tempo.
 
Ser inteligente em uma perspectiva construtivista é saber coordenar ações (físicas, motoras, afetivas, cognitivas) em direção a resolução de um problema ou situação. Sendo assim, a inteligência expressa como o sujeito pode compreender e realizar tarefas segundo os diferentes estádios do desenvolvimento.
 
Construtivismo significa que a inteligência não está pronta ou acabada, que o conhecimento não é dado como algo terminado. Nessa perspectiva, o conhecimento não depende unicamente das relações sociais ou da bagagem genética hereditária. O conhecimento é resultado da interação do sujeito com o objeto (meio físico, social, com os símbolos, signos pertencentes ao contexto sócio histórico em que está inserido o sujeito) que possibilitará a construção do conhecimento e desenvolvimento das estruturas de inteligência. Portanto, o conhecimento é resultado da dialética da interação sujeito-objeto.
 
De acordo com Becker (1993) epistemologicamente esta relação pode ser assim representada: S↔O e a Pedagogia que deriva desta concepção é a Relacional: A↔P.
 
Níveis de erros durante o processo de aprendizagem:
No construtivismo o erro é possível ou até necessário durante o processo de construção do conhecimento. Assim, Piaget classifica em níveis de desenvolvimento as respostas do sujeito:
Nível 1 - não há erro na perspectiva do sujeito, não compreende a existência do mesmo.
Nível 2 - o erro é percebido pelo sujeito, mas somente depois de ter errado, a posteriori, não havendo antecipação ou pé-correção do erro,
Nível 3 - existe a compreensão do erro e a possibilidade de antecipar, neutralizar, pé-corrigir.
 
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Módulo 6
2a parte - ABORDAGEM SOCIOCULTURAL
Paulo Freire: vida e obra
Paulo Regules Neves Freire, nasceu em 21 de setembro de 1921 em Recife, Pernambuco. De família humilde, enfrentou dificuldades desde cedo, especialmente aos 13 anos com a morte de seu pai e a crise econômica mundial em 1929. Aos 22 anos inicia o curso de Direito na Universidade Federal de Pernambuco, mas não seguiu a essa profissão, dedicou-se ao magistério, optou por lecionar língua portuguesa. Em 1946, assumiu a direção do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social de Pernambuco, onde passou a trabalhar com pobres analfabetos. Suas ideias pedagógicas surgiram a partir da observação da cultura dos alunos, em especial o uso da linguagem e do papel elitista da escola. Casou-se com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira com quem teve 5 filhos.
Freire dedicou grande parte de sua vida à alfabetização e à educação da população pobre. Em 1961, como diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade de Recife, montou uma equipe para alfabetizar 300 cortadores de cana em 45 dias. No ano de 1963, em Angicos, comandou este programa que alfabetizou os 300 adultos em 45 dias. Em função disso foi convidado pelo então presidente João Goulart a coordenar e multiplicar o Plano Nacional de Alfabetização, mas poucos meses após a implantação, o plano foi vetado pelos militares, que assumiram o governo na época. Freire foi preso por afirmar que as pessoas podem se tornar ativas e críticas, conscientes de seus direitos enquanto cidadãos. Por isso, passou 70 dias na prisão, foi expulso do país, ficando por 16 anos exilado, viveu no Chile, Suíça, Estados Unidos e Inglaterra e difundiu sua metodologia de ensino em países africanos de colonização portuguesa, como Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Em 1968, no Chile, escreveu uma de suas obras mais importantes “Pedagogia do Oprimido”. Foi professor em universidades nos Estados Unidos e na Suíça onde recebeu vários prêmios e títulos. Além disso, no período em que esteve exilado, organizou planos bem-sucedidos de alfabetização em países africanos. Nomeado doutor honoris causa em 28 universidades de diferentes países e teve sua obra traduzida em mais de 20 idiomas.
Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Juntou-se ao Partido dos Trabalhadores entre 1979 e 1991, e foi secretário municipal de Educação de São Paulo. Nesse cargo criou o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), um programa público de apoio a salas comunitárias de Educação de Jovens e Adultos (EJA), adotado até hoje por várias prefeituras e governos. Em 1991 foi fundado o Instituto Paulo Freire. Em 13 de abril de 2012, o educador e filósofo pernambucano Paulo Freire (1921-1997) passa a ser reconhecido como Patrono da Educação Brasileira pela Lei nº 12.612. Paulo Freire morreu em 02 de maio de 1997 de enfarto.
Principais concepções teóricas
A obra de Paulo Freire é considerada uma referência para explicitar a Abordagem Sociocultural, pela sua preocupação com a educação e
cultura popular. De acordo com Becker (1993) epistemologicamente esta relação pode ser assim representada: S↔O e a Pedagogia que deriva desta concepção é a Relacional: A↔P.
Educação: a educação se dá enquanto processo, em um contexto que deve ser levado integralmente em consideração, e é por meio dessa educação que ocorre o desenvolvimento da consciência crítica, que não é acabada em si mesma, mas que está em um processo contínuo. Segundo Freire a educação se faz em um processo de conscientização, num contínuo e progressivo desvelamento da realidade, permitindo a construção de um cidadão crítico e ativo.
Escola: a educação não está restrita à escola ou a um processo de educação formal. Para Freire a escola deve ser um local onde seja possível o crescimento do aluno e do professor, no processo de conscientização, uma escola diferente dos modelos atuais. A escola está inserida em um contexto sócio histórico de uma sociedade, sendo importante refletir a serviço de qual poder essa atuando.
Ensino Aprendizagem: Freire afirma que o processo ensino aprendizagem deve procurar a superação da relação opressor-oprimido, superação de um modelo da Pedagogia do Oprimido para a Pedagogia da Liberdade ou Libertação. 
A verdadeira educação, para Freire, consiste na educação problematizada a, que ajudará a superação da relação opressor-oprimido. A educação problematizada a ou conscientizada a, ao contrário da educação bancária, objetiva o desenvolvimento da consciência crítica e a liberdade como meios de superar as contradições da educação bancária, e responde à essência de ser da consciência, que é a sua intencionalidade. A dialogicidade é a essência dessa educação. 
Educador e educando são, portanto, sujeitos de um processo em que crescem juntos, porque "...ninguém educa ninguém, ninguém se educa; os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo". (Freire, 1975) - (MIZUKAMI, 2013, p.100).
Professor Aluno: a relação é horizontal e não vertical, imposta. O professor está engajado em uma prática transformadora, por isso irá procurar desmitificar e questionar a realidade da cultura dominadora com o aluno, valorizando a sua linguagem e a sua cultura: a consciência ingênua será superada.
EXERCÍCIOS 
Uma das questões mais debatidas quando se analisa o construtivismo Piaget ano diz respeito à relação entre 
Hereditariedade e inteligência. Aponte a afirmação que expressa com mais exatidão esta relação para os construtivistas: 
Assinale a alternativa correta: 
A) O indivíduo herda uma série de estruturas biológicas que predispõem ao surgimento de certas estruturas mentais. Então, o 
Que herdamos não é a inteligência, mas um organismo que amadurece com o contato com o meio ambiente. 
B) A maturação do organismo contribui para o aparecimento de novas estruturas mentais. Portanto, a inteligência é inata e 
Não fruto do meio. 
C) A influência do ambiente físsil coo e do ambiente social na estruturação da inteligência de ia clara a ideia de que o meio 
Externo é o determinante na formação da inteligência. 
D) O fator hereditário é determinante no desenvolvi mento cognitivo, sendo inclusive capaz de superar eventuais falhas 
Decorrentes de uma pobre estimulação. 
E) O ambiente social é determinante no desenvolvimento da inteligência, o que relega para um segundo plano o valor da 
Hereditariedade. 
2) Leia com atenção a situação a seguir e responda a questão: 
Maria, professora da 6º ano, faz a seguinte afirmação para você: Eu sempre procuro trazer para a sala de aula algum material 
Que tenha significado para os alunos. Eu problema ativo, faço perguntas, os deixo pensar e de surtirem entre si. Depois eu ‘dou 
Um tempo’ para eles representarem o que discutimos através de desenhos, escrevendo, recortando figuras, enfim, eu os deixo 
Trabalhar um pouco sozinhos, e somente depois disso é que procuro sintetizar as diversas experiências. E eu acho que dá certo, 
Eles aprendem mesmo, você precisa ver. E sabe, mesmo vendo que está dando certo, eu estou sempre me questionando sobre 
Qual é o perfil de aluno que eu mais gosto de trabalhar? Aquele mais quietinho, ou o mais questionador. 
Sabe-se que o trabalho da professora Maria s segue as propostas de um modelo pedagógico, e que este, por sua vez, está 
Pautado em um modelo epistemológico. Que l é o modelo pedagógico adotado por Maria e qual é o modelo 
Epistemológico que está pautando essa ação? 
Assinale a alternativa correta: 
A) Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Diretiva, sustentada no Apriorismo. 
B) Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Relacional, que está sustentada no Construí visom. 
C) Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Diretiva, sustentada no Empirismo. 
D) Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Relacional, que está sustentada no Empirismo. 
E) Maria trabalha de acordo com a Pedagogia Não-Di reativa, sustentada no Apriorismo.
3) Leia a situação a seguir e responda a questão: 
Clara Maria, professora do 3º ano, faz a seguinte afirmação: Eu sempre procuro trazer para a sala de aula algum material que 
Tenha significa cedo para os alunos. Eu problematizo, faço perguntas, os deixo pensar e discutirem entre si. Depois eu ‘dou um 
Tempo’ para eles representarem o que discutimos através de desenhos, escrevendo, recortando figuras, enfim m, eu os deixo 
Trabalhar um pouco sozinhos, e somente depois disso é que procuro sintetizar as diversas experiências. E eu acho que dá certo, 
Eles aprendem mesmo, você precisa ver. E sabe, mesmo vendo que está dando certo, eu estou sempre me questionando s o breu 
Qual é o perfil de aluno que eu mais gosto de trabalhar? Aquele mais quietinho, ou o mais questionador. 
Você estudou a teoria Piaget Iana e ao ouvir esta professora pode afirmar que nessa perspectiva: 
I – O aluno determina a ação do professor e dirige e o processo de ensino. 
II – O aluno, ao chegar à escola, tem uma história de conhecimento já percorrida. 
III – O sujeito herda a inteligência ao nascer, a qual vai amadurecer ao longo de quatro estágios. 
IV – O professor é quem deve decidir o que o aluno deve aprender transmitindo tudo àquilo que sabe. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
A) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
B) Somem te a afirmai vá II é verdadeira. 
C) Somente a afirmativa III é verdadeira. 
D) Somente as afirmativas I e II são verdade rãs. 
E) S somente as afirmativas III e IV são verdadeira as. 
4) Leia a situação a seguir e responda a questão: Pedro Paulo gosta muito de jogar damas em casa com seus pais e na escola Com os colegas. Consideras e craque nesse jogo! Sempre vence todos! Um dia sua família recebeu a vise está de um tio que 
Pedro Paulo não conhecia, após as apresentações o garoto convidou o tio para uma partida de damas. Embora Pedro Paulo 
Tenha mostrado muito hábil dada no jogo e compreensão das regras, não venceu as par tidas e ficou curioso 
Para compreender como pudera ter perdido, perguntando -se: "O que fiz de errado? Por que perdi o jogo?". 
A partir da teoria de Jean Piaget e seus estudos sobre os níveis de erro no processo de com tração do conhecimento, as inale 
A opção abaixo que explica o tipo de erro cometido por Pedro Paulo, segundo este autor: 
A) Nível I 
B) Nível II 
C) Nível III 
D) Nível IV 
E) Não há erro no processo de construção de conhecimento segundo a teoria Piaget Iana.
5) Leia o excerto abaixo e responda a questão: 
“Na visão ‘bancária’ de educação, o saber é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se 
Funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão - a absolutização da ignorância, que constitui o que 
Chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual está se encontra sempre no outro” (FREIRE, Paulo, 1981). 
A partir desta afirmação de Paulo Freire assinale a alternativa correta: 
A) O professor, na educação tradicional, cumpre uma missão de f facilitar a aprendizagem do aluno. 
B) A pedagogia “bancária” é uma forma de opressão daqueles que detém o conhecimento sobre os que são considerados 
Ignorantes.
C) A pedagogia tradicional o aluno é totalmente livre em sua aprendizagem. 
D) A função da escola é negar o conhecimento e transumi ter o conteúdo aos alunos. 
E) Em uma educação tradicional não há divisão entre sábios e ignorantes. 
6) Leia o excerto abaixo e responda a questão: 
A violência dos opressores, que os faz também desumanizados, não ins. atura uma outra vocação - a do ser menos. Como 
Distorção do ser mais, o ser menos leva os oprimidos, cedo ou tarde, a lutar contra quem os fez menos. E esta luta somente 
Tem sentido quando os oprimidos, ao buscarem recuperar sua humanidade, que é uma forma de criá-la, não se sentem 
Idealistamente opressores, nem se tornam, de fato, opressores dos opressores, mas restauradores da humanidade em ambos. (Freire, P., 2014, p.41) 
A qual das teorias estudadas esta questão nos remete? 
Assinale a alternativa corre esta: 
A) Abordagem Comportamental 
B) Abordagem Construtivas esta 
C) Abordagem Sociocultural 
D) Abordagem Humanista 
E) Abordagem Tradicional 
7) Leia a situação abaixo e responda: 
Dois professores travam o seguinte diálogo: 
Professor A: O Fábio não vai conseguir aprender isso, sabe, ele tem uma limitação e não há nada que possa ser feito, acho que temos que respeitar o seu limite e avaliar suas provas de acordo com isso. 
Professor B: Eu acho que não, acho que devem os procurar uma forma de a auxilia -ló a construir o conhecimento, criar 
Situações-problema que possibilitem o desenvolver sua inteligência. 
Sob o ponto de vista do conhecimento, verificamos que os p professores têm ideias diversas. 
Assinale a alternativa correta: 
A) O professor A é empirista e o professor B é inatista 
B) O professor A é inatista e o professor B é empirista 
C) O professor A é inatista e o professor B é construa ativista 
D) O professor A é empirista e o professor B é construtivista 
E) O professor A é inatista e o professa o B é inatista
8) Leia com atenção a afirmação desta professora em relação aos seus alunos e ré sonda a questão: 
Nem todos irão aprender, porque uns nascem mais limitados, nós sabemos s disso... Não há como fazer uma criança com o 
Raciocínio pequeno ter grandes pensamentos e isso vem dos pais, né... É herança biológica... Não tem jeito... 
Esta afirmação está orientada por qual vertente edis teológica? 
Assinale a alternativa correta: 
A) Construtivas mó 
B) Interacione som 
C) Empirismo 
D) Ambiental ismo 
E) Iatismo 
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Abordagem Sistêmica de Ensino e Aprendizagem
1a parte -
A escola e a relação social pedagógica entre professores e alunos exerce papel central sobre o processo de ensino aprendizagem. Nesse sentido, a abordagem sistêmica enfatiza a importância do estudo e da qualidade desse processo para minimizar e enfrentar os problemas escolares.
Nas palavras de Del Prette (2005):
Entende-se, portanto, que a compreensão do processo de ensino aprendizagem não pode prescindir de análises que considerem as características dos professores e dos alunos (inteligência, motivação, crenças, aspectos afetivos, rendimento acadêmico, formação profissional, habilidades sociais educativas, entre outros) e do contexto imediato em que se dá esse processo (condições econômicas e físicas da escola, estrutura e funcionamento, ambiente de sala de aula, relação pedagógica etc.), nem do conjunto de condições mais amplas, como a filosofia da educação, a política educacional, a qualidade da formação de professores. A consideração simultânea desses conjuntos de relações na análise do processo de ensino-aprendizagem constitui a base de uma visão sistêmica sobre educação e escola. (Interações • vol. x • n. 20 • p. 57-72 • jul-dez).
Dessa forma, em uma visão sistêmica, analisa-se todos os aspectos que estão envolvidos no processo de ensino aprendizagem, para compreender o fenômeno em sua mais ampla complexidade.
Isso não impede que se privilegie a análise de subsistemas, uma análise de um conjunto de segmentos dentro de um complexo de interdependências, para, a partir delas, realizar uma compreensão da totalidade. Um exemplo desse tipo de análise em subsistemas para compreensão do todo, é o estudo realizado por Del Prete (2005) sobre Relações Interpessoais e Habilidades Sociais nas relações professor-aluno.
De acordo com Del Prette, o enfoque sistêmico “é hoje amplamente reconhecido como parte dos novos paradigmas culturais que buscam uma visão integrada do homem e seu contexto.” (Sarriera, 1998, apud Del Prete, 2005, p.60). A abordagem sistêmica contrapõe-se às explicações lineares baseadas exclusivamente em aspectos intrapsíquicos ou eventos mais imediatos, buscando abarcar a complexidade do contexto mais amplo no qual ele ocorre. Aí também estariam incluídas as variáveis internas dos indivíduos, porém vistas como resultado de processos de interação com o ambiente. (Del Prete, 2005, p.60).
Em outras palavras, o sistema é constituído por subsistemas, que possuem significações próprias, por isso são compreendidos de forma interdependente, para uma análise do conjunto. Os sistemas funcionam de modo integrado, com os subsistemas influenciando-se reciprocamente, em movimentos que buscam manter o equilíbrio (homeostase) a cada desequilíbrio. Este é visto como condição para novos níveis de homeostase: a partir de intervenções específicas, em um dado subsistema, novas mudanças (desequilíbrios) podem ocorrer, permitindo que todo o sistema se reorganize e adquira um funcionamento qualitativamente mais avançado. (Del Prete, 2005, p.60).
A adoção de uma perspectiva sistêmica na análise do processo de ensino-aprendizagem traz importantes implicações: (Del Prete, 2005, p.61-62).
1) questiona explicações parcializantes ou genéricas sobre o processo de ensino-aprendizagem e seus produtos quando se pretende compreender o fracasso escolar. As explicações parcializantes, que se restringem a um determinado subsistema (por exemplo, o professor ou o aluno) podem produzir estigmatização de alunos e professores, bem como a patologização das dificuldades de aprendizagem e do insucesso acadêmico. As explicações genéricas, que atribuem o problema ao sistema mais amplo, desconsiderando-se seus componentes e articulações, podem gerar uma atitude paralisante, que desvaloriza quaisquer tentativas de intervenção local, independentemente de suas repercussões potenciais, esperando ad infinitum que mudanças estruturais mais amplas ocorram. Estas, defendidas como as únicas válidas, dependem de condições usualmente muito além do controle dos profissionais de educação.
2) propõe desafios na análise e compreensão dos fatores de sucesso ou fracasso escolar. Considerando-se a inviabilidade de pesquisas que focalizem simultaneamente todos os subsistemas e suas interligações, cabe ao pesquisador manter sempre em mente algumas perguntas, como: qual o nível possível e desejável de análise ou de recorte da realidade a ser investigada para produzir algum conhecimento científico socialmente relevante? Para um problema de pesquisa específico, quais seriam os pontos críticos ou “pontos de alavancagem” (pontos críticos de ligação entre suas estruturas) a serem investigados? Como identificar estados de equilíbrio ou desequilíbrio do sistema a ser investigado, ou seja, quais os indicadores confiáveis para isso? Como caracterizar a transição entre um estado e outro?
Dentre os ‘pontos de alavancagem’ (pontos críticos de ligação entre as estruturas) um ponto de alavancagem importante na análise e intervenção sobre o sistema escolar pode ser situado nas relações interpessoais que caracterizam o processo de ensino-aprendizagem.
(...) a natureza e a qualidade dessa relação influem decisivamente sobre as características do processo e dos produtos da escola, podendo-se considerá-la como um possível ponto de alavancagem para outras mudanças. Mesmo assim, pode-se questionar quais os esquemas conceituais potencialmente apropriados para a análise desse recorte, tendo em vista a compreensão sistêmica antes
esboçada. Nesse caso, não poderia ser ignorado também o próprio pesquisador como subsistema vinculado à produção do conhecimento: suas referências conceituais e competências certamente ampliam ou reduzem os horizontes de análise, orientando decisões teóricas e metodológicas. (Del Prette, 2005, p.62).
(...). Uma abordagem sistêmica do processo educativo centralizando as relações professor-aluno como ponto de alavancagem não exclui nem pode ignorar, de um lado, o estudo das características individuais de professores e alunos, e de outro, a influência dos elementos que caracterizam o contexto escolar; nem minimiza a importância dos aspectos políticos, econômicos e culturais da educação. Ao contrário, deve considerar simultaneamente o peso dos sistemas micro e macro sobre as características dos relacionamentos interpessoais e intergrupais que compõem o ambiente educacional e, em particular, as relações professor-aluno, consideradas a base para a promoção de conhecimento, habilidades e valores que definem a função social da escola. Em outras palavras, a compreensão do processo educacional, e em especial de sua articulação com o rendimento acadêmico dos alunos, impõe a adoção de um modelo sistêmico de análise que contemple ao mesmo tempo seus aspectos molares e moleculares. (Del Prete, 2005, p.64).
A visão sistêmica sobre as relações interpessoais, representa um amplo conjunto de possibilidades ainda não totalmente explorado.
Habilidades Sociais - conjunto dos desempenhos disponíveis no repertório do indivíduo. O conceito de habilidades sociais possui um caráter descritivo.
Competência Social - capacidade do indivíduo apresentar desempenhos, que articulando pensamento, sentimento e ação, garantam a realização dos objetivos de uma situação interpessoal, a manutenção e a melhoria da autoestima e da relação com o interlocutor, o exercício e defesa dos direitos humanos socialmente estabelecidos e o equilíbrio nas relações de poder. O conceito de competência social possui, assim, um caráter mais avaliativo.
De acordo com Del Prette (2006), a análise das habilidades sociais e da competência social para compreensão das relações interpessoais deve levar em consideração 3 importantes dimensões: a pessoal, a situacional e a cultural.
A dimensão pessoal refere-se aos componentes comportamentais (fazer/responder perguntas, pedir/dar feedback, fazer pedidos, elogiar, recusar etc.), cognitivo-afetivos (conhecimentos prévios, autoconceito, objetivos e valores pessoais, empatia, resolução de problemas, autoinstrução, auto-observação etc.) e fisiológicos (taxa cardíaca, respiração) do desempenho social. As características dos interlocutores e das demandas do contexto onde ocorre o desempenho interpessoal (com o reconhecimento de que diferentes situações criam demandas sociais diferenciadas) compõem a dimensão situacional das habilidades sociais. A dimensão cultural destaca o papel fundamental que as normas, valores e regras das diferentes culturas exerce sobre o desempenho social. (Del Prette, 2005, p.66).
As dimensões do desempenho social, preconizadas pela área do Treinamento de Habilidades Sociais, podem ser aplicadas às relações professor-aluno na análise da multiplicidade de variáveis que caracterizam a complexidade desse fenômeno. A dimensão pessoal implicaria considerar as variáveis individuais de professores e alunos, como crenças, habilidades, valores, sentimentos e motivações desses interlocutores. A dimensão situacional levaria à análise das condições físicas e humanas da escola, do projeto pedagógico, da dinâmica organizacional e autonomia do professor, entre outros aspectos. A dimensão cultural implicaria examinar todos esses aspectos à luz da filosofia da educação, da política educacional e do papel que a educação e a escola assumem no contexto sócio-histórico sob exame. (Del Prette, 2005, p.67).
A visão integrada dessas três dimensões representa um notável avanço em direção a uma perspectiva sistêmica de compreensão do processo de ensino-aprendizagem, pelo menos no que se refere à sua base nas relações professor-aluno. Ela implica considerar a natureza do processo e dos produtos associados à qualidade das interações que ocorrem em sala de aula, em suas articulações, de um lado, com as características pessoais desses protagonistas, e de outro, com os objetivos, valores e metas educacionais que definem a subcultura escolar. Em uma visão mais geral, esse conjunto de componentes interdependentes deve ser entendido em sua determinação recíproca com as condições sociais e políticas de determinado momento histórico. (Del Prette, 2005, p.67).
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MODULO 7 – 2° Parte
Até pouco tempo, o sucesso de uma pessoa era avaliado pelo raciocínio lógico, habilidades matemáticas e espaciais (QI). Daniel Goleman, psicólogo norte-americano, PhD pela Universidade de Harward, retoma uma nova discussão sobre esse assunto em seu livro Inteligência Emocional. Goleman apresenta o conceito de inteligência emocional como sendo o maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. A maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Dessa forma, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão, gentileza têm mais chances de obter o sucesso.
 
Esse autor parte do pressuposto de que os seres humanos agem motivados mais pelas emoções (QE) do que pela razão (QI). Em outras palavras, os valores, as crenças e as tomadas de decisões dependem mais de fatores internos, emotivos do que racionais. Quando acontece algo, a reflexão, normalmente, vem depois do ato consumado, do impulso mais imediato, do instinto.
 
Baseado em extensas pesquisas, observou que a inteligência emocional (batizada de QE pelo autor) pesa duas vezes mais que o QI e as aptidões inatas na conquista de bons resultados profissionais. Isso quer dizer que não basta possuir um QI acima da média ou simplesmente manifestar uma habilidade incomum para garantir o sucesso. É muito mais importante saber gerenciar emoções, promover cooperação e ambiente de harmonia entre as pessoas com quem se trabalha, tomar decisões adequadas, desenvolver o autoconhecimento (de si e daqueles com quem se relaciona) e ter empatia pessoal. Nessa perspectiva, a intuição conta e é fundamental nas tomadas de decisões.
 
Nesse contexto, o QE (quociente emocional) está intimamente relacionado a habilidades como, por exemplo: motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos e conseguir seu engajamento aos objetivos de interesses comuns.
 
Segundo Goleman, o centro nervoso de nossa inteligência emocional é a amígdala, localizada na base do cérebro. É justamente aí que se processam as reações de sobrevivência, armazenadas desde épocas primitivas por uma espécie de “memória emocional”.
 
Em seu livro, o autor mapeia a inteligência emocional em cinco áreas de habilidades, ou seja, considera que o sujeito apresenta uma inteligência emocional se é capaz de utilizar as seguintes habilidades:
1. Autoconhecimento emocional – reconhecer um sentimento no momento em que ele acontece.
2. Controle emocional – ter a habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação.
3. Automotivação – dirigir emoções a serviço de um objetivo é de extrema importância para se manter caminhando sempre em busca.
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais.
OLOGIA DOESENVOLVIMENTO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Na utilização da inteligência emocional nas relações de trabalho conta mais a “competência social” (controle das emoções, confiabilidade, estabilidade, disciplina, colaboração, autenticidade, ética, responsabilidade etc.) do que propriamente a “competência técnica”. O segredo
está em saber se adaptar aos mais diversos contextos e situações, inclusive não perdendo o controle nos momentos mais difíceis.
 
Para Goleman, utilizar a inteligência emocional de modo produtivo é ter habilidade para o trabalho em equipe, de forma a estabelecer redes sociais e a construir relacionamentos, mesmo entre pessoas de temperamentos diferentes. Isso implica exercício constante do diálogo e da auto-análise, mantendo a
humildade em reconhecer os próprios limites e não hesitando em dividir os problemas.
 
O conceito de inteligência emocional pode ser útil tanto na área profissional quanto no dia a dia, nas relações pessoais, na escola. Goleman aponta o grande problema de estudos recentes demonstrarem que há uma queda significativa nos Estados Unidos do uso desse conceito entre os adolescentes.
 
Claro que não se pode generalizar, mas, se cruzarmos esse dado com os atos de violência praticados por jovens que decidem fuzilar impiedosamente os colegas na escola, pode-se
Traçar um panorama assustador de uma crise emocional que se aproxima.
 
Princípio da educação emocional
A infância modificou-se muito nos últimos anos, o que vem dificultar ainda mais o aprendizado afetivo. Os pais e os professores devem ocupar o papel de preparadores emocionais, devem ensinar aos filhos/alunos estratégias para lidar com os altos e baixos da vida. Devem aproveitar os estados de emoções dos alunos, para ensiná-los como lidar com eles e ensiná-los como tornarem-se uma pessoa mais humana. O receio de produzir crianças reprimidas está gerando uma quantidade muito grande de crianças mal educadas e emocionalmente menos aptas.
 
Para aqueles pais que ainda não são preparadores emocionais, Gottman (1996) propõe cinco passos para que sejam:
• Perceber as emoções das crianças e as suas próprias.
• Reconhecer a emoção como uma oportunidade de Intimidade e orientação.
• Ouvir com empatia e legitimar os sentimentos da criança.
• Ajudar as crianças a verbalizar as emoções.
• Impor limites e ajudar a criança a encontrar soluções para seus problemas.
 
Embora os pais tenham papel fundamental na educação emocional dos filhos, algumas iniciativas em escolas têm se mostrado positivas ao treinar professores para tal missão.
 
Cabe, portanto, à escola investir menos esforços em medir conhecimentos (as notas) e mais tempo e enfoque na aprendizagem; compartilhar responsabilidades com seus alunos; investir nas tecnologias modernas de ensino; identificar e promover talentos individuais; promover reciclagem permanente de professores; enfatizar atividades em grupo; enfatizar a criatividade de cada aluno; ensinar ao aluno como aprender.
 
Importância das emoções:
Sobrevivência, tomadas de decisão, ajuste de limites, comunicação, união.
Unidade I
EXERCÍCIOS
1) Leia com atenção a situação abaixo e responda a questão: 
Karen (sete anos) é aluna da 1a série do Ensino Fundamental de uma escola particular e tem demonstrado muita tristeza em 
Função da morte de seu cachorro, ocorrida há duas semanas. Chora muito todos os dias na escola e isto tem trazido algumas 
Dificuldades à criança e à classe. A partir dos estudos sobre In negligência Emocional, de que maneira a professora deveria agir 
Frente a esta situação? 
Assinale a correta: 
A) Não dar m lita importância ao fato, pois esta fase de luto é necessária e passageira; 
B) Aceitar o sentimento da criança e deixa-la chorar o quanto precisar. Impor limites à expressão da tristeza 
Poderá gerar ainda mais problemas emocionais à criança. 
C) Impedir que Karen fique chorando tanto, uma vez que isto ac aba expondo-a diante do grupo. 
D) Pedir aos pais que orientem a criança a controlar -se ao menos na escola, pois isto trará prejuízos ao seu rendimento 
Escolar. 
E) Mostrar-se empático e orientá-la, impedindo à expressão de t tristeza da criança 
 
2) Leia com atenção o texto abaixo e assinale a álter nativa correta: Se aptidão acadêmica significa competência social, por 
Que, então, as pessoas de maior aptidão não são, por uma larga margem, mais eficazes em conseguir melhores casamentos, 
Em ter sucesso na criação dos filhos, em conquistar maior bem -estar físico e mental? (Epstein e Méier) 
A qual das teorias estudadas esta questão nos remete? 
A) Abordagem Inteligência Emocional 
B) Abordagem Sociocultural 
C) Abordagem Construtivista 
D) Abordagem Tradicional 
E) Abordagem das Inteligências Múltiplas 
 
3) A Intelig agência Emocional está ligada aos órgãos localizados no cérebro. Segundo Coleman a amígdala cortical funciona 
Como um depósito da memória emocional. Uma pessoa que não possui esta amígdala apresenta o seguinte comportamento: 
Assinale a alternativa corre esta: 
A) É extremamente raivoso 
B) Não apure senta qualquer reação emocional 
C) Apresenta reações de medo 
D) Chora com facilidade 
E) Compreende os sentimentos dos outros
2) Leia com atenção o texto abaixo e assinale a álter nativa correta: Se aptidão acadêmica significa competência social, por 
Que, então, as pessoas de maior aptidão não são, por uma larga margem, mais eficazes em conseguir melhores casamentos, 
Em ter sucesso na criação dos filhos, em conquistar maior bem -estar físico e mental? (Epstein e Méier) 
A qual das teorias estudadas esta questão nos remete? 
A) Abordagem Inteligência Emocional 
B) Abordagem Sociocultural 
C) Abordagem Construtivista 
D) Abordagem Tradicional 
E) Abordagem das Inteligências Múltiplas 
 
3) A Intelig agência Emocional está ligada aos órgãos localizados no cérebro. Segundo Coleman a amígdala cortical funciona 
Como um depósito da memória emocional. Uma pessoa que não possui esta amígdala apresenta o seguinte comportamento: 
Assinale a alternativa corre esta: 
A) É extremamente raivoso 
B) Não apure senta qualquer reação emocional 
C) Apresenta reações de medo 
D) Chora com facilidade 
E) Compreende os sentimentos dos outros 
4) Leia o excerto abaixo e responda a questão: 
Quando se fala na relação afetiva e o processo o pedagógico, temos vários teóricos que nos indicam o desafio de se trabalhar 
Tal assunto e a indiferença ainda muito presente nas discussões sobre o tema. A ênfase ainda recai sobre os aspectos 
Cognitivos, a didática do professor, a método orgia utilizada, as avaliações etc. Ignora -se que a afetividade está presente em 
Todas as discussões sobre os mais variados temas levados para a escola, porém poucos ente vendem esse aspecto. Falar da 
Afetividade pressupõe falar sobre as relações na sala d e aula. Nesse sentido, um autor estudado nesse bimestre oferece 
Contribuições importantes acerca do tema da afetividade, ao atribuir entre outras coisas, o papel do outro na construção da 
Consciência que o sujeito faz de si. 
A que autor se refere o fragmento acima? 
Assinale a alternativa correta: 
A) Daniel Coleman 
B) Howard Gardner 
C) Jean Piaget 
D) Carl Rogers 
E) Paulo Freire 
 
5) Leia o excerto abaixo e responda à questão: 
Entende-se, portanto, que a compreensão do processo de ensino aprendizagem não pode p rescindir de análises que 
Considerem as características dos professores e dos alunos (inteligência, motivação, crenças, aspectos afetivos, rendimento 
Acadêmico, formação profissional, habilidades sociais educativas, entre outros) e do conte too imediato em que se dá esse 
Processo (condições econômicas e físicas da escola, estrutura e funcionamento, ambiente de sala de aula, relação pedagógica 
9 
etc.), nem do conjunto de condi os mais amplas, como a filosofia da educação, a política educacional, a qualidade da 
Formação de professores. 
A consideração simultânea desses conjuntos de relações na análise do processo de ensino -aprendizagem constitui a base de 
qual abordagem psicologia cá estudada em PDT A? 
Assinale a alternativa correta: 
A ) Uma visão sistêmica sobre educação e escola. 
B ) Uma visão construtivista sobre educação e escola. 
C ) Uma visão emocional sobre educação e escola. 
D ) Uma visão humanista sobre educação e e scola. 
E ) Uma visão so ciocultural sobre educação e escola.
6 ) Leia o excerto abaixo e responda à questão: 
Os sistemas funcionam de modo integrado, com os subsistemas influenciando -se reciprocamente, em movimentos que 
buscam manter o equilí brio (homeostase) a cada desequilíbrio. Este é visto como condição para novos níveis de homeostase: a 
partir de intervenções específicas, em um dado subsistema, novas mudanças (desequilíbrios) podem ocorrer, permitindo que 
todo o sistema se reorganize e adquira um funcionamento qualitativamente mais avançado. 
A afirmação acima corresponde a qual abordagem psicológica estudada em PDTA? 
Assinale a alternativa correta: 
A ) Construtivista 
B ) Inteligência Emo cional 
C ) Sistêmica 
D ) Sociocultural 
E ) Humanista 
 
7 ) Leia a situação abaixo e responda à questão: 
O professor Flavio Augusto é mestre em Educação e está considerando seriamente a possibilidade de fazer uma pós -
graduação no exterior. Enquanto cogita, escol he mentalmente o local onde estudará: um lugar que ofereça uma formação 
que leve em consideração os múltiplos fatores que determinam os processos de ensino e aprendizagem, que 
consideresimultaneamente o peso dos sistemas micro e macro sobre as características dos relacionamentos interpessoais e 
intergrupais que compõem o ambiente educacional e, em particular, as relações professor- aluno, consideradas a base para a 
promoção de conhecimento, habilidades e valores que definem a função social da escola. 
De acordo com os estudos realizados na discipli na PDTA e os conceitos presentes na citação acima, indiqu e a qual abordagem 
psicológica corresponde? 
Assinale a alternativa correta: 
A ) Humanista 
B ) Sistêmi ca 
C ) Construtivista 
D ) Inteligência Emocional 
E ) Sociocultural 
 
8 ) Leia a situação abaixo e responda à questão: 
Marcia Helena é professora em uma escola p ública no interior do Estado do Acre e vem enfrentando dificul dada em sua sala 
de aula, os alunos apresentam dificuldade na área da competência social, ou seja, dificuldade para realização dos objetivos d e 
uma situação interpessoal, na manutenção e na melhoria da autoestima e na relação com o interlocutor, no exercício e na 
defesa dos direitos humanos socialmente estabelecidos e no equilíbri o das relações de poder, articulados ao pensamento, 
sentimento e a ação. Diante desse fato pede a sua ajuda pa r a entender o que está acontecendo e como pode auxiliar seus 
alunos. 
De acordo com os estudos realizados na discipli na PDTA e os conceitos presentes na citação acima, qual abordagem poderia 
auxiliar a compreender o que está acontecendo? 
Assinale a alternativa correta: 
A ) Humanista 
B ) Construtivista 
C ) Inteligência Emocional 
D ) Sociocultural 
E ) Sistêmica 
 
 
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Módulo 5
ABORDAGEM PSICANALÍTICA
 
Leitura Obrigatória:
KUPFER, M C. A. Freud e a Educação. O mestre do impossível.3ª ed.São Paulo, Scipione, 1995.
 
Leitura para Aprofundamento:
RAPPAPORT, Clara Regina; FIORI, Wagner Rocha; DAVIS, Claudia. 8ª ed. Psicologia do Desenvolvimento. Teorias do desenvolvimento. Vol. 1. São Paulo: EPU, 1981. (Cap. Modelo Psicanalítico).
 
Sigmund Freud (1856-1939)
é considerado o pai da psicanálise, teoria que estuda o funcionamento e a estrutura da personalidade, utilizando para isso uma técnica psicoterapêutica específica.
Ao longo de seus estudos, Freud investigou os processos mentais, utilizando a técnica psicanalítica para o tratamento de distúrbios neuróticos. Apresenta uma teoria do desenvolvimento psicológico que está dividida em cinco fases psicossexuais: oral, anal, fálica, latência, genital. Nesse texto, não serão enfocados esses estágios, mas sim as ideias de Freud sobre a aprendizagem, ou seja, os processos que levam a criança ao conhecimento.
 
De acordo com Kupfer (1989), embora Freud não tenha escrito um volume específico sobre a educação, esse tema permeou toda a sua obra, uma vez que, para ele, o funcionamento psíquico pode ser fruto direto das influências educativas recebidas pelo indivíduo. Dessa forma, para a autora, as ideias de Freud sobre educação têm conexão com seus conceitos para compor a teoria psicanalítica.
 
Em suas afirmações, Freud nos apresenta os limites da ação pedagógica entre proibir e permitir que o aluno realize de seus desejos, em função da complexidade da psique humana, dos muitos obstáculos interiores ao processo de amadurecimento, do conflito entre o desejo individual e as exigências da vida em comunidade. Além disso, a criança dispõe de pouco mais de anos para se apropriar dos resultados de milhares de anos de evolução da cultura humana (Kupfer, 1986).
 
De acordo com Kupfer (1986), sobre a aprendizagem propriamente dita, Freud não tem escritos específicos, mas gostava de pensar nos determinantes psíquicos que levam alguém a ser um “desejante de saber”, como os cientistas e as crianças pequenas. Em outras palavras, estudar esse tema em uma perspectiva freudiana significa entender o processo ou a razão pela qual um sujeito se sente motivado para o conhecimento.
 
No início do desenvolvimento, o conhecimento ocorre por meio das “investigações sexuais infantis”, ou seja, na busca da criança em compreender seu lugar sexual no mundo (menino/ menina; feminino/masculino). A compreensão da diferença causa uma angústia que impulsiona a criança a querer saber mais.
 
O ato de aprender, da mesma forma, pressupõe uma relação com outra pessoa, a que ensina. Para aprender é necessária a presença de um professor, colocado em uma determinada posição, que pode ou não propiciar a aprendizagem. “Aprender é aprender com alguém” (Kupfer, 1986).
 
Um professor pode ser ouvido quando está revestido por seu aluno de uma importância especial, por isso a relação entre professor e aluno não está no valor dos conteúdos cognitivos transmitidos, e sim no campo que se estabelece entre o professor e seu aluno, nas relações afetivas entre ambos, uma relação afetiva primitivamente dirigida ao pai. É nesse campo que se estabelecem as condições para o aprender, sejam quais forem os conteúdos transmitidos. Em psicanálise, esse campo chama-se transferência, uma manifestação do inconsciente (Kupfer,1986).
 
Em outras palavras, um professor pode tornar-se a figura a quem serão endereçados os interesses de seu aluno porque ele é o objeto de uma transferência. E o que se transfere são as experiências vividas primitivamente com os pais (Kupfer, 1986). O aluno transfere para o professor os sentimentos carinhosos ou agressivos de sua relação com os pais. Conscientemente ou não, o professor utiliza a ascendência que assim adquire sobre o aluno, para transmitir ensinamentos, valores, inquietações. Pois não é verdade que os professores de quem mais nos recordamos, com quem mais aprendemos são aqueles que melhor nos seduziram? Na escola como na vida, nós aprendemos por amor a alguém (Paulo César Souza,
apud Kupfer, 1986).
 
Portanto, transferir é conferir um sentido especial àquela figura determinada pelo desejo, e o aprendizado está pautado nessas relações transferenciais. Na medida em que ocorre a transferência, o professor torna-se depositário de algo (positivo ou negativo) que pertence ao aluno, e isso lhe confere um poder na relação.
 
Em outras palavras, a ideia de transferência mostra que aquele professor em especial foi “investido” pelo desejo daquele aluno, e é a partir desse “investimento” que a palavra do professor ganha poder, passando a ser escutada. Tudo o que o aluno quer é que esse professor ”suporte” esse lugar em que ele foi colocado (Kupfer, 1986). Portanto, cabe ao professor renunciar a um modelo determinado por ele próprio, aceitar o modelo que o aluno lhe confere, ser “atravessado” pelo seu desejo e conduzi-lo a conquista de uma autonomia.
Unidade I
Caso contrário, se subjugar o aluno impondo seus próprios valores e ideias, ou seja, impor-lhe seus próprios desejos, impedirá a possibilidade de aprendizagem no aluno (cessa o desejo do aluno). O aluno irá aprender conteúdos, gravará e memorizará informações, mas não será um sujeito pensante e autônomo.
 
Essa, então, torna-se
a tarefa do professor, criar um ambiente que permita a circulação do conhecimento sendo objeto das transferências do aluno, não impondo seus próprios desejos. Isso nem sempre é uma tarefa fácil para o professor e, em função disso, Freud afirma: a educação é uma profissão impossível. O professor também é movido pelo desejo, é seu desejo que justifica sua ação docente. Mas, estando ali, ele precisa renunciar a esse desejo, para permitir a aprendizagem do aluno.Eis o desafio.
 
Anna Freud (1895-1982), psicanalista austríaca, filha de Sigmund Freud, chamado “o pai da psicanálise”, dedicou-se também ao estudo do comportamento humano e foi uma das pioneiras nos estudos em psicologia infantil. Buscou transmitir aos educadores noções sobre o desenvolvimento da criança em uma perspectiva freudiana. Deixou vários estudos sobre patologias e psicologia infantil. Radicada em Londres, dirigiu a Clínica Hampstead para tratamentos e investigação, também ligados a doenças infantis. Foi uma articuladora da psicologia com a educação e trabalhou intensamente na formação de professores.
 
EXERCÍCIOS 
1) Como se sabe, a Teoria Psicanalítica confere importância capital à relação da criança com seus genitores, entendendo-a como protótipo das relações sociais sub seqüentes. Para o professor, este processo está calcado: 
I - Na transferência, referida aos afetos da relação passada que o aluno deposita no professor. 
II - Na contratransferência, referida à reação do professor aos afetos transferenciais de que é depositário. 
III - No fato de, para a criança, o profess or apresentar insegurança ao dar as aulas. 
IV - No fato da criança projetar no professor conteúdos de sua relação primária. 
V - No fato da relação pedagógica estar calcada na agressivi dada como forma de aprendizagem. 
Assinale a alternativa correta: 
A ) Apenas I, II, III são verdadeiras 
B ) Apenas I, II, IV são verdadeiras 
C ) Apenas II, III, IV são verdadeiras 
D ) Apenas III, IV, V são verdadeiras 
E ) Apenas I, III, V são verdadeiras 
 
2 ) Na abordagem Psicanalítica a sedução na r elação profess or -aluno deriva do campo tran sferencial. O contexto dessa 
relação produz expectativas transferências e contratransferências que evocam os protótipos identificatórios mais primitivos. 
Então dessa relação podemos afirmar que: 
Assinale a alternativa correta: 
A ) O professor é formalmente investido de autoridade, pela instituição educacional e pela sociedade. De maneira análoga, os pais possuem autoridade para deseducar seus filhos. 
B ) O aluno elege o profess or como autoridade e ao ensinar o professor de forma alguma cons egue concretizar a autoridade que o aluno não lhe atribui. 
C ) A assimetria entre professor e aluno remete à polaridade inicial entre a criança e seus colegas. 
D ) O aluno coloca o professor em uma posição importante e é isso que possibilita sua aprendizagem. Aprendemos com 
quem amamos. 
E ) A transferência negativa pode ativar núcleos hostis do professor que, deixa o com teúdo de lado e reage 
contratransferencialmente promov endo, por exemplo, uma excelente aula. 
 
3 ) Leia o excerto abaixo e responda a questão: 
Quando se fala na relação afetiva e o processo pedagógico, temos vários teóricos que nos indicam o desafio de se trabalhar 
tal assunto e a indiferença ainda muito presente nas discussões sobre o tema. A ênfase ainda recai sobre os aspectos 
cognitivos, a didática do professor, a metodologia utilizada, as avaliações, etc. Ignora - se que a afetividade está presente em 
todas as discussões sobre os mais variados temas levados para a escola, porém poucos ent endem esse aspecto. Falar da 
afetividade pressupõe falar sobre as relações na sala de aula. Nesse sentido, um dos autore s estudados oferece contribuições 
importantes acerca do tema da afetividade, ao atribuir entre outras coisas, o papel do outr o na construção da consciência que 
o sujeito faz de si. 
O fragmento acima se refere a qual teórico estudado na disciplina PDTA? 
Assinale a alternativa correta: 
A ) Skinner 
B ) Snyders 
C ) Émile Alain 
D ) Piaget 
E ) Freud 
 
4 ) Leia com atenção a situação abaixo, responda a questão: 
A criança deve aprender a dominar seus instintos. É impossível lhe dar liberdade para seguir sem restrições seus impulsos. 
Logo, a educação tem que inibir proibir, reprimir e assim fez em todos os tempos. Práticas educativas não-re pressivas e 
respeitadoras não garantem que a neurose seja evitada. Matar o mestre para tornar -se mestre de si mesmo, esta é a lição que 
pode ser extraída. 
Assinale qual abordagem psicológica corresponde essa afirm ação: 
A ) Inteligências Múltiplas 
B ) Behaviorismo 
C ) Psicanálise 
D ) Tradicional 
E ) Humanismo 
 
5 ) Na abordag em Psicanalítica a sedução na relação professor -alun o deriva do campo trans ferencial. O com texto dessa 
Relação produz expectativas transferênciais e contratransferências que evocam os protótipos identifica tórios mais primitivos. 
Então dessa relação: 
Em relação a esta afirmação assinale a alternativa incorreta: 
A) O professor é formalmente investido de autoridade, pela instituição de uca acional e pela sociedade. De maneira análoga, os 
Pais possuem autoridade para educar seus filhos. 
B) O aluno elege o professor como autoridade e ao ensinar o professor supõe concretizar a autoridade que o aluno lhe 
Atribui. 
C) A assimetria entre professa o e aluno remete à poli paridade inicial entre o genitor e a criança. 
D) O aluno pode inclui r o professor, em uma série psíquica hostil, levando -o ao desinteresse por não reconhecer a 
Autoridade pedagógica. 
E) A transferência negativa pode ativar núcleos hostis do professor que, deixa o conteúdo de lado e reage 
Contratransferencialmente promovendo, por exemplo, uma excelente aula.
6) Analise a situação abaixo e responda as questões em seguida. 
A relação pedagógica também se desenvolve em um contexto bastante similar ao da relação original. A sociedade e a 
Instituição educacional outorgam autoridade forma al ao professor, independentemente de sua competência real para ensinar; 
Do mesmo modo, confere-se aos pais, autoridade para educar seus filhos. Supõe -se que existe uma grande distância entre o 
Conhecimento do professor e o conhecem neto do aluno que, constituído em meio a tais repor estações psicossociais, deposita 
No professor a esperança de superar essa assim teria. Ao vislumbrar no professor aquele que poderá provê-lo de conhecimento, 
O aluno elege-o como autoridade; ao ensinar, o professor exerce a autoridade que o aluno l e atribui... 
A frase acima apresenta princípios de uma abordagem psicológica estudada em PDTA e que pode ser encontrada no trabalho 
Do professor ou em uma prática pedagógica de ensino. 
Assinale a alternativa correta: 
A) Abordagem Psicanalítica, pois apresenta os aspectos da transferência nos modelo pedagógico. 
B) Abordagem Tradicional, pois Possi milita aos pais e professores ensinar as crianças dentro de um contexto que estas 
Delineiam. 
C) Abordagem Comportamental, pois a educação se dá através de exemplos da autoridade e possibilita a criança fazer 
Escolhas. 
D) Abordagem Psicanalítica, pois os pais e professa ores apresentam uma representatividade para a criança que aparece no 
Fazer pedagógico. 
E) Abordagem Tradicional, pois apresenta os próprios princípios de uma educação vertical e de transmissão de 
Conhecimento. 
 
7) Nos estudos Reali sados em PDTA sobre os processos de ensino e aprendizagem segundo a abro darem 
Psicanalítica podemos afirmar que: 
Assinale a alternativa INCORRETA: 
A) O ato de aprender presos opõe uma relação com uma pessoa que ensina. 
B) A transmissão de conteúdo é o mais importante na relação professor -aluno.
C) O desejo de saber do aluno é investido no professor. 
D) O professor deve buscar superar a relação de poder existente entre ele e o aluno, “renunciando” a esse poder. 
E) O professor deve ensinar sem d desconhecer que os ouvirão o lhes ensina de acordo com seus
desejos particulares.
8) Considere o caso a seguir e responda a questão: 
Jorge Maciou foi encaminhado pela professa ora para que fosse atendido por uma psicóloga do serviço de Saúde Pública, pois 
Ele não estava aprendendo na escola. 
A professora acredita que ele tem algum distúrbio gerado pela pobreza que ela acredita que ele viveu enquanto morou no 
Nordeste – interior da Bahia, uma região muito pobre –, pois provavelmente ele passou fome e por isso apresenta problemas 
De aprendizagem. 
A mãe dele, ao ser chamada para o atendimento, foi questionada pela psicóloga do porquê que ela (a mãe) acho aval que seu 
Filho deveria ser atendido, ao que ela respondeu: Eu não sei truque na escola ele não aprendi, truque ele é um menino muito 
Danado, e esperto toda a vida. Faz um monte de coisa para mim ... ele mi ajuda mi casa, faz as conta direitinho, lê as carta, 
Faz até a lista do mercado, mas a professora disse que ele não aprendi. Não sei truque... Vai ver que é truque eu deixei ele caí 
Da cama uma vez quando ele era pequenininho e ele bateu a cabeça na virada de um brinquedo de madeira do irmão maio que 
Estava lá no chão. Vai ver que é isso doutora. 
A psicóloga que trabalha de acordo com a aborda agem psicanalítica vai concluir que: 
I – A mãe da criança está precisando de mais apoio psicológico que a criança, pois acreditar que o filho precisa de 
Atendimento devido ao fato de ela ter deixado ele cair da cama uma vez demonstra que ele a tem grave es conflitos ao perfil de 
Mãe que ela demonstra ser. 
II – A professora não está respeitando Jorge Maciou em suas diferenças sociais. 
III – A má e de Jorge Maciou, assim como ele, também em tem problemas coo genitivos, fato vida encilhado no padrão de sua fala. 
Assina lê a alternativa CORRETA: 
A) Apenas a afirmativa I é verdadeira. 
B) Apenas a afirmativa II é verdadeira. 
C) Apenas a afirmativa III é verdadeira. 
D) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
E) As afirmativas I, II e III são falsas
MÓDULO 8
ABORDAGEM DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Leitura Obrigatória:
Nessa perspectiva, a inteligência, definida de forma restrita, pode ser medida (ou mensurada) por testes de inteligência, também chamados de testes de QI (como o Ravel, Visco, G36, D48). O quociente de inteligência é um índice calculado a partir da pontuação obtida em testes nos quais especialistas incluem as habilidades (lógico-matemática e linguística) para quantificar a inteligência do sujeito.
 
A teoria das inteligências múltiplas (1995) foi desenvolvida a partir dos anos de 1980 por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard (USA), liderados pelo psicólogo Howard Gardner, que identificou vários tipos de inteligências, além da lógico-matemática e linguística.
 
Com isso, uma “visão pluralista da mente” ampliou o conceito de inteligência única para um feixe de capacidades. Gardner estabeleceu critérios para que uma inteligência seja considerada como tal, desde sua possível manifestação em todos os grupos culturais até a localização de sua área no cérebro.
 
O autor apresenta sete inteligências ou sete diferentes competências que se interpenetram, pois sempre envolvemos
Mais de uma habilidade na solução de problemas. No entanto, ele não considera esse número definitivo.
 
1 Inteligência verbal ou linguística: habilidade para lidar criativamente com as palavras, tanto oralmente quanto na escrita (poetas, escritores, jornalistas, publicitários, vendedores).
2 Inteligência lógico-matemática: capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo (matemáticos, físicos, engenheiros).
3 Inteligência cenestésica corporal: capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis – autocontrole e destreza corporal (atletas, educador físico, malabaristas, mímicos).
4 Inteligência espacial: capacidade de formar um modelo mental preciso de uma situação espacial e utilizá-lo para orientar-se entre objetos ou para transportar as características de um determinado espaço – noção de espaço e direção (arquitetos, navegadores, pilotos, cirurgiões, engenheiros, escultores, decoradores).
5 Inteligência musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa, a partir da discriminação de elementos como tons, timbres e temas. Não há necessidade de aprendizado formal (músicos, maestros, instrumentistas).
6 Inteligência interpessoal: capacidade de dar-se bem com as pessoas, compreendendo-as, percebendo suas motivações ou inibições e sabendo satisfazer suas expectativas emocionais. Habilidade de compreender os outros; a maneira de como aceitar e conviver com o outro (pessoas de fácil relacionamento, como líderes de grupo, políticos, terapeutas, professores e animadores de espetáculos).
7 Inteligência intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo, autoconhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos. É a inteligência da autoestima (indivíduos com equilíbrio emocional, geralmente por isso são líderes – Nelson Mandela, Jesus Cristo).
 
Segundo Gardner, todos nascem com o potencial das várias inteligências. A partir das relações com o ambiente, dos aspectos culturais, algumas desenvolvemos mais, já outras deixamos de
Aprimorar.
 
Nos anos de 1990, Daniel Coleman, também psicólogo da Universidade de Harvard, afirma que ninguém tem menos que nove inteligências. Além das sete citadas por Gardner, Coleman acrescenta mais duas:21
 
8. Inteligência pictográfica: habilidade que a pessoa tem de transmitir pelo desenho que faz objetos e situações reais ou mentais (pintores, artistas plásticos, desenhistas, ilustradores, chargistas).
9 Inteligência naturalista: capacidade de uma pessoa em sentir-se um componente natural e defender, estudar, pesquisar os fenômenos do ambiente (ecologistas, ambientalistas).
 
Atualmente, Coleman está estudando a décima inteligência:
 
10 Inteligência social: o autor afirma que as interações sociais moldam o cérebro por meio da “neuroplasticidade”, como se o cérebro fosse sendo moldado a partir das práticas de interação social que estabelecemos. Muito mais do que influenciar o comportamento, a maneira como o ser humano lida com o outro, em diversas situações, delineia novos mecanismos cerebrais.
 
Os relacionamentos positivos têm impacto benéfico sobre nossa saúde, ao passo que os tóxicos podem, lentamente, envenenar nosso organismo. Coleman afirma que psicólogos, educadores, antropólogos,
Comunicadores, empresários, precisam ter o altruísmo, a compaixão, a preocupação e a compreensão trabalhados como valores que conectam as mentes dos seres humanos. Tais habilidades exercitadas ajudam a lidar melhor consigo mesmo e com os outros.
 
O que é inteligência espiritual e como utilizá-la em nosso dia a dia?
 
Maria Nunes em livro Inteligência espiritual, da Editora Mauá, apresenta-nos, com uma linguagem simples e acessível, essa inteligência que nasce do espírito e nos faz atentos ao que se passa dentro de nós mesmos e à nossa volta, seja dormindo ou na vigília física.
A partir de relatos de suas experiências no campo espiritual, a autora nos mostra como a inteligência espiritual nos ajuda a compreender e a conviver com fenômenos que ocorrem em nossas vidas, dentre eles, os sonhos lúcidos, a clarividência, a premonição, a telepatia, o déjà vu, a vidência de auras, a experiência fora do corpo, a consciência cósmica, os pressentimentos, a si cronicidade, os aparentes acasos, as coincidências e os sinais.
Maria Nunes também propõe aos leitores exercícios de pesquisa pessoal para o desenvolvimento da inteligência espiritual, que envolve todas as formas de inteligência do ser humano e muda, para melhor, a nossa maneira de encarar os problemas e relacionamentos.
 
A teoria das inteligências múltiplas teve grande impacto na educação no início dos anos de 1990, uma vez que apresentou a possibilidade de várias inteligências no sujeito, não apenas a lógico-matemática e linguística. Com isso um ou mais tipos de inteligências podem ser usadas
como “rotas secundárias” para ajudar o aluno a desenvolver outras inteligências.
 
Embora Gardner não proponha um método pedagógico, afirma que a escola deve favorecer situações de aprendizagem para o desenvolvimento de todas as inteligências, a fim de que o aluno possa atingir seus objetivos profissionais e de lazer a partir do seu espectro particular de inteligências.
 
Se todo o espectro é estimulado, a criança se desenvolve de maneira mais harmoniosa e isso irá prevenir “obstruções da rota” de certas inteligências. Esse procedimento irá prevenir bloqueios de capacidades, embora ninguém vá se tornar um especialista em tudo.
 
O que é espectro?
O espectro é uma espécie de mandá-la ou mosaico que apresenta as inter-relações naturais existentes entre as inteligências múltiplas em um sujeito.
 
1) A Teoria das Inteligências Múltiplas afirma que cada indivíduo possui diversos tipos de inteligências e que no aprendizado 
Um ou mais tipos de inteligências podem ser utiliza ados para ajuda- lo. 
Nesse sentido podemos afirmar que um aluno que vai mal às aulas de matemática, mas go sesta de jogar futebol, pode ser 
Trabalho pelo professa o por meio de qual inteligência? 
Assinale a correta: 
A) Lógico-matemática 
B) Lingues tica 
C) Pictórica 
D) Corporal Cenestésica 
E) Musical 
 
2) De acordo com a Teoria das Inteligências Ml lilás um prof. isso de idiomas deve ter que tipo d e inteligência como rota 
Principal de sua ação: 
Assinale a alternativa correta: 
A) Inteligência Musical 
B) Inteligência Espacial 
C) Inteligência Cinestesia cá Corporal 
D) Inteligência Verbal ou Linguística 
E) Inteligência Pictográfica 
 
3) Leia com atenção as afirmações abaixo e responda a questão: 
I. Quando criança Maria gostava de jogar futebol, na escola não conseguia parar quieta, só queria ir para a quadra de futebol. 
Aos vinte anos tornou-se e uma famosa jogadora de futebol. 
II. João era um menino prodígio que adorava ler, ficava horas lendo livros de aventuras. No 2º ano do Ensino Médio prestou 
Vestibular como “treinei-o” e tirou a nota máxima. 
III. Fazer experiências em casa era o maior prazer de Marcela, na escola cresol via os problemas de matemática, física e química 
Chegando ao resultado correto, mesmo que não aplicasse as fórmulas completas. 
IV. Pedro é um líder religioso e orienta sempre os hinos da igreja e suas palestras de acordo com os estados de ânimo da 
Comunidade. 
Em relação à Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner, podemos afirmar que: 
(Assinale a correta). 
A) Maria e Marcela possuem Inteligência cor portal cenestésica 
B) João e Pedro possuem Inteligência Interpessoal 
C) Somente Maria apresenta Inteligência lógico -matemática 
D) Somente João apresenta Inteligência espacial 
E) Somente Pedro apresenta Inteligência intrapessoal e interpessoal. 
 
4) Segundo Gardner, o profissional da educação precisa saber que todos os indiv. duos possuem o 
Desenvolvimento das inteligências, em algum grau. Assim, durante a escolarização, o professor deve 
Proporcionar aos alunos: 
I - avaliar seus alunos e encaminhar para escolas especializadas 
II - avaliar seus alunos e proporcionar um ambiente de autodescoberta 
III - fazer orientações no sentido de permitir a decoreba. 
IV - mudar a orientação em função da trajeto ria desenvolvi mental 
V - ali liar na escolha da carreira 
Assinale a alternativa correta: 
A) I, II e III 
B) I, II e IV 
C) I, III e V 
D) I, IV e V 
E) II, IV e V 
 
5) Leia com atenção as afirmações abaixo: 
I. A escola deveria desenvolver a capacidade cognitiva e ajudar as p pessoas a atingirem objetivos de ocupação e 
Passatempo adequados ao seu espectro particular de inteligência. Uma escola centrada no indivíduo seria rica na 
Avaliação das capacidades e tendências individuais. 
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II. A pedagogia não deveria considerar o desen. movimento intelectual como a meta máxima e exclusiva da 
Educação. 
III. O importante é despatologizar os erros comuns entre as crianças e revolucionar a forma de conceber e 
Trabalhar na alfabetização das crianças. 
IV. As crianças em desenvolvimento experim. então ímpetos de mudança, seguidos por uma estabilidade maior, 
Passando de um platô de desenvolvimento para outro. 
Qual das afirmações acima corresponde às ideias de Howard Gardner? 
Assinale a alternativa correta. 
A) Somente I 
B) Somem te II 
C) Somente III 
D) Somente IV 
E) Não há qualquer afirmação que corresponda às ideias desse autor. 
 
6) Baseando-se na teor ria das Múltiplas Inteligências, que inteligência você acha que precisa ser desenvolvida em 
Um chefe de tribo indígena para que sua fu n cão seja exercida com competência: 
Assinale a correta. 
A) Linguística 
B) Lógico-matem tica 
C) Interpessoal 
D) Espacial 
E) Corporal Cenestésica 
 
7) Leia a situação e responda a questão: 
Maria Amélia foi assaltada na última 4ª feira. Os assaltantes entraram em sua casa, fizeram -na refém e somente 
Após 12 horas de negociação, ela conseguiu sair livre e sem ferimentos dessa situação. Os policiais ficaram 
Surpresos por vê-la tão controlada durante toda a operação. 
De acordo com a teoria das um lilás inteligências, podemos afirmar que Maria Amélia a apresenta uma inteligência: 
Assinale a correta. 
A) Linguística 
B) Lógico-matem tica 
C) Interpessoal 
D) Intrapessoal 
E) Corporal Cenestésica 
 
8) A teoria das inteligências múltiplas foi desenvolvida como uma explicação da cognição humana e enfatiza 
Também a trajetória desenvolvi mental da inteligência. 
A partir deste referencial teórico é correto dizer que: 
I. Uma vez que todas as in negligências são parte da herança humana genética, pode -se dizer que todos os seres 
Humanos normais possuem certas capacidades essenciais em cada uma das inteligências. 
II. A trajetória natural de desenvolvimento em cada inteligência começa com a cap. acidade pura de padronizar, 
Por exemplo, a capacidade de diferenciar tons na inteligência musical. A inteligência “pura” predomina no primeiro 
Ano de vida. 
III. Na primeira e na segunda infância, a inteligência é encontrada através de um sistema simbólica coo: a linguagem é 
Encontrada através de frases e histórias, por exemplo, o entendimento espacial através de desenhos. 
IV. Na idade adulta, os diferentes tipos de inteligência atingem seus pontos máximos de desenvolvimento, todos 
Ao mesmo tempo, uma vez que nesta fase, todos os indivíduos são considerados “promissores”. 
É correto o que se afira má em: 
A) I, II e III apenas. 
B) II, III e IV apenas. 
C) I, III e IV apenas. 
D) II e III apenas. 
E) I e IV apenas

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