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SEDIMENTOS LIMNICOS Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo SEDIMENTOS LIMNICOS Sedimento Resultado da integração de todos os processos que ocorrem em um ecossistema aquático. É um dos componentes mais importantes dos ecossistemas aquáticos continentais Ocorrem processos biológicos, físicos e/ou químicos que influenciam o metabolismo de todo sistema. CLASSIFICAÇÃO DOS SEDIMENTOS Mais aceita Naumann 1930 Sedimento orgânico Com elevado teor de matéria orgânica Acima de 10% do peso seco Sedimento mineral Com baixo teor de matéria orgânica Menos de 10% do peso seco CAMADAS DOS SEDIMENTOS LÍMNICOS Duas camadas: Camada recente ou biológica. Camada permanente. CAMADA RECENTE Compreende a parte do sedimento, geralmente com maior concentração de matéria orgânica Está em contato direto com a coluna d’água Camada biologicamente mais ativa Microorganismos e os organismos bentônicos encontram as condições mais favoráveis a seu desenvolvimento. CAMADA RECENTE Alto teor de matéria orgânica; Maior densidade de organismos bentônicos; Grande atividade microbiana. CAMADA PERMANENTE Localiza-se abaixo da camada recente Baixo teor de matéria orgânica; Apresentar-se, geralmente, em anaerobiose; Textura mais rígida; Poucos organismos, além das bactérias, desenvolvem-se nesta região do sedimento. CAMADAS RECENTE E PERMANENTE Compostas por duas frações distintas: Matéria particulada Água intersticial MATÉRIA PARTICULADA Principal fonte de energia para microorganismos e organismos bentônicos Geralmente em ambientes com alta produção primária ou que recebem grande quantidade de material orgânico alóctone ( allos (outros) + khton (terra)) Composta principalmente por matéria orgânica. MATÉRIA PARTICULADA Ecossistemas de baixa produção primária Lagunas costeiras e represas Predominantemente inorgânica (por exemplo, argila). ÁGUA INTERSTICIAL Água do sedimento Fundamental importância para a produtividade do ecossistema aquático Coluna d’água sofre um constante processo de enriquecimento de nutrientes que se difundem a partir da água intersticial, onde se encontram em concentrações mais elevadas. SEDIMENTO COMO OBJETO DE ESTUDO DA PALEOLIMNOLOGIA O sedimento é o compartimento dos ecossistemas aquáticos continentais onde se depositam todos os compostos e estruturas de animais e vegetais que não foram totalmente decompostos SEDIMENTO COMO OBJETO DE ESTUDO DA PALEOLIMNOLOGIA Ao longo da evolução de um ecossistema aquático, formam-se camadas no sedimento, contendo compostos químicos e estruturas biológicas: Grãos de pólen Sementes Carapaças de diatomáceas Exoesqueleto de crustáceos Conchas de moluscos Escamas de peixes, etc Representam as diferentes fases da evolução Principal objeto de estudos da Paleolimnologia. ESTUDOS DE PALEOLIMNOLOGIA Identificar, através dos grãos de pólen, as diferentes fases do processo de sucessão da vegetação aquática e terrestre; Identificar variações de nível d’água em função de alterações paleoclimáticas; ESTUDOS DE PALEOLIMNOLOGIA Identificar sucessão ecológica na colonização por espécies aquáticas; Identificar espécies extintas naturalmente ou devido a atividades antrópicas. SEDIMENTO COMO INDICADOR DO ESTADO TRÓFICO DE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS Regiões temperadas Concentração de matéria orgânica no sedimento reflete bem a produção primária do ecossistema. SEDIMENTO COMO INDICADOR DO ESTADO TRÓFICO DE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS Regiões tropicais Raramente a concentração de matéria orgânica e nutrientes no sedimento reflete o nível de produção primária do ecossistema Devido principalmente, a rápida decomposição da matéria orgânica e a alta turbulência (baixa profundidade). SEDIMENTO COMO INDICADOR DO NÍVEL DE POLUIÇÃO DO ECOSSISTEMA Sedimento Capaz de acumular compostos Um dos mais importantes na avaliação do nível de contaminação de ecossistemas aquáticos continentais. Ecossistemas aquáticos poluídos podem apresentar concentrações muito superiores de contaminantes no sedimento quando comparados com a coluna d’água. IMPORTÂNCIA DO SEDIMENTO NA DINÂMICA DE NUTRIENTES A dinâmica dos nutrientes acumulados no sedimento é função de fatores biológicos (bioturbação) e físico-químicos. Estes fatores podem favorecer a precipitação de nutrientes ou a sua liberação da matéria particulada para a água intersticial e desta para a coluna d’água.
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