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Resumo De Dentística NOMENCLATURA “É um conjunto de termos pelos quais indivíduos de uma mesma profissão são capazes de entender-se mutuamente” CAVIDADE Em odontologia, é o termo empregado para definir a lesão ou a condição do dente, causada pela distribuição de tecido duro. CÁRIE DENTAL “Reconhecida como uma doença infecto-contagiosa, causada por ácidos orgânicos provenientes da fermentação microbiana dos carboidratos da dieta. A cárie dental leva a destruição dos tecidos duros” EXISTEM DOIS TIPOS DE CAVIDADE Patológica e Terapêutica CAVIDADE PATOLÓGICA Uma cavidade com forma e dimensão irregulares causadas pela distribuição de tecidos duros do dente. CAVIDADE TERAPÊUTICA É uma cavidade com forma geométrica e dimensões, resultante de um procedimento cirúrgico que visa remover tecido cariado. OBJETIVOS DO PREPARO CAVITÁRIO Remover tecido cariado, obter formas precisas, impedir fratura do dente e do material restaurador, impedir a instalação da cárie. CLASSIFICAÇÃO DAS CAVIDADES Quanto a finalidade, de acordo com o número de faces que acomete, de acordo com as faces envolvidas, classificação de Black, classificação de ICDAS. QUANTO A FINALIDADE TERAPÊUTICA Cavidade resultante de remoção de cárie, em condições de receber o material restaurador direto. PROTÉTICA Cavidade com ou sem lesão de cárie, cujo objetivo é servir de suporte de uma peça protética. DE ACORDO COM O NÚMERO DE FACES QUE OCORRE Simples, Composta e Complexa CAVIDADE SIMPES - Quando atinge uma só face do dente CAVIDADE COMPOSTA - Quando atinge duas faces do dente CAVIDADE COMPLEXA - Quando atinge 3 ou mais faces do dente PARTES CONSTITUINTES DA caVIDADE Paredes e Ângulos PAREDES Limites internos da cavidade, Paredes Circundantes e Paredes de Fundo PAREDES CIRCUNDANTES São as paredes laterais da cavidade, recebem o nome da face do dente a qual correspondem ou estão mais próximas PAREDES DE FUNDO São as paredes correspondentes ao soalho da cavidade (pulpar e axial) PAREDES DE FUNDO Perpendicular ao longo do dente ou paralela a face oclusal, axial : parede paralela ao longo eixo do dente ÂNGULOS É a linha ou ponto resultante da união de duas ou mais paredes – ângulo diedro, ângulo triedro e cavo-superficial. ÂNGULOS DIEDROS São formados pela união de duas paredes de uma cavidade, denominados pela combinação de seus respectivos nomes, podem ser do 1º, 2º ou 3º grupo 1º GRUPO É o ângulo formado pela união de duas paredes circundantes (vestibular/mesial ou distal) VM ou VD (lingual/mesial ou distal) LM ou LD (vestibular/cervical) VC (lingual/cervical) LC 2º GRUPO É o ângulo formado pela união de uma parede circundante e uma parede de fundo (vestibular, mesial, distal e cervical com axial ou pulpar) 3º GRUPO É o ângulo formado pela união das paredes de fundo da cavidade ( axial e pulpar (A-P) ) ÂNGULO TRIEDROS São formados pela combinação de 3 paredes e denominados pela combinação de seus respectivos nomes ÂNGULO CAVO-SUPERFICIAL É o ângulo formado pela junção das paredes da cavidade com a superfície externa do dente CLASSIFICAÇÃO DAS CAVIDADES (BLACK) Baseadas em áreas do dente que apresentam susceptibilidade a cárie, baseada na técnica de instrumentação da cavidade, cavidades em cicatrículas e fissuras, cavidades em superfícies lisas. CLASSIFICAÇÃO DE BLACK Cavidade de Classe I Cavidade de Classe II Cavidade de Classe III Cavidade de Classe IV Cavidade de Classe V CLASSE I - Regiões de má coalescência do esmalte (cicatrículas e fissuras) - Oclusal de pré-molares e molares - 2/3 oclusais das faces vestibulares dos molares inferiores - 2/3 oclusais das faces palatinas dos molares superiores - Palatina dos incisivos e caninos superiores - Quando a face oclusal (molar superior ou inferior se estende ao sulco vestibular ou palatino classificamos como Classe I Composta CLASSE II - Faces proximais de molares e pré-molares CLASSE III - Faces proximais dos dentes anteriores sem comprometimento de borda incisal CLASSE IV - Faces proximais dos dentes anteriores com comprometimento de borda incisal CLASSE V - Terço gengival ou cervical das faces vestibulares ou linguais de todos os dentes. isolamento do campo operatório ‘’Compreende o conjunto de procedimentos realizados na cavidade bucal com a finalidade de eliminar a umidade, propiciar condições assépticas para o tratamento e restauração dos dentes conforme as indicações dos materiais a serem empregados’’. tipos de isolamento - Isolamento absoluto e isolamento relativo ISOLAMENTO ABSOLUTO - É o único meio de se conseguir um campo operatório totalmente livre de umidade. VANTAGENS -Retração e proteção dos tecidos moles - Melhor acesso e visibilidade - Condições adequadas para inserção dos materiais - Auxílio no controle de infecção - Redução do tempo de trabalho - Trabalho em condições assépticas -Proteção para o paciente e profissional DESVANTAGENS - Consumo de tempo - Objeção dos pacientes - Deve ser colocado em menos de 5 minutos IMPOSSIBILIDADE DE USO -Dentes não erupcionados totalmente - Alguns 3º molares -Dentes extremamente mal posicionados MATERIAIS E INSTRUMENTAIS USADOS - lençol de borracha - porta dique de borracha - perfurador de dique de borracha - grampos - pinça porta-grampo - guardanapo para dique - sugador de saliva - fio dental - lubrificante - godiva de baixa fusão - lâmpada a álcool AUXILIARES - espelho clínico - pinça clínica - sonda exploradora - tesoura - espátula de inserção nº 1 ARCO O porta dique de borracha (arco), mantém as bordas do dique de borracha em posição. O arco Yong é um arco metálico em forma de U com pequenas projeções metálicas para prender o dique de borracha. PORTA-DIQUE DE BORRACHA Também denominado de arco, possui a finalidade de manter a borracha distendida e em posição. PERGURADOR DE LENÇOL DE BORRACHA Os orifícios devem ser selecionados de acordo com o diâmetro do colo dental GRAMPOS Dispositivo metálico que se ajusta ao colo do dente, com a finalidade de manter o lençol de borracha em posição (existem dois tipos de grampos: (com asas e sem asas) NUMERAÇÕES DOS GRAMPOS COM ASAS 200 a 205 – Molares 206 a 209 – Pré-Molares 210 a 211 – Dentes Anteriores NUMERAÇÃO DOS GRAMPOS ESPECIAIS W8A e 14ª – Molares Parcialmente Erupcionados 26 e 28 – Molares com pouca Retenção 212 – Retração Gengival em Classe V PINÇA PORTA-GRAMPO - Instrumento utilizado para colocação e remoção dos grampos - Intermediário: reta e angulada GUARDANAPO PARA DIQUE DE BORRACHA INDICAÇÕES - Uso prolongado do isolamento - Proteção da face do paciente - Prevenção de reações alérgicas SUGADOR DE SALIVA - Dispositivo utilizado para remoção de saliva e água durante os procedimentos operatórios FIO DENTAL - Verificar a existência de bordas cortantes - Auxiliar na passagem do lençol de borracha - Enlaçar o grampo como medida de segurança LUBRIFICANTE - São substâncias utilizadas para lubrificar o lençol de borracha facilitando seu deslizamento - A aplicação é feita no lado gengival do dique GODIVA Material anelástico indicado para estabilização adicional dos grampos POSIÇÃO DOS ORIFÍCIOS NO LENÇOL DE BORRACHA O espaço entre os orifícios deve ser igual a distância entre os eixos longitudinais dos dentes EXCEÇÕES Tamanho dos dentes, disposição do dente no arco, localização da cavidade, ausência de dentes, presença de diastemas MÉTODOS DE MARCAÇÃO PARA PERFURAÇÃO DA BORRACHA Divisão em quadrantes, marcação na boca, mordida em cera, carimbo, gabarito. REGRAS PARA A PERFURAÇÃO DA BORRACHA - Quanto maior o número de dentes incluídos no isolamento, melhor será o acesso e a visibilidade. - Dentes Posteriores: no mínimo 3 elementos, um imediatamente anterior e outro posterior. - Dentes Anteriores: de pré-molar a pré-molar técnicas de colocação do dique de borracha - Coloca-se o Conjunto: grampo+arco+lençol de borracha ao mesmo tempo - Coloca-se o grampo+lençol de borracha e depois o arco (técnica de Ingraham) - Coloca-se o lençol de borracha+arco e depois o gramo - Coloca-se o grampo, o lençol de borracha e depois o arco sequência para colocação do dique de borracha TÉCNICA:grampo+arco+lençol de borracha - PROCEDIMENTOS PRÉVIOS - Profilaxia - Teste dos contatos proximais - Remoção de arestas cortantes - Lubrificação dos lábios SEQUÊNCIA - Seleção da borracha - Seleção do grampo - Marcação dos orifícios na borracha - Perfuração e lubrificação da borracha - Colocação do grampo no lençol de borracha - Colocação do grampo no dente com a pinça Palmer - Liberação da borracha das asas do grampo com espátula de inserção nº 1 - Passagem da borracha pelos espaços interproximais - Inversão da borracha - Isolamento concluído - Logo após o procedimento é feita a remoção do dique de borracha estabilização do dique de borracha - Amarria - Anel elástico - Wedjets - Stop de borracha tipos especiais de isolamento absoluto 1- Isolamento de um único dente 2- Isolamento sobre prótese parcial fixa, com perfurações correspondentes aos dentes e pônticos 3- Isolamento sobre prótese parcial fixa,sem perfuração correspondente ao pôntico 4- Isolamento absoluto com auxilio de cianocrilato 5- Isolamento para cimentação de restaurações indiretas isolamento relativo Controla a umidade do campo operatório por meio da absorção e eliminação dos flúidos salivares indicações • Intervenções de curta duração • Aplicação tópica de flúor e selante • Alguns tipos de moldagens • Restaurações provisórias • Colagem de braquetes ortodônticos • Cimentação de peças protéticas • Erupção parcial de dentes • Pacientes alérgicos a borracha e derivados • Pacientes com dificuldade respiratória materiais e intrumentais • Rolos de algodão ou gaze • Pinça, sonda, espelho bucal • Suctores de saliva • Mantenedores de rolos de algodão isolamento relativo do arco superior - Dentes posteriores - Dentes anteriores - Dentes anteriores: utilizando o expander isolamento relativo do arco inferior - Dentes posteriores - Dentes anteriores Drogas anti-sialagogas - Substâncias químicas de uso sistêmico que diminuem além do fluxo salivar, os fluxos gástrico, lacrimal e sudoríparo. Indicação - Salivação intensa Contra-indicações - Doenças cardíacas - Glaucoma - Síndrome de Down - Lactantes Isolamento relativo - considerações finais • Deve ser utilizado na impraticabilidade do isolamento absoluto • Requer atendimento a quatro mãos • Requer uso sistemático do sugador de saliva preparos cavitários PREPARO CLASSE I COMPOSTA PARA AMÁLGAMA - 1º Passo: abertura e contorno com IAD 1091 - Inicia-se a abertura da caixa oclusal com instrumento inclinado na fóssula mesial Material usado • Articulador com dentes • Caneta de alta e contra-ângulo • Jogo Clínico • Recortador de margem gengival • IAD 1091/ICR 56/ ICR 1/4 • Instrumental para isolamento absoluto Etapas do preparo • Abertura e contorno • Isolamento Absoluto • Remoção tecido cariado • Obtenção da forma de resistência • Obtenção da forma de retenção • Tratamento das paredes de esmalte • Características finais do preparo Abertura e contorno • IAD 1091 em alta rotação inclinando na fóssula mesial de modo a conseguir a abertura da caixa oclusal - Deixar instrumento paralelo ao longo eixo do dente e realizar contorno cavitário utilizando 1/2 ponta ativa do IAD como profundidade padrão • Manter ponte de esmalte • Estender o preparo oclusal da fóssula distal pelo sulco ( face palatina ) • Com o mesmo instrumento, paralelo ao eixo axial do dente, penetrando pela face palatina (junto ao sulco), realizar abertura e contorno da caixa palatina • Após abertura e contorno da cavidade, realizar o ISOLAMENTO ABSOLUTO • Em dentes naturais, em caso de tecido cariado, a remoção será realizada apenas após o isolamento absoluto • Escavadores em forma de colher inicialmente para remoção de tecido cariado amolecido • ICR esféricos de maior diâmetro possível para tecido mais profundo e resistente, sempre iniciando-se pelas paredes laterais • Trabalhar com instrumentos em baixa rotação (ICR 56) para obter forma de resistência para o preparo cavitário • Caso de dentes naturais sempre remover esmalte não suportado por dentina (áreas socavadas) • Caixa oclusal deve ter características de um preparo de Classe I simples • Caixa palatina, se estende da oclusal (acompanha anatomia palatina) deve apresentar: • Parede axial plana e expulsiva para oclusal • Paredes mesial e distal planas e paralelas ao longo eixo do dente e perpendiculares à axial • Parede gengival paralela à pulpar • Paredes lisas e ângulos nítidos sem áreas socavadas • No preparo de classe I composto as retenções adicionais são executadas na caixa oclusal e na palatina • Pequenos sulcos nas bases das cúspides (caixa oclusal) sem socavar esmalte • Retenções em forma de canaleta nos diedros áxio-mesial e áxio distal • Deixar todas as paredes lisas e planas Características finais do preparo • Parede pulpar plana e paralela ao plano oclusal • Parede vestibular e palatina perpendicular à pulpar • Parede mesial e distal (caixa oclusal) ligeiramente expulsiva para oclusal) • Parede mesial e distal (caixa palatina) plana, perpendicular a axial e paralelas entre si • Parede gengival plana e paralela à pulpar • Paredes lisas, ângulos nítidos com esmalte suportado por dentina, sem esmalte socavado - Profundidade: • Caixa oclusal: 0,5 mm do I.A.D ou 1/2 da ponta ativa do instrumento (1091) • Caixa palatina: 0,2 mm do I.A.D. ou o diâmetro do instrumento (1091) - Largura: • Caixa oclusal: 1/4 da distância intercuspídica • Caixa palatina: o diâmetro do instrumento (1091) • Paredes lisas e ângulos entrantes vivos • Diedro áxio-pulpar arredondado PREPARO DE CLASSE I PARA AMÁLGAMA Material • Articulador com dentes • Caneta de alta e contra-ângulo • Jogo Clínico • Recortador de margem gengival 28-29 • IAD 1091/ICR 56/ ICR 1/4 • Instrumental para isolamento absoluto Etapas do preparo • Abertura e contorno • Isolamento Absoluto • Remoção tecido cariado • Obtenção da forma de resistência • Obtenção da forma de retenção • Tratamento das paredes de esmalte • Características finais do preparo • IAD 1091 em alta rotação ou ICR 56 em contra ângulo • Instrumento inclinado na fóssula mesial de modo a conseguir a abertura Abertura e contorno • IAD em alta rotação inclinando na fóssula mesial de modo a conseguir a abertura da caixa oclusal • Com o instrumento paralelo ao longo eixo do dente, através de movimentos de mesial para distal, realizar o contorno cavitário baseado na extensão preventiva • Envolver sulcos principais e fóssulas, conservando vertentes de cúspides, pontes de esmalte e cristas marginais • Profundidade da cavidade deve ser 0,5mm do limite amelo-dentinário (1/2 ponta ativa) • Largura 1/4 da distância intercuspídica • O preparo para Al a forma de resistência deve ser de “caixa” • Parede pulpar plana e paralela ao plano da face oclusal • Paredes laterias perpendiculares a pulpar • Exceto mesial e distal ligeriamente explusivas (conseguida pela inclinação do IAD 1091 ou ICR 56) • Paredes lisas, ângulos nítidos Forma de retenção • Paredes lisas e ângulos nítidos • Profundidade maior ou igual a largura que é complementada pela execucão de retenções adicionais • No preparo de Classe I as retenções adicionais são executadas com o ICR 33 1/2 ou ICR 1/4 (esférico), em forma de sulco na base das cúspides, nas paredes vestibular ou lingual sem socavar o esmalte Características finais da cavidade • Parede pulpar plana e paralela ao plano da face oclusal • Parede vestibular e lingual perpendiculares à pulpar • Paredes mesial e distal ligeiramente expulsivas para oclusal • Profundidade equivalente a 1/2 a parte ativa da ponta IAD ou ICR • Largura de 1/4 da distância intercuspídica • Paredes lisas e ângulos nítidos • Esmalte suportado por dentina (cavidade não socavada) • Retenções adicionais em forma de sulco sob as cúspides preparo de classe i para resina composta materiais usados • Articulador com dentes • Caneta de alta e contra-ângulo • Jogo Clínico • Recortador de margem gengival 28/29 • IAD 1012, 1013, ICR 2 , 3 • Instrumental para isolamento absoluto Etapas do preparo • Abertura e contorno • Isolamento Absoluto • Remoção tecido cariado (simulação) • Obtenção daforma de resistência • Obtenção da forma de retenção • Tratamento das paredes de esmalte • Características finais do preparo Abertura e contorno • Para restaurações adesivas, não executamos preparo e sim preparamos o dente para receber o material restaurador • Devemos preservar ao máximo estrutura sadia, mesmo áreas de esmalte sem suporte de destina (cristas marginais e vertentes) • O material restaurador adesivo atuará como “dentina artificial” • Acesso suficiente para “atingir” tecido cariado • Após realizado acesso removemos lesão de cárie • Preservação máxima de estrutura sadia • Forma da cavidade depende da extensão da lesão ou de geometria de restauração préia • Prismas de esmalte não suportados por destina devem ser removidos • Paredes lisas e ângulos internos arredondados • Ângulo cavo superficial nítido • Cavidade limpa e sem resíduos • IAD 1012 na fóssula mesial pressionando no sentido apical inserindo ponta ativa do instrumento (0.5 mm do limite amelodentinário) • Movimentar instrumental sentido mésio distal envolvendo todo o sulco Remoção de tecido cariado • Caso não tenha sido removido durante a abertura, ICR n. 2 ou 3 (compatível com lesão de cárie) utilizar apenas na lesão deixando ângulos internos arredondados Acabamento das paredes de esmalte • ICM 28-29 remover prismas de esmalte sem suporte no ângulo cavo superficial PREPARO DE CAVIDADE CLASSE II MateriaL * Articulador com dentes naturais * Caneta de alta e contra-ângulo * Jogo clínico * Recortador de margem gengival * IAD 1091 / ICR 56 / ICR ½ / ICR 699 * Material para Isolamento absoluto Etapas do preparo: * Isolamento absoluto * Abertura e contorno * Remoção do tecido cariado * Obtenção da forma de resistência * Obtenção da forma de retenção * Tratamento das paredes esmalte * Características finais do preparo Abertura e contorno * IAD 1091 em alta rotação inclinado na fóssula mesial de modo a conseguir a abertura da caixa oclusal. * Com o instrumento paralelo ao longo eixo do dente,através de movimentos de mesial para distal, realizar o contorno cavitário baseado na extensão preventiva • Envolver sulcos principais e fóssulas, conservando vertentes de cúspides. - Neste caso o preparo oclusal será estendido para mesial e distal,deixando as cristas marginais bem finas, sem romper. Isto servirá de orientação para a abertura das caixas proximais. Antes de iniciar a abertura da caixa proximal devemos proteger o dente vizinho com uma pedaço de tira de matriz de aço. - A matriz deverá ser recortada na altura e largura da face proximal em questão. Esta tira deverá portanto ser adaptada contra o dente vizinho e fixada com cunha de madeira, devendo ficar assim justaposta ao dente que está sendo preparado. Realizar esta manobra tanto na mesial como na distal. Caixa proximal - A caixa proximal deverá ser aberta com o IAD 1091, através de movimentos pendulares de vestibular para lingual, penetrando em direção gengival, rente aquela fina camada da crista marginal que restou do preparo na oclusal,sem destruí-la. Esboça-se assim as caixas mesial e distal. - A seguir cliva-se a lâmina dental de esmalte proximal com recortador de margem gengival - Com ICR 56 definir as paredes das caixas proximais, cujas dimensões estarão na dependência da relação de contato com o dente vizinho: deve-se estender as paredes laterais no sentido vestíbulo-lingual e a parede gengival em direção gengival, de modo a afastá-las de 0,25mm a 0,5 mm do dente vizinho. A parede axial deve situar-se de 0,25 mm a 0,5 mm do limite amelodentinário. • 2º Isolamento absoluto • 3º Remoção do tecido cariado • 4º Obtenção da forma de resistência Muitas vezes, o contorno originalmente obtido é alterado neste tempo operatório, pela remoção de estruturas de esmalte que ficaram socavadas com a remoção do tecido cariado. Outras vezes, grande parte da forma de resistência é obtida concomitante cavitário. • Para os preparos classe II – MOD a forma de resistência é de uma caixa oclusal igual à do preparo classe I oclusal e duas caixas próximas. Cada uma das caixas proximais é formada por uma parede gengival paralela à pulpar, paredes vestibular e lingual (ou palatina) perpendiculares à gengival e expulsivas no sentido áxio-pulpar e parede axial ligeiramente expulsiva para oclusal. - O ICR nº 56 montado em contra-ângulo completará a forma de resistência, auxiliado pelos ICM. Com estes instrumentos executasse o alisamento de paredes e avivamento de ângulos. • 5º Obtenção da forma de retenção Paredes lisas e ângulos nítidos obtidos nos tempos operatórios anteriores, profundidade maior ou igual à largura fazem parte da forma de retenção que é completada com a execução de retenção adicionais. Na caixa oclusal executam-se retenções adicionais com o ICR nº 1\2 sob a forma de sulcos na base das cúspides conforme orientação dada no preparo de classe I. - As caixas proximais recebem retenções adicionais com o ICR nº 699, em forma de canaleta, ao longo dos diedros áxio-vestibular e áxio-lingual, ultrapassando o ângulo áxio-pulpar. Estas canaletas devem ser executadas às custas de desgaste das paredes vestibular e lingual (ou palatina) e não da axial. Tratamento das paredes de esmalte Aplanamento do ângulo cavo-superficial gengival com recortador de margem gengival. Arredondamento dos diedros áxio-pulpar com o mesmo instrumento. Características finais do preparo Parede pulpar plana e paralela ao plano da face oclusal Caixa oclusal: Parede vestibular e lingual perpendiculares à gengival Caixa proximal: Parede vestibular e lingual planas, perpendiculares à gengival e expulsivas para proximal Parede gengival: plana e paralela à pulpar Parede axial: plana e ligeiramente expulsiva para oclusal - Profundidade: Caixa oclusal: equivalente a 1/2 a parte ativa da ponta IAD ou ICR / 0,5mm além do Limite amelo-dentinário Caixa proximal: cerca de 1 a 1,5 vezes o diâmetro da ponta ativa do IAD 1091/ 0,25mmm a 0,5 mm além do limite amelo dentinário. - Largura : Caixa oclusal 1/4 da distância intercuspídica Caixa proximal : paredes vestibular e lingual distando de 0,25mm a 0,5mm do dente vizinho. - Paredes lisas e ângulos nítidos - Esmalte suportado por dentina (cavidade não socavada) - Retenções adicionais em forma de sulco sob as cúspides e nos diedros àxio-vestibular e áxio- lingual preparo de classe ii para resina composta • Os preparos para RC não tem formato geométrico • Não exigem profundidade específica • Não requerem ângulos nítidos nem retenções adicionais • O preparo visa eliminar o tecido cariado e sua forma dependerá da extensão da lesão de cárie Material • Articulador com dentes • Caneta de alta e contra-ângulo • Jogo Clínico • Recortador de margem gengival 28/29 • IAD 1012, 1013, ICR 2 , 3, 330 • Matriz aço, cunha, tesoura • Instrumental para isolamento absoluto etapas do procedimento • IAD 1012 na face oclusal no centro do sulco central pressionando para apical (profundidade ponta ativa) • Movimentamos o IAD no sentido mésiodistal envolvendo o sulco e estabelecendo a caixa proximal deixando fina espessura de esmalte • Proteger dente vizinho com tira de matriz de aço fixada por cunha de madeira • Com mesmo instrumento paralelo ao longo eixo do dente e próximo a crista marginal, iniciamos a abertura da caixa proximal • Instrumento em direção gengival, com movimentos V-L • Com instrumentos manuais remover paredes de esmalte • ICM 28/29: • Arredondar diedro áxio-pulpar • Aplanar parede gengival • Devido a lesão de cárie as paredes V e L ficarão convergentes para oclusal no sentido gengivo-oclusal • No sentido áxio-proximal as paredes V e L são ligeiramente expulsivas em esmalte, tornando-as divergentes entre si • Parede gengival suficiente para envolver lesão de cárie (sempre abaixo ao ponto de contato) preparo de cavidade classe iii para resina composta Material: * Articulador com dentes naturais * Caneta de alta e contra-ângulo * Jogo clínico * Recortador de margem gengival * IAD 1011 / 3195F e 3168F * ICR 1 e 2 * Tira de Matriz e cunha de madeira * Material para Isolamento absoluto Aberturae contorno • A abertura deve ser feita por palatino ou lingual com IAD 1011 em alta rotação. O ponto de eleição é o terço médio da crista merginal na mesial ou distal. O IAD 1011 penetra perpendicular à face palatina • O dente vizinho deve ser protegido com tira de matriz devidamente adaptada e fixada com cunha de madeira • O contorno da cavidade é realizado com o mesmo instrumento, que irá trabalhar perpendicularmente à face palatina, penetrando em direção vestibular, com movimentos de cervical para incisal. • Não se realiza extensão preventiva , o preparo é determinado pela extensão da lesão de cárie • A profundidade será de aproximadamente 2 mm além do limite amelo-dentinário. • Remover a dentina escurecida para não comprometer a estética. • A cavidade terá contornos internos arredondados. • O esmalte sem suporte de dentina deverá ser mantido Remoção do tecido cariado - Utilizar escavadores em forma de colher para remover o tecido cariado mais amolecido e superficial. Para o tecido cariado mais profundo e consistente utilizar ICR esféricos, com o maior diâmetro possível para o tamanho da cavidade, iniciando-se pelas paredes laterais da cavidade e terminando na axial. Remover dentina escurecida para não comprometer a estética. Tratamento das paredes de esmalte - Bizel no ângulo cavo superficial para dissimular a linha de união dente material restaurador, melhorar o vedamento marginal e contribuir com a retenção, pois o condicionamento pode ser mais eficiente na área bizelada. Bizel varia em extensão de 1 a 2 mm. - Bizel no ângulo cavo superficial com o IAD 1190F ou 3195F na vestibular e vestibular e incisal Características finais do preparo - Contornos internos arredondados - Ausência de extensão preventiva - Bizel no esmalte de 1 a 2 mm de extensão na vestibular exposta preparo de cavidade classe v para amálgama Material * Articulador com dentes naturais * Caneta de alta e contra-ângulo * Jogo clínico * Recortador de margem gengival * IAD 1091 * ICR 56 , 33 ½ * Material para Isolamento absoluto Etapas do preparo * Isolamento absoluto * Abertura e contorno * Remoção do tecido cariado * Obtenção da forma de resistência * Obtenção da forma de retenção * Tratamento das paredes esmalte * Características finais do preparo Abertura e contorno • IAD 1091 em alta rotação penetra inclinado no centro do terço cervical da face vestibular. Para realizar a abertura. Com o IAD perpendicular à face vestibular, através de movimentos de mesial para distal, executasse o contorno cavitário, de acordo com a extensão preventiva. • As paredes mesial e distal devem situar-se nas proximidades dos ângulos axiais mesial e distal, a parede oclusal nas proximidades do limite entre o terço cervical e médio e a parede gengival ligeiraamente aquém da borda livre da gengiva. • A parede axial deve ser estabelecida de maneira que a cavidade apresente profundidade de 1 mm, que no dente artificial deve ser de 1/3 da ponta ativa do IAD 1091. Remoção do tecido cariado • Utilizar escavadores em forma de colher para remover o tecido cariado mais amolecido e superficial. • Para o tecido cariado mais profundo e consistente utilizar ICR esféricos, com o maior diâmetro possível para o tamanho da cavidade, iniciando-se pelas paredes laterais da cavidade e terminando na axial. Forma de resistência • Forma de caixa. • Parede axial paralela à face vestibular, seguindo a convexidade desta face. • Parede oclusal paralela à face oclusal e perpendicular à axial • Parede gengival seguindo o contorno da borda gengival e perpendicular à axial • Paredes mesial e distal ligeiramente expulsivas de axial para vestibular. • Paredes lisas e ângulos laterais vivos ( Recortador de margem gengival) • Esmalte suportado por dentina • Alisamento das paredes e avivamento dos ângulos laterais com Recortador de margem gengival • Retenções adicionais com ICR 33 ½ nos diedros áxiooclusal e áxio-gengival, desgastando as paredes oclusal e gengival. Tratamento das paredes de esmalte - Remoção dos prismas de esmalte sem suporte no ângulo cavo superficial na parede gengival Características finais do preparo - Parede axial paralela à face vestibular, seguindo a convexidade da mesma. - Parede oclusal paralela à face oclusal e perpendicular à axial - Parede gengival seguindo a curvatura do bordo gengival e perpendicular à axial. - Parede mesial e distal ligeiramente expulsivas no sentido áxio vestibular - Profundidade 1/3 da ponta ativa do IAD 1091. - Ângulos entre as paredes laterais vivos - Paredes lisas e ângulos vivos - Retenções adicionais nos diedros áxio gengival e áxio oclusal. - Esmalte suportado de dentina preparo de cavidade classe v para resina composta Material * Articulador com dentes naturais * Caneta de alta e contra-ângulo * Jogo clínico * Recortador de margem gengival * IAD 1012 / 3195F e 3168F * ICR 2 e 1/4 * Material para Isolamento absoluto Abertura e contorno • IAD 1012 em alta rotação penetra perpendicular à face vestibular, em direção a lesão de cárie, realizando a abertura. • O contorno da cavidade é realizado com o mesmo instrumento, dependendo da extenção da lesão de cárie,sem extensão preventiva. • Em dentes no manequim o preparo se limitará ao terço cervical no sentido cérvico incisal, sendo que a parede gengival deverá permanecer aquém da borda livre da gengiva. No sentido mésio-distala cavidade deverá estar contida no terço médio. A profundidade será de 0,2 mm do limite amelo-dentinário. Remoção do tecido cariado - Utilizar escavadores em forma de colher para remover o tecido cariado mais amolecido e superficial. Para o tecido cariado mais profundo e consistente utilizar ICR esféricos, com o maior diâmetro possível para o tamanho da cavidade, iniciando-se pelas paredes laterais da cavidade e terminando na axial. Remover dentina escurecida para não comprometer a estética. Tratamento das paredes de esmalte - Bizel no ângulo cavo superficial com o IAD 1190F ou 3195F das paredes incisal, mesial e distal. - Bizel no ângulo cavo superficial com o IAD 3068F na parede gengival - Se o cavo superficial da gengival estiver localizado em cemento não se deve realizar bizel, pois não há esmalte. Neste caso realiza-se uma retenção adicional em forma de sulco no diedro áxio gengival com ICR ¼. Características finais do preparo - Contornos internos arredondados - Ausência de extensão preventiva - Bizel no esmalte de 1 a 2 mm de extensão em todo cavo superficial preparo de cavidade classe iv para resina composta Material * Articulador com dentes artificiais * Máscara de borracha * Caneta de alta e contra-ângulo * Jogo clínico * Recortador de margem gengival * IAD 1012/ 3195 / 3195F ou 1190F * ICR 1 e 2 * Tira de Matriz e cunha de madeira * Material para Isolamento absoluto Abertura e contorno • No Laboratório remover o ângulo incisal e parte da face proximal com o IAD 1012 ou 3195, simulando uma fratura de ângulo. Na clínica chegará como uma fratura ou restauração a ser substituída. • O dente vizinho deve ser protegido com tira de matriz devidamente adaptada e fixada com cunha de madeira. Remoção do tecido cariado - Utilizar escavadores em forma de colher para remover o tecido cariado mais amolecido e superficial. Para o tecido cariado mais profundo utilizar ICR esféricos, com o maior diâmetro possível para o tamanho da cavidade, iniciando-se pelas paredes laterais da cavidade e terminando na axial. - Remover dentina escurecida para não comprometer a estética Tratamento das paredes de esmalte - Com instrumentos cortantes manuais (recortador de margem gengival) remover os prismas de esmalte sem suporte - Bizel no ângulo cavo superficial na vestibular para dissimular a linha de união dente material restaurador, melhorar o vedamento marginal e contribuir com a retenção, pois o condicionamento pode ser mais eficiente na área bizelada. - Bizel varia em extensão de 1 a 2mm. - Bizel no ângulo cavo superficial com o IAD 1190F ou 3195F na vestibular e vestibular e incisal Características finais do preparo - Ângulos internos arredondados - Bizel no esmalte de 1a 2 mm de extensão na vestibular exposta - Ausência de prismas de esmalte sem suporte no cavo superficial características anatômicas 1 Pré-Molar Superior • Vestibular: formato ovóide e vértice definido, ligeiramente inclinado para mesial • Borda mesial maior, com concavidade na cervical e convexidade no terço médio e oclusal • Distal menor e convexa • Bossa cervical proeminente • Lóbulo central evidente, separado por discretos sulcos de desenvolvimento • Sulco mesial mais pronunciado • Sulco distal pode não estar presente • Palatal: Formado ovóide • Vértice inclinado para mesial • Dimensão reduzida possibilitando visualizar cúspide vestibular • Não há evidências de lobos e sulcos • Proximais: linha cervical côncava para a raíz • Crista marginal mesial é mais elevada que a distal • Oclusal: forma ovóide • Possível visualizar : 2 cúspides (V e L), metade da vestibular, 1/3 da palatal e parte das proximais • Mesa oclusal constituída de lobos, um sulco principal e 2 fossas • Em ambas as cúspides o lobo central é mais visível e os laterais pequenos • Cúspide vestibular maior • Sulco mésiodistal, invade as cúspides e cristas marginais • 2 fossas: mesial e distal 2 Pré-Molar Superior • Vestibular: Formato ovóide • Vértice coincidente com longo eixo • Bossa vestibular mais estreita e menos proeminente que 1º molar superior • Lobo central vestibular é separado dos laterais por sulcos de desenvolvimento • Lobos mesial e distal mais evidentes que no 1º pré-molar superior • Palatal: formato ovóide • Vértice levemente inclinado para mesial • Face palatal altura semelhante `a da face vestibular • Proximais: características semelhantes às dos 1º pré –molares superiores • Diferencial: cúspides com alturas semelhantes • Oclusal: formato trapezoidal • Possível visualizar: 2 cúspides, 1/3 face vestibular, 1/3 da palatal e parte das proximais • Borda mesial e distal pouca ou nenhuma convergência para palatal • Sulco principal bem evidente e 2 fossas • Ambas as cúspides o lobo central é discretamente direcionado para fossa distal • Lobos laterais salientes na cúspide vestibular • Sulco central irregular e sinuoso 1º Molar Superior Maior dos molares permanentes e menor variação morfológica • Vestibular: forma trapezoidal • Face distal: grande • Borda mesial plana na cervical e convexa no médio e oclusal • Distal menor e toda convexa • Cervical formada por 2 segmentos separados, e ponto direcionado para raíz • Bossa separada pelos lobos por um sulco horizontal • Lobos centrais separados são separados pelo sulco oclusovestibular que termina na metade da face, e leve inclinação para distal • Lobo mesial mais amplo • Palatal: Dimensão mesiodistal maior e mais convexa que vestibular • Linha cervical: plana • 2 cúspides que determinam um aspecto de “W” • Mésiopalatal mais romba e alta que distopalatal • Distopalatal menor, mais estreita e arredondada • Sulco palatal separa as cúspides terminando na metade da face • Tubérculo de Carabelli na mesial • Proximal: são as faces mais largas da coroa no sentido VL • Forma de trapézio • Perfil vestibular e palatal convergem para oclusal • Cristas marginais planas • Por mesial notamos que a crista mesiopalatal é maior que a mésiovestibular • Por distal notamos que a cúspide distovestibular é mais proeminente que a distopalatal • Crista marginal distal mais estreita • Oclusal: mais ampla no sentido vestibulolingual que mesiodistal • Face oclusal forma romboidal, 4 cúspides • MP>MV>DV>DP • MP é mais romba e larga, DP é a mais estreita e arredondada • Mesa oclusal: lobos, ponte de esmalte, sulco principal e 2 fossas • Todas as cúspides com 3 lobos bem definidos • Crista mesial é triangular e longa • Crista distal é curta e estreita • Ponte de esmalte: da cúspide distovestibular para mesiopalatal • Sulco principal é formado mesiodistal, oclusovestibular, que divide as cúspides vestibulares,e sulco oclusodistopalatal • 2 fossas: mesial e distal 2º Molar Superior • Vestibular: formato trapezoidal com características semelhantes ao 1 molar superior (porém menor) • Sulcos menos pronunciados • Diferencial: sulco vestibular deslocado para distal • Cúspide mésiovestibular maior • Cúspide distovestibular menor e mais curta • Palatal: Semelhante ao 1 molar superior porém menor • Normalmente 1 cúspide palatal • Raramente com tubérculo de Carabelli • Proximais: semelhantes ao 1 molar superior porém a face distal é mais estreita em relação a mesial tornando a cúspide mesiopalatal bem mais visível • Oclusal: trapezoidal observamos: 4 cúspides, 1/3 da face vestibular, metade da palatal e parte das proximais • Cúspide distopalatal é discreta • Mesa oclusal: ponte de esmalte, sulco principal e 2 fossas (quando houver 4 cúspides) • Ponte de esmalte bem reduzida • Sulco principal: mesiodistal, oclusovestibular, oclusodistopalatal 1º Pré-molar Inferior • É um dos dentes que mais varia sua morfologia • Vestibular: Formato ovóide, bordas proximais levemente convexas e divergentes para oclusal, bossa cervical proeminente e suaves lobos central e laterais, definidas por sulcos rasos • Lingual: dimensões bem menores que a vestibular, convexa, sem lobos ou sulcos • Proximal: observa-se que o perfil vestibular apresenta convexidade na cervical e terço médio e grande inclinação para lingual no terço oclusal • O perfil lingual é relativamente reto com uma convexidade no terço oclusal • Cúspide vestibular mais evidente • A face distal é mais larga no sentido vestibulolingual do que a mesial e sua área de contato é mais extensa • Formato ovalar a Natureza • Possível visualizar 2 ou 3 cúspides, grande parte da face vestibular, 1/3 da lingual e parte das proximais • Proximais convergem para lingual • Borda distal mais convexa • Mesa oclusal de forma trapezoidal com base maior para distal • Possui ponte de esmalte 2 fossas e um sulco principal • Cúspide vestibular é mais ampla com lobo central proeminente • Cúspide distolingual mto discreta • Sulco principal: mesiodistal, oclusomesiovestibular , oclusomesiolingual, oclusolingual e oclusodistal • Ponte de esmalte se estende através da face oclusal unindo as duas cúspides (V e ML) 2º Pré-molar Inferior • Vestibular: semelhante ao 1 pm inferior entretanto a bossa cervical é menor e os sulcos mais evidente. • Lingual: mais convexa e menor em altura • Diâmetro mesiodistal é tão amplo quanto o da face vestibular • Bossa no terço médio • Quando 2 cúspides estão presentes a face é dividida por um sutil sulco lingual, sendo a cúspide distolingual relativamente menor que a mesiolingual • Proximal: perfil vestibular inclinado para lingual e perfil lingual mais reto • Cristas marginais horizontais e irregulares • Altura da cúspide mesiolingual quase se iguala à altura da cúspide vestibular • Formato quadrangular, porém se o dente for bicuspidado é circular • Geralmente 3 cúspides (V, ML, DL) • É possível visualizar: maior parte da face vestibular, 1/3 da face lingual e parte das proximais • Borda mesial e distal retas e paralelas entre si • Mesa oclusal de formato retangular, possui lobos, sulco principal, ponte de esmalte e duas fossas • Cúspide vestibular é maior com lobo central bem pronunciado • Cúspide mesiolingual: lobo central saliente • Cúspide distolingual: lobos discretos • Ponte de esmalte une cúspides vestibular e mesiolingual • Sulco principal deslocado pra lingual • Sulco principal: sulcos mesiodistal, oclusolingual (separa cúspides linguais), oclusodistovestibular, oclusomesiovestibular, oclusomesiolingual, oclusodistal 1 Molar Inferior • Vestibular: forma trapezoidal irregular • Borda mesial o terço cervical é côncavo e terços oclusal e médio são convexos, enquanto borda distal é convexa em todos sentidos • Ambas bordas proximais convergem para cervical • Linha cervical convexa para as raízes • Cúspide mesiovestibular e mediana tem alturas semelhantes, separadas pelo sulco mesiovestibular • Cúspide distal é separada pelo sulco distovestibular que é sutil • Bossa cervical proeminente • Lingual: forma de um trapézio irregular • Possível visualizar 2 cúspides• Mesiolingual é maior em volume do que a distolingual • Face dividida por um sulco lingual • Bossa no terço médio • Proximais: formato trapezoidal • Perfil vestibular apresenta uma acentuada inclinação para lingual • Perfil lingual relativamente plano no terço cervical e convexo até vértice das cúspides • Crista distal é menos que a mesial • Forma pentagonal • Possível visualizar: 5 cúspides, 2/3 da face vestibular, terço oclusal da face lingual e parte das faces proximais • Cúspides: ML>MV>DL>Vmediana>DV • Borda vestibular maior que a lingual • Borda mesial mais ampla que a distal • Mesa oclusal: pentagonal • Sulco principal: mesiodistal, oclusovestibular, oclusodistovestibular, oclusolingual, oclusomesiolingual e oclusodistolingual • 3 fossas: mesial, central e distal 2 Molar Inferior • Vestibular: discretamente maior que a lingual, forma trapezoidal, borda proximais convexas, com distal mais curta e mais evidente • Linha cervical convexa para raíz • 2 cúspides visíveis: mesiovestibular e distovestibular, separadas por um sulco vestibular, deslocado para distal, tornando segmento mesial maior • Lingual: semelhante a vestibular, porém com menores dimensões e maior convexidade • Apresenta 2 cúspides divididas por um sulco lingual menos nítido do que no 1º molar inferior • Cúspide distolingual é bastante convexa • Proximais: semelhantes às do 1 molar inferior, porém, na face mesial, as cúspides mesiovestibulares e mesiolingual apresentam a mesma altura • Formato retangular arredondado sendo possível visualizar 4 cúspides, 2/3 da face vestibular, 1/3 da face lingual, e parte das faces proximais • ML>MV>DV>DL • Mesa oclusal: forma retangular contituída por lobos, sulco principal e 3 fossas • Sulco principal: mesiodistal, oclusovestibular e oclusolingual • 3 fossas: distal, central e mesial restaurações ultraconservadoras em dentes posteriores - Face Oclusal - Face Proximal: Slot Horizontal, Slot Vertical, Túnel SLOT HORIZONTAL INDICAÇÃO • Cárie a 2mm da crista marginal • Acesso por vestibular ou lingual • Geralmente em pré-molares PREPARO • IAD 1011, 1012 e/ou ICR 329 • Tira de Aço + Cunha • Contorno da cárie • Ângulos internos arredondados, regularizar paredes com ICM SLOT VERTICAL INDICAÇÃO • Qualquer dente com crista marginal fragilizada pela cárie. • Faces proximais de molares: pior visão e acesso, menos convexas PREPARO • Acesso por oclusal • IAD 1011, 1012 ou ICR 329 ou 330 – Preparo em gota • Extensão determinada pela cárie • Ângulos internos arredondados • Regularizar paredes com ICM PREPARO EM TÚNEL INDICAÇÕES • Cárie abaixo do contato • Crista marginal robusta • Quando não há acesso por vestibular ou lingual • Quando há caixa oclusal VANTAGENS • Ultraconservadora • Manter a crista para não < resistência do dente • Menor possibilidade de dano ao dente vizinho • Tira de aço + Cunha • IAD 1011, 1012 ou ICR 329, 330 • Aplicar instrumento a 45º na fóssula ou na parede pulpar correspondente • Remoção de cárie com ICR 1, 2 ou 3. resina composta classe i e classe ii - Limpeza da cavidade - Condicionamento com ácido fosfórico a 35% 15s (esmalte) e 10s (dentina) - Evaporar solvente utilizando jatos de ar livre de óleo - Aplicar fraccionando na cavidade e aguardar 20s - Fotoativar o adesivo como minimizar os efeitos adversos causados pela contração de polimerização? - Polimerização visando minimizar o estresse da contração: prolongar a fase pré-gel aliviando estresse induzido pela contração de polimerização Técnicas de fotopolimerização • Convencional: intensidade constante de luz • “Step”: as unidade de FA emitem uma intensidade menor de luz durante algum tempo e em seguida é aumentada • Progressiva ou “Ramp”: emite inicialmente uma intensidade baixa aumentando gradativamente para uma maior • Pulso tardio ou “Pulse Delay”: em curtos intervalos temos uma intensidade menor e outra maior sucessivamente durante um determinado tempo Formação de zona elástica intermediária - Devido a alta quantidade de carga, as resinas compostas se tornam materiais muito rígidos após sua polimerização - Maior flexibilidade provoca um relaxamento na interface (contração de polimerização, expansão, contração térmica, forças oclusais) Técnica de inserção incremental •Reduz o estresse nas paredes da cavidade •Menor infiltração e menor formação de fendas •Inserir incrementos de até 2mm - Incrementos dispostos obliquamente apresentam a diminuição do fator C dado pela quantidade de superfície livre que permite o escoamento da resina durante sua polimerização Yoshikawa et al. 1999 - Fator C= superfície unida/superfície livre - Inserção em 1 único incremento é difícil e resulta em bolhas - Aplicação de corante marrom claro ou ocre - Corante aplicado na região de sulcos - Camada fina de resina Prorrogação para o Polimento • Acabamento imediato pode gerar um aquecimento, potencializando o estresse de contração gerando forças que ultrapassam a resistência de união adesiva (Price e Hall 1999) • Abundante refrigeração - Ajuste Oclusal com IAD da série F e FF - Polimento com Pontas de Silicone Impregnadas resina composta operatória - Materiais restauradores estéticos diretos Cimento de silicato • Primeiro material restaurador translúcido • Introduzido em 1878 por Fletcher na Inglaterra • Pó: vidros ácido-solúveis / Líquido: Ácido fosfórico e agentes tamponentes • Deu origem aos cimentos de Ionômero de Vidro (diferença: ácido poliacrílico e ácido fosfórico, sendo o cimento de silicato mais solúvel) • Foi indicado para dentes anteriores e pacientes com alto índice de cárie (libera flúor e alta solubilidade) • Perdia o contorno e sofria muita pigmentação Resina Acrílica • Desenvolvida na Alemanha década de 30 • Alta contração de polimerização • Alto CETL • Baixa resistência ao desgaste, pouca estabilidade de cor • Atualmente utilizado para restaurações provisórias de trabalhos indiretos Ionômero de Vidro • Desenvolvido por Wilson e Kent 1972 • Características similares ao cimento de silicato (liberação de flúor e adesividade) • CETL muito similar a estrutura dental • Atualmente indicado para pacientes com lesões de cárie em raíz • Baixa resistência mecânica e ao desgaste, assim não recomendado para áreas de esforços mastigatórios • Opacos não atingindo estética satisfatória Composição das Resinas Compostas • Foram desenvolvidas e patenteadas por Bowen 1962 • Década de 60: fase orgânica (BIS-GMA e UDMA unida através de silano às partículas inorgânicas de quartzo) • Fase orgânica é responsável pelas propriedades negativas (contração, sorção de água, alto coeficiente de expansão térmico linear e desgaste) • Compósito é definido como a mistura de 2 ou mais componentes quimicamente diferentes • Matriz Orgânica (monômeros, iniciadores, modificadores de cor...) • Matriz Inorgânica: carga • Agente de união Fase orgânica (BIS-GMA) • Molécula apresenta um centro rígido devido 2 anéis benzênicos ou aromáticos • Impedem o movimento dos grupos acrílicos nas extremidades da cadeia • Muito viscosa (TEG DMA ajusta a viscosidade) • Para ajustar a viscosidade a molécula impede sua rotação, impedindo de participar efetivamente durante polimerização • Apenas um grupo metacrilato é reativo • Baixo grau de conversão (monômeros sem reação) Partículas inorgânicas • Sílica pirolítica • Vidro de Bário • Zircônia • Fluoreto de Estrôncio • Bário, Boro, Al Si • Fluoro Si Ba/Al Resinas compostas • Materiais compostos por partículas de vidro e sílica unidos por uma matriz de polímeros • Indicado para todos os tipos de restaurações : Classe I, II, III, IV, V Classificação pelo tamanho das partículas inorgânicas • Macroparticuladas 8 a 50 μm • Micropartículas 0,02 a 0,07μm • Ultrafinas 1 a 5 μm • Híbridas 0,04 + 5 a 14μm • Micro-híbridas 0,04 + 1 a 5 μm • Nanoparticuladas menor que 0,01μm • Nanohíbridas microhíbridas com nanoparticuladas • Quanto maior a quantidade de carga inorgânica, maior a resistência, maior o módulo de elasticidade e menor a contração de polimerização Viscosidade das Resinas Compostas • Inicialmente foram desenvolvidas para dentes anteriores• Uso inadequado permitiu desenvolvimento de melhores produtos • Variação da viscosidade ampliou sua utilização • Baixa, média e alta viscosidade • Baixa viscosidade: resinas compostas do tipo “Flow” • Média viscosidade: anterior e posterior (micro-híbridas e micro part) • Alta viscosidade: posteriores (“condensáveis”) Resinas Compostas “Flow” (baixa viscosidade) • São micro-híbridas com 37 a 60% em volume de partículas • Radiopacas • Seringas com agulhas para facilitar sua aplicação • Menor resistência a abrasão • Maior contração de polimerização • Pegajosas • Indicações: Classe V pequenas, Classe I ultra conservadoras, pequenas hipoplasias de esmalte, primeira camada para regularização de paredes esplintagem de dentes anteriores, selamento de sulcos, colagem de fragmentos, cimentação de facetas, reparos em resina composta, reparos em falhas marginais Resinas Compostas Condensáveis ( alta viscosidade) • Surgiu em 1997 • Resinas compactáveis, acomodáveis, ou condensáveis • Foram criadas para facilitar a realização do ponto de contato (Classe II) • Apresentam mais de 80% de partículas inorgânicas em volume alterando viscosidade • 4 a 5 mm de profundidade de polimerização • Radiopacas, alta resistência `a abrasão e maior resistência ao desgaste, baixa contração de polimerização (2,3%) • Maior dificuldade de polimento, poucas cores, opacas • Indicação: Classe I e Classe II Contração de polimerização das Resinas Compostas • Quanto maior a intensidade de fotoativação, maior o grau de polimerização e maior contração • Caso não exista uma boa adesão as paredes da cavidade poderemos ter um “gap” (sensibilidade pós-operatória, manchamento e recidiva) • Boa adesão (tensões internas gerando estresse, microrrachaduras) • A contração de polimerização ocorre em fases que determinam a intensidade do estresse gerado (interface rest/dente) • Fase pré-gel: fase visco elástica, portanto nesta etapa o material é capaz de escoar • Ponto gel: é o ponto em que o grau de conversão já não permite que o material possa escoar • Fase pós gel: fase rígido-elástica e a contração que ocorre nesta etapa provoca estresse Como minimizar os efeitos adversos causados pela contração de polimerização? - Polimerização visando minimizar o estresse da contração de polimerização • Prolongar a fase pré-gel aliviando estresse induzido pela contração de polimerização Técnicas de fotopolimerização • Convencional: intensidade constante de luz • “Step”: as unidade de FA emitem uma intensidade menor de luz durante algum tempo e em seguida é aumentada • Progressiva ou “Ramp”: emite inicialmente uma intensidade baixa aumentando gradativamente para uma maior • Pulso tardio ou “Pulse Delay”: em curtos intervalos temos uma intensidade menor e outra maior sucessivamente durante um determinado tempo para onde contraem as resinas compostas? • Feilzer et al. (1987): Resina não aderida apresenta contração isotrópica (centro) • Década de 80: acreditava-se que as resinas quimicamente ativadas apresentavam essa propriedade • Entretanto as foto acreditava-se que se contraia em direção a luz • Lutz et al. (1986): cunhas e matrizes transparentes (Loeche 1999) • Verluis et al. (1998) : utilizando elemento finito demonstraram que não contraem em direção a luz , mas sim em direção as paredes aderidas, sendo que os vetores são determinados pela configuração da cavidade Formação de zona elástica intermediária - Devido a alta quantidade de carga, as resinas compostas se tornam materiais muito rígidos após sua polimerização - Maior flexibilidade provoca um relaxamento na interface (contração de polimerização, expansão, contração térmica, forças oclusais) Técnica de inserção incremental • Reduz o estresse nas paredes da cavidade • Menor infiltração e menor formação de fendas • Inserir incrementos de até 2mm Fator C • Fator C= Superfície aderida/Superfície livre • Classe I: 5 aderidas e 1 livre (Fator C= 5) • Inserir em pequenos incrementos tocando 1 ou 2 paredes • Ideal: Fator C=1 Limitações das Resinas Compostas • Coeficiente de expansão entre estrutura dental e resina composta (microinfiltração) • Contração de polimerização (2,6 a 7,1%) levando a sensibilidade pós operatória, infiltração marginal, trincas na estrutura remanescente Prorrogação para o Polimento • Acabamento imediato pode gerar um aquecimento, potencializando o estresse de contração gerando forças que ultrapassam a resistência de união adesiva (Price e Hall 1999) • Abundante refrigeração Resinas Compostas : Bulk Fill • São RC para serem inseridas de uma só vez ao dente, permitindo uma profundidade de polimerização de 4mm ou mais • Possuem uma formulação química diferente • Menor tensão de contração de polimerização permitindo incrementos de até 4mm •Técnica mais simples e rápida Vantagens • Poucas bolhas, material inserido em um só incremento sendo mais rápida a técnica convencional • Técnica mais fácil quando comparada a incremental • Melhor adaptação do material no fundo da cavidade adesivos dentários - Histórico • Hagger 1951- ácido glicerofosfórico dimetarilato (Cavity Seal) • Buonocore 1955- condicionamento ácido esmalte • 1965-CA+resina fluida (selante) •Década 70- smear layer união fraca dos adesivos • Nessa época não era recomendado o condicionamento ácido da dentina com medo de injúria pulpar • 1977 Fusayama- ácidHo ifsotsófórriiccoo 40% dentina (Clearfil Bond • 1987- Scotch-bond2- Primer(ácido maleico 2,5% e Hema) e um Adesivo (Bis-GMA+Hema) • 1990- Condicionamento ácido total Adesão a dentina • A instrumentação da dentina forma o “smear layer”, o qual leva a uma diminuição da energia superficial da estrutura dental, dificultando na adesão Indicações - Restaurações estéticas diretas - Restaurações de amálgama adesivo - Cimentação adesiva - Selantes - Ortodontia - Ferulização / Contenção - Reparos - Dessensibilização - Colagem de fragmentos em dentes anteriores - Cimentação de pinos intra radiculares ADESÃO - A adesão as estruturas dentais consiste em 3 etapas: • Preparo da superfície para receber o adesivo, que consiste basicamente na remoção seletiva de hidroxiapatita. • Aplicação de monômeros que se infiltram nos espaços deixados pela remoção da hidroxiapatita. • Transformação dos monômeros líquidos em polímeros sólidos por reação química ativada por um processo físico e/ou químico Função dos sistemas adesivos • União a estrutura dentária • Retenção e vedamento das restaurações • Vedamento dos túbulos • Proteção do tecido pulpar • Dessensibilizantes dentinários • Impedem ação solubilizadora dos Ácidos ADESIVOS DENTÁRIOS • São combinações de monômeros resinosos diluídos em solventes orgânicos como, por exemplo, acetona, etanol, água para atingirem fluidez adequada para aplicação clínica • Monômeros hidrofilos: adesão ao substrato úmido • Monômeros hidrofobos: maior resistência mecânica e estabilidade Componentes de um adesivo • Solvente • Monômeros • Promotores de adesão • Carga • Outros (estabilizadores, catalizadores..) • Monômeros Hidrofílicos: Hema (Boa infiltração, não polimeriza bem) • Monômeros Hidrófobos: Dimetacrilatos (TEGMA, Bis-GMA: polimeriza bem, não infiltra bem) • Solventes: álcool, acetona, água Classificação dos sistemas adesivos • Utilização do ácido fosfórico • Presença de flúor • Sistema de ativação • Tipo do solvente • Presença de carga • Por gerações Adesivos Dentários SOLVENTE Água (Dentina seca ou úmida) Etanol (Dentina úmida) Acetona (Dentina “molhada) CARGA • Proporciona uma camada mais flexível • Reduz o stress na interface adesiva • As partículas reforçam e aumentam a resistência da camada híbrida • Normalmente uma camada aplicada é suficiente • Micro e Nano carga • Diminui contração de polimerização • Mais viscosos Classificação quanto ao tratamento do “smear layer” (Gerações) • 1ª e 2ª Gerações: preservação e/ou modificação da “smear layer” (não existe mais no mercado) - 3ª ácido maleico 4ª e 5ª: remoção da “smear layer” com ácido fosfórico - 6ª e 7ª Geração: modificação da “smear layer” Adesão em Esmalte • Maior parte de sua espessura constituída porunidades em forma de barra denominada prismas • Tanto prismas como região aprismática são constituídos por cristais de hidroxiapatita • O condicionamento com ácido fosfórico aumenta energia de superfície e aumenta área da superfície Adesão em Dentina • É muito mais complexa que no esmalte devido a diferença na composição e estrutura • Apresente muito mais substâncias orgânicas e água que no esmalte • Devido a presença de água na dentina é necessário o uso de monômeros hidrofílicos nos adesivos dentários • Constituída por túbulos, canalículos, dentina intertubular e dentina peritubular • A dentina peritubular é mais mineralizada e possui poucas fibras colágenas • A dentina intertubular é composta por rede de colágeno envolvida por cristais de hidroxiapatita “A SMEAR LAYER” “é uma camada que varia de 1 a 5 μm, composta por restos de sangue, bactérias, saliva e fragmentos de esmalte e dentina , comumente produzida durante o preparo do dente”. • A adesão tanto em esmalte como em dentina é essencialmente micromecânica Adesivos autocondicionantes • Possuem ácidos orgânicos e ou monômeros ácidos que após a dissolução do esfregaço desmineralizam dentina intertubular penetrando na rede de colágeno e nos túbulos Adesivos “self etch” frasco único • Não possuem os mesmos resultados de os autocondicionantes com 2 passos in vitro e clinicamente • Valores de adesão baixos, são incompatíveis com compósitos ativado quimicamente • Margens manchadas precocemente Adesivos Universais • Pode ser usado com condicionamento, sem condicionamento ou com condicionamento seletivo de esmalte • Para diretas e indiretas • A dentina pode estar mais seca, mas úmida ou molhada que irá funcionar Esmalte - COMPOSIÇÃO INORGÂNICA: 97%; - COMPOSIÇÃO ORGÂNICA E ÁGUA: 3% Adesão ao esmalte adesivos autocondicionantes • O primer destes adesivos contém ácidos orgânicos e/ou monômeros ácidos para ação desmineralizadora - Os adesivos autocondicionantes possuem bons valores de adesão em dentina, mas esses materiais ainda não possuem boa adesão a esmalte intacto Dentina - COMPOSIÇÃO INORGÂNICA: 70%; - COMPOSIÇÃO ORGÂNICA: 18%; ÁGUA: 12%. Condicionamento ácido da dentina - Ácido Fosfórico 32-37%; - Remoção do Smear Layer e Smear Plug; - Desmineralização Superfícial; - Exposição de Fibras Colágenas; - Alargamento da entrada dos Túbulos Dentinários camada híbrida “ADESIVOS SÃO UNIDOS À DENTINA POR INFILTRAÇÃO NA PORÇÃO DESMINERALIZADA, NAS FIBRAS COLÁGENAS EXPOSTAS E NA HIDROXIAPATITA. APÓS A POLIMERIZAÇÃO FORMA-SE UMA CAMADA DE DENTINA REFORÇADA POR RESINA.” – Nakabayashi 1982 Como funcionam os autocondicionantes? • Ácidos orgânicos e/ou monômeros ácido que após a dissolução do esfregaço, desmineralizam a dentina intertubular e peritubular penetrando na rede de colágeno e nos túbulos onde permanecem e se polimerizam. A camada híbrida dos autocondicionantes por ser menos espessa é pior? • Camada híbrida apesar de menos profunda é mais uniforme o que não resulta em resistência de união inferior • Dentina parcialmente desmineralizada promovendo a manutenção dos “smearplugs” diminuindo permeabilidade dentinária e sensibilidade Solventes presentes no Primer • ACETONA • ÁGUA • ÁLCOOL E o solvente dos autocondicionantes? - “ A água por facilitar a ionização,melhora a capacidade autocondicionante dos monômeros ácidos” Cuidados relacionados ao uso dos adesivos - Iniciar agitando o frasco, sempre que for um “Primer ou um adesivo de frasco único. Se o “Primer” permanecer por muito tempo no casulo, perderá o solvente por evaporação, principalmente quando este for a acetona. A direita recém colocado e a esquerda após 3 minutos - Esperar 20 segundos para a penetração do Primer na dentina. - Eliminação incompleta do solvente, cuidado quando o solvente é a água. - Um jato de ar forte e muito próximo do dente pode provocar a remoção total do adesivo em uma determinada região, e o acúmulo em glóbulos, muitas vezes nas margens da cavidade diagnóstico das alterações pulpares • Os tratamentos restauradores exigem o conhecimento das estruturas dentais • Capacidade reparativa da dentina e polpa • Na presença de agentes agressores, as estruturas dentinárias e pulpares respondem por meio de células especializadas denominadas odontoblastos (situadas na região periférica do órgão pulpar) • A dentina depositada até o momento da erupção é considerada dentina primária • Após a erupção e diante dos estímulos na cavidade bucal a dentina que continua a ser depositada é a dentina secundária • Esse tecido por abrigar os prolongamentos odontoblásticos forma o complexo dentino-pulpar • A dentina serve como uma barreira mecânica de proteção do órgão pulpar • Essa proteção ocorre sob a regência dos odontoblastos • Porém por sua estrutura tubular pode facilitar a difusão de íons e produtos tóxicos • Diante de estímulos que ainda podem ser contidos, a dentina peritubular hipermineralizada (circunda o túbulo) intensifica a deposição mineral obstruindo os túbulos. • Essa dentina é vítrea e translúcida, variando do amarelo ao marrom e denominada dentina esclerosada (pode ocorrer abaixo de restaurações, lesões de cárie ou lesões cervicais não cariosas) • Paralelamente temos a deposição de dentina terciária (reacional ou reparadora) • Reacional pode ser concomitante ao processo de esclerose, ela é formada pelos odontoblastos primários, que resistiram e reagiram ao estímulo depositando nova dentina • Reparadora é formada por odontoblastos recém diferenciados, deslocados para a periferia da polpa em substituição àqueles que não resistiram a agressão • Essa reação (terciária) reflete na redução do volume pulpar uma vez que a dentina formada passa a ocupar espaço na cavidade pulpar • A dentina terciária é uma nova dentina, a esclerosada é uma dentina secundária mais mineralizada Localização da dor • Andrés Vesalius (1514) estudou a anatomia e histologia dental, sendo o 1º anatomista a descrever a câmara pulpar e sustentou que esta facilitava a nutrição dos dentes e era responsável por sua sensibilidade • Polpa incrustada dentro de paredes rígidas de dentina • Inflamação é uma resposta de proteção frente a uma injúria • A sensibilidade dolorosa é resposta diante uma inflamação pulpar • As paredes dentinárias dificultam o inchaço da polpa • A entrada e especialmente a saída do sangue fica dificultada, levando ao aumento da intensidade de inflamação Etiologia da Inflamação Pulpar • Reações inflamatórias: cárie dental, procedimentos ligados a sua terapia, traumas e produtos bacterianos • Sempre que necessário realizar o diagnóstico pulpar antes de um procedimento restaurador • Biologicamente a dentina e a polpa constituem um único tecido e respondem a estímulos de maneira conjunta • A dentina age como uma barreira de proteção • A qualidade e a quantidade de dentina são decisivos para estabelecer a ação do agente agressor • As alterações térmicas são detectadas pela polpa e podem servir como mecanismo de defesa, orientando no diagnóstico • Tratamentos conservadores, opção de uma técnica de proteção do complexo dentino-polpa e na escolha do tratamento restaurador. Diagnóstico clínico da condição pulpar Anamnese e Exame clínico - Anamnese e exame clínico - Registro dos sinais e sintomas - Resposta dos pacientes frente perguntas específica - Como é a dor? provocada? espontânea? contínua? intermitente? - Seu início, duração, períodos de acalmia, se melhora com analgésicos - Dor sendo espontânea: estado patológico da polpa mais avançado • Anamnese é subjetiva gerando possíveis falhas de interpretação Exame Radiográfico • Indispensável tanto no diagnóstico do estado pulpar quanto na situação periodontal • Devemos analisar volume pulpar, presença de lâmina dura com continuidade uniforme e integridade do espaço do ligamento (0,11mm) esse podendo ser mais espesso nas zonas cervicais e periapicais • O exame radiográfico poderá mostrar a profundidade e extensão do processo de cárie permitindo a escolha do melhor tratamento • Proximidade da lesão com os cornos pulpares • Detectar processos iniciais nãovisualizadas clinicamente permitindo assim técnicas conservadoras • Embora o exame radiográfico seja um excelente método de diagnóstico a interpretação radiográfica deve ser sempre cautelosa pois não temos uma imagem tridimensional Testes e exames clínicos de rotina - Devem ser realizados sempre, independente da presença ou não de sintomatologia dolorosa Inspeção clínica - Inspeção criteriosa na região onde paciente acusa dor, observando presença de lesões cariosas - Avaliar alteração de cor do dente e mucosa, fraturas, presença de fístulas, presença de atrição, abfração, erosão, abrasão ou retração gengival Percussão horizontal • Cabo do espelho, bate-se no terço médio da face vestibular (vizinhos também) • A presença de sensibilidade pode sugerir alterações no periodonto Percussão vertical • Cabo do espelho bates na face oclusal do dente suspeito e dentes contíguos • Sintomatologia pode sugerir alterações periapicais não podendo descartar necrose pulpar com reflexo periapical Palpação bidigital • Indicador e polegar nas faces V e L aplica-se força no sentido V-L • Mobilidade: sistema de sustentação, pulpite ou necrose • Palpação dos tecidos moles pode constatar a presença de edema (inflamação radicular ou periapical) Teste térmico com frio • Após afastar os tecidos, deve-se realizar um isolamento relativo. Bolinha de algodão com tetrafluoretano (acurácia de 87%) • A comparação frente a diferentes respostas pulpares poderá ser decisiva • A resposta positiva caracteriza existência de vitalidade, sendo assim avaliar a intensidade e duração • Sem resposta: comparar com os vizinhos, avaliar exame radiográfico, comparar com demais testes • A imagem radiográfica de uma polpa atresiada e o limiar de sensibilidade poderão ser as causas de ausência de resposta teste com calor • Afastar os tecidos e Teste com calor com os dentes sob isolamento relativo aplicar o bastão de guta-percha no terço médio da face vestibular umedecida com saliva, primeiramente nos vizinhos Acurácia de 71%) • A dor provocada ou exacerbada pelo calor indica envolvimento pulpar grave, sugerindo situações de polpa em estado de transição provavelmente irreversível Teste anestésico • Útil quando a dor é difusa ou reflexa Classificação das alterações pulpares • Facilitar o quadro inflamatório e indicar tratamento adequado • Dessa forma classificamos as alterações pulpares: hiperemia, fase de transição, pulpite e necrose Hiperemia • Inflamação reversível podendo ter várias intensidades • Dor presente frente a algum estímulo (frio, alimentos açucarados ou cítricos) • Curta duração e desaparece quando o estímulo é removido • Não apresenta sintomatologia ao calor, à percussão horizontal e/ou vertical Fase de transição • Hiperemia com possibilidade de passar à pulpite • Além da dor provocada eventualmente pode ocorrer dor espontânea bem combatida por analgésicos • Podemos ter surtos dolorosos desencadeados por estímulos pequenos • Diante desse quadro optamos por um tratamento restaurador ou anódino • A persistência de sinais por até 30 dias caracteriza lesões definitivas na polpa Necrose • Caso as reações inflamatórias da polpa não forem devidamente tratadas podemos evoluir para uma mortificação pulpar • Essa de forma asséptica (necrose) ou associada a infecção (gangrena) • Testes térmicos: sem resposta Cuidados durante o preparo cavitário • A cárie algumas vezes é menos lesiva que os procedimentos utilizados para sua remoção Profundidade do preparo • Manter a maior quantidade de dentina • Aumento do nº e diâmetro dos túbulos • Aumento da permeabilidade poderá diminuir a adesão Extensão do preparo • Evitar a remoção de tecido sadio • Menor extensão possível expondo menos túbulos • Próximo a polpa: 50.000 por mm2 • Média: 30.000 por mm2 • Limite amelo-dentinário: 10.000 por mm2 Calor gerado durante o preparo • Instrumentos rotatórios sem refrigeração provocam calor capaz de levar a danos pulpares. • Refrigeração deve ser contínua com spray ar/água (3 pontos de difusão voltados para a parte ativa) • Durante preparo devemos realizar movimentos pendulares para evitar atrito prolongado • Movimentos com toques intermitentes Instrumentos afiados e em boas condições • ICR afiados e IAD capacidade adequada de desgaste • Instrumentos sem corte necessitamos de aumento de pressão para serem eficientes • O aquecimento pode ser provocado pela vibração de instrumentos excêntricos Desidratação • Preparo, Secagem com jatos de ar, Sucção decorrente de bombas a vácuo • O pequeno calibre dos túbulos resulta em forças capilares muito fortes, estas provocam rápida saída de fluídos dos túbulos em direção a superfície externa • A desidratação deve ser evitada também durante os procedimentos restauradores adesivos Limpeza da cavidade • Corte do esmalte e dentina produz resíduos que são denominados esfregaço • Remover ou diminuir essa camada para favorecer a adaptação do material Restaurador
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