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AEROSSÓIS AEROSSÓIS • Os aerossóis são formas farmacêuticas pressurizadas que, quando acionadas, emitem uma fina dispersão de materiais líquidos e/ou sólidos contendo uma ou mais substâncias ativas em forma gasosa. • Sprays de superfície ou de revestimento: aerossóis destinados a transportar a substância ativa a uma superfície. AEROSSÓIS AEROSSÓIS • Características especiais são necessárias para que ocorra a liberação física do medicamento na forma apropriada: Embalagem Válvula Adjuvante: propelente AEROSSÓIS • Atuador • Válvula (doseadora ou não) • Tubo mergulhador ou sonda • Gás Propelente • Concentrado do produto (substância ativa + adjuvantes) • Recipiente O gás propelente exerce pressão sobre a superfície do produto. Quando o atuador é pressionado a válvula se abre e a pressão exercida pelo propelente empurra o líquido para que suba pelo tubo. AEROSSÓIS Forma física dos aerossóis: • Neblina (vias aéreas inferiores) • Dispersão fina ou grosseira (úmida ou seca) • Jato • Espuma A forma escolhida se baseia no uso a que se destina e vai depender da formulação e do tipo de válvula. A eficácia da liberação do medicamento em regiões profundas do pulmão depende do tamanho de partícula VANTAGENS DO AEROSOL • O medicamento pode ser aplicado sem contaminação ou exposição do material remanescente. • Protege as substâncias ativas instáveis frente ao oxigênio atmosférico, umidade e contra a ação da luz. • Se for embalado sob condições assépticas, a esterilidade é mantida durante sua vida de prateleira. • Aplicação sobre a pele sem que a área afetada seja tocada. • Válvulas dosificadoras permitem controlar a dose do medicamento. FORMULAÇÃO DO AEROSSOL Concentrado do produto: • Substância ativa + adjuvantes (antioxidantes, tensoativos, lubrificantes e solventes). Propelente (aerossóis de superfície contêm 30 a 70%): • Gás liquefeito (propelente e solvente) • Gás comprimido A pressão num sistema aerossol é controlado pela quantidade e tipo de propelente e pela natureza e quantidade do concentrado do produto. PROPELENTES Não podem reagir com componentes da formulação ou da embalagem. Devem ser atóxicos. A toxicidade de misturas deve ser avaliada. PROPELENTES Gás liquefeito: Quando o gás é colocado na embalagem parte permanece liquefeito e a outra vaporiza. • A pressão é mantida constante enquanto houver gás liquefeito, sendo o produto liberado com a mesma velocidade e propulsão. • Exemplos: CFC, butano, propano, dimetiléter, etilmetiléter. PROPELENTES Gás liquefeito: são liquefeitos por resfriamento abaixo do ponto de ebulição ou por compressão à temperatura ambiente. • Clorofuorcarbonos (CFC): uso restrito devido a destruição da camada de ozônio, utilizados quando: 1. Não existem alternativas técnicas viáveis. 2. O produto oferece um benefício a saúde que não é obtido sem o CFC. 3. Não libera quantidade significativa de CFC na atmosfera. PROPELENTES Gás liquefeito: Podem formar sistemas bifásicos ou trifásicos de acordo com a solubilidade ou não do propelente com o concentrado do produto. Fase líquida: propelente + concentrado do produto Fase vapor: propelente Fase líquida: propelente imiscível em água Fase vapor: propelente Fase líquida: concentrado do produto Obs: Para evitar a expulsão do propelente liquefeito o tubo deve estender-se apenas até o interior do concentrado do produto. PROPELENTES Gás comprimidos: a pressão do gás força a saída do produto. • Nitrogênio: gás insolúvel e inerte. • Dióxido de carbono e óxido nítrico: levemente solúveis na fase aquosa. • A pressão diminui a medida que o produto é usado. • Uma pressão maior é necessária uma vez que não há reservatório de propelente. EMBALAGEM O recipiente ideal: • Ser adequado aos métodos de produção; • Compatível com os componentes da formulação; • Sustentar a pressão exigida pelo produto; • Custo. Materiais: 1. Vidro, revestidos com plásticos ou não; 2. Metal (latão laminado com aço, alumínio e aço inoxidável; 3. Plásticos (permeáveis ao vapor) VÁLVULAS • A função da válvula é permitir a expulsão do conteúdo na velocidade adequada. • Os materiais utilizados na produção de válvulas devem ser inertes às formulações. Plástico Borracha Alumínio Aço inoxidável VÁLVULAS • Atuador: o botão que o usuário pressiona para ativar a válvula, para emissão do produto. • É pelo orifício no atuador que o produto é descarregado. • O tipo e a quantidade de propelente usados e o desenho e as dimensões do atuador controlam o tamanho de partícula do produto emitido. VÁLVULAS • Orifícios maiores (e menos propelentes): produtos que devem ser emitidos como espumas e partículas sólidas . • Orifícios menores (e mais propelentes): produtos que devem ser emitidos na forma de sprays ou dispersões finas. VÁLVULAS DOSIFICADORAS • Existe uma câmara auxiliar da válvula que se fecha para o interior do recipiente quando o atuador é acionado, liberando o conteúdo dosificado. • A câmara volta a se abrir para o interior quando o atuador é liberado, sendo preenchida. ENVASAMENTO O acondicionamento é parte do processo de produção: • Envasamento a frio • Enchimento com pressão Após o envase o recipiente é avaliado quanto ao vazamento, durabilidade, correta função da válvula, velocidade de descarga da válvula. Para válvulas dosificadoras também é avaliada a exatidão e reprodutibilidade de dose. ENVASAMENTO A FRIO Preparo do concentrado do produto Concentrado + Propelente resfriados a -34,5 a -40°C separados Adição do concentrado congelado ao recipiente também resfriado Adição do gás liquefeito Encaixe do sistema de válvula Sistema de resfriamento: mistura de gelo seco e acetona ou outro. Não serve para sistemas aquosos pois a água se torna gelo. ENCHIMENTO COM PRESSÃO Preparo do concentrado do produto Adição do concentrado ao recipiente Encaixe do sistema de válvula Adição do gás liquefeito ou comprimido sob pressão Menos risco de contaminação por umidade. Menos propelente perdido. https://www.youtube.com/watch?v=c tMkHyMvrcI ROTULAGEM E ARMAZENAMENTO • Os rótulos devem advertir os usuários a não perfurar as embalagens. • Não usá-las ou estocá-las próximas a calor ou chama e não incinerá-las. • A maioria dos medicamentos das embalagens de aerossóis é destinada ao uso na temperatura ambiente, no frio pode ocorrer uma aspersão menor do que a usual. • Armazenamento entre 15 e 30 °C. • Devem ser mantidos com a tampa protetora para evitar a ativação acidental da válvula ou contaminação por poeira e outros materiais estranhos; • Deve apresentar no rótulo a orientação referente ao uso correto. https://www.youtube.com/watch?v=EUDXvmYBq70 ESPAÇODORES • Desenvolvidos para pacientes que não conseguiam coordenar a liberação do medicamento com a inalação. • O paciente pode efetuar a inalação do aerossol separadamente, em até 3 a 5 segundos após acionar o atuador. • A velocidade do aerossol é reduzida e o tamanho da gota é diminuído, pois há tempo para que ocorra a evaporação do propelente. • Também causa menos deposição do medicamento na orofaringe. AEROSSÓIS TÓPICOS Vantagens: • Maneira conveniente de aplicar o medicamento. • A preparação pode ser aplicada, sem o uso das pontas dos dedos, tornando o processo mais asséptico. Desvantagens: • Dificuldade em aplicar o medicamento em uma área pequena. • Maior custo associado com a embalagem. AEROSSÓIS TÓPICOS • Limpar e secar suavemente a área afetada. • Apontar o atomizador em direção à área afetada, em uma distância de cerca de 15 a 20 cm. • Liberar o medicamento em quantidade suficiente para cobrir a área. Obrigado!!
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