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REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Autoras: Lucimar Borges[footnoteRef:1] [1: Acadêmica do Curso de Licenciatura em Ciências biológicas. E-mail: lugorges36@hotmail.com] 
Tutor externo: Rangel Goulart Cardoso[footnoteRef:2] [2: Tutor Externo – Polo Criciúma. ] 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Ciências Biológicas Turma Flex (FLX-0768) – Estágio I 
05/10/2020
RESUMO 
O presente paper tem por objetivo mostrar o que os documentos norteadores da educação trazem sobre como deve ser o ensino das Ciências da Natureza, como também apresentar vivências e observação virtual realizadas no estágio. Frente a este contexto, a pergunta de pesquisa que norteia este trabalho se encontra no seguinte questionamento: Como deve ser a metodologia de ensino aplicada as ciências da natureza? O trabalho está alicerçado na área de concentração metodologias de ensino. Os objetivos específicos são: pesquisar sobre como deve ser o ensino das ciências da natureza; apontar o papel do educador no processo de ensino e aprendizagem; explicitar o que os documentos norteadores da educação trazem sobre a metodologia de ensino das ciências da natureza. Para alcançar a resposta às seguintes proposições, foi então realizada uma pesquisa bibliográfica no meio eletrônico, utilizando-se de concepções científicas publicadas por diversos autores sobre o tema em questão. 
Palavras-chave: Metodologia de ensino. Ciências da natureza. Estágio.
 1 INTRODUÇÃO 
A área de concentração elegida é Metodologias de ensino e aprendizagem, pois entende-se que as práticas pedagógicas são de extrema importância para o processo de ensino e aprendizagem, e estar munido de muito conhecimento dos métodos é fundamental para os acadêmicos futuros mestres. As práticas pedagógicas devem proporcionar às crianças um espaço de criação, de expressão e de construção do conhecimento através das suas experiências e vivências. 
Refletindo sobre o ponto central da pesquisa, que é o trabalho didático e pedagógico com o aluno, infere-se que as competências didático-pedagógicas devem favorecer o desenvolvimento do aluno quanto à capacidade de resolver problemas no seu dia a dia. Assim, é preciso ter em conta a função social da instituição e as finalidades do ensino no contexto em que ele acontece. O docente, nesse sentido, deve estar preparado para atender a estas necessidades e finalidades educativas e, na sua área de atuação, precisa saber responder aos objetivos da sua função, área ou disciplina em que atua.
Além da competência teórica, técnica e científica, é preciso que o professor possua uma competência didático-pedagógica, que não se resume ao conhecimento e aplicação de um amontoado de métodos, que estão relacionados ao currículo, aos sujeitos e sua cultura, aos valores e representações sociais e aos aspectos de comunicação, informação e socialização dos saberes. O que significa dizer que o professor precisa dominar o conteúdo, da sua finalidade, da aplicabilidade, mas também qual o melhor modo de aluno aprendê-lo. É possível construir uma competência didático-pedagógica crítica e reflexiva e de natureza democrática.
O professor deve assumir uma postura de mediador, ser um agente facilitador e um profissional que desempenha sua função, tendo com base em um planejamento voltado as necessidades de formação e sociais, e saiba o discernimento que os métodos empregados dependem da forma como você conduz a sala de aula. 
O estágio teve por objetivo pesquisar sobre o processo de ensino e aprendizagem e a docência na Educação Básica; apresentar informações acerca da instituição que concedeu o estágio; refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem; entrevistar dois professores da área de ciências da natureza sobre questões relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem. 
O estágio ocorrerá na EEB Melchíades Bonifácio Espindola, localizada na Rua Getúlio Vargas, em Balneário Rincão - Içara – SC.
2 REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
A educação é um fator fundamental na vida do sujeito e ela acontece através da interação com o meio e com seus semelhantes, em contínuo processo de ensino e aprendizagem, que visa o pleno desenvolvimento do ser. O processo ensino-aprendizagem é um processo construído de modo sóciointeracional entre os que juntos aprendem e ensinam a fim de que todos os componentes possam usufruir do processo cognitivo. Desse modo como se dá a relação do professor com os alunos pode “incidir positivamente tanto no aprendizado, e não só das matérias que damos, como em nossa própria satisfação pessoal e profissional, porque nossa relação com os alunos deve ser considerada uma relação profissional” (MORALES, 2000 p.10).
Os vínculos de aprendizagem e as circunstâncias em que acontecem podem ser desconhecidos por quem sofre. É importante considerar que o processo de aprendizagem consiste na produção e estabilização de condutas que ocorrem tanto dentro como fora do contexto escolar. São vínculos que se estabelecem na família, na escola, e consigo mesmo. De acordo com Freire (1996, p. 23) “é a convivência amorosa e na postura curiosa e aberta que assume e, ao mesmo tempo, provoca-os a assumirem enquanto sujeitos sócios-históricos-culturais do ato de conhecer”.
Além disso, é fundamental que o professor tenha uma boa compreensão do processo do desenvolvimento da criança, acerca do que é esperado ou não em sua faixa etária. Características da aprendizagem humana em, como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente, como ela está condicionada, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. 
O processo de aprendizagem envolve a família, a escola, o professor, dentre outros, porque “a aprendizagem como um processo de construção se dá na interação permanente do sujeito como o meio que o cerca. Meio esse expresso inicialmente pela família, depois pelo acréscimo da escola, ambos permeados pela sociedade em que estão” (WEISS, 1992, p. 11).
É necessário discernir os papeis e que o trabalho seja dividido entre a escola, família e sociedade em um contexto mais amplo e justo, corrigindo as falhas desde a origem das causas dos problemas sociais que afetam o sistema educacional na formação dos alunos, muitos alunos trazem problemas familiares gravíssimos afetando sua convivência na escola, tornando o processo de ensino e aprendizagem um problema. Torna-se urgente na atualidade a parceria entre escola, família e sociedade na formação do aluno para que se tenha uma educação de qualidade, haja vista que cada uma dessas instituições tem funções específicas, que contribuem para a formação integral de um indivíduo.
Para Saviani (1980, p. 51) a função das instituições educacionais seria de “ordenar e sistematizar as relações homem-meio para criar as condições ótimas de desenvolvimento das novas gerações [...]. Portanto, o sentido da educação, a sua finalidade, é o próprio homem, quer dizer, a sua promoção”. E promover o homem conforme Saviani (1980, p. 52) é “torná-lo cada vez mais capaz de conhecer os elementos de sua situação a fim de poder intervir nela transformando-a no sentido da ampliação da liberdade, comunicação e colaboração entre os homens”. 
A escola também é o lugar onde as informações transformam-se em conhecimento, segundo Gadotti (2000) na sociedade da informação, a escola deve servir de bússola para navegar no mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade a fim de obter resultados. O objetivo segundo o autor é oferecer uma formação geral na direção de uma educação integral. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer.
O professor deve levar em consideração que sua prática pedagógica em sala de aula tem papel fundamental no desenvolvimento do aluno, podendo ele ser o foco de crescimento ou de introspecção. Sobre este tema Gadotti (2000, p. 9) em seu livroPerspectivas atuais da educação, afirma que “nesse contexto, o educador é um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação. Ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e, para isso, também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o que fazer dos seus alunos”. 
Para Silva (2003, p. 56):
O professor para além do apresentador de conhecimentos pode tornar-se o provocador do conhecimento [...] formulador de problemas, proponente de situações, arquiteto de percursos, mobilizador de inteligências múltiplas e coletivas na construção de conhecimentos. O aprendiz experimenta a criação do conhecimento quando participa interferindo, agregando e modificando. [...] deixa o lugar de recepção passiva de onde ouve e olha, copia e presta contas para se envolver com a proposição do professor e/ou de outro aprendiz.
O saber é construído através de uma constante superação, por isso o professor não pode se colocar na posição do ser superior que ensina indivíduos ignorantes, mas sim na posição daquele que está ali para comunicar um saber, trocar experiências, crescer juntos. O professor deve despertar o interesse do aluno e considerar os aspectos psicológicos envolvidos no processo de aprendizagem, sendo assim, aprender deve ser entendido como compreensão de significados relacionados às experiências anteriores e às vivencias pessoais dos alunos, desencadeando modificações e contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações. O professor tem esta capacidade de encontrar estes caminhos de aprender, ensinar e construir. 
Brand (2001, p. 59) afirma que:
[...] a escola precisa organizar-se em torno de poucos, mas significativos eixos temáticos, em torno dos quais giram as atenções na busca de conteúdos necessários. Eixos que não podem estar alheios num projeto político pedagógico da escola hoje: o cotidiano, educação para uma cidadania efetiva, a construção de uma prática dialógica e a afirmação incondicional da dignidade humana. [...] A escola necessária é a escola da e para a vida.
A escola é um local que deve comprometer-se a orientar o educando a descobrir-se e a ter real acesso ao saber, criando condições para o aluno desenvolver os processos de apropriação do conhecimento possibilitando-o elaborar estruturas de pensamentos próprios, ao mesmo tempo em que organiza o seu mundo, a partir das interações sociais. Dotar o educando dos instrumentos que lhe permitam a continuidade dos estudos e a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos do processo de produção. As aprendizagens que os alunos realizam na escola “serão significativas na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, que atendam às expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno” (BRASIL, 1998, p. 72).
A escola tem como objetivo mais amplo, possibilitar a construção crítica do conhecimento, possibilitando momentos de reflexão da realidade vivida. A garantia desses conhecimentos torna a escola democrática, proporcionando a transformação pessoal e social do educando e assegurando-lhe a frequência e permanência na escola e, assim proporcionando melhor qualidade de vida.
Precisa ainda buscar o desenvolvimento integral do educando, seu preparo para o exercício da cidadania, a convivência social, seu engajamento nos movimentos da sociedade respeitando os princípios éticos, morais e democráticos. Proporcionar ao educando condições adequadas à aprendizagem de acordo com suas funções pedagógicas. Porque para Gadotti (1991, p. 70) a escola atua no âmbito pedagógico, mas também social, sendo assim para ele:
[...] é ato pedagógico desvelar as contradições existentes, evidenciá-las com vistas à sua superação. O educador, nesse sentido, não é o que cria as contradições e os conflitos. Ele apenas os revela, isto é, tira os homens da inconsciência. Educar passa a ser essencialmente conscientizar. Conscientizar sobre o nada? Não. Sobre a realidade social e individual do educando. Formar a consciência crítica de si mesmo e da sociedade.
O processo de aprendizagem tem de ser permanente, é um processo do professor e do aluno, que faz com que a educação não se reduza a meros conteúdos decididos por pessoas distanciadas das peculiaridades regionais e culturais, conteúdos incutidos de forma autoritária. O desafio do aprender a aprender é enorme, nesse contexto se insere o desafio de formar seres aptos a se governar, a desenvolver a liderança participativa, a aprender emitir opinião própria, saber dizer sim e a dizer não quando necessário. 
No pensamento de Barbosa:
Transformar a aprendizagem em prazer não significa realizar uma atividade prazerosa, e sim descobrir o prazer no ato de: construir ou de reconstruir o conhecimento; transformar ou ampliar o que se sabe; relacionar conhecimentos entre si e com a vida; ser coautor ou autor do conhecimento; permitir-se experimentar diante de hipóteses; partir de um contexto para a descontextualização e vice-versa; operar sobre o conhecimento já existente; buscar o saber a partir do não saber; compartilhar suas descobertas; integrar ação, emoção e cognição; usar a reflexão sobre o conhecimento e a realidade; conhecer a história para criar novas possibilidades (BARBOSA, 2001, p.127).
Não é a quantidade de conteúdo que determinará a boa educação. O conteúdo se torna importante quando há um sentido em sua relação, quando estabelece nexos com a vida, com a prática da cidadania. 
Admitindo-se a significativa importância de todas essas práticas, pois as quais proporcionam ao professor mudanças quanto ao seu foco de atuação, nesse contexto ele ocupa o papel de inventor, problematizador, mediador e não apenas de mero facilitador do processo de transmissão do conhecimento. Para Alicia Fernández (2009, p. 142) “Ensinar é possibilitar espaços de significação. Promover perguntas e possibilitar identificações, investir o outro do caráter de sujeito pensante.”
A esse propósito, cabe salientar que embora inúmeras investidas tenham sido feitas no sentido de mudanças na educação, muito ainda há que ser feito nesse aspecto, pois são visíveis as controvérsias e a falta de comprometimento por diversos segmentos envolvidos no processo.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
No estágio virtual pesquisou-se sobre a escola EEB Melchíades Bonifácio Espíndola, localizada na Rua Getúlio Vargas, em Balneário Rincão - Içara – SC. CEP: 88820-000. Fone: (048) 3403-1143.
O espaço físico da escola é amplo contém 13 salas de aulas, sala de diretoria, sala de professores, quadra de esportes coberta, quadra de esportes descoberta, cozinha, biblioteca, sala de leitura, banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, sala de secretaria, auditório, pátio coberto, pátio descoberto, área verde.
Como Proposta Pedagógica a escola tem por missão: Oportunizar um ensino que promova a equidade, relacionando o conhecimento teórico prático, desenvolvendo um cidadão reflexivo em relação a sua capacidade de atuar crítica sustentavelmente na sociedade. Sua visão é ser escola de referência no Município de Criciúma, tendo em vista a qualidade do ensino, os valores, princípios morais, culturais visando a formação de um sujeito crítico e atuante perante a sociedade. Seus valores são desenvolver a autonomia cidadã e a ciência do que esta implica; Aprimorar a percepção quanto ao caminho social a seguir aprendizagem; Propagar os princípios da autovalorização dos envolvidos no espaço educacional.
Sua visão da aquisição do conhecimento consta do Projeto Político Pedagógico, e pressupõe a relação sujeito–objeto, o que quer dizer que a compreensão de mundo está vinculada a uma relação de um sujeito que observa a realidade e interage com ela, de forma sistemática. A aquisição do conhecimento não acontece de maneira isolada e individual, mas é fruto das relações humanas que se concretizam num contexto sociocultural, que se modifica no tempo. O ser humano tem a tarefa de apreender e modificaro conhecimento, na interação com seu meio. Assim, o conhecimento é um conceito dinâmico, que reconhece a herança cultural da humanidade, em toda a sua diversidade, acolhe os avanços das diversas ciências e está aberto a toda manifestação que preserva e melhora a vida das pessoas.
Sobre sua concepção de aprendizagem traz que o caráter eminentemente pedagógico da Educação no contexto escolar fundamenta-se numa perspectiva de considerar que a criança está inserida em determinado contexto social e, portanto, deve ser respeitada em sua história de vida, classe social, cultura e etnia. Nesse sentido, a escola é vista como espaço para a construção coletiva de novos conhecimentos sobre o mundo, na qual a sua proposta pedagógica permite a permanente articulação dos conteúdos escolares com as vivências e as indagações da criança e do jovem sobre a realidade em que vivem. O processo de desenvolvimento, na perspectiva histórico-cultural, é compreendido como o processo por meio do qual o sujeito internaliza os modos culturalmente construídos de pensar e agir no mundo. Este processo se dá nas relações com o outro, indo do social para o individual.
No decorrer das entrevistas encontrou-se alguns resultados relevantes, a saber, quando questionada sobre quais as teorias norteiam a prática escolar a professora responde que sua prática fundamenta-se numa perspectiva de considerar que a criança está inserida em determinado contexto social e, portanto, deve ser respeitada em sua história de vida, classe social, cultura e etnia. Nesse sentido, a escola é vista como espaço para a construção coletiva de novos conhecimentos sobre o mundo, na qual a sua proposta pedagógica permite a permanente articulação dos conteúdos escolares com as vivências e as indagações da criança e do jovem sobre a realidade em que vivem. Trabalho com a perspectiva histórico-cultural, que é compreendida como o processo por meio do qual o sujeito internaliza os modos culturalmente construídos de pensar e agir no mundo. Este processo se dá nas relações com o outro, indo do social para o individual.
Sobre o tema quais as maiores dificuldades encontradas frente à educação, a educadora responde que seria a apatia, desinteresse e desânimo por parte de muitos alunos, a falta de respeito entre eles e com o professor, a falta de investimento nos processos educativos e falta de valorização salarial. Ainda acrescenta que considera essencial para um bom desempenho do seu cargo, estar sempre em formação continuada, ser leitor, pesquisar muito.
Coloca que seu o foco principal na função da qual exerce é o sucesso do processo de ensino e aprendizagem, e que para o sucesso do processo o professor precisa ser qualificado para assumir as aulas, ter uma formação inicial, continuar em constante evolução com atualizações de sua prática didática e pedagógica. Ser pesquisador e reflexivo. Ser comprometido e gostar de sua profissão.
A segunda entrevistada discorre que seu trabalho é norteado pela Proposta Curricular de Santa Catarina, pela BNCC, pelos documentos que norteiam a prática pedagógica no estado de Santa Catarina, pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e na Concepção Histórico Cultural, que considera o aluno uma identidade única, dedicando especial atenção à formação de cada um e desenvolvendo suas atividades educativas e pedagógicas em todos os cursos e níveis. 
Quanto às dificuldades do docente frente à educação, destaca a falta da participação ativa dos pais na educação. Investimento na educação por parte dos governantes. Baixos salários. Desprestígio da profissão. Alunos com falta de princípios familiares e desestruturas que afetam a relação professor e aluno.
Para o bom desempenho de seu cargo relata que a responsabilidade do profissional docente é grande, ele trabalha com vidas, com crianças que possuem várias demandas, diversos modos de aprender, precisa estar capacitado para lidar com a heterogeneidade. As mudanças sociais que se sucedem na contemporaneidade necessitam de didáticas e recursos diferenciados exigindo que seja inserido no processo de ensino e aprendizagem um novo contexto, numa nova maneira de se relacionar com a vida, alterando hábitos, modos de ver, ler, ouvir, pensar e sentir, a escola precisa estar inserida nestas novas mudanças, precisa-se também de novas atitudes docentes, é fundamental refletir e analisar a maneira tradicional e arcaica de se produzir conhecimentos.
Para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem, entende que o educador precisa conscientizar-se que com o avanço da humanidade, sua evolução, modos de ver e sentir diferentes, como também o modo de atuar na existência tem mudado, sua prática pedagógica precisa ser adaptada para as mudanças. O processo de ensino e aprendizagem tende a se tornar muito mais proveitoso quando o que predomina entre professores e alunos, dentro do ambiente escolar, é uma relação respeitosa, amigável, afetuosa e repleta de diferentes e diversificadas atividades. Para isso, é preciso repensar as práticas educativas, no sentido de adaptá-las explorando um melhor aproveitamento dos conteúdos dentro da sala de aula. 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
Com a experiência do estágio foi possível concluir que o mesmo oportuniza ao acadêmico, futuro mestre, a praticar e vivenciar as atividades do dia a dia de uma sala de aula, pode-se observar e sentir o que um professor faz em seu ofício, foi extremamente relevante para a formação acadêmica, como também observar a formação intelectual e cultural dos alunos e os métodos de estudo desenvolvidos pelo professor no momento em que coloca em prática o conhecimento adquirido na sua caminhada. Desta forma adquire-se suporte na prática, e também suporte teórico a partir das aulas em sala na universidade, para futuramente desenvolver com segurança o trabalho na educação.
A educação precisa oferecer uma aprendizagem capaz de proporcionar ao educando prazer em estudar, este aluno seria capaz de entender a importância e o valor do conhecimento, para competir e ajudar a melhorar a sociedade excludente e injusta. Os alunos mudaram, a geração é outra, outros gostos, maneiras de ser e educação diferente, os interesses não são mais os mesmos, o professor precisa acompanhar as tecnologias, o pensamento rápido e ativo.
A educação deve oferecer instrumentos e condições que ajudem o aluno a aprender a aprender, a pensar, a conviver e a amar. Uma educação que ajuda a formular hipóteses, construir caminhos, tomar decisões, tanto no plano individual quanto no plano coletivo. Portanto torna-se fundamental a reflexão sobre a prática pedagógica, estas reflexões que conduzem a novas reflexões, clareando as dúvidas e levando à novas compreensões, este é um movimento que não cessa, pois o ser humano está em constante evolução. O professor pode fazer de seu ato pedagógico uma iniciativa para desenvolver o potencial intelectual e emocional do aprendiz, elevar sua condição de humano. 
O saber é construído através de uma constante superação, por isso o professor não pode se colocar na posição do ser superior que ensina indivíduos ignorantes, mas sim na posição daquele que está ali para comunicar um saber, trocar experiências, crescer juntos. O professor deve despertar o interesse do aluno e considerar os aspectos psicológicos envolvidos no processo de aprendizagem, sendo assim, aprender deve ser entendido como compreensão de significados relacionados às experiências anteriores e às vivencias pessoais dos alunos, desencadeando modificações e contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações. O professor tem esta capacidade de encontrar estes caminhos de aprender, ensinar e construir. 
O estágio é uma parte muito importante da graduação em pedagogia, ele permite compreender a melhor forma de trabalhar com os alunos em uma escola. É uma grande oportunidade de aprendizagem da relação entre a prática e a teoria.
O estágio supervisionado é o momento adequado para que o estagiário desenvolva competências transformando o seu estágio em uma atividade reflexiva; visando umaeducação de qualidade; buscando cumprir o seu real papel de professor, o de tornar a escola cidadã, promotora da transformação social. É o momento de começar a refletir sobre sua ação de construção e reconstrução da aprendizagem enquanto aprendiz inserido agora em uma formação continuada, necessária para realimentação do ciclo ação-reflexão-ação.
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, Laura Monte Serrat. A Psicopedagogia no Âmbito da Instituição Escolar. Curitiba: Expoente, 2001.
BRAND, Táurio. Boletim da Associação Católica. Rio Grande do Sul: AECRS, 2001. 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. 
FREIRE, Paulo. Psicopedagogia do oprimido. Rio de janeiro: Editora Paz e Terra, 1996.
FERNÁNDEZ, Alicia. Psicopedagogia em psicodrama: morando no brincar; tradução de Yara Stela Rodrigues Avelar. 6.ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
GADOTTI, Moacir. Educação e poder: introdução à pedagogia do conflito. 10. ed. São Paulo: Cortez, 1991.
MORALES, P. A Relação Professor-Aluno. São Paulo: Loyola, 2000.
SAVIANI, D. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez
Autores Associados, 1980.
SILVA, Marco (Org.). Educação online: teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São Paulo: Loyola, 2003.
WEISS, Maria Lucia Lemme. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica. Artes Médicas: Porto Alegre, 1992.
ANEXO I – PRODUTO VIRTUAL
	ANEXO II
TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE MATERIAL DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO
Eu______________________________________, acadêmico do curso_________________________________, matrícula ________________, CPF ______________, da turma ___________, autorizo a divulgação do produto virtual, realizado para atender o Projeto de Extensão, intitulado de: ________________________________________, de acordo com critérios abaixo relacionados:
1. O produto virtual é de minha autoria, desenvolvido com materiais de diferentes fontes pesquisa (vídeos, imagens, links de textos para pesquisa, links para visitas virtuais, dicas de filmes, livros, etc.) devidamente referenciados, conforme as Regras da ABNT.
1. Tenho ciência de que o material por mim cedido à UNIASSELVI é isento de plágio, seguindo a Legislação brasileira vigente.
1. Estou ciente de que o material ficará disponível para consulta pública à comunidade interna e externa, desde que aprovado pelos coordenadores, professores e tutores da UNIASSELVI.
Número de telefone fixo/celular: ( ) _____-_________/ ( ) ______-_________
Dar o aceite _____________________________________
 Assinatura do acadêmico
Cidade, _______de__________________ de 2020.

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