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REL 5 SEM ATIVIDADE 2 ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
PEDAGOGIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRÍCULAR
5º Semestre
ATIVIDADE 2: ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
AMANDA JENNIFER SANTOS GOUVEIA / RA:D5580C-9
JUNDIAÍ
2020
AMANDA JENNIFER SANTOS GOUVEIA / RA:D5580C9
 
ATIVIDADE 2: ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Relatório sobre a Origem e Evolução Histórica da Orientação Educacional, solicitado como parte dos requisitos de complemento de estágio curricular da disciplina Orientação em Supervisão Escolar e Coordenação Pedagógica, sob a orientação da Profa Mestre Elisângela Marques dos Santos.
JUNDIAÍ
2020
 SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	3
2. DESENVOLVIMENTO	4
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS	7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	8
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é apresentar e analisar a origem e evolução histórica da Orientação Educacional, com base na apresentação ministrada pela Profa Dra Mirian Paura S. Z. Grinspun, onde é descrito todo o conceito de orientação, como e onde deu início, as mudanças percorridas pela profissão e sua atual função.
A Orientação Educacional, sofreu diversas mudanças e transformações que foram necessárias para atender as necessidades da sociedade, que atualmente atua na mediação da educação para os alunos dentro do ambiente escolar, visando uma educação de qualidade para todos. 
2. DESENVOLVIMENTO 
 Mirian Grinspun, dá início a apresentação no vídeo, mencionando sobre a letra da música de Lulu Santos e Nelson Mota, que diz “ Nada do que foi será”, as coisas mudam, se modificam de acordo com o tempo e assim como tudo na vida, é dessa forma que acontecesse com a Orientação Educacional.
 Qual a importância do Orientador Educacional? Qual é a sua origem?
 Em termos da nossa realidade, da história da humanidade a questão de um conselheiro, de um aconselhador, de um orientador sempre existiu desde a origem indígena, que era uma das pessoas que estavam a frente, geralmente uma pessoa mais velha, para orientar, guiar aqueles que que estavam iniciando um determinado trabalho. 
 Mirian, acredita que a orientação educacional começou em Platão, não necessariamente ele falou da orientação educacional, mas criou uma escola na qual classificava alunos com mais hábitos de liderança e os que tinham menos hábitos de liderança, cargos menores, estabilizando a quem deveriam ser comandados. Para ela, o fundamento da orientação educacional, se deu em Platão, pois ele estava ligado na orientação profissional, na escolha e determinação das funções de cada indivíduo. 
 Alguns movimentos citados por ela, que ocorreram no final do século XIX, são considerados os iniciadores, os promotores do que viria acontecer na escola no início do século XX, foram: Movimento da Psicanálise com Sigmund Freud, que trouxeram mudanças extremamente significativas. O Movimento Psicometria, na medida em que começaram a surgir os testes psicométricos que tiveram influência muito grande na 1º Guerra Mundial. Movimento em prol da saúde mental, que trouxeram diferenças na questão da educação. Movimento da Democratização da Escola, tratando da igualdade, no qual todos deveriam fazer parte da escola. 
 Mais especificamente na Educação, também trouxeram mudanças significativas, a Revolução Industrial fazendo com que a indústria viesse à tona com novas necessidades, deixando as pessoas às margens de suas ocupações, isso fez com que houvesse a necessidade de rever todo o conceito de profissão, de verificação dos postos adequados para cada indivíduo. 
 Em meados de 1908, 1909 sobreveio o Prof º Frank Parsons, que criou um escritório com o objetivo de auxiliar na escolha profissional e orientar seus alunos na escolha de suas profissões, de acordo com as necessidades e capacidades de cada um. Portanto, assim como no Brasil e em outros países, a orientação educacional deu início através da orientação profissional, introduzindo os conceitos básicos do que seria a orientação nas escolas.
 Conceito de Orientação Educacional:
 O conceito de orientação educacional de acordo com o dicionário, vem de nortear, orientar, para onde se deve ir, como se deve fazer, algo que leve alguém a determinado objetivo, a determinado ponto a partir da orientação. Educar provém de dois vocábulos latinos, Educare e Educere, o educar é a ação de orientar, auxiliar, mostrar o caminho, retirar de dentro para fora as potencialidades existentes em cada ser humano.
 A orientação educacional hoje, trabalha a orientação na escola, para a escola, com os alunos, com a dinâmica da escola, em uma dimensão educacional, não mais preocupada como no início, somente em verificar os problemas dos alunos. Portanto, não situa – se mais a orientação somente para determinado grupo, mas para todos da escola. 
 Mais alguns fatos que marcaram a finalidade das funções da orientação educacional no Brasil foram: Serviço de Seleção e orientação Profissional do liceu de Artes e Ofícios – São Paulo em 1924, o Primeiro serviço de orientações profissionais do Brasil em 1931, Serviço de orientação educacional do Colégio Amaro Cavalcanti – Rio de Janeiro em 1934, a lei orgânica de ensino industrial: obrigatoriedade da orientação educacional em 1942; e a Criação do SENAI em 1945. 
 É importante ressaltar, que em 1934 com a criação do Serviço de Orientação educacional do Colégio Amaro Cavalcanti, que foi realizado pela Profª Araci Muniz Freire , em seu livro escrito em 1940, ela conta que foi chamada para trabalhar a disciplina na escola, pois o trabalho do orientador era ligado a uma questão disciplinar, no qual o seu papel deveria ser de disciplinar os alunos, tratar alunos com problemas, problemas de alunos, quando na realidade não era esses os objetivos principais da profissão.
A visão contemporânea de orientação educacional aponta para o aluno como centro da ação pedagógica, cabendo ao orientador atender a todos os alunos em suas solicitações e expectativas, não restringindo a sua atenção apenas aos alunos que apresentam problemas disciplinares ou dificuldades de aprendizagem. (PASCOAL, HONORATO, ALBUQUERQUE, 2008, p.110).
 O Brasil foi o primeiro a ter orientação educacional obrigatória nas escolas em 1942, que principiou nas escolas de ensino industrial. 
 Outros momentos extremamente importantes foram: A criação do ISOP (Instituto de Seleção e Orientação Profissional da FGV/RJ) em 1946, a Lei 5664/68 que provê o exercício da profissão de orientadores educacionais – em 1968 e a Criação da Federação Nacional de orientadores educacionais (FENDE) em 1969.
 Essa grande trajetória vista até agora com marcos significativos, trouxe a um momento de maior importância, a importância do orientador hoje na educação, pois hoje a orientação é a mediação, é a articulação, é a complementação do Projeto Pedagógico da escola. 
Segundo Grinspun:
“A orientação, hoje, está mobilizada com outros fatores que não apenas e unicamente cuidar e ajudar os 'alunos com problemas'. Há, portanto, necessidade de nos inserirmos em uma nova abordagem de Orientação, voltada para a 'construção' de um cidadão que esteja mais comprometido com seu tempo e sua gente. Desloca-se, significativamente, o 'onde chegar', neste momento da Orientação Educacional, em termos do trabalho com os alunos. Pretende-se trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através do diálogo nas relações estabelecidas”. (GRINSPUN, 1994,p.13).
 Os dados nos mostram que os tempos são outros, a história da humanidade se apresenta totalmente diferenciada, vivemos hoje a pós modernidade, portanto as instituições se apresentam de forma diferenciada, consequentemente uma nova escola, uma nova família, um novo sindicato, uma nova igreja, são mudanças que requer trabalho não só da formação, no caso da escola.
A preocupação não é mais apenas do processo de aprendizagem, mas sim da formação do cidadão, na construção da subjetividade, transformando seres sujeitos de sua própria história e responsáveis pelas mudanças e transformações da sociedade. Nesse sentido a orientação educacional não se limita apenas a um complemento da lei, mas existe na escola para atender as necessidades dela como um todo.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com base na apresentação de Mirian, o Brasil foi o primeiro a ter orientação educacional obrigatória em 1942, que principiou nas escolas de ensino industrial. 
É possível concluir que a orientação educacional surgiu através da necessidade de orientar pessoas, alunos na escolha de suas profissões. O seu papel era de verificar e estabelecer funções adequadas para cada um, de acordo com suas capacidades e especialidades individuais, em alguns momentos foi até categorizado como um psicólogo, no qual não só orientava, como também tratava alunos com problemas e problemas de alunos.
Após ter passado por diversos processos, hoje a função do orientador educacional é considerada fundamental para a formação dos alunos, fazendo parte da área educacional. O seu papel é auxiliar no desenvolvimento pessoal de cada aluno e considerar que cada indivíduo tem a sua vida fora do ambiente escolar, para isso é necessário englobar valores, atitudes, sentimentos, emoções. Em seu trabalho é importante estar ligado não só com a instituição de ensino, mas também com os pais e a comunidade na qual está inserida. 
 Dessa maneira, é importante auxiliar o aluno na construção do seu próprio conhecimento, através do que foi aprendido dentro e fora da escola, com o intuito de conceber um cidadão crítico, reflexivo, ético. Um ser capaz democrático, capaz de lutar pela sua pátria, pela cidadania, respeitar o outro, capaz de fazer para o outro e para si, mudanças para melhor qualidade da cidadania. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRINSPUN, M. P. S. (org.). A prática dos orientadores educacionais. São Paulo: Cortez, 1994.
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL. [S.l:.s.n]. 2015. 1 vídeo (32 min.). Publicado pelo canal Juliana Araujo: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Xkl-lYg2Cvc. Acesso em: 22 set. 2015.
PASCOAL, M.; HONORATO, E. C.; ALBUQUERQUE, F.A de; O ORIENTADOR EDUCACIONAL NO BRASIL. Educação em revista, Belo Horizonte, n.47, p. 101-120, Jun. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982008000100006. Acesso em jun. 2008.

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