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Aula 6 zoonoses e vetores

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Centro de Estudos Superiores de Grajaú – CESGRA 
Departamento de Enfermagem
saúde Ambiental
Prof.ª Marcela Martins Rocha
Vetores e zoonose:
vigilância, prevenção e controle
APRESENTAÇÃO
Desde o início do século passado, unidades responsáveis pela execução das atividades de controle de zoonoses vêm sendo estruturadas no Brasil, a partir da criação dos primeiros canis públicos construídos nas principais capitais. 
Apresentação 
As atividades dessas unidades foram gradativamente ampliadas, a partir do início da década de 1970, com a criação dos primeiros Centros de Controle de Zoonoses (CCZ), que tinham suas ações voltadas para o recolhimento, a vacinação e a eutanásia de cães, com vistas ao controle da raiva.
APRESENTAÇÃO
Com o decorrer dos anos, outros programas de saúde pública foram sendo incorporados à rotina operacional dessas unidades, como entomologia, controle de roedores, de animais peçonhentos e de vetores, sendo este último favorecido pela descentralização das atividades de controle de endemias, até então trabalhadas principalmente pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
APRESENTAÇÃO
A partir da década de 1990, o Ministério da Saúde (MS) sistematizou a aplicação dos recursos para apoiar os municípios na implantação e na implementação de unidades de zoonoses integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS). 
Essas unidades estão localizadas principalmente em capitais, regiões metropolitanas, municípios sedes de regionais de saúde, municípios de fronteira e em alguns municípios mais populosos, sendo denominadas de Unidades de Vigilância de Zoonoses (UVZ), conforme a Portaria MS/SAS nº 758, de 26 de agosto de 2014.
APRESENTAÇÃO
Em 2014, foram publicadas normas técnicas relativas às ações e serviços públicos de saúde voltados para a vigilância de zoonoses, conforme Portaria MS/GM nº 1.138, de 23 de maio de 2014, com o intuito de:
Fortalecer e aperfeiçoar as atividades de vigilância; 
Prevenção e de controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos; 
De relevância para a saúde pública;
Executadas não só pelas UVZ, mas também, pela área de vigilância de zoonoses dos municípios.
O que são Zoonoses?
A definição clássica de zoonoses é a de doenças que são transmitidas de animais para humanos, ou de humanos para os animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a zoonoses como “Doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e seres humanos” (OMS, 2016).
Transmissão 
A transmissão pode ocorrer de forma direta, principalmente através do contato com secreções (saliva, sangue, urina, fezes) ou contato físico como arranhaduras ou mordeduras. 
De forma indireta, pode acontecer por meio de vetores como mosquitos e pulgas, por contato indireto com secreções, pelo consumo de alimento contaminado com o agente (viral, bacteriano, fúngico ou parasitário), entre outras (ACHA E SZYFRES, 2001).
 A capacidade de transmissão é influenciada pelo período de incubação, densidade populacional, práticas agropecuárias, estabilidade do agente, virulência do agente (AGUDELO-SUAREZ, 2012).
Os agentes responsáveis por desencadear essas alterações podem ser microorganismos diversos, tais como, vírus, bactérias, fungos, protozoários entre outros (ACHA E SZYFRES, 2001).
De acordo com a definição de zoonoses proposta pela OMS existem mais de 200 doenças transmissíveis que podem ser caracterizadas como zoonoses (VASCONCELLOS, 2013).
As zoonoses podem ser classificadas em:
Antropozoonose, que são doenças dos animais que podem ser transmitidas para as pessoas;
Zooantroponose, que são doenças das pessoas mas que podem ser transmitidas para os animais.
As zoonoses são consideradas situação de saúde pública e, por isso, são estabelecidos programas regionais e estaduais relacionado à prevenção dessas doenças. 
Uma das medidas é o controle e cuidado com os animais domésticos, sendo estimulada a ida regular ao veterinário para que seja feita a desparasitação e o controle de vacinas. 
Dessa forma, é possível evitar que os animais adquiram doenças e as transmita para as pessoas.
Como acontece a transmissão das Zoonoses
Todos os animais podem transmitir doenças. Dessa forma, a transmissão pode acontecer de diversas maneiras, como por exemplo:
Mordida ou arranhadura de animais;
Picada de insetos;
Contato com objetos ou excreta de animais infectados;
Ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes, urina ou saliva de animal infectado.
Como evitar
Para evitar zoonoses é importante ter atenção à higienização do ambiente e à higiene pessoal, lavando as mãos sempre após entrar em contato com os animais e mantendo os locais habitados pelos animais nas condições ideais. 
Além disso, é importante manter as vacinas dos animais em dia.
Carrapatos, baratas e formigas também podem transmitir doenças, por isso é importante manter a casa dedetizada e os animais desparasitados. No momento da dedetização, caso a pessoa possua animal de estimação, é recomendado isolar o animal em outro cômodo por algumas horas para que não seja intoxicado pelo produto utilizado.
No caso dos mosquitos, por exemplo, campanhas de controle de mosquito são lançadas periodicamente pelo governo, demonstrando atitudes que podem ter tomadas para evitar a proliferação dos mosquitos e, consequentemente, disseminação de doenças.
Principais zoonoses
A raiva humana é uma doença infecciosa causada pelo vírus da família Rhabdoviridae e pode ser transmitido para as pessoas por meio da mordida do morcego ou de cachorro infectado, o que é mais provável de acontecer. 
Ao morder a pessoa, o vírus presente na saliva do animal entra diretamente na corrente sanguínea da pessoa e consegue espalhar-se para o sistema nervoso, levando ao aparecimento dos sinais e sintomas característicos da doença.
A esporotricose em humanos é uma zoonose transmitida por meio de arranhaduras e mordidas de gatos infectados pelo fungo responsável pela doença, o Sporothrix schenckii, que pode ser encontrado naturalmente no solo e em plantas. 
Como os gatos estão associados a maior parte dos casos de esporotricose, essa doença é popularmente conhecida como doença da arranhadura dos gatos, no entanto os gatos domésticos que possuem vacinação em dia correm menos risco de serem infectados por esse fungo e, consequentemente, de transmitir a doença.
Os primeiros sinais e sintomas da esporotricose em humanos podem surgir cerca de 7 a 30 dias após o contato com o fungo, sendo o primeiro sinal indicativo de infecção o aparecimento de um pequeno caroço na pele, avermelhado e dolorido semelhante à picada de mosquito. Outros sintomas indicativos de esporotricose são:
Surgimento de lesões ulceradas com pus;
Ferida ou caroço que cresce ao longo de algumas semanas;
Feridas que não cicatrizam;
Tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre, quando o fungo atinge os pulmões.
A brucelose é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Brucella e que pode ser transmitida por meio do contato com secreções, urina, sangue ou restos placentários de vacas infectadas. 
Além disso, a transmissão da bactéria pode acontecer por meio da ingestão de produtos lácteos não pasteurizados, como leite e queijo, consumo de carne mal cozida ou durante a limpeza do estábulo ou movimentação do gado, por exemplo.
A febre amarela é uma doença causada por um vírus cujo ciclo de vida acontece em mosquitos, principalmente nos mosquitos do gênero Aedes. Por isso, a febre amarela é transmitida para as pessoas por meio da picada de mosquitos infectados. Em regiões de floresta, além da transmissão pelo mosquito do gênero Aedes, é possível a transmissão do vírus por mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes e nessas regiões os macacos são considerados principais reservatórios desse vírus.
A dengue e a Zika são doenças infecciosas transmitidas por vírus que possuem parte do seu ciclo de vida no mosquito Aedes aegypti, que ao picar as pessoas, transmite o vírus, que completa o seu ciclo de vida no organismo da pessoa e leva ao surgimentode sinais e sintomas da doença. 
Assim como a febre amarela, a leishmaniose também é transmitida pela picada de um mosquito, que nesse caso é o mosquito do gênero Lutzomyia, popularmente conhecido como mosquito palha. 
O agente infeccioso responsável pela doença é o protozoário do gênero Leishmania, sendo mais frequentemente encontrada no Brasil as espécies Leishmania braziliensis, Leishmania donovani e Leishmania chagasi.
Após a picada do mosquito, o protozoário entra no organismo da pessoa e leva ao desenvolvimento de sintomas cuja gravidade pode variar de acordo com a espécie e sistema imunológico da pessoa. Há três tipos principais de leishmaniose:
Leishmaniose cutânea, que é caracterizada pelo aparecimento de um ou mais caroços no local de picada do mosquito e que em alguns dias pode evoluir para uma ferida aberta e indolor;
Leishmaniose mucocutânea, em que as lesões são mais extensas e há comprometimento da mucosa, principalmente do nariz, faringe e boca, podendo causar dificuldade para falar, engolir ou respirar;
Leishmaniose visceral, cujos sintomas evoluem de forma crônica e pode haver o aumento do fígado e do baço, perda de peso e aumento do risco de outras infecções.
A leptospirose é uma doença causada pela bactéria Leptospira, que pode ser encontrada em ratos, principalmente. 
A transmissão para as pessoas acontece por meio do contato com a urina ou fezes do animal contaminado, havendo a entrada da bactéria no organismo da pessoa por meio de mucosas o feridas na pele e resultando em sintomas como febre, calafrios, olhos vermelhos, dor de cabeça e náuseas.
Situações de enchentes, poças e locais em que há muito acúmulo de lixo são considerados de alto risco de contaminação pela Leptospira, pois nessas situações a urina dos animais infectados consegue espalhar-se mais facilmente, havendo maior risco de infecção.
A toxoplasmose é uma doença infecciosa popularmente conhecida como doença dos gatos, pois o parasita responsável por essa doença, o Toxoplasma gondii, possui como hospedeiro intermediário os felinos, principalmente os gatos, ou seja, parte do seu ciclo de vida deve ser no gato. 
Dessa forma, as pessoas podem ser infectadas pelo Toxoplasma gondii por meio do contato direto com fezes dos gatos infectados ou por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos do parasita.
A teníase é uma zoonose causada pelo parasita Taenia sp. que é transmitido para as pessoas por meio da ingestão de carnes de porco ou boi cruas ou mal cozidas. 
Esse parasita é popularmente conhecido como solitária, pois atinge grandes dimensões, fixa-se na parede do intestino e dificulta a absorção de nutrientes, levando ao surgimento de sintomas como enjoos, diarreia e perda de peso, por exemplo.
O que são Vetores?
Vetores são os animais (pernilongos, pulgas, mosquitos, ratos etc) que transmitem algumas doenças.
Doenças transmitidas por vetores são aquelas que precisam de um intermediário para passar de um animal para outro, ou seja, essas doenças não são transmitidas pelo contato direto como as gripes e maioria das viroses.
Elas são transmitidas por pulgas, carrapatos, mosquitos, pernilongos, ratos entre outros. 
Os vetores são os veículos de transmissão do agente causador da doença, ou seja, é o organismo capaz de transmitir o ser vivo que realmente desencadeará uma enfermidade. 
No caso do mosquito Aedes, ele seria o vetor para o vírus causador da dengue, além, é claro, de ser vetor de outras doenças, como a zika, chikungunya e febre amarela.
Vários seres vivos podem servir como vetores, como é o caso de alguns moluscos e insetos. 
Esses vetores podem ser classificados em dois tipos básicos: vetores biológicos e mecânicos. 
Os vetores biológicos são aqueles em que o agente causador da doença multiplica-se e desenvolve-se em seu interior. 
Já o vetor mecânico é aquele que apenas serve como veículo de transporte.
Agente etiológico ou patógeno
O agente etiológico, também chamado de patógeno, é o organismo responsável por provocar a doença, ou seja, é o que desencadeia os sinais e sintomas típicos de um determinado problema de saúde. No caso da dengue, o vírus causador da dengue seria o agente etiológico, e não o mosquito, que, como já vimos, é o vetor.
O agente etiológico pode ser um vírus, uma bactéria, um fungo, um protozoário, um nematelminto ou até mesmo um platelminto. 
A Mycobacterium tuberculosis, por exemplo, é uma bactéria causadora da tuberculose, sendo, portanto, o agente etiológico dessa doença. 
Já a Taenia solium é o agente etiológico da doença conhecida como teníase.
As principais doenças transmitidas por vetores são: 
Doenças do Carrapato (Erlichiose, Babésia, Lyme, Febre Maculosa etc), 
Micoplasma e Dipilidium (pulgas), 
Dengue, 
Dirofilariose, 
Leishmaniose, 
Febre Amarela, etc (mosquitos e pernilongos), 
Miíases e Bernes (moscas), 
Leptospirose (ratos).
 VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DE ZOONOSES
 Zoonoses em geral
A execução das ações, das atividades e das estratégias de vigilância, prevenção e controle de zoonoses de relevância para a saúde pública, além de raiva e leishmanioses, estende-se para outras doenças de transmissão vetorial. 
Assim, tais doenças subdividem-se em três grupos, sendo: zoonoses monitoradas por programas nacionais de vigilância e controle do Ministério da Saúde (MS), zoonoses de relevância regional ou local e zoonoses emergentes ou reemergentes.
As zoonoses monitoradas por programas nacionais de vigilância e controle do Ministério da Saúde são: peste, leptospirose, febre maculosa brasileira, hantavirose, doença de Chagas, febre amarela, febre d e chikungunya e febre do Nilo Ocidental. 
Outras doenças de transmissão vetorial que acometem somente a espécie humana, como dengue e malária, também podem ser parte integrante das atribuições da área de vigilância de zoonoses.
As zoonoses de relevância regional ou local, ou seja, que apresentam incidência e prevalência numa determinada área do território brasileiro, mas de magnitude, transcendência, severidade, gravidade, vulnerabilidade e potencial de disseminação também somente em nível regional ou local, são: 
toxoplasmose, esporotricose, ancilostomíase, toxocaríase (larva migrans cutânea e visceral), histoplasmose, criptococose, complexo equinococose – hidatidose, entre outras.
Incidência e Prevalência
Tanto a prevalência como a incidência são medidas da ocorrência de uma doença em uma população. 
Enquanto a prevalência se refere ao número total de casos de uma doença em um período de tempo, 
a incidência refere-se apenas aos novos casos. 
Incidência é a taxa de manifestação de uma determinada doença.
Doenças Emergentes e Reemergentes
A doença emergente é um problema de saúde novo em que sua incidência cresceu nos últimos anos. Pode ser também um problema conhecido, mas que, ultimamente, tem aparecido com mais frequência.
Um exemplo importante de doença emergente é a AIDS, que se iniciou em dois principais locais: Estados Unidos e África. Posteriormente, ela se espalhou por todo mundo e teve um grande impacto negativo, uma vez que matou milhares de pessoas.
Doenças Emergentes e Reemergentes
As doenças são reemergentes quando são conhecidas há algum tempo, estavam controladas, mas agora retornaram, causando preocupação aos seres humanos. 
As doenças podem aparecer novamente quando, por exemplo, um novo vetor é inserido no local. 
A reemergência também pode indicar problemas na vigilância sanitária.
Exemplo: Dengue e cólera.
As zoonoses emergentes ou reemergentes são, respectivamente, doenças novas (exóticas) e aquelas que reaparecem após período de declínio significativo, promovendo impacto sobre o ser humano, devido à sua gravidade e à potencialidade de deixar sequelas e morte. 
Tais doenças podem ser incidentes ou prevalentes em outros países, e de alguma forma, envolvem uma ou mais espécies de animais no seu ciclo de transmissão, sendo introduzidas no Brasil por meio da entrada de pessoas, animais infectados. 
Para qualquer grupo de zoonoses,as ações, as atividades e as estratégias de vigilância, prevenção e controle de zoonoses executadas pela área de vigilância de zoonoses se pautam em:
Atuar e intervir, direta ou indiretamente, sobre as populações de animais alvo, de modo a refletir em benefício direto (quanto à redução ou eliminação, quando possível, do risco iminente de transmissão de zoonose) à saúde da população humana. 
Assim, toda ação, atividade e estratégia de vigilância, prevenção e controle de zoonoses de relevância para a saúde pública, desenvolvidas e executadas pela área de vigilância de zoonoses, devem ser precedidas por:
Levantamento do contexto de impacto na saúde pública, por meio de avaliação da magnitude, da transcendência, do potencial de disseminação, da gravidade, da severidade e da vulnerabilidade;
Referentes ao processo epidemiológico de instalação, transmissão e manutenção de zoonoses, considerando a população exposta, a espécie animal envolvida, a área afetada (alvo), em tempo determinado.
 Vigilância
Rotineiramente, a área de vigilância de zoonoses deve desenvolver e executar ações, atividades e estratégias de vigilância de zoonoses e, dependendo do contexto epidemiológico, também de prevenção, em seu território de atuação. 
Essas atividades são organizadas e executadas da seguinte forma:
Vigilância ativa
Zoonoses monitoradas por programas nacionais de vigilância e controle do Ministério da Saúde: as ações caracterizam-se por serem executadas de forma permanente a fim de subsidiar os programas de controle existentes.
Zoonoses de relevância regional ou local; zoonoses emergentes e reemergentes: caracteriza-se pelo desenvolvimento e execução de medidas que visem identificar o risco real de introdução/reintrodução de uma zoonose, ou, ainda, a manutenção do ciclo de transmissão de uma zoonose prevalente na área em questão, a fim de que a área de vigilância de zoonoses local possa intervir com ações de controle. 
Vigilância passiva
Caracteriza-se por viabilizar meios para a identificação oportuna e precoce de uma situação de risco real relacionada a zoonoses;
Disponibilidade de avaliação e recepção de um animal de relevância para a saúde pública, oportunizando o acesso da população e de instituições públicas e privadas para entrega desses animais.
Canal de comunicação com a população para informações sobre animais de relevância para a saúde pública, bem como para que a população notifique a área de vigilância de zoonoses, quando diante de um animal suspeito.
Prevenção 
As ações de prevenção de zoonoses podem ser executadas de forma temporária ou permanente, por meio de ações, atividades e estratégias de educação em saúde, manejo ambiental e vacinação animal:
Educação em saúde: desenvolver atividades de educação em saúde na comunidade como um todo, visando à prevenção de zoonoses. É necessário priorizar as localidades mais vulneráveis;
Manejo ambiental: realizado somente quando possível, para controlar ou eliminar vetores e roedores;
Vacinação animal: deve-se realizar a vacinação antirrábica de cães e gatos, de acordo com o preconizado para cada região.
Observação: deve-se considerar o contexto epidemiológico das zoonoses na área em questão, para definir as ações de prevenção que serão estratégicas e prioritárias.
Controle
Uma vez constatada a situação real de risco de transmissão de zoonose de relevância para a saúde pública no território local, a área de vigilância de zoonoses deve iniciar a etapa de desenvolvimento e execução do controle da doença, por meio de medidas a serem aplicadas direta e indiretamente sobre a população animal alvo, a fim de interromper o ciclo de transmissão das zoonoses alvo.
Controle
As ações, as atividades e as estratégias de controle de zoonoses subdividem-se em três tipos:
Controle do risco iminente de transmissão de zoonose: caracteriza pelo desenvolvimento de ações, atividades e estratégias que visem ao alcance da redução ou da eliminação, quando possível, do risco iminente de transmissão da zoonose para a população humana.
Controle da zoonose incidente: deve-se proceder às medidas de controle para a redução ou a eliminação do número de casos humanos da doença, intervindo de forma efetiva na interrupção do ciclo de transmissão.
Controle
Controle da zoonose prevalente: Diante de uma zoonose prevalente na área-alvo, em que uma população animal esteja relacionada à transmissão dela, devem-se manter as medidas de vigilância, ativa e passiva, e de prevenção, medidas de controle para a redução ou eliminação, quando possível, do número de casos humanos da doença, intervindo de forma efetiva na interrupção do ciclo de transmissão
Monitoramento e avaliação
Após e durante a aplicação das medidas de controle da zoonose alvo, deve-se monitorar e avaliar sua efetividade. 
Dependendo do resultado da avaliação, é preciso continuar com as medidas de controle, até o alcance do objetivo (reduzir ou eliminar, quando possível, a doença ou o risco iminente). 
As medidas de vigilância são permanentes.
CONTROLE DE POPULAÇÕES DE ANIMAIS DE RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA
As ações de controle da população de animais de relevância para a saúde pública devem estar consoantes com as medidas de controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos preconizadas pelo Ministério da Saúde. 
Resultando no controle da propagação de uma zoonose prevalente ou incidente, bem como de animais peçonhentos e venenosos, de relevância para a saúde pública, na área determinada (área-alvo).
Considerando-se os tipos de animais que coabitam no meio urbano ou periurbano e que podem ser de relevância para a saúde pública, o controle da população de animais será dividido em quatro grupos, sendo eles: 
Animais domésticos e domesticados: as ações, as atividades e as estratégias de controle da população de animais domésticos e domesticados a fim de reduzir ou eliminar a doença, apresentando como resultado o controle da propagação de alguma zoonose de relevância para a saúde pública prevalente ou incidente na área-alvo.
Animais peçonhentos e venenosos: ações executadas de forma temporária ou permanente, em área determinada, a fim de reduzir ou eliminar o risco de acidentes causados por esses animais, realizadas tanto como medida de controle como de prevenção de acidentes causados aos seres humanos.
Roedores e vetores: São executadas de forma temporária ou permanente, em área determinada, a fim de reduzir ou eliminar o risco iminente de transmissão de doenças;
Outros animais sinantrópicos: espécies que se adaptaram a viver junto com o ser humano, a despeito de nossa vontade, como é o caso de pombos, ratos, mosquitos e até abelhas. 
Alguns animais sinantrópicos podem transmitir doenças e causar danos à saúde de seres humanos e outros animais. Deve haver um controle na população desses animais.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Considerando que a relação da população humana com seu ambiente, nele incluídos os animais, propicia, muitas vezes, condições para a transmissão de doenças, o processo de educação em saúde consolida-se como uma ferramenta para a prevenção e o controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos, de relevância para a saúde pública. 
Além disso, deve-se considerar que, sem a efetiva participação da sociedade, as medidas de prevenção e controle dos agravos à saúde tornam-se limitadas e, muitas vezes, ineficientes.
Notificação compulsória
A notificação compulsória é feita na situação em que a norma legal obriga aos profissionais de saúde e pessoas da comunidade a comunicar a autoridade sanitária a ocorrência de doença ou agravo que estão sob vigilância epidemiológica.
Zoonoses de notificação compulsórias
Dengue
Febre Amarela
Leishmaniose Visceral
· Leptospirose
· Malária (em área não endêmica)
Raiva Humana
Zika e chikungunya
Acidentes com animais peçonhentos (não são zoonoses)
Trabalho (5 pontos) entrega e apresentação no dia 09/10/2020
Grupo 1: Contaminação das águas por resíduos de medicamentos
Grupo 2: Impactos na saúde causados pela deficiência deacesso a água potável
Grupo 3: Mudanças climáticas e doenças respiratórias
Grupo 4: A ocorrência de acidentes com animais peçonhentos
Grupo 5: Leishmaniose Visceral
Grupo 6: Raiva Humana
Desenvolver trabalho sobre os temas citados. Entrega dos trabalhos via e-mail. Apresentação de 15 minutos, por apenas um representante de cada grupo.

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