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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - CAMPUS DE SOBRAL CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: CIRCUITOS ELÉTRICOS 2 PROFESSOR: MARCUS ROGERIO DE CASTRO IMPEDÂNCIA ALUNO MATRÍCULA ANDERSON ALEXANDRE CARVALHO DE ARAÚJO 397729 Sobral – CE 2020.1 UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 2 IMPEDÂNCIA Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3 2. OBJETIVOS ............................................................................................ 5 3. PROCEDIMENTOS / RESULTADOS ...................................................... 6 3.1 CIRCUITOS RL .................................................................................. 6 3.2 CIRCUITOS RC ............................................................................... 13 4. QUESTIONÁRIO ................................................................................... 21 5. CONCLUSÃO ........................................................................................ 22 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 23 UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 3 IMPEDÂNCIA 1. INTRODUÇÃO Conceitualmente, a impedância “Z” de um circuito é a razão entre a tensão fasorial “V” e a corrente fasorial “I”, medida em (Ω) (SADIKU, 2013). Por não corresponder uma quantidade que varia com a senóide, a impedância não é um fasor. E ela no circuito representa a oposição ao fluxo de corrente, logo existe a impedância do resistor (𝑍𝑅), do indutor (𝑍𝐿) e do capacitor (𝑍𝐶) representadas pelas equações (1), (2) e (3) respectivamente. 𝑍𝑅 = 𝑅 (1) 𝑍𝐿 = 𝑤. 𝑗. 𝐿 (2) 𝑍𝐶 = 1 𝑗.𝑤.𝐶 (3) Onde, 𝐿 é a indutância e 𝐶 é a capacitância. Percebendo as equações anteriores, nota-se que a impedância é um número complexo, então sua representação retangular e polar é mostrada pelas equações (4) e (5) respectivamente. 𝑍 = 𝑅 + 𝑋𝑗 (4) 𝑍 = |Z|∠𝜃 (5) Onde, 𝑋 é a reatância que pode ser do indutor e do capacitor e representa a parte imaginaria da equação (4) e 𝑅 a resistência, representa a parte real dessa mesma equação. Importante frisar que o módulo da impedância |Z| colocado na equação (5), é expressa pela seguinte equação (6). |Z| = √𝑅2 + 𝑋² (5) Observando a equação (4) fala-se que quando 𝑋 é positivo, a impedância é indutiva ou atrasada, pois a corrente está atrasada em relação a tensão. E quando 𝑋 é negativo, a impedância é capacitiva ou adiantada, pois a corrente esta adiantada em relação a tensão. As figuras 1, 2 e 3 exemplificaram melhor estas relações. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 4 IMPEDÂNCIA Figura 1: Circuito R Fonte: (SADIKU, 2013) Figura 2: Circuito RC Fonte: (SADIKU, 2013) UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 5 IMPEDÂNCIA Figura 3: Circuito RL Fonte: (SADIKU, 2013) Observando a figura (1), nota-se que se trata de um circuito resistivo onde a tensão está em fase com a corrente. Já na figura (2), as formas de onda revelam um circuito capacitivo, onde a corrente está adiantada 90° em relação a tensão. Enquanto que na figura (3) trata-se de um circuito indutivo, onde a corrente está atrasada 90° em relação a tensão. 2. OBJETIVOS • Fixar o conceito de impedância; • Medir ângulo de defasamento entre tensão e corrente; • Observar a existência de componente resistiva no indutor e capacitor. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 6 IMPEDÂNCIA 3. PROCEDIMENTOS / RESULTADOS 3.1. CIRCUITOS RL Montou-se 3 tipos de associações RL no simulador de circuitos MULTISIM, onde a fonte de tensão AC foi ajustada para 100 Vrms. Nas próximas figuras, os elementos “R1” e “L1” representam a combinação em paralelo de resistores e indutores respectivamente. Para todas as associações pede-se para que sejam calculados os valores da corrente eficaz Irms do circuito e o ângulo de defasagem θ entre a tensão de alimentação “V1” e “I” para cada uma das associações estabelecidas para os resistores e indutores. Também se determinaram a impedância equivalente Zeq, a resistência R e a reatância XL do circuito. Além do ângulo de fase entre as tensões VR e V1, repetindo para VL. Dessa forma montou-se a primeira associação, com nove resistores e 9 indutores. Onde no circuito simulado a combinação em paralelo dos resistores e indutores, foram substituídos por seus equivalentes. Na figura 4, mostra o circuito simulado com a combinação R1=9 e L1=9. Figura 4: Circuito RL com a combinação R1=9 e L1=9. Fonte: (AUTOR, 2020) Observando a figura 4, nota-se que foram utilizados uma ponteira de corrente “XCP1” com a escala de 1mV/mA, ou seja, a cada um milivolt medido, UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 7 IMPEDÂNCIA equivale a um miliampere. Também foram usadas as sondas de tensão e corrente, com a função de fazer medições instantâneas. Além do voltímetro sob o indutor e do osciloscópio com o seu canal 1 plugado na ponteira de corrente, seu canal 2 plugado no terminal do indutor e o canal 3 plugado no terminal do resistor. Assim obteve-se as seguintes formas de onda, como mostrado na figura 5. Figura 5: Formas de onda para R1=9 e L1=9. Fonte: (AUTOR, 2020) As cores das formas de onda da Figura 5, permanecem as mesmas para todas as associações RL, onde a onda amarela equivale a corrente no circuito, a onda azul equivale a tensão na combinação de indutores e a onda rosa equivale a tensão na combinação de resistores. Ainda observando a figura 5, percebe-se que a onda representada pela tensão no resistor está em fase com a da corrente do circuito. Onde para a forma de onda da tensão no indutor, percebe-se que está adiantada em relação a corrente. Então dessa forma, conclui-se que as formas de ondas estão corretas, pois são equivalentes com as das figuras 1 e 3. Resta comparar os valores medidos com os teóricos, para isso tem-se os seguintes valores dos componentes do circuito, R=125 Ω, L=1,47 H e uma fonte AC de 100 Vrms. Calculando a indutância e a resistência equivalentes respectivamente, 1 𝐿𝑒𝑞 = 1 𝐿1 + 1 𝐿2 + 1 𝐿𝑛 … = 1 𝐿𝑒𝑞 = ( 1 1,47 ) . 9 = 160 𝑚𝐻 (6) 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅𝑛 … = 1 𝑅𝑒𝑞 = ( 1 125 ) . 9 = 13,88 Ω (7) UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 8 IMPEDÂNCIA Sabendo o valor da indutância equivalente, agora calcula-se a impedância do indutor, dada pela seguinte equação. 𝑍𝐿 = 𝑤. 𝑗. 𝐿𝑒𝑞 = 377. 𝑗. 160𝑥10 −3 = 60,32𝑗 (8) Então com as equações (7) e (8), equaciona-se a impedância total do circuito na forma retangular e polar respectivamente. 𝑍 = 13,88 + 60,32𝑗 (9) 𝑍 = 61,9∠77° Ω (10) Através da equação (10) e sabendo que a fonte ACequivale a 100 Vrms, pode ser descoberta a corrente Irms do circuito, como mostrado na equação a seguir. 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 100 61,9∠77° = 1,61∠ − 77° 𝐴 (11) Sabendo que a combinação de indutores e resistores estão em série entre si, equaciona-se a tensão no resistor VRrms. 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 13,88 . 1,61∠ − 77° = 22,42∠ − 77° 𝑉 (12) Resta descobrir qual a tensão no indutor, e para isso foi analisado o circuito da figura 4, e aplicando a lei das malhas, obteve-se: −𝑉1𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 0 (13) −100 + 𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠 + 22,42∠ − 77° = 0 (14) 𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠 = 97,45∠13° 𝑉 (15) Observando os valores teóricos e os simulados, conclui-se que estão próximos logo a simulação do circuito 9R e 9L está correta. Seguindo a linha de raciocínio da primeira associação, montou-se a segunda associação, com 9 resistores e 3 indutores. Onde no circuito simulado a combinação em paralelo dos resistores e indutores, foram substituídos por seus equivalentes. Na figura 6, mostra o circuito simulado com a combinação R1=9 e L1=3. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 9 IMPEDÂNCIA Figura 6: Circuito RL com a combinação R1=9 e L1=3. Fonte: (AUTOR, 2020) Observando a figura 6, nota-se que foram utilizados uma ponteira de corrente “XCP1” com a escala de 1mV/mA, ou seja, a cada um milivolt medido, equivale a um miliampere. Também foram usadas as sondas de tensão e corrente, com a função de fazer medições instantâneas. Além do voltímetro sob o indutor e do osciloscópio com o seu canal 1 plugado na ponteira de corrente, seu canal 2 plugado no terminal do indutor e o canal 3 plugado no terminal do resistor. Assim obteve-se as seguintes formas de onda, como mostrado na figura 7. Figura 7: Formas de onda para R1=9 e L1=3. Fonte: (AUTOR, 2020) Então observando a figura 7, percebe-se que a onda representada pela tensão no resistor está em fase com a da corrente do circuito. Onde para a forma UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 10 IMPEDÂNCIA de onda da tensão no indutor, percebe-se que está adiantada em relação a corrente. Então dessa forma, conclui-se que as formas de ondas estão corretas, pois são equivalentes com as das figuras 1 e 3. Resta comparar os valores medidos com os teóricos, para isso tem-se os seguintes valores dos componentes do circuito, R=125 Ω, L=1,47 H e uma fonte AC de 100 Vrms. Calculando a indutância e a resistência equivalentes respectivamente, 1 𝐿𝑒𝑞 = 1 𝐿1 + 1 𝐿2 + 1 𝐿𝑛 … = 1 𝐿𝑒𝑞 = ( 1 1,47 ) . 3 = 490 𝑚𝐻 (16) 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅𝑛 … = 1 𝑅𝑒𝑞 = ( 1 125 ) . 9 = 13,88 Ω (17) Sabendo o valor da indutância equivalente, agora calcula-se a impedância do indutor, dada pela seguinte equação. 𝑍𝐿 = 𝑤. 𝑗. 𝐿𝑒𝑞 = 377. 𝑗. 490𝑥10 −3 = 184,25𝑗 (18) Então com as equações (17) e (18), equaciona-se a impedância total do circuito na forma retangular e polar respectivamente. 𝑍 = 13,88 + 184,25𝑗 (19) 𝑍 = 185,25∠85,7° Ω (20) Através da equação (20) e sabendo que a fonte AC equivale a 100 Vrms, pode ser descoberta a corrente Irms do circuito, como mostrado na equação a seguir. 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 100 185,25∠85,7° = 0,54∠ − 85,7° 𝐴 (21) Sabendo que a combinação de indutores e resistores estão em série entre si, equaciona-se a tensão no resistor VRrms. 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 13,88 . 0,54∠ − 85,7° = 7,49∠ − 85,7° 𝑉 (22) Resta descobrir qual a tensão no indutor, e para isso foi analisado o circuito da figura 6, e aplicando a lei das malhas, obteve-se: −𝑉1𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 0 (23) −100 + 𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠 + 7,49∠ − 85,7° = 0 (24) 𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠 = 99,72∠4,29° 𝑉 (25) Observando os valores teóricos e os simulados, conclui-se que estão próximos logo a simulação do circuito 9R e 3L está correta. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 11 IMPEDÂNCIA E por último montou-se a terceira associação, com 3 resistores e 9 indutores. Onde no circuito simulado a combinação em paralelo dos resistores e indutores, foram substituídos por seus equivalentes. Na figura 8, mostra o circuito simulado com a combinação R1=3 e L1=9. Figura 8: Circuito RL com a combinação R1=3 e L1=9. Fonte: (AUTOR, 2020) Observando a figura 8, nota-se que foram utilizados uma ponteira de corrente “XCP1” com a escala de 1mV/mA, ou seja, a cada um milivolt medido, equivale a um miliampere. Também foram usadas as sondas de tensão e corrente, com a função de fazer medições instantâneas. Além do voltímetro sob o indutor e do osciloscópio com o seu canal 1 plugado na ponteira de corrente, seu canal 2 plugado no terminal do indutor e o canal 3 plugado no terminal do resistor. Assim obteve-se as seguintes formas de onda, como mostra na figura 9. Figura 9: Formas de onda para R1=3 e L1=9. Fonte: (AUTOR, 2020) UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 12 IMPEDÂNCIA Logo observando a figura 9, percebe-se que a onda representada pela tensão no resistor está em fase com a da corrente do circuito. Onde para a forma de onda da tensão no indutor, percebe-se que está adiantada em relação a corrente. Então dessa forma, conclui-se que as formas de ondas estão corretas, pois são equivalentes com as das figuras 1 e 3. Resta comparar os valores medidos com os teóricos, para isso tem-se os seguintes valores dos componentes do circuito, R=125 Ω, L=1,47 H e uma fonte AC de 100 Vrms. Calculando a indutância e a resistência equivalentes respectivamente, 1 𝐿𝑒𝑞 = 1 𝐿1 + 1 𝐿2 + 1 𝐿𝑛 … = 1 𝐿𝑒𝑞 = ( 1 1,47 ) . 9 = 160 𝑚𝐻 (26) 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅𝑛 … = 1 𝑅𝑒𝑞 = ( 1 125 ) . 3 = 41,66 Ω (27) Sabendo o valor da indutância equivalente, agora calcula-se a impedância do indutor, dada pela seguinte equação. 𝑍𝐿 = 𝑤. 𝑗. 𝐿𝑒𝑞 = 377. 𝑗. 160𝑥10 −3 = 60,32𝑗 (28) Então com as equações (27) e (28), equaciona-se a impedância total do circuito na forma retangular e polar respectivamente. 𝑍 = 41,66 + 60,32𝑗 (29) 𝑍 = 73,3∠55,4° Ω (30) Através da equação (30) e sabendo que a fonte AC equivale a 100 Vrms, pode ser descoberta a corrente Irms do circuito, como mostrado na equação a seguir. 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 100 73,3∠55,4° = 1,36∠ − 55,4° 𝐴 (31) Sabendo que a combinação de indutores e resistores estão em série entre si, equaciona-se a tensão no resistor VRrms. 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 41,66 . 1,36∠ − 55,4° = 56,82∠ − 55,4° 𝑉 (32) Resta descobrir qual a tensão no indutor, e para isso foi analisado o circuito da figura 8, e aplicando a lei das malhas, obteve-se: −𝑉1𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 0 (33) −100 + 𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠 + 56,82∠ − 55,4° = 0 (34) 𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠 = 82,28∠34,62° 𝑉 (35) UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 13 IMPEDÂNCIA Observandoos valores teóricos e os simulados, conclui-se que estão próximos logo a simulação do circuito 3R e 9L está correta. Agora, monta-se a tabela 1 a seguir, referente a todas as associações com os circuitos RL. Tabela 1: Valores referentes aos circuitos RL Associação 𝑉1𝑟𝑚𝑠(V) 𝐼𝑟𝑚𝑠(A) Θ° 𝑅𝑒𝑞(Ω) 𝑍𝐿(Ω) ∠𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠/ 𝑉1𝑟𝑚𝑠 ∠𝑉𝐿𝑟𝑚𝑠/ 𝑉1𝑟𝑚𝑠 R=9 L=9 100 1,61∠-77° 77° 13,88 60,32j -77° 13° R=9 L=3 100 0,54∠-85,7° 85,7° 13,88 184,73j -85,7° 4,29° R=3 L=9 100 1,36∠-55,4° 55,4° 41,66 60,32j -55,4° 34,62° 3.2. CIRCUITOS RC Agora, nas próximas figuras, os elementos “R1” e “C1” representam a combinação em paralelo de resistores e capacitores respectivamente. Para todas as associações pede-se para que sejam calculados os valores da corrente eficaz Irms do circuito e o ângulo de defasagem θ entre a tensão de alimentação “V1” e “I” para cada uma das associações estabelecidas para os resistores e capacitores. Também se determinaram a impedância equivalente Zeq, a resistência R e a reatância XC do circuito. Além do ângulo de fase entre as tensões VR e V1, repetindo para VC. Dessa forma montou-se a primeira associação, com 3 resistores e 6 capacitores. Onde no circuito simulado a combinação em paralelo dos resistores e capacitores, foram substituídos por seus equivalentes. Na figura 10, mostra o circuito simulado com a combinação R1=3 e C1=6. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 14 IMPEDÂNCIA Figura 10: Circuito RC com a combinação R1=3 e C1=6. Fonte: (AUTOR, 2020) Observando a figura 10, nota-se que foram utilizados uma ponteira de corrente “XCP1” com a escala de 1mV/mA, ou seja, a cada um milivolt medido, equivale a um miliampere. Também foram usadas as sondas de tensão e corrente, com a função de fazer medições instantâneas. Além do voltímetro sob o indutor e do osciloscópio com o seu canal 1 plugado na ponteira de corrente, seu canal 2 plugado no terminal do capacitor e o canal 3 plugado no terminal do resistor. Assim obteve-se as seguintes formas de onda, como mostrado na figura 11. Figura 11: Formas de onda para R1=3 e C1=6. Fonte: (AUTOR, 2020) UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 15 IMPEDÂNCIA As cores das formas de onda da Figura 11, permanecem as mesmas para todas as associações RC, onde a onda amarela equivale a corrente no circuito, a onda azul equivale a tensão na combinação de capacitores e a onda rosa equivale a tensão na combinação de resistores. Ainda observando a figura 11, percebe-se que a onda representada pela tensão no resistor está em fase com a da corrente do circuito. Onde para a forma de onda da tensão no capacitor, percebe-se que está atrasada em relação a corrente. Então dessa forma, conclui-se que as formas de ondas estão corretas, pois são equivalentes com as das figuras 1 e 2. Resta comparar os valores medidos com os teóricos, para isso tem-se os seguintes valores dos componentes do circuito, R=125 Ω, C=9,22 µF e uma fonte AC de 100 Vrms. Calculando a capacitância e a resistência equivalentes respectivamente, 𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶𝑛 = 𝐶𝑒𝑞 = (9,22µF). 6 = 55,32 µF (36) 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅𝑛 … = 1 𝑅𝑒𝑞 = ( 1 125 ) . 3 = 41,66 Ω (37) Sabendo o valor da capacitância equivalente, agora calcula-se a impedância do capacitor, dada pela seguinte equação. 𝑍𝐶 = 1 𝑤.𝑗.𝐶𝑒𝑞 = 1 377.𝑗.55,32𝑥10−6 = −48𝑗 Ω (38) Então com as equações (37) e (38), equaciona-se a impedância total do circuito na forma retangular e polar respectivamente. 𝑍 = 41,66 − 48𝑗 (39) 𝑍 = 63,52∠ − 49° Ω (40) Através da equação (40) e sabendo que a fonte AC equivale a 100 Vrms, pode ser descoberta a corrente Irms do circuito, como mostrado na equação a seguir. 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 100 63,52∠−49° = 1,57∠49° 𝐴 (41) Sabendo que a combinação de capacitores e resistores estão em série entre si, equaciona-se a tensão no resistor VRrms. 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 41,66 . 1,57∠49° = 65,6∠49° 𝑉 (42) Resta descobrir qual a tensão no capacitor, e para isso foi analisado o circuito da figura 10, e aplicando a lei das malhas, obteve-se: UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 16 IMPEDÂNCIA −𝑉1𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 0 (43) −100 + 𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠 + 65,6∠49° = 0 (44) 𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠 = 75,5∠ − 41° 𝑉 (45) Observando os valores teóricos e os simulados, conclui-se que estão próximos logo a simulação do circuito 3R e 6C está correta. Depois montou-se a segunda associação, com 6 resistores e 6 capacitores. Onde no circuito simulado a combinação em paralelo dos resistores e capacitores, foram substituídos por seus equivalentes. Na figura 12, mostra o circuito simulado com a combinação R1=6 e C1=6. Figura 12: Circuito RC com a combinação R1=6 e C1=6. Fonte: (AUTOR, 2020) Observando a figura 12, nota-se que foram utilizados uma ponteira de corrente “XCP1” com a escala de 1mV/mA, ou seja, a cada um milivolt medido, equivale a um miliampere. Também foram usadas as sondas de tensão e corrente, com a função de fazer medições instantâneas. Além do voltímetro sob o indutor e do osciloscópio com o seu canal 1 plugado na ponteira de corrente, seu canal 2 plugado no terminal do capacitor e o canal 3 plugado no terminal do resistor. Assim obteve-se as seguintes formas de onda, como mostrado na figura 13. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 17 IMPEDÂNCIA Figura 13: Formas de onda para R1=6 e C1=6. Fonte: (AUTOR, 2020) Então observando a figura 13, percebe-se que a onda representada pela tensão no resistor está em fase com a da corrente do circuito. Onde para a forma de onda da tensão no capacitor, percebe-se que está atrasada em relação a corrente. Então dessa forma, conclui-se que as formas de ondas estão corretas, pois são equivalentes com as das figuras 1 e 2. Resta comparar os valores medidos com os teóricos, para isso tem-se os seguintes valores dos componentes do circuito, R=125 Ω, C=9,22 µF e uma fonte AC de 100 Vrms. Calculando a capacitância e a resistência equivalentes respectivamente, 𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶𝑛 = 𝐶𝑒𝑞 = (9,22µF). 6 = 55,32 µF (46) 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅𝑛 … = 1 𝑅𝑒𝑞 = ( 1 125 ) . 6 = 20,83 Ω (47) Sabendo o valor da capacitância equivalente, agora calcula-se a impedância do capacitor, dada pela seguinte equação. 𝑍𝐶 = 1 𝑤.𝑗.𝐶𝑒𝑞 = 1 377.𝑗.55,32𝑥10−6 = −48𝑗 Ω (48) Então com as equações (47) e (48), equaciona-se a impedância total do circuito na forma retangular e polar respectivamente. 𝑍 = 20,83 − 48𝑗 (49) 𝑍 = 52,33∠ − 66,5° Ω (50) Através da equação (50) e sabendo que a fonte AC equivale a 100 Vrms, pode ser descoberta a corrente Irms do circuito, como mostrado na equação a seguir. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 18 IMPEDÂNCIA 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 100 52,33∠−66,5° = 1,9∠66,5° 𝐴 (51) Sabendo que a combinação de capacitores e resistoresestão em série entre si, equaciona-se a tensão no resistor VRrms. 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 20,83 . 1,9∠66,5° = 39,8∠66,5° 𝑉 (52) Resta descobrir qual a tensão no capacitor, e para isso foi analisado o circuito da figura 12, e aplicando a lei das malhas, obteve-se: −𝑉1𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 0 (53) −100 + 𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠 + 39,8∠66,5° = 0 (54) 𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠 = 91,73∠ − 23,46° 𝑉 (55) Observando os valores teóricos e os simulados, conclui-se que estão próximos logo a simulação do circuito 6R e 6C está correta. E por último montou-se a segunda associação, com 6 resistores e 3 capacitores. Onde no circuito simulado a combinação em paralelo dos resistores e capacitores, foram substituídos por seus equivalentes. Na figura 14, mostra o circuito simulado com a combinação R1=6 e C1=3. Figura 14: Circuito RC com a combinação R1=6 e C1=3. Fonte: (AUTOR, 2020) Observando a figura 14, nota-se que foram utilizados uma ponteira de corrente “XCP1” com a escala de 1mV/mA, ou seja, a cada um milivolt medido, UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 19 IMPEDÂNCIA equivale a um miliampere. Também foram usadas as sondas de tensão e corrente, com a função de fazer medições instantâneas. Além do voltímetro sob o indutor e do osciloscópio com o seu canal 1 plugado na ponteira de corrente, seu canal 2 plugado no terminal do capacitor e o canal 3 plugado no terminal do resistor. Assim obteve-se as seguintes formas de onda, como mostrado na figura 15. Figura 15: Formas de onda para R1=6 e C1=3. Fonte: (AUTOR, 2020) Então observando a figura 15, percebe-se que a onda representada pela tensão no resistor está em fase com a da corrente do circuito. Onde para a forma de onda da tensão no capacitor, percebe-se que está atrasada em relação a corrente. Então dessa forma, conclui-se que as formas de ondas estão corretas, pois são equivalentes com as das figuras 1 e 2. Resta comparar os valores medidos com os teóricos, para isso tem-se os seguintes valores dos componentes do circuito, R=125 Ω, C=9,22 µF e uma fonte AC de 100 Vrms. Calculando a capacitância e a resistência equivalentes respectivamente, 𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶𝑛 = 𝐶𝑒𝑞 = (9,22µF). 3 = 27,66 µF (56) 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅𝑛 … = 1 𝑅𝑒𝑞 = ( 1 125 ) . 6 = 20,83 Ω (57) Sabendo o valor da capacitância equivalente, agora calcula-se a impedância do capacitor, dada pela seguinte equação. 𝑍𝐶 = 1 𝑤.𝑗.𝐶𝑒𝑞 = 1 377.𝑗.27,66𝑥10−6 = −95,9𝑗 Ω (58) UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 20 IMPEDÂNCIA Então com as equações (57) e (58), equaciona-se a impedância total do circuito na forma retangular e polar respectivamente. 𝑍 = 20,83 − 95,9𝑗 (59) 𝑍 = 98,13∠ − 77,74° Ω (60) Através da equação (60) e sabendo que a fonte AC equivale a 100 Vrms, pode ser descoberta a corrente Irms do circuito, como mostrado na equação a seguir. 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 100 98,13∠−77,74° = 1,02∠77,74° 𝐴 (61) Sabendo que a combinação de capacitores e resistores estão em série entre si, equaciona-se a tensão no resistor VRrms. 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 20,83 . 1,02∠77,74° = 21,22∠77,74° 𝑉 (62) Resta descobrir qual a tensão no capacitor, e para isso foi analisado o circuito da figura 14, e aplicando a lei das malhas, obteve-se: −𝑉1𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠 + 𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠 = 0 (63) −100 + 𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠 + 21,22∠77,74° = 0 (64) 𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠 = 97,72∠ − 12,25° 𝑉 (65) Observando os valores teóricos e os simulados, conclui-se que estão próximos logo a simulação do circuito 6R e 3C está correta. Agora, monta-se a tabela 2 a seguir, referente a todas as associações com os circuitos RC. Tabela 2: Valores referentes aos circuitos RC Associação 𝑉1𝑟𝑚𝑠(V) 𝐼𝑟𝑚𝑠(A) Θ° 𝑅𝑒𝑞(Ω) 𝑍𝐶(Ω) ∠𝑉𝑅𝑟𝑚𝑠/ 𝑉1𝑟𝑚𝑠 ∠𝑉𝐶𝑟𝑚𝑠/ 𝑉1𝑟𝑚𝑠 R=3 C=6 100 1,57∠49° -49° 41,66 -48j 49° -40,98° R=6 C=6 100 1,9∠66,5° -66,5° 20,83 -48j 66,5° -23,46° R=6 C=3 100 1,02∠77,74° -77,74° 20,83 -95,9j 77,74° -12,25° UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 21 IMPEDÂNCIA 4. QUESTIONÁRIO 1) Calcule a potência complexa para os arranjos de circuito das Tabelas 1 e 2. R. Sabe-se que a potencia complexa é equacionada da seguinte forma: 𝑆 = 𝑃. 𝑄𝑗 = 𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ (66) Onde 𝑆 é a potência complexa, 𝑃 e 𝑄 as potências média e reativa respectivamente e 𝑉𝑟𝑚𝑠 e 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ a tensão RMS e o conjugado da corrente RMS do circuito. Sabendo disso, aplica-se a equação (66) para as tabelas 1 e 2, onde tais valores estão na tabela 3 a seguir. Tabela 3: Potências complexas Tabela 1 Tabela 2 Associações Potência complexa (S) Associações Potência complexa (S) R=9 e L=9 161∠77° R=3 e C=6 157∠ − 49° R=9 e L=3 54∠85,7° R=6 e C=6 190∠ − 66,5° R=3 e L=9 136∠55,4° R=6 e C=3 102∠ − 77,74° 2) O que é efeito pelicular? Explique o fenômeno. R. O efeito pelicular resumidamente é a distribuição não uniforme de corrente elétrica sobre a superfície do condutor com corrente AC. Com outras palavras, seria que a concentração de carga é mais próxima na superfície do condutor do que no seu núcleo. Agora para explicar esse fenômeno, considera-se que o condutor seja composto de vários cilindros concêntricos, onde quando a corrente AC passar pelo condutor, seu fluxo magnético o induz. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 22 IMPEDÂNCIA Assim o elemento cilíndrico central é circundado tanto pelo fluxo magnético interno, quanto pelo externo. Onde o elemento cilíndrico externo é circundado apenas pelo fluxo magnético externo. Logo a auto-indutância no elemento cilíndrico interno é maior e, portanto, oferecerá uma reatância indutiva maior do que no elemento cilíndrico externo. E esta diferença na reatância indutiva dá uma tendência para a corrente se concentrar em direção à superfície do condutor. Portanto a densidade de corrente é máxima na superfície do condutor e mínima no centro do condutor. Os fatores que afetam o efeito pelicular são a frequência, diâmetro do condutor, a sua forma e o tipo com o qual é feito. 5. CONCLUSÃO Conclui-se então que a equação da impedância, é composta pela resistência como parte real e as reatâncias indutivas e capacitivas como parte imaginaria. Onde na sua forma polar, pode-se tirar a fase da impedância, que quando negativo representa um circuito indutivo e quando positivo representa um circuito capacitivo. E a partir das simulações e dos cálculos, concluiu-se também que o circuito RL, possui como característica a forma de onda da corrente atrasada em relação a tensão no indutor. Assim a forma de onda da tensão do resistor estará em fase com a da corrente. Já para o circuito RC, concluiu-se que a forma de onda da tensão no capacitor está atrasada em relação a corrente. E também com a tensão no resistor em fase com a corrente. Também pôde concluir que a potência complexa possui uma parte real representada pela potência média, e uma parte complexa representada pela potência reativa. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica23 IMPEDÂNCIA 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS R. P. Leão, “Manual de Prática de Laboratório de Circuitos Elétricos II”, Universidade Federal do Ceará, 2007. ALEXANDER, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O.. Fundamentos de circuitos elétricos. 5. ed. New York: Bookman, 2013. 894 p. HAYT, Jr., W.H., KEMMERLY, J.E. Análise de Circuitos em Engenharia. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1973.
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