Buscar

teorico 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Projeto de Edificações
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Antonio Carlos da Fonseca Bragança Pinheiro
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Sistemas de Combate a Incêndio 
e Proteção Contra Surtos em Edificações
Sistemas de Combate a Incêndio e 
Proteção Contra Surtos em Edificações
 
 
• Conhecer os principais componentes do sistema de combate a incêndio e proteção contra 
surto em edificações;
• Conhecer os sistemas ativos e passivos de combate a incêndio;
• Conhecer os sistemas de proteção contra surtos.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Combustível;
• Comburente;
• Calor;
• Extinção do Fogo;
• Sistemas Ativos de Combate a Incêndio;
• Sistemas de Proteção Contra Surtos.
UNIDADE Sistemas de Combate a Incêndio 
e Proteção Contra Surtos em Edificações
Introdução
Desde o início da civilização, o fogo foi fundamental para o desenvolvimento da 
humanidade. O fogo foi utilizado, por exemplo, para clarear os ambientes, espantar 
animais selvagens, preparar alimentos e forjar armas.
Porém, quando o fogo fica fora de controle, pode gerar o fenômeno do incêndio, 
que é uma ameaça aos bens materiais e eventualmente à vida. Por isso, é importante 
saber a origem dos incêndios e, no caso de sua ocorrência, como combatê-los de 
forma eficaz e rápida.
Fogo é um fenômeno químico gerado na combustão. É um processo de reação 
química que desprende calor e energia luminosa, que altera as características das 
substâncias que são queimadas. O fogo é o resultado de um processo exotérmico de 
oxidação (Figura 1). 
FOGO
(Processo de Reação Química) GERA
CALOR
ENERGIA LUMINOSA
Figura 1 – Fogo: processo de reação química
Um composto orgânico (por exemplo, gás de hidrocarbonetos, gasolina, madeira, 
papel, plástico) é vulnerável à oxidação, quando em contato com uma substância 
comburente, que tem como elemento constituinte de suas moléculas o oxigênio, (por 
exemplo, cloro, flúor, oxigênio do ar atmosférico); de modo que ao atingirem a ener-
gia de ativação (temperatura de ignição) entram em combustão (Figura 2). 
SUBSTÃNCIA COMBURENTE
(cloro, �úor, oxigênio do ar
atmosférico)
ENERGIA DE ATIVAÇÃO
(faísca elétrica, chama, calor)
COMPOSTO ORGÂNICO
(gás de hidrocarbonetos, gasolina,
madeira, papel, plástico)
COMBUSTÃO
(depende da temperatura de ignição)
Figura 2 – Processo de combustão
8
9
O ponto de ignição, ou calor de ignição, é a temperatura em que os combustíveis 
queimam, sem a presença de chama.
A energia para inflamar o combustível (energia de ativação) pode ser fornecida, 
por exemplo, por uma faísca elétrica, chama ou calor. Quando iniciada a reação de 
oxidação, denominada combustão ou queima, o calor que é desprendido pela rea-
ção química mantém o processo em atividade.
O fogo durará enquanto houver suprimento contínuo de combustível, de calor e 
de um comburente (oxigênio). 
O calor de ignição necessário para iniciar o fogo, geralmente é causado, por 
exemplo, por fontes de calor como faíscas elétricas, fósforos acesos e raios atmos-
féricos. Na ausência de um dos componentes da combustão (composto orgânico, 
substância comburente, energia de ativação) o fogo não se inicia, ou se estiver aceso 
se apagará. 
Então, para que ocorra o fogo são necessários três fatores (combustível, combu-
rente e calor) que simultaneamente reagirão entre si, denominados triângulo do 
fogo (Figura 3) 
CO
MB
US
TÍV
EL COMBURENTE
CALOR
Figura 3 – Componentes do triângulo do fogo
Alguns autores acrescentam um novo componente necessário à existência do 
fogo, a chamada reação em cadeia. Com a inclusão da reação em cadeia no 
triângulo do fogo surgiu um novo modelo para estudo do fogo, denominado 
tetraedro do fogo.
CO
MB
US
TÍV
EL
COMBURENTE
CALOR
REAÇÃO
EM CADEIA
Figura 4 – Componentes do tetraedro do fogo
9
UNIDADE Sistemas de Combate a Incêndio 
e Proteção Contra Surtos em Edificações
Assim, a reação em cadeia é uma sequência de reações que ocorrem durante 
a combustão que origina o fogo. A combustão produz a sua própria energia de 
ativação (calor), enquanto há comburente e combustível para queimar, dando conti-
nuidade à combustão.
Combustível
Combustíveis são todos os elementos que são susceptíveis à combustão, que for-
necem energia para o fogo e a sua propagação. 
Os combustíveis podem ser, sólidos, líquidos e gasosos, veja alguns exemplo 
(Figura 5):
• Sólidos: algodão, madeira, papel; 
• Líquidos: álcool, gasolina, óleo diesel;
• Gasosos: acetileno, Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), hidrogênio.
TIPOS DE
COMBUSTÍVEIS
COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS
(algodão, madeira,
papel)
COMBUSTÍVEIS GASOSOS
(acetileno, GLP, hidrogênio)
COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
(álcool, gasolina,
óleo diesel)
Figura 5 – Tipos de combustíveis em função do estado da matéria.
Os combustíveis líquidos possuem algumas características distintas, pois podem 
ser (Figura 6):
• Voláteis: liberam vapores em temperatura ambiente como, por exemplo, o ál-
cool, a gasolina e o éter. Os vapores fazem com que os combustíveis voláteis 
tenham maior grau de risco;
• Não voláteis: praticamente não liberam vapores como, por exemplo, a graxa 
e as tintas. 
COMBUSTÍVEIS 
LÍQUIDOS VOLÁTEIS
(álcool, gasolina, éter)
COMBUSTÍVEIS 
LÍQUIDOS NÃO VOLÁTEIS
(graxas, tintas)
TIPOS DE
COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
Figura 6 – Tipos de combustíveis líquidos
10
11
Comburente
Comburentes são todos os elementos que reagem quimicamente aos combustí-
veis, sendo capazes de fazê-los entrar em combustão.
O elemento comburente ativa o fogo, tornando possível a ocorrência das chamas.
O comburente mais comum é o gás oxigênio do ar atmosférico que, ao entrar em 
contato com o combustível, gera uma reação química exotérmica. 
Calor
O calor é a energia necessária ao desenvolvimento e à continuação da reação quí-
mica da combustão que gera o fogo. Assim, o calor faz o início do fogo, mantendo 
e o propagando através do combustível. 
As temperaturas características de cada tipo de combustível importante ao estudo 
do fogo são as seguintes:
• Ponto de fulgor: é a temperatura mínima onde os combustíveis começam a li-
berar vapores inflamáveis. Nesta temperatura os vapores inflamáveis estão ainda 
em quantidades insuficientes para manter a queima, ou as chamas;
• Ponto de combustão: é a temperatura onde a quantidade de vapores do com-
bustível já é suficiente para manter o processo da queima;
• Ponto de ignição: é a temperatura onde a quantidade de vapores inflamáveis 
do elemento combustível tem intensidade suficiente para que pegue fogo, isto é, 
entre em combustão só pelo contato com o oxigênio. É a temperatura a partir 
da qual a velocidade em que a matéria libera gases é suficiente para manter a 
combustão por, pelo menos, cinco segundos.
A Tabela 1 apresenta alguns exemplos de ponto de ignição para determinados 
elementos combustíveis:
Tabela 1 – Exemplos de ponto de ignição
Tipo Combustível Temperatura de ignição (ºC)
Sólidos
Madeira 280 a 500
Papel 218 a 246
Líquidos
Álcool 371
Gasolina 246
Óleo diesel 210
Gasosos
Acetileno 305
GLP 480
Hidrogênio 560
11
UNIDADE Sistemas de Combate a Incêndio 
e Proteção Contra Surtos em Edificações
Extinção do Fogo
Para extinguir a reação que conduz ao fogo é necessária a eliminação de um dos 
componentes do triângulo do fogo.
Assim, é possível extinguir o fogo retirando-se o calor, por resfriamento (por 
exemplo, lançando-se água, que faz com que o fogo perca calor); ou removendo-se 
o oxigênio (por exemplo, abafando o fogo com cobertores ou utilizando gás carbô-
nico); ou mesmo retirando-se o elemento combustível (por exemplo, madeira, papel, 
álcool, gasolina, gás). 
Os produtos provenientes da combustão, principalmente vapor de água e gás 
carbônico, estando em altas temperaturas devido ao calor desprendido pela reação 
química, emitem luz visível. 
A luz do fogo que é visível (chama) é o resultado de uma mistura de gases incan-
descentes que emitem energia. 
A composição dos gases que se desprendem dos materiais combustíveis,assim 
como a sua temperatura e quantidade do comburente determinam a cor da chama. 
Na combustão da madeira ou de papel a chama é roxa, amarela ou alaranjada. 
Na queima de gases de hidrocarbonetos tem-se chamas azuladas, e cores diferen-
ciadas ocorrem na queima de substâncias com elementos metálicos. 
A cor do fogo é também usada para estimar a temperatura de autofornos indus-
triais, uma vez que a temperatura do fogo também varia de acordo com a cor da 
chama. Deve-se considerar que há, então, vários fatores, entre os quais o tipo de 
combustível e a temperatura do fogo, provocando determinada cor.
Ademais, deve-se ter cuidado com os combustíveis cuja cor da chama é invi-
sível ao olho humano, tal como acontece com o álcool em gel. Essa condição 
pode causar queimaduras graves nas pessoas – por não identificarem as chamas 
do combustível.
Assim, para a extinção do fogo, consequentemente de um incêndio, elimina-se 
um dos componentes do triângulo do fogo: combustível, comburente ou calor 
Eliminação do Combustível
A eliminação do combustível é feita através da cessação da entrada do combustível 
no processo químico da combustão. Por exemplo, a eliminação do combustível pode 
ser feita através de seu isolamento.
O isolamento de combustíveis sólidos pode ocorrer através de sua retirada do 
local do incêndio. O isolamento de combustíveis fluidos (líquidos e gases) pode 
ser feito através do fechamento de válvulas de dutos que conduzam o fluido que 
está queimando.
12
13
Eliminação do Comburente
A eliminação do comburente é outro método de extinção do incêndio. A intenção 
é evitar o contato do combustível com o oxigênio, através de cobertura do combus-
tível para causar o abafamento da combustão.
O abafamento pode ocorrer, por exemplo, através da utilização de panos úmidos, 
areia, pó químico seco ou de gás carbônico.
Eliminação do Calor
A eliminação do calor do processo de combustão através do resfriamento é uma 
das principais soluções para o enfrentamento de incêndios.
O resfriamento é amplamente utilizado como combate de incêndios de combus-
tíveis que deixam resíduos sólidos, porque queimam na superfície e têm calor nas 
partes internas, em profundidade, deixando cinzas.
Sistemas Ativos de Combate a Incêndio
A Norma Regulamentadora (NR) da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do 
Ministério da Economia 23:2011 – proteção contra incêndios – sistematiza o fogo 
nas seguintes classes (Figura 7):
• São os combustíveis compostos por materiais sólidos de fácil combustão. Quei-
mam em sua superfície e profundidade, deixando resíduos como, por exemplo, 
fibras, madeira, papel e tecidos;
• São os combustíveis compostos por líquidos inflamáveis. Tais fluidos queimam 
somente em sua superfície, não deixando resíduos como, por exemplo, gasolina, 
graxas, óleos, tintas e vernizes;
• Nesta classe estão os combustíveis compostos por equipamentos elétricos 
energizados como, por exemplo, motores, quadros de distribuição de energia 
elétrica e transformadores;
• Tratam-se dos combustíveis compostos por elementos pirofóricos como, por 
exemplo, magnésio, titânio e zircônio.
CLASSE A
(materiais sólidos)
CLASSES
DE FOGO
CLASSE B
(líquidos in�amáveis)
CLASSE C
(materiais elétricos energizados)
CLASSE D
(materiais pirofóricos)
Figura 7 – Classes de fogo
 Fonte: Adaptado de NR 23:2011
13
UNIDADE Sistemas de Combate a Incêndio 
e Proteção Contra Surtos em Edificações
A proteção ativa de combate a incêndios corresponde às medidas de combate a 
focos de incêndio.
A proteção ativa de combate a incêndios tem a intenção de atuar para extinguir o 
fogo ou controlá-lo em sua origem. 
Sistemas Ativos de Combate a Incêndios
Os sistemas ativos de combate a incêndios também são denominados sistemas 
de proteção ativa contra incêndio. Tais sistemas são compostos por equipamentos 
e medidas complementares, que têm como objetivo o combate imediato ao início de 
incêndio. A extinção do fogo pode ocorrer de maneira automática ou não.
Alguns dos dispositivos desse sistema são alarmes de incêndio, extintores portáteis, 
hidrantes e sprinklers, além do sistema de sinalização (iluminação de emergência, 
rotas de fuga e saídas de emergência). 
Os sistemas ativos de combate a incêndios devem ser aprovados pelo Corpo de 
Bombeiros Militar do Estado em que a edificação foi construída. Além disso, o Corpo 
de Bombeiros fará vistoria da obra para fornecer o Auto de Vistoria do Corpo de 
Bombeiros (AVCB) – sem tal documento a prefeitura não autoriza a liberação da 
edificação para o seu uso.
Assim, os sistemas ativos de combate a incêndios são compostos de equipamentos 
e instalações prediais, sem a utilização normal no dia a dia da edificação, sendo 
somente acionados em caso de emergência.
O acionamento dos sistemas ativos pode ser realizado de forma manual ou auto-
mática. Os sistemas ativos de combate a incêndios devem ser complementares aos 
sistemas passivos de combate a incêndios.
Entre os principais padrões de proteção ativa tem-se o Sistema de Detecção, alar-
me e Combate ao Incêndio (SDCI) e Sistema de Extinção manual e/ou automática 
de incêndio (Figura 8).
SISTEMAS ATIVOS
DE COMBATE
A INCÊNDIOS
Sistema de detecção,
alarme e combate ao
incêndio (SDCI)
Sistema de extinção
manual e/ou
automática de
incêndio
Figura 8 – Sistemas ativos de combate a incêndios
Sistema de Detecção, Alarme e Combate a Incêndio (SDCI)
O SDCI também é denominado Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio 
(SDAI). É um sistema específico integrado de segurança, que atua de maneira plane-
jada, com a intenção de detectar os estágios iniciais de um incêndio. 
Não pode ser estruturado isoladamente dos demais sistemas de segurança das 
edificações.
14
15
Esse sistema de segurança, além da detecção do incêndio, executa comandos de 
alarme de incêndio, por meio de sinalização audiovisual, bem como atua no processo 
de extinção das chamas de incêndios. 
As ações de comando do SDCI podem ser executadas de forma manual ou 
automaticamente.
Existem sistemas eletrônicos que realizam a atividade de supervisão e são capa-
zes de executar a distribuição de funções do SDCI como, por exemplo, monitorar, 
controlar e utilizar, pela rede de informática, a interface gráfica para os usuários 
das edificações.
A arquitetura desses sistemas eletrônicos, geralmente, é do tipo cliente-servidor, 
com rede modular de sistemas operacionais padrão de redes e protocolos. É inte-
ressante que o sistema de supervisão seja integrado, por exemplo, por meio de uma 
rede WAN – Wide Area Network –, que fará a ligação dos pontos desse sistema. 
A operação e configuração remota pode acontecer utilizando a comunicação pa-
drão dial-up via modem. A conexão entre os diversos tipos de servidores pode ser 
feita através de rede WAN ou LAN – Local Area Network.
Ademais, o SDCI é composto pelos sistemas de Iluminação e sinalização de emer-
gência e Controle de movimento de fumaça (Figura 9).
SISTEMA DE DETECÇÃO,
ALARME E COMBATE
AO INCÊNDIO (SDCI)
Sistema de iluminação
e sinalização de
emergência
Sistema de controle
de movimento de
fumaça
Figura 9 – Sistema de Detecção, Alarme e Combate ao Incêndio (SDCI)
Sistema de Iluminação e Sinalização de Emergência
O sistema de iluminação e sinalização de emergência das edificações é uma parte 
do SDCI que complementa a viabilidade da saída dos ocupantes das edificações. 
Para a colocação dos pontos de iluminação de emergência é importante observar 
as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros de cada Estado, bem como as pres-
crições da Norma Brasileira de Regulamentação (NBR) da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) 10898:2013 – sistema de iluminação de emergência –, 
que indica as distâncias máximas das instalações dos pontos de iluminação, a sua 
colocação em mudanças de direção, bem como sobre as portas de saída. Os sistemas 
de iluminação de emergência podem ser constituídos por blocos autônomos, centrais 
de baterias, geradores ou mistos.
Sistema de Controle de Movimentode Fumaça
O sistema de controle de movimento de fumaça é um componente importante 
do SDCI, porque a maioria das mortes que ocorrem em incêndios é causada pela 
inalação de vapores tóxicos da fumaça.
15
UNIDADE Sistemas de Combate a Incêndio 
e Proteção Contra Surtos em Edificações
Trata-se, assim, de um sistema de proteção que inclui todos os métodos isolados 
ou combinados, com a intenção de:
• Modificar o movimento da fumaça, de forma a facilitar a evacuação das pessoas 
do interior das edificações;
• Diminuir o risco de inalação de gases ou partículas aquecidas, que são tóxicas 
aos seres humanos;
• Facilitar a identificação do local do foco de incêndio e, consequentemente, o 
seu combate.
Geralmente, o sistema de controle de movimento de fumaça está associado ao 
sistema de detecção e alarme de incêndio.
Para a instalação e o projeto adequados das medidas de proteção ativas é neces-
sária a integração entre o projeto de arquitetura e os projetos de cada sistema de 
segurança – e que sejam compatíveis entre si.
A intenção da compatibilização entre os diversos sistemas das edificações é a 
de proporcionar o melhor desempenho das medidas de segurança contra incêndio 
como um todo.
Sistema de Extinção Manual e/ou Automática de Incêndio
A extinção manual e/ou automática de incêndio pode ser feita por sistema básico 
e fixo (Figura 10).
SISTEMA DE EXTINÇÃO
MANUAL E/OU
AUTOMÁTICA DE
INCÊNDIO
Sistema básico Sistema �xo
Figura 10 – Elementos do sistema de extinção manual e/ou automática de incêndio
Sistema Básico
São componentes do sistema básico do sistema de extinção manual e/ou automá-
tica de incêndio o sistema de extintores de incêndio portáteis: 
Os extintores de incêndio portáteis compõem o sistema básico de segurança con-
tra incêndio das edificações, objetivando o combate ao fogo no princípio de incêndio 
e possuindo as seguintes características: 
• Portabilidade;
• Facilidade de uso, manejo e operação.
Os extintores de incêndio portáteis possuem agentes específicos para comba-
ter incêndios como, por exemplo, água, gás carbônico e pó químico seco. Para 
cada tipo de material combustível existem agentes mais adequados para a extin-
ção do incêndio.
16
17
Sistema Fixo
O sistema fixo do padrão básico do sistema de extinção manual e/ou automática de 
incêndio é composto por chuveiros automáticos (sprinklers), hidrantes e mangotinhos.
Sistema de Chuveiros Automático 
O chuveiro automático é um sistema fixo de combate a incêndio e funciona auto-
nomamente, sendo ativado por um foco de incêndio.
Assim que o chuveiro automático é acionado, libera água de forma a extinguir e 
controlar o incêndio em seu estágio inicial. 
Esse sistema, se comparado aos demais padrões de extinção de incêndio, apre-
senta o menor intervalo de tempo entre a detecção e o combate a incêndio. Dessa 
forma ágil, evita a propagação do incêndio para os demais compartimentos da edifi-
cação, aumentando o tempo de fuga para os usuários.
A NR SIT 23:2011 indica as situações para a utilização dos extintores (Tabela 2):
Tabela 2 – Exemplos de extintores por classe de fogo
Tipo de extintor
Classes de fogo
A B C D
Água pressurizada ✓ Nunca Nunca Nunca
Espuma ✓ ✓ Nunca Nunca
Dióxido de 
carbono (CO2)
Usar somente no 
início do incêndio
Usar preferen-
cialmente
Usar preferen-
cialmente Nunca
Pó químico seco Nunca ✓ ✓
Pó químico 
especial para cada 
tipo de material
Abafamento 
por areia
Nunca ✓ Nunca ✓
Abafamento por limalha 
de ferro fundido
Nunca Nunca Nunca ✓
Fonte: Adaptada da NR 23:2011
Sistema de Hidrantes e de Mangotinhos 
Trata-se de um sistema fixo de combate a incêndio, cujo objetivo é proteger pessoas 
e patrimônio, realizando a extinção ou o controle do incêndio, em seu estágio inicial.
Funciona através de acionamento manual, liberando água pressurizada sobre 
o foco de incêndio. Os hidrantes têm vazões compatíveis aos riscos dos locais 
das edificações.
Sistemas Passivos de Combate a Incêndio
Igualmente denominados Sistemas de Proteção Passiva Contra Incêndio (SPPCI), 
são utilizados para evitar que os incêndios se propaguem e haja tempo suficiente para 
17
UNIDADE Sistemas de Combate a Incêndio 
e Proteção Contra Surtos em Edificações
que os ocupantes das edificações possam evacuar o local do incêndio com segurança, 
bem como o Corpo de Bombeiros consiga resgatar as vítimas para combater o fogo.
A proteção passiva de combate a incêndios é composta por materiais e tecnologias 
que aumentam o tempo de resistência contra a ação do fogo e as suas consequências, 
oferecendo, dessa forma, mais proteção ao patrimônio e às pessoas.
Na proteção passiva são utilizados materiais que protegem as edificações do fogo 
por mais tempo, através do emprego de produtos que selem passagens de fogo e 
fumaça, tais como:
• Forros corta-fogo;
• Lajes e barreiras de cortina;
• Paredes especiais corta-fogo;
• Vidros resistentes ao fogo.
Ademais, as medidas de proteção passiva contra incêndio têm como objetivos:
• Aumentar o tempo de resistência das estruturas ao fogo;
• Reduzir a propagação de chamas e a emissão de fumaça nos materiais de 
acabamento e revestimento;
• Promover a compartimentação vertical e horizontal, confinando o fogo em 
determinado ambiente;
• Limitar os riscos das chamas, da fumaça e dos gases quentes;
• Limitar a radiação térmica de um incêndio.
Os sistemas de proteção passiva contra incêndios devem ser obrigatoriamente 
aprovados em testes laboratoriais com certificação nacional, para assegurar as suas 
propriedades e eficácia.
Os sistemas passivos de combate a incêndios podem ser realizados como vedação 
ou compartimentação, e Proteção passiva em estruturas metálicas (Figura 11).
SISTEMAS PASSIVOS
DE COMBATE A
INCÊNDIOS
Vedação ou
compartimentação
Proteção passiva em
estrutura metálicas
Figura 11 – Sistemas passivos de combate a incêndios.
Vedação ou Compartimentação
É necessário realizar a vedação, ou compartimentação, vertical e horizontal de 
shafts elétricos e hidrossanitários, porões, galerias de cabos, salas elétricas, além da 
selagem de fachadas das edificações em pele de vidro.
As selagens de shafts – ou os selos corta-fogo – são feitas para complementar o 
sistema de proteção contra incêndios. 
18
19
A selagem é aplicada simultaneamente com um conjunto de outros itens para 
proporcionar esse tipo de segurança. É feita através de blocos de materiais isolantes, 
cobertos com uma argamassa especial.
A função da selagem de shafts é a vedação de buracos e fendas para evitar a pro-
pagação de chamas, gases quentes e fumaça em caso de incêndio. 
Para que o local esteja realmente seguro, todas as aberturas que existem em 
fachadas e lajes, tais como painéis pré-moldados ou peles de vidro, precisam ser ve-
dados por selagem de shafts, com o objetivo de evitar ou retardar a propagação de 
fumaça ou gases quentes, além do próprio fogo.
Proteção Passiva em Estruturas Metálicas
A proteção das estruturas metálicas é necessária, porque esses materiais, em 
temperaturas elevadas (chegando a 550ºC), perdem a sua resistência, fazendo com 
que haja colapso da estrutura.
Essa medida de proteção permite que tais estruturas resistam ao fogo por um 
determinado período, que pode variar de 30 a 120 minutos – denominado Tempo 
Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF).
Ademais, a proteção passiva pode ser feita através de pintura intumescente ou 
argamassa projetada anti-chamas. 
Pintura Intumescente
A pintura intumescente protege as estruturas metálicas de possível colapso em 
situação de incêndio. Tem como objetivo aumentar o tempo de resistência da estru-
tura ao calor do fogo.
Essa pintura é feita com três camadas: primer, tinta intumescente e top 
coat (acabamento).
As tintas intumescentes reagem ao entrar em contato com temperaturas superiores 
a 200ºC, expandindo em mais de cinquenta vezes da sua espessura original, de 
modo a criar uma camada isolante sobre o metal da estrutura. 
Essa pintura assegura o atendimento das leis n.º 56.819/2011e n.º 13.425/2017 
e, no caso de construções no Estado de São Paulo, o atendimento à Instrução Téc-
nica n.º 8/2011 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. 
Argamassa Projetada Antichamas
A argamassa antichamas é um produto de baixo peso específico e não tóxico, 
pré-misturado a seco de aglomerantes, agregados leves e aditivos, sendo projetado 
diretamente na estrutura.
Essa argamassa não apresenta reação química após aplicação ou quando ex-
posta à ação do fogo. Possui razoável resistência mecânica e boa aderência em 
superfícies metálicas.
19
UNIDADE Sistemas de Combate a Incêndio 
e Proteção Contra Surtos em Edificações
Depois de aplicada, a sua aparência é a do chapisco, podendo ser pintada ou 
mantida em sua cor original (cinza claro). Não causa alergia ou irritabilidade aos usu-
ários das edificações, bem como não possibilita a geração de fungos, ou a fixação de 
insetos em seu interior.
É aplicada com a utilização de bomba pressurizada, tipo rosca sem fim projetado, 
diretamente na estrutura. Para isso, a estrutura deve estar limpa, isto é, isenta de 
óleos e graxas ou qualquer outro componente que comprometa a sua aderência.
A espessura final da argamassa projetada varia de acordo com o TRRF e fator de 
forma do perfil metálico. O fator de forma – ou massividade – do perfil metálico é o 
perímetro do perfil exposto ao fogo em função de sua seção transversal.
A principal vantagem da argamassa projetada antichamas é a sua alta produtivi-
dade e o seu baixo custo.
Sistemas de Proteção Contra Surtos
Os sistemas de proteção contra surtos têm como objetivo proteger os dispositivos 
elétricos e eletrônicos das edificações de surtos elétricos.
O surto elétrico é um fenômeno físico que vem de uma onda transitória de tensão 
que pode provocar a redução da vida útil ou a queima de dispositivos elétricos e ele-
trônicos, com risco de iniciar incêndios (Figura 12).
ONDA TRANSITÓRIA
DE TENSÃO
SURTO
ELÉTRICO
Redução da vida útil de
componentes elétricos
e eletrônicos
Queima de dispositivos
elétricos e eletrônicos
Início de incêndios
Figura 12 – Surto elétrico
Os surtos elétricos podem acontecer, por exemplo, devido a descargas atmosféri-
cas (raios) que atingem a rede de distribuição de energia elétrica, partidas de grandes 
motores (operações de liga e desliga de máquinas ou motores de elevador), ou mesmo 
de pequenos motores como os de aparelhos de ar-condicionado ou máquinas de lavar, e 
situações específicas que podem ocorrer nas instalações elétricas, tal como o religamen-
to do sistema de distribuição de energia elétrica por parte da empresa concessionária.
Os principais danos causados pelos surtos elétricos são os seguintes:
• Degradação de componentes elétricos e eletrônicos;
• Diminuição de vida útil dos equipamentos eletroeletrônicos;
• Queima instantânea dos equipamentos eletroeletrônicos.
20
21
Os Dispositivos de Proteção contra Surtos elétricos (DPS) são equipamentos que 
detectam sobretensões transitórias na rede elétrica. São importantes para a proteção 
dos equipamentos elétricos e eletrônicos, evitando com que queimem.
Os DPS contêm um componente eletrônico básico denominado varistor, que é 
um resistor elétrico. A sua atuação é rápida e depende da tensão para mudar o valor 
de sua resistência, isto é, quanto maior a tensão, menor a oposição à passagem da 
corrente elétrica; e quanto menor o valor da tensão, maior será a resistência. 
Quando o surto acontece na rede elétrica a tensão é extremamente alta, ou seja, a 
tensão tende ao infinito. Quando essa tensão passa pelo DPS, a resistência do varistor 
tende a zero, oferecendo, assim, um caminho com menor oposição à passagem da cor-
rente elétrica, escoando toda essa energia pelo sistema de aterramento da edificação.
O DPS desvia o surto elétrico de maneira rápida ao sistema de aterramento, de 
modo que o sistema de proteção dos disjuntores (dispositivos de desconexão) não é 
acionado. Por isso, o DPS só funciona com o condutor fase conectado em um terminal 
e o condutor terra conectado em outro.
Quando ocorre o surto elétrico o DPS é acionado, fechando um curto-circuito 
entre os condutores fase e terra. Essa condição faz com que não ocorra danos aos 
equipamentos ligados nas instalações elétricas das edificações.
O DPS tem vida útil, que se encerra quando o seu circuito interno já não consegue 
realizar o fechamento entre fase e terra com alta velocidade.
O maior cuidado com a utilização do DPS ocorre quando esse dispositivo de 
proteção queima e o curto entre fase e terra é permanente. Por isso, é necessário 
instalar no circuito elétrico um dispositivo de desconexão.
Existem três classes de DPS, para sobretensões em locais específicos, com dispo-
sitivos de proteção contra surtos elétricos:
• Com capacidade para drenagem de correntes parciais de um raio, para áreas ur-
banas periféricas e rurais, que ficam expostas a descargas atmosféricas diretas;
• Que drenam correntes induzidas, em edificações, com efeitos indiretos de 
descarga atmosférica;
• Que são instalados próximos a equipamentos ligados à rede elétrica, de dados 
ou telefônica, para proteção fina.
A instalação do DPS deve atender às prescrições da NBR 5410:2008 – instala-
ções elétricas de baixa tensão.
21
UNIDADE Sistemas de Combate a Incêndio 
e Proteção Contra Surtos em Edificações
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Análise estrutural
KASSIMALI, A. Análise estrutural. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
 Leitura
NBR 6118: projeto de estruturas de concreto
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de 
concreto – procedimentos. Rio de Janeiro, 2014.
https://bit.ly/3gijIlL
NBR 6122: projeto e execução de fundações
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: projeto e execução de 
fundações. Rio de Janeiro, 2010.
https://bit.ly/2EjW8aX
NBR 6123: forças devidas ao vento em edificações
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: forças devidas ao vento 
em edificações. Rio de Janeiro, 1988.
https://bit.ly/3hgaoAb
NBR 6120: cargas para o cálculo de estruturas de edificações
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: cargas para o cálculo de 
estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980.
https://bit.ly/3j0e5va
22
23
Referências
PORTO, T. B.; FERNANDES, D. S. G. Curso básico de concreto armado: conforme 
NBR 6118/2014. São Paulo: Oficina de Textos, 2015.
NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. 5. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2016.
 ________. Tecnologia do concreto. 2. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2013.
23

Outros materiais