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Projeto de Edificações
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Antonio Carlos da Fonseca Bragança Pinheiro
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Projeto, Dimensionamento Estrutural 
e Interface com Outras Disciplinas
Projeto, Dimensionamento Estrutural 
e Interface com Outras Disciplinas
 
 
• Conhecer os componentes estruturais e de projeto para as edificações;
• Conhecer as plantas de fôrmas, planta de detalhamento de peças, levantamento de cargas 
e os projetos específicos;
• Conhecer a interface dos projetos específicos com as instalações prediais.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Plantas de Fôrmas;
• Levantamento de Cargas;
• Projetos Específicos;
• Interface dos Projetos Específicos com as Instalações Prediais.
UNIDADE Projeto, Dimensionamento Estrutural e Interface com Outras Disciplinas
Introdução 
O projeto estrutural de concreto armado é composto por um conjunto de pran-
chas (folhas de desenhos), contendo as informações necessárias para a execução da 
estrutura das edificações.
Nas edificações, os principais elementos do projeto estrutural de concreto armado 
são os seguintes (Figura 1):
• Planta de locação de estrutura;
• Planta de fôrmas;
• Desenhos de cortes;
• Detalhamento das armaduras:
 » Das fundações;
 » Das lajes;
 » Das vigas;
 » Dos pilares;
 » Das escadas;
 » Dos reservatórios;
 » Das piscinas.
Principais elementos do
projeto estrutural de 
concreto armado
Planta de locação
de estrutura
Detalhamento das 
armaduras das fundações
Detalhamento das 
armaduras das escadas
Detalhamento das 
armaduras dos reservatórios
Detalhamento das 
armaduras das piscinas
Detalhamento das 
armaduras das lajes
Detalhamento das 
armaduras das vigas
Detalhamento das 
armaduras dos pilares
Planta de formas Desenho de cortes
Figura 1 – Principais elementos do projeto estrutural de concreto armado
A planta fundamental para a estrutura de uma edificação é a planta de loca-
ção de estrutura, pela qual será feita a locação dos pilares e das fundações. 
Esta planta geralmente é feita nas escalas de 1:75 ou 1:50 (Figura 2).
8
9
Figura 2 – Exemplo de planta de locação de estrutura de fundações
F onte: Acervo do conteudista
Na Figura 2 os eixos verticais de referência (V1) e (V2) e o horizontal (H1) são 
utilizados para marcar o gabarito da obra e auxiliar na locação dos pilares e das fun-
dações (sapatas isoladas).
São marcadas as cotas entre os eixos de referência e algum elemento fixo da obra 
como, por exemplo, o limite do terreno.
Na planta de locação também são necessárias as dimensões dos pilares e das 
fundações – tais informações são úteis para a escavação das fundações.
Plantas de Fôrmas
As plantas de fôrmas contêm os desenhos das fôrmas que moldarão os elementos 
estruturais de concreto armado da edificação. Os desenhos das plantas de fôrmas 
são feitos geralmente nas escalas 1:50 ou 1:75.
A planta de fôrmas compõe o projeto de fundações e o projeto da superestrutura 
(projeto estrutural). Identifica e posiciona o conjunto de fundações (blocos, sapa-
tas, radieres, estacas, tubulões), lajes, vigas, pilares e outros elementos de concreto 
 armado que são moldados in loco e compõem a estrutura de concreto armado das 
edificações (Figura 2). 
Figura 2 – Exemplo de planta de fôrmas
Fonte: Acervo do conteudista
9
UNIDADE Projeto, Dimensionamento Estrutural e Interface com Outras Disciplinas
As fôrmas são compostas por materiais rígidos que servem para moldar os ele-
mentos de concreto armado, podendo ser feitas com madeira, aço ou Policloreto de 
Vinila (PVC).
Os desenhos das plantas de fôrmas seguem as mesmas regras (de graficação) que 
são utilizadas nos desenhos de planta baixa. Utilizam linhas mais espessas para ele-
mentos de maior nível/altura e mais finas para elementos mais distantes. Apenas os 
pilares são representados como elementos em corte.
As plantas de fôrmas informam detalhes construtivos importantes, tais como as 
dimensões dos diversos elementos estruturais de concreto armado, a sua posição e o 
seu nível. Por exemplo, é importante haver indicação do rebaixamento de uma laje 
de sacada (Figura 4).
Figura 4 – Corte do rebaixamento de sacada
Fonte: Acervo do conteudista
Já a Figura 5 apresenta a planta de fôrmas com a indicação do rebaixo da sacada:
Figura 5 – Planta de fôrmas com o rebaixamento de sacada.
Fonte: Acervo do conteudista
10
11
A Figura 6 apresenta uma planta de fôrmas com rebaixamento de sacada e sem 
a laje (L3), existente na Figura 5:
Figura 6 – Planta de fôrmas com o rebaixamento de sacada e espaço interno aberto
F onte: Acervo do conteudista
A planta de fôrmas deve conter todos os elementos gráficos e textuais necessários 
para a identificação e o posicionamento da estrutura no terreno (Figura 7), a saber:
• Origem;
• Cotas;
• Níveis;
• Ligações entre lajes e vigas;
• Detalhamento dos elementos estruturais.
Elementos das
plantas de formas
Cotas
Detalhamento dos
elementos estruturais
Ligações entre
lages e vigas
NíveisOrigens
Figura 7 – Elementos da planta de fôrmas
Origem 
A origem, igualmente denominada referência, é uma informação fundamental 
para a localização dos elementos estruturais no local da obra. 
A origem na planta de fôrmas deve ser feita em pontos fixos da obra, a fim de 
que eventuais deslocamentos ocorridos durante a execução da obra não possam 
prejudicar a sua locação.
11
UNIDADE Projeto, Dimensionamento Estrutural e Interface com Outras Disciplinas
Cotas
As cotas são as dimensões e distâncias dos elementos estruturais até um dos pon-
tos de referência da obra. 
É importante indicar as distâncias entre cada um dos elementos estruturais, pois 
durante a obra, comumente, pode ser inviável que todos os elementos possam ser 
cotados em relação à origem.
Níveis
Os níveis dos elementos estruturais devem ser indicados de forma a garantir que 
não ocorram erros de execução que possam prejudicar o nível do acabamento. 
Além da indicação da cota de nível de cada ambiente, deve-se sinalizar, através de 
hachuras, as lajes situadas acima e abaixo do nível de referência zero da obra. 
Ademais, na planta de fôrmas deve haver legenda com as diferentes cores e 
 hachuras utilizadas nos desenhos.
Ligações Entre Lajes e Vigas
A representação das ligações entre lajes e vigas na planta de fôrmas contribui para 
a compreensão do projeto estrutural, possibilitando evitar erros de interpretação. 
Embora as cotas dos níveis já indiquem a ligação que será feita, a representação 
das ligações é mais uma fonte de informação para evitar interpretações erradas 
(Figura 8).
Figura 8 – Representações das ligações entre lajes e vigas na planta de fôrmas
Fonte: Acervo do conteudista
Planta de Detalhamento de Peças
Nas plantas de fôrmas, além das informações textuais, é necessário indicar os 
elementos com as suas dimensões corretas e respectivas posições na estrutura.
Todos os elementos estruturais devem ser identificados para posterior localização 
do detalhamento das suas armaduras. 
12
13
Comumente, para a identificação dos elementos estruturais é utilizada a primeira 
letra do elemento seguida de um número. Por exemplo, o primeiro número é rela-
cionado ao pavimento, e os demais à numeração do elemento estrutural (Tabela 1).
Tabela 1 – Identifi cação dos elementos estruturais na planta de fôrmas
Elemento 
estrutural Pavimento
Numeração do 
elemento estrutural
Identifi cação do 
elemento estrutural
Laje 1 1 L101
Laje 2 2 L202
Viga 1 1 V101
Viga 2 2 V202
Pilar 1 1 P101
Pilar 2 2 P202
Fundações
Na planta de fôrmas do primeiro pavimento junto ao solo (térreo ou do subsolo, 
se houver), devem ser indicados os elementos de fundação, tais como blocos, sapa-
tas, radieres, estacas e/ou tubulões. No caso das fundações profundas, tais como as 
estacas e os tubulões, deve aparecer o bloco de coroamento com os elementos de 
fundação tracejados (Figura 9).
Figura 9 – Planta de fôrmas de fundações de bloco de coroamento de estacasFonte: Acervo do conteudista
Lajes
Na planta de fôrmas, as lajes do nível zero do pavimento são representadas ape-
nas com um elemento textual, que indica a sua numeração e espessura. 
As lajes em desnível, positivo ou negativo, podem ser representadas por um texto 
ou por hachuras – condição mais indicada.
A Figura ( 8) apresenta três tipos de lajes:
• L1: laje pré-moldada, com vigotas na direção horizontal;
• L2: laje maciça;
• L3: laje grelha, laje cubeta ou laje nervurada.
13
UNIDADE Projeto, Dimensionamento Estrutural e Interface com Outras Disciplinas
Figura 10 – Representações das ligações entre lajes e vigas na planta de fôrmas
Fonte: Acervo do conteudista
Vigas
Na planta de fôrmas as vigas são representadas por duas linhas paralelas e ele-
mento textual com a sua numeração e dimensões. Na Figura 9 são representadas as 
vigas V1, V2, V3, V4 e V5:
Figura 11 – Representação das vigas na planta de fôrmas
Fonte: Acervo do conteudista
Pilares
Nas plantas de fôrmas podem existir três tipos de pilares que (Figura 12):
• “Morrem” na laje do pavimento representado;
• “Nascem” no pavimento representado;
• “Nascem” em pavimentos inferiores ao pavimento representado e continuam 
até o pavimento superior ao pavimento representado.
14
15
Figura 12 – Tipos de pilares na planta de fôrmas
 Fonte: Acervo do conteudista
A simbologia que será adotada aos pilares deve ser indicada na planta de fôrmas.
Levantamento de Cargas
Para realizar o levantamento de cargas que atuam nos elementos estruturais, 
deve-se conhecer todas as ações que podem atuar simultaneamente durante a vida 
útil da estrutura.
Ações são as causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas, 
 podendo ser indiretas (deformações impostas) ou diretas (forças ou momentos).
Para a determinação das ações deve-se observar as prescrições das Normas Brasileiras 
de Regulamentação (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):
• 6118:2014 – projeto de estruturas de concreto – procedimento;
• 6120:2019 – cargas para cálculo de estruturas de edificações – procedimento;
• 8681:2004 – ações e segurança nas estruturas – procedimento;
• 14931:2004 – execução de estruturas de concreto – procedimento.
As ações atuantes nas estruturas são permanentes, variáveis e excepcionais. 
Ações Permanentes
São as ações que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a 
vida da construção. São consideradas permanentes as ações que crescem com o 
tempo, tendendo a um valor-limite constante.
• Ações permanentes diretas:
» Peso próprio da estrutura;
» Pesos dos elementos construtivos fixos;
» Pesos de instalações permanentes;
» Empuxo de terra – quando não removíveis.
15
UNIDADE Projeto, Dimensionamento Estrutural e Interface com Outras Disciplinas
• Ações permanentes indiretas:
 » Retração do concreto;
 » Fluência do concreto;
 » Deslocamento de apoio;
 » Imperfeições geométricas;
 » Protensão.
Ações Variáveis
São as ações que ocorrem com valores que representam variações significativas 
em torno de sua vida média, durante a vida da construção.
• Ações variáveis diretas:
 » Cargas acidentais previstas para o uso da construção ⎯ cargas verticais de uso 
da construção; cargas móveis, considerando o impacto vertical; impacto late-
ral; a força longitudinal de frenação ou aceleração; força centrífuga;
 » Ação do vento;
 » Ação da água;
 » Ações variáveis durante a construção.
• Ações variáveis indiretas:
 » Variações uniformes de temperatura;
 » Variações não uniformes de temperatura;
 » Ações dinâmicas.
Ações Excepcionais
No projeto de estruturas sujeitas a situações excepcionais de carregamento, cujos 
efeitos não possam ser controlados por outros meios, devem ser consideradas ações 
excepcionais com os valores definidos, em cada caso particular.
Para o levantamento das cargas permanentes diretas que atuarão na estrutura é ne-
cessário conhecer o peso específico dos materiais que comporão a edificação (Tabela 2).
Tabela 2 – Peso específico dos materiais
Material γ (kN/m3)
Rochas naturais
Ardósia 28
Granito, sienito, pórfiro 27 a 30 (28,5)
Mármore e calcário 28
Blocos artificiais e pisos
Blocos vazados de concreto 14
Blocos cerâmicos furados 13
Blocos cerâmicos maciços 18
Blocos de concreto celular autoclavado 6,5
Blocos de vidro 9
Lajotas cerâmicas 18
Porcelanato 25
16
17
Material γ (kN/m3)
Argamassas e concreto
Argamassa de cal, cimento e areia 19
Argamassa e cal 12 a 18 (15)
Argamassa de cimento e areia 19 a 23 (21)
Argamassa de gesso 12 a 18 (15)
Argamassa autonivelante 24
Concreto simples 24
Concreto armado 25
Metais
Aço 77 a 78,5 (77,8)
Alumínio e ligas 28
Bronze 83 a 85 (84)
Chumbo 112 a 114 (113)
Cobre 87 a 89 (88)
Ferro fundido 71 a 72,5 (71,8)
Latão 83 a 85 (84)
Zinco 71 a 72 (71,5)
Madeiras
Cedro 5
Louro, imbuia, pau-óleo 6,5
Angico, cabriúva 10
Champanhe, ipê, jatobá, sucupira 11
Fonte: Adaptada da NBR 6120:2019
As cargas acidentais (sobrecargas) que atuam nas edificações dependem da uti-
lização de cada compartimento como, por exemplo, sala de ambiente residencial, 
quadra esportiva, auditório (Tabela 3).
Tabela 3 – Cargas variáveis
Local
Carga uniformemente 
distribuída (kN/m2)
Aeroportos
Áreas de acesso público, circulações, sanitários 5
Lojas, duty free 5
Arquibancadas e tribunas
Com assentos fixos 4
Com assentos móveis 5
Áreas técnicas – as cargas 
devem ser validadas caso a 
caso, porém, com os míni-
mos indicados nesta Tabela
Barrilete 1,5
Áreas técnicas em geral (fora da projeção dos 
equipamentos), exceto barrilete 3
Centro de Processamento de Dados (CPD) 5
Balcões, sacadas, varandas
 e terraços
Residencial 2,5
Comercial, corporativos e escritórios 3
Com acesso público (hotéis, hospitais, escolas, 
teatros etc.) 4
Clubes
Salão de esportes 5
Sanitário, vestiários 2
Quadras esportivas 5
Edifícios residenciais
Dormitórios 1,5
Sala, copa, cozinha 1,5
Despensa, área de serviço, lavanderia 2
Salão de festas, salão de jogos 3
Academia 3
Quadras esportivas 5
Fonte: Adaptada da NBR 6120:2020
17
UNIDADE Projeto, Dimensionamento Estrutural e Interface com Outras Disciplinas
Exemplo 1
Determinar a carga atuante por metro quadrado da laje de sala em um edifício 
residencial (Figura 13).
Dados: espessura da laje → h = 10 cm; piso angico; regularização → argamassa 
de cimento e areia; revestimento → argamassa e cal, cimento e areia.
Figura 13 – Corte da laje do Exemplo 1
Fonte: Acervo do conteudista
Solução
Laje → hlaje x γconcreto armado = 0,10 × 25 = 2,500 kN/m
2
Piso → hpiso x γangico = 0,02 × 10 = 0,200 kN/m
2
Regularização → hreg × γarg.reg. = 0,025 × 21 = 0,525 kN/m
2
Revestimento → hrevestimento × γarg.revestimento = 0,015 × 19 = 0,285 kN/m
2
 gtotal = 3,510 kN/m
2
Carga acidental → qa = 1,5 kN/m
2
Carga atuante → q = gtotal + qa = 3,510 + 1,5 = 5,01 kN/m
2
Exemplo 2
Determinar a carga atuante nas vigas V1, V2, V3, V4 e V5 da Figura 14. 
18
19
Dados: as lajes L1 e L2 são maciças, com carga total q = 5,00 kN/m2. Não há 
alvenaria sobre as vigas.
Figura 14 – Laje do Exemplo 2
Fonte: Acervo do conteudista
Solução 
Laje 1 → 400 / 150 = 2,6 → laje armada na direção vertical.
Laje 2 → 600 / 400 = 1,5 → laje armada em duas direções.
As áreas de influência das cargas das lajes nas vigas são apresentadas na Figura 15:
Figura 15 – Áreas de infl uência das cargas das lajes nas vigas (Exemplo 2)
 Fonte: Acervo do conteudista
19
UNIDADE Projeto, Dimensionamento Estrutural e Interface com Outras Disciplinas
As cargas atuantes em cada tramo das vigas são apresentadas na Tabela 4:
Tabela 4 – Cargas atuantes nas vigas segundo a Figura 14
Viga Tramo
Peso próprio 
da viga (kN/m)
Área de influência da 
laje para a viga (m2)
Carga da laje para 
a viga (kN/m)
Composição da carga 
na viga (kN/m)
Carga na 
viga (kN/m)
V1
P1P2
0,19 × 0,60 × 2,5 
= 0,29
Laje (1)
Retângulo
(4,00 / 2) × 1,50 = 3,00
(3,00 / 1,50) × 5,00 
= 10,00 0,29 + 10,00 10,29
P2P3
Laje (2)
Trapézio
(4,00 / 4) × (2 × 6,00 
– 4,00) = 8,00
(8,00/ 6,00) × 5,00 
= 6,67 0,29 + 6,67 6,96
V2
P4P5
0,19 × 0,60 × 2,5 
= 0,29
Laje (1)
Retângulo
(4,00 / 2) × 1,50 = 3,00
(3,00 / 1,50) × 5,00 
= 10,00 0,29 + 10,00 10,29
P5P6
Laje (2)
Trapézio
(4,00 / 4) × (2 × 6,00 
– 4,00) = 8,00
(8,00 / 6,00) × 5,00 
= 6,67 0,29 + 6,67 6,96
V3 P1P4 0,19 × 0,40 × 2,5 = 0,19
Laje (1)
Não há carga – 0,19 0,19
V4 P2P5 0,19 × 0,40 × 2,5 = 0,19
Laje (1)
Não há carga
Laje (2)
Triângulo
(4,002) / 4 = 4,00
(4,00 / 4,00) × 5,00 
= 5,00 0,19 + 5,00 5,19
V5 P3P6 0,19 × 0,40 × 2,5 = 0,19
Laje (2)
Triângulo
(4,002) / 4 = 4,00
(4,00 / 4,00) × 5,00 
= 5,00 0,19 + 5,00 5,19
Exemplo 3
Determinar a carga atuante nos pilares P1, P2, P3, P4, P5 e P6 da Figura 14. 
Solução
A determinação das cargas atuantes nos pilares da Figura 14 será feita por área 
de influência apresentada na Figura 16:
Figura 16 – Áreas de influência das cargas nos pilares segundo a Figura 14
Fonte: Acervo do conteudista
20
21
As cargas atuantes em cada pilar são apresentadas na Tabela 5:
Tabela 5 – Cargas atuantes nos pilares segundo a Figura 14
Pilar Carga do peso da viga no pilar (kN)
Área de infl uência da 
laje para o pilar (m2)
Carga da laje 
para o pilar (kN)
Composição da 
carga no pilar (kN)
Carga no 
pilar (kN)
P1
V1 – P1P2
0,29 × (1,50 / 2) = 0,22 Laje (1)
Retângulo
(4,00 / 2) × (1,50 / 2) = 1,50
1,50 × 5,00 = 7,50 0,22 + 0,38 + 7,50 8,10
V3 – P1P4
0,19 × (4,00 / 2) = 0,38
P2
V1 – P1P2
0,29 × (1,50 / 2) = 0,22
Laje (1)
Retângulo
(4,00 / 2) × (1,50 / 2) = 1,50
1,50 × 5,00 = 7,50
0,22 + 0,87 + 0,38 + 
7,50 + 30,00 38,97V1 – P2P30,29 × (6,00 / 2) = 0,87 Laje (2)
Retângulo
(4,00 / 2) × (6,00 / 2) = 6,00
6,00 × 5,00 = 
30,00V4 – P2P5
0,19 × (4,00 / 2) = 0,38
P3
V1 – P2P3
0,29 × (6,00 / 2) = 0,87 Laje (2)
Retângulo
(4,00 / 2) × (6,00 / 2) = 6,00
6,00 × 5,00 = 
30,00 0,87 + 0,38 + 30,00 31,25V5 – P3P6
0,19 × (4,00 / 2) = 0,38
P4
V2 – P4P5
0,29 × (1,50 / 2) = 0,22 Laje (1)
Retângulo
(4,00 / 2) × (1,50 / 2) = 1,50
1,50 × 5,00 = 7,50 0,22 + 0,38 + 7,50 8,10
V3 – P1P4
0,19 × (4,00 / 2) = 0,38
P5
V2 – P4P5
0,29 × (1,50 / 2) = 0,22
Laje (1)
Retângulo
(4,00 / 2) × (1,50 / 2) = 1,50
1,50 × 5,00 = 7,50
0,22 + 0,87 + 0,38 + 
7,50 + 30,00 38,97V2 – P5P60,29 × (6,00 / 2) = 0,87 Laje (2)
Retângulo
(4,00 / 2) × (6,00 / 2) = 6,00
6,00 × 5,00 = 
30,00V4 – P2P5
0,19 × (4,00 / 2) = 0,38
P6
V2 – P5P6
0,29 × (6,00 / 2) = 0,87 Laje (2)
Retângulo
(4,00 / 2) × (6,00 / 2) = 6,00
6,00 × 5,00 = 
30,00 0,87 + 0,38 + 30,00 31,25V5 – P3P6
0,19 × (4,00 / 2) = 0,38
Projetos Específicos
Nas edificações podem existir projetos específicos que necessitam da execução de 
cortes para melhor compreendê-los. 
Os desenhos de cortes das edificações têm como objetivo permitir a visualização 
rápida e simples das cotas de cada pavimento. Com isso, é possível verificar se exis-
tem desníveis em elementos estruturais, bem como se alguns dos pilares “nascem”, 
“morrem” ou continuam.
Os desenhos de corte servem como elementos gráficos complementares à planta 
de fôrmas, com a intenção de simplificar a sua compreensão (Figura 17):
21
UNIDADE Projeto, Dimensionamento Estrutural e Interface com Outras Disciplinas
Figura 17 – Desenho de corte de edificação
Fonte: Acervo do conteudista
Interface dos Projetos Específicos 
com as Instalações Prediais
Nas edificações podem existir alguns projetos específicos de instalações prediais 
de interfaces importantes com a estrutura de concreto armado como, por exemplo, 
aberturas e shafts.
A planta de fôrmas deve indicar elementos específicos como aberturas e shafts, que 
passam pelas lajes dos pavimentos e devem ser indicados nas plantas de fôrmas, a fim 
de não ser necessário fazer tais aberturas após a estrutura de concreto estar executada. 
Por isso, é necessário que se faça a compatibilização entre o projeto estrutural com os 
projetos de instalações hidráulicas, elétricas, de ar-condicionado e de automação.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Análise estrutural
KASSIMALI, A. Análise estrutural. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
 Leitura
 NBR 6118: projeto de estruturas de concreto – procedimentos
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de 
estruturas de concreto – procedimentos. Rio de Janeiro, 2014.
https://bit.ly/3gijIlL
 NBR 6122: projeto e execução de fundações
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: projeto e 
execução de fundações. Rio de Janeiro, 2010.
https://bit.ly/2EjW8aX
 NBR 6123: forças devidas ao vento em edificações
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: forças 
devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro, 1988.
https://bit.ly/3hgaoAb
 NBR 6120: cargas para o cálculo de estruturas de edificações
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: cargas para 
o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980.
https://bit.ly/3j0e5va
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UNIDADE Projeto, Dimensionamento Estrutural e Interface com Outras Disciplinas
Referências
PORTO, T. B.; FERNANDES, D. S. G. Curso básico de concreto armado: confor-
me NBR 6118/2014. São Paulo: Oficina de Textos, 2015.
NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. 5. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2016.
________. Tecnologia do concreto. 2. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2013.
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