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Capítulo 10 economia Mankiw

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Capítulo 10: Externalidades
Externalidade: O impacto das ações de uma pessoa sobre o bem-estar de outras que não tomam parte da ação.
Observação 1: Se o impacto sobre o terceiro é adverso, é chamado externalidade negativa; se é benéfico, é chamado de externalidade positiva.
Observação 1.1: Exemplo de externalidade negativa: Poluição causada pelas empresas. Exemplo de externalidade positiva: Pesquisa de novas tecnologias. 
Observação 2: Como os compradores e vendedores desconsideram os efeitos externos de suas ações quando decidem quanto demandar ou ofertar, o equilíbrio de mercado não é eficiente quando há externalidades.
Observação 3: Algum tomador de decisão deixara de levar em conta os efeitos externos de seu comportamento. O governo reage tentando influenciar essas decisões para proteger os interesses dos terceiros que são prejudicado.
Economia do bem - estar: recapitulação
Exemplo 1: Na ausência de intervenção governamental, o preço se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda de aço. Como mostrado na figura abaixo:
____________________________________________________________
OFERTA
DESLOCADA PARA CIMA = DESLOCADA PARA ESQUERDA
DESLOCADA PARA BAIXO = DESLOCADA PARA DIREITA
____________________________________________________________
Externalidades negativas
Exemplo 2: Supondo que as fábricas de alumínio emitam poluição: para cada unidade de alumínio produzida, uma determinada quantidade de fumaça entra na atmosfera. 
Exemplo 2.1: Para cada unidade de alumínio produzida, o custo social inclui os custos privados para os produtores mais os custos das pessoas afetadas adversamente pela poluição.
Exemplo 2.2: O planejador tem como objetivo maximizar o excedente total originado do mercado. Assim nessa curva de demanda ele escolheria o nível de produção de alumínio em que a curva de demanda cruza a curva de custo social. Essa interseção determina, do ponto de vista da sociedade como um todo, a quantidade ótima de alumínio produzida.
Exemplo 2.3: A quantidade de equilíbrio de alumínio, Qᵐᵉʳᶜᵃᵈᵒ, é maior que a quantidade socialmente ótima Qᵒ́ᵗᶦᵐᵃ. A razão dessa ineficiência é que o equilíbrio de mercado reflete apenas os custos privados de produção.
Exemplo 2.4: No equilíbrio do mercado, o consumidor marginal atribui ao alumínio um valor inferior ao custo social de produção. Ou seja, em Qᵐᵉʳᶜᵃᵈᵒ, a curva de demanda está abaixo da curva de custo social. Com isso, reduzir a produção e o consumo de alumínio deixando-os abaixo do nível de equilíbrio de mercado eleva o bem-estar econômico total.
Exemplo 2.5: Uma maneira seria tributar os produtores de alumínio por tonelada vendida. O imposto deslocaria a curva de oferta para cima no montante do imposto. Se o imposto refletisse exatamente o custo social da fumaça lançada na atmosfera, a nova curva de oferta coincidiria com a curva de custo social. No novo equilíbrio de mercado, os produtores produziriam a quantidade socialmente ótima de alumínio.
Exemplo 2.6: O uso de um imposto como esse é chamado de internalização de uma externalidade porque dá aos compradores e vendedores de um mercado um incentivo para que levem em conta os efeitos externos de suas ações.
Internalização de uma externalidade: Alteração dos incentivos de maneira que as pessoas levem em consideração os efeitos externos de suas ações.
Externalidades positivas
Exemplo 3: Como mostra a figura abaixo, a curva de demanda não reflete o valor do bem para a sociedade. Como o valor social é maior do que o valor privado, a curva de valor social fica acima da curva de demanda. A quantidade ótima se localiza na interseção da curva de valor social e da curva de oferta.
Exemplo 3.1: No caso das externalidades positivas, a forma do governo internalizar as externalidade é diferente. Para deslocar o equilíbrio de mercado social ótimo as externalidades positivas requerem subsídio. Na verdade, essa é exatamente a política que o governo adota: a educação é altamente subsidiada por meio de escola públicas e bolsas concedidas pelo governo.
Resumindo: as externalidades negativas fazem com que os mercados produzam uma quantidade maior do que a socialmente desejável. As externalidades positivas fazem com que os mercados produzam uma quantidade menor do que a socialmente desejável. Para solucionar esse problema, o governo pode internalizar a externalidade tributando bens que fazem externalidades negativas e subsidiando os bens que trazem externalidades positivas.
______________________________________________________________________
OFERTA
DESLOCADA PARA CIMA = DESLOCADA PARA ESQUERDA
DESLOCADA PARA BAIXO = DESLOCADA PARA DIREITA
____________________________________________________________
Observação 1: Externalidades positivas como, conhecimento tecnológico para a sociedade é chamado de transbordamento de tecnologia.
Observação 2: As leis de patente dão aos inventores direito exclusivo de uso de seu invento por um determinado período, podendo assim angariar para si grande parte do benefício econômico. Se outras empresas quiserem usar a nova tecnologia, terão que obter permissão das empresas detentoras da patente e pagar royalties.
Soluções privadas para externalidades
Tipos de soluções privadas
Exemplo 4: Às vezes, o problema das externalidades é resolvido com códigos morais sanções sociais. Por exemplo, por que a maioria das pessoas não joga lixo em lugares públicos. Embora existam lei contra isso, as pessoas não às infligem por convenções morais-sociais.
Exemplo 5: Outra solução privada para as externalidades está nas instituições filantrópicas, muitas das quais foram estabelecidas para tratar de externalidades. O Sierra Club, por exemplo, cujo objetivo é proteger o meio ambiente, é uma organização sem fins lucrativos financiada por doações privadas.
Exemplo 6: Muitas vezes no mercado privado, a solução assume a forma de integração entre diferentes tipos de negócios. Por exemplo um produtor de maçãs e um apicultor que estejam localizados próximo do outro, cada negócio confere uma externalidade positiva ao outro: ao polinizarem as flores das macieiras, as abelhas ajudam na produção de maçãs.
Exemplo 6.1: Essas externalidades poderiam ser internalizadas se o apicultor comprasse o pomar ou se o produtor de maças comprasse as colmeias. Internalizar as externalidades é um dos motivos pelos quais algumas empresas se envolvem em diferentes tipos de atividades.
Exemplo 7: Outra forma que o mercado privado lida com os efeitos externos é por meio de contratos entre as partes interessadas. No exemplo anterior, o produtor de maça e o apicultor poderiam resolver o problema das poucas árvores e das poucas abelhas. O contrato pode resolver a ineficiência que normalmente se origina das externalidades e deixar as duas partes em melhor situação.
O teorema de Coase
Teorema de Coase: A proposição de que se os agentes econômicos privados puderem negociar sem custo a alocação de recursos, poderão resolver por si sós o problema das externalidades.
Exemplo 8: Dick tem um cachorro que late e incomoda Jane, sua vizinha, conferindo a ela uma externalidade negativa. Se o benefício exceder o custo, para Dick será eficiente ficar com o animal e para Jane, conviver com o barulho. Mas, se o custo for maior que o benefício, Dick deverá se livrar do cão.
Exemplo 8.1: De acordo com o teorema de Coase, a distribuição inicial dos direitos não afeta a capacidade que o mercado tem de atingir um resultado eficiente. Supondo que Jane tenha o direito legal de forçar Dick a se livrar do cachorro. Mesmo com essa vantagem provavelmente o resultado não mudará. Neste caso, Dick poderia pagar a Jane para que lhe permitisse ficar com o cão. Se o benefício de ficar com o cão para Dick exceder o custo do latido para Jane, os dois chegarão a um acordo que permita a Dick ficar com seu animal.
Exemplo 8.2 Embora Dick e Jane possam chegar ao resultado eficiente independentemente da distribuição inicial dos direitos, essa distribuição não é irrelevante: é ela que determina a distribuição do bem-estar econômico. O fato de Dick ter o direito a um cachorro quelate ou Jane ter direito à paz é que determina quem paga a quem no final da negociação. Mas, em qualquer um dos casos, as duas partes podem negociar entre si e resolver o problema da externalidade. Dick só ficará com o cachorro se o benefício exceder o custo.
Resumindo: O teorema de Coase diz que os agentes econômicos privados podem solucionar o problema das externalidades entre si. Qualquer que seja a distribuição inicial dos direitos, as partes interessadas sempre podem chegar a um acordo no qual todos fiquem numa situação melhor e o resultado seja eficiente.
Por que as soluções privadas nem sempre funcionam
Observação 3: O teorema de Coase só se aplica quando as partes não têm dificuldades para chegar a um acordo e o aplicação.
Observação 4: Às vezes, as partes interessadas não conseguem resolver um problema de externalidade por causa dos custos de transação, os custos que as partes têm na negociação e implementação do acordo. Em termos realistas, um exemplo de custo é dos advogados necessários para redigir e aplicar os contratos.
Custo de transação: Custos em que as partes incorrem no processo de efetivação de uma negociação.
Observação 5: Chegar a um acordo eficiente é ainda mais difícil quando o número de partes interessadas é grande porque coordenar todas as partes é dispendioso.
Observação 5.1: Quando a negociação privada não funciona, o governo às vezes pode desempenhar um papel. O governo é uma instituição concebida para agir em nome da coletividade.
Políticas públicas para as externalidades
Regulamentação
Observação 6: O governo pode solucionar uma externalidade tornando obrigatórios ou proibidos determinados tipos de comportamentos. Por exemplo, é crime jogar produtos químicos tóxicos nos reservatórios de água. Neste caso, os custos externos para a sociedade superam em muito os benefícios para o poluidor.
Observação 7: Em vez de tentar erradicar completamente a poluição, a sociedade tem que ponderar os custos e benefícios para decidir os tipos e quantidades de poluição que vai permitir.
Observação 8: Os regulamentos ambientais podem tomar muitas formas. Em alguns casos, a EPA (Agência de proteção ambiental [EUA]) determina o nível máximo de poluição que uma fábrica pode emitir. Em outros, exige que as empresas adotem uma tecnologia específica para reduzir as emissões. Mas, em todos os casos, os encarregados de fazer a regulamentação governamental precisam conhecer os detalhes relativos a indústrias especificas e às tecnologias alternativas que poderiam ser adotadas (pode ser difícil obter essas informações).
Impostos e subsídios de Pigou
Imposto de Pigou: Um imposto instituído para corrigir os efeitos de uma externalidade negativa.
Observação 9: Os economistas costumam preferir os impostos de Pigou à regulamentação como maneira de lidar com a poluição porque esses impostos podem reduzir a poluição a um custo menor para a sociedade.
Observação 9.1: A maioria dos economistas preferiria o imposto, pois afirmam que os impostos são tão eficazes quanto os regulamentos, para a redução do nível geral de poluição. A razão pela qual os economistas prefeririam o imposto é o fato de que ele reduz a poluição mais eficientemente. Em essência, os impostos de Pigou cobram um preço pelo direito de poluir. Assim como os mercados alocam bens aos compradores que lhes atribuem maior valor, os impostos de Pigou alocam a poluição às fábricas que enfrentam os maiores custos para reduzi-la. Fora isso o imposto dá às fábricas um incentivo para desenvolver tecnologias com níveis de poluição menores porque reduzem o montante de impostos que as fábricas devem pagar.
Resumindo: os impostos de Pigou são os incentivos corretos para a presença de externalidades e, portanto, deslocam a alocação de recursos para mais perto do ótimo social. Assim, os impostos de Pigou, ao mesmo tempo que arrecadam receita para o governo, aumentam a eficiência econômica.
Licenças negociáveis para poluição
Exemplo 9: Supondo que a EPA exige que cada fábrica reduza sua poluição para 300 toneladas de lixo por ano. Depois da regulamentação ter entrando em vigor e depois de as fábricas estarem adaptadas a ela, elas vão à EPA com uma proposta. A fábrica de aço deseja aumentar sua emissão de lixo em 100 toneladas. A fábrica de papel concorda em reduzir sua poluição na mesma quantidade se a fábrica de aço lhe pagar $ 5 milhões. A EPA deve permitir o acordo?
Exemplo 9.1: Do ponto de vista da eficiência econômica é uma boa política. O negócio deve deixar as fábricas em melhor situação, já que ambas voluntariamente concordaram. Além do mais, o negócio não teria efeitos externos porque o volume total de poluição continuaria o mesmo. Aumentando até mesmo o bem-estar social.
Exemplo 9.2: A mesma lógica se aplica a qualquer transferência voluntária de direitos de poluição de uma empresa para outra. Se a EPA permitir que as empresas façam essas transações, terá, em essência, criado um novo recurso escasso: as licenças de poluição. Uma vantagem de se permitir um mercado de licenças de poluição é o fato de que a alocação inicial das licenças de poluição entre as empresas não tem importância do ponto de vista de eficiência econômica.
Exemplo 9.3: Embora o uso de licenças de poluição para reduzir a poluição possa parecer muito diferente do uso de impostos de Pigou, na verdade as duas políticas têm muito em comum. Com os impostos de Pingou, as empresas poluidoras têm que pagar o imposto ao governo. (Mesmo as empresas que já possuem licenças devem pagar para poluir: o custo de oportunidade de poluir o meio ambiente é o que elas receberiam pela venda de suas licenças no mercado aberto.) Tanto os impostos de Pigou quanto as licenças de poluição permitem internalizar a externalidade da poluição tornando-a dispendiosa para as empresas. A semelhança das duas políticas pode ser observada considerando-se um mercado de poluição:
Observação 10:
Observação 11: As licenças de poluição, assim como os impostos de Pigou, são hoje consideradas uma maneira de custo eficaz para manter o meio ambiente limpo.

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