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O EMPREGADO E O EMPREGADOR PADRÃO- RESPOSTA 2 Atividades de Estudo 1. Cite os elementos fático-jurídicos que caracterizam o empregado? R.: Temos a composição da relação de emprego com a presença dos seguintes elementos fático-jurídicos: a) a presença da pessoa física que presta serviços a qualquer tomador; b) a pessoalidade do trabalhador; c) o serviço que deve ser prestado de maneira não eventual; d) a subordinação do empregado que deve haver ao tomador de serviços; e) a onerosidade que há na prestação do trabalho; f) o risco da atividade é alheio ao empregado. Atividades de Estudo 1. Cite e explique as partes do elemento específico caracterizador do empregado doméstico? R.: Sobre o elemento específico caracterizador do empregado doméstico, este se divide em três partes, a saber: 1) Finalidade não lucrativa dos serviços: o tomador de serviços não pode visar objetivos e resultados comerciais ou industriais quando dá prestação de serviços domésticos pelo empregado, restringindo-se, portanto, ao exclusivo interesse pessoal da pessoa ou da família que está contratando o doméstico. Os serviços prestados não têm potencial de direta repercussão fora do âmbito familiar e pessoal, ou seja, não produz benefícios a terceiros. 2) Prestação laboral à pessoa ou família: o contratador dos serviços domésticos não poder ser pessoa jurídica, apenas pessoa física, família ou um grupo unitário que pode firmar uma relação jurídica com o empregado doméstico, tem-se como exemplo de grupo unitário uma república de estudantes. 3) Âmbito residencial de prestação dos serviços: a expressão refere-se a todo o ambiente que está vinculado à vida pessoal do tomador dos serviços (pessoa física, família ou grupo unitário), isto quer dizer que não se restringe somente à moradia do empregador, mas também às unidades familiares estritas que podem estar perto ou distantes da residência principal do tomador, por exemplo, a casa de praia, a casa de campo, o barracão para uso próprio etc. A relação estabelecida com o motorista não o descaracteriza como doméstico, se preenchidos os requisitos para tal, caso ele tenha que fazer deslocamentos para fora da residência, como viagens, por exemplo. CAPÍTULO I 3 Atividades de Estudo 1. Leia e analise atentamente cada uma das afirmações e depois classifique-as como verdadeiras (V) ou falsas (F): a) ( ) O salário-família é um direito assegurado na CF aos trabalhadores, inclusive à categoria dos empregados domésticos. b) ( ) O adicional noturno será devido quando o empregado urbano prestar serviço das 22 h às 5 h, tendo direito ao pagamento de, pelo menos, 20% a mais sobre a hora diurna. Em se tratando de empregado rural que presta serviço na lavoura, sua hora noturna começa a contar a partir das 20 h de um dia até às 4 h do dia subsequente, quando fará jus ao percentual de, pelo menos, 25% sobre a hora diurna. c) ( ) O prazo de prescrição para o empregador ingressar em juízo para cobrar valor devido pelo empregado é de cinco anos, reduzindo-se a dois após a extinção do contrato de trabalho. d) ( ) O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego R.: a) VERDADEIRA. Rol ampliativo dos direitos do empregado doméstico pela LC 150/15. b) FALSA. O horário do rural que trabalha na lavoura é entre 21h e 5h do dia seguinte. c) VERDADEIRA. Os institutos da prescrição e da decadência objetivam dar maior segurança jurídica à sociedade e às relações jurídicas. Isto porque, no caso da prescrição, ocorrerá a limitação do exercício do direito de ação, o qual deverá ser exercido em determinado tempo. A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da inércia do seu titular em exercitá-lo dentro do prazo previsto. Os trabalhadores urbanos e os rurais possuem o mesmo prazo prescricional que é de dois anos após a extinção do contrato de trabalho para interpor a ação, limitados a cobrar direitos trabalhistas de até cinco anos contados, datado o ajuizamento da reclamação. Art. 7º da CF/88 XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. d) VERDADEIRA. Súmula 269, TST.. 4 CAPÍTULO II Atividades de Estudo 1. Qual a definição de EMPREGADOR trazida pela CLT? E como o texto consolidado trata o EMPREGADOR POR EQUIPARAÇÃO? R.: A definição de empregador está prevista no art. 2º da CLT, em que registra: Art. 2º. Empregador é a empresa, individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Há uma complementação desta definição no § 1º deste mesmo artigo, o qual traz as situações que se considera empregador por equiparação, assim registrado: “§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados”. Atividades de Estudo 1. Cite e explique as características do grupo econômico. R.: A abrangência objetiva do grupo econômico tem seu limite estabelecido dentro do Direito do Trabalho, ou seja, não possui efeitos na área tributária, civil, empresarial ou de qualquer outro ramo do direito, isto é, esta figura não está sujeita aos requisitos constitutivos relevantes que podem surgir desses outros segmentos que são alheios ao Direito do Trabalho. A abrangência subjetiva define os claros limites do sujeito que pode compor o grupo econômico, conforme determinação prevista na CLT e na Lei n. 5.899/73. O sujeito que compõe o grupo econômico não pode ser qualquer pessoa física, jurídica ou qualquer ente despersonalizado, isto é, não é, pois, qualquer empregador que é pertencente a um grupo econômico, mas um certo tipo, que se diferencia dos demais em virtude de sua atividade econômica. O nexo relacional interempresas é uma modalidade estabelecida na lei que, ao lado da delimitação subjetiva dos integrantes do grupo econômico, torna os integrantes aptos a serem considerados como grupo econômico, sendo, pois, o segundo requisito do grupo econômico para o Direito do Trabalho. 5 Atividades de Estudo 1. Leia atentamente o enunciado da questão e assinale a alternativa correta. (FCC - Juiz do Trabalho Substituto 1ª Região/2014). A empresa Universal Industrial limitada, que tem por sócio majoritário Dionísio, passou por grandes dificuldades financeiras que culminaram com o encerramento de suas atividades. Dionísio vendeu o galpão onde estava estabelecida a empresa com todo o mobiliário, equipamentos e instalações para Zeus, que instalou, no local, a empresa Olímpica Industrial limitada, com quadro societário e inscrição no CNPJ distintos da Universal. Afrodite, que trabalhava como recepcionista empregada na Universal há um ano, permaneceu laborando para a Olímpica por mais oito meses até a sua dispensa, sem receber as horas extras, as férias com 1/3, o FGTS mensal, a multa rescisória de 40% do FGTS e o aviso prévio. Nessa situação, a responsabilidade pelo pagamento das verbas trabalhistas de Afrodite será da empresa: a) Olímpica, em razão da sucessão de empresas, que implica a responsabilidade do sucessor por todos os direitos trabalhistas, conforme previsão legal contida na Consolidação das Leis do Trabalho. b) Universal em caráter principal e, de forma subsidiária, a Olímpica, visto que a situação se assemelha a terceirização, conforme entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho. c) Universal, pelo período de um ano em que foi sua empregada, e Olímpica, pelos oito meses finais, dividindo-se todas as verbas trabalhistas na exata proporção dos meses trabalhados. d) Universal, pelaproporção do período de um ano apenas em relação às horas extras, férias com um terço e FGTS mensal, e Olímpica, pelos oito meses finais em relação às férias com 1/3, FGTS mensal, além da multa rescisória de 40% do FGTS e aviso prévio, estes últimos em razão de ter efetuado a dispensa. e) Universal, porque, sendo a empresa que contratou Afrodite, não poderia ter vendido o empreendimento sem ter quitado os contratos de trabalho de seus empregados, assumindo, assim, todo o ônus moral e jurídico da transação. Sobre este ponto não há um consenso do seu entendimento, no qual se tem duas interpretações, sendo que a primeira restringe a configuração do grupo econômico à ocorrência de nexo de efetiva direção hierárquica entre as empresas que a integram; já a segunda interpretação reduz o nexo a uma simples relação de coordenação entre as empresas. 6 2. Em relação ao grupo econômico, analise as seguintes proposições: I. O grupo econômico no âmbito do Direito do Trabalho configura-se na hipótese descrita pelo art. 2º, parágrafo 2º, da CLT, que dispõe que serão solidariamente responsáveis as empresas que estejam ligadas pela direção, controle, administração entre si, cumulativamente. II. A doutrina consagrada descreve o conceito de controle, que pode ser definido como a possibilidade do exercício de uma influência dominante de uma empresa sobre a outra, podendo-se dizer que controlar uma empresa é subordinar os bens a ela atribuídos à consecução de suas finalidades. III. De igual modo, a doutrina exemplifica situações de controle, tais como na hipótese de empresas sob o domínio de um mesmo grupo familiar, instaladas no mesmo local e se utilizando dos mesmos empregados, bem como na hipótese de duas empresas terem os mesmos administradores e a administração de uma e outra convergirem para a exploração de um mesmo negócio. IV. Segundo jurisprudência sumulada pelo TST, que impõe a responsabilidade solidária entre empresas do mesmo grupo econômico, se o empregado presta serviços em mais de uma delas, caracteriza-se sempre a coexistência de mais de um contrato de trabalho. 3. A empresa Deuses do Olimpo Limpeza e Conservação S/A venceu processo de licitação e celebrou contrato de prestação de serviços com o município de Arquimedes para o fornecimento dos serviços de limpeza e conservação de vias públicas, pelo prazo de um ano, com jornadas diárias de 04 horas em período diurno. Simultaneamente, a mesma empresa prestadora firmou contrato com a empresa privada Celta Comércio de Alimentos S/A para fornecimento de mão de obra de limpeza, também por um ano, com jornada de 04 horas em período noturno. Ocorre que, ao término de contratos, houve o descumprimento parcial das obrigações trabalhistas em relação aos empregados da fornecedora de mão de obra. As tomadoras, Prefeitura de Arquimedes e empresa Celta, não exerceram nenhuma fiscalização do cumprimento das obrigações legais e contratuais da prestadora de serviços enquanto empregadora. Os trabalhadores lesados ajuizaram ação trabalhistas coletiva em face da empresa prestadora e das duas tomadoras. Nessa situação, com fulcro em entendimento sumulado do TST, as tomadoras da mão de obra: a) Responderão ambas de forma solidária pelos débitos trabalhistas apenas em caso de falência da empresa prestadora dos serviços. b) A Prefeitura de Arquimedes responderá de forma solidária e a empresa Celta de forma subsidiária pelos débitos trabalhistas em razão de ser tomadora dos serviços, ainda que tivessem fiscalizado o contrato. 7 c) Responderão ambas de forma subsidiária pelos débitos trabalhistas da empresa prestadora dos serviços, a Prefeitura de Arquimedes em razão de conduta culposa por ausência de fiscalização do contrato, e a empresa Celta independentemente de fiscalização. d) A Prefeitura de Arquimedes não responderá sob qualquer modalidade, ou seja, nem de forma subsidiária, por se tratar de órgão da administração pública direta; a empresa Celta responderá de forma solidária por falta de fiscalização. e) A Prefeitura de Arquimedes não terá qualquer responsabilidade trabalhista, visto que firmou contrato regular de terceirização com a empresa prestadora, por meio de processo licitatório, nos termos da Lei nº 8.666/93, e será formado o vínculo empregatício diretamente com a empresa Celta por estar configurada a contratação irregular de trabalhador mediante empresa interposta. CAPÍTULO III Atividades de Estudo 1. O que dispõem os artigos 10 e 448 da CLT? R.: A letra da lei registra que qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Determinando no art. 10 - A que o sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes. Já o seu parágrafo único diz que o sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. Em relação ao artigo 448 da CLT, dispõe que a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. E, logo em seguida, que caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Em que a empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. 8 Atividades de Estudo 1. Quais são as situações-tipo que se apresentam em relação às novas sucessões? R.: Está ligado a que qualquer mudança significativa na estrutura da empresa possa afetar os contratos empregatícios, em que, caso se verifique a real mudança, irá se operar a sucessão trabalhista, isto independentemente de uma continuidade efetiva da prestação de trabalho. Qualquer mudança na empresa que afete a garantia original dos contratos de trabalho irá provocar a incidência dos artigos 10 e 448 da CLT, pois é desta forma que a interpretação dada pela jurisprudência deve ser aplicada, considerando uma configuração da situação própria à sucessão de empregadores a alienação ou transferência de parte significativa dos estabelecimentos ou da empresa de modo a afetar significativamente os contratos de trabalho. 2. Quais são as situações-tipo que se apresentam em relação às novas sucessões? R.: A situação-tipo que se destaca em primeiro lugar é a da alteração na estrutura formal da pessoa jurídica que contrata a força de trabalho. Esta alteração está ligada a modificações na modalidade societária, como ocorre nos processos de fusão, incorporação, cisão e outros institutos correlatos; aqui também temos a situação de uma mudança em relação a uma firma individual para outro modelo societário e vice-versa. A segunda situação-tipo em destaque está ligada à substituição do antigo titular passivo da relação empregatícia por uma outra pessoa física ou jurídica. Esta situação está ligada a aquisições de estabelecimentos isolados ou em conjunto ou aquisições da própria empresa em sua integralidade. Atividades de Estudo 1. Quais são os fundamentos da sucessão trabalhista localizados na teoria do Direito do Trabalho e, também, nos textos de legislação laborativa heterogênea estatal do Brasil? R.: Tem-se a fundamentação embasada na doutrina, na qual a sucessão trabalhista é o resultado da convergência de três princípios que informam o Direito do Trabalho: o princípio da intangibilidade objetiva do contrato empregatício, o princípio da despersonalização da figura do empregador e o princípio da continuidade do contrato de trabalho. Ainda há a fundamentaçãoembasada na lei: o fundamento legal da sucessão trabalhista está nos artigos 10 e 448 da CLT. 9 Atividades de Estudo 1. No que concerne às responsabilidades decorrentes da existência de grupo econômico, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa correta. a) A responsabilidade solidária decorrente da existência de grupo econômico somente pode ser reconhecida judicialmente, e desde que o trabalhador ajuíze a ação em face de todas as empresas integrantes do grupo econômico. b) Mesmo sem previsão nesse sentido em seu contrato de trabalho, Agnaldo presta serviços a todas as empresas do grupo econômico a que pertence seu empregador. Entendendo que tal situação caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, Agnaldo pretende o recebimento de direitos trabalhistas de todas as empresas para as quais presta serviços. c) Marcelo, empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico, pretende o reconhecimento de sua condição de bancário, tendo em vista que a empresa de processamento de dados empregadora não presta serviços a qualquer outro cliente que não o banco. d) Paula, empregada de banco, que vende valores mobiliários de empresa pertencente ao mesmo grupo econômico de seu empregador, pretende a integração na sua remuneração da vantagem pecuniária auferida em decorrência dessa atividade. No entanto, considerando tratar-se de atividades correlatas, ligadas à atividade bancária em geral, não procede a pretensão de Paula. e) O sucessor responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, tendo em vista que, com a sucessão, o sucessor assume todas as dívidas do sucedido. Resposta: Alternativa correta: “c”. “É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico, exceto quando a empresa de processamento de dados presta serviços a banco e a empresas não bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros” (Súmula nº 239 do TST). Alternativa “a”. Como o TST trata o grupo econômico como um único empregador, não há exigência de que todas as empresas que compõem o grupo estejam no polo passivo da ação judicial. O trabalhador, portanto, poderá cobrar seus créditos trabalhistas, integralmente, de empresas que não figuraram na reclamação trabalhista, desde que elas façam parte do mesmo grupo econômico. 10 Antigamente, o TST, via Súmula nº 205, defendia a necessidade da presença de todas as empresas que compusessem o grupo figurassem no polo passivo da reclamação trabalhista, possibilitando que participassem do contraditório. Com o entendimento de que as empresas do grupo formam um único empregador, a Súmula nº 205 foi cancelada, possibilitando a execução de empresa que não tenha participado da relação processual (fase de conhecimento). Alternativa “b”. “A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário” (Súmula nº 129 do TST). Alternativa “d”. “Integra a remuneração do bancário a vantagem pecuniária por ele auferida na colocação ou na venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, se exercida essa atividade no horário e no local de trabalho e com o consentimento, tácito ou expresso, do banco empregador” (Súmula nº 93 do TST). Alternativa “e”. “O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão ” (Orientação Jurisprudencial nº 411 da SDI-I do TST). CAPÍTULO IV Atividades de Estudo 1. O que são as pessoas jurídicas de direito público e quais são as suas prerrogativas? R.: São consideradas administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e administração indireta as autarquias e fundações públicas que integram as pessoas jurídicas de direito público e que se diferenciam da natureza e dos poderes estatais. Estas entidades possuem a prerrogativa de realizarem a admissão e regência normativa de seus servidores públicos por meio de um regime jurídico administrativo próprio ou, alternativamente, pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho, que são os servidores celetistas. 11 Atividades de Estudo 1. Qual é a atribuição e a competência do titular da serventia, em relação aos cartórios, numa relação trabalhista? R.: A resposta está nos artigos 20 e 21 da Lei 8.935/1994, o qual em relação às atribuições do titular da serventia, o artigo 20 caput da Lei 8.935 de 1994 assim dispõe: Art. 20. Os notários e os oficiais de registro poderão, para o desempenho de suas funções, contratar escreventes, dentre eles escolhendo os substitutos, e auxiliares como empregados, com remuneração livremente ajustada e sob o regime da legislação do trabalho. Ainda há previsão do artigo 21 desta mesma lei: Art. 21.O gerenciamento administrativo e financeiro dos serviços notariais e de registro é da responsabilidade exclusiva do respectivo titular, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio, investimento e pessoal, cabendo-lhe estabelecer normas, condições e obrigações relativas à atribuição de funções e de remuneração de seus prepostos de modo a obter a melhor qualidade na prestação dos serviços. 2. O Estado atua na exploração da atividade econômica de que forma? R.: A resposta está no art. 173 da CF/88, que assim determina (BRASIL, 1988, p. 112): Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre (...) II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. 12 Atividades de Estudo 1. Leia atentamente o enunciado da questão e verifique qual é a alternativa correta. (TRT 23 – Juiz do Trabalho Substituto 23º RG/2010). Com relação aos poderes do empregador, analise as seguintes proposições e, com base na legislação, jurisprudência pacificada e doutrina predominante, aponte a alternativa correta: I – Não se considera atentatória à intimidade a revista realizada pelo empregador que exige que o indivíduo se desnude perante pessoas do mesmo sexo, quando as circunstâncias assim o justifiquem, como na hipótese de manipulação de dinheiro ou objetos pequenos, mas de grande valor (joias). II – A revista se justifica como último recurso para satisfazer o interesse empresarial, à falta de outras medidas preventivas possíveis. III – É lícito ao empregador a instalação de circuito interno de TV por meio do qual monitora todo o processo produtivo empresarial. IV – As revistas somente podem ser realizadas de forma geral, impessoal, por meio de critério objetivo, como sorteio, integrantes de um turno ou determinado setor. a) As proposições I e II estão corretas e as proposições III e IV, incorretas. b) As proposições II, III e IV estão corretas e a proposição I, incorreta. c) As proposições IIII e IV estão corretas e as proposições I e II, incorretas. d) As proposições I e IV estão corretas e as proposições II e III, incorretas. e) As proposições I, II e III estão corretas e a proposição IV, incorreta. R.: Proposição II. Revistas pessoais nos empregados não abusivas e aleatórias, de acordo com a doutrina e jurisprudênciasobre o assunto. Proposição III. Está ligada ao poder de controle do empregador, conforme doutrina. Proposição IV. Revista em caráter excepcional, conforme doutrina e jurisprudência.
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